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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Escritas, Imagens e Criação: Diferir<br />

ditamos na pertinência <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> pelos apontamentos <strong>do</strong>s autores, pois as leituras <strong>de</strong> Elias (1897 – 1990) possibilitam a<br />

compreensão <strong>de</strong> que o processo civiliza<strong>do</strong>r pressupõe uma mudança na conduta <strong>do</strong>s sentimentos humanos; Hegel traz a<br />

arte como porta<strong>do</strong>ra da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer com que o homem experimente sentimentos e emoções sem que esses sejam<br />

vivencia<strong>do</strong>s na realida<strong>de</strong>, fazen<strong>do</strong> com que o homem possa controlar seus <strong>de</strong>sejos. Diante <strong>de</strong>ssas argumentações evi<strong>de</strong>nciase<br />

que a educação, relacionada ao processo civiliza<strong>do</strong>r, po<strong>de</strong> ser pensada por meio <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte, assim, concretizamos<br />

nossa proposta por meio da análise iconográfica da obra Nave <strong>do</strong>s Loucos <strong>de</strong> Hieronymus Bosch (1450 – 1516). A obra<br />

<strong>de</strong> Bosch leva-nos a enten<strong>de</strong>r que o homem <strong>do</strong> final da Ida<strong>de</strong> Média tinha, ainda, uma conduta influenciada pelo caráter<br />

moraliza<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s peca<strong>do</strong>s, contu<strong>do</strong>, os atos pecaminosos estavam presentes em vários segmentos sociais. Assim, sua representação<br />

po<strong>de</strong> ser entendida como uma forma <strong>de</strong> refletir o contexto social, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> direcionar o homem <strong>de</strong>sse perío<strong>do</strong> a<br />

um esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> civilida<strong>de</strong>, já que para Elias o processo civiliza<strong>do</strong>r é constante.<br />

PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO, ICONOGRAFIA, BOSCH<br />

SESSÃO - ESCRITAS, IMAGENS E CRIAÇÃO: DIFERIR 14<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação Física - FEF SALA: FEF 07<br />

TÍTULO: ESCRITA E PODER NO SATYRICON DE PETRÔNIO E FELLINI.<br />

AUTOR(ES): NEEMIAS OLIVEIRA DA SILVA<br />

RESUMO: Este trabalho tem como objetivo analisar as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r que envolvem o mun<strong>do</strong> da escrita, da Antiguida<strong>de</strong><br />

Clássica ao mun<strong>do</strong> Contemporâneo. A ponte para compreen<strong>de</strong>rmos <strong>do</strong>is mun<strong>do</strong>s tão distintos é realizada por meio<br />

da leitura da obra fílmica Satyricon <strong>do</strong> cineasta italiano Fe<strong>de</strong>rico Fellini, toman<strong>do</strong> como base a obra literária <strong>de</strong> Petrônio,<br />

escrita no século I d.C. Nessa perspectiva, tanto o escritor quanto o cineasta refletem as condições sociais, políticas, econômicas<br />

e culturais <strong>de</strong> sua época. A arte trabalha com a representação da realida<strong>de</strong> por meio <strong>do</strong> imaginário. Assim, no jogo <strong>de</strong><br />

intersecções entre o Cinema e a História, tanto Petrônio quanto Fellini apropriam-se <strong>do</strong> real para assim reconstrui-los conforme<br />

suas próprias experiências e significações. Dessa forma, as representações <strong>do</strong>s indivíduos <strong>de</strong>vem ser compreendidas<br />

em seu próprio tempo e espaço. O texto literário e a produção cinematográfica encontram-se inseri<strong>do</strong>s num <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />

contexto social, da qual eles enfocam e revelam. Assim sen<strong>do</strong>, para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sse estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caráter interdisciplinar,<br />

a meto<strong>do</strong>logia empregada será a análise <strong>do</strong> material bibliográfico da obra fílmica e literária. Por meio da análise da obra<br />

fílmica Satyricon <strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>rico Fellini, verificaremos em que medida as palavras são sinônimos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e como a indústria<br />

cinematográfica faz uso <strong>de</strong>ssa linguagem.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ESCRITA, PODER, SATYRICON<br />

TÍTULO: SALVADOR DALI: UMA REFLEXÃO DA IMAGEM COMO REFLEXO<br />

AUTOR(ES): PAULA CAMILA MESTI<br />

RESUMO: Nos dias atuais é visível o aumento <strong>de</strong> pessoas interessadas nos estu<strong>do</strong>s das imagens. Esta crescente<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> interpretar melhor as imagens que lhes cercam <strong>de</strong>ve-se à competência comunicativa que as imagens<br />

possuem. Des<strong>de</strong> seu surgimento, as imagens sempre foram usadas para informar, para transmitir i<strong>de</strong>ias e i<strong>de</strong>ais e<br />

agradar o especta<strong>do</strong>r. Por estar vinculada ao <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> simbólico, a imagem serve <strong>de</strong> media<strong>do</strong>ra entre o especta<strong>do</strong>r<br />

e a realida<strong>de</strong>. A utilização <strong>do</strong>s recursos disponibiliza<strong>do</strong>s pela história, pela cultura e pela linguagem que os indivíduos<br />

usam para produzir aquilo em que se tornam po<strong>de</strong> ser traduzi<strong>do</strong> como i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. É pensan<strong>do</strong> na eterna procura<br />

<strong>do</strong> ser humano pela sua própria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> que esta comunicação preten<strong>de</strong> fazer uma retomada da história da imagem<br />

refletida, ou seja, a imagem no espelho. Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s feitos por Alberto Manguel em seu livro Len<strong>do</strong><br />

Imagens (Editora Companhia das Letras, 2001) e valen<strong>do</strong>-se das contribuições <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s semióticos e discursivos,<br />

este trabalho irá apresentar a trajetória <strong>do</strong> homem e a sua íntima relação com a imagem refletida no espelho. Aproveitan<strong>do</strong>-se<br />

<strong>do</strong> título <strong>de</strong>ste evento “O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê. É preciso transver o mun<strong>do</strong>”,<br />

objetiva-se, ainda, apresentar um gesto <strong>de</strong> interpretação <strong>de</strong> uma das obras <strong>de</strong> arte <strong>do</strong> famoso pintor Salva<strong>do</strong>r Dali<br />

intitulada “Dali <strong>de</strong> costas a pintar Gala <strong>de</strong> costas, eternizada por seis cornos virtuais, provisoriamente refleti<strong>do</strong>s por<br />

seis espelhos verda<strong>de</strong>iros”. Nesta análise serão apresentadas observações, reflexões e indagações a respeito da própria<br />

obra <strong>de</strong> arte e da linguagem, cultura e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> nela imbricadas, bem como a criativida<strong>de</strong> e a percepção <strong>de</strong>ste autor<br />

no momento em que “transviu” o mun<strong>do</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: IMAGEM, IDENTIDADE, REFLEXÃO<br />

TÍTULO: A MORTE E A MORTE DE QUINCAS BERRO D’ÁGUA E O SUMIÇO DA SANTA: IMAGENS<br />

SOBRE A CARNAVALIDADE NA ESCRITA AMADIANA<br />

AUTOR(ES): POLLYANA DE CARVALHO HORMES<br />

RESUMO: Neste artigo foram analisa<strong>do</strong>s os traços <strong>de</strong> carnavalização em A Morte e a Morte <strong>de</strong> Quincas Berro<br />

D’Água e O Sumiço da Santa, obras <strong>de</strong> Jorge Ama<strong>do</strong>. Seguin<strong>do</strong> os pressupostos teóricos <strong>de</strong> Bakhtin (1987) sobre<br />

a carnavalização, como manifestação <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios e a inversão <strong>de</strong> costumes e Damatta (1979), ao tratar sobre um<br />

tema próprio da carnavalida<strong>de</strong>: a dialética entre a casa e a rua, veem-se pontos <strong>de</strong> intersecção entre as duas obras<br />

amadianas. Ainda toman<strong>do</strong> por base os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Bernd (2003) que discute o conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssacralização da<br />

literatura, percebe-se que os textos <strong>de</strong> Ama<strong>do</strong> <strong>de</strong>smontam os limites entre a vida e a morte, já que, nos textos<br />

carnavaliza<strong>do</strong>res, a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> morte não remete à melancolia e, sim, à oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recontar sua história. Quincas<br />

festeja sua existência, mesmo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> morto e Santa Bárbara, ao ganhar vida, personifica Iansã. Nas duas obras,<br />

a “profanação” está presente: em A Morte e a Morte <strong>de</strong> Quincas Berro D’Água, o próprio Quincas (paizinho), os<br />

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