INTEGRIDADE E FUNCIONALIDADE DOS ... - Ainfo - Embrapa
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Resultados e Discussão 146<br />
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aumentando a quantidade de colesterol nesta magnitude, a taxa de<br />
colesterol:fosfolipídio no espermatozóide bovino deveria dobrar de 0,45<br />
(DARIN-BENNETT & WHITE, 1977) para aproximadamente 0,9 ou mais, o que,<br />
segundo eles é similar àquela encontrada em espermatozóides de coelhos<br />
(0,88) e de humanos (0,99), os quais são mais resistentes ao choque térmico.<br />
Assim, baseando-se na concentração de CLC em relação ao volume utilizada<br />
neste trabalho (1,5 mg/mL), podemos supor que a taxa de colesterol:fosfolipídio<br />
no espermatozóide ovino teria dobrado de 0,43 para 0,86 após a co-incubação.<br />
Por outro lado, baseando-se na concentração de CLC em relação ao número<br />
de espermatozóides usada neste trabalho (0,09 mg de CLC/100 x 10 6 sptz), o<br />
qual foi aproximadamente 14 vezes menor que a relatada por Purdy & Graham<br />
(2004a) (1,25mg de CLC/100 x 10 6 sptz), podemos supor que a taxa de<br />
colesterol:fosfolipídio no espermatozóide ovino neste experimento, subiu de<br />
0,43 para apenas 0,46 o que pode ter sido insuficiente para provocar qualquer<br />
efeito nos parâmetros espermáticos.<br />
O desmosterol não teve nenhum efeito detectável sobre o status de<br />
capacitação espermática neste trabalho o que não corroborou com Nimmo &<br />
Cross (2003) que identificou uma atividade inibitória deste elemento sobre a<br />
capacitação semelhante àquela observada pelo colesterol. Os referidos autores<br />
relataram ainda que quando a ação inibitória foi graficamente representada em<br />
relação à concentração total de esterol, os valores da concentração média<br />
efetiva (CE50) foram os mesmos para os tratamentos com desmosterol e<br />
colesterol. Baseado neste achado, a concentração de desmosterol utilizada<br />
neste trabalho foi a mesma usada para o colesterol (1,5 mg/mL no meio de co-<br />
incubação).<br />
Assim como aconteceu com o colesterol, a ausência de efeitos<br />
significativos com a adição do desmosterol pode ter sido um reflexo de uma<br />
insuficiente quantidade utilizada. Outra explicação poderia estar numa<br />
ineficiência na incorporação do desmosterol à membrana plasmática ou na sua<br />
fácil remoção após a incorporação. Corroborando com essa hipótese, Phillips<br />
et al. (1998) relataram uma maior eficiência de efluxo do desmosterol<br />
incorporado à membrana plasmática que foi atribuída pelos autores a uma<br />
propriedade da associação deste esterol com a bicamada lipídica.