A Construção da Relatividade Especial e da Relatividade Geral e ...
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acresci<strong>da</strong> deste valor. Como as estrelas fixas <strong>da</strong>s regiões do céu que são vizinhas do sol<br />
se tornam visíveis quando há eclipses solares, esta conseqüência <strong>da</strong> teoria pode<br />
confrontar-se com a experiência.<br />
Para o planeta júpiter, o desvio previsto atinge cerca de 1/100 do valor que atrás se<br />
indicou. Seria de extrema conveniência que os astrônomos se ocupassem <strong>da</strong> questão que<br />
aqui foi esboça<strong>da</strong>, ain<strong>da</strong> que ela se apresente insuficientemente fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> com os<br />
raciocínios anteriores, ou até inteiramente aventurosa.”.<br />
7.4 Avanço do periélio de mercúrio<br />
A ferramenta matemática usa<strong>da</strong> por Einstein para a generalização do princípio<br />
<strong>da</strong> relativi<strong>da</strong>de foi basea<strong>da</strong> em uma geometria não Euclidiana com base no universo<br />
quadridimensional proposto por Minkowski.<br />
Uma experiência relativamente simples demonstra a necessi<strong>da</strong>de de buscar uma<br />
outra geometria além <strong>da</strong> Euclidiana para explicar o comportamento do espaço-tempo<br />
em um campo gravitacional. EINSTEIN (2001, O principio <strong>da</strong> relativi<strong>da</strong>de, p.213)<br />
sugere o seguinte experimento mental:<br />
“Suporemos invariável a distância entre os copos, e inexistente qualquer movimento<br />
relativo entre as partes de um mesmo corpo; mas admitiremos que ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s massas<br />
– vista por um observador imóvel em relação à outra – apresente em torno <strong>da</strong> reta que<br />
une as duas massas, um movimento de rotação de veloci<strong>da</strong>de angular constante (<br />
havendo assim um movimento relativo verificável entre as duas massas). Imaginemos<br />
agora que, por meio de réguas ( em repouso relativo), se fazem medições sobre as<br />
superfícies dos dois corpos ( S1 e S2), chegando-se a conclusão que é esférica a<br />
superfície de S1 e elipsoi<strong>da</strong>l de revolução a de S2.”.<br />
Com essa afirmação se forem medi<strong>da</strong>s as razões entre as circunferências e o<br />
diâmetro de S1 o resultado será igual π para S1, conforme a geometria Euclidiana que<br />
usa corpos rígidos.<br />
Porém no caso de S2 em rotação, existe uma contração <strong>da</strong>s distancias que para<br />
um observador estacionário será menor que no referencial em rotação. Esse<br />
fenômeno implica que a razão entre a circunferência e o diâmetro que não sofre<br />
contração, será um valor diferente de π. Este é um exemplo forte a favor <strong>da</strong> escolha<br />
de uma nova geometria para descrição do espaço-tempo e a matéria.<br />
Com o uso do calculo tensorial, e um universo quadridimensional Einstein<br />
publicou em 1916 a teoria <strong>da</strong> relativi<strong>da</strong>de generaliza<strong>da</strong>, que prevê novos fenômenos<br />
físicos e explicam outros que a gravitação Newtoniana deixa sem respostas.<br />
È o caso do avanço do Periélio de Mercúrio observado no século XIX. Este<br />
avanço do Periélio devia ser causado pela perturbação dos outros planetas. Mas<br />
mesmo com tais perturbações corrigi<strong>da</strong>s, a mecânica clássica não explicou este<br />
fenômeno, ver figura 6.<br />
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