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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Educação, Políticas Públicas e Pessoas com Deficiência<br />

<strong>de</strong> controle e regulação da vida da população. Meu objetivo principal é o <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r como as formas <strong>de</strong> governamento<br />

e biopolítica operam na vida <strong>do</strong>s indivíduos e da população como um to<strong>do</strong> e, <strong>de</strong>ssa maneira, os subjetivam<br />

a modificarem seu mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> pensar e agir sobre um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> assunto, conceito, tema etc. As análises <strong>do</strong>s textos<br />

das cartilhas indicam a intencionalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s mesmos em tornar os indivíduos responsáveis pelo cumprimento <strong>do</strong>s<br />

projetos <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> rebaixamento <strong>de</strong> calçadas até a instalação <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong>res com botoeira em Braille<br />

para orientar pessoas com <strong>de</strong>ficiência visual. Tais ações preconizadas pelas cartilhas, <strong>de</strong> certa forma, diminuem a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s governos, já que há um <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> compartilhamento <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s com a população em<br />

geral. A partir <strong>de</strong>ssas proposições, é possível refletir sobre os efeitos que essas ações trazem ao Esta<strong>do</strong>, na medida em<br />

que há, continuamente, um <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> suas responsabilida<strong>de</strong>s.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ACESSIBILIDADE, POPULAÇÃO, GOVERNAMENTO<br />

TÍTULO: PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO ESCOLAR: AS<br />

POLÍTICAS EDUCACIONAIS E O COTIDIANO DA SALA DE AULA.<br />

AUTOR(ES): SHIRLEY SILVA<br />

RESUMO: As políticas educacionais na área da atenção às pessoas com <strong>de</strong>ficiência, em termos <strong>de</strong> legislação e em suas<br />

operacionalizações nas diferentes esferas <strong>de</strong> governo, têm afirma<strong>do</strong> positivamente o direito à educação escolar. Além da<br />

afirmação <strong>do</strong> direito à educação escolar, afirma-se que o mesmo <strong>de</strong>va ocorrer nos espaços comuns <strong>de</strong> ensino. O direito<br />

à educação ultrapassa os muros das instituições-escola; quan<strong>do</strong> se trata da instituição-escola há proposições a serem<br />

<strong>de</strong>senvolvidas com os alunos e alunas - a produção <strong>de</strong> conhecimento e a construção <strong>de</strong> um cidadão/cidadã singular e<br />

coletivo/a. A construção da coletivida<strong>de</strong>, por vezes, tem si<strong>do</strong> traduzida como a produção da socialização entre os alunos<br />

e as alunas. A construção da singularida<strong>de</strong>, também por vezes, tem si<strong>do</strong> traduzida como as manifestações <strong>do</strong>s comportamentos<br />

<strong>do</strong>s mesmos alunos e alunas, alian<strong>do</strong>-se ainda com os contornos familiares. A produção <strong>de</strong> conhecimento<br />

com certeza tem si<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s objetivos mais diversos, em sua compreensão e em seu <strong>de</strong>senvolvimento. Como pensar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>stes princípios <strong>de</strong> uma instituição-escola com os alunos e alunas com <strong>de</strong>ficiência que compõem seu<br />

cotidiano? As professoras e os professores, o que pensam e como efetivam seu trabalho pedagógico com estes alunos<br />

e estas alunas? Na afirmação - o conhecimento permite aos homens e mulheres a efetivação <strong>de</strong> sua cidadania, estarão<br />

contempladas as pessoas com <strong>de</strong>ficiência? Este trabalho se propõe, assim, a apresentar um <strong>de</strong>bate a respeito da necessida<strong>de</strong><br />

emergente <strong>de</strong> se analisar as práticas educativas e a produção <strong>de</strong> conhecimento em <strong>de</strong>senvolvimento com os alunos<br />

e as alunas com <strong>de</strong>ficiência nas instituições-escola.<br />

PALAVRAS-CHAVE: POLÍTICA EDUCACIONAL, PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO<br />

ESCOLAR<br />

TÍTULO: EJA EM ATIBAIA - UMA EXPERIÊNCIA DE SUCESSO<br />

AUTOR(ES): SIMONE BACCI<br />

RESUMO: A EJA é um direito constitucional. Não se trata <strong>de</strong> chance, ajuda ou gratidão. Trata-se <strong>de</strong> oferecer escola<br />

pública <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> a jovens, adultos e i<strong>do</strong>sos que durante a época escolar estavam comprometi<strong>do</strong>s em outros afazeres,<br />

como por exemplo, o trabalho no campo. Para que os alunos <strong>de</strong> EJA permaneçam na escola e para que essa permanência<br />

seja <strong>de</strong> sucesso, é preciso acolhimento e tratamento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> aos alunos porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s especiais, levan<strong>do</strong> em<br />

consi<strong>de</strong>ração o processo <strong>de</strong> inclusão, bem como as necessida<strong>de</strong>s individuais <strong>de</strong> cada um e a evasão na EJA e nas turmas<br />

<strong>de</strong> PBA; <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com relatos <strong>do</strong>s gestores <strong>do</strong> PBA durante o encontro <strong>de</strong> Gestores que ocorreu em Brasília neste mês,<br />

a evasão escolar atinge cerca <strong>de</strong> 30% <strong>do</strong>s alunos matricula<strong>do</strong>s e esse movimento <strong>de</strong> entrada e saída <strong>de</strong> alunos está intimamente<br />

relaciona<strong>do</strong> ao trabalho, família, saú<strong>de</strong> etc. Em nosso município realizamos um estu<strong>do</strong> no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2004 - 2008,<br />

trabalhan<strong>do</strong> com levantamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s sobre frequência, evasão escolar, aprovação e reprovação nas turmas <strong>de</strong> EJA.<br />

Inicialmente, o índice <strong>de</strong> evasão escolar atingia cerca <strong>de</strong> 32% <strong>do</strong>s alunos. Após quatro anos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s e pesquisas com<br />

alunos e professores <strong>de</strong> EJA, algumas ações foram implantadas e hoje temos um índice <strong>de</strong> evasão <strong>de</strong> 16%, uma redução<br />

significativa, alcançada através da implantação <strong>de</strong> políticas públicas que visam o acesso e a permanência com sucesso <strong>do</strong>s<br />

alunos jovens, adultos e i<strong>do</strong>sos na escola.<br />

PALAVRAS-CHAVE: POLÍTICAS PÚBLICAS, EJA, EVASÃO ESCOLAR<br />

TÍTULO: ESTRANHOS NO NINHO: A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NA UNICAMP<br />

AUTOR(ES): SUSIE DE ARAUJO CAMPOS ALCOBA<br />

RESUMO: Este trabalho discute parte <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> pesquisa que investigou o mo<strong>do</strong> como os professores da Unicamp<br />

encaram as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alunos com <strong>de</strong>ficiência seguirem os cursos ofereci<strong>do</strong>s, visan<strong>do</strong> conhecer fatores, liga<strong>do</strong>s<br />

às atitu<strong>de</strong>s pessoais, que promovem ou dificultam a sua inclusão nesta universida<strong>de</strong>. Entrevistas abertas com trinta<br />

professores <strong>de</strong> todas as áreas <strong>de</strong> conhecimento mostraram gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> opiniões e situações na universida<strong>de</strong>,<br />

que foram discutidas a partir <strong>de</strong> um referencial multidisciplinar, buscan<strong>do</strong> dar-lhes uma perspectiva histórico-cultural.<br />

Apesar <strong>do</strong>s progressos em tornar a instituição mais acessível, o direito <strong>do</strong>s alunos com <strong>de</strong>ficiência terem as mesmas<br />

condições <strong>de</strong> participação nos cursos que os <strong>de</strong>mais ainda não é inteiramente garanti<strong>do</strong> e nem sempre compreendi<strong>do</strong>.<br />

Há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se superar a visão da <strong>de</strong>ficiência como limite incontornável, localiza<strong>do</strong> apenas na pessoa que a<br />

carrega, e o consequente cunho assistencialista que ainda subsiste em algumas posturas e ações relacionadas com elas.<br />

Foi possível perceber hesitação e insegurança em receber estudantes com <strong>de</strong>ficiência, <strong>de</strong>corrente da falta <strong>de</strong> experiência<br />

e contato prévio com esse tipo <strong>de</strong> aluno e <strong>do</strong> <strong>de</strong>sconhecimento <strong>do</strong>s apoios e adaptações possíveis ou já disponíveis na<br />

universida<strong>de</strong>. Os da<strong>do</strong>s também indicaram que é preciso vencer as resistências às diferenciações que os estudantes com<br />

<strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong>mandam, incentivan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma nova concepção geral <strong>do</strong> ensino na universida<strong>de</strong>, com<br />

ênfase na flexibilida<strong>de</strong> curricular. Embora esses alunos possam se sentir ou ainda sejam consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s como “estranhos<br />

no ninho“, os relatos mostraram a importância da presença <strong>de</strong>les para <strong>de</strong>safiar a universida<strong>de</strong> a buscar caminhos para<br />

transformar-se em um ambiente inclusivo e a necessida<strong>de</strong> da participação <strong>de</strong>sses estudantes na construção das condições<br />

propícias para o exercício <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> e autonomia.<br />

PALAVRAS-CHAVE: ALUNOS COM DEFICIÊNCIA, EDUCAÇÃO SUPERIOR, DIREITO À EDUCAÇÃO<br />

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