28.06.2013 Views

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Leitura</strong> e Escrita nas Socieda<strong>de</strong>s Indígenas<br />

TÍTULO: A RELAÇÃO ENTRE LINGUAGEM E IDENTIDADE CULTURAL NA FORMAÇÃO DE<br />

PROFESSORES INDÍGENAS EM SITUAÇõES DE BILINGUISMO/MULTILINGUISMO: DISCUSSÃO<br />

PRELIMINAR<br />

AUTOR(ES): FRANTOME BEZERRA PACHECO<br />

RESUMO: O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é refletir sobre algumas propostas que orientam as discussões sobre as complexas relações<br />

envolven<strong>do</strong> linguagem e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural nas situações <strong>de</strong> bilinguismo ou multilinguismo nos contextos <strong>de</strong> formação<br />

<strong>de</strong> professores indígenas, a partir <strong>de</strong> sua experiência didática e <strong>de</strong> suas reflexões sobre essas relações, muitas <strong>de</strong>las embasadas<br />

pela cultura e história <strong>de</strong> contato <strong>do</strong> povo ao qual pertencem ou influenciadas pela i<strong>de</strong>ologia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> que implementa<br />

programas <strong>de</strong> educação escolar indígena e a formação <strong>de</strong> professores indígenas. Por i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural, enten<strong>de</strong>mos aquelas<br />

formas ou estratégias <strong>de</strong> (auto-)i<strong>de</strong>ntificação a<strong>do</strong>tadas por indivíduos ou grupos que se vinculam a um povo ou etnia historicamente<br />

<strong>de</strong>linea<strong>do</strong>s. A <strong>de</strong>limitação i<strong>de</strong>ntitária é feita a partir <strong>de</strong> critérios diversos como lugar <strong>de</strong> origem, família ou <strong>de</strong>scendência,<br />

relações <strong>de</strong> contato com os não-indígenas e com outros povos, tradições <strong>de</strong> diversos tipos, registros junto a órgãos oficiais,<br />

entre outros. A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural é multidimensional, visto que os membros <strong>de</strong> um grupo ou socieda<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m a<strong>do</strong>tar ou<br />

assumir múltiplas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s culturais, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> uma ou outra a partir das situações políticas que enfrentam em suas lutas<br />

e conflitos em relação aos outros (Cuché, 2002). Ao nos referirmos à linguagem, estamos consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> <strong>do</strong>is conjuntos <strong>de</strong><br />

estratégias comunicativas empregadas nas interações socioculturais: a linguagem verbal, que compreen<strong>de</strong> os códigos linguísticos<br />

orais e escritos, incluin<strong>do</strong>-se línguas <strong>de</strong> sinais, e a linguagem não-verbal, que engloba as formas <strong>de</strong> comunicação não<br />

caracterizadas como linguagem oral ou gestural duplamente articulada (cf. Bastos & Candiotto, 2007). Saliente-se, ainda, que<br />

a formação <strong>de</strong> indígenas para atuar como professores e gestores da educação escolar em suas comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> origem é um<br />

<strong>do</strong>s principais <strong>de</strong>safios e uma priorida<strong>de</strong> para a consolidação <strong>de</strong> uma educação escolar indígena pautada pelos princípios da<br />

diferença, da especificida<strong>de</strong>, <strong>do</strong> bilinguismo e da interculturalida<strong>de</strong> (Grupioni, 2003, p. 13).<br />

PALAVRAS-CHAVE: LINGUAGEM, IDENTIDADE CULTURAL, PROFESSORES INDÍGENAS<br />

TÍTULO: O ACESSO DOS PROFESSORES INDÍGENAS À EDUCAÇÃO SUPERIOR: O CASO<br />

PARTICULAR DO ACRE.<br />

AUTOR(ES): GILBERTO FRANCISCO DALMOLIN<br />

RESUMO: Nesta comunicação é contextualiza<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> construção da proposta <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> <strong>do</strong>centes indígenas<br />

em nível superior, no Acre, bem como o projeto em execução pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Acre, Campus Floresta.<br />

A educação escolar indígena no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Acre, que participou com experiências <strong>de</strong>stacadas como referência nacional,<br />

particularmente no <strong>de</strong>bate sobre a formação inicial <strong>de</strong> professores indígenas, não obteve, na prática, a mesma <strong>de</strong>senvoltura<br />

como protagonista no processo <strong>de</strong> consolidação, <strong>de</strong>sta formação, em nível superior. De um movimento indígena atuante,<br />

com a presença significativa <strong>de</strong> organizações indígenas, com reivindicações bem <strong>de</strong>marcadas, para os percalços, resultante<br />

<strong>de</strong> conflitos entre indigenistas, que se arvoram a sempre saber e dizer “o que é melhor para o índio”, a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />

<strong>do</strong> Acre retar<strong>do</strong>u no processo <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> um programa específico <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professores para escolas<br />

indígenas. Somente em 2008, <strong>de</strong> forma vacilante, é posta em curso a Formação Docente para Indígenas, na Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Acre. Os conflitos, a resistência, oposições e muito preconceito, da socieda<strong>de</strong> acreana para com a população<br />

indígena, são reproduzi<strong>do</strong>s na atuação das instituições públicas, <strong>de</strong>ntre elas a universida<strong>de</strong> que, soma<strong>do</strong> com a histórica<br />

assimetria entre indígenas e não-indígenas no acesso aos bens públicos, impe<strong>de</strong> uma atuação mais coerente e respeitosa,<br />

das instituições públicas para com os indígenas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: POVOS INDÍGENAS, EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA, PROFESSOR INDÍGENA<br />

TÍTULO: O PROFESSOR ÍNDIO E A PRODUÇÃO DE LIVROS DE LITERATURA INFANTIL: PONTO<br />

DE PARTIDA PARA O DESENVOLVIMENTO DA LEITURA NAS ESCOLAS INDÍGENAS NO ESTADO<br />

DO CEARÁ<br />

AUTOR(ES): HERTHA CRISTINA CARNEIRO PESSOA, GERMANA MIRLA VERAS SANTANA<br />

RESUMO: A quase inexistente prática da leitura nas salas <strong>de</strong> aula das escolas indígenas no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ceará, justifica-se,<br />

segun<strong>do</strong> os professores índios, pela falta <strong>de</strong> material <strong>de</strong> literatura volta<strong>do</strong> para a Educação Escolar Indígena. De acor<strong>do</strong><br />

com o relato <strong>de</strong>sses professores, os pouquíssimos livros que chegam às escolas indígenas não contemplam a realida<strong>de</strong> das<br />

comunida<strong>de</strong>s indígenas, e tampouco abordam temas que fazem parte <strong>do</strong> universo infantil das crianças índias. Como forma<br />

<strong>de</strong> solucionar o problema, os professores <strong>de</strong> onze etnias: Jenipapo Kanindé, Kanindé <strong>de</strong> Aratuba, Tapeba, Tabajara, Potiguara,<br />

Pitaguary, Kalabaça, Kariri, anacé, Kanindé <strong>de</strong> Canindé e Tremembé, produziram livros <strong>de</strong> literatura infantil para<br />

serem utiliza<strong>do</strong>s nas 37 escolas indígenas no Ceará. O presente trabalho visa compartilhar essa experiência <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

livros <strong>de</strong> literatura infantil para escolas indígenas, realizada pelos professores índios, durante o curso <strong>de</strong> Formação Continuada<br />

para Professores Índios, realiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> agosto a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008, pela Secretaria da Educação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ceará. O<br />

curso teve duração total <strong>de</strong> 240 horas, sen<strong>do</strong> 80 horas <strong>de</strong>stinadas às práticas <strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong> escrita em Língua Portuguesa,<br />

visto ser esta a língua hoje utilizada pelas etnias acima listadas. Das 80 horas, 24 horas foram reservadas para orientações<br />

sobre o texto narrativo, produção escritas das histórias, revisão <strong>do</strong> texto produzi<strong>do</strong> e confecção <strong>do</strong>s livros com ilustrações<br />

em origami. Os professores produziram um livro por escola, como mo<strong>de</strong>lo para confecção <strong>de</strong> vários outros que serão<br />

utiliza<strong>do</strong>s como suporte didático às aulas nas comunida<strong>de</strong>s indígenas. A experiência <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> livros <strong>de</strong> literatura<br />

infantil trouxe aos professores índios a certeza <strong>de</strong> que são capazes <strong>de</strong> elaborar seu próprio material <strong>de</strong> leitura, a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> à<br />

realida<strong>de</strong> das suas comunida<strong>de</strong>s, respeitan<strong>do</strong>, assim, o diferencia<strong>do</strong> na Educação Escolar Indígena. Acredita-se que <strong>de</strong>ssa<br />

forma a leitura se tornará mais efetivas nas escolas indígenas no Ceará.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, LITERATURA INFANTIL, FORMAÇÃO DE PROFESSOR<br />

TÍTULO: EXERCÍCIOS DE INTERCULTURALIDADE - LEITURA E ESCRITA NA TERRA<br />

INDIGENA.<br />

AUTOR(ES): JOSÉLIA GOMES NEVES<br />

RESUMO: Elaboração sobre o processo <strong>de</strong> leitura e escrita no âmbito da alfabetização inicial que ocorre nas escolas<br />

indígenas, das etnias Arara-Karo e Gavião-Ikolen na Terra Indígena Igarapé Lour<strong>de</strong>s, em Ji-Paraná, Rondônia. Discute<br />

o significa<strong>do</strong> <strong>de</strong> produções infantis enquanto manifestações <strong>do</strong> diálogo intercultural (FLEURI, 2003) - práticas bilingues<br />

216

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!