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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Ensino <strong>de</strong> Língua e Literatura<br />

ensino, <strong>de</strong>ntre outras notícias pouco anima<strong>do</strong>ras sobre a escola. Nesse contexto, abordar o texto literário em sala <strong>de</strong> aula<br />

tem si<strong>do</strong> um <strong>de</strong>safio ao professor nos tempos atuais. Questões como a ausência <strong>de</strong> fundamentação teórica na formação <strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>cente, aliada à falta <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logia a<strong>de</strong>quada para o trabalho com literatura, além <strong>do</strong>s problemas referencia<strong>do</strong>s, fazem<br />

com que o trabalho com o texto literário seja executa<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma insatisfatória. A escolha <strong>de</strong> uma prática <strong>de</strong> abordagem<br />

geralmente acontece a partir <strong>do</strong> que está disponível no livro didático. Poucas são as leituras encaminhadas para o estabelecimento<br />

<strong>de</strong> contrapontos com a realida<strong>de</strong> <strong>do</strong> aluno e com assuntos que o intrigam ou o seduzem. Há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />

<strong>de</strong>monstrar que o texto literário po<strong>de</strong> ser aborda<strong>do</strong> numa dinâmica que estimule a participação <strong>do</strong>s discentes na construção<br />

<strong>do</strong> seu senti<strong>do</strong>, além <strong>de</strong> possibilitar a fruição <strong>do</strong> imaginário, característica inerente à literatura. Assim, esta comunicação tem<br />

por objetivo contribuir para a difusão <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> literatura, ten<strong>do</strong> em vista a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o professor<br />

conhecê-las e adaptá-las à realida<strong>de</strong> escolar, e assim proporcionar o tão almeja<strong>do</strong> diálogo entre leitores e livros.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LEITURA LITERÁRIA, METODOLOGIA DE ENSINO, REALIDADE ESCOLAR<br />

TÍTULO: DA NECESSIDADE DA FORMAÇÃO CONTINUADA: A VOZ DO PROFESSOR<br />

AUTOR(ES): ELY ALVES MIGUEL<br />

RESUMO: Este trabalho apresenta consi<strong>de</strong>rações sobre um projeto <strong>de</strong> formação continuada <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> “Texto e Ensino:<br />

uma proposta envolven<strong>do</strong> os gêneros textuais e os mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> organização <strong>do</strong> discurso”, <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> no CEFAPRO<br />

(Centro <strong>de</strong> Formação e Atualização <strong>do</strong>s Profissionais da Educação Básica) <strong>de</strong> Juara – MT. Seu principal objetivo foi oportunizar<br />

aos <strong>do</strong>centes reflexões para melhoria <strong>de</strong> suas práticas pedagógicas a partir <strong>de</strong> discussões sobre a importância <strong>do</strong><br />

texto no ensino <strong>de</strong> língua materna e <strong>de</strong> concepções como “gêneros textuais” e “mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> organização <strong>do</strong> discurso”, dada<br />

sua recorrência na literatura atual e nos livros didáticos, um <strong>do</strong>s principais referenciais <strong>do</strong>s conceitos a serem ensina<strong>do</strong>s<br />

nas escolas. Para orientar o trabalho, partimos da aplicação <strong>de</strong> um questionário sobre texto, gêneros textuais, mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

organização <strong>do</strong> discurso, bem como sobre a importância <strong>do</strong> texto como unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino e a perspectiva a<strong>do</strong>tada pelos<br />

PCN (1998) em relação aos gêneros que o aluno precisa <strong>do</strong>minar para garantir sua participação nas práticas sociais. A<br />

análise das respostas revelou certa instabilida<strong>de</strong> conceitual <strong>do</strong>s termos apresenta<strong>do</strong>s. Por essa razão, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> gêneros<br />

textuais como “várias espécies <strong>de</strong> textos com os quais temos contato no dia-a-dia”, até exemplificações <strong>do</strong> tipo “narrativo,<br />

discursivo, <strong>de</strong>scritivo, informativo, crônica, propaganda, cor<strong>de</strong>l, poemas, ane<strong>do</strong>tas, etc.”, além <strong>de</strong> oscilações quanto aos<br />

mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> organização <strong>do</strong> discurso <strong>de</strong>monstraram a falta <strong>de</strong> clareza <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes em relação a esses conceitos. Em nossas<br />

reflexões, apoiamo-nos em teóricos como CUNHA (2005), MARCUSCHI (2005), AZEREDO (2006), PINILLA, COS-<br />

TA e OLIVEIRA (2006), COROA (2008). Ao final <strong>do</strong> módulo percebemos que, embora tenhamos realiza<strong>do</strong> um percurso<br />

significativo, as concepções <strong>do</strong>centes são dissonantes das perspectivas teóricas da atualida<strong>de</strong>, o que gera contradições entre<br />

o que se propõe nos currículos e a prática efetiva na sala <strong>de</strong> aula.<br />

PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO CONTINUADA, GÊNEROS TEXTUAIS, LÍNGUA MATERNA<br />

TÍTULO: CAPITU NARRADORA CONTEMPORÂNEA: REPRESENTAÇõES DE CAPITU POR ELA<br />

MESMA.<br />

AUTOR(ES): FABIANA DE PINHO<br />

RESUMO: O narra<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Dom Casmurro, em leituras possíveis, <strong>de</strong>seja provar a culpa <strong>de</strong> sua esposa. Assim, <strong>de</strong>senha uma<br />

menina/mulher Capitu como adúltera em potencial, dissimulada e diabólica. De acor<strong>do</strong> com Mary Del Priore,‘Capitu foi<br />

<strong>de</strong>scrita com to<strong>do</strong>s os ingredientes <strong>de</strong> um diabo <strong>de</strong> saias’’. Essa <strong>de</strong>scrição não foge às representações históricas nas quais<br />

as mulheres não só provocavam o mal, mas também seriam capazes <strong>de</strong> levar um homem à perdição. As representações<br />

femininas, construídas sob forte influência <strong>do</strong> patriarcalismo, estavam fortemente associadas à malignida<strong>de</strong> que precisaria<br />

ser <strong>do</strong>mesticada, sobretu<strong>do</strong> pelo mari<strong>do</strong>. A Capitu ambígua, vilã, vítima, uma discreta feminista antecessora <strong>do</strong> feminismo,<br />

com olhos <strong>de</strong> cigana oblíqua e dissimulada, inspirou autores <strong>do</strong> século seguinte a criar contos, romances, filmes e outras<br />

manifestações artísticas. Muitas <strong>de</strong>las foram criadas <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> advento <strong>do</strong> feminismo e da abordagem teórica <strong>de</strong> que feminilida<strong>de</strong>s<br />

e masculinida<strong>de</strong>s são construções históricas, portanto, variáveis. Pensan<strong>do</strong> no avanço das discussões sobre a<br />

re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> papéis masculinos e femininos e tentativas, inclusive teóricas, <strong>de</strong> <strong>de</strong>snaturalização das hierarquias <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r,<br />

preten<strong>de</strong>-se com este trabalho investigar em textos - como os contos Dez Libras Esterlinas, <strong>de</strong> Nilto Maciel, e Capitu: para<br />

que saber, <strong>de</strong> Lya Luft, - que dialogam com Dom Casmurro e cuja narração é conduzida por Capitu, e não mais por Bento<br />

Santigo, se ocorreram mudanças na representação da principal personagem feminina <strong>de</strong> Macha<strong>do</strong> <strong>de</strong> Assis. Bibliografia<br />

BOSI, Alfre<strong>do</strong>. Historia concisa da Literatura <strong>Brasil</strong>eira. São Paulo,Cultrix. 2004. FERNANDES, Rinal<strong>do</strong>. Capitu man<strong>do</strong>u<br />

flores. Sao Paulo, Geração editorial, 2008. SCHPREJER, Alberto.(org.).Quem e Capitu?.Rio <strong>de</strong> Janeiro. Nova Fronteira,<br />

2008. STEIN, Ingrid. Figuras femininas em Macha<strong>do</strong> <strong>de</strong> Assis.Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e Terra,1984.<br />

PALAVRAS-CHAVE: DOM CASMURRO, MULHER E LITERATURA, LITERATURA E FEMINISMO<br />

SESSÃO - ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA 9<br />

DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Centro <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Línguas - CEL - SALA: CEL 03<br />

TÍTULO: ENSINO DE TEXTOS ARGUMENTATIVOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA: CONTRIBUIÇõES<br />

DA LINGUISTICA TEXTUAL<br />

AUTOR(ES): FATIMA APARECIDA DE SOUZA MARUCI<br />

RESUMO: A presente pesquisa objetiva contribuir com as práticas <strong>do</strong> Professor <strong>de</strong> Língua Portuguesa no que<br />

diz respeito à elaboração <strong>de</strong> procedimentos <strong>de</strong> ensino ancora<strong>do</strong>s nas contribuições da Linguística Textual. Circunscreve<br />

seu campo investigativo ao estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s gêneros textuais, tratan<strong>do</strong> especificamente <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> textos<br />

argumentativos, entendi<strong>do</strong>s como objeto <strong>de</strong> ensino na Educação Básica, no âmbito <strong>do</strong> Ensino Médio. O refe-<br />

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