2ª feira - Associação de Leitura do Brasil
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Leitura, Escola, História SESSÃO - LEITURA, ESCOLA, HISTÓRIA 1 DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 16:00 as 17:00 horas LOCAL: Instituto de Economia - IE - SALA: IE 22 TÍTULO: O ENTRECRUZAMENTO DAS LÍNGUAS NO PERÍODO DA COLONIZAÇÃO: LINGUAGEM E EDUCAÇÃO AUTOR(ES): ADRIANA DUARTE B. MARIGUELA RESUMO: A historiografia lingüística brasileira constitui-se pela diversidade de gêneros que ultrapassam e perpassam às descrições aos moldes latinos e gramaticais. Muitos registros tais como, anotações, diários de viagem, cartas, ensaios, catecismos, descrições, entre outros, integravam às representações da realidade e conseqüentemente, das relações sociais e educacionais vivenciadas no período da colonização. O conhecimento organizado pela similitude, tal como nos indicou Michel Foucault, organiza as produções intelectual, lingüística e educacional pela ordem da semelhança. No período histórico da Renascença e da colonização, o solo epistêmico moldou-se pelo círculo das similitudes e as relações de saber, as experiências educacionais e as representações lingüísticas foram organizadas pela ordem das semelhanças. A ordenação do mundo, através da construção e da prática de um tipo de linguagem que pretende fazer elo, pela relação de semelhança, entre as coisas e ela mesma, promove a correspondência entre as palavras e as coisas. Como espelho, a linguagem refletia o mundo e as línguas através do sistema de semelhança deveriam ser expressas pela relação existente entre sons, palavras, frases: a oralidade e a escrita se enredam e se dissociam frente à diversidade lingüística e às observações das novas línguas. Os primeiros registros das línguas no Brasil apontam os diferentes níveis de formação e a ampliação do horizonte lingüístico propiciada pela utilização e circulação das gramáticas, das línguas gerais e das línguas vivas. A semelhança, como instrumento epistêmico, possibilita fazer aproximações entre as línguas, à cultura e a educação, revelando a diferença. Dessa maneira, o objetivo desse trabalho consiste em investigar a partir do corpus da semelhança apontado por Foucault no escrito “As Palavras e as Coisas” o desenvolvimento e entrecruzamento das línguas no período da Colonização, apontando o lugar da linguagem na relação educativa e na constituição do português como língua. PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO, LÍNGUA, HISTORIA TÍTULO: ESCRITA DAS MEMÓRIAS DE UMA MESTRA: IMAGENS E SIMBOLISMOS DE UM IDEÁRIO PEDAGÓGICO AUTOR(ES): ADRIANNE OGÊDA GUEDES, IDUINA MONT´ALVERNE CHAVES RESUMO: O objetivo desta comunicação é apresentar a construção da escrita, sob a forma narrativa, da tese de doutorado intitulada “Uma mestra da palavra: ética, memória, poética e (com)paixão na obra de Célia Linhares”. O foco central do estudo foi a apreensão do pensamento pedagógico da referida professora. Para identificarmos as matrizes de seu pensamento pedagógico, enfocamos seu percurso desde os anos 60 até meados dos anos 2000. As principais fontes utilizadas na pesquisa foram: a) seus textos escritos desde a década de 60; b) entrevistas semi-estruturadas com personagens com os quais a professora Célia conviveu e trabalhou mais intensamente nesses períodos; c) um conjunto de entrevistas com ela própria e, por fim, d) pesquisa bibliográfica sobre a história da educação brasileira, bem como consulta e apreciação de produções artísticas das épocas em questão, cinema, literatura, música, dentre outros. As histórias pessoais, reforçamos, não são meramente uma maneira de contar a alguém nossa vida. Elas são meios pelos quais identidades podem ser modeladas e seu estudo revela sobre a vida social e cultural do contexto onde vivem os narradores. Nesse sentido, a literatura, o cinema e os depoimentos dos entrevistados constituíram-se em fendas no tempo, que nos permitiram sentir, viver e partilhar o que suas narrativas nos convidavam a ver. Os estudos de Mont´Alverne Chaves (2000) sobre pesquisa narrativa e os de Catani, Bueno e Sousa (2003), em sintonia com os da francesa Marie-Christine Josso (2004) dentre outros, foram referência fundamental para compreender a relevância das práticas autobiográficas e biográficas na formação de professores, da profa. Célia Linhares e da escrita de uma tese. PALAVRAS-CHAVE: PRODUÇÃO ESCRITA, MEMÓRIA, NARRATIVA TÍTULO: OS LIVROS USADOS NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES PRIMÁRIOS NAS ESCOLAS NORMAIS DE RIBEIRÃO PRETO/SP (1944-1960) AUTOR(ES): ALESSANDRA CRISTINA FURTADO RESUMO: O presente trabalho tem o propósito de apresentar alguns resultados do estudo realizado acerca dos livros usados na formação dos professores primários, nas disciplinas pedagógicas, na “Escola Normal Livre Nossa Senhora Auxiliadora” e na “Escola Normal Oficial” de Ribeirão Preto/SP, entre os anos de 1944 e 1960. Os referenciais desta pesquisa são de caráter histórico e provenientes da História Cultural, ancorados, sobretudo, em Roger Chartier (1990, 1991). Neste estudo, os livros analisados tinham o objetivo de transmitir às normalistas um conjunto de saberes que lhes permitissem a apreensão dos conhecimentos exigidos pela legislação vigente, com relação à formação de professores primários. Embora os livros didáticos estivessem organizados em conformidade com a lei, foi possível constatar, no Curso Normal da “Escola Normal Livre Nossa Senhora Auxiliadora”, uma tendência de acoplar ao rol das disciplinas de caráter pedagógico, sobretudo nas de Fundamentos da Educação, obras de autores ligados ao catolicismo, como Leonel França, padre jesuíta, Madre Francisca Peeters, religiosa da Congregação de Santo André, e Everardo Backhauser, um defensor do escolanovismo aos moldes católicos. Entretanto, o mesmo não aconteceu em relação aos livros adotados no Curso Normal da “Escola Normal Oficial”, que buscava seguir a tendência vigente e manter-se fiel aos princípios de laicidade, prerrogativa da legislação do período. A análise desses livros permitiu identificar que até mesmo nos impressos de uso escolar havia diferenças no processo de formação docente entre uma instituição de ensino de natureza leiga e outra católica. Apesar dessas diferenças, os livros das disciplinas pedagógicas de ambas as instituições contribuíram para a circulação e recomendações de saberes, que se tornaram essenciais para o ensino normal da época. PALAVRAS-CHAVE: LIVROS, ESCOLAS NORMAIS, FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRIMÁRIOS 264
Leitura, Escola, História TÍTULO: A LÍNGUA PORTUGUESA NA ESCOLA: REVENDO CONSTRUÇõES HISTÓRICAS PARA “TRANSVER” A AÇÃO DOCENTE E AS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA. AUTOR(ES): ALESSANDRA RODRIGUES LUZ RESUMO: Este artigo parte da seguinte indagação: de que forma a construção histórica da língua portuguesa, como língua oficial do Brasil, serviu aos interesses de dominação da colonização européia e se reflete hodiernamente nas práticas de leitura e escrita na instituição escolar? Desenvolvemos a questão contextualizando-a historicamente e associando o episódio colonizador às constatações atuais do que se considera um fracasso da escola em levar os estudantes ao domínio efetivo dessas práticas sociais (ler e escrever). Legitimando e ‘oficializando’ apenas o ‘seu jeito’ de entender o mundo e utilizar a língua, o colonizador não apenas deixou de reconhecer as culturas indígenas, seus falares e fazeres como fundantes de nossa cultura, como também promoveu ou pelo menos tentou realizar, o extermínio sistemático dessas línguas como ferramenta de dominação. Além do aspecto político de tal atitude, há que se considerar a concepção de língua (até certo ponto alienante e empobrecedora) que perpassa esse tipo de conduta e orientou, sozinha, por mais de 300 anos, o trabalho escolar. Parece que o peso desses anos ainda cai sobre os ombros da instituição escolar e dos professores. E, por isso, ainda hoje, a concepção discursiva está longe de orientar efetivamente as práticas pedagógicas na maioria das escolas brasileiras. Nesse sentido, é fundamental “rever” e refletir sobre os processos históricos vinculados à construção da língua oficial a fim de que a ação docente possa ser consciente e libertadora; pois será (como sempre o foi) decisiva para que as práticas de leitura e escrita na escola ultrapassem os altos muros escolares e a repetição de modelos para possibilitarem um “transver” do mundo e resultarem numa produção criativa, ciente de sua função histórica enquanto enunciação, discurso, cultura. PALAVRAS-CHAVE: LEITURA E ESCRITA ESCOLARES, CONSTRUÇÃO HISTÓRICA, AÇÃO DOCENTE TÍTULO: LIVROS DE LEITURA DE FELISBERTO DE CARVALHO E MARIO DA VEIGA CABRAL: USOS E SIGNIFICADOS AUTOR(ES): ALEXANDRA LIMA DA SILVA RESUMO: A investigação dos livros de leitura de Felisberto de Carvalho e Mario da Veiga Cabral, procura indicar seus prováveis usos, pensando aqui na sua utilização na escola, em casa e em diferentes ambientes e diferentes temporalidades, eis o que objetiva o presente trabalho. Neste sentido, quais as linguagens presentes neles? Que conteúdos e valores procuram ensinar? Por qu~ê ensinar noções gerais nestes livros? A quem se destinam?Para tanto, procura analisar as trajetórias destes dois autores, em especial, pensando os significados da escrita de livros de leitura para os mesmos. Felisberto de Carvalho nasceu em 1850 e, além de professor, jornalista e músico, foi autor de inúmeros livros didáticos. Mesmo após seu falecimento, em 1898, seus livros foram reeditados, sendo utilizado por mais de 70 anos. Por seu turno, Mario da Veiga Cabral nasceu em 1894 e faleceu em 1969. Engenheiro agrimensor e geógrafo foi, também, professor no Ginásio 28 de Setembro, no Liceu Rio Branco e no Instituto de Educação e autor de livros didáticos referentes à Geografia e História do Brasil. Assim como os livros de Felisberto de Carvalho, seus livros didáticos alcançaram marcas significativas em relação à longevidade, atingindo, algumas vezes, após sucessivas reedições, 100 mil exemplares. Neste sentido, cabe-nos interrogar: quais os significados da “longa duração” destes livros? Com isto, inserimos a escrita de tais livros no âmbito da expansão da “cultura letrada” e da “cultura escolar“, pensando o livro de leitura não como um objeto estanque, mas em suas relações e articulações no interior das relações sociais que o produziram, onde o domínio da leitura valia muito para os sujeitos históricos em questão. PALAVRAS-CHAVE: LIVROS DE LEITURA, CULTURA LETRADA, CULTURA ESCOLAR SESSÃO - LEITURA, ESCOLA, HISTÓRIA 2 DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas LOCAL: Instituto de Economia - IE - SALA: IE 23 TÍTULO: A LEITURA NAS SALAS DE AULA VIRTUAIS AUTOR(ES): ALIETE GOMES CARNEIRO ROSA RESUMO: A história da leitura nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) tem mostrado que esta é uma atividade muito pouco olhada do ponto de vista de sua orientação, sistematização e preocupação com as práticas que a envolvem. O que se faz quando se trata da leitura nos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)? Como tem sido tratada a leitura nesses ambientes? Estas são questões levantadas em pesquisa preliminar sobre leitura em AVA. O que se quer é observar os percursos da história da leitura em ambientes virtuais, a fim de que se compreenda o que querem os professores quando pedem aos seus alunos que leiam os textos e o que os alunos fazem com os textos que lêem nesses ambientes de aprendizagem. Compreender o papel da leitura, aqui, aponta para perspectivas de futuros leitores. Considerando-se que textos produzem significados e constroem identidades por intermédio da linguagem, investigar a leitura nas aulas de cursos virtuais significa ter um olhar sobre os gêneros textuais (Marcuschi, 2002; Schneuwly e Dolz, 2004), sobre as questões de suportes e circulação de texto (Possenti, 2001), sobre os sujeitos e a mediação das novas tecnologias empregadas pela mídia (Rubim, 2000) e sobre a lógica sequencial da leitura nos ambientes virtuais (Braga e Ricarte, 2005). Assim, essa pesquisa abarca conhecimentos e relações dos sujeitos com a leitura e dialoga com o papel do ensino em ambientes não presenciais. PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, AMBIENTE VIRTUAL, ENSINO TÍTULO: ALFABETIZAÇÃO: A DESMETODIZAÇÃO DO ENSINO DA LÍNGUA MATERNA E AS REDEFINIÇõES EDUCACIONAIS NA DÉCADA DE 1980 AUTOR(ES): ALINE ROBERTA TACON DAMBROS, MICHELE JULIANA DE CARLI ANSELMO DA SILVA RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo discutir sobre o processo de desmetodização da alfabetização, ocorrido na década de 1980, bem como as modificações resultadas no âmbito educacional. Para tanto nos pautaremos, principalmente, no trabalho de investigação histórica de Maria do Rosário Longo Mortatti (2000), no qual designa o referido 265
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<strong>Leitura</strong>, Escola, História<br />
TÍTULO: A LÍNGUA PORTUGUESA NA ESCOLA: REVENDO CONSTRUÇõES HISTÓRICAS PARA<br />
“TRANSVER” A AÇÃO DOCENTE E AS PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA.<br />
AUTOR(ES): ALESSANDRA RODRIGUES LUZ<br />
RESUMO: Este artigo parte da seguinte indagação: <strong>de</strong> que forma a construção histórica da língua portuguesa, como língua<br />
oficial <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, serviu aos interesses <strong>de</strong> <strong>do</strong>minação da colonização européia e se reflete hodiernamente nas práticas <strong>de</strong><br />
leitura e escrita na instituição escolar? Desenvolvemos a questão contextualizan<strong>do</strong>-a historicamente e associan<strong>do</strong> o episódio<br />
coloniza<strong>do</strong>r às constatações atuais <strong>do</strong> que se consi<strong>de</strong>ra um fracasso da escola em levar os estudantes ao <strong>do</strong>mínio efetivo<br />
<strong>de</strong>ssas práticas sociais (ler e escrever). Legitiman<strong>do</strong> e ‘oficializan<strong>do</strong>’ apenas o ‘seu jeito’ <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r o mun<strong>do</strong> e utilizar a<br />
língua, o coloniza<strong>do</strong>r não apenas <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> reconhecer as culturas indígenas, seus falares e fazeres como fundantes <strong>de</strong> nossa<br />
cultura, como também promoveu ou pelo menos tentou realizar, o extermínio sistemático <strong>de</strong>ssas línguas como ferramenta<br />
<strong>de</strong> <strong>do</strong>minação. Além <strong>do</strong> aspecto político <strong>de</strong> tal atitu<strong>de</strong>, há que se consi<strong>de</strong>rar a concepção <strong>de</strong> língua (até certo ponto alienante<br />
e empobrece<strong>do</strong>ra) que perpassa esse tipo <strong>de</strong> conduta e orientou, sozinha, por mais <strong>de</strong> 300 anos, o trabalho escolar. Parece<br />
que o peso <strong>de</strong>sses anos ainda cai sobre os ombros da instituição escolar e <strong>do</strong>s professores. E, por isso, ainda hoje, a concepção<br />
discursiva está longe <strong>de</strong> orientar efetivamente as práticas pedagógicas na maioria das escolas brasileiras. Nesse senti<strong>do</strong>,<br />
é fundamental “rever” e refletir sobre os processos históricos vincula<strong>do</strong>s à construção da língua oficial a fim <strong>de</strong> que a ação<br />
<strong>do</strong>cente possa ser consciente e liberta<strong>do</strong>ra; pois será (como sempre o foi) <strong>de</strong>cisiva para que as práticas <strong>de</strong> leitura e escrita<br />
na escola ultrapassem os altos muros escolares e a repetição <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los para possibilitarem um “transver” <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e<br />
resultarem numa produção criativa, ciente <strong>de</strong> sua função histórica enquanto enunciação, discurso, cultura.<br />
PALAVRAS-CHAVE: LEITURA E ESCRITA ESCOLARES, CONSTRUÇÃO HISTÓRICA, AÇÃO DOCENTE<br />
TÍTULO: LIVROS DE LEITURA DE FELISBERTO DE CARVALHO E MARIO DA VEIGA CABRAL:<br />
USOS E SIGNIFICADOS<br />
AUTOR(ES): ALEXANDRA LIMA DA SILVA<br />
RESUMO: A investigação <strong>do</strong>s livros <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> Felisberto <strong>de</strong> Carvalho e Mario da Veiga Cabral, procura indicar seus prováveis<br />
usos, pensan<strong>do</strong> aqui na sua utilização na escola, em casa e em diferentes ambientes e diferentes temporalida<strong>de</strong>s, eis o que<br />
objetiva o presente trabalho. Neste senti<strong>do</strong>, quais as linguagens presentes neles? Que conteú<strong>do</strong>s e valores procuram ensinar?<br />
Por qu~ê ensinar noções gerais nestes livros? A quem se <strong>de</strong>stinam?Para tanto, procura analisar as trajetórias <strong>de</strong>stes <strong>do</strong>is autores,<br />
em especial, pensan<strong>do</strong> os significa<strong>do</strong>s da escrita <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> leitura para os mesmos. Felisberto <strong>de</strong> Carvalho nasceu em 1850<br />
e, além <strong>de</strong> professor, jornalista e músico, foi autor <strong>de</strong> inúmeros livros didáticos. Mesmo após seu falecimento, em 1898, seus<br />
livros foram reedita<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> por mais <strong>de</strong> 70 anos. Por seu turno, Mario da Veiga Cabral nasceu em 1894 e faleceu<br />
em 1969. Engenheiro agrimensor e geógrafo foi, também, professor no Ginásio 28 <strong>de</strong> Setembro, no Liceu Rio Branco e no<br />
Instituto <strong>de</strong> Educação e autor <strong>de</strong> livros didáticos referentes à Geografia e História <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>. Assim como os livros <strong>de</strong> Felisberto<br />
<strong>de</strong> Carvalho, seus livros didáticos alcançaram marcas significativas em relação à longevida<strong>de</strong>, atingin<strong>do</strong>, algumas vezes, após<br />
sucessivas reedições, 100 mil exemplares. Neste senti<strong>do</strong>, cabe-nos interrogar: quais os significa<strong>do</strong>s da “longa duração” <strong>de</strong>stes<br />
livros? Com isto, inserimos a escrita <strong>de</strong> tais livros no âmbito da expansão da “cultura letrada” e da “cultura escolar“, pensan<strong>do</strong><br />
o livro <strong>de</strong> leitura não como um objeto estanque, mas em suas relações e articulações no interior das relações sociais que o<br />
produziram, on<strong>de</strong> o <strong>do</strong>mínio da leitura valia muito para os sujeitos históricos em questão.<br />
PALAVRAS-CHAVE: LIVROS DE LEITURA, CULTURA LETRADA, CULTURA ESCOLAR<br />
SESSÃO - LEITURA, ESCOLA, HISTÓRIA 2<br />
DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />
LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Economia - IE - SALA: IE 23<br />
TÍTULO: A LEITURA NAS SALAS DE AULA VIRTUAIS<br />
AUTOR(ES): ALIETE GOMES CARNEIRO ROSA<br />
RESUMO: A história da leitura nos Ambientes Virtuais <strong>de</strong> Aprendizagem (AVA) tem mostra<strong>do</strong> que esta é uma ativida<strong>de</strong><br />
muito pouco olhada <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> sua orientação, sistematização e preocupação com as práticas que a envolvem.<br />
O que se faz quan<strong>do</strong> se trata da leitura nos ambientes virtuais <strong>de</strong> aprendizagem (AVA)? Como tem si<strong>do</strong> tratada a leitura<br />
nesses ambientes? Estas são questões levantadas em pesquisa preliminar sobre leitura em AVA. O que se quer é observar<br />
os percursos da história da leitura em ambientes virtuais, a fim <strong>de</strong> que se compreenda o que querem os professores quan<strong>do</strong><br />
pe<strong>de</strong>m aos seus alunos que leiam os textos e o que os alunos fazem com os textos que lêem nesses ambientes <strong>de</strong> aprendizagem.<br />
Compreen<strong>de</strong>r o papel da leitura, aqui, aponta para perspectivas <strong>de</strong> futuros leitores. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que textos produzem<br />
significa<strong>do</strong>s e constroem i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s por intermédio da linguagem, investigar a leitura nas aulas <strong>de</strong> cursos virtuais<br />
significa ter um olhar sobre os gêneros textuais (Marcuschi, 2002; Schneuwly e Dolz, 2004), sobre as questões <strong>de</strong> suportes<br />
e circulação <strong>de</strong> texto (Possenti, 2001), sobre os sujeitos e a mediação das novas tecnologias empregadas pela mídia (Rubim,<br />
2000) e sobre a lógica sequencial da leitura nos ambientes virtuais (Braga e Ricarte, 2005). Assim, essa pesquisa abarca conhecimentos<br />
e relações <strong>do</strong>s sujeitos com a leitura e dialoga com o papel <strong>do</strong> ensino em ambientes não presenciais.<br />
PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, AMBIENTE VIRTUAL, ENSINO<br />
TÍTULO: ALFABETIZAÇÃO: A DESMETODIZAÇÃO DO ENSINO DA LÍNGUA MATERNA E AS<br />
REDEFINIÇõES EDUCACIONAIS NA DÉCADA DE 1980<br />
AUTOR(ES): ALINE ROBERTA TACON DAMBROS, MICHELE JULIANA DE CARLI ANSELMO DA SILVA<br />
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo discutir sobre o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>smetodização da alfabetização, ocorri<strong>do</strong><br />
na década <strong>de</strong> 1980, bem como as modificações resultadas no âmbito educacional. Para tanto nos pautaremos, principalmente,<br />
no trabalho <strong>de</strong> investigação histórica <strong>de</strong> Maria <strong>do</strong> Rosário Longo Mortatti (2000), no qual <strong>de</strong>signa o referi<strong>do</strong><br />
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