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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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<strong>Leitura</strong>, Escola, História<br />

momento como “Alfabetização: Construtivismo e <strong>de</strong>smetodização“, retratan<strong>do</strong> um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> re<strong>de</strong>mocratização, no que<br />

tange a novas tematizações, concretizações e normalizações sociais e educacionais.Para a autora, o referi<strong>do</strong> momento,<br />

tratou-se <strong>de</strong> um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> revolução conceitual fundamentada no paradigma <strong>de</strong> ensino-aprendizagem <strong>de</strong> Emilia Ferreiro,<br />

uma vez que se almejava superar uma visão <strong>de</strong> ensino subordinada ao nível <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> das crianças, quantificadas pelos<br />

Testes ABC, <strong>de</strong> Lourenço Filho, bem como o uso irrestrito das cartilhas sintéticas e analíticas. Frente a um quadro <strong>de</strong> novas<br />

normatizações e concretizações, difundiu-se também no <strong>Brasil</strong>, a teoria Construtivista, como embasamento teórico <strong>do</strong>s<br />

pressupostos <strong>de</strong> Ferreiro. Essa proposta nasce com intuito <strong>de</strong> erradicar fracasso escolar e o analfabetismo, por meio, <strong>de</strong><br />

uma escola pautada no princípio da <strong>de</strong>mocracia e da implantação <strong>do</strong> ciclo básico <strong>de</strong> alfabetização. Em síntese, percebese<br />

que as discussões e novas práticas relativas ao ato <strong>de</strong> alfabetizar, contribuíram para o avanço significativo <strong>do</strong> tema em<br />

relação a sua profundida<strong>de</strong> e também a formação <strong>do</strong>s professores. O próprio conceito <strong>de</strong> alfabetização ampliou-se, com<br />

os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Magda Soares na temática <strong>do</strong> letramento escolar, isto é, a importância <strong>do</strong> uso social e cultural da escrita e da<br />

leitura, enquanto habilida<strong>de</strong> que ultrapassa o mecanismo <strong>de</strong> codificação e <strong>de</strong>codificação da língua materna.<br />

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO, ALFABETIZAÇÃO, METODOS DE ENSINO<br />

TÍTULO: O DEBATE POLÍTICO PELA SEPARAÇÃO DOS PODERES E A EDUCAÇÃO SOB A<br />

PERSPECTIVA DE GUILHERME DE OCKHAM<br />

AUTOR(ES): ALINE ROMERO DA SILVA<br />

RESUMO: A Escolástica foi a base teórica <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> medievo. A partir <strong>de</strong>la, os homens, especialmente os intelectuais,<br />

construíram uma explicação mental <strong>de</strong> suas existências (OLIVEIRA, 2005). Embora esta corrente tenha se <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />

ao longo <strong>de</strong> toda a Ida<strong>de</strong> Média, o seu ápice ocorreu em torno <strong>do</strong> século XI juntamente com o renascimento <strong>do</strong> comércio<br />

e das cida<strong>de</strong>s e com o surgimento das Universida<strong>de</strong>s. Durante este perío<strong>do</strong>, os po<strong>de</strong>res eclesiástico e laico caminharam<br />

juntos, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que, para os intelectuais escolásticos, fé e razão eram fundamentais para o progresso <strong>do</strong> ser humano. Em<br />

mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XIII e XIV, <strong>de</strong>senvolveu-se na Igreja uma teoria hierocrática afirman<strong>do</strong> que o Papa estava revesti<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>res supremos. Neste momento, <strong>de</strong>ntre os autores que se <strong>de</strong>stacaram temos o franciscano Guilherme <strong>de</strong> Ockham<br />

que discute a separação <strong>do</strong>s po<strong>de</strong>res em sua obra “Brevilóquio“. Nela, o autor argumenta e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a idéia <strong>de</strong> que o Papa<br />

não po<strong>de</strong> ter a supremacia sobre o po<strong>de</strong>r temporal. Assim, neste texto, estudamos este <strong>de</strong>bate político pela separação <strong>do</strong>s<br />

po<strong>de</strong>res sob a perspectiva <strong>de</strong> Ockham, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> como esse <strong>de</strong>bate interfere diretamente na construção educativa<br />

<strong>do</strong>s sujeitos, especialmente no que diz respeito à suas liberda<strong>de</strong> e autonomia, ressaltan<strong>do</strong> a importância da produção <strong>de</strong><br />

conhecimento na formação <strong>do</strong>cente<br />

PALAVRAS-CHAVE: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO , ESCOLÁSTICA, FORMAÇÃO DOCENTE<br />

TÍTULO: LEITURA E LEITORES – PROCESSOS HISTÓRICOS E JOVENS MODERNOS.<br />

AUTOR(ES): ANA CAROLINA SIQUEIRA VELOSO<br />

RESUMO: <strong>Leitura</strong>, literatura, livros são vocábulos amplamente dissemina<strong>do</strong>s na socieda<strong>de</strong> contemporânea. Inculcam<br />

valores, mo<strong>de</strong>lam sujeitos <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> quase imperceptível. Esquecemos, na era da globalização, que práticas que hoje são<br />

consi<strong>de</strong>radas normais e até banalizadas nem sempre existiram. Conceben<strong>do</strong> a leitura como prática histórica, cultural e social<br />

e em diálogo com estudiosos que <strong>de</strong>senvolvem pesquisas relacionadas à história da leitura, como Chartier (1996, 2003,<br />

2004) e Darnton (1986, 1992, 1995), este trabalho busca investigar representações em torno <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> leitura que foram<br />

se modifican<strong>do</strong> ao longo da história, a ponto <strong>de</strong> serem consi<strong>de</strong>radas hoje como ações. Outro objeto a ser estuda<strong>do</strong> é a<br />

juventu<strong>de</strong> e o que diz respeito a essa categoria social. Conforme adverte Groppo (2000), po<strong>de</strong>mos percebê-la como grupo<br />

social autônomo, com forte influência nas socieda<strong>de</strong>s contemporâneas. Assim, para analisar os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s a partir da<br />

aplicação <strong>do</strong>s questionários referentes à pesquisa “A <strong>Leitura</strong> <strong>do</strong>s Jovens: Concepções e Práticas“ (UERJ/CNPQ), da qual<br />

faço parte, fez-se necessário uma breve incursão na história sobre a trajetória das práticas <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as socieda<strong>de</strong>s<br />

oci<strong>de</strong>ntais mo<strong>de</strong>rnas até o cenário social estuda<strong>do</strong>. Esse processo <strong>de</strong> reflexão tornou possível o levantamento <strong>de</strong> hipóteses,<br />

como, por exemplo, <strong>de</strong> que esses jovens não tenham “coragem” <strong>de</strong> se afirmarem leitores e <strong>de</strong> que suas idéias <strong>de</strong> interdição,<br />

associadas à “qualida<strong>de</strong>” <strong>do</strong>s livros e à formação <strong>do</strong> leitor i<strong>de</strong>al, sejam reproduções veladas <strong>de</strong> concepções históricas<br />

disseminadas nas instituições escolares.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, JUVENTUDE, ESCOLA<br />

TÍTULO: O ENSINO DE LEITURA NO LICEU MARANHENSE: HISTÓRIA, REPRESENTAÇõES E<br />

PRÁTICAS.<br />

AUTOR(ES): ANA CRISTINA CHAMPOUDRY NASCIMENTO DA SILVA<br />

RESUMO: O trabalho apresenta<strong>do</strong> é parte <strong>de</strong> uma proposta <strong>de</strong> investigação sobre o percurso histórico <strong>do</strong> ensino <strong>de</strong> leitura,<br />

no contexto <strong>do</strong> Liceu Maranhense, escola pública estadual, localizada em São Luís, no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Maranhão. Preten<strong>de</strong>-se<br />

investigar <strong>de</strong> que forma se caracterizou o ensino <strong>de</strong> leitura nesta escola, traçan<strong>do</strong> um percurso histórico a partir <strong>de</strong> sua<br />

fundação, no século XIX e, também, entre os anos <strong>de</strong> 1970 a 1998 (perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> reformas educacionais e curriculares), no<br />

contexto da organização curricular da disciplina <strong>de</strong> Língua Portuguesa. Parte-se <strong>de</strong> uma fundamentação <strong>de</strong> base teórica<br />

em que a leitura é entendida como prática cultural <strong>de</strong>fendida por Roger Chartier, associada às perspectivas discursivas <strong>de</strong><br />

Mikail Bakthin e <strong>do</strong> ensino e aprendizagem como mediação cultural. Em termos meto<strong>do</strong>lógicos, a presente investigação<br />

constitui-se em um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caráter historiográfico, a partir da análise <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos que orientaram o ensino <strong>de</strong> Língua<br />

Portuguesa, nos perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong>marca<strong>do</strong>s, bem como a influência <strong>de</strong>stes sobre os materiais didáticos utiliza<strong>do</strong>s pelos <strong>do</strong>centes.<br />

Dessa forma, acredita-se que tal investigação possui relevância teórica e social, ten<strong>do</strong> em vista que a fundamentação teórica<br />

e os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>rão suscitar reflexões e elaborar recomendações que contribuirão para um trabalho educativo<br />

que se comprometa com a formação <strong>de</strong> leitores, na perspectiva <strong>do</strong> ensino e da aprendizagem <strong>de</strong> leitura, entendida como<br />

prática social escolarizada.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, HISTÓRIA, ENSINO<br />

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