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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Escritas, Imagens e Criação: Diferir<br />

SESSÃO - ESCRITAS, IMAGENS E CRIAÇÃO: DIFERIR 7<br />

DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LLOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação Física - FEF SALA: FEF 07<br />

TÍTULO: REESCRITURA: O RETORNO AO PRÓPRIO TEXTO COMO RELEITURA DO PROCESSO<br />

DE CRIAÇÃO<br />

AUTOR(ES): ÉRICA MAIO TAVEIRA GRANDE, MARLENE APARECIDA VISCARDI MANTOVANI<br />

RESUMO: A apropriação <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> escrita <strong>de</strong> uma língua é um processo evolutivo que se realiza <strong>de</strong> maneira progressiva,<br />

na medida em que a criança tem oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interagir através da produção e da leitura <strong>de</strong> textos escritos.<br />

Diferentemente da aquisição da língua em sua modalida<strong>de</strong> oral, que ocorre <strong>de</strong> maneira informal, a aprendizagem da escrita<br />

ocorre, sobretu<strong>do</strong>, a partir <strong>de</strong> instrução formal, uma vez que a passagem <strong>do</strong> oral para o escrito não se faz <strong>de</strong> maneira direta,<br />

ou seja, a escrita não é meramente a transposição <strong>de</strong> fonemas em grafemas. Assim, torna-se necessário conhecer regras<br />

ortográficas e gramaticais, que são normatizadas e estabelecidas em acor<strong>do</strong>s linguísticos, mas também é preciso conhecer<br />

as especificida<strong>de</strong>s e as singularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso das modalida<strong>de</strong>s orais e escritas, o que requer um aprendiza<strong>do</strong> mais longo<br />

e complexo. Com base nessas i<strong>de</strong>ias, preten<strong>de</strong>mos analisar textos produzi<strong>do</strong>s por alunos <strong>de</strong> quinta série (sexto ano) <strong>do</strong><br />

ensino fundamental, comparan<strong>do</strong> a escrita da primeira versão com a reescritura <strong>do</strong> texto e consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> também a leitura e<br />

a interpretação que o aluno realizou sobre a proposta <strong>de</strong> redação.É importante observar como a reescritura reflete sua releitura,<br />

tanto <strong>do</strong> seu próprio texto como <strong>do</strong> texto da proposta. No nível das microestruturas textuais, procuramos verificar as<br />

zonas <strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong>, nas quais constatam-se <strong>de</strong>svios ortográficos em palavras presentes nos textos produzi<strong>do</strong>s pelos alunos<br />

como: apoio na oralida<strong>de</strong>, possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> representações múltiplas, omissão e acréscimo <strong>de</strong> grafemas, junção e separação<br />

<strong>de</strong> palavras, entre outras. No nível das macroestruturas, procuramos analisar o conhecimento linguístico-textual <strong>do</strong> aluno e<br />

suas competências e habilida<strong>de</strong>s para lidar com as especificida<strong>de</strong>s da escrita em relação ao oral. Destacamos também que,<br />

através <strong>do</strong> texto produzi<strong>do</strong>, o aluno expressa sua visão <strong>de</strong> mun<strong>do</strong> e po<strong>de</strong>mos entrar em contato com o seu imaginário.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, PRODUÇÃO DE TEXTO, REESCRITURA<br />

TÍTULO: IMAGEM, POESIA E MEIO AMBIENTE EM “STALKER“ DE TARKOVSKY<br />

AUTOR(ES): FABRÍCIA SILVA DANTAS, LUCIANO BARBOSA JUSTINO<br />

RESUMO: Este trabalho é fruto das discussões sobre a relação da literatura com outras formas <strong>de</strong> linguagem, como a <strong>do</strong><br />

cinema. Enten<strong>de</strong>-se aqui que Stalker <strong>de</strong> Tarkovsky estabelece essa relação <strong>de</strong> duas maneiras: a primeira mais óbvia e direta,<br />

enquanto tradução <strong>de</strong> um romance <strong>do</strong>s irmãos Strugatsky e, para nós mais importante, enquanto a construção <strong>de</strong> um “esta<strong>do</strong><br />

poético”. Stalker põe em cena “multifacetadas potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> percepção, afetos e expressão” <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a, por um la<strong>do</strong>,<br />

os personagens estarem dividi<strong>do</strong>s em três regimes, cada um <strong>de</strong>les representa<strong>do</strong> por um tipo, o professor, o escritor e o próprio<br />

stalker; os primeiros configuran<strong>do</strong> uma relação científica e intelectual com a natureza e o stalker, em senti<strong>do</strong> oposto,<br />

representan<strong>do</strong> uma dimensão vivencial com ela. Mas a relação <strong>do</strong> filme com a literatura é mais profunda em outro aspecto,<br />

os personagens são coloca<strong>do</strong>s em um ambiente pregnante que os obriga a lidar em proximida<strong>de</strong> com o sóli<strong>do</strong> e o líqui<strong>do</strong>,<br />

o aberto e o fecha<strong>do</strong>, o claro e o escuro, o liso e o textural, a natureza e a máquina. É esta relação integra<strong>do</strong>ra com o meio<br />

ambiente em que o filme coloca as personagens, não raro problemática para eles, que estamos chaman<strong>do</strong> <strong>de</strong> esta<strong>do</strong> poético.<br />

Há no filme um diálogo entre maneiras abstratas, intelectuais e científicas e formas afetuais, vivenciais, em uma palavra, ecológicas<br />

<strong>de</strong> percepção. Em termos semióticos, o simbólico é pensa<strong>do</strong> pelo indicial e pelo icônico. Enten<strong>de</strong>mos que Stalker<br />

potencializa práticas educativas que consigam interagir mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> vida abstratos e sensíveis rumo a uma relação integra<strong>do</strong>ra<br />

complexa entre linguagem e cultura. Como princípios teórico-meto<strong>do</strong>lógicos utilizaremos a semiótica <strong>de</strong> matriz peirceana<br />

<strong>de</strong> Santaella (2002) e Bougnoux (1994) e a fenomenologia <strong>de</strong> Bachelard (1993) e <strong>de</strong> Michel Maffesoli (1998).<br />

PALAVRAS-CHAVE: POESIA, CINEMA, MEIO AMBIENTE<br />

TÍTULO: AUTORES QUE DIALOGAM ENTRE SI: UM CONVITE PARA A REFLEXÃO SOBRE A<br />

COMPOSIÇÃO CONJUNTA DE NARRATIVAS<br />

AUTOR(ES): FELIPE FERREIRA JOAQUIM<br />

RESUMO: Em 2007, partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma cartolina em branco, a proposta pedagógica feita aos educan<strong>do</strong>s da Turma da<br />

Comunida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Projeto <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos (PEJA) da Universida<strong>de</strong> Estadual Paulista “Júlio <strong>de</strong> Mesquita<br />

Filho“ (UNESP), campus <strong>de</strong> Rio Claro, foi <strong>de</strong> que expressassem no papel suas reminiscências <strong>de</strong> infância, ressaltan<strong>do</strong> os<br />

aspectos histórico-geográficos. A originalida<strong>de</strong> na confecção <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sses trabalhos me envolveu ao ponto <strong>de</strong> estimular<br />

a composição <strong>de</strong> uma narrativa que <strong>de</strong>screvesse o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> criação emprega<strong>do</strong> pela aluna. Por recorrer integralmente<br />

ao manuscrito original da cartolina, a narrativa que surgia, <strong>de</strong> certa maneira, estabelecia um diálogo entre os autores: nela<br />

duas vozes estavam presentes, cria<strong>do</strong>r e observa<strong>do</strong>r, educan<strong>do</strong> e educa<strong>do</strong>r. Este ensaio <strong>de</strong> construção conjunta da narrativa<br />

não se restringiu ao diálogo bilateral; uma nova experimentação agregou ao texto fragmentos <strong>do</strong>s contos “<strong>Leitura</strong><br />

<strong>de</strong> uma onda” e “O olho e os planetas” extraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> livro Palomar <strong>de</strong> Ítalo Calvino, trazen<strong>do</strong> assim uma terceira voz à<br />

composição narrativa. A proposta <strong>do</strong> presente trabalho é suscitar os argumentos teórico-meto<strong>do</strong>lógicos, principalmente<br />

fundamenta<strong>do</strong>s no estu<strong>do</strong> Relatos <strong>de</strong> Experiencia e Investigación Narrativa (Conelly & Clandinin, 1995), que contribuem<br />

para compreen<strong>de</strong>r o caráter dialógico que se estabelece na composição conjunta <strong>de</strong> narrativas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: NARRATIVA, EJA, LINGUAGEM<br />

TÍTULO: A INSCRIÇÃO DA AÇÃO NAS ARTES VISUAIS: UMA LEITURA<br />

AUTOR(ES): FERNANDO CESAR RIBEIRO<br />

RESUMO: As artes visuais são estáticas por natureza: o movimento físico começa a aparecer no início <strong>do</strong> século XX em<br />

obras <strong>de</strong> arte <strong>de</strong> efeitos óticos. Mas a ação humana sempre esteve relacionada ao processo <strong>de</strong> produção da obra <strong>de</strong> arte <strong>de</strong><br />

outros mo<strong>do</strong>s, ten<strong>do</strong> pelo menos seu fim relaciona<strong>do</strong> ao surgimento <strong>de</strong>ssa. Há, no entanto, um momento em que o conceito<br />

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