28.06.2013 Views

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Escritas, Imagens e Criação: Diferir<br />

TÍTULO: SILÊNCIO E VIOLÊNCIA ESCOLAR<br />

AUTOR(ES): ROBERTA LUCIANA CUSTÓDIO BIANCHINI<br />

RESUMO: O presente trabalho, oriun<strong>do</strong> <strong>de</strong> reflexões <strong>do</strong> meu projeto <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> e como bolsista da FAPESP, preten<strong>de</strong> discutir<br />

as relações entre o silêncio, como forma <strong>de</strong> linguagem, e os processos <strong>de</strong> violência que permeiam a socieda<strong>de</strong> e, em particular,<br />

os jovens. A leitura e compreensão <strong>de</strong>ste tema serão <strong>de</strong>senvolvidas a partir <strong>de</strong> um <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa, o cinema,<br />

pois esse vem se tornan<strong>do</strong> uma das maneiras presentes nas formas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> influenciar as maneiras <strong>de</strong><br />

pensar, <strong>de</strong> agir e, porque não dizer, <strong>de</strong> sentir, sobretu<strong>do</strong> entre jovens. Dessa forma, este estu<strong>do</strong> po<strong>de</strong> nos mostrar que muito <strong>do</strong><br />

que pensa, sente, imagina, sonha, preten<strong>de</strong> ou interessa ao indivíduo, fica oculto, abafa<strong>do</strong>, como se não coubesse no contexto <strong>de</strong><br />

palavras on<strong>de</strong> ele está inseri<strong>do</strong>, transbordan<strong>do</strong> em silêncio. As cenas, as imagens <strong>do</strong>s filmes a serem expostos aos jovens, po<strong>de</strong>m<br />

nortear alguns indicativos <strong>de</strong> que aquilo que toca, que sente e acaba orientan<strong>do</strong> muitas das ações <strong>do</strong>s jovens, nem sempre são facilmente<br />

capturadas pelas palavras, mas sim, pelo silêncio. Um <strong>do</strong>s filmes a serem exibi<strong>do</strong>s, “Como nascem os anjos” (Murilo Sales),<br />

nos remete a cenas que, inicialmente, chocam, transgri<strong>de</strong>m, ao nos tocar, mas também nos convidam à reflexão e interesse, pois<br />

ao nos colocarmos na posição <strong>de</strong> técnicos, pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> comportamento humano, da educação ou da socieda<strong>de</strong>, percebemos<br />

que valores e projetos <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> muitos jovens, se contrapõem a to<strong>do</strong>s os nossos supostos i<strong>de</strong>ais, expon<strong>do</strong> a nossa fragilida<strong>de</strong> e a<br />

fragilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que construímos e oferecemos <strong>de</strong> cenário para as crianças e a<strong>do</strong>lescentes, que nele interpretam papéis, nem<br />

sempre por nós programa<strong>do</strong>s, planeja<strong>do</strong>s ou controla<strong>do</strong>s, mas são papéis que no momento, são possíveis <strong>de</strong> serem atua<strong>do</strong>s.<br />

PALAVRAS-CHAVE: SILÊNCIO, VIOLÊNCIA ESCOLAR, IMAGENS<br />

TÍTULO: INSTANTÂNEOS DE FORMAÇÃO<br />

AUTOR(ES): RODRIGO SABALLA DE CARVALHO<br />

RESUMO: O presente trabalho é <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> uma pesquisa <strong>de</strong> Doutora<strong>do</strong> em Educação que se encontra em <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

A partir das contribuições <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s Culturais em Educação em sua vertente pós-estruturalista e <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s por Michel Foucault, o presente trabalho tem como objetivo problematizar alguns instantâneos <strong>de</strong> minha<br />

formação enquanto professor, já que estou constantemente me produzin<strong>do</strong> (e sen<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong>) enquanto sujeito na contemporaneida<strong>de</strong>.<br />

Os instantâneos que serão discuti<strong>do</strong>s po<strong>de</strong>m ser compreendi<strong>do</strong>s enquanto shortcuts, ou seja, pequenos textos<br />

que cartografam momentos que vivenciei (e vivencio) na produção <strong>de</strong> minha professoralida<strong>de</strong>. Tais instantâneos seguem uma<br />

disposição aleatória, pois enten<strong>do</strong> que as experiências que vivenciei (e vivencio) enquanto sujeito, compõem um mosaico, que<br />

passa a fazer parte da gaveta <strong>de</strong> meus guarda<strong>do</strong>s. Gaveta cujas lembranças encontram-se espalhadas aleatoriamente, conferin<strong>do</strong><br />

(<strong>de</strong> certo mo<strong>do</strong>) senti<strong>do</strong> ao constante (e incessante) processo <strong>de</strong> minha produção enquanto sujeito. Desse mo<strong>do</strong>, é possível<br />

dizer que no andar <strong>do</strong> tempo restam apenas as lembranças, ou seja, nossos guarda<strong>do</strong>s que vão se acomodan<strong>do</strong> em nossas<br />

gavetas interiores. Para relembrar minha trajetória profissional e acadêmica, recorri a fotografias, diários <strong>de</strong> trabalho, ví<strong>de</strong>os,<br />

relatórios <strong>de</strong> aulas, cartas, pareceres, entre outros artefatos que fazem parte <strong>de</strong> minhas memórias, no intuito <strong>de</strong> pensar e experimentar<br />

outros mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> vida, através <strong>de</strong> um incessante trabalho <strong>de</strong> reinvenção <strong>de</strong> minha própria professoralida<strong>de</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: PROFESSORALIDADE, ÉTICA, MEMÓRIA<br />

TÍTULO: ROMANCE COM A FAVELA PESQUISA-AÇÃO E LITERATURA DE UM SUBMUNDO<br />

CRIADOR-CRIATURA<br />

AUTOR(ES): RODRIGO TORQUATO DA SILVA<br />

RESUMO: Enten<strong>do</strong> que uma pesquisa com o cotidiano traz como premissa meto<strong>do</strong>lógica, para a tentativa <strong>de</strong> compreensão<br />

das práticas e construção <strong>do</strong>s discursos: a complexida<strong>de</strong>. Sen<strong>do</strong> essa um elemento fundante para a construção <strong>de</strong> uma<br />

meto<strong>do</strong>logia inacabada. Nesse senti<strong>do</strong>, para ajudar a compreen<strong>de</strong>r as tensões e os atritos que se estabelecem no cotidiano<br />

das escolas públicas que aten<strong>de</strong>m, pre<strong>do</strong>minantemente, estudantes mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> favelas, faz-se necessário que se ampliem<br />

os senti<strong>do</strong>s <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r sobre o contexto histórico e a construção das relações em que a favela está inserida. A análise<br />

que faço <strong>de</strong>sse contexto está apoiada em algumas pesquisas acadêmicas, na literatura da e sobre favela da Rocinha, especialmente<br />

em algumas publicações locais (informativos, jornais comunitários e <strong>de</strong> grupos e/ou associações) e no romance<br />

autobiográfico <strong>do</strong> jornalista Júlio Lu<strong>de</strong>mir que, em 2003, após morar seis meses na favela, publicou o livro “Sorria, você<br />

está na Rocinha.” Nessa perspectiva incluo o romance como importante fonte para as pesquisas com o cotidiano das favelas,<br />

enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> esse como um gênero para além da literatura. À luz <strong>de</strong> Bahktin, acredito ser possível não só ressignificar<br />

o que está escrito, mas, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> melhor a polifonia contida no romance e, através <strong>do</strong>s personagens e da narrativa<br />

autobiográfica, refletir seriamente sobre os <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos e os acontecimentos políticos <strong>de</strong> um espaço complexo <strong>de</strong><br />

relações sociais, tal como o atual contexto das favelas <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ROMANCE, FAVELA DA ROCINHA, AUTOR - AUTORIA<br />

TÍTULO: LINGUAGEM IMATÉTICA: UMA POSSIBILIDADE DE REFLEXÃO CULTURAL<br />

AUTOR(ES): SANDRA REGINA FRANCHI RUBIM<br />

RESUMO: Esta comunicação tem por objetivo discutir a linguagem imagética como possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção mental<br />

e social, no qual o homem constrói suas práticas educativas e suas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s. Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa premissa, este trabalho, que<br />

compreen<strong>de</strong> uma pesquisa em nível <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong>, preten<strong>de</strong> analisar a imagem como evidência histórica, como estrutura<br />

simbólica <strong>de</strong> representação, no perío<strong>do</strong> da formação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>rno, possibilitan<strong>do</strong>, assim, compreen<strong>de</strong>r as transformações<br />

que ocorreram nesse perío<strong>do</strong>. Serão analisadas algumas imagens representan<strong>do</strong> figuras <strong>de</strong> reis <strong>do</strong>s séculos XVI<br />

e XVII. Analisaremos essas imagens como criação coletiva, no qual elas expressariam uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção<br />

cultural da socieda<strong>de</strong>, num momento <strong>de</strong> re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s coletivas. No momento <strong>de</strong> criação <strong>de</strong>ssas imagens<br />

estudadas, a socieda<strong>de</strong> passava pelo processo <strong>de</strong> transição social entre a Ida<strong>de</strong> Média e a Ida<strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>rna, e essa mudança<br />

implicou na construção da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong>, como sistematiza<strong>do</strong>r das leis e <strong>de</strong> organiza<strong>do</strong>r das relações sociais. Dessa<br />

forma, acreditamos que a leitura da imagem, como uma das formas <strong>de</strong> expressão <strong>do</strong> homem, nos permite compreen<strong>de</strong>r<br />

como esses construíam suas relações e, por conseguinte, suas práticas formativas, especialmente aquelas <strong>de</strong> caráter coletivo.<br />

Concluímos que, se temos que conviver diariamente com uma produção infinita <strong>de</strong> imagens, que nos transmitem inúmeras<br />

informações e mensagens, torna-se indispensável avaliar essa cultura visual, sua função, sua forma e seu conteú<strong>do</strong> por meio<br />

<strong>de</strong> nossa sensibilida<strong>de</strong> estética e uma formação a<strong>de</strong>quada capaz <strong>de</strong> perceber o que elas representam.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA IMAGÉTICA, EDUCAÇÃO, REFLEXÃO CULTURAL<br />

163

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!