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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Escritas, Imagens e Criação: Diferir<br />

artefato <strong>de</strong> divulgação científica que explora as potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> múltiplas linguagens e da interface entre ciência,<br />

arte e filosofia na comunicação da ciência, buscan<strong>do</strong> refletir sobre a inserção <strong>do</strong> meio radiofônico em iniciativas <strong>de</strong><br />

experimentação <strong>de</strong> uma nova divulgação científica não limitada ao intuito <strong>de</strong> diminuir o déficit <strong>de</strong> conhecimento<br />

das pessoas acerca <strong>do</strong> tema biotecnologias. Escolhemos também trabalhar com os professores que participam das<br />

ações <strong>do</strong> Biotecnologias <strong>de</strong> rua buscan<strong>do</strong> escapar às hierarquias e estabilizações entre conhecimentos e culturas ao<br />

propor a criação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> rádio para o projeto por meio <strong>do</strong> estabelecimento <strong>de</strong> diálogos, em que as vozes <strong>de</strong><br />

professores e <strong>do</strong>s artistas e pesquisa<strong>do</strong>res possam se encontrar e produzir novos ritmos na divulgação científica. Esta<br />

pesquisa parte <strong>do</strong> pressuposto <strong>de</strong> que a participação pública é fundamental e <strong>de</strong>cisiva para gerar fugas às estabilizações<br />

e fixações nos/<strong>do</strong>s conhecimentos científicos.<br />

PALAVRAS-CHAVE: IMAGENS SONORAS, DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, RÁDIO<br />

TÍTULO: LUZ, CÂMERA E AÇÃO: POSSIBILIDADES DE LEITURAS E ESCRITAS IMAGÉTICAS DO<br />

CINEMA DOCUMENTÁRIO NA EDUCAÇÃO.<br />

AUTOR(ES): ANA PAULA TRINDADE DE ALBUQUERQUE, MARY DE ANDRADE ARAPIRACA<br />

RESUMO: O trabalho é um recorte da pesquisa <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> em educação em andamento, que tem como objetivo<br />

principal investigar e sistematizar o uso <strong>do</strong> cinema <strong>do</strong>cumentário nos espaços educacionais, na dimensão <strong>do</strong> ver,<br />

apreen<strong>de</strong>r e fazer, (leitura imagética, apreensão e escrita imagética). Ten<strong>do</strong> como ponto <strong>de</strong> partida o mun<strong>do</strong> contemporâneo<br />

e o aumento da produção <strong>de</strong> imagens e suas implicações, viu-se, em conversas com professores, que o uso<br />

e a leitura <strong>de</strong> imagens nos espaços <strong>de</strong> educação, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> aula, ainda são pequenos; fora <strong>de</strong>sta, a produção<br />

<strong>de</strong> imagens, quer seja por celulares ou câmeras fotográficas, e a leitura <strong>de</strong> imagens a partir <strong>do</strong> uso da internet,<br />

são gran<strong>de</strong>s. Enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> isso, vê-se a importância <strong>de</strong> se formar leitores críticos <strong>de</strong> imagens, assim, pensa-se que o<br />

cinema <strong>do</strong>cumentário, sen<strong>do</strong> um veículo <strong>de</strong> escrita e leitura <strong>de</strong> memória e história, é um exercício <strong>de</strong> leitura e escrita<br />

<strong>de</strong> culturas. A câmera vai ser o objeto <strong>de</strong> cristalização da história/memória <strong>de</strong> cada um, <strong>de</strong> uma cultura, <strong>de</strong> pequenos<br />

e/ou gran<strong>de</strong>s grupos, trazen<strong>do</strong> uma dinâmica <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> vivências que implica em conhecimento <strong>de</strong> si e <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>,<br />

e consequentemente <strong>de</strong> um indivíduo mais comprometi<strong>do</strong> em relação à dimensão sociopolítico e cultural. Atrela<strong>do</strong> a<br />

isso está a importância <strong>de</strong> se enten<strong>de</strong>r a linguagem própria <strong>do</strong> cinema (planos, enquadramento, cores etc) que induz<br />

a sentimentos, aproximações, rejeições, etc, que são gera<strong>do</strong>s muitas vezes por estratégias <strong>de</strong> escrita imagética e interpreta<strong>do</strong><br />

pela própria história <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> indivíduo. Enten<strong>de</strong>r essa linguagem coloca o “leitor” mais inteiro, ou seja,<br />

mais consciente, diante <strong>do</strong> texto fílmico, sem per<strong>de</strong>r o encantamento que o cinema produz.<br />

PALAVRAS-CHAVE: IMAGEM, LEITURA E ESCRITA, EDUCAÇÃO<br />

TÍTULO: ENTRE O LÚCIDO E O LÚDICO: O SUBSTANTIVO COMO RECURSO LINGUÍSTICO-<br />

EXPRESSIVO EM JOÃO CABRAL DE MELO NETO<br />

AUTOR(ES): ANDERSON DA SILVA RIBEIRO<br />

RESUMO: A paixão pelo ofício <strong>de</strong> escrever fez <strong>de</strong> João Cabral <strong>de</strong> Melo Neto seguramente um poeta <strong>de</strong> envergadura,<br />

segun<strong>do</strong> se po<strong>de</strong> perceber com a avaliação da crítica literária <strong>de</strong> tradição no <strong>Brasil</strong>. A principal frente <strong>de</strong><br />

trabalho <strong>do</strong> escritor fica em torno da busca incessante pela palavra nua, magra, seca, substantiva, “sem plumas”,<br />

capaz <strong>de</strong> reter uma realida<strong>de</strong> circundante que caminha <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os canaviais pernambucanos até à Sevilha espanhola.<br />

O texto cabralino é <strong>do</strong>tada <strong>de</strong> preciosismo expressivo capaz <strong>de</strong> transformar o simples, o comum e o prosaico em<br />

matéria <strong>de</strong> poesia. A obsessão pela i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> construir uma linguagem verbal concreta e, por vezes, dilacerante,<br />

<strong>de</strong>sprovida <strong>de</strong> adjetivos exagera<strong>do</strong>s, fez com que o poeta, um “homem sem alma” (CASTELLO, 2006), fizesse da<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tecer uma ação exclusivamente meticulosa. Redigiu quase manualmente para dar ao seu ofício o toque<br />

<strong>de</strong> arte exterior. Nessa direção, o substantivo, ratifica e traduz o entendimento <strong>de</strong> substância e <strong>de</strong> essencialida<strong>de</strong>,<br />

no que tange à concretização funcional e estética da gramática da língua, além <strong>de</strong> também, na perspectiva diacrônica,<br />

resgatar as reflexões propostas por Aristóteles, relacionan<strong>do</strong>-as com os estu<strong>do</strong>s atuais das classes gramaticais.<br />

Como corpus <strong>de</strong> minha dissertação <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong>, o texto literário se torna solo fértil, a partir <strong>do</strong> qual apresento<br />

indagações acerca da natureza estética que o compõe, bem como da relação que ele mantém com o material lingüístico<br />

que o molda. Como se trata <strong>de</strong> um trabalho na área <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s da linguagem, apontarei o substantivo<br />

como recurso estético-expressivo na criação <strong>do</strong> fato estilístico na obra Qua<strong>de</strong>rna (1956-1959). O intuito está em<br />

contribuir para os estu<strong>do</strong>s estilísticos <strong>do</strong> português, a partir da escolha acertada das palavras. A base teórica segue<br />

a orientação da estilística lingüística <strong>de</strong> Charles Bally, atualizada por pesquisas contemporâneas (CAMARA, 2008;<br />

PEREIRA, 1999, RIBEIRO, 2005, por exemplo).<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, EXPRESSIVIDADE, CLASSE GRAMATICAL<br />

TÍTULO: ESCRITURA E INDIVIDUAÇÃO<br />

AUTOR(ES): ANDRE PIETSCH LIMA, NARA LÚCIA GIROTTO<br />

RESUMO: “Escritura e individuação” remete à problemática das passagens entre vida e escritura para experimentar-se na<br />

emergência <strong>do</strong> fragmento poético. Abordaremos essa problemática partin<strong>do</strong> da teorização <strong>de</strong> R. Barthes acerca <strong>do</strong> haicai.<br />

Nesta investigação, a tomada <strong>de</strong> forma <strong>do</strong> fragmento poético será abordada a partir <strong>de</strong> sua efetuação no haicai e <strong>de</strong> sua<br />

inclinação a levar o Instante à memória em trabalho <strong>de</strong> escrita e ao consumo imediato <strong>de</strong>ssa memória num flash literário<br />

(R. Barthes, A preparação <strong>do</strong> romance I). O haicai será trata<strong>do</strong> como uma escrita <strong>do</strong> particular, <strong>do</strong> contingente, que não<br />

estabiliza o movimento: satori literário ou inci<strong>de</strong>nte (grau zero da anotação). Yami (saída da penumbra, cintilação, e retorno<br />

a ela: cintilação entre duas mortes) e Utsuroi (o momento em que uma flor, perfeitamente <strong>de</strong>sabrochada, vai murchar) são<br />

figuras <strong>do</strong> Ma que, segun<strong>do</strong> Barthes, alimentam o haicai. Figuras sem centro e sem unida<strong>de</strong>. Sem generalida<strong>de</strong>s, amorais.<br />

Aptas a exprimir hecceida<strong>de</strong>s. Noções como as <strong>de</strong> “individuação” (Gilbert Simon<strong>do</strong>n – Gilles Deleuze), <strong>de</strong> “nuance”, <strong>de</strong><br />

“biografema” e <strong>de</strong> “escritura” (Roland Barthes) participam <strong>de</strong> nossa reflexão/exploração acerca das maneiras pelas quais<br />

um haicai se inclina aos seus motivos, em texto. E das maneiras pelas quais o escritor <strong>de</strong> haicais, biografa<strong>do</strong> pelo texto,<br />

<strong>de</strong>clina-se em coleções <strong>de</strong> traços ao mesmo tempo em que o entorno os inscreve em topologias ainda não direcionadas, em<br />

instantâneos que os estereótipos <strong>de</strong>sconhecem (biografemas).<br />

PALAVRAS-CHAVE: ESCRITURA, INDIVIDUAÇÃO, HAICAI<br />

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