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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Escritas, Imagens e Criação: Diferir<br />

SESSÃO - ESCRITAS, IMAGENS E CRIAÇÃO: DIFERIR 3<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação Física - FEF SALA: FEF 07<br />

TÍTULO: “PAISAGEM SONORA E O ENSINO DE GEOGRAFIA: EM BUSCA DE UM DIÁLOGO COM<br />

OS TEÓRICOS DA MÚSICA CONCRETA”.<br />

AUTOR(ES): ANEDMAFER MATTOS FERNANDES<br />

RESUMO: Para uma necessária ampliação da leitura <strong>do</strong> espaço geográfico é importante que se <strong>de</strong>senvolvam meto<strong>do</strong>logias<br />

em consonância com o mun<strong>do</strong> em que os alunos vivem. Dessa forma, é preciso estreitar um diálogo entre a arte,<br />

a ciência e a vida, para que a Geografia permita ao ser humano uma compreensão mais rica e diversa <strong>do</strong> que é existir humanamente<br />

a partir da espacialida<strong>de</strong> em que a vida se <strong>de</strong>senvolve, ou seja, na melhor compreensão da complexa interação<br />

entre o indivíduo e o mun<strong>do</strong>, mun<strong>do</strong> este entendi<strong>do</strong> como a socieda<strong>de</strong>, a cultura e o conjunto <strong>do</strong>s elementos naturais e<br />

físicos. Nessa direção é que trabalhamos aqui os conceitos <strong>de</strong> Paisagem Sonora e Ecologia Sonora, por i<strong>de</strong>ntificar nesses a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trazerem toda a dimensão cotidiana necessária ao redimensionamento da linguagem da Geografia a partir<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> percepção <strong>do</strong> espaço por parte <strong>do</strong>s alunos, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ampliar as leituras <strong>do</strong>s<br />

aspectos físicos e simbólicos que permeiam os lugares em que a vida é efetivada. Trabalhar o conceito <strong>de</strong> espaço em sala <strong>de</strong><br />

aula é <strong>de</strong> fundamental importância para o entendimento da Geografia, pois só assim é possível refletir sobre os conteú<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong>ssa ciência no âmbito das diferentes séries, além da compreensão da importância <strong>de</strong>sse conhecimento para a vida.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO DE GEOGRAFIA, PAISAGEM SONORA, LINGUAGEM<br />

TÍTULO: ENTRE INFÂNCIA E LITERATURA<br />

AUTOR(ES): BERNARDINA MARIA DE SOUSA LEAL<br />

RESUMO: ENTRE INFÂNCIA E LITERATURA Bernardina Leal* A infância, foco <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>, é investigada a partir<br />

da problematização das costumeiras acepções que o termo incorpora no âmbito educativo, sob as quais subjazem os senti<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> falta, carência e incompletu<strong>de</strong>. Se a educação e a infância po<strong>de</strong>m ser abordadas <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> dimensional no âmbito<br />

da experiência, po<strong>de</strong>-se repensar o diálogo entre elas a partir da literatura e pensar na palavra como um bem produtivo,<br />

capaz <strong>de</strong> gerar gente inventiva, inclusive <strong>de</strong> si mesma. A palavra literária, ao livrar-nos das especificida<strong>de</strong>s e exatidões <strong>do</strong><br />

linguajar técnico-científico adulto, po<strong>de</strong> nos remeter ao esta<strong>do</strong> infantil no qual as coisas ainda se misturam, se dissolvem e<br />

se transmutam - um esta<strong>do</strong> anterior àquele no qual já sabemos, <strong>de</strong> antemão, o que querem dizer as palavras. Esse esta<strong>do</strong><br />

principia<strong>do</strong>r, a um só tempo o esta<strong>do</strong> comum e singular da experiência humana, consubstancia-se no problema <strong>de</strong> passar<br />

por uma experiência e ser capaz <strong>de</strong> narrar, <strong>de</strong> algum mo<strong>do</strong>, o acontecimento. Isso é o que evi<strong>de</strong>ncia Guimarães Rosa em<br />

suas Primeiras Estórias, obra em que se fundamenta este estu<strong>do</strong>. Os conceitos cria<strong>do</strong>s por Gilles Deleuze e a escrita literária<br />

<strong>de</strong> Guimarães Rosa, em especial nos contos “As margens da alegria“ e “A menina <strong>de</strong> lá“, apresentam-se como referenciais<br />

teóricos basilares para o entendimento da infância enquanto figura <strong>do</strong> novo, ato inaugural <strong>de</strong> criação. Nessa ótica,<br />

a aprendizagem escapa da associação professor-aluno-escola e também da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> educação como agenda pedagógica.<br />

As experiências <strong>de</strong> aprendizagem e a aventura da infância carecem <strong>de</strong> palavras também aventureiras. Literatura e infância<br />

encontram-se aí: na aventura <strong>do</strong> dizer-se. Ambas, infância e literatura encontram na palavra a manifestação daquilo que são.<br />

Com elas é possível apren<strong>de</strong>r.<br />

PALAVRAS-CHAVE: INFÂNCIA, LITERATURA, EXPERIÊNCIA<br />

TÍTULO: NA VELOCIDADE DO RISO/GRITO/GIRO: SONORIDADES IMAGÉTICAS<br />

AUTOR(ES): CAMILA CILENE ZANFELICE<br />

RESUMO: Motorista, motorista, olha a pista. Toda experiência <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> passa pela obscurida<strong>de</strong>, pelo murmúrio, pelo<br />

silêncio (Vilela, 2008). Ele (o senti<strong>do</strong>) guarda uma ausência. Um vazio, uma fenda. Transpassá-la pela experiência na velocida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> riso/grito/giro, envolven<strong>do</strong>-se no silêncio que faz possível a intensida<strong>de</strong> <strong>do</strong> mesmo riso/grito/murmúrio. Causa<br />

e efeito. Respiração na perda <strong>de</strong> fôlego. Riso rangente entre a palavra, o brinque<strong>do</strong>, a canção, o som. Habitar outro mesmo<br />

lugar. Silêncio grito alegria <strong>de</strong>sespero um outro. Re<strong>de</strong>s. Sempre <strong>do</strong>is ao mesmo tempo outros. Imagens sonoras – sonorida<strong>de</strong>s<br />

imagéticas - fragmentos <strong>do</strong> acontecer. Silêncio ruí<strong>do</strong> <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> na escuta <strong>de</strong> um brincar. Silêncio que rompe o mutismo<br />

pela escuta que lhe dá corpo, ou melhor, consistência <strong>de</strong> ferida aberta no corpo. Sonorida<strong>de</strong>s apresentadas, capturadas <strong>de</strong><br />

ví<strong>de</strong>o-gravações produzidas por crianças, na escola, enquanto brincar é gira-girar. Não é <strong>de</strong> borracha, não é <strong>de</strong> borracha.<br />

Desvinculação imagem-som-som-representasom. Aproximasom ao acontecimento pela sonorida<strong>de</strong> silenciosa que embala<br />

em canção a dupla escrita incoerente, conflitante, nonsense. Proliferasom escrita escuta. Implica mão dupla na direção <strong>do</strong><br />

outro si mesmo. Um corpo. Nesta fenda <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> que combate a cicatrização, a síntese, a unificação: impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

dizer. Sonorida<strong>de</strong> inaudível, incomunicável. Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não dizer na educasom. Vai bater. Vai bater.<br />

PALAVRAS-CHAVE: SILÊNCIO, ESCUTA, SENTIDO<br />

TÍTULO: ENTRE LER E OUVIR CLARICE LISPECTOR<br />

AUTOR(ES): CAMILLO CAVALCANTI<br />

RESUMO: O trabalho preten<strong>de</strong> confrontar a produção escrita <strong>de</strong> Clarice Lispector e a interpretação em áudio feita por<br />

Araci Ballabalian, na mídia CD, em volume <strong>de</strong> coleção própria para recitação da literatura brasileira. O objetivo principal<br />

é discutir as diferenças <strong>de</strong> significação entre uma leitura registrada e um texto aberto à leitura pessoal, no qual estão contempladas<br />

variantes <strong>de</strong> ritmo, como possibilida<strong>de</strong>s a serem aciona<strong>do</strong>s pelo leitor. A pergunta que se faz, então, é: essas<br />

possibilida<strong>de</strong>s irão ocasionar diferenças <strong>de</strong> interpretação? A tese <strong>de</strong> que a obra <strong>de</strong> arte é constituída pela tensão necessária<br />

entre forma e conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> fato se confirma nessa análise ora proposta? Preten<strong>de</strong>-se fazer, também, uma investigação da<br />

produção <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> que o texto gera, enquanto texto literário, isto é, artístico, na metáfora multiconteudística. Outro aspecto<br />

importante a ser avalia<strong>do</strong> é se a distância <strong>do</strong> público em geral ante a literatura se baseava, <strong>de</strong> fato, como se acreditava,<br />

na falta <strong>de</strong> atrativos <strong>do</strong> suporte texto escrito. Afinal, o suporte CD, que disponibiliza o texto na modalida<strong>de</strong> oral, elimina<br />

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