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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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<strong>Leitura</strong>, Escola, História<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, procuramos compreen<strong>de</strong>r a unida<strong>de</strong> legalmente concebida para a disciplina nos cursos ginasial e colegial,<br />

as finalida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> ensino <strong>de</strong> Literatura e as transformações e permanências na vulgata <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Literatura na<br />

disciplina <strong>de</strong> Língua Portuguesa — valemo-nos, nesse ponto, das proposições <strong>de</strong> André Chervel (1990), Circe Bittencourt<br />

(2008, 2004, 2003, 1993), Jean-Clau<strong>de</strong> Forquin (1992) e Ivor Goodson (1997, 1995, 1991). Nessa abordagem, atentamos<br />

para as instâncias e o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> elaboração <strong>do</strong>s programas. Num primeiro momento, foram elabora<strong>do</strong>s em âmbito fe<strong>de</strong>ral<br />

pelo Ministério da Educação e Saú<strong>de</strong> (M.E.S.), o programa <strong>de</strong> 1943, e pela Congregação <strong>do</strong> Colégio Pedro II, o programa<br />

<strong>de</strong> 1951. Num segun<strong>do</strong> momento, posterior à Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases da Educação Nacional, <strong>de</strong> 1961, foi inicia<strong>do</strong> um<br />

processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização, possibilitan<strong>do</strong> a elaboração <strong>de</strong> programas aos estabelecimentos particulares <strong>de</strong> ensino, aos<br />

autores <strong>de</strong> livros didáticos e aos governos estaduais. Atentamos, também, para aproximações e distanciamentos no tocante<br />

às mudanças paradigmáticas que ocorriam no campo da literatura, valen<strong>do</strong>-nos das consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> Alfre<strong>do</strong> Bosi (2000),<br />

Wilson Martins (2004), Benedito Nunes (2000) e Flora Sussekind (2002).<br />

PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA, ENSINO, CURSO COLEGIAL<br />

TÍTULO: O ATO DA LEITURA NA OBRA DE JONATHAS SERRANO<br />

AUTOR(ES): ANDRÉ LUIZ PAULILO<br />

RESUMO: O texto analisa o mo<strong>do</strong> como Jonathas Serrano, educa<strong>do</strong>r carioca com intensa ativida<strong>de</strong> nos anos 1910 e 1920,<br />

analisa as funções da leitura e o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> ler no início <strong>do</strong> século XX. Para isso foram pesquisa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is manuscritos <strong>do</strong> autor<br />

localiza<strong>do</strong>s no acervo <strong>do</strong> Arquivo Nacional: “A arte da palavra“ e os esboços <strong>do</strong> “Programa <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> português“. A partir<br />

<strong>de</strong>les proponho-me a tecer algumas reflexões acerca <strong>do</strong> ensino <strong>de</strong> leitura nas escolas cariocas das primeiras décadas <strong>do</strong> século<br />

passa<strong>do</strong>. São <strong>do</strong>is os momentos da pesquisa. Inicialmente, o estu<strong>do</strong> da maneira como as funções e os mo<strong>do</strong>s sociais organizam<br />

o ensino escolar da leitura e, <strong>de</strong>pois, os processos escolares pensa<strong>do</strong>s para efetivar uma <strong>de</strong>terminada disciplina <strong>de</strong> expressão e<br />

compreensão no leitor. Tem-se, com isso, a preocupação voltada para uma história social da leitura. Como indicam as contribuições<br />

<strong>de</strong> Roger Chartier ao campo historiográfico, trata-se <strong>de</strong> pensar as relações entre a liberda<strong>de</strong> que possuem os leitores<br />

frente aos textos e os condicionantes que procuram <strong>de</strong>tê-la. Nesse senti<strong>do</strong>, o texto reorganiza as preocupações <strong>de</strong> Jonathas<br />

Serrano acerca da leitura a partir <strong>de</strong> sua relação com os processos <strong>de</strong> educação <strong>do</strong> aluno. Para isso, o texto opera a partir <strong>de</strong><br />

três subdivisões. A primeira procura dar conta da compreensão que Jonathas Serrano teve das práticas <strong>de</strong> leitura observadas<br />

no ambiente escolar e das proposições que apresenta para corrigir seus <strong>de</strong>feitos. Segue-se uma segunda parte na qual é dada<br />

ênfase particular às consi<strong>de</strong>rações sobre a leitura em voz alta, assunto minuciosamente discuti<strong>do</strong> por Serrano em “A arte da<br />

palavra“. E, finalmente, concluí-se com algumas consi<strong>de</strong>rações acerca <strong>do</strong> papel que o pensamento pedagógico <strong>de</strong>sse autor<br />

<strong>de</strong>sempenhou na articulação das estratégias <strong>de</strong> conformação da leitura ao contexto <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong> da época.<br />

PALAVRAS-CHAVE: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, ENSINO DA LEITURA, PROCESSOS EDUCATIVOS<br />

TÍTULO: O LUGAR DOS MANUAIS E PROGRAMAS DE ENSINO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES<br />

ALFABETIZADORES NOS INSTITUTOS DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO (1933-1975)<br />

AUTOR(ES): ANDRÉIA CRISTINA FREGATE BARALDI LABEGALINI<br />

RESUMO: Esta comunicação preten<strong>de</strong> apresentar resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>, concluída no Programa <strong>de</strong> Pósgraduação<br />

em Educação da Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista (UNESP/Marília), em 2005, vinculada ao Projeto Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Pesquisa “Ensino <strong>de</strong> Língua e Literatura no <strong>Brasil</strong>: repertório <strong>do</strong>cumental republicano“, e ao Grupo <strong>de</strong> Pesquisa “História <strong>do</strong><br />

Ensino <strong>de</strong> Língua e Literatura no <strong>Brasil</strong>, ambos coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s pela professora Drª Maria <strong>do</strong> Rosário Longo Mortatti. Mediante<br />

recuperação, reunião, seleção, or<strong>de</strong>nação e análise <strong>de</strong> fontes <strong>do</strong>cumentais e bibliografia especializada, objetivou-se compreen<strong>de</strong>r<br />

como ocorria a formação <strong>de</strong> professores alfabetiza<strong>do</strong>res nos Institutos <strong>de</strong> Educação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Os resulta<strong>do</strong>s<br />

comprovam a importância <strong>do</strong>s manuais <strong>de</strong> ensino e <strong>do</strong>s Programas <strong>de</strong> Ensino que circularam no meio educacional durante<br />

o perío<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong> (1933-1975), direcionan<strong>do</strong> a formação pedagógica pretendida. Tais <strong>do</strong>cumentos são representativos<br />

da disseminação <strong>de</strong> idéias escolanovistas que prevaleciam ao longo <strong>do</strong> momento histórico <strong>do</strong> funcionamento <strong>do</strong>s Institutos<br />

<strong>de</strong> Educação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo. No <strong>de</strong>correr da pesquisa, bibliotecas <strong>de</strong> alguns antigos Institutos <strong>de</strong> Educação foram<br />

visitadas e em algumas <strong>de</strong>las os manuais cita<strong>do</strong>s neste texto ainda foram localiza<strong>do</strong>s, juntamente com registros <strong>de</strong> empréstimos<br />

<strong>de</strong> livros. O texto po<strong>de</strong>rá contribuir para o alargamento <strong>do</strong>s conhecimentos sobre a formação <strong>do</strong> professor alfabetiza<strong>do</strong>r no<br />

<strong>Brasil</strong>, e, em <strong>de</strong>corrência, para uma melhor compreensão <strong>do</strong>s problemas que hoje se enfrentam nesse campo.(CAPES)<br />

PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALFABETIZADORES, MANUAIS E PROGRAMAS DE ENSINO,<br />

PESQUISA HISTÓRICA EM EDUCAÇÃO<br />

TÍTULO: HISTÓRIA DE LEITURA: IDENTIDADE E ESCRITA DE SI EM MEMORIAIS DE<br />

PROFESSORES<br />

AUTOR(ES): ANGELA DERLISE STÜBE NETTO<br />

RESUMO: Neste trabalho, nós nos propomos a analisar textos <strong>de</strong> professores, nos quais se discute as representações a<br />

respeito <strong>de</strong> leitura e narram suas histórias como leitores. Partimos <strong>do</strong> pressuposto que o discurso <strong>do</strong> sujeito é sempre constituí<strong>do</strong><br />

segun<strong>do</strong> <strong>de</strong>terminadas condições <strong>de</strong> produção, que consignam os efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s, a partir <strong>de</strong> sua inscrição na<br />

história e na linguagem. Nessa perspectiva, os senti<strong>do</strong>s estão sempre à <strong>de</strong>riva e em constante movimento, geran<strong>do</strong> mexidas<br />

nos processos i<strong>de</strong>ntificatórios <strong>do</strong> sujeito. Ao escrever e ( re)visitar sua história <strong>de</strong> leitura, o professor (re)significa e po<strong>de</strong><br />

ocupar outras posições sobre a leitura e sobre si. Enten<strong>de</strong>mos, então, que o lugar da escritura se instaura como lugar psíquico<br />

<strong>de</strong> constituição <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, estan<strong>do</strong> em constante fluxo, sujeita a ressignificações e constitutivamente<br />

heterogênea. Em termos meto<strong>do</strong>lógicos, solicitamos a cinco professores <strong>de</strong> educação básica que narrassem, por escrito,<br />

suas lembranças sobre como apren<strong>de</strong>ram a ler e o papel que a leitura exerceu em seu percurso <strong>de</strong> formação pessoal. Nas<br />

análises, percebemos que nas narrativas os professores colocam em funcionamento as imagens <strong>de</strong> si e as imagens <strong>do</strong> outro,<br />

as quais acabam por afetar a sua – ilusória - constituição i<strong>de</strong>ntitária. O referencial teórico em que se apóia esta pesquisa,<br />

situa-se numa perspectiva discursiva que dialoga com alguns conceitos psicanalíticos e algumas noções propostas pela <strong>de</strong>sconstrução,<br />

o que permite problematizarmos a prática discursiva <strong>do</strong> sujeito, sempre cindi<strong>do</strong> e em constante movimento. A<br />

interface que buscamos nessas teorias é compreen<strong>de</strong>r o sujeito na sua heterogeneida<strong>de</strong> e na sua contradição inerente, como<br />

também as <strong>de</strong>terminações histórico-sociais e culturais - permeadas pelo <strong>de</strong>sejo e pelo inconsciente – que lhe são próprias.<br />

PALAVRAS-CHAVE: HISTÓRIA DE LEITURA, IDENTIDADE, FORMAÇÃO DE PROFESSORES<br />

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