28.06.2013 Views

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Escritas, Imagens e Criação: Diferir<br />

SESSÃO - ESCRITAS, IMAGENS E CRIAÇÃO: DIFERIR 5<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação Física - FEF SALA: FEF 08<br />

TÍTULO: UE MUTUM EU<br />

AUTOR(ES): DAVINA MARQUES<br />

RESUMO: A arte é potência <strong>do</strong> pensamento. A arte é potência <strong>de</strong> afectos e perceptos. A arte é criação. Cinema, literatura,<br />

potências <strong>de</strong> arte. Toda criação brota da relação: o artista cria em relação intensiva com a Terra. Esta, enquanto território,<br />

é também um lugar <strong>de</strong> passagem. Pensan<strong>do</strong> na relação com a música, a arte se manifesta em ritornelos. Deleuze-Guattari.<br />

Sílvio Ferraz. Algo retorna, mas se repete na diferença. Ressonâncias. Uma presença surge e escapa, um salto para fora,<br />

um bloqueio daquilo que é o mesmo... A apresentação <strong>de</strong> um outro quadro <strong>de</strong> relações. Agenciamentos possíveis. Pensar o<br />

meu território. Por on<strong>de</strong> an<strong>do</strong>? O que há no caminho que sigo diariamente? O que po<strong>de</strong> me afetar nesses trajetos cotidianos?<br />

Quais são os sons que ouço? Que ritmos exercito? Que sons me ampliam a visão? Nomadismo <strong>de</strong> asfalto, concreto,<br />

chão fabrica<strong>do</strong>. Trans-ver linhas, experimentar, captar sonorida<strong>de</strong>s. Virar bicho da terra. Devir animal. Geomorficar-se,<br />

em motivos e contrapontos. Prisma <strong>de</strong> luz e sombras. Um-personagem, um-multidão. Agamben. Pensar com as imagens,<br />

transver Guimarães Rosa: o que se manifesta neste mutum? Esta comunicação traz uma composição, um plano <strong>de</strong> imagens<br />

e <strong>de</strong> sons, para problematizar... E <strong>de</strong> repente “vemos” algo antes não visto, uma alegria, uma sensação que nos movimenta<br />

a. Intensivida<strong>de</strong>s da terra, <strong>de</strong>vires expressivos, que sempre voltam e se reapresentam. O ritornelo faz germinar, produz<br />

movimentos, inclusive os que escapam à terra e lançam-se para fora, para o Cosmo.<br />

PALAVRAS-CHAVE: RITORNELO, LITERATURA, EXPERIMENTAÇÃO<br />

TÍTULO: COCANHA & SWISS PARK: A UTOPIA COMO UMA PROPOSTA DE CONVENCIMENTO.<br />

AUTOR(ES): DIEGO CARVALHO DE OLIVEIRA<br />

RESUMO: O trabalho tem, como intuito, discorrer acerca da ressurgência/permanência no imaginário humano <strong>de</strong> alguns<br />

anseios que perpassam épocas e que, ao nos <strong>de</strong>pararmos com as construções imagéticas contemporâneas, percebemos que<br />

estão presentes no ser humano as inquietações e imaginações <strong>de</strong> outros tempos e lugares. Consi<strong>de</strong>ramos, então, que permanece<br />

a vonta<strong>de</strong> <strong>do</strong> homem <strong>de</strong> divagar acerca <strong>do</strong> amanhã, buscá-lo e torná-lo possível, ainda que impossível <strong>de</strong> ser construí<strong>do</strong><br />

em efetivida<strong>de</strong>: a utopia. Em torno <strong>de</strong>ssa discussão, tomamos como base <strong>de</strong> nosso argumento Cocanha, que vem a<br />

ser um país imaginário on<strong>de</strong> a abundância, em to<strong>do</strong>s os senti<strong>do</strong>s, torna-se realida<strong>de</strong>. Vimos que as vonta<strong>de</strong>s e pressões <strong>de</strong><br />

uma época são representadas <strong>de</strong> diversas formas, principalmente na forma <strong>do</strong> impossível narrativo e que vem a confortar<br />

aqueles a que a realida<strong>de</strong> presente é insuportável. Diante disso e, principalmente, das alegorias lançadas pela propaganda<br />

imobiliária contemporânea, escolhemos um lugar que se faz em narrativa para se fazer ven<strong>de</strong>r. Esse lugar, foco <strong>de</strong> nossos<br />

estu<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>nomina-se Swiss Park Campinas, um con<strong>do</strong>mínio fecha<strong>do</strong> que, para se fazer melhor e mais rentável, criou em<br />

suas imagens propagandísticas um u-topos. São essas questões que fazem parte <strong>do</strong> trabalho construí<strong>do</strong>, nos revelan<strong>do</strong> a<br />

ressurgência <strong>de</strong> Cocanha no homem contemporâneo e da utilização <strong>de</strong> uma linguagem em direção ao futuro para tocar os<br />

homens <strong>de</strong> hoje: simples consumi<strong>do</strong>res.<br />

PALAVRAS-CHAVE: UTOPIA, EDUCAÇÃO VISUAL, GEOGRAFIA<br />

TÍTULO: O TEATRO NO CURRÍCULO ESCOLAR<br />

AUTOR(ES): DIONE PIZARRO<br />

RESUMO: A partir <strong>de</strong> experiências com o fazer teatral com alunos <strong>do</strong> ensino fundamental nasceu mais uma reflexão sobre<br />

o exercício da leitura que, neste momento, materializa-se nesta comunicação, cujo objetivo é fundamentar a importância<br />

<strong>de</strong>sse recurso para a prática <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> textos literários em escolas <strong>de</strong> ensino fundamental e médio. O teatro no senti<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento não apenas <strong>do</strong> ator, <strong>do</strong> espetáculo como fim, mas principalmente como processo <strong>de</strong> atuação volta<strong>do</strong><br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento da prática <strong>de</strong> interpretação <strong>de</strong> textos, <strong>de</strong>senvolvimento da oralida<strong>de</strong>, criativida<strong>de</strong> e, especialmente,<br />

da alterida<strong>de</strong>. No processo <strong>de</strong> representação teatral há, <strong>de</strong> fato, uma efetivação <strong>do</strong> sistema linguístico que se realiza quan<strong>do</strong><br />

o sujeito fala atuan<strong>do</strong> em várias possibilida<strong>de</strong>s (a língua só se torna real no ato <strong>de</strong> falar). Nesse processo, o educan<strong>do</strong> teria a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exercitar os vários turnos da fala <strong>de</strong> um texto, a exemplo das personagens, <strong>do</strong>n<strong>de</strong> a compreensão das variadas<br />

etapas <strong>de</strong> leitura ganharia mais eficácia. No teatro, a língua, símbolo complexo da comunicação, é <strong>do</strong>tada <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s<br />

tantos que, soma<strong>do</strong>s à experiência <strong>de</strong> cada sujeito/ator, se renova em cada leitura e, nesse processo <strong>de</strong> renovação, garante<br />

múltiplas ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> significação. Daí a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “transver” o mun<strong>do</strong>. E, no encontro entre as múltiplas subjetivida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> personagens, autores, atores, com as suas próprias, abre-se a possibilida<strong>de</strong> para o exercício <strong>de</strong> alterida<strong>de</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: DRAMATIZAÇÃO, LEITURAS, ALTERIDADE<br />

TÍTULO: LENDO AS CIRCUNSTANCIAS: RAUL SEIXAS E CULTURA<br />

AUTOR(ES): DÍLSON CÉSAR DEVIDES<br />

RESUMO: Esta comunicação é uma apresentação da dissertação 30 anos <strong>de</strong> Rock: Raul Seixas e a cultura brasileira<br />

<strong>de</strong>fendida no curso <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong> em Letras no CPTL/UFMS. Nela exponho a síntese das i<strong>de</strong>ias discutidas no corpo da<br />

dissertação. Para a inserção <strong>de</strong> Seixas como intelectual que pensa seu tempo, minimizan<strong>do</strong> a imagem negativa <strong>de</strong> zombeteiro,<br />

mesmo sen<strong>do</strong> essas características próprias da obra <strong>de</strong>sse compositor, que por meio <strong>de</strong>las pretendia alcançar uma<br />

ampla faixa da socieda<strong>de</strong>. Para tal inclusão, primeiramente fez-se uma análise das letras <strong>de</strong> música <strong>de</strong> Seixas que tratavam<br />

<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> ditatorial no <strong>Brasil</strong> durante a década <strong>de</strong> 1970. Constatou-se que esse pensa<strong>do</strong>r não só criticava o regime <strong>de</strong><br />

exceção, no que tange ao cerceamento <strong>de</strong> opinião e <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, como também as questões políticas, econômicas e sociais<br />

da época. No segun<strong>do</strong> momento, buscou-se ler algumas composições que discorriam sobre a religiosida<strong>de</strong>, verifican<strong>do</strong> que,<br />

para esse pensa<strong>do</strong>r, questões maniqueístas não eram bem aceitas, pois privilegiava a força humana e <strong>de</strong>fendia o livre arbítrio<br />

(afastan<strong>do</strong> conotações bíblicas). Na terceira e última etapa, procurou-se estabelecer ligações entre Seixas e discussões con-<br />

148

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!