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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Ensino <strong>de</strong> Língua e Literatura<br />

po<strong>de</strong> contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> aluno como produtor <strong>de</strong> textos? A pesquisa motiva-se<br />

pela constatação <strong>de</strong> que gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s alunos que concluem o ensino médio da re<strong>de</strong> pública estadual, segun<strong>do</strong><br />

da<strong>do</strong>s oficiais e observação in loco, não <strong>do</strong>mina um conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e competências relaciona<strong>do</strong>s<br />

aos procedimentos <strong>de</strong> leitura e escrita, compatíveis com seu perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>. Para respon<strong>de</strong>r à questão,<br />

busca-se embasamento nos recentes estu<strong>do</strong>s em Linguística Textual sobre texto, articulação textual, coesão e coerência.<br />

Comparam-se a prática tradicional vigente e as atuais tendências <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> Língua Portuguesa, contempladas nos<br />

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN 1998) e nos Conteú<strong>do</strong>s Básicos Comuns (CBC 2008) <strong>de</strong> Língua Portuguesa,<br />

que orientam para o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s gêneros textuais, apresenta<strong>do</strong>s em textos, como unida<strong>de</strong>s organiza<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> ensino e da<br />

aprendizagem da língua. Segue-se o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> experimentos antes – <strong>de</strong>pois, com <strong>do</strong>is grupos <strong>de</strong> alunos, pertencentes a<br />

duas turmas distintas: uma funciona como grupo <strong>de</strong> controle, escreven<strong>do</strong> um artigo sem participar das oficinas; a outra<br />

realiza a sequência didática. O corpus <strong>de</strong> análise compõe-se <strong>do</strong>s textos produzi<strong>do</strong>s por ambos os grupos, segmenta<strong>do</strong>s<br />

em proposições, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a examinar os usos <strong>do</strong>s elementos articula<strong>do</strong>res e os aspectos próprios <strong>do</strong> artigo <strong>de</strong> opinião.<br />

Ao final, são confronta<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, quantitativos e qualitativos, submeti<strong>do</strong>s a uma reflexão sobre o que po<strong>de</strong>m<br />

indicar, ten<strong>do</strong> em vista a questão levantada.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ELEMENTOS ARTICULADORES, SEQUÊNCIA DIDÁTICA, ENSINO MÉDIO<br />

TÍTULO: O QUE É SER PROFESSOR DE LITERATURA?<br />

AUTOR(ES): ANA PAULA BELOMO CASTANHO<br />

RESUMO: O que é ser professor <strong>de</strong> literatura? A partir <strong>do</strong>s anos 80, disseminaram-se no <strong>Brasil</strong> pesquisas envolven<strong>do</strong><br />

o ensino da literatura nas escolas. Várias publicações <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> tornaram-se leitura indispensável aos interessa<strong>do</strong>s pelo<br />

assunto. As últimas décadas, em especial, tornaram-se palco <strong>de</strong> um significativo crescimento das discussões acerca da escolarização<br />

da literatura e <strong>de</strong> suas consequências na formação <strong>do</strong> leitor. Ressalta-se que no momento em que se intensificam<br />

<strong>de</strong>bates a respeito da importância da literatura e da ficção para o <strong>de</strong>senvolvimento integral <strong>do</strong> ser humano, intensifica-se<br />

também a busca por alternativas que amenizem a oposição entre literatura e escola. Entretanto, o enfoque, quase sempre,<br />

está na meto<strong>do</strong>logia a<strong>do</strong>tada pelo professor e na busca por alternativas que amenizem o problema. Enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> que toda<br />

e qualquer meto<strong>do</strong>logia é precedida <strong>de</strong> uma concepção <strong>de</strong> literatura, este trabalho busca apresentar alguns saberes essenciais<br />

pertinentes ao professor. O objetivo, portanto, é o <strong>de</strong> contribuir para o mapeamento <strong>de</strong> alguns possíveis caminhos,<br />

ou saberes, que fundamentem o professor em sua atuação e o auxilie na escolha <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s. O trabalho partirá <strong>de</strong> quatro<br />

indagações: O que é literatura? Para que ensiná-la? Como ensiná-la? Como concebê-la na formação <strong>do</strong> professor?. As<br />

reflexões serão cuida<strong>do</strong>samente construídas a partir das perspectivas <strong>de</strong> estudiosos como Antonio Candi<strong>do</strong>, Carlos Ceia,<br />

Nelly Novaes Coelho, José Luiz Fiorin, Marisa Lajolo, Ril<strong>do</strong> Cosson, Daniel Pennac e Edgar Morin. Tais concepções ora se<br />

aproximam ora se distanciam uma das outras, o que possibilitará uma reflexão rica <strong>do</strong>s caminhos a serem traça<strong>do</strong>s.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ENSINO DE LITERATURA, PERFIL DO PROFESSOR, SABERES ESSENCIAIS<br />

TÍTULO: ESTRATÉGIAS DE PRESERVAÇÃO DA FACE EM SALA DE AULA.<br />

AUTOR(ES): ANA PAULA DIAS<br />

RESUMO: Em qualquer forma <strong>de</strong> interação verbal, aquele que ocupa a posição <strong>de</strong> falante tem a consciência <strong>de</strong> que está<br />

numa posição vulnerável, pois corre o risco <strong>de</strong> ser interrompi<strong>do</strong> ou sofrer objeções. Por isso mesmo, ele procura controlar<br />

(monitorar) suas próprias palavras, assim como as palavras e reações <strong>do</strong>s interlocutores. Com esse procedimento, o falante<br />

procura manter a situação <strong>de</strong> equilíbrio precário que se instaura no processo interacional. Uma das formas <strong>de</strong> manter esse<br />

equilíbrio é construir uma auto-imagem pública <strong>de</strong> si mesmo, na qual se evi<strong>de</strong>nciem os traços positivos e se ocultem os<br />

traços negativos. Da mesma forma, o falante busca resguardar a imagem <strong>do</strong>s interlocutores, evitan<strong>do</strong> aquilo que possa<br />

ser toma<strong>do</strong> por invasivo ou compromete<strong>do</strong>r. A essa imagem os estudiosos atribuem o nome <strong>de</strong> persona (Jung) e face<br />

(Goffman). O conceito <strong>de</strong> face foi caracteriza<strong>do</strong> por Goffman (1970) <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> cada<br />

interactante <strong>de</strong> uma conversação. Ele estu<strong>do</strong>u procedimentos <strong>de</strong> preservação da face, pois, para ele, quan<strong>do</strong> se entra em<br />

contato com o outro, tem-se a preocupação <strong>de</strong> preservar a auto-imagem pública. A essa auto-imagem, Goffman dá o nome<br />

<strong>de</strong> face. No contexto da sala <strong>de</strong> aula não é diferente, pois ameaças po<strong>de</strong>m ocorrer <strong>de</strong> maneiras diversas como: o professor<br />

ameaçan<strong>do</strong> sua própria face; o professor ameaçan<strong>do</strong> a face <strong>de</strong> um aluno; o professor ameaçan<strong>do</strong> a face <strong>do</strong>s alunos como<br />

um to<strong>do</strong>; um aluno ameaçan<strong>do</strong> a face <strong>do</strong> professor; os alunos como um to<strong>do</strong> (a classe) ameaçan<strong>do</strong> a face <strong>do</strong> professor;<br />

um aluno ameaçan<strong>do</strong> a face <strong>de</strong> outro aluno. Assim, observamos neste trabalho quais procedimentos são utiliza<strong>do</strong>s por<br />

professores e alunos para preservarem suas faces durante as aulas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: INTERAÇÃO, PRESEVAÇÃO DAS FACES, IMAGEM<br />

TÍTULO: OS DOCENTES E A PRÁTICA DO ENSINO DA ESCRITA: TENSõES ENTRE UNIVERSIDADE<br />

E ESCOLA<br />

AUTOR(ES): ANATULA DA SILVA AXIOTELIS<br />

RESUMO: Este trabalho é um <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento <strong>do</strong> artigo “Indica<strong>do</strong>res objetivos <strong>de</strong> novas práticas no ensino <strong>de</strong> redação:<br />

indícios <strong>de</strong> uma mudança?“, apresenta<strong>do</strong> no 16º Cole. Tal artigo buscou investigar que consequências ocorreram no<br />

ensino <strong>de</strong> produção textual no Ensino Médio <strong>de</strong>pois da introdução da prova <strong>de</strong> redação no vestibular da UFRJ, há duas<br />

décadas. Algumas hipóteses pu<strong>de</strong>ram ser confirmadas: o ensino <strong>de</strong> redação ganhou mais espaço na gra<strong>de</strong> curricular;<br />

os professores passaram a produzir material didático específico e a dar um dimensionamento teórico-prático para as<br />

aulas. Além disso, houve tanto um aumento da produção textual quanto a melhora <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> das redações, mesmo<br />

nas escolas <strong>de</strong> baixo investimento pedagógico. Todas essas mudanças ocorreram em função <strong>de</strong> tornar os alunos mais<br />

competitivos no vestibular, o que significa dizer que, no geral, a prática <strong>de</strong> produção textual no Ensino Médio costuma<br />

limitar-se a um treinamento para escrever uma redação <strong>de</strong> vestibular nos mol<strong>de</strong>s exigi<strong>do</strong>s. Se reconhecemos que houve<br />

melhora, também po<strong>de</strong>mos nos perguntar quais os limites <strong>de</strong>sse progresso: até que ponto o objetivo <strong>de</strong> se alcançar um<br />

bom <strong>de</strong>sempenho no vestibular limita o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> senso crítico <strong>do</strong> aluno e inibe sua subjetivida<strong>de</strong>? Como é<br />

tratada a interlocução, o encontro entre o autor e o leitor? A aula <strong>de</strong> redação é uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção ou <strong>de</strong> reprodução?<br />

O ato <strong>de</strong> escrever po<strong>de</strong> ser encara<strong>do</strong> como sinônimo <strong>de</strong> redigir uma redação <strong>de</strong> vestibular? Em busca <strong>de</strong> respostas a<br />

essas questões, nosso grupo <strong>de</strong> pesquisa, filia<strong>do</strong> ao LEDUC - Laboratório <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Linguagem, <strong>Leitura</strong>, Escrita e<br />

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