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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Escritas, Imagens e Criação: Diferir<br />

quatro amigos Negro Pastinha, Curió, Pé-<strong>de</strong>-Vento e Cabo Martim, e a cachaça, po<strong>de</strong>riam configurar, respectivamente,<br />

Jesus, os Quatro evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João); e o vinho. Em O Sumiço da Santa, profano<br />

é – pelo menos para os etnocêntricos – transpor a imagem <strong>de</strong> Santa Bárbara, <strong>do</strong> catolicismo, para a ayabá Iansã,<br />

das religiões afro-brasileiras. Assim, o caráter encontra<strong>do</strong> nas duas obras <strong>do</strong> autor baiano <strong>de</strong>sfecha-se no <strong>Brasil</strong>,<br />

como o país <strong>do</strong> carnaval, a mescla fascinante entre o carnavalesco e o carnavaliza<strong>do</strong>r, a vida e a morte, o sagra<strong>do</strong><br />

e profano, o grotesco e o sublime.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA BAIANA, CARNAVALIZAÇÃO, CULTURA<br />

TÍTULO: “DE MUITO PROCURAR”: ENCONTRANDO O AMOR NAS ENTRELINHAS DA ESTÉTICA<br />

DA RECEPÇÃO E DA LITERATURA<br />

AUTOR(ES): RAQUEL LIMA BESNOSIK<br />

RESUMO: Este trabalho preten<strong>de</strong> tecer algumas consi<strong>de</strong>rações sobre o amor e sobre o encontro amoroso, através<br />

da análise <strong>do</strong> conto “De muito procurar”, <strong>de</strong> Marina Colasanti. Para esta análise, utilizaremos fundamentos da<br />

Estética da Recepção e da Literatura. Marina Colasanti convida o leitor a mergulhar nas entrelinhas <strong>de</strong> seu texto,<br />

preenchen<strong>do</strong> lacunas ou hiatos com sua imaginação. Os textos literários ativam processos <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> senti<strong>do</strong><br />

e isso produz uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vivências e <strong>de</strong> diferentes formas <strong>de</strong> leitura sobre um mesmo texto. E, para essa<br />

produção <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>, a participação <strong>do</strong> leitor é fundamental. Em “De muito procurar”, o encontro amoroso apenas<br />

se anuncia, mas não fica tão explícito. Algo fica na sombra, na zona <strong>do</strong> não dito. É um olhar apenas e o restante fica<br />

por conta <strong>do</strong> leitor. São essas lacunas <strong>de</strong>ixadas pela autora que mobilizam o leitor a formular o que não foi dito. Com<br />

esse convite para participar ativamente <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> leitura, questionamos também: como se processa o encontro<br />

amoroso? O amor po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sperta<strong>do</strong> com um olhar. E <strong>de</strong>pois? O encontro é possível? Ainda que para<strong>do</strong>xal e nem<br />

sempre com final feliz, o amor ocupa um lugar especial nos contos <strong>de</strong> Colasanti. O sentimento amoroso aborda<strong>do</strong><br />

pela autora em seus contos é aquele que consi<strong>de</strong>ra a união entre um homem e uma mulher como uma aliança e esse<br />

encontro <strong>de</strong> amor oferece possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mudança para ambos.<br />

PALAVRAS-CHAVE: AMOR, MARINA COLASANTI, ESTÉTICA DA RECEPÇÃO<br />

TÍTULO: NARRATIVAS DE UMA CIÊNCIA MÁGICA<br />

AUTOR(ES): RENATO SALGADO DE MELO OLIVEIRA<br />

RESUMO: A divulgação científica não é presa às páginas <strong>de</strong> periódicos ou <strong>de</strong> livros <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s ao assunto. Principalmente<br />

em uma cultura na qual a ciência possui gran<strong>de</strong> espaço e não é restrita a <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s locais como o laboratório,<br />

a escola ou a universida<strong>de</strong>. Em nossa socieda<strong>de</strong> a ciência está presente em diversas narrativas e em diversos discursos,<br />

mesmo naqueles que não passaram por uma or<strong>de</strong>nação que os legitima enquanto verda<strong>de</strong> científica. Para explorar<br />

uma alternativa <strong>de</strong> divulgação científica proponho o RPG (Role Playing Game), o qual é um jogo que possibilita a seus<br />

participantes a construção <strong>de</strong> histórias a partir <strong>de</strong> uma prática narrativa lúdica. Os cenários que servem como orientação<br />

para a narrativa são publica<strong>do</strong>s em livros com instruções e regras para o jogo. Dentro <strong>de</strong>ssas narrativas são produzidas<br />

representações <strong>de</strong> diversos elementos <strong>de</strong> nossa cultura. Assim, coisas como: energia nuclear, universida<strong>de</strong>s e estu<strong>do</strong>s<br />

anatômicos são retoma<strong>do</strong>s em livros <strong>de</strong> RPG como fonte <strong>de</strong> energia mágica, escolas <strong>de</strong> magia e estu<strong>do</strong>s anatômicos <strong>de</strong><br />

dragões respectivamente. Um universo on<strong>de</strong> objetos <strong>de</strong> nossa ciência e quimeras <strong>de</strong> nossa imaginação sobre a mágica se<br />

misturam para formarem híbri<strong>do</strong>s. Novas criaturas que não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ser completamente aquilo que eram, nem ao menos<br />

se tornam completamente aquilo em que estão se transforman<strong>do</strong>. Esses híbri<strong>do</strong>s exigem tanto da criativida<strong>de</strong> quanto <strong>do</strong><br />

conhecimento da discursivida<strong>de</strong> científica para fundar uma outra discursivida<strong>de</strong> mágico-científica. Preten<strong>do</strong> explorar esses<br />

híbri<strong>do</strong>s que se apresentam como potencialida<strong>de</strong> para pensar a ciência fora <strong>de</strong>ssas caixas-pretas tradicionais com a qual ela<br />

costuma se vestir, além da própria prática lúdica <strong>do</strong> RPG que <strong>de</strong>sconstrói a autoria da narração ao compartilhá-la entre os<br />

joga<strong>do</strong>res. Oferecen<strong>do</strong> assim novas formas para se contar uma história.<br />

PALAVRAS-CHAVE: DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, RPG (ROLE PALYING GAME), CIÊNCIAS<br />

SESSÃO - ESCRITAS, IMAGENS E CRIAÇÃO: DIFERIR 15<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação Física - FEF SALA: FEF 07<br />

TÍTULO: PALAVRAS E IMAGENS: LEITURAS POSSÍVEIS<br />

AUTOR(ES): RICARDO ARTUR PEREIRA DE CARVALHO<br />

RESUMO: Saben<strong>do</strong> que a maioria das pessoas se <strong>de</strong>para com uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> palavras e imagens, consi<strong>de</strong>ramos a<br />

importância <strong>de</strong> se pensar uma formação voltada para a leitura <strong>de</strong> ambas. Assim, discutimos o conceito <strong>de</strong> leitura a partir<br />

<strong>de</strong> Kleiman (1989) e Martins (2006) e observamos algumas práticas <strong>de</strong> análise da imagem e suas relações com a palavra,<br />

para propormos uma reflexão sobre uma noção <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> imagem. Ao contrário <strong>de</strong> outras posturas que ten<strong>de</strong>m a<br />

hierarquizar as linguagens, notamos que palavra e imagem são linguagens complementares e percebemos que as noções<br />

<strong>de</strong> análise e leitura são frequentemente confundidas, como ocorre nas diferentes visões acerca <strong>do</strong> que vem a ser Visual<br />

Literacy. Verificamos que algumas práticas da leitura <strong>de</strong> imagens ten<strong>de</strong>m a se ater a análise <strong>do</strong>s elementos da imagem, o que<br />

diminui a noção <strong>de</strong> leitura a apenas alguns <strong>de</strong> seus aspectos. A partir <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> Martins (2001), e <strong>de</strong> sua proposta <strong>de</strong><br />

flexibilização <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> leitura, concluímos que a falta <strong>de</strong> clareza quanto aos conceitos dificulta o ensino e o incentivo<br />

da prática <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> imagens, se nós quisermos consi<strong>de</strong>rar a leitura em sua complexida<strong>de</strong>, como uma “acontecência”:<br />

uma construção plural, dinâmica e provisória <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s.<br />

PALAVRAS-CHAVE: IMAGEM, PALAVRA, LEITURA<br />

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