INTEGRIDADE E FUNCIONALIDADE DOS ... - Ainfo - Embrapa
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Revisão de Literatura 63<br />
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O plasma seminal tem o papel de promover a fertilidade agindo como<br />
diluidor e veículo para o espermatozóide e exercer um efeito estimulante sobre<br />
a motilidade. Além do simples efeito de diluição, essa ativação do<br />
espermatozóide é também devido à presença de substâncias específicas nas<br />
secreções das glândulas acessórias (MAXWELL & JOHNSON, 1999).<br />
Maxwell et al. (1999) encontraram que os espermatozóides ovinos<br />
congelados-descongelados e re-suspendidos em uma solução de 20% (v/v) de<br />
plasma seminal em PBS não exibiram a mesma capacitação precoce avaliada<br />
pelo teste da CTC que aqueles re-suspendidos somente em PBS e levaram a<br />
uma maior taxa de prenhez após a inseminação intracervical. Corroborando<br />
com esses achados Lausmann et al. (2004) também observaram que o plasma<br />
seminal adicionado ao sêmen ovino após a descongelação exerceu um efeito<br />
protetor sobre os espermatozóides prevenindo a reação acrossomal precoce. A<br />
redução na proporção de espermatozóides capacitados, indicando aumento da<br />
estabilização da membrana plasmática, após a adição do plasma seminal no<br />
meio de descongelação, levou Mortimer & Maxwell (2004) sugerirem que<br />
fatores presentes no plasma seminal seriam responsáveis por esse incremento.<br />
Peréz-Pé et al. (2001) avaliaram se as proteínas do plasma seminal<br />
associadas ou não a adição de ácidos graxos preveniam os danos provocados<br />
pelo choque de frio e se mantinham a viabilidade dos espermatozóides de<br />
carneiros. A adição das proteínas ao meio antes do tratamento de choque<br />
térmico teve efeito benéfico imediato sobre a sobrevivência espermática. Após<br />
o choque de frio a integridade de membrana que no sêmen in natura era de<br />
72% passou para 25% no grupo não tratado e para 41% para o grupo tratado<br />
com as proteínas do plasma seminal.<br />
Ollero et al. (1998a) identificaram, no sêmen bovino, maiores perdas de<br />
proteínas da membrana plasmática em espermatozóides congelados-<br />
descongelados expostos a substâncias com ação detergente que em<br />
espermatozóides não criopreservados submetidos ao mesmo tratamento.<br />
Segundo os autores, o incremento na quantidade de proteína extraída a partir<br />
dos espermatozóides criopreservados pode ser interpretado como resultado da<br />
injúria provocada pela criopreservação, a qual tornaria a membrana<br />
espermática mais sensível à ação do detergente.