INTEGRIDADE E FUNCIONALIDADE DOS ... - Ainfo - Embrapa
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Revisão de Literatura 34<br />
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processamento, desta forma parece que a avaliação da integridade da<br />
membrana plasmática poderia ser mais eficaz do que acessar a motilidade na<br />
avaliação da qualidade do sêmen (VALCÁRCEL et al., 1994).<br />
Após a descongelação do sêmen ovino, a integridade de membrana é<br />
drasticamente reduzida, enquanto que o efeito na motilidade não é tão<br />
evidente. A análise simultânea da integridade de membrana e a motilidade<br />
revelou a existência de uma grande população de espermatozóide com dano<br />
de membrana que se apresenta móvel imediatamente após a descongelação.<br />
Os espermatozóides com dano de membrana embora móveis, perdem<br />
rapidamente a motilidade dentro de poucas horas de incubação a 37 o C. Este<br />
resultado sugere que a porcentagem de espermatozóides intactos após a<br />
descongelação possa ser utilizada para predizer a manutenção de motilidade<br />
após oito horas a 37 o C (VALCÁRCEL et al., 1994).<br />
De acordo com Valcárcel et al. (1994), pelo menos 30% dos<br />
espermatozóides ovinos que mantêm a motilidade após congelação-<br />
descongelação têm lesão da membrana plasmática. Ollero et al. (1998b)<br />
observaram que após a refrigeração do sêmen ovino a viabilidade espermática<br />
e a resposta ao teste hiposmótico (HOS) diminuíram 75%, enquanto que a<br />
queda da motilidade não foi tão acentuada com 60% de células permanecendo<br />
móveis aos 5 o C. Entretanto, em relação a congelação e descongelação, os<br />
mesmos autores relataram alterações mais sérias que levaram a uma perda<br />
total da integridade de membrana além de uma baixa resposta ao teste HOS<br />
(3%). Morris et al. (2001) obtiveram 36,7% de integridade da membrana<br />
plasmática dos espermatozóides ovinos corados com Hoechst 33258 após a<br />
descongelação. Também analisando o efeito da criopreservação sobre os<br />
espermatozóides ovinos com o Hoechst 33258, Valcárcel et al. (1997)<br />
observaram claramente que a congelação-descongelação levou a um<br />
decréscimo da integridade da membrana plasmática (de 73% para 44%).<br />
A membrana plasmática é mais frágil que a membrana acrossomal<br />
externa e parece ser consideravelmente mais frágil que as membranas<br />
mitocondriais, sendo assim, sua preservação é o ponto mais crítico para o<br />
sucesso da criopreservação (HARRISON & VICKERS, 1990; VALCÁRCEL et<br />
al., 1997).