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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Escritas, Imagens e Criação: Diferir<br />

para produção e montagem das aulas, o surgimento da linguagem hipermidiática trouxe consigo a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criação <strong>de</strong><br />

conteú<strong>do</strong>s digitais <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para fins educativos. A Literatura – que com as adaptações para o cinema e a televisão já havia<br />

ultrapassa<strong>do</strong> as páginas <strong>de</strong> papel <strong>do</strong>s livros – ganha um novo espaço e com ele a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser “navegada”. Esse novo<br />

meio <strong>de</strong> abordagem textual traz consigo um apelo muito forte ao aluno <strong>do</strong> Ensino Médio: acostuma<strong>do</strong> à leitura <strong>de</strong> imagens e<br />

à estrutura fragmentada através da qual se apropria da informação pelo computa<strong>do</strong>r, o jovem ainda tem à disposição a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> interagir com o texto, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> os caminhos que <strong>de</strong>seja trilhar na construção <strong>do</strong> enre<strong>do</strong>. Toda essa diversida<strong>de</strong> oferecida<br />

pela linguagem hipermidiática parece estar <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a forma fragmentária e multifacetada através da qual o jovem<br />

vê o mun<strong>do</strong>. Em meio a tantas novas fontes <strong>de</strong> informação e conteú<strong>do</strong>, como o professor que preten<strong>de</strong> fazer uso <strong>de</strong> novas<br />

tecnologias em sala <strong>de</strong> aula <strong>de</strong>ve avaliar o material disponível na re<strong>de</strong>? Como optar pela adaptação sem <strong>de</strong>sprestigiar a leitura<br />

<strong>do</strong> texto? É possível pensar em adaptações <strong>de</strong> textos literários sem levar em conta a questão da autenticida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> status <strong>de</strong> arte<br />

da obra original? Esta pesquisa propõe uma reflexão acerca <strong>de</strong>ssas questões a partir <strong>do</strong> uso, em sala <strong>de</strong> aula, <strong>de</strong> adaptações das<br />

obras “Auto da Compa<strong>de</strong>cida” e “Vesti<strong>do</strong> <strong>de</strong> Noiva”, <strong>de</strong> Ariano Suassuna e Nelson Rodrigues respectivamente.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ADAPTAÇÃO LITERÁRIA, NOVAS TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO, HIPERMÍDIA E<br />

LITERATURA<br />

TÍTULO: O JOGO COMO CRIAÇÃO COLETIVA: LEITURAS E TRAJETOS SOCIOAMBIENTAIS NOS<br />

ANOS INICIAIS<br />

AUTOR(ES): LINCOLN TAVARES SILVA<br />

RESUMO: Este trabalho aborda as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> articular a produção das linguagens textual e visual à ludicida<strong>de</strong> e às reflexões<br />

e <strong>de</strong>bates da perspectiva socioambiental em turmas <strong>do</strong>s anos iniciais <strong>do</strong> Ensino Fundamental no Instituto <strong>de</strong> Aplicação<br />

Fernan<strong>do</strong> Rodrigues da Silveira – CAp-UERJ. Preten<strong>de</strong>, ainda, <strong>de</strong>stacar como tal fenômeno se configura na prática curricular<br />

para esse segmento. Tratamos aqui da experiência <strong>de</strong> propor aos estudantes <strong>de</strong> 3º ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> um trabalho pedagógico<br />

que articulou ensino e pesquisa em toda a sua concepção e <strong>de</strong>senvolvimento, culminan<strong>do</strong> com a produção <strong>de</strong> um jogo <strong>de</strong><br />

trilhas sobre o conteú<strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong> pelos atores – estudantes e professores. Tais ações inserem-se no projeto <strong>de</strong> trabalho “O<br />

bairro <strong>de</strong> cada um e o <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s nós”, enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se como o bairro <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s nós aquele no qual está localiza<strong>do</strong> o CAp-UERJ:<br />

o Rio Compri<strong>do</strong>. O projeto ora apresenta<strong>do</strong> enfatizou a perspectiva socioambiental, a partir das leituras <strong>de</strong> diferentes gêneros<br />

textuais e, também, <strong>de</strong> imagens, investigações e reflexões das questões socioambientais locais e os seus efeitos nos bairros<br />

seleciona<strong>do</strong>s, associan<strong>do</strong> os entendimentos <strong>do</strong>s estudantes sobre o que pesquisaram às suas representações sobre os bairros<br />

investiga<strong>do</strong>s e aos trajetos construí<strong>do</strong>s na trilha, possibilitan<strong>do</strong> a criação <strong>de</strong> outras leituras e <strong>de</strong> produção textual sobre o percurso<br />

realiza<strong>do</strong> pelos estudantes envolvi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> suas casas até o bairro <strong>do</strong> Rio Compri<strong>do</strong> e seus contextos. Para a construção <strong>de</strong><br />

to<strong>do</strong> esse processo, a parceria entre professores <strong>de</strong> diferentes campos <strong>de</strong> saberes, mas que têm em comum o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> ações e pesquisas no campo da Educação Ambiental, foi fundamental para as interfaces que se fizeram indispensáveis à<br />

produção <strong>do</strong> jogo <strong>de</strong> trilhas socioambientais, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se a perspectiva <strong>do</strong> lúdico nos mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pensar e fazer o currículo<br />

para os anos iniciais e a produção textual e imagética necessária a essa construção.<br />

PALAVRAS-CHAVE: MEIO AMBIENTE, LEITURAS, PRODUÇÃO TEXTUAL<br />

TÍTULO: A LÍNGUA DE SANTO NA ESCRITA AMADIANA: CRIAÇÃO DE IMAGENS AFRO-<br />

LITÚRGICAS COMO INSTRUMENTO DE RESISTÊNCIA CULTURAL EM TENDA DOS MILAGRES<br />

AUTOR(ES): LISE MARY ARRUDA DOURADO<br />

RESUMO: Tenda <strong>do</strong>s Milagres, obra ficcional da autoria <strong>de</strong> Jorge Ama<strong>do</strong> (1969), diferiu-se <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais romances nacionais<br />

por ter representa<strong>do</strong>, na Literatura <strong>Brasil</strong>eira, provavelmente em caráter inaugural, a união – outrora vista como<br />

ilegítima – da fala popular em língua portuguesa com os falares africanos, especialmente a linguagem religiosa <strong>do</strong>s can<strong>do</strong>mblés,<br />

a língua <strong>de</strong> santo (<strong>do</strong>ravante LS). Na comunicação, preten<strong>de</strong>-se verificar como o léxico da LS cumpre o papel <strong>de</strong><br />

criar imagens <strong>do</strong> universo litúrgico can<strong>do</strong>mblecista na 1ª edição <strong>de</strong> Tenda <strong>do</strong>s Milagres com o fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar no leitor o<br />

respeito à diversida<strong>de</strong> religiosa, bem como promover a resistência cultural afro-brasileira. Para tanto, apresentam-se resulta<strong>do</strong>s<br />

parciais da pesquisa bibliográfica em <strong>de</strong>senvolvimento, que tem seu corpus composto por duzentas e quatro lexias <strong>de</strong><br />

LS, organizadas em glosas e classificadas em nove campos lexicais referentes ao universo litúrgico can<strong>do</strong>mblecista: santos;<br />

saudações; insígnias; instrumentos; cargos hierárquicos; vestuário; culinária; etnobotânica e dança. Utilizaram-se como<br />

fundamentação teórica neste trabalho: o conceito <strong>de</strong> LS e outras noções etnolinguísticas afro-brasileiras apresenta<strong>do</strong>s por<br />

Castro (2005[2001]); a teoria <strong>de</strong> Hallig e Wartburg (1963), i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Sistema Racional <strong>de</strong> Conceitos; as discussões em<br />

torno da obra amadiana por Olivieri-Go<strong>de</strong>t (2004) e Raillard (1990); bem como as contribuições socioculturais e litúrgicas<br />

afro-brasileiras trazidas por Lody (2003a, 1998b, 1995c), entre outros.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LÍNGUA DE SANTO, TENDA DOS MILAGRES, RESISTÊNCIA CULTURAL<br />

TÍTULO: WALY SALOMÃO: A FABRICAÇÃO DA POESIA<br />

AUTOR(ES): LIZ MARIA TELES DE SA ALMEIDA<br />

RESUMO: Este Trabalho Trata Do Proceso De Construção Poética Do Compositor E Poeta Baiano Waly Salomão<br />

(1944-2003). Waly, Secretário Nacional De <strong>Leitura</strong> (2003, Gestão Do Ministro Gilberto Gil) Foi Poeta Que Acreditava Na<br />

<strong>Leitura</strong> Como Forma De Libertação, “Eu Preciso Ler, Ler, Ler, Nisto Eu Cumpro Os Versos De Castro Alves Que Diz:<br />

‘Livros, Livros À Mancheia’. Acreditava Que O Livro Po<strong>de</strong>ria Ser Como A Carta De Alforria E A Arte A Possibilida<strong>de</strong><br />

De Salvar A Humanida<strong>de</strong>, E Portanto, Constrói Seus Versos Operan<strong>do</strong> Insistentemente Com A Metalinguagem (Função<br />

Da Linguagem Cunhada Por Roman Jakobson, 1971a), Ora Para Discutir A Situação Do Poeta De Seu Tempo, Ora Para<br />

Reclamar Um Leitor Mais Participativo, Crítico E Engaja<strong>do</strong>, Também Para Refletir O Seu Fazer Poético. O Objetivo<br />

Desta Comunição É Refletir Em Que Medida A Metapoesia De Waly Se Caracteriza, Assim Como Situá-Lo Como Poeta<br />

Pós-Mo<strong>de</strong>rno Por Produzir Historicamente Em Tempos Pós-Mo<strong>de</strong>rnos E Ter Em Seus Textos Características Deste Momento,<br />

Tais Como: Incompreensibilida<strong>de</strong>, Deciframento, Amalgamento Intertextual, Auto-Referenciação Etc. A Poesia<br />

De Waly Na Medida Em Que É Metalinguistica E Intertextual Por Excelência, Exercita A Racionalida<strong>de</strong>, Por Outro La<strong>do</strong><br />

Também Não Abre Mão Do Delírio, Da Viagem, Do Desbun<strong>de</strong> Neste Senti<strong>do</strong> É Que A “Fabricação De Sua Poesia”<br />

Difere Da De Outrso Poetas Como Carlos Drummond De Andra<strong>de</strong> Ou João Cabral De Melo Neto. PALAVRAS-CHAVE:<br />

POESIA, METALINGUAGEM, PÓS-MODERNIDADE<br />

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