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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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<strong>Leitura</strong> no Currículo Escolar: Projetos e Programas<br />

faço uso das contribuições <strong>de</strong> Bakhtin, Bhabha, Tomaz Ta<strong>de</strong>u da Silva e Stuart Hall. Assim como as análises <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s<br />

referentes ao campo da leitura e escrita nos ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> atualização da Multieducação, o <strong>do</strong>cumento nortea<strong>do</strong>r das práticas pedagógicas<br />

no município <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. On<strong>de</strong> a mesma vê a linguagem como forma <strong>de</strong> introduzir as crianças no mun<strong>do</strong> da<br />

leitura e escrita com o intuito <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r as <strong>de</strong>mandas da socieda<strong>de</strong>, habilitan<strong>do</strong>-as por assim dizer a compreen<strong>de</strong>r e lidar com<br />

os diversos instrumentos <strong>de</strong> comunicação. Acredito que pensar a questão da leitura e escrita além <strong>do</strong>s caminhos da alfabetização<br />

e <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>s signos lingüísticos é uma forma <strong>de</strong> dar a esse sujeito novas formas <strong>de</strong> reflexão acerca <strong>de</strong> si mesmo e <strong>do</strong><br />

mun<strong>do</strong> no qual ele está inseri<strong>do</strong>. Ao <strong>de</strong>bruçar-me em tais analises e confrontá-las à luz <strong>do</strong> cotidiano escolar, busco <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a<br />

linguagem além <strong>do</strong> ensino gramatical, on<strong>de</strong> esta seja vista como produto <strong>de</strong> uma construção cultural, portanto <strong>do</strong>tada <strong>de</strong> uma<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saberes que constituem e i<strong>de</strong>ntificam o sujeito <strong>de</strong> forma particular. Po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser compreendida como um caminho<br />

possível para a construção <strong>do</strong> sujeito, livran<strong>do</strong>-o assim das tentativas <strong>de</strong> homogeneização e <strong>do</strong>cilização.<br />

PALAVRAS-CHAVE: IDENTIDADE, DIFERENÇA, LINGUAGEM<br />

TÍTULO: PROJETOS DE LEITURA: UMA PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO<br />

AUTOR(ES): VALDIRENE BARBOZA DE ARAÚJO BATISTA<br />

RESUMO: Esta comunicação preten<strong>de</strong> socializar os principais objetivos <strong>de</strong> uma pesquisa <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> em andamento,<br />

fundamentada essencialmente na “análise da configuração textual“, nos mol<strong>de</strong>s propostos pela pesquisa<strong>do</strong>ra Maria <strong>do</strong><br />

Rosário Longo Mortatti (FFC - UNESP - Marília). Trata-se <strong>do</strong> projeto “Prática <strong>de</strong> leitura escolar: um estu<strong>do</strong> sobre projetos<br />

<strong>de</strong> leitura“, cuja finalida<strong>de</strong> é compreen<strong>de</strong>r e analisar os objetivos, as necessida<strong>de</strong>s e os interesses <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong> quatro<br />

projetos <strong>de</strong> leitura já <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s ou em <strong>de</strong>senvolvimento pela Secretaria <strong>de</strong> Educação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, em<br />

diferentes momentos históricos e sociais, no âmbito das séries finais <strong>do</strong> ensino fundamental. São eles: “Ensinar e Apren<strong>de</strong>r:<br />

construin<strong>do</strong> uma proposta” (2000); “Tecen<strong>do</strong> <strong>Leitura</strong>s” (2004) ; “Ler e Viver: competência leitora” (2005) e “Hora da<br />

<strong>Leitura</strong>” (2005). Esses projetos carregam em sua configuração textual, certos i<strong>de</strong>ais políticos e i<strong>de</strong>ológicos <strong>de</strong> um discurso<br />

não apenas oficial, mas, sobretu<strong>do</strong>, <strong>de</strong> sujeitos, seres <strong>de</strong> linguagem, educa<strong>do</strong>res e intelectuais comprometi<strong>do</strong>s com as questões<br />

educacionais em geral e, principalmente, com as dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas pela escola pública em garantir a to<strong>do</strong>s os<br />

alunos a inserção nas práticas culturais <strong>de</strong> leitura (e escrita) em suas várias facetas; constituin<strong>do</strong> um conjunto <strong>de</strong> aspectos<br />

“inter-relaciona<strong>do</strong>s“ que dão a eles o estatuto <strong>de</strong> textos repletos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s e significa<strong>do</strong>s que permitem ao investiga<strong>do</strong>r<br />

reconhecê-los e interrogá-los como “objeto singular“ para <strong>de</strong>les produzir uma leitura “possível e autorizada“.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, PROJETOS DE LEITURA, FORMAÇÃO DO LEITOR<br />

TÍTULO: A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO ATRAVÉS DA LEITURA<br />

AUTOR(ES): VALERIA CRISTINA DE ABREU VALE CAETANO<br />

RESUMO: Este relato <strong>de</strong> experiências consiste em uma prática pedagógica sobre leitura e produção textual intitulada<br />

Oficina da Palavra realizada com alunos <strong>do</strong> Colégio Pedro II. Investiga a utilização que esses alunos fazem da escrita e da<br />

leitura na vida cotidiana, as dificulda<strong>de</strong>s que encontram no uso <strong>de</strong>stas habilida<strong>de</strong>s e como reagem diante das ativida<strong>de</strong>s<br />

propostas. Também são <strong>de</strong>scritas a organização da Oficina da Palavra e algumas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas. A realização da<br />

Oficina da Palavra tem como objetivo <strong>de</strong>senvolver nos alunos, maior interesse pela leitura e estimulá-los a escrever com<br />

espontaneida<strong>de</strong>. A Oficina da Palavra tentou suprir as <strong>de</strong>ficiências <strong>do</strong> contato entre o leitor e o texto no universo escolar,<br />

buscan<strong>do</strong> formar leitores críticos, pois o texto é vivo e funciona como ponto <strong>de</strong> interação entre o leitor e o autor. Preten<strong>de</strong>u-se<br />

valorizar as experiências culturais daqueles alunos estigmatiza<strong>do</strong>s e consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s irrecuperáveis, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

proporcionar-lhes situações que os conduzissem a uma leitura <strong>de</strong> mun<strong>do</strong> mais crítica. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que a sensibilização é<br />

indispensável neste processo, a Oficina da Palavra utiliza uma técnica que se baseia no méto<strong>do</strong> APLIC (Aprimoramento da<br />

Linguagem e Criação) <strong>de</strong> Rosa Riche e Luciana Haddad. Consiste no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura e escrita em<br />

três fases: <strong>de</strong>sinibição, estímulo e criação. Portanto, a oficina contribui para o redimensionamento da concepção <strong>do</strong> ato <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong> leitura, articulada à experiência <strong>do</strong> professor, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> funcionar como incentivo a práticas permanentes, tanto<br />

<strong>de</strong>ntro quanto fora <strong>do</strong> âmbito escolar. Enfim, através <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste projeto, nossos alunos <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> vários<br />

recursos, lidam mais criativamente com a PALAVRA, instrumento <strong>de</strong> AÇÃO, e INTERAÇÃO social.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, PRODUÇÃO DE TEXTO, LITERATURA<br />

TÍTULO: CIDADE – ESCOLA - LITERATURA: PROBLEMATIZANDO ASPECTOS DO CAMPO<br />

CURRICULAR E DO CAMPO LITERÁRIO NA CONSTRUÇÃO DO PROJETO DA CIDADE DE<br />

CURITIBA NA DÉCADA DE 1990 E INÍCIO DO SÉCULO XXI<br />

AUTOR(ES): VALERIA MILENA ROHRICH FERREIRA, EVELLYN BERNARDO RODRIGUES<br />

ROMANO<br />

RESUMO: O campo literário produziu diversos escritores que realizaram uma séria crítica ao projeto da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitiba<br />

da década <strong>de</strong> 1990 e início <strong>do</strong> século XXI (projeto este, em muitos aspectos, preconceituoso, pouco crítico e apolítico).<br />

Este artigo problematiza como o currículo oficial da re<strong>de</strong> municipal operou, naquele momento, <strong>de</strong> sorte a pouco absorver<br />

este tipo <strong>de</strong> literatura, dan<strong>do</strong> maior ênfase (principalmente na década <strong>de</strong> 1990), a uma literatura “paranista”. Esta última,<br />

originária <strong>do</strong> início <strong>do</strong> século XX, fazia parte <strong>de</strong> um projeto maior <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> própria para o Paraná e<br />

para Curitiba que acabava priorizan<strong>do</strong> e reforçan<strong>do</strong> um amor incondicional às produções artísticas e literárias <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>/capital.<br />

E, uma vez que era pauta <strong>do</strong> projeto da cida<strong>de</strong>, naquele momento, criar uma imagem <strong>de</strong> “curitibano leitor”, inclusive,<br />

construin<strong>do</strong> um mobiliário urbano bastante específico, o “Farol <strong>do</strong> Saber” (com diversas unida<strong>de</strong>s espalhadas pela cida<strong>de</strong>),<br />

se analisa ainda como o discurso oficial procurava propagar tal imagem, principalmente por meio <strong>do</strong>s materiais curriculares<br />

que chegavam à escola (Lições Curitibanas, Jornal Curitibinha etc). De mo<strong>do</strong> geral verifica-se que contos e crônicas que<br />

punham em contraste uma Curitiba real e uma i<strong>de</strong>al; que questionavam a propaganda da cida<strong>de</strong> ecológica, urbana e “correta”;<br />

que expunham características <strong>do</strong> curitibano como pouco relacionadas à leitura; foram pouco incorporadas ao currículo<br />

oficial. Por outro la<strong>do</strong>, o currículo oficial procurou divulgar bibliotecas e bons livros <strong>de</strong> literatura infantil. Quanto à função<br />

<strong>do</strong> Farol <strong>do</strong> Saber para Curitiba, embora tenha servi<strong>do</strong> - como mobiliário urbano - muito mais à propaganda da cida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> que a outro propósito e tenha, com o passar <strong>do</strong> tempo, altera<strong>do</strong> até a sua função, <strong>de</strong> alguma forma aju<strong>do</strong>u a formar no<br />

imaginário curitibano a idéia <strong>de</strong> cidadão leitor.<br />

PALAVRAS-CHAVE: CIDADE, CURRICULO ESCOLAR, CURITIBA<br />

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