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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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<strong>Leitura</strong> e Produção no Ensino Superior<br />

as idéias progrediram, multiplicaram e revelaram novas concepções pessoais sobre <strong>do</strong> tema em questão. Neste senti<strong>do</strong>, este<br />

artigo concebe a “leitura” num senti<strong>do</strong> amplo, que vai além da “leitura <strong>do</strong> código escrito” e inclui a “leitura <strong>de</strong> imagens”.<br />

Po<strong>de</strong>mos ler um livro, mas também po<strong>de</strong>mos ler um álbum <strong>de</strong> fotografias, uma novela, um filme, uma música, um programa<br />

<strong>de</strong> TV ou um mapa, obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong>, certamente, a um ritual diferente para cada caso. De uma perspectiva interdisciplinar,<br />

a análise teórica <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>stas imagens produzidas pelos alunos está pautada em três aspectos, que se relacionam entre<br />

si: a “leitura <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>”; a “constução imagética <strong>do</strong> tema” e a “leitura da imagem produzida”.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, CONSTRUÇõES IMAGÉTICAS, ANÁLISE DE IMAGENS<br />

TÍTULO: TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO: PESQUISA E PRODUÇÃO ESCRITA NO CNS<br />

DO ISERJ<br />

AUTOR(ES): ANDRÉA CRISTINA PAVÃO BAYMA<br />

RESUMO: O objeto da investigação <strong>de</strong>senvolvida neste trabalho faz parte <strong>de</strong> um projeto mais amplo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> comparativo<br />

sobre a relação <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> Cursos <strong>de</strong> Formação para professores com a cultura escrita em três diferentes<br />

espaços: Curso Normal <strong>de</strong> nível médio, <strong>de</strong> nível superior e <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Pedagogia (público e priva<strong>do</strong>). Esta pesquisa integra<br />

um projeto ainda mais amplo sobre a memória <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Educação <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. Neste artigo, especificamente,<br />

buscou-se apresentar da<strong>do</strong>s preliminares sobre o corpus <strong>de</strong> TCCs <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s no Curso Normal Superior <strong>do</strong> Iserj, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a formatura da primeira turma em 2002 até <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008, buscan<strong>do</strong> compreen<strong>de</strong>r a relação <strong>de</strong> futuros professores<br />

com a produção escrita, a leitura e, ainda, o trabalho <strong>de</strong> investigação. Espera-se que os concluintes <strong>do</strong>s Cursos <strong>de</strong> Formação<br />

<strong>de</strong> professores possam atuar como media<strong>do</strong>res na carreira <strong>de</strong> não her<strong>de</strong>iros como usuários minimamente competentes da<br />

cultura escrita e, para isso, seria <strong>de</strong>sejável que fossem suficientemente familiariza<strong>do</strong>s com a mesma. De acor<strong>do</strong> com o PPP<br />

<strong>do</strong> CNS, espera-se, igualmente, que o curso forme professores reflexivos e pesquisa<strong>do</strong>res. Logo, o TCC constitui locus privilegia<strong>do</strong><br />

para conhecer a relação <strong>do</strong> forman<strong>do</strong> com a cultura escrita e a experiência da investigação. A maioria <strong>do</strong>s futuros<br />

professores são oriun<strong>do</strong>s das classes trabalha<strong>do</strong>ras que, apesar <strong>de</strong> estarem inseri<strong>do</strong>s em uma socieda<strong>de</strong> grafocêntrica, se encontram<br />

em gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>svantagem, uma vez que não são her<strong>de</strong>iros diretos (em seu meio <strong>de</strong> socialização primária) da cultura<br />

escrita, são leitores oblatos, trânsfugas, e têm, ainda, normalmente, uma representação (Mauss), ou disposição (Bourdieu)<br />

negativa sobre a cultura escrita. Assim, po<strong>de</strong>-se dizer que necessitam <strong>de</strong> condições especiais <strong>de</strong> formação (acaso, ou políticas<br />

públicas) para <strong>de</strong>senvolverem suas carreiras (Becker) em direção a práticas que transcen<strong>de</strong>m o seu meio familiar. O CNS<br />

favorece o <strong>de</strong>senvolvimento da carreira <strong>de</strong> futuros professores como usuários da cultura escrita e pesquisa<strong>do</strong>res?<br />

PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO DE PROFESSORES, CULTURA ESCRITA, TCC<br />

TÍTULO: A LITERATURA AFRICANA LUSÓFONA NO ENSINO SUPERIOR<br />

AUTOR(ES): ANDRÉIA TERZARIOL COUTO<br />

RESUMO: No <strong>Brasil</strong> ainda são raros os cursos <strong>de</strong> Letras que oferecem aos alunos disciplinas <strong>de</strong> literatura voltadas ao universo<br />

africano lusófono, seja na gra<strong>de</strong> curricular obrigatória, seja na gra<strong>de</strong> optativa. Ao mesmo tempo, o público brasileiro<br />

encontra-se também afasta<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa produção literária. O presente resumo tem por finalida<strong>de</strong> apresentar o trabalho <strong>de</strong> pesquisa<br />

em Literatura Africana Lusófona e sua proposta a ser implantada nos cursos <strong>de</strong> Letras. Esperamos, com este trabalho,<br />

tornar acessível a produção literária africana lusófona ao aluno <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Letras, como também apresentar a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>, através <strong>de</strong>ssa literatura, analisar a reconstrução da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural <strong>do</strong>s países africanos lusófonos. Assim, é possível,<br />

através da literatura, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s caminhos coloniais pelos quais passaram os povos africanos coloniza<strong>do</strong>s pelos<br />

portugueses e sua trajetória, abrin<strong>do</strong> caminho entre nós e a história <strong>de</strong>sses povos a partir também <strong>de</strong> escritores portugueses<br />

que se voltaram para aspectos da colonização portuguesa e pós-colonização, como Antonio Lobo Antunes. A partir <strong>do</strong><br />

contato com escritores africanos lusófonos, o estudante <strong>de</strong> Letras passa a ter acesso a um universo literário extremamente<br />

rico e ainda <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>, possibilitan<strong>do</strong> um maior contato com a cultura africana, em um momento em que o <strong>Brasil</strong> tem<br />

procura<strong>do</strong> estreitar seus laços com alguns países com os quais tem fortes vínculos histórico-culturais.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO DE LITERATURA, LITERATURA AFRICANA, AUTORES AFRICANOS LUSÓFONOS<br />

TÍTULO: A LEITURA ANALÍTICA DE ADLER: UMA UTOPIA EM NOSSOS DIAS?<br />

AUTOR(ES): CARLOS FRANCISCO DE MORAIS<br />

RESUMO: O objetivo <strong>de</strong>sta comunicação é apresentar e discutir a classificação <strong>do</strong>s diversos níveis <strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong> leitores<br />

proposta por Mortimer J. Adler e Charles Van Doren, em sua obra “How to read a book“. Na visão <strong>do</strong>s autores, um<br />

estudante universitário <strong>de</strong>ve ser proficiente no terceiro nível <strong>de</strong> leitura, chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> “leitura analítica“. Nossa intenção,<br />

inicialmente, é apresentar as características essencias <strong>de</strong>sse nível, verifican<strong>do</strong> que capacida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>notam que um<br />

acadêmico o alcançou satisfatoriamente; em seguida, apresentar um roteiro <strong>de</strong> tarefas a<strong>de</strong>quadas para propiciar o alcance<br />

<strong>de</strong>sse nível, incluin<strong>do</strong> leituras, exercícios e reflexões e, posteriormente, refletir sobre qual concepção <strong>de</strong> leitura subjaz às<br />

propostas <strong>do</strong>s autores. Alcança<strong>do</strong>s esses objetivos iniciais, passaremos a uma proposta <strong>de</strong> avaliar se a contribuição <strong>do</strong>s<br />

autores, produzida no contexto da educação americana nos anos <strong>de</strong> 1940, reavaliada e atualizada nos anos <strong>de</strong> 1970, po<strong>de</strong><br />

ter algum valor teórico e prático ao ser pensada em função das atuais condições da educação brasileira, tanto na básica e<br />

média quanto no ensino superior. Nesse particular, nosso interesse é respon<strong>de</strong>r se pedir que um aluno universitário brasileiro<br />

inicie sua graduação sen<strong>do</strong> capaz <strong>de</strong> ler analíticamente as obras fundamentais <strong>de</strong> sua área <strong>de</strong> interesse e atuação é uma<br />

atitu<strong>de</strong> razoável <strong>de</strong> professores e instituições — ou se se trata <strong>de</strong> uma mera utopia.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA ANALÍTICA, NÍVEIS DE LEITURA, ADLER & VAN DOREN<br />

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