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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Escritas, Imagens e Criação: Diferir<br />

SESSÃO - ESCRITAS, IMAGENS E CRIAÇÃO: DIFERIR 1<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação Física - FEF SALA: FEF 06<br />

TÍTULO: A DRAMATURGIA DO REAL<br />

AUTOR(ES): ACIR DIAS DA SILVA<br />

RESUMO: Reflete-se sobre as imagens <strong>do</strong> real no <strong>do</strong>cumentário e suas configurações atuais ancoradas numa dramaturgia<br />

que rompe os limites entre o narrativo, ficcional e o <strong>do</strong>cumental. Destacam-se as formas materiais <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentários e<br />

o cruzamento <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s potencializa<strong>do</strong>s em “cânones” dramáticos diluí<strong>do</strong>s na socieda<strong>de</strong> contemporânea, talvez advin<strong>do</strong>s<br />

da cultura oral das imagens e sons. Para tanto, olharemos para as imagens cinematográficas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentários que<br />

conferem aos “personagens” elementos próprios, isto é, como a criação da imagem baseada em procedimentos retóricos<br />

da linguagem, literatura e cultura também permite o <strong>de</strong>senrolar da linguagem poética. Por outro la<strong>do</strong>, ao perceber a profundida<strong>de</strong><br />

conferida às imagens mediante o tratamento das personagens e montagem, nota-se a “construção” <strong>de</strong> retratos<br />

que omitem as principais características <strong>do</strong> real e, ao mesmo tempo, cria-se um jogo <strong>de</strong> composições e encenações dignas<br />

da dramaturgia <strong>do</strong> real. Desse mo<strong>do</strong>, o <strong>do</strong>cumentário enquanto “texto” dramatúrgico pauta-se na criação <strong>de</strong> personagens<br />

que seguem especificamente a representação e a ação propostas pelo diretor da obra. O diretor ao propor um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />

tema ou retrato pessoal <strong>de</strong> algum personagem, consi<strong>de</strong>ra uma <strong>de</strong>terminada perspectiva, um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista.<br />

Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssas consi<strong>de</strong>rações, preten<strong>de</strong>mos olhar para as imagens <strong>do</strong> cinema <strong>do</strong>cumental enquanto arte da memória que<br />

constrói linguagens e personagens <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ação e conflitos e imagens artificiais que encenam enquanto realida<strong>de</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: IMAGENS , DOCUMENTÁRIO , CULTURA<br />

TÍTULO: ENTRE-TANTOS, NO NADA...<br />

AUTOR(ES): ALDA REGINA TOGNINI ROMAGUERA<br />

RESUMO: No início era: O caos? O verbo? O nada? ...... No nada... Nonada: Nada Na Da Ada Anda Dana Ana...<br />

Dana(da) Aaaa... Que se anuncie a transgressão <strong>de</strong>sta escrita, gestada na vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer funcionar imagens que pulsam<br />

no/pelo texto. Escrita que se quer <strong>de</strong>spropositada, com Manoel <strong>de</strong> Barros - para quem há que se escovar as palavras, raspar<br />

<strong>de</strong>las os conceitos, <strong>de</strong>scascar-lhes significa<strong>do</strong>s. Escrita que hesita, gagueja, rasura-se e se propõe a aceitar a palavra-pulsão,<br />

escrita-jorro que <strong>de</strong>senha pensamentos e se <strong>de</strong>senha e se avermelha e se diz, e se <strong>de</strong>s-diz, e se, e, e,... Escrita que opta pela<br />

cor, que se avermelha e se assina em tons <strong>de</strong> sangue intenso, profun<strong>do</strong>; cor que se faz ressoar a mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> ritornelos... Vida<br />

que se cor-a, rubor. Ato <strong>de</strong> escovar palavras: Desenho lexical que se expressa-imprime e se quer imagem. “escovar as palavras<br />

para escutar o primeiro esgar <strong>de</strong> cada uma”, pelo fora da linguagem, produzin<strong>do</strong> pensamentos em linhas <strong>de</strong> fuga, que<br />

escapam pelas bordas, duvidan<strong>do</strong>, tropeçan<strong>do</strong>, negan<strong>do</strong>-se. Preferiria não... Devir ativo, resistência bartlebiana, dissidência<br />

imprevisível que resiste sem se opor, como se criança fosse. Des-propósitos, es-vaziamentos, in-divirtuação: prefixos que<br />

abrem uma brecha, abertura pelas potências <strong>do</strong> não, na busca pela criação <strong>de</strong> outros mun<strong>do</strong>s possíveis como resistência...<br />

No compasso educacional, cavar a imensidão <strong>do</strong> vazio no tempo, como provocação, preferin<strong>do</strong> não, resistin<strong>do</strong> pela criação<br />

no espaço <strong>do</strong> entre...<br />

PALAVRAS-CHAVE: ESCRITA, RESISTÊNCIA, CRIAÇÃO<br />

TÍTULO: DO MOMENTO AO E-VENTO, DO FOTOGRAFAR AO PULVERIZAR<br />

AUTOR(ES): ALIK WUNDER, FERNANDA CRISTINA MARTINS PESTANA<br />

RESUMO: Imagens que querem atuar como forma-pensamento pulsante, querem encantar, incomodar, abrir <strong>de</strong>sentendimentos,<br />

perguntas, buscas sobre as biotecnologias e as interfaces entre humano e não-humano. Desejos que perpassam um<br />

projeto <strong>de</strong> divulgação científica <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> em parceria pelo Labjor e Faculda<strong>de</strong> e Educação - Unicamp. Desafio: fazer<br />

<strong>do</strong>s registros fotográficos <strong>de</strong> uma peça teatral – “Num da<strong>do</strong> momento:biotecnologias e rua” encenada nas ruas da cida<strong>de</strong>,<br />

uma instalação - “Num da<strong>do</strong> e-vento: biotecnologias e culturas em texturas, vãos, sombras, cores, sons...?” Nas fotografias:<br />

imagens impressas em gran<strong>de</strong>s da<strong>do</strong>s - mãos realizan<strong>do</strong> um sequenciamento genético, mo<strong>de</strong>lo da forma dupla hélice <strong>do</strong><br />

DNA, um anjo sem corpo com longas asas brancas, um homem coberto <strong>de</strong> penas, uma menina-polvo – criam a<strong>de</strong>nsamentos<br />

quase-ficcionais com corpos <strong>de</strong> transeuntes e fragmentos da cida<strong>de</strong>. Na instalação: fotografias ganham suave materialida<strong>de</strong><br />

em projeções em tules, pare<strong>de</strong>s, plásticos, espelhos, chão, teto, mãos, braços, roupas, sombras. Pessoas são convidadas<br />

pelos objetos a misturarem-se às imagens, fazê-las dançar em seus corpos, pulverizá-las em diferentes fragmentos irreconstituíveis.<br />

Sombras em movimento, silhuetas dançantes, imagens repartidas, sobreposições. Nas imagens impressas: fotografias<br />

transformam-se, encontram palavras, dialogam com formas e cores, cria-se uma poesia visual lançada ao público como<br />

elemento <strong>de</strong> propagação, <strong>de</strong> multiplicação das biotecnologias ali (in)visíveis. Superfícies fotográficas <strong>de</strong>slizam por diferentes<br />

suportes e apostam nas potências das cores, <strong>do</strong>s ritmos, das texturas e <strong>do</strong> acaso. Do registrar ao in-ventar.<br />

PALAVRAS-CHAVE: FOTOGRAFIA, ACONTECIMENTO, DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA<br />

TÍTULO: AMKOULLEL, O MENINO FULA: PASTOREANDO HISTÓRIAS E APASCENTANDO<br />

MEMÓRIAS NA ORALIDADE AFRICANA<br />

AUTOR(ES): ALLISSON ESDRAS FERNANDES DE OLIVEIRA<br />

RESUMO: Neste artigo, analisou-se a oralida<strong>de</strong> presente no livro autobiográfico Amkoullel, o menino fula, <strong>de</strong> Ama<strong>do</strong>u<br />

Hampâté Bâ, a fim <strong>de</strong> perceber o valor que tais narrativas possuíam para os povos <strong>de</strong> tradição oral africana. A pesquisa foi<br />

fundamentada a partir <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Del Priore e Venâncio (2004) que falam sobre a história da África Atlântica; Hernan<strong>de</strong>z<br />

(2005), ao tratar sobre o ensino <strong>de</strong> Cultura Africana na sala <strong>de</strong> aula; Le Goff (1984) que versa sobre a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> memória;<br />

Ong (1998) ao trazer aspectos da cultura oral e Zumthor (2000) quan<strong>do</strong> trata <strong>de</strong> performance, entre outros. A oralida<strong>de</strong> é<br />

uma matriz cultural africana que transcen<strong>de</strong> a própria escrita e é tratada na obra <strong>do</strong> autor malinês, como o po<strong>de</strong>r da palavra<br />

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