2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

2ª feira - Associação de Leitura do Brasil 2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

28.06.2013 Views

Ensino de Língua e Literatura TÍTULO: MEMÓRIA LEITURA IMAGINAÇÃO AUTOR(ES): DÉBORA RACY SOARES RESUMO: Em sentido lato, imaginação, antes de remeter à faculdade criativa, designa a capacidade de representar imagens. Também pode significar a aptidão para evocar imagens percebidas anteriormente. Assim, parece claro que falar em imaginação pressupõe considerar duas instâncias. A primeira delas relaciona-se à possibilidade de representação, portanto, à linguagem. A segunda mobiliza a memória através da linguagem. Poder-se-ia afirmar que a leitura, por sua vez, ocorre no entrecruzamento da memória e das imagens acionadas por essa mesma memória. Imagens re-vistas, re-lembradas ou imagens imaginárias, imaginadas, “transvistas” no ato da leitura? “Aquilo que sabemos que, em breve, já não teremos diante de nós torna-se imagem”, segundo o filósofo alemão Walter Benjamin. Desse modo, estamos atavicamente condenados à criação de imagens ao desejarmos reter, na memória, o desvanescente “aquilo”. O esforço da memória revela nossa percepção da fugacidade das coisas, isto é, a consciência aguda do tempo e da morte. Porém, de certa forma, como nos ensina Proust, o “real” precisa morrer para ressuscitar na memória. É como se, no caso do escritor à procura do tempo perdido, a memória só fosse possível pela via da imaginação. Ainda que a leitura possa mobilizar outros tempos e nos transportar – pela imaginação – a outras paragens, mesmo assim estamos situados no inevitável agora. Nessa perspectiva, a leitura aciona vários tempos simultaneamente, a cada virar de página. Encontrar o tempo da memória, na memória, convoca imagens em ação, em movimento. Se a memória e o esquecimento são como as duas faces de Jano, então, torna-se fundamental entender que virar páginas também pressupõe aceitar a possibilidade de páginas serem viradas, ou seja, esquecidas. Só assim, através do esquecimento, podemos lembrar, re-lembrar e imaginar. Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). PALAVRAS-CHAVE: MEMÓRIA, LEITURA, IMAGINAÇÃO SESSÃO - ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA 8 DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 16:00 as 17:00 horas LOCAL: Centro de Ensino de Línguas - CEL - SALA: CEL 10 TÍTULO: LÍNGUA E LITERATURA DE MÃOS DADAS: UM ESTUDO SOBRE OS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE NEOLOGISMOS PRESENTES NA LITERATURA POPULAR DE JESSIER QUIRINO AUTOR(ES): EDÊNIA DE FARIAS SOUZA RESUMO: O objeto de estudo deste trabalho é constituído pelos textos do livro Bandeira Nordestina(2006) do escritor Jessier Quirino. O referido livro reúne os chamados “causos“ por tratar-se das “matutices“ escritas pelo autor. São textos escritos em prosa e verso e dizem respeito a festas, relacionamentos, costumes, personagens e problemas socias relacionados ao Nordeste. Bandeira Nordestina, assim como toda a literatura popular, sempre esteve à margem em oposição à chamada literatura erudita, consumida pelos discentes no processo ensino-aprendizagem. Nesse sentido, propomos neste trabalho fazer uma ponte entre o ensino de língua e de literatura analisando os processos de formação de neologismos contidos em seus textos contribuindo para uma prática pedagógica mais dinâmica e prazerosa no tocante ao estudo da lingua(gem), em sala de aula, questão de grande importância que precisa ser (re) avaliada constantemente, pois é ela que vai determinar a produtividade ou improdutividade do processo ensino-aprendizagem e, ainda, apontando para a necessidade de aproximar o aluno adolescente do universo da cultura popular nordestina. Acreditamos que oferecer o contato direto com esse tipo de literatura possibilita o desenvolvimento da concepção de que a língua é, por natureza, social e reflete os usos de linguagem desempenhados por seus falantes, sujeitos históricos que interagem uns com os outros. PALAVRAS-CHAVE: LINGUA(GEM), NEOLOGISMO, LITERATURA POPULAR TÍTULO: LEITURA DO IMAGINÁRIO NA POESIA LÍRICA: UMA VIAGEM NA BARCA DE CARONTE COM PEDRO TAMEN AUTOR(ES): EDUARDO OLIVEIRA ZANINI RESUMO: A presente proposta pretende abordar alguns poemas do livro Guião de Caronte, publicado em 1997 pelo português Pedro Tamen, partindo da concepção de leitura de poesia guiada por significações simbólicas sugeridas pelo texto. Esse processo de leitura decorre da particularidade da linguagem poética de não se estruturar unicamente através da representação direta da realidade empírica – pelo contrário, sua especificidade baseia-se, dentre outros elementos, na construção de uma instância simbólica. No caso específico dos poemas de Guião de Caronte, percebe-se o desenvolvimento de seu tema central (o além-vida) utilizando-se de uma concepção mítica corrente durante a Antiguidade e hoje em desuso. Trata-se da figura de Caronte, barqueiro responsável pela condução dos vivos ao mundo dos mortos sobre as águas dos rios do além. Essa concepção clássica, contudo, vem matizada por outras configurações mais modernas e mais subjetivas do tema, exigindo do estudante uma leitura apurada do texto como um entrecruzamento de perspectivas. O estudo da tensão entre concepções distintas e simultâneas do além-vida pode gerar reflexões não apenas filosóficas, mas também culturais e linguísticas. Nesse contexto, cabe ao educador construir junto aos alunos uma compreensão das imagens e concepções metafísicas no texto lírico, partindo do aspecto temático, a fim de capturar a atenção do jovem, e avançando na compreensão da formalização literária do poema. PALAVRAS-CHAVE: ENSINO DE LITERATURA, POESIA LÍRICA, PEDRO TAMEN TÍTULO: ABORDAGEM DO TEXTO LITERÁRIO NA SALA DE AULA: PROPOSTAS PARA REFLEXõES AUTOR(ES): ELBA POMA LOURENÇO RESUMO: O sistema educacional brasileiro tem se mostrado nas últimas colocações em todas as pesquisas mundiais sobre leitura e qualidade de ensino. Ao ligarmos a televisão, lermos os jornais, navegarmos em sites de notícias pela Internet, somos bombardeados com informações que demonstram constante insatisfação de toda a sociedade com a qualidade do 114

Ensino de Língua e Literatura ensino, dentre outras notícias pouco animadoras sobre a escola. Nesse contexto, abordar o texto literário em sala de aula tem sido um desafio ao professor nos tempos atuais. Questões como a ausência de fundamentação teórica na formação do docente, aliada à falta de metodologia adequada para o trabalho com literatura, além dos problemas referenciados, fazem com que o trabalho com o texto literário seja executado de forma insatisfatória. A escolha de uma prática de abordagem geralmente acontece a partir do que está disponível no livro didático. Poucas são as leituras encaminhadas para o estabelecimento de contrapontos com a realidade do aluno e com assuntos que o intrigam ou o seduzem. Há a necessidade de se demonstrar que o texto literário pode ser abordado numa dinâmica que estimule a participação dos discentes na construção do seu sentido, além de possibilitar a fruição do imaginário, característica inerente à literatura. Assim, esta comunicação tem por objetivo contribuir para a difusão de metodologias de ensino de literatura, tendo em vista a necessidade de o professor conhecê-las e adaptá-las à realidade escolar, e assim proporcionar o tão almejado diálogo entre leitores e livros. PALAVRAS-CHAVE: LEITURA LITERÁRIA, METODOLOGIA DE ENSINO, REALIDADE ESCOLAR TÍTULO: DA NECESSIDADE DA FORMAÇÃO CONTINUADA: A VOZ DO PROFESSOR AUTOR(ES): ELY ALVES MIGUEL RESUMO: Este trabalho apresenta considerações sobre um projeto de formação continuada denominado “Texto e Ensino: uma proposta envolvendo os gêneros textuais e os modos de organização do discurso”, desenvolvido no CEFAPRO (Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica) de Juara – MT. Seu principal objetivo foi oportunizar aos docentes reflexões para melhoria de suas práticas pedagógicas a partir de discussões sobre a importância do texto no ensino de língua materna e de concepções como “gêneros textuais” e “modos de organização do discurso”, dada sua recorrência na literatura atual e nos livros didáticos, um dos principais referenciais dos conceitos a serem ensinados nas escolas. Para orientar o trabalho, partimos da aplicação de um questionário sobre texto, gêneros textuais, modos de organização do discurso, bem como sobre a importância do texto como unidade de ensino e a perspectiva adotada pelos PCN (1998) em relação aos gêneros que o aluno precisa dominar para garantir sua participação nas práticas sociais. A análise das respostas revelou certa instabilidade conceitual dos termos apresentados. Por essa razão, a definição de gêneros textuais como “várias espécies de textos com os quais temos contato no dia-a-dia”, até exemplificações do tipo “narrativo, discursivo, descritivo, informativo, crônica, propaganda, cordel, poemas, anedotas, etc.”, além de oscilações quanto aos modos de organização do discurso demonstraram a falta de clareza dos docentes em relação a esses conceitos. Em nossas reflexões, apoiamo-nos em teóricos como CUNHA (2005), MARCUSCHI (2005), AZEREDO (2006), PINILLA, COS- TA e OLIVEIRA (2006), COROA (2008). Ao final do módulo percebemos que, embora tenhamos realizado um percurso significativo, as concepções docentes são dissonantes das perspectivas teóricas da atualidade, o que gera contradições entre o que se propõe nos currículos e a prática efetiva na sala de aula. PALAVRAS-CHAVE: FORMAÇÃO CONTINUADA, GÊNEROS TEXTUAIS, LÍNGUA MATERNA TÍTULO: CAPITU NARRADORA CONTEMPORÂNEA: REPRESENTAÇõES DE CAPITU POR ELA MESMA. AUTOR(ES): FABIANA DE PINHO RESUMO: O narrador de Dom Casmurro, em leituras possíveis, deseja provar a culpa de sua esposa. Assim, desenha uma menina/mulher Capitu como adúltera em potencial, dissimulada e diabólica. De acordo com Mary Del Priore,‘Capitu foi descrita com todos os ingredientes de um diabo de saias’’. Essa descrição não foge às representações históricas nas quais as mulheres não só provocavam o mal, mas também seriam capazes de levar um homem à perdição. As representações femininas, construídas sob forte influência do patriarcalismo, estavam fortemente associadas à malignidade que precisaria ser domesticada, sobretudo pelo marido. A Capitu ambígua, vilã, vítima, uma discreta feminista antecessora do feminismo, com olhos de cigana oblíqua e dissimulada, inspirou autores do século seguinte a criar contos, romances, filmes e outras manifestações artísticas. Muitas delas foram criadas depois do advento do feminismo e da abordagem teórica de que feminilidades e masculinidades são construções históricas, portanto, variáveis. Pensando no avanço das discussões sobre a redefinição de papéis masculinos e femininos e tentativas, inclusive teóricas, de desnaturalização das hierarquias de poder, pretende-se com este trabalho investigar em textos - como os contos Dez Libras Esterlinas, de Nilto Maciel, e Capitu: para que saber, de Lya Luft, - que dialogam com Dom Casmurro e cuja narração é conduzida por Capitu, e não mais por Bento Santigo, se ocorreram mudanças na representação da principal personagem feminina de Machado de Assis. Bibliografia BOSI, Alfredo. Historia concisa da Literatura Brasileira. São Paulo,Cultrix. 2004. FERNANDES, Rinaldo. Capitu mandou flores. Sao Paulo, Geração editorial, 2008. SCHPREJER, Alberto.(org.).Quem e Capitu?.Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 2008. STEIN, Ingrid. Figuras femininas em Machado de Assis.Rio de Janeiro, Paz e Terra,1984. PALAVRAS-CHAVE: DOM CASMURRO, MULHER E LITERATURA, LITERATURA E FEMINISMO SESSÃO - ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA 9 DIA: 22/07/2009 - Quarta-Feira – das 14:00 as 15:00 horas LOCAL: Centro de Ensino de Línguas - CEL - SALA: CEL 03 TÍTULO: ENSINO DE TEXTOS ARGUMENTATIVOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA: CONTRIBUIÇõES DA LINGUISTICA TEXTUAL AUTOR(ES): FATIMA APARECIDA DE SOUZA MARUCI RESUMO: A presente pesquisa objetiva contribuir com as práticas do Professor de Língua Portuguesa no que diz respeito à elaboração de procedimentos de ensino ancorados nas contribuições da Linguística Textual. Circunscreve seu campo investigativo ao estudo dos gêneros textuais, tratando especificamente do estudo de textos argumentativos, entendidos como objeto de ensino na Educação Básica, no âmbito do Ensino Médio. O refe- 115

Ensino <strong>de</strong> Língua e Literatura<br />

TÍTULO: MEMÓRIA LEITURA IMAGINAÇÃO<br />

AUTOR(ES): DÉBORA RACY SOARES<br />

RESUMO: Em senti<strong>do</strong> lato, imaginação, antes <strong>de</strong> remeter à faculda<strong>de</strong> criativa, <strong>de</strong>signa a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> representar imagens.<br />

Também po<strong>de</strong> significar a aptidão para evocar imagens percebidas anteriormente. Assim, parece claro que falar em<br />

imaginação pressupõe consi<strong>de</strong>rar duas instâncias. A primeira <strong>de</strong>las relaciona-se à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> representação, portanto,<br />

à linguagem. A segunda mobiliza a memória através da linguagem. Po<strong>de</strong>r-se-ia afirmar que a leitura, por sua vez, ocorre<br />

no entrecruzamento da memória e das imagens acionadas por essa mesma memória. Imagens re-vistas, re-lembradas ou<br />

imagens imaginárias, imaginadas, “transvistas” no ato da leitura? “Aquilo que sabemos que, em breve, já não teremos diante<br />

<strong>de</strong> nós torna-se imagem”, segun<strong>do</strong> o filósofo alemão Walter Benjamin. Desse mo<strong>do</strong>, estamos atavicamente con<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s à<br />

criação <strong>de</strong> imagens ao <strong>de</strong>sejarmos reter, na memória, o <strong>de</strong>svanescente “aquilo”. O esforço da memória revela nossa percepção<br />

da fugacida<strong>de</strong> das coisas, isto é, a consciência aguda <strong>do</strong> tempo e da morte. Porém, <strong>de</strong> certa forma, como nos ensina<br />

Proust, o “real” precisa morrer para ressuscitar na memória. É como se, no caso <strong>do</strong> escritor à procura <strong>do</strong> tempo perdi<strong>do</strong>,<br />

a memória só fosse possível pela via da imaginação. Ainda que a leitura possa mobilizar outros tempos e nos transportar –<br />

pela imaginação – a outras paragens, mesmo assim estamos situa<strong>do</strong>s no inevitável agora. Nessa perspectiva, a leitura aciona<br />

vários tempos simultaneamente, a cada virar <strong>de</strong> página. Encontrar o tempo da memória, na memória, convoca imagens<br />

em ação, em movimento. Se a memória e o esquecimento são como as duas faces <strong>de</strong> Jano, então, torna-se fundamental enten<strong>de</strong>r<br />

que virar páginas também pressupõe aceitar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> páginas serem viradas, ou seja, esquecidas. Só assim,<br />

através <strong>do</strong> esquecimento, po<strong>de</strong>mos lembrar, re-lembrar e imaginar. Apoio: Fundação <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

São Paulo (FAPESP).<br />

PALAVRAS-CHAVE: MEMÓRIA, LEITURA, IMAGINAÇÃO<br />

SESSÃO - ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA 8<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 16:00 as 17:00 horas<br />

LOCAL: Centro <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Línguas - CEL - SALA: CEL 10<br />

TÍTULO: LÍNGUA E LITERATURA DE MÃOS DADAS: UM ESTUDO SOBRE OS PROCESSOS DE<br />

FORMAÇÃO DE NEOLOGISMOS PRESENTES NA LITERATURA POPULAR DE JESSIER QUIRINO<br />

AUTOR(ES): EDÊNIA DE FARIAS SOUZA<br />

RESUMO: O objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste trabalho é constituí<strong>do</strong> pelos textos <strong>do</strong> livro Ban<strong>de</strong>ira Nor<strong>de</strong>stina(2006) <strong>do</strong> escritor<br />

Jessier Quirino. O referi<strong>do</strong> livro reúne os chama<strong>do</strong>s “causos“ por tratar-se das “matutices“ escritas pelo autor. São textos<br />

escritos em prosa e verso e dizem respeito a festas, relacionamentos, costumes, personagens e problemas socias relaciona<strong>do</strong>s<br />

ao Nor<strong>de</strong>ste. Ban<strong>de</strong>ira Nor<strong>de</strong>stina, assim como toda a literatura popular, sempre esteve à margem em oposição à<br />

chamada literatura erudita, consumida pelos discentes no processo ensino-aprendizagem. Nesse senti<strong>do</strong>, propomos neste<br />

trabalho fazer uma ponte entre o ensino <strong>de</strong> língua e <strong>de</strong> literatura analisan<strong>do</strong> os processos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> neologismos<br />

conti<strong>do</strong>s em seus textos contribuin<strong>do</strong> para uma prática pedagógica mais dinâmica e prazerosa no tocante ao estu<strong>do</strong> da<br />

lingua(gem), em sala <strong>de</strong> aula, questão <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância que precisa ser (re) avaliada constantemente, pois é ela que vai<br />

<strong>de</strong>terminar a produtivida<strong>de</strong> ou improdutivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> processo ensino-aprendizagem e, ainda, apontan<strong>do</strong> para a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aproximar o aluno a<strong>do</strong>lescente <strong>do</strong> universo da cultura popular nor<strong>de</strong>stina. Acreditamos que oferecer o contato direto<br />

com esse tipo <strong>de</strong> literatura possibilita o <strong>de</strong>senvolvimento da concepção <strong>de</strong> que a língua é, por natureza, social e reflete os<br />

usos <strong>de</strong> linguagem <strong>de</strong>sempenha<strong>do</strong>s por seus falantes, sujeitos históricos que interagem uns com os outros.<br />

PALAVRAS-CHAVE: LINGUA(GEM), NEOLOGISMO, LITERATURA POPULAR<br />

TÍTULO: LEITURA DO IMAGINÁRIO NA POESIA LÍRICA: UMA VIAGEM NA BARCA DE CARONTE<br />

COM PEDRO TAMEN<br />

AUTOR(ES): EDUARDO OLIVEIRA ZANINI<br />

RESUMO: A presente proposta preten<strong>de</strong> abordar alguns poemas <strong>do</strong> livro Guião <strong>de</strong> Caronte, publica<strong>do</strong> em 1997 pelo português<br />

Pedro Tamen, partin<strong>do</strong> da concepção <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> poesia guiada por significações simbólicas sugeridas pelo texto. Esse<br />

processo <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong>corre da particularida<strong>de</strong> da linguagem poética <strong>de</strong> não se estruturar unicamente através da representação<br />

direta da realida<strong>de</strong> empírica – pelo contrário, sua especificida<strong>de</strong> baseia-se, <strong>de</strong>ntre outros elementos, na construção <strong>de</strong> uma<br />

instância simbólica. No caso específico <strong>do</strong>s poemas <strong>de</strong> Guião <strong>de</strong> Caronte, percebe-se o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> seu tema central<br />

(o além-vida) utilizan<strong>do</strong>-se <strong>de</strong> uma concepção mítica corrente durante a Antiguida<strong>de</strong> e hoje em <strong>de</strong>suso. Trata-se da figura <strong>de</strong><br />

Caronte, barqueiro responsável pela condução <strong>do</strong>s vivos ao mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s mortos sobre as águas <strong>do</strong>s rios <strong>do</strong> além. Essa concepção<br />

clássica, contu<strong>do</strong>, vem matizada por outras configurações mais mo<strong>de</strong>rnas e mais subjetivas <strong>do</strong> tema, exigin<strong>do</strong> <strong>do</strong> estudante<br />

uma leitura apurada <strong>do</strong> texto como um entrecruzamento <strong>de</strong> perspectivas. O estu<strong>do</strong> da tensão entre concepções distintas e<br />

simultâneas <strong>do</strong> além-vida po<strong>de</strong> gerar reflexões não apenas filosóficas, mas também culturais e linguísticas. Nesse contexto,<br />

cabe ao educa<strong>do</strong>r construir junto aos alunos uma compreensão das imagens e concepções metafísicas no texto lírico, partin<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> aspecto temático, a fim <strong>de</strong> capturar a atenção <strong>do</strong> jovem, e avançan<strong>do</strong> na compreensão da formalização literária <strong>do</strong> poema.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO DE LITERATURA, POESIA LÍRICA, PEDRO TAMEN<br />

TÍTULO: ABORDAGEM DO TEXTO LITERÁRIO NA SALA DE AULA: PROPOSTAS PARA<br />

REFLEXõES<br />

AUTOR(ES): ELBA POMA LOURENÇO<br />

RESUMO: O sistema educacional brasileiro tem se mostra<strong>do</strong> nas últimas colocações em todas as pesquisas mundiais sobre<br />

leitura e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino. Ao ligarmos a televisão, lermos os jornais, navegarmos em sites <strong>de</strong> notícias pela Internet,<br />

somos bombar<strong>de</strong>a<strong>do</strong>s com informações que <strong>de</strong>monstram constante insatisfação <strong>de</strong> toda a socieda<strong>de</strong> com a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

114

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!