2ª feira - Associação de Leitura do Brasil
2ª feira - Associação de Leitura do Brasil
2ª feira - Associação de Leitura do Brasil
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Escritas, Imagens e Criação: Diferir<br />
para levar até aos alunos <strong>do</strong> 2º grau, a única ativida<strong>de</strong> humana que é livre: a contemplação. Essa, através da arte, é ponto<br />
<strong>de</strong> fuga, que torna o aluno cria<strong>do</strong>r <strong>de</strong> seu próprio espaço e tempo, estan<strong>do</strong> no processo civilizatório, mas se diferin<strong>do</strong> <strong>de</strong>le,<br />
por saber contemplar.<br />
PALAVRAS-CHAVE: IMAGEM, CONTEMPLAÇÃO, CIVILIZAÇÃO<br />
TÍTULO: A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA TECNOLOGIAS A SERVIÇO DO ENSINO POR<br />
MEIO DA PESQUISA<br />
AUTOR(ES): ENEIDA BACCARO MODONEZI, MARIA DE FÁTIMA GARCIA<br />
RESUMO: Este trabalho <strong>de</strong>screve uma experiência <strong>de</strong>senvolvida no curso <strong>de</strong> especialização “Pesquisa e Tecnologia na<br />
Formação Docente” ministra<strong>do</strong> pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação da Unicamp aos professores da Re<strong>de</strong> Municipal <strong>de</strong> Campinas,<br />
SP, durante um ano e meio - perpassan<strong>do</strong> pelo registro <strong>de</strong> três módulos, duas turmas e três <strong>do</strong>centes, essas últimas<br />
duas <strong>de</strong>las autoras <strong>de</strong>ste trabalho. O curso traz como diferencial a (<strong>de</strong>s)continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um projeto apoia<strong>do</strong> pela FAPESP<br />
– o projeto “Ciência na Escola”, que, apesar <strong>de</strong> encerra<strong>do</strong> há mais <strong>de</strong> cinco anos, seus princípios foram incorpora<strong>do</strong>s à<br />
Re<strong>de</strong> Municipal <strong>de</strong> Ensino por meio das práticas <strong>do</strong>s professores, sem que fosse necessária a sua institucionalização – e<br />
agora consubstancia-se num curso <strong>de</strong> pós-graduação. No ano <strong>de</strong> 2008 foram ministra<strong>do</strong>s os módulos “Desenvolvimento<br />
Curricular e Profissional <strong>do</strong> Professor e a Pesquisa Científica” e, em 2009, o módulo “Novas Tecnologias Aplicadas a<br />
Educação”. No <strong>de</strong>correr da experiência procurou-se focar na meto<strong>do</strong>logia da pesquisa científica como eixo condutor <strong>do</strong>s<br />
trabalhos <strong>do</strong>s(as) estudantes-professores(as) <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s em conjunto com seus alunos e na utilização <strong>de</strong> ferramentas<br />
tecnológicas como blog, fotografia e ví<strong>de</strong>o <strong>do</strong>cumentação/<strong>do</strong>cumentário <strong>de</strong> forma articulada à socialização/catalogação<br />
das produções curriculares. A base técnica exigida para o manuseio das ferramentas também foi um aspecto discuti<strong>do</strong><br />
ao longo <strong>do</strong> curso, pois ao enten<strong>de</strong>r o funcionamento das tecnologias, os (as)professores(as) adquiriram autonomia para<br />
utilizá-las. Dessa forma, po<strong>de</strong>-se articular reflexões acerca <strong>de</strong> currículo e profissionalida<strong>de</strong>, meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> ensino e as<br />
tecnologias, ferramentas a serviço da visibilização <strong>de</strong> conhecimentos produzi<strong>do</strong>s por alunos e professores.<br />
PALAVRAS-CHAVE: METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA, FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS ,<br />
AUTONOMIA<br />
TÍTULO: MOSAICOS: ESCRITA-FLUXOS<br />
AUTOR(ES): ERIKA RODRIGUES<br />
RESUMO: A sensibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> olhar literário, a gênese <strong>do</strong>s fluxos, os acor<strong>de</strong>s, a intimida<strong>de</strong> com o invisível, os universos latentes,<br />
o sentir das letras, trazen<strong>do</strong>, mudan<strong>do</strong>, convidan<strong>do</strong>, nos <strong>de</strong>s-fazen<strong>do</strong> e configuran<strong>do</strong>, entre experiências. Transitan<strong>do</strong><br />
senti<strong>do</strong>s e relações, tornan<strong>do</strong> váli<strong>do</strong>, oferecen<strong>do</strong> estradas, <strong>de</strong>svendan<strong>do</strong> as vozes. Como apren<strong>de</strong>r a escrever se não há voz<br />
nas palavras? Se não há gesto? Como habitamos a expressão perceptível que existe já não somente como sentir e ainda não<br />
como dizer, no espaço entre os senti<strong>do</strong>s e as palavras? Silêncios que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>iam. Fragmentos <strong>do</strong> trajeto entre o sensível e<br />
o sensível pronuncia<strong>do</strong>. O que temos a dizer por essas lacunas <strong>de</strong> compreensão racional e nos silêncios se metamorfosean<strong>do</strong><br />
por dizerem-se? Quan<strong>do</strong> a exigência da palavra e o frenesi das informações impelem a sempre saber o que dizer, porque,<br />
quan<strong>do</strong> e como - on<strong>de</strong> escutamos estes invisíveis em gestação? O que significa procurar os contornos <strong>de</strong>sta transição no<br />
paradigma atual, em que a melodia pre<strong>do</strong>minante nos submerge em ruí<strong>do</strong>s incessantes <strong>de</strong> automóveis, máquinas, multidões<br />
e aglomera<strong>do</strong>s, e no ritmo da velocida<strong>de</strong> midiática ven<strong>de</strong>n<strong>do</strong> opiniões “<strong>de</strong>livery”? Qual a intimida<strong>de</strong> das palavras? A<br />
quem se <strong>de</strong>stina a possibilida<strong>de</strong> da palavra? A quem se <strong>de</strong>stina a possibilida<strong>de</strong> da escrita? Quais pressupostos alimentam as<br />
práticas educativas atualmente? Quais concepções permeiam o ensino da escrita e leitura na escola? Em que perspectivas se<br />
situam as práticas escolares que permitem enten<strong>de</strong>r a palavra como potência, palavra-escrita como instrumento <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r.<br />
Quais práticas são mobilizadas nas relações das crianças com a criação sensível <strong>de</strong>ste conhecimento? Qual a gênese <strong>de</strong>stes<br />
fluxos <strong>de</strong> criação sensível e o que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia seu início? Quais as trajetórias <strong>de</strong>sse fluxo? O que o imobiliza, o impe<strong>de</strong>? O<br />
que propicia a sua multiplicação? Quais as trajetórias e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> universos literários pelas crianças no<br />
ambiente escolar atualmente?<br />
PALAVRAS-CHAVE: ESCRITA-FLUXOS, DEVIR, GÊNESE<br />
TÍTULO: LENDO IDENTIDADES LINGÜÍSTICAS NO COMÉRCIO DA FRONTEIRA: BRASIL X<br />
VENEZUELA<br />
AUTOR(ES): EVÓDIA DE SOUZA BRAZ<br />
RESUMO: Os estu<strong>do</strong>s sobre fronteiras têm salienta<strong>do</strong> que nestes contextos opera significativamente o po<strong>de</strong>r <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,<br />
o qual ainda contribui fortemente para construir representações homogêneas da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> nacional. As fronteiras entre<br />
países constituem o ponto <strong>de</strong> encontro com o Outro e com a língua <strong>do</strong> Outro, é o momento propício para se afirmar a<br />
nacionalida<strong>de</strong> e a língua nacional. Paralelamente às representações construídas da narrativa nacional, há, na contemporaneida<strong>de</strong>,<br />
os processos <strong>de</strong> globalização, migração e multiculturalismo, que fraturam os campos sociais, fomentam as políticas<br />
i<strong>de</strong>ntitárias e fragmentam as i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s. Em região fronteiriça, um contexto plurilíngüe on<strong>de</strong> há a <strong>de</strong>fesa ferrenha das i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s<br />
tradicionais, esta questão coloca-se ainda mais conflituosa. Este trabalho objetiva apresentar uma pesquisa, <strong>de</strong> base<br />
interpretativista e <strong>de</strong> cunho etnográfico, em andamento, realizada no comércio da fronteira <strong>Brasil</strong> x Venezuela, na cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Pacaraima/Roraima, em território indígena. O comércio fronteiriço <strong>de</strong> Pacaraima é forma<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong>, por brasileiros<br />
vin<strong>do</strong>s <strong>do</strong> nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> país, outros tantos provenientes <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará e da região sul e alguns poucos roraimenses. Há<br />
também estrangeiros, falantes <strong>do</strong> espanhol, principalmente peruanos. O contexto comercial <strong>de</strong> Pacaraima, portanto, promove<br />
o encontro das línguas majoritárias <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is países fronteiriços, o português e o espanhol. Estas línguas, utilizadas nas<br />
interações sociais e abundantemente expostas em textos escritos, reforça<strong>do</strong>s por imagens, expressam a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> nacional<br />
e lingüística, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong>, muitas das vezes, o hibridismo lingüístico-cultural. Por estar localizada em reserva indígena, é<br />
inevitável também, o contato com índios da região, sobretu<strong>do</strong> das etnias Macuxi, Taurepang e Wapixana. É justamente<br />
focan<strong>do</strong> o complexo ambiente fronteiriço <strong>Brasil</strong> x Venezuela, apoian<strong>do</strong>-me, sobretu<strong>do</strong>, em conceitos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />
lingüística e representação, que analiso, através da leitura <strong>de</strong> textos e imagens presentes no cenário comercial, como<br />
são construídas as i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s lingüísticas nesta região.<br />
PALAVRAS-CHAVE: IDENTIDADE, FRONTEIRA, NACIONALIDADE<br />
150