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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Escritas, Imagens e Criação: Diferir<br />

que mora na narrativa e nunca se apaga. Os fula, como pastores nôma<strong>de</strong>s, contavam seu ga<strong>do</strong> cotidianamente para não<br />

perdê-lo; <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong> faziam com as histórias, cada vez que as contavam, mais fácil seria encontrá-las na memória,<br />

pois, para o povo <strong>de</strong> tradição oral, a repetição não é um <strong>de</strong>feito, mas sim um mecanismo <strong>de</strong> sobrevivência e perpetuação<br />

<strong>de</strong> sua cultura. Pastoreia-se o ga<strong>do</strong> <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong> como se guardam as histórias, cuidan<strong>do</strong> para que não se percam e<br />

não se <strong>de</strong>sviem da memória.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LITERATURA AFRICANA, ORALIDADE, MEMÓRIA<br />

TÍTULO: OFICINA DE ANIMAÇÃO: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE A POSSIBILIDADE DE<br />

CONSTRUÇÃO DE UM ESPAÇO INCLUSIVO DE CRIAÇÃO E DE PRODUÇÃO DE NARRATIVAS.<br />

AUTOR(ES): ANA ELISABETE RODRIGUES DE CARVALHO LOPES<br />

RESUMO: Apresentamos a pesquisa realizada sobre a apropriação da linguagem da animação como meio e mediação<br />

<strong>de</strong> expressão artística, <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> narrativas e <strong>de</strong> inclusão social, <strong>de</strong>senvolvida junto a um grupo <strong>de</strong> alunos com<br />

necessida<strong>de</strong>s educacionais especiais da re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> ensino da cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. Caracterizou-se como uma<br />

pesquisa-ação e envolveu a participação <strong>de</strong> professores como pesquisa<strong>do</strong>res da sua própria prática pedagógica. A investigação<br />

ocorreu durante o ano letivo <strong>de</strong> 2007 e 2008, no contexto da Oficina <strong>de</strong> Animação oferecida pelo Instituto Municipal<br />

Helena Antipoff que é o Centro <strong>de</strong> Referência <strong>de</strong> Educação Especial da Secretaria Municipal <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, e contou<br />

com a parceria <strong>do</strong> Núcleo <strong>de</strong> Arte Digital e Animação <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Artes e Design da Pontifícia Universida<strong>de</strong><br />

Católica <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro/PUC-Rio. Com esse objetivo, formamos um grupo inclusivo composto por 8 alunas da re<strong>de</strong><br />

pública municipal, na faixa etária entre 11 e 20 anos, com <strong>de</strong>ficiência mental, trabalhan<strong>do</strong> juntas com 4 alunos da graduação<br />

<strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Artes e Design da PUC-Rio, que fazem parte <strong>do</strong> Núcleo <strong>de</strong> Arte Digital e Animação, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong><br />

pela Profa.Claudia Bolshaw. A pesquisa abrangeu <strong>do</strong>is focos <strong>de</strong> investigação: o primeiro relaciona<strong>do</strong> às observações sobre<br />

o processo <strong>de</strong> ensino-aprendiza<strong>do</strong> da linguagem da animação e sua apropriação pelo grupo; o segun<strong>do</strong> foco envolveu a<br />

produção e análise sobre as narrativas imagéticas produzidas pelo grupo com a técnica da animação. O grupo produziu 4<br />

animações “O casamento <strong>do</strong>s dálmatas”(2007), “Baile Funk”(2007), “Salvan<strong>do</strong> o dia colori<strong>do</strong>”(2007) e “O amor está no<br />

ar”(2008), que serão apresentadas e analisadas. O <strong>de</strong>safio foi <strong>do</strong>minar os meios básicos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> animações para produção<br />

<strong>de</strong> narrativas e criação <strong>de</strong> um espaço inclusivo <strong>de</strong> trabalho. Destacamos o pensamento <strong>de</strong> Walter Benjamin, Vigotski,<br />

Arlin<strong>do</strong> Macha<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ntre outros, como orienta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> referencial teórico-meto<strong>do</strong>lógico da pesquisa.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ANIMAÇÃO, IMAGEM, EDUCAÇÃO INCLUSIVA<br />

SESSÃO - ESCRITAS, IMAGENS E CRIAÇÃO: DIFERIR 2<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação Física - FEF SALA: FEF 07<br />

TÍTULO: ESCRITA E LOUCURA<br />

AUTOR(ES): ANA MARIA HOEPERS PREVE<br />

RESUMO: Escrita e loucura Ana Maria Hoepers Preve (Doutoranda da FE/UNICAMP e Professora FAED/UDESC)<br />

Escrever sem saber escrever, sem saber ler. Escrever analfabeto. Escrever como um louco. Escrever o nome próprio,<br />

apenas. Escrita trêmula, <strong>de</strong> traços fortes, escrita carregada <strong>do</strong> que dizer, <strong>do</strong> que precisa ser dito. Por que você quer fazer<br />

um livro? Porque eu tenho coisas pra me perguntar! Não são coisas pra perguntar ao mun<strong>do</strong>, mas pra mim. Perguntas<br />

que mobilizam o pensamento daquele que escreve, que interroga o seu mun<strong>do</strong> e arrasta quem lê pra novas perguntas, a<br />

outras terras. Escrever porque senão eu morro. Eu piro. Eu fico louco. Escrever porque é assim que eu saio <strong>de</strong>sse lugar.<br />

Eu também fujo escreven<strong>do</strong>, <strong>de</strong>senhan<strong>do</strong> diz outro paciente na escuta <strong>do</strong> anterior. Desenhar pra me transportar... eu viajo<br />

e paro num outro lugar. Fico ali! Escritas que constroem territórios, arrastadas <strong>de</strong> um extremo ao outro pelo <strong>de</strong>lírio. Esta<br />

comunicação é parte da pesquisa <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> “Prisão e loucura: cartografias intensivas”, <strong>de</strong>senvolvida no Hospital <strong>de</strong><br />

Custódia e Tratamento Psiquiátrico, Florianópolis/SC cuja base <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> são as oficinas entendidas como práticas <strong>de</strong><br />

experimentação. Que prática é essa quan<strong>do</strong> ela passa a ser pensada na perspectiva <strong>de</strong> uma cartografia intensiva? Que movimentos<br />

ela põe em jogo? O que cabe ao oficineiro? A proposta <strong>de</strong>sta comunicação é explorar essas questões a partir <strong>do</strong>s<br />

jornais elabora<strong>do</strong>s no grupo cujo estilo precário, trêmulo, urgente, movente põe em funcionamento um pensamento e uma<br />

escrita que se <strong>de</strong>sloca, um coletivo e um querer dizer e um ter o que dizer. “Eu tenho uma coisas pra dizer pro jornalzinho“.<br />

Ao oficineiro cabe olhar atentamente para os pequenos jornais como mapas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ESCRITAS, LOUCURA, OFICINAS<br />

TÍTULO: IMAGENS SONORAS: BIO-TECNO-LOGIAS EM DIVAGAÇõES<br />

AUTOR(ES): ANA PAULA CAMELO<br />

RESUMO: Esta pesquisa busca pensar na invenção <strong>de</strong> imagens-escritas sonoras das biotecnologias em programas<br />

radiofônicos. Como as biotecnologias po<strong>de</strong>m ser exploradas por meio da linguagem e <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong>sse meio <strong>de</strong><br />

comunicação <strong>de</strong> massa, dito tão abrangente (em termos territorial e <strong>de</strong> audiência) e po<strong>de</strong>roso (diante <strong>do</strong> seu po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> fazer imaginar e criar imagens mentais a partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s sons, palavras, silêncios...)? A partir da análise<br />

<strong>de</strong> programas radiofônicos volta<strong>do</strong>s à divulgação científica nas rádios campineiras e das propostas <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong><br />

pesquisa, ação e intervenção Biotecnologias <strong>de</strong> rua – e <strong>do</strong>is outros projetos <strong>de</strong>le <strong>de</strong>riva<strong>do</strong>s: Num da<strong>do</strong> momento:<br />

biotecnologias e culturas em jogo e Um lance <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s: jogar/poemar por entre bios, tecnos e logias – será <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />

um programa <strong>de</strong> rádio piloto. Partilhan<strong>do</strong> <strong>do</strong>s objetivos <strong>do</strong> Biotecnologias <strong>de</strong> rua apostamos na criação <strong>de</strong> um<br />

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