2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Ensino de Língua e Literatura o papel, mundo e ideias presumidos do interlocutor e da interlocução, vivencia um confronto - e não uma negociação - entre um saber-dizer que se esvaece diante de um dever-dizer e cinde a língua. As observações realizadas revelaram, ainda, uma escolarização que, no âmbito de sua atuação, parece não promover satisfatoriamente condições para o desenvolvimento de estratégias para o diálogo entre os saberes, para a construção de uma escrita autônoma. PALAVRAS-CHAVE: REDAÇÃO NO VESTIBULAR, REDAÇÃO, ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA TÍTULO: PRODUÇÃO ESCRITA EM CONTEXTO ESCOLAR: A SUBJETIVIDADE EM CONSTANTE TENSÃO COM O (CONTEXTO) SOCIAL. AUTOR(ES): MÁRCIA SILVA CUSTÓDIO RESUMO: Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa de abordagem qualitativa que tem por objeto de estudo a escrita em contexto escolar. A partir de oficinas envolvendo leituras, alternadas com momentos destinados, exclusivamente, à produção escrita – ou de reescrita – analisaram-se as marcas deixadas pelo sujeito, sobretudo, as alterações promovidas na materialidade do texto e os efeitos de sentidos produzidos – com as supressões, os deslocamentos, os acréscimos e as intercalações de palavras ou frases –, em consequência dos comentários e das intervenções da professora-pesquisadora para a atividade de refacção textual. A escrita, nessa pesquisa, é concebida como trabalho que se realiza sob constante tensão e a qualidade do texto depende da forma como os elementos subjetivos são agenciados em função das regras e convenções sociais. Assim, os modos como o sujeito responde a essa tensão, oferecem importantes indícios sobre a produção escrita em contexto escolar. A prática dessa pesquisa foi desenvolvida em uma escola estadual – situada na zona norte do município de São Paulo – em turmas de quintas séries do Ensino Fundamental, no ano de 2007. Em relação à fundamentação teórica, recorreu-se à Análise do Discurso de tradição francesa, principalmente aos estudos sobre autoria, como: Foucault (1992), Chartier (1999), Possenti (2002) e Orlandi (2005). Nesse ponto, uma observação faz-se necessária: o estudo da autoria não é foco da pesquisa. A proposta foi a de apropriar-se de algumas noções advindas das discussões sobre autoria que se revelaram pertinentes para a análise dos dados que, reiterando, se produziram a partir do trabalho de escrita do sujeito, em atividade de refacção textual. As noções de autoria, apesar de não apresentarem convergência, possibilitam a produção de interessantes instrumentos de ensino e de pesquisa quando estabelecido diálogo entre elas. PALAVRAS-CHAVE: ANÁLISE DO DISCURSO, ENSINO, ESCRITA TÍTULO: PROJETO NEPSO: UM RELATO DE VIVÊNCIA PEDAGÓGICA. AUTOR(ES): MICHELLE REGINA ALEXANDRE CABRAL RESUMO: O projeto NEPSO (Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião) é uma metodologia de ensino desenvolvida pelo IBOPE a pedido de seu braço social, o Intituto Paulo Montenegro, e coordenada pela Organização Não-Governamental Ação Educativa, buscando auxiliar as escolas públicas a trazer a pesquisa de opinião para a sala de aula, a fim de que os alunos aprendam, de forma dinâmica e lúdica, os conteúdos disciplinares. Este trabalho relata a utilização dessa metodologia em sala da aula para desenvolvimento de temas transversais, visando a construção do conhecimento sobre gêneros textuais e adequação linguística, em turmas das séries finais do Ensino Fundamental - Ciclo II (5ª a 8ª séries) numa escola pública estadual em Biritiba Mirim, cidade do interior do estado de São Paulo. A aplicação da metodologia fez parte do planejamento pedagógico desenvolvido no ano de 2008, integrada ao currículo mínimo obrigatório para as disciplinas escolares. Ao final do trabalho, observamos uma significativa melhora no desempenho escolar e comportamental, incluindo uma baixa na evasão escolar e um aumento na conscientização social dos alunos, gerando novos projetos e participação comunitária dos participantes do projeto, que trabalha desde o início com os princípios da livre adesão, participação ativa nos processos de aprendizagem, colaboração mútua e comprometimento escolar e sócio-comunitário. PALAVRAS-CHAVE: PESQUISA DE OPINIÃO, METODOLOGIA DE ENSINO, PROJETO PEDAGÓGICO SESSÃO - ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA 19 DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas LOCAL: Centro de Ensino de Línguas - CEL - SALA: CEL 08 TÍTULO: PROJETOS DE LEITURA : UM CAMINHO PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR DE GÊNEROS LITERÁRIOS? AUTOR(ES): MILENE BAZARIM RESUMO: Nesta comunicação objetivo apresentar os resultados preliminares da análise que levou em consideração três projetos de leitura: um deles (Hora da Leitura), uma iniciativa do governo estadual, foi implantado em todas as escolas estaduais de São Paulo – Brasil; os demais (Lygia Bojunga na sala de aula e (Re)visitando os contos de fadas e as fábulas) surgiram a partir das necessidades locais de alunos de 5ª e 6ª séries de uma escola estadual da periferia de Campinas – São Paulo – Brasil. Trata-se de um trabalho que se insere no campo de estudos da Linguística Aplicada e que utiliza elementos metodológicos tanto do estudo de caso quanto da pesquisa-ação. As análises são informadas, principalmente, pela concepção de leitura como processo; de compreensão como uma atividade verbal ativa criativa em que o sentido é uma construção feita a partir do texto; de letramento como um conjunto de práticas sociais situadas de uso da leitura e da escrita; de língua/ gem e gênero bakhtiniana; de ensino-aprendizagem neovigotskyana. Os resultados preliminares apontam que os projetos de leitura com foco na literatura têm sido encarados pelas autoridades educacionais e professores como uma opção para ampliar os mundos de letramento de alunos que, como os focalizados nesta pesquisa, tiveram pouco ou nenhum contato com a literatura, principalmente devido à dificuldade no acesso aos livros. Apesar de compartilharem alguns pressupostos, esses projetos divergem, principalmente, em relação à concepção do trabalho com a leitura: enquanto no projeto proposto pelo governo a leitura é encarada como uma atividade de fruição estética, nos propostos pela escola, a ênfase recai no 130

Ensino de Língua e Literatura ensino de estratégias de leitura de determinados gêneros literários. PALAVRAS-CHAVE: PROJETOS DE LEITURA, LETRAMENTO LITERÁRIO, ENSINO-APRENDIZAGEM DE LEITURA TÍTULO: UM DIÁLOGO ENTRE A LEITURA LITERÁRIA E A FORMAÇÃO DOCENTE AUTOR(ES): NELMA MENEZES SOARES DE AZEVÊDO RESUMO: O objetivo deste trabalho é desenvolver uma reflexão crítica sobre a competência literária do professor em sua prática pedagógica e a relevância que assume no processo da escolarização adequada da literatura infantil. Hoje sabemos que é impossível pensar o processo educativo de forma tradicional. Uma nova visão da educação ganhou espaço mundial. A formação humana é prioridade, pois, a educação contemporânea busca, através do ensino escolar, formar sujeitos conscientes, autônomos e criativos. Nessa perspectiva, a formação docente, tanto a inical quanto a contínua, precisa ser crítica e reflexiva, capaz de fornecer suportes teóricos e práticos para o desenvolvimento das capacidades intelectuais, direcionado ao fazer pedagógico. No processo de formação docente, o estímulo à formação de professores enquanto leitores não pode ser esquecido. Aos docentes, cuja responsabilidade é formar leitores por meio da leitura literária escolarizada adequada, a necessidade da leitura se impõe mais forte ainda, isto porque, caso ele próprio não seja um leitor assíduo, rigoroso e crítico, tornam-se mínimas ou nulas as chances de que possa fazer um trabalho digno na área da educação e do ensino da leitura. Para isto, entre outras referências, nos apoiamos em autores que discutem e apontam práticas reflexivas na ação pedagógica do professor leitor. Nos debruçamos, em Regina Zilberman (1998), Marisa Lajolo (2000), Magda Soares (2003) e Tânia Rosing (2001), que, segundo essa autora, “discussões teóricas sustentam práticas reflexivas cujo objetivo é tão significativo como o que busca formar leitores a partir da formação do professor leitor“ (p.6). Mediante tais considerações, investigamos que tratamento deve ser dado ao texto literário no âmbito escolar, visando a um reflexão sobre a importância e influência da formação do professor. PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, FORMAÇÃO DOCENTE, LEITORES TÍTULO: O ENSINO DE LITERATURA PELAS TRILHAS DA ESCULTURA AUTOR(ES): NILMA ALVES PEDROSA, AIDA CARVALHO VITA RESUMO: Este ensaio apresenta as contribuições para o ensino de literatura de uma proposta pedagógica que busca entrelaçar a escultura das personagens de obras literárias e a produção textual. Partimos do referencial teórico elucidado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), os quais apresentam a Arte como um conhecimento humano articulado no âmbito sensível-cognitivo. Esse conhecimento, segundo os PCN, manifesta significados, sensibilidades, modos de criação e comunicação sobre o mundo. Vygotsky (1998) aponta que tanto as ferramentas como os signos, possuem em comum uma função mediadora, no entanto, chama atenção sobre os limites e as diferenças dessa relação, em particular, pela forma como a atividade humana é orientada. Fizemos um projeto piloto com duração de 16 horas envolvendo 30 alunos do Ensino Médio de uma Escola Pública de São Paulo. Os alunos foram instruídos nas técnicas de papel machê e collê e na utilização de materiais recicláveis. Escolheram individualmente a obra e as personagens. Responderam a um questionário e produziram textos orais e escritos. Organizamos e descrevemos qualitativamente as ações dos alunos levando em consideração o desempenho e desenvolvimento das suas competências comunicativa e argumentativa. Segundo informaram eles, as ilustrações, principalmente as coloridas, exercem muita influência em suas produções. A maioria informa que procurou criar de maneira diferenciada, imaginativa e sensível tanto as esculturas quanto os textos. Outros se sentiram impulsionados a reproduzir modelos já conhecidos por eles. Os textos produzidos acrescentam novos elementos à obra escolhida. Os resultados nos permitiram compreender o papel mediador das esculturas na produção textual e investigar o potencial desse recurso didático no ensino de literatura. Apresentamos considerações sobre as produções, reorganizamos a proposta e enviamos a outras escolas, visando compartilhar com professores e alunos as contribuições dessa experiência. PALAVRAS-CHAVE: ENSINO DE LITERATURA, ESCULTURA, PRODUÇÃO TEXTUAL TÍTULO: CRÔNICA NA SALA DE AULA, PERSPECTIVAS AUTOR(ES): PABLO SIMPSON KILZER AMORIM RESUMO: Esta comunicação tem como objetivo apresentar o resultado de um processo de acompanhamento de ações de formação de professores através da leitura de crônicas, levado à frente pelo projeto Crônica na sala de aula do Instituto Itaú Cultural a partir de 2004. Tal acompanhamento envolveu o diálogo com educadores e a elaboração de um material de apoio ao professor, com o objetivo de aproximar os alunos do texto literário, valorizando-o no contexto da educação formal, além de difundir o gênero. Num panorama em que as aulas de língua portuguesa e literatura costumavam privilegiar o ensino de gramática e tópicos de história literária, em detrimento de atividades propriamente de leitura e formação, sobretudo no Ensino Médio, o projeto de leitura de crônicas literárias permitiu indicar novos direcionamentos ao trabalho em sala de aula, auxiliando na formação de repertório dos professores e permitindo-lhes compreender a especificidade do lugar da leitura. O estatuto interdisciplinar da abordagem dos textos, por vezes incorporando questões de história e arte brasileira, conforme previstas no primeiro material de apoio elaborado pelo Instituto Itaú Cultural, sob a consultoria das professoras Cilza Bignotto e Noemi Jaffe, conferiu à formação, ademais, uma abrangência e um papel desencadeador de outras atividades e práticas. PALAVRAS-CHAVE: CRÔNICA, GÊNERO, ENSINO TÍTULO: O LIVRO DIDÁTICO E A MEDIAÇÃO NO ENSINO-APRENDIZAGEM DA LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL ESCRITA AUTOR(ES): PAULO CEZAR RODRIGUES RESUMO: A comunicação apresenta os resultados de uma pesquisa vinculada ao grupo de pesquisa Interação e escrita (UEM/CNPq), www.escrita.uem.br, que teve por objetivo identificar quais as características que o livro didático (LD) de Língua Portuguesa (LP) apresenta como mediador no processo de ensino e aprendizagem da leitura e escrita de textos, em situação de ensino. Para tanto, analisaram-se os LD´s mais utilizados, em 2006, pelas escolas da rede pública estadual de ensino, na cidade de Maringá- PR. Produzida a partir da teoria sócio-interacionista de ensino e de pesquisas e estudos que tratam da mediação no ensino e aprendizagem de leitura e produção textual, as análises realizadas nas propostas dos 131

Ensino <strong>de</strong> Língua e Literatura<br />

o papel, mun<strong>do</strong> e i<strong>de</strong>ias presumi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> interlocutor e da interlocução, vivencia um confronto - e não uma negociação - entre<br />

um saber-dizer que se esvaece diante <strong>de</strong> um <strong>de</strong>ver-dizer e cin<strong>de</strong> a língua. As observações realizadas revelaram, ainda, uma<br />

escolarização que, no âmbito <strong>de</strong> sua atuação, parece não promover satisfatoriamente condições para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

estratégias para o diálogo entre os saberes, para a construção <strong>de</strong> uma escrita autônoma.<br />

PALAVRAS-CHAVE: REDAÇÃO NO VESTIBULAR, REDAÇÃO, ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA<br />

TÍTULO: PRODUÇÃO ESCRITA EM CONTEXTO ESCOLAR: A SUBJETIVIDADE EM CONSTANTE<br />

TENSÃO COM O (CONTEXTO) SOCIAL.<br />

AUTOR(ES): MÁRCIA SILVA CUSTÓDIO<br />

RESUMO: Este trabalho apresenta os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma pesquisa <strong>de</strong> abordagem qualitativa que tem por objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong><br />

a escrita em contexto escolar. A partir <strong>de</strong> oficinas envolven<strong>do</strong> leituras, alternadas com momentos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s, exclusivamente,<br />

à produção escrita – ou <strong>de</strong> reescrita – analisaram-se as marcas <strong>de</strong>ixadas pelo sujeito, sobretu<strong>do</strong>, as alterações promovidas<br />

na materialida<strong>de</strong> <strong>do</strong> texto e os efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s produzi<strong>do</strong>s – com as supressões, os <strong>de</strong>slocamentos, os acréscimos e as<br />

intercalações <strong>de</strong> palavras ou frases –, em consequência <strong>do</strong>s comentários e das intervenções da professora-pesquisa<strong>do</strong>ra para<br />

a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> refacção textual. A escrita, nessa pesquisa, é concebida como trabalho que se realiza sob constante tensão e<br />

a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> texto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da forma como os elementos subjetivos são agencia<strong>do</strong>s em função das regras e convenções<br />

sociais. Assim, os mo<strong>do</strong>s como o sujeito respon<strong>de</strong> a essa tensão, oferecem importantes indícios sobre a produção escrita<br />

em contexto escolar. A prática <strong>de</strong>ssa pesquisa foi <strong>de</strong>senvolvida em uma escola estadual – situada na zona norte <strong>do</strong> município<br />

<strong>de</strong> São Paulo – em turmas <strong>de</strong> quintas séries <strong>do</strong> Ensino Fundamental, no ano <strong>de</strong> 2007. Em relação à fundamentação<br />

teórica, recorreu-se à Análise <strong>do</strong> Discurso <strong>de</strong> tradição francesa, principalmente aos estu<strong>do</strong>s sobre autoria, como: Foucault<br />

(1992), Chartier (1999), Possenti (2002) e Orlandi (2005). Nesse ponto, uma observação faz-se necessária: o estu<strong>do</strong> da autoria<br />

não é foco da pesquisa. A proposta foi a <strong>de</strong> apropriar-se <strong>de</strong> algumas noções advindas das discussões sobre autoria que<br />

se revelaram pertinentes para a análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s que, reiteran<strong>do</strong>, se produziram a partir <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> escrita <strong>do</strong> sujeito,<br />

em ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> refacção textual. As noções <strong>de</strong> autoria, apesar <strong>de</strong> não apresentarem convergência, possibilitam a produção<br />

<strong>de</strong> interessantes instrumentos <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> pesquisa quan<strong>do</strong> estabeleci<strong>do</strong> diálogo entre elas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ANÁLISE DO DISCURSO, ENSINO, ESCRITA<br />

TÍTULO: PROJETO NEPSO: UM RELATO DE VIVÊNCIA PEDAGÓGICA.<br />

AUTOR(ES): MICHELLE REGINA ALEXANDRE CABRAL<br />

RESUMO: O projeto NEPSO (Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião) é uma meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>senvolvida pelo<br />

IBOPE a pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> seu braço social, o Intituto Paulo Montenegro, e coor<strong>de</strong>nada pela Organização Não-Governamental<br />

Ação Educativa, buscan<strong>do</strong> auxiliar as escolas públicas a trazer a pesquisa <strong>de</strong> opinião para a sala <strong>de</strong> aula, a fim <strong>de</strong> que os alunos<br />

aprendam, <strong>de</strong> forma dinâmica e lúdica, os conteú<strong>do</strong>s disciplinares. Este trabalho relata a utilização <strong>de</strong>ssa meto<strong>do</strong>logia<br />

em sala da aula para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> temas transversais, visan<strong>do</strong> a construção <strong>do</strong> conhecimento sobre gêneros textuais<br />

e a<strong>de</strong>quação linguística, em turmas das séries finais <strong>do</strong> Ensino Fundamental - Ciclo II (5ª a 8ª séries) numa escola pública<br />

estadual em Biritiba Mirim, cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> interior <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo. A aplicação da meto<strong>do</strong>logia fez parte <strong>do</strong> planejamento<br />

pedagógico <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> no ano <strong>de</strong> 2008, integrada ao currículo mínimo obrigatório para as disciplinas escolares. Ao<br />

final <strong>do</strong> trabalho, observamos uma significativa melhora no <strong>de</strong>sempenho escolar e comportamental, incluin<strong>do</strong> uma baixa<br />

na evasão escolar e um aumento na conscientização social <strong>do</strong>s alunos, geran<strong>do</strong> novos projetos e participação comunitária<br />

<strong>do</strong>s participantes <strong>do</strong> projeto, que trabalha <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início com os princípios da livre a<strong>de</strong>são, participação ativa nos processos<br />

<strong>de</strong> aprendizagem, colaboração mútua e comprometimento escolar e sócio-comunitário.<br />

PALAVRAS-CHAVE: PESQUISA DE OPINIÃO, METODOLOGIA DE ENSINO, PROJETO PEDAGÓGICO<br />

SESSÃO - ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA 19<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Centro <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Línguas - CEL - SALA: CEL 08<br />

TÍTULO: PROJETOS DE LEITURA : UM CAMINHO PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR DE GÊNEROS<br />

LITERÁRIOS?<br />

AUTOR(ES): MILENE BAZARIM<br />

RESUMO: Nesta comunicação objetivo apresentar os resulta<strong>do</strong>s preliminares da análise que levou em consi<strong>de</strong>ração três<br />

projetos <strong>de</strong> leitura: um <strong>de</strong>les (Hora da <strong>Leitura</strong>), uma iniciativa <strong>do</strong> governo estadual, foi implanta<strong>do</strong> em todas as escolas<br />

estaduais <strong>de</strong> São Paulo – <strong>Brasil</strong>; os <strong>de</strong>mais (Lygia Bojunga na sala <strong>de</strong> aula e (Re)visitan<strong>do</strong> os contos <strong>de</strong> fadas e as fábulas)<br />

surgiram a partir das necessida<strong>de</strong>s locais <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> 5ª e 6ª séries <strong>de</strong> uma escola estadual da periferia <strong>de</strong> Campinas – São<br />

Paulo – <strong>Brasil</strong>. Trata-se <strong>de</strong> um trabalho que se insere no campo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s da Linguística Aplicada e que utiliza elementos<br />

meto<strong>do</strong>lógicos tanto <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso quanto da pesquisa-ação. As análises são informadas, principalmente, pela concepção<br />

<strong>de</strong> leitura como processo; <strong>de</strong> compreensão como uma ativida<strong>de</strong> verbal ativa criativa em que o senti<strong>do</strong> é uma construção<br />

feita a partir <strong>do</strong> texto; <strong>de</strong> letramento como um conjunto <strong>de</strong> práticas sociais situadas <strong>de</strong> uso da leitura e da escrita; <strong>de</strong> língua/<br />

gem e gênero bakhtiniana; <strong>de</strong> ensino-aprendizagem neovigotskyana. Os resulta<strong>do</strong>s preliminares apontam que os projetos<br />

<strong>de</strong> leitura com foco na literatura têm si<strong>do</strong> encara<strong>do</strong>s pelas autorida<strong>de</strong>s educacionais e professores como uma opção para<br />

ampliar os mun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> letramento <strong>de</strong> alunos que, como os focaliza<strong>do</strong>s nesta pesquisa, tiveram pouco ou nenhum contato<br />

com a literatura, principalmente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à dificulda<strong>de</strong> no acesso aos livros. Apesar <strong>de</strong> compartilharem alguns pressupostos,<br />

esses projetos divergem, principalmente, em relação à concepção <strong>do</strong> trabalho com a leitura: enquanto no projeto proposto<br />

pelo governo a leitura é encarada como uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fruição estética, nos propostos pela escola, a ênfase recai no<br />

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