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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Ensino <strong>de</strong> Língua e Literatura<br />

conceito <strong>de</strong> leitura apropria<strong>do</strong> pelo aluno <strong>de</strong> Letras e suas práticas durante a realização <strong>do</strong> Estágio <strong>de</strong> Docência. Aqui,<br />

preten<strong>de</strong>-se refletir sobre tal aspecto, examinan<strong>do</strong> o relato que um <strong>do</strong>s alunos pesquisa<strong>do</strong>s faz sobre sua própria prática<br />

<strong>de</strong> leitura, <strong>de</strong>senvolvida como ativida<strong>de</strong> para o Estágio <strong>de</strong> Docência, ten<strong>do</strong> como contraponto para esta reflexão a própria<br />

experiência percebida ao longo <strong>de</strong> sua história <strong>de</strong> leitor. As circunstâncias que envolvem o ato <strong>de</strong> ler mostram-se cercadas<br />

pela relação que cada indivíduo mantém com o escrito, e isso se <strong>de</strong>ve, principalmente, à forma como se reconhece e é reconheci<strong>do</strong><br />

na experiência como leitor. Circunstâncias estas que se fazem perceber pelos mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> utilização, <strong>de</strong> compreensão<br />

e <strong>de</strong> representação manifestas em suas práticas. No caso <strong>do</strong> leitor, aluno/estagiário <strong>de</strong> Letras, é no interior da Licenciatura<br />

que o uso da escrita se consagra para a li<strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino. Dessa forma, consi<strong>de</strong>rar os embates nasci<strong>do</strong>s da experiência <strong>de</strong> leitor,<br />

durante a realização <strong>do</strong> estágio <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência, permite compreen<strong>de</strong>r, <strong>de</strong> certo mo<strong>do</strong>, a complexida<strong>de</strong> com que se instaura o<br />

ensino <strong>de</strong> leitura nas escolas brasileiras.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO DE LEITURA, PRÁTICAS DE LEITURA, ESTÁGIO DOCÊNCIA LETRAS<br />

SESSÃO - ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA 18<br />

DIA: 23/07/2009 - Quinta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Centro <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Línguas - CEL - SALA: CEL 03<br />

TÍTULO: DIFICULDADES DE COMPREENSÃO LEITORA: UM ESTUDO DE CASO<br />

AUTOR(ES): MARTIELE JUNG<br />

RESUMO: O objetivo <strong>de</strong>ste relato é apresentar os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma investigação sobre o processo <strong>de</strong> compreensão/<br />

interpretação leitora tal como acompanha<strong>do</strong> por um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso – com um único participante – consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os<br />

aspectos cognitivos, quer <strong>de</strong> natureza individual quer social, e a forma como esses aspectos vinham sen<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>s na<br />

escola que o participante frequentava. A meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> envolveu o preenchimento <strong>de</strong> um questionário que buscou<br />

resgatar as experiências <strong>de</strong> leitura anteriores <strong>do</strong> sujeito e o seu conhecimento prévio sobre a temática <strong>do</strong> texto que viria a<br />

ser focaliza<strong>do</strong> no teste <strong>de</strong> leitura. Em seguida, foi proposto o teste <strong>de</strong> leitura, propriamente, envolven<strong>do</strong> respostas dissertativas<br />

e a solicitação <strong>de</strong> síntese escrita <strong>do</strong> texto li<strong>do</strong>. A ativida<strong>de</strong> em que o aluno teria <strong>de</strong> relatar, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> resumi<strong>do</strong>, as idéias<br />

constantes no texto evi<strong>de</strong>nciou dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> manejo da escrita. Oralmente, o sujeito expressou compreensão. Além disso,<br />

comprovou-se a tendência <strong>de</strong> o professor constatar o problema existente, porém não se observou busca <strong>de</strong> solução para<br />

a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>tectada. A pergunta que se impõe refere-se ao mo<strong>do</strong> como vem sen<strong>do</strong> avaliada a compreensão e à própria<br />

relação entre leitura e escrita . O resumo escrito, na nossa ótica, <strong>de</strong>ve ser antecedi<strong>do</strong> por práticas orais <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nsação<br />

das idéias que permitam que o aluno vá aos poucos organizan<strong>do</strong> o seu dizer, aproximan<strong>do</strong>-o formalmente da linguagem<br />

exigida na escrita <strong>de</strong> textos escolares, sob pena <strong>de</strong> não sair-se bem na ativida<strong>de</strong>.<br />

PALAVRAS-CHAVE: COMPREENSÃO, LEITURA, ENSINO DE LEITURA<br />

TÍTULO: O ESTUDO DO ESTILO NO PROCESSO DE LEITURA DO GÊNERO DISCURSIVO<br />

AUTOR(ES): MÁRCIA ADRIANA DIAS KRAEMER, MÁRCIA CRISTINA GRECO OHUSCHI<br />

RESUMO: Em uma perspectiva materialista e dialética, acreditamos que o gênero discursivo constitui-se, segun<strong>do</strong> uma<br />

visão bakhtiniana, em uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong> escrita concreta e histórica; com características relativamente estáveis,<br />

vinculada a uma situação típica da comunicação social; e com traços temáticos, estilísticos e composicionais concernentes<br />

a enuncia<strong>do</strong>s individuais, <strong>de</strong>ssa forma, liga<strong>do</strong>s à ativida<strong>de</strong> humana. Assim, nesta comunicação, <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s vincula<strong>do</strong>s<br />

ao Projeto <strong>de</strong> Pesquisa “Análise Linguística Contextualizada às Práticas <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong> e <strong>de</strong> Produção Textual” (UEL),<br />

discutiremos o fenômeno <strong>do</strong> dialogismo no gênero discursivo e a importância <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> estilo para a leitura como construção<br />

<strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s. Justificamos este trabalho, porque, para Bakhtin (2005), é possível perceber a apreciação valorativa <strong>do</strong><br />

locutor em relação ao tema e ao lugar que ocupa nas relações sociais, institucionais e interpessoais pelas configurações específicas<br />

das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> linguagem - traços <strong>de</strong> posição enunciativa <strong>de</strong> quem enuncia e da forma composicional <strong>do</strong> gênero<br />

(ROJO, 2007). Essas estratégias subjetivas por parte <strong>do</strong> locutor possibilitam <strong>de</strong>marcar linguisticamente uma multiplicida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vozes e <strong>de</strong> consciências que mantêm entre si uma relação <strong>de</strong> equida<strong>de</strong> no discurso (MAINGUENEAU, 1993; RODRI-<br />

GUES, 2005), tornan<strong>do</strong>-se profícua para a análise <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> leitura no ensino <strong>de</strong> língua materna da educação básica.<br />

PALAVRAS-CHAVE: GÊNERO DISCURSIVO, LEITURA, ESTILO<br />

TÍTULO: REDAÇÃO NO VESTIBULAR: A LÍNGUA CINDIDA<br />

AUTOR(ES): MÁRCIA MARTINS CASTALDO<br />

RESUMO: Ao término da Educação Básica, espera-se que um indivíduo esteja habilita<strong>do</strong> a redigir a<strong>de</strong>quadamente em qualquer<br />

situação, saben<strong>do</strong> interagir com a palavra para a produção escrita nos diversos gêneros textuais em circulação. Embora<br />

tais expectativas se realizem em alguns casos, em geral, mesmo após completarem os ensinos Fundamental e Médio, muitos<br />

sujeitos elaboram textos repletos <strong>de</strong> <strong>de</strong>svios, marcas que expõem as muitas dificulda<strong>de</strong>s com a produção escrita, as quais revelam<br />

uma língua cindida entre um saber-dizer e um <strong>de</strong>ver-dizer. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se a perspectiva sócio-histórica, os conceitos<br />

bakhtinianos <strong>de</strong> gênero, dialogismo e polifonia, bem como preceitos da Lingüísitca Textual, “Redação no vestibular: língua cindida”<br />

consistiu na análise <strong>de</strong> elementos composicionais da “redação dissertativa <strong>de</strong> vestibular”, gênero que <strong>de</strong>safia estudantes<br />

interessa<strong>do</strong>s em ingressar no Ensino Superior. Mais especificamente, foram analisa<strong>do</strong>s: (a) a norma linguística, (b) os índices<br />

<strong>de</strong> pessoalida<strong>de</strong> e (c) a macroarticulação em uma amostra <strong>de</strong> 374 redações (1% <strong>do</strong> total) produzidas por candidatos inscritos<br />

no Vestibular-2007 promovi<strong>do</strong> pela FUVEST (Fundação Universitária para o Vestibular) – São Paulo, <strong>Brasil</strong>. Foram analisadas,<br />

também, algumas relações entre o perfil sócio-histórico <strong>do</strong>s candidatos e os perfis <strong>de</strong> escrita <strong>do</strong>s textos. Depreen<strong>de</strong>u-se<br />

que a excessiva preocupação com o “outro”, com o mol<strong>de</strong> e com a <strong>de</strong>monstração <strong>do</strong> saber-fazer interfere no movimento <strong>de</strong><br />

exteriorização <strong>do</strong> discurso: em vez <strong>de</strong> tentar levar ao texto seu universo e sua i<strong>de</strong>ia, o estudante se propõe à tarefa <strong>de</strong> levar, para<br />

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