28.06.2013 Views

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Leitura</strong> e Produção no Ensino Superior<br />

TÍTULO: O TEXTO CIENTÍFICO ENQUANTO OBJETO DE ENSINO: DAS NORMAS À CRIAÇÃO<br />

AUTOR(ES): MAURICEIA SILVA DE PAULA VIEIRA<br />

RESUMO: Docência e pesquisa são pilares da essência e razão <strong>de</strong> ser da Universida<strong>de</strong>. É através da pesquisa que<br />

questões relevantes são discutidas e possíveis soluções são encontradas. Por sua vez, para que tenham credibilida<strong>de</strong>,<br />

esses resulta<strong>do</strong>s precisam ser divulga<strong>do</strong>s – em gêneros a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s - e coloca<strong>do</strong>s em discussão pela comunida<strong>de</strong> científica,<br />

que os revalidam perante a socieda<strong>de</strong>. Na Universida<strong>de</strong> é preciso que o graduan<strong>do</strong> se constitua e se construa<br />

como sujeito-autor, como alguém que tenha algo a dizer sobre um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> assunto e com um objetivo a ser<br />

alcança<strong>do</strong>. Além disso, é preciso que os textos produzi<strong>do</strong>s estejam a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s quanto ao estilo, à construção composicional<br />

e à temática. A construção <strong>de</strong>sse sujeito-autor passa pela leitura e pela produção <strong>de</strong> textos que circulam<br />

nesse <strong>do</strong>mínio específico, em outras palavras, requer <strong>de</strong>senvolver habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> letramento na universida<strong>de</strong>. Nesse<br />

senti<strong>do</strong>, o objetivo <strong>de</strong>ste texto é refletir sobre usos e práticas <strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong> escrita no contexto acadêmico e discutir<br />

estratégias teórico-meto<strong>do</strong>lógicas que possibilitem o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas habilida<strong>de</strong>s, a partir <strong>de</strong> experiências<br />

com o diário <strong>de</strong> leitura e mapas conceituais. Defen<strong>de</strong>-se que tais ferramentas possibilitam uma aprendizagem significativa,<br />

uma vez que requerem <strong>do</strong> graduan<strong>do</strong> procedimentos <strong>de</strong> leitura e escrita sistematiza<strong>do</strong>s, atitu<strong>de</strong> reflexiva e uso<br />

otimiza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s recursos tecnológicos. O referencial teórico que embasa este trabalho advém <strong>do</strong>s trabalhos <strong>de</strong> Bakhtin<br />

(1997), Macha<strong>do</strong> (2007), Soares (2004) e Novak (2003).<br />

PALAVRAS-CHAVE: AUTORIA, DIÁRIOS DE LEITURA, MAPAS CONCEITUAIS<br />

TÍTULO: SOBRE AS FORMAS DE ESTUDAR E APRENDER DO ALUNO PROUNI: PERSPECTIVAS<br />

INTELECTUAIS E INVESTIMENTOS NA FORMAÇÃO CULTURAL GERAL.<br />

AUTOR(ES): MAYARA VICTOR GOMES<br />

RESUMO: A Educação Superior no <strong>Brasil</strong>, tradicionalmente, privilegia a formação específica <strong>de</strong> caráter profissionalizante,<br />

esta perspectiva se consoli<strong>do</strong>u <strong>de</strong> forma pragmática nas instituições que aten<strong>de</strong>m o novo aluno – oriun<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> camadas sociais menos favorecidas e que até há pouco tempo não ascendia aos estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> nível universitário. A<br />

problemática ganha relevância num contexto <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas profissionais, on<strong>de</strong> é discurso corrente a<br />

maior exigência <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operar com protocolos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s, mudanças rápidas no<br />

sistema, utilização <strong>de</strong> tecnologia... Ao mesmo tempo, sustenta-se que, nos dias <strong>de</strong> hoje, o estudante universitário teria,<br />

em sua maioria, pouco <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong> escrita, o que o impediria <strong>de</strong> atuar apropriadamente no espaço acadêmico.<br />

Nesta pesquisa, verifica-se em que medida e como estudantes <strong>do</strong> ProUni <strong>de</strong> IES –periféricas (IES periférica<br />

implica o tipo <strong>de</strong> instituição e o lugar relativo que ocupa no campo da Educação Superior) investem em sua formação<br />

geral para ampliar seus conhecimentos acadêmicos e culturais. Trata-se <strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> seu perfil sociocultural e<br />

das instituições que os recebem, avançar a compreensão <strong>de</strong> processos formativos numa perspectiva que consi<strong>de</strong>ra<br />

que a Educação Superior experimenta intensa disputa entre formação específica e formação geral. É <strong>de</strong> supor que a<br />

formação geral ofereça maiores possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> participação e intervenção social que a formação específica, mas<br />

a tendência <strong>de</strong> organização da Educação Superior, por interesses <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>, é a inversa. O trabalho se vincula à<br />

pesquisa “Cultura Escrita, Globalização e Formação Universitária: concepções <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> e <strong>de</strong> aprendizagem e expectativas<br />

<strong>do</strong> estudante universitário <strong>de</strong> IES periférica“. O estu<strong>do</strong> permitiu i<strong>de</strong>ntificar as formas como se <strong>de</strong>senvolve,<br />

nacional e internacionalmente, o <strong>de</strong>bate sobre formação específica e formação geral e as estratégias <strong>de</strong> grupos sociais<br />

menos privilegia<strong>do</strong>s que acen<strong>de</strong>ram a condição universitária para superar suas <strong>de</strong>ficiências formativas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR PERIFÉRICA, FORMAÇÃO GERAL, ALUNO<br />

PROUNI<br />

TÍTULO: O GRUPO FOCAL NA PESQUISA SOBRE LEITURA EM UM CURSO DE GRADUAÇÃO<br />

AUTOR(ES): MÁRCIA CABRAL DA SILVA<br />

RESUMO: Este estu<strong>do</strong> enfatiza a técnica <strong>do</strong> grupo focal no <strong>de</strong>senvolvimento da pesquisa “A <strong>Leitura</strong> <strong>do</strong> Jovem: Concepções<br />

e Práticas“. Trata-se <strong>de</strong> pesquisa realizada com jovens em uma escola pública <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores, no bairro<br />

<strong>do</strong> Jardim Botânico, zona sul da Cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. A pesquisa <strong>de</strong>senvolveu-se em duas etapas. De início, com<br />

vistas ao levantamento preliminar <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>cidiu-se pela aplicação <strong>de</strong> um questionário organiza<strong>do</strong> em quatro campos:<br />

socioeconômico, trajetória escolar, campo sociocultural e trajetória <strong>de</strong> leitura. Na segunda etapa <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, optou-se pelo<br />

instrumento <strong>do</strong> grupo focal, visto que, conforme adverte Gatti (2005), ele vem crescen<strong>do</strong> nas pesquisas em Ciências Humanas.<br />

Diferentemente <strong>de</strong> outras técnicas como a entrevista, por exemplo, possibilita condução menos diretiva por parte<br />

<strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res e maior integração entre os participantes. A linguagem, dimensão por meio da qual os seres humanos<br />

interagem, consiste em um campo que reflete e refrata a realida<strong>de</strong>. Espécie <strong>de</strong> “arena <strong>de</strong> luta”, como quer Bakhtin (1994).<br />

Por isso mesmo, um campo flui<strong>do</strong>, dinâmico, por intermédio <strong>do</strong> qual se procurou tanto confrontar as hipóteses inicialmente<br />

levantadas pelos pesquisa<strong>do</strong>res quanto garantir os discursos proferi<strong>do</strong>s por jovens em nível inicial <strong>de</strong> formação como<br />

prováveis <strong>do</strong>centes. Os resulta<strong>do</strong>s preliminares alcança<strong>do</strong>s indicam que os discursos em jogo po<strong>de</strong>m, por vezes, interagir<br />

e, com frequência, se apartar.<br />

PALAVRAS-CHAVE: GRUPO FOCAL, LEITURA, PESQUISA<br />

TÍTULO: ENSINO DE PORTUGUÊS EM CURSOS SUPERIORES: RAZõES E CONCEPÇõES<br />

AUTOR(ES): MÁRCIO JOSÉ PEREIRA DE CAMARGO<br />

RESUMO: A pesquisa investiga a presença <strong>de</strong> disciplinas <strong>de</strong> Língua Portuguesa em instituições <strong>de</strong> ensino superior.<br />

Visan<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntificar e compreen<strong>de</strong>r razões e concepções que sustentam a oferta <strong>de</strong>sse componente por cursos cuja<br />

carreira não guarda relação direta com a área da linguagem, realizou-se um estu<strong>do</strong> pormenoriza<strong>do</strong> <strong>de</strong> currículos <strong>de</strong><br />

cursos <strong>de</strong> diferentes áreas <strong>do</strong> conhecimento, por meio <strong>de</strong> pesquisa nos sítios eletrônicos das instituições, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a<br />

i<strong>de</strong>ntificar aquelas que oferecem a disciplina <strong>de</strong> Língua Portuguesa, bem como examinar suas propostas <strong>de</strong> ensino.<br />

Neste trabalho, apresenta-se uma análise parcial das concepções <strong>de</strong> linguagem e <strong>de</strong> formação acadêmica subjacentes<br />

aos programas, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong>-se três vertentes pre<strong>do</strong>minantes: a) a primeira, <strong>de</strong> caráter repara<strong>do</strong>r ou supletivo, visa<br />

superar <strong>de</strong>ficiências da escolarida<strong>de</strong> anterior e carrega uma noção normativa <strong>de</strong> língua, privilegian<strong>do</strong> o ensino da<br />

“língua padrão”, reproduz a concepção <strong>do</strong> ensino da educação básica; b) a segunda, <strong>de</strong> viés pragmático, tem caráter<br />

237

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!