2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Ensino de Língua e Literatura escrita. O corpus trata de uma apresentação de um fenômeno físico, como placas e letreiros, justamente para demonstrar o modo como é utilizada a fala na comunicação, quais as marcas dessa oralidade, os recursos usados por estes falantes e como é o processo de transformação do texto oral para o escrito. Para o desenvolvimento deste artigo alguns livros foram usados como referência sobre Oralidade e Escrita (Marcuschi; Favero), Letramento (Soares), Ensino (Bechara), Linguagem (Koch), entre outros. Os quais serviram de suporte para os apontamentos. Sugere-se que a relação entre fala e escrita seja uma questão mais e melhor trabalhada em sala de aula, bem como por todo e qualquer usuário da língua, mostrando a necessidade da produção de atividades que possam ser aplicadas na prática, visando ao texto falado e ao que o diferencia do texto escrito através de práticas de oralidade e escrita de forma integrada, a fim de ressaltar que os processos de retextualização se utilizam dos conhecimentos prévios da língua para o aprimoramento do texto. Em suma, objetiva-se com esse artigo propor a necessidade de construção de um modelo que serve de base para analisar o grau de consciências dos usuários da língua a respeito das diferenças entre fala e escrita observando a própria atividade de transformação. PALAVRAS-CHAVE: RETEXTUALIZAÇÃO, LÍNGUA FALADA, LÍNGUA ESCRITA SESSÃO - ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA 12 DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas LOCAL: Centro de Ensino de Línguas - CEL - SALA: CEL 08 TÍTULO: “BONITINHO É UM FEIO ARRUMADO”: QUESTõES DISCURSIVAS PARA O APRENDIZADO DE PORTUGUÊS POR FALANTES DE ESPANHOL AUTOR(ES): JULIANA PERES ARAUJO RIZZI RESUMO: O presente trabalho faz a análise – ancorada à teoria da Análise de discurso materialista – de um dado, obtido em observações de aulas de português para dois falantes de espanhol em contexto de imersão. O dado se refere a uma dificuldade do aluno com o uso da forma do diminutivo em Língua Portuguesa. Ele questiona por que algumas garotas não gostaram quando ele as chamou de ‘bonitinhas’ e a professora responde utilizando um discurso anterior: “bonitinho é um feio arrumado”. Questiona-se, então, que a aparente semelhança entre as línguas portuguesa e espanhola gera dificuldades não só nos níveis já tratados por trabalhos da área específica de português para falantes de espanhol – como as dificuldades fonológicas, morfossintáticas e lexicais – mas também no que se refere ao discurso. Os dados mostram que a aprendizagem de um idioma não se dá apenas pelo entendimento da estrutura da língua, pois esta está sempre relacionada à história. Assim, um estrangeiro que vivencia o cotidiano de outro país precisa aprender a lidar também com os discursos, que estão sempre sendo relacionados a discursos anteriores e apontando para discursos futuros. Discuti-se também uma suposição a respeito de o diminutivo aparecer em discursos atenuadores, isto é, dizer que alguém é ‘bonitinho’, por exemplo, seria uma forma de preservar sua face, atenuando o dizer ao evitar a palavra ‘feio’. Para sustentar a análise e suposição são explorados dados de gramáticas de Língua Portuguesa, de livros didáticos de português para estrangeiros e uma entrevista do programa de televisão “CQC” da Rede Bandeirantes. Por fim, é feita uma pequena discussão a respeito das possibilidades que o contexto de imersão apresenta no que se refere à entrada do sujeito na língua em questão por sua estrutura e história e à infinidade de questões de ordem discursiva que lhe são colocadas. PALAVRAS-CHAVE: ANÁLISE DE DISCURSO , PORTUGUÊS PARA FALANTES DE ESPANHOL, DIFICULDADES TÍTULO: O ENSINO DE LITERATURA NO ENSINO MÉDIO: UMA TENTATIVA DE ALIAR O CONHECIMENTO AO PRAZER DA LEITURA. AUTOR(ES): JULIANA SYLVESTRE DA SILVA CESILA RESUMO: O desafio do professor de colocar o aluno em contato com a leitura é ainda maior quando se trata da disciplina Literatura na escola. O professor, nesse caso, vê-se na incumbência de tentar despertar no jovem o gosto pelos livros e, ao mesmo tempo, cumprir um conteúdo programático pré-estabelecido para cada série do ensino médio, contendo uma série de autores, escolas literárias e detalhes históricos que, de tão distantes da realidade do aluno, podem torná-lo avesso aos estudos de historiografia literária e, consequentemente, afastá-lo do universo da leitura. No caso do primeiro ano do ensino médio esse problema mostra-se de modo mais evidente, uma vez que a periodização literária a ser estudada vai do século VIII a.C. (com introdução ao gênero épico clássico), passando pelo início da literatura portuguesa (século XII e as cantigas trovadorescas), à poesia clássica de Camões, aos sermões de Antonio Vieira e chegando até o século XVIII com o Arcadismo. A questão é: como trabalhar esses conteúdos aliando conhecimento histórico-literário ao prazer da leitura? Como tornar Gil Vicente e suas peças tão espirituosas algo agradável e interessante para os jovens do século XXI? Como seduzir o aluno com a beleza da épica de Luís de Camões e de seus sonetos de amor? Essa comunicação pretende colocar em discussão algumas ideias que podem ser trabalhadas em sala de aula, de modo a aproximar o aluno do universo literário, sem comprometer o programa obrigatório e sem tornar a literatura algo tão distante e frio como se fizesse parte apenas dos livros didáticos e não da natureza humana. PALAVRAS-CHAVE: ENSINO MÉDIO, LITERATURA, LEITURA TÍTULO: MESURAS FRAUDULENTAS: A ARTE DE UNIR LÉ COM CRÉ AUTOR(ES): LEANDRO ROGÉRIO AMICI RESUMO: O presente artigo tem como temas centrais as discussões sobre o processo de leitura na sala de aula do professor de Língua Portuguesa e sua complexa dialética com o fazer docente. Demilitar-se-á à ocorrência da contrastação de práticas educacionais limitadoras e desejadas, em um corpus de ações leitoras e pedagógicas. Haja vista que a teoria e a prática caminham juntas, estão intrinsecamente ligadas e caracterizam-se pela tríade ação/reflexão/ação (FREIRE, 1986), esta que possui extrema importância na formação do professor. Os elementos teoria e prática configuram, na formação 120

Ensino de Língua e Literatura docente, um ponto fulcral para o desenvolvimento da capacidade de reflexão acerca da prática pedagógica, imprescindível a qualquer educador. E diante da observância de uma grandiosa linearidade no tocante ao trabalho com os textos literários, ou seja, por notar que os estudos de obras relevantes da literatura evoluem no ambiente escolar, em sua maioria, dentro de um padrão estanque e linear, que não possibilita a leitura do texto em sua completude facetária, propõe-se o presente artigo, para que, de certa forma, se possa responder por meio de discussões fecundas, mesmo que não a todas, mas a uma pequena parcela dessas dúvidas que habitam nosso imaginário. Partindo, sempre, do pressuposto de que o ato de leitura envolve um processo de significação e instrução para o conhecimento, buscar-se-á testar essa ocorrência na análise do corpus. Para tanto, o apoio teórico básico do artigo será os trabalhos de Michelleti (2001), Coelho (2001), Geraldi (1997), Lajolo (1985), dentre outros autores relevantes nessa área de diligências. PALAVRAS-CHAVE: LEITURA, SIGNIFICAÇÃO, INSTRUÇÃO TÍTULO: DA LEITURA DA IMAGEM FICCIONAL À LEITURA DE IMAGENS DO COTIDIANO AUTOR(ES): LEDA QUEIROZ DE PAULA RESUMO: Relato de experiência de trabalho interdisciplinar, envolvendo as disciplinas Português, História, Filosofia e Inglês diretamente, com a colaboração de Artes, Física e Biologia, feito com alunos da 1ª e 3ª séries do ensino médio de uma escola pública, a partir da análise do documentário “Nós que aqui estamos por vós esperamos“, com objetivo inicial de trabalhar a leitura da linguagem fílmica e estudo de gênero presente no filme(biografias). A partir da leitura crítica da imagem verbal e não-verbal, propor reflexão sobre o papel da memória na constituição da subjetividade e da cidadania, e levar à identificação dos efeitos da Revolução Industrial na realidade dos alunos, a fim de prepará-los para uma intervenção social de forma crítica (trabalho de pesquisa de campo nos bairros dos alunos) a partir da consciência da responsabilidade pessoal para um compromisso social. O trabalho apresentou-se como apropriado dada a necessidade de um despertar da passividade para uma atuação consciente e crítica na realidade, por meio do conhecimento e domínio de práticas sociais adequadas. Faremos a apresentação dos principais passos seguidos na realização do trabalho e resultados obtidos até o momento, tendo Hobsbawm para auxiliar nas reflexões sobre o “breve século 20“; Vieira, Josenia A., para a leitura do texto multimodal e Nidelcoff, Maria Teresa, como suporte para a compreensão da realidade e propostas de intervenção no meio social. PALAVRAS-CHAVE: LEITURA E IMAGEM, MEMÓRIA E (AUTO)BIOGRAFIA , DOCUMENTÁRIO TÍTULO: A LÍNGUA PORTUGUESA NOS CURRÍCULOS: BREVE TRAJETÓRIA DAS PROPOSTAS CURRICULARES DE PERNAMBUCO DOS SÉCULOS XIX E XX. AUTOR(ES): LEILA BRITTO DE AMORIM RESUMO: As concepções de linguagem, língua e de ensino e aprendizagem da prática escolar estão intrinsecamente vinculadas ao seu contexto histórico e ideológico. Nesse sentido, observar as propostas curriculares, em seu processo de produção, pode nos oferecer indícios de como o ensino de Língua Portuguesa estava sendo concebido nos séculos XIX e XX nos currículos de língua materna. Em outros termos, verificar os embasamentos teóricos, os objetivos, conteúdos abordados nos diversos textos prefigurativos podem nos indicar se o foco para o ensino de português, em seus vários eixos, estava subsidiado numa concepção de linguagem como expressão do pensamento, comunicação ou interação. Nesse sentido, este estudo procurou investigar o lugar da língua portuguesa nas propostas curriculares de Pernambuco nos séculos XIX e XX. A metodologia empregada neste trabalho consistiu na análise de conteúdo e documental (Bardin, 2007), uma vez que a preocupação central foi o de interpretar os significados expressos nos documentos oficiais, ultrapassando uma simples compreensão do real para uma sistematização mais complexa dos dados apresentados. Os resultados evidenciaram que, apesar das propostas curriculares de Pernambuco passarem por mudanças em seus princípios teóricos e metodológicos ao longo do tempo, a maioria delas concebia a linguagem como expressão de pensamento e, consequentemente, o trabalho com a língua materna estava voltado para a decifração de palavras, frases ou textos e a priorização da arte do bem escrever. PALAVRAS-CHAVE: ENSINO, LINGUA PORTUGUESA, CURRÍCULO SESSÃO - ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA 13 DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas LOCAL: Centro de Ensino de Línguas - CEL - SALA: CEL 09 TÍTULO: PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO. AUTOR(ES): LETICIA VICENTE PINTO TEIXEIRA RESUMO: É sabido o quanto é grande o esforço das escolas em ensinar a leitura e escrita aos seus alunos, porém esse não é um trabalho que vem sendo realizado com sucesso: cada ano que passa é crescente o número de alunos que saem dos anos iniciais do ensino fundamental sem saber ler e escrever. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais o não aprendizado da língua é fator preponderante para o fracasso escolar no ensino fundamental. Tomando essas afirmações, entendemos que o ensino por projeto é uma alternativa didática para superar esses obstáculos no aprendizado da língua, uma vez que o aluno envolve-se diretamente na construção do conhecimento. Diante disso, esta pesquisa objetiva investigar quais os projetos que são desenvolvidos pelas escolas - da Rede Municipal de Ensino do município de Jataí – Goiás - que visem ao ensino da Língua Portuguesa; quais as temáticas predominantes nesses projetos; como se estruturam os projetos no que se refere a: diagnóstico, justificativa, conteúdos, metodologia de ensino e resultados pretendidos; qual a influência dos PCN e das orientações da Secretaria Municipal da Educação para o ensino de língua portuguesa nesses projetos. 121

Ensino <strong>de</strong> Língua e Literatura<br />

escrita. O corpus trata <strong>de</strong> uma apresentação <strong>de</strong> um fenômeno físico, como placas e letreiros, justamente para <strong>de</strong>monstrar<br />

o mo<strong>do</strong> como é utilizada a fala na comunicação, quais as marcas <strong>de</strong>ssa oralida<strong>de</strong>, os recursos usa<strong>do</strong>s por estes falantes e<br />

como é o processo <strong>de</strong> transformação <strong>do</strong> texto oral para o escrito. Para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste artigo alguns livros foram<br />

usa<strong>do</strong>s como referência sobre Oralida<strong>de</strong> e Escrita (Marcuschi; Favero), Letramento (Soares), Ensino (Bechara), Linguagem<br />

(Koch), entre outros. Os quais serviram <strong>de</strong> suporte para os apontamentos. Sugere-se que a relação entre fala e escrita seja<br />

uma questão mais e melhor trabalhada em sala <strong>de</strong> aula, bem como por to<strong>do</strong> e qualquer usuário da língua, mostran<strong>do</strong> a<br />

necessida<strong>de</strong> da produção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que possam ser aplicadas na prática, visan<strong>do</strong> ao texto fala<strong>do</strong> e ao que o diferencia <strong>do</strong><br />

texto escrito através <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> oralida<strong>de</strong> e escrita <strong>de</strong> forma integrada, a fim <strong>de</strong> ressaltar que os processos <strong>de</strong> retextualização<br />

se utilizam <strong>do</strong>s conhecimentos prévios da língua para o aprimoramento <strong>do</strong> texto. Em suma, objetiva-se com esse artigo<br />

propor a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo que serve <strong>de</strong> base para analisar o grau <strong>de</strong> consciências <strong>do</strong>s usuários da<br />

língua a respeito das diferenças entre fala e escrita observan<strong>do</strong> a própria ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformação.<br />

PALAVRAS-CHAVE: RETEXTUALIZAÇÃO, LÍNGUA FALADA, LÍNGUA ESCRITA<br />

SESSÃO - ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA 12<br />

DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Centro <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Línguas - CEL - SALA: CEL 08<br />

TÍTULO: “BONITINHO É UM FEIO ARRUMADO”: QUESTõES DISCURSIVAS PARA O<br />

APRENDIZADO DE PORTUGUÊS POR FALANTES DE ESPANHOL<br />

AUTOR(ES): JULIANA PERES ARAUJO RIZZI<br />

RESUMO: O presente trabalho faz a análise – ancorada à teoria da Análise <strong>de</strong> discurso materialista – <strong>de</strong> um da<strong>do</strong>, obti<strong>do</strong><br />

em observações <strong>de</strong> aulas <strong>de</strong> português para <strong>do</strong>is falantes <strong>de</strong> espanhol em contexto <strong>de</strong> imersão. O da<strong>do</strong> se refere a uma<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>do</strong> aluno com o uso da forma <strong>do</strong> diminutivo em Língua Portuguesa. Ele questiona por que algumas garotas não<br />

gostaram quan<strong>do</strong> ele as chamou <strong>de</strong> ‘bonitinhas’ e a professora respon<strong>de</strong> utilizan<strong>do</strong> um discurso anterior: “bonitinho é um<br />

feio arruma<strong>do</strong>”. Questiona-se, então, que a aparente semelhança entre as línguas portuguesa e espanhola gera dificulda<strong>de</strong>s<br />

não só nos níveis já trata<strong>do</strong>s por trabalhos da área específica <strong>de</strong> português para falantes <strong>de</strong> espanhol – como as dificulda<strong>de</strong>s<br />

fonológicas, morfossintáticas e lexicais – mas também no que se refere ao discurso. Os da<strong>do</strong>s mostram que a aprendizagem<br />

<strong>de</strong> um idioma não se dá apenas pelo entendimento da estrutura da língua, pois esta está sempre relacionada à história.<br />

Assim, um estrangeiro que vivencia o cotidiano <strong>de</strong> outro país precisa apren<strong>de</strong>r a lidar também com os discursos, que estão<br />

sempre sen<strong>do</strong> relaciona<strong>do</strong>s a discursos anteriores e apontan<strong>do</strong> para discursos futuros. Discuti-se também uma suposição a<br />

respeito <strong>de</strong> o diminutivo aparecer em discursos atenua<strong>do</strong>res, isto é, dizer que alguém é ‘bonitinho’, por exemplo, seria uma<br />

forma <strong>de</strong> preservar sua face, atenuan<strong>do</strong> o dizer ao evitar a palavra ‘feio’. Para sustentar a análise e suposição são explora<strong>do</strong>s<br />

da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> gramáticas <strong>de</strong> Língua Portuguesa, <strong>de</strong> livros didáticos <strong>de</strong> português para estrangeiros e uma entrevista <strong>do</strong> programa<br />

<strong>de</strong> televisão “CQC” da Re<strong>de</strong> Ban<strong>de</strong>irantes. Por fim, é feita uma pequena discussão a respeito das possibilida<strong>de</strong>s que o<br />

contexto <strong>de</strong> imersão apresenta no que se refere à entrada <strong>do</strong> sujeito na língua em questão por sua estrutura e história e à<br />

infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> questões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m discursiva que lhe são colocadas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ANÁLISE DE DISCURSO , PORTUGUÊS PARA FALANTES DE ESPANHOL, DIFICULDADES<br />

TÍTULO: O ENSINO DE LITERATURA NO ENSINO MÉDIO: UMA TENTATIVA DE ALIAR O<br />

CONHECIMENTO AO PRAZER DA LEITURA.<br />

AUTOR(ES): JULIANA SYLVESTRE DA SILVA CESILA<br />

RESUMO: O <strong>de</strong>safio <strong>do</strong> professor <strong>de</strong> colocar o aluno em contato com a leitura é ainda maior quan<strong>do</strong> se trata da disciplina<br />

Literatura na escola. O professor, nesse caso, vê-se na incumbência <strong>de</strong> tentar <strong>de</strong>spertar no jovem o gosto pelos livros e,<br />

ao mesmo tempo, cumprir um conteú<strong>do</strong> programático pré-estabeleci<strong>do</strong> para cada série <strong>do</strong> ensino médio, conten<strong>do</strong> uma<br />

série <strong>de</strong> autores, escolas literárias e <strong>de</strong>talhes históricos que, <strong>de</strong> tão distantes da realida<strong>de</strong> <strong>do</strong> aluno, po<strong>de</strong>m torná-lo avesso<br />

aos estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> historiografia literária e, consequentemente, afastá-lo <strong>do</strong> universo da leitura. No caso <strong>do</strong> primeiro ano <strong>do</strong><br />

ensino médio esse problema mostra-se <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> mais evi<strong>de</strong>nte, uma vez que a periodização literária a ser estudada vai <strong>do</strong><br />

século VIII a.C. (com introdução ao gênero épico clássico), passan<strong>do</strong> pelo início da literatura portuguesa (século XII e as<br />

cantigas trova<strong>do</strong>rescas), à poesia clássica <strong>de</strong> Camões, aos sermões <strong>de</strong> Antonio Vieira e chegan<strong>do</strong> até o século XVIII com<br />

o Arcadismo. A questão é: como trabalhar esses conteú<strong>do</strong>s alian<strong>do</strong> conhecimento histórico-literário ao prazer da leitura?<br />

Como tornar Gil Vicente e suas peças tão espirituosas algo agradável e interessante para os jovens <strong>do</strong> século XXI? Como<br />

seduzir o aluno com a beleza da épica <strong>de</strong> Luís <strong>de</strong> Camões e <strong>de</strong> seus sonetos <strong>de</strong> amor? Essa comunicação preten<strong>de</strong> colocar<br />

em discussão algumas i<strong>de</strong>ias que po<strong>de</strong>m ser trabalhadas em sala <strong>de</strong> aula, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a aproximar o aluno <strong>do</strong> universo literário,<br />

sem comprometer o programa obrigatório e sem tornar a literatura algo tão distante e frio como se fizesse parte apenas<br />

<strong>do</strong>s livros didáticos e não da natureza humana.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO MÉDIO, LITERATURA, LEITURA<br />

TÍTULO: MESURAS FRAUDULENTAS: A ARTE DE UNIR LÉ COM CRÉ<br />

AUTOR(ES): LEANDRO ROGÉRIO AMICI<br />

RESUMO: O presente artigo tem como temas centrais as discussões sobre o processo <strong>de</strong> leitura na sala <strong>de</strong> aula <strong>do</strong> professor<br />

<strong>de</strong> Língua Portuguesa e sua complexa dialética com o fazer <strong>do</strong>cente. Demilitar-se-á à ocorrência da contrastação<br />

<strong>de</strong> práticas educacionais limita<strong>do</strong>ras e <strong>de</strong>sejadas, em um corpus <strong>de</strong> ações leitoras e pedagógicas. Haja vista que a teoria e a<br />

prática caminham juntas, estão intrinsecamente ligadas e caracterizam-se pela tría<strong>de</strong> ação/reflexão/ação (FREIRE, 1986),<br />

esta que possui extrema importância na formação <strong>do</strong> professor. Os elementos teoria e prática configuram, na formação<br />

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