INTEGRIDADE E FUNCIONALIDADE DOS ... - Ainfo - Embrapa
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Revisão de Literatura 27<br />
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sido encontrada. Para Windsor (1997), a motilidade pós-descongelação,<br />
acessada subjetivamente ou objetivamente, não é necessariamente um bom<br />
indicador da função metabólica do sêmen. Eppleston & Maxwell (1995) por sua<br />
vez relataram não haver nenhuma correlação entre os parâmetros como<br />
motilidade, velocidade e linearidade mensuradas pela CASA no sêmen<br />
congelado de 97 carneiros e a fertilidade obtida por inseminações<br />
laparoscópicas de mais de 5000 ovelhas. Segundo esses autores ainda, o uso<br />
da CASA mostrou pouco benefício prático considerando o alto custo do<br />
equipamento.<br />
2.3. CRIOPRESERVAÇÃO DO SÊMEN<br />
É importante reconhecer que a criopreservação inclui o processo<br />
completo desde a preparação e diluição do sêmen até a manutenção da<br />
capacidade funcional dos espermatozóides pós-descongelação. Em cada um<br />
desses estágios, os espermatozóides podem perder sua habilidade funcional.<br />
Embora alguns desses estágios possam ser relativamente inócuos, outros<br />
como a refrigeração e a congelação são muito estressores (WATSON, 1995).<br />
Durante o trajeto no epidídimo, os espermatozóides adquirem uma série<br />
de atributos individuais necessários para a fertilização, sendo assim uma célula<br />
altamente diferenciada em cada região específica. Entretanto, verifica-se que<br />
nem todos os espermatozóides adquirem os atributos na mesma proporção e<br />
velocidade, o que resulta em um ejaculado heterogêneo contendo<br />
subpopulações com diferentes respostas ao ambiente encontrado em vários<br />
pontos do trato feminino e portanto, diferindo no seu potencial para fertilização<br />
(AMANN et al., 1993). Há uma possibilidade de que os espermatozóides<br />
recuperados após a congelação e descongelação não sejam apenas uma<br />
população aleatória, mas sim uma subpopulação selecionada. Talvez essa<br />
subpopulação seja resistente à criopreservação porque suas membranas são<br />
extraordinariamente estáveis e não responsivas mesmo a estímulos<br />
fisiológicos relevantes. Desta forma, o processo de criopreservação agiria<br />
simplesmente selecionando uma população viável, porém relativamente infértil<br />
(WATSON, 1995).