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3.ª Sessão ordinária da Assembleia Municipal de Portalegre

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Acta n.º 27<br />

<strong>3.ª</strong> <strong>Sessão</strong> <strong>ordinária</strong> <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong><br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, realiza<strong>da</strong> em<br />

27 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005<br />

Aos vinte e sete dias do mês <strong>de</strong> Junho do ano dois mil e cinco, nesta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Portalegre</strong> e auditório do Museu <strong>da</strong> Tapeçaria Guy Fino, reuniu a <strong>Assembleia</strong><br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> sob a presidência do Sr. António Jaime Correia Azedo e<br />

com a presença dos Srs., João Luís Soeiro Graça Pina, José Manuel Chapelli<br />

Alberich <strong>de</strong> Matos, em substituição <strong>de</strong> José Manuel Matos Rosa e Paula Maria<br />

Ferro Tomaz, em substituição <strong>de</strong> Jaime Miguel <strong>da</strong> Silva Pinheiro, nos termos do<br />

art.º 78.º do Decreto-Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro, na sua actual re<strong>da</strong>cção,<br />

Maria José Belo Crespo Fouto, Francisco José Meira Martins Silva, Fernando<br />

Santos Caetano, José Manuel Pinheiro Barra<strong>da</strong>s, Joaquim Herculano Beato<br />

Lopes, João Filipe Gonçalves Jesus, José Manuel Reboredo Pinto Leite, Rui<br />

Fernando Antão Silva, Carlos Alberto Martins Vintém, Maria Alexandra Marques<br />

Gueifão Carrilho Barata, Luís David Trin<strong>da</strong><strong>de</strong> Moreira Testa, Casimiro António<br />

Pie<strong>da</strong><strong>de</strong> Menezes, António José Calado Carreiras, José Chambel Tomé, Altino<br />

José Pinheiro Barra<strong>da</strong>s, Manuel Alberto Bagina Garcia, Maria Luísa Galiano<br />

Tavares Moreira, Manuel Jesus Nicolau Marques, Alfredo Ventura Nunes, António<br />

Manuel Lameira Dias, Valentim Manuel Mourato Nunes, José Cardoso Castanho,<br />

António Joaquim André Tavares Oliveira, Jaime Assis Ceia, em substituição <strong>de</strong><br />

Maria <strong>da</strong> Pie<strong>da</strong><strong>de</strong> Falcão Murta nos termos <strong>da</strong> alínea c) do art.º 38.º do Decreto-<br />

Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro, na sua actual re<strong>da</strong>cção e José Maria Vi<strong>de</strong>ira<br />

Fitas.------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

INÍCIO DOS TRABALHOS:<br />

=====================<br />

Eram 21.40 horas, <strong>de</strong>u o Senhor Presi<strong>de</strong>nte início aos trabalhos. -----------------------<br />

Acta n.º27 – 2005/06/27


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA:<br />

==================================<br />

O Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> cumprimentou todos os presentes na sala e<br />

explicou a razão porque é que a reunião se iria realizar na Igreja anexa ao<br />

Convento <strong>de</strong> Santa Clara e acabou por se realizar no auditório do Museu <strong>da</strong><br />

Tapeçaria Guy Fino.----------------------------------------------------------------------------------<br />

Disse também que tinha recebido um ofício do Sr. Director Regional <strong>de</strong> Educação<br />

do Alentejo, Dr. José Bravo Nico, através do qual lhe são apresentados<br />

cumprimentos, extensivos à <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong>. -----------------------------------------<br />

No que concerne ao dois pontos <strong>da</strong> Fora <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m do Dia o Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> propôs que quando se chegasse ao segundo ponto, a<br />

<strong>Assembleia</strong>, apreciasse e votasse o ponto sete <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m do Dia e<br />

posteriormente o número dois <strong>da</strong> Fora <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>m, por a sua sequência normal,<br />

em termos <strong>de</strong> conteúdo, não ser a correcta para serem aprecia<strong>da</strong>s e vota<strong>da</strong>s<br />

conforme foram apresenta<strong>da</strong>s pela Câmara <strong>Municipal</strong>. ------------------------------------<br />

A proposta do Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> foi aceite por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

INSTITUTO SECULAR DAS COOPERADORAS DA FAMILIA –<br />

RECONHECIMENTO DE INTERESSE PÚBLICO E REDUÇÃO DE 50% DAS<br />

TAXAS:<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.06.22 -<br />

Presente informação do Departamento Urbanístico e Obras Municipais, <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

06 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, com proposta <strong>de</strong> Reconhecimento <strong>de</strong> Interesse Público <strong>da</strong><br />

enti<strong>da</strong><strong>de</strong> em título e a redução <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>s taxas, <strong>de</strong> acordo com o ponto 3 do art.<br />

15.º do Regulamento <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Urbanização, Edificação e <strong>de</strong> Taxas e<br />

Compensações Urbanísticas.----------------------------------------------------------------------<br />

DELIBERAÇÃO (nominal): a <strong>Assembleia</strong> tomou conhecimento e <strong>de</strong>liberou, por<br />

unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> e em minuta, aprovar a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> Câmara toma<strong>da</strong> em reunião<br />

realiza<strong>da</strong> em vinte e dois <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, que reconheceu o Interesse Público<br />

do Instituto Secular <strong>da</strong>s Cooperadoras <strong>da</strong> Família e a redução <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>s taxas. -<br />

PLANO DE PORMENOR DE EXPANSÃO DA ZONA INDUSTRIAL DE<br />

PORTALEGRE – PROPOSTA DE AQUISIÇÃO DE PARCELAS DOS PRÉDIOS<br />

COM OS ART.ºS 1, 2 E 3, DA SECÇÃO “E” DA FREGUESIA DE URRA –<br />

ALTERAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE PAGAMENTO:<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.06.22 -<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Presente informação n.º 54/A, <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> <strong>de</strong> 2005.06.01, do Senhor Vereador Luís<br />

Calado, propondo a alteração às condições <strong>de</strong> pagamento respeitantes à<br />

aquisição <strong>de</strong> três parcelas <strong>de</strong> terreno a Joaquim Patrício Mouro e esposa e Emília<br />

<strong>da</strong> Graça Pepe Ângelo, aprova<strong>da</strong> em reunião do executivo <strong>de</strong> 2005.06.08. ----------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Eng.º Pinto Leite referiu custo do terreno -2,50<br />

€ m 2 - congratulando-se por esse facto, por ser o preço indicado para aquela<br />

zona, o que não se verificou em relação a outros terrenos que na mesma zona<br />

foram comprados por muito mais dinheiro.-----------------------------------------------------<br />

Devi<strong>da</strong>mente autorizado o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara referiu que os terrenos<br />

são todos iguais e havia situações <strong>de</strong> pequenas parcelas <strong>de</strong> terreno <strong>de</strong> pessoas<br />

que as circunstâncias motivaram e obrigaram que houvesse uma certa<br />

flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> pois se fossem por uma via conflituosa provavelmente teriam que<br />

pagar mais. ---------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Dr. Carlos Vintém congratulou-se pelo facto<br />

<strong>da</strong>s sugestões que fez na última <strong>Assembleia</strong> relativas ao CD que contém a Or<strong>de</strong>m<br />

do Dia e <strong>de</strong>mais documentação, terem sido toma<strong>da</strong>s em consi<strong>de</strong>ração.---------------<br />

Referiu que há alguns documentos incompletos, <strong>da</strong>ndo como exemplo, o<br />

documento que está a ser discutido, que diz que se anexa planta e isso não<br />

acontece; noutros documentos aparece o parecer jurídico e não aparece o<br />

documento ao qual esse parecer se refere. ----------------------------------------------------<br />

DELIBERAÇÃO (nominal): a <strong>Assembleia</strong> tomou conhecimento e <strong>de</strong>liberou, por<br />

unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> e em minuta, aprovar a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> Câmara toma<strong>da</strong> em reunião<br />

realiza<strong>da</strong> em vinte e dois <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, que aprovou a proposta do Senhor<br />

Vereador.------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

DISTINÇÕES HONORIFICAS:<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Sr. Dr. Fernando Caetano referiu que a sua<br />

intervenção tem a ver com as Distinções Honorificas, cujo regulamento leu<br />

atentamente, e, especificamente, com a proposta apresenta<strong>da</strong> em reunião<br />

<strong>ordinária</strong> <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> realiza<strong>da</strong> em 03 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2005. ---<br />

Leu ain<strong>da</strong>, em seu nome e em nome dos eleitos <strong>da</strong> CDU na <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> o seguinte esclarecimento:-------------------------------------------------------<br />

“ O Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong> quando adoeceu gravemente estava em Bali, na<br />

Indonésia, do outro lado do mundo, não a passar férias, mas em missão do<br />

Parlamento Europeu presidindo, mais uma vez, a uma acção <strong>da</strong> Comissão para o<br />

Desenvolvimento e Cooperação.<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Quero ain<strong>da</strong> referir alguns episódios que atestam o valor do <strong>Portalegre</strong>nse Dr.<br />

Joaquim Miran<strong>da</strong>.<br />

Nos anos oitenta, o Hospital Distrital <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> passava por dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Seria<br />

óbvio que tal merecesse a atenção e o empenho dos <strong>de</strong>putados <strong>da</strong> Nação eleitos<br />

pelo nosso Distrito. Era Directora do Hospital a Senhora Doutora Manuela Feitor<br />

Pinto. Estando ela comigo falando do nosso Hospital, disse-me que dos<br />

<strong>de</strong>putados <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, só o Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong> fora, por mais <strong>de</strong> uma vez,<br />

junto <strong>da</strong> Direcção do Hospital inteirar-se <strong>da</strong> situação acompanhando-a e<br />

empenhando-se na procura <strong>da</strong> solução do problema.<br />

Sendo a Doutora Manuel Feitor Pinto do CDS não era com certeza pela<br />

comunhão <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ais políticos que ela se referia em tom elogioso ao Dr. Joaquim,<br />

Miran<strong>da</strong>.<br />

Nos anos noventa, um grupo <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>nses <strong>de</strong> diversos credos políticos, a<br />

convite do Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong>, visitou o Parlamento Europeu em Bruxelas. Teve<br />

lugar numa sala do próprio Parlamento um encontro que muito nos sensibilizou.<br />

Po<strong>de</strong>mos então falar abertamente, <strong>de</strong>sinibi<strong>da</strong>mente, com <strong>de</strong>putados dos diversos<br />

partidos portugueses com representação no Parlamento Europeu, convi<strong>da</strong>dos<br />

para tal pelo Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong>. Nesse dia tivemos consciência <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira<br />

dimensão politica do <strong>Portalegre</strong>nse Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong>. É que os<br />

representantes dos partidos com quem todos nós pu<strong>de</strong>mos trocar impressões<br />

sobre a União Europeia durante cerca <strong>de</strong> duas horas, não eram outros mas sim<br />

os lí<strong>de</strong>res dos respectivos partido no PE, a saber: pelo PS o Sr. Dr. João Soares,<br />

pelo PSD o Sr. Eng. Eurico <strong>de</strong> Melo, pelo CDS o Sr. Professor Doutor Rosado<br />

Fernan<strong>de</strong>s. Muito nos satisfaz ver a simpatia, a estima e consi<strong>de</strong>ração, a amiza<strong>de</strong><br />

e até <strong>de</strong>ferência com que o <strong>Portalegre</strong>nse Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong> era por estas<br />

individuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s tratado.<br />

Com certeza que tal não acontecia por partilharem <strong>da</strong>s convicções politicas do Dr.<br />

Joaquim Miran<strong>da</strong>.<br />

Ain<strong>da</strong>, e autorizado pelo Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong>, quero referir também que,<br />

aquando <strong>da</strong> manifestação primeira <strong>da</strong> doença que o afectou, foi o Dr. Joaquim<br />

Miran<strong>da</strong> conduzido ao Hospital <strong>de</strong> Bali e aí iniciou, pela urgência <strong>da</strong> situação,<br />

tratamento, tendo ficado internado.<br />

O Sr. Ministro Dr. Bagão Félix que estava em trabalho nessa região do Mundo,<br />

conseguiu tempo, na sua agen<strong>da</strong>, para visitar o Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong>,<br />

disponibilizando-se a tudo fazer para minorar o sofrimento do nosso conterrâneo.<br />

Com certeza absoluta que o Sr. Dr. Bagão Félix visitou o Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong> por<br />

outras razões mas não por partilhar as mesmas convicções politicas.<br />

O que há <strong>de</strong> comum nestes três factos?<br />

Pois bem. Os protagonistas distinguem os valores fun<strong>da</strong>mentais, os essenciais,<br />

os imorredoiros <strong>da</strong> condição humana, <strong>da</strong>s convicções pessoais, <strong>da</strong>s<br />

superficiali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>da</strong>s convicções, sejam elas <strong>de</strong> que índoles forem, que tantas<br />

vezes não são mais que transitórias, temporárias e até efémeras.<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

O Sr. Vereador que inviabilizou a outorga <strong>da</strong> con<strong>de</strong>coração ao <strong>Portalegre</strong>nse Dr.<br />

Joaquim Miran<strong>da</strong> não teve capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> separar o nuclear, o ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro valor do<br />

homem <strong>da</strong>s mutações <strong>da</strong>s suas convicções.<br />

O Sr. Vereador que inviabilizou a outorga <strong>da</strong> Me<strong>da</strong>lha ao <strong>Portalegre</strong>nse Joaquim<br />

Miran<strong>da</strong> ofen<strong>de</strong>u o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> que<br />

assina a proposta.<br />

O Sr. Vereador que inviabilizou a outorga <strong>da</strong> Me<strong>da</strong>lha ao <strong>Portalegre</strong>nse Joaquim<br />

Miran<strong>da</strong> insultou o ilustre <strong>Portalegre</strong>nse Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong><br />

O Sr. Vereador que inviabilizou a outorga <strong>da</strong> Me<strong>da</strong>lha ao <strong>Portalegre</strong>nse Joaquim<br />

Miran<strong>da</strong>, a coberto <strong>de</strong> pretenso voto secreto, serviu-se <strong>de</strong>le com secretismo,<br />

anonimamente, como aquele que escreve a carta e não assina e a envia ao<br />

marido <strong>de</strong> mulher impoluta chamando-lhe corno.<br />

O Sr. Vereador do criptovoto conspurcou, com a sua atitu<strong>de</strong>, to<strong>da</strong> a Vereação <strong>da</strong><br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>.<br />

O Sr. Vereador que inviabilizou a outorga <strong>da</strong> Me<strong>da</strong>lha <strong>de</strong> Mérito <strong>Municipal</strong>, Grau<br />

Ouro, ao ilustre <strong>Portalegre</strong>nse Joaquim Miran<strong>da</strong> praticou acto inqualificável,<br />

ignóbil e até cobar<strong>de</strong>, pois previamente o Vereador <strong>da</strong> CDU contactara todos os<br />

intervenientes na votação e o Senhor garantiu que concor<strong>da</strong>va com a proposta.<br />

Sr. Vereador do voto anónimo, não consigo encontrar na língua portuguesa<br />

expressão que melhor retrate a sua atitu<strong>de</strong> que uma do Brasil. Oh! Sr. Vereador,<br />

o Sr. “<strong>de</strong>itou mer<strong>da</strong> no ventilador.”<br />

Olhe, eu, que pessoalmente sempre procuro distinguir no homem o essencial do<br />

acessório, eu ateu convicto, citarei Cristo ”Perdoai-lhe, Senhor, que ele não soube<br />

o que fez.”-----------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor José Manuel Barra<strong>da</strong>s disse que a sua<br />

intervenção vem no seguimento <strong>da</strong> do Senhor Dr. Fernando Caetano<br />

relativamente à votação que houve na Câmara sobre a atribuição <strong>da</strong> me<strong>da</strong>lha ao<br />

Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong>. --------------------------------------------------------------------------------<br />

Conheço o Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos <strong>de</strong> escola, conheço o seu<br />

trajecto <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>nte e conheço <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início o seu trajecto político ain<strong>da</strong> antes<br />

do 25 <strong>de</strong> Abril, mais precisamente em 1967 ou 1968 e portanto o que quero dizer<br />

é que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong>quilo que ca<strong>da</strong> um pensa politicamente, não posso<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> referir que foi uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> perdi<strong>da</strong> em relação a distinguir um dos<br />

membros <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> que <strong>de</strong> facto tem uma quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>monstrou essa<br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, doa a quem doer, e portanto penso que nesta questões <strong>da</strong>s me<strong>da</strong>lhas,<br />

<strong>de</strong> diplomas, etc, há sempre gran<strong>de</strong>s injustiças, mas que em relação a<br />

portalegrenses e <strong>da</strong>quilo que conheço <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, penso que foi uma <strong>da</strong>s<br />

maiores injustiças que fizeram, porque se há alguém que merece, e muitos<br />

merecem com to<strong>da</strong> a certeza serem distinguidos <strong>de</strong>sta maneira, o Dr. Joaquim<br />

Miran<strong>da</strong> por aquilo que foi dito e por aquilo que se conhece <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong>, do dia a<br />

dia, não posso <strong>de</strong>ixar uma nota <strong>de</strong> que pessoalmente acho que se per<strong>de</strong>u uma<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

bela oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> distinguir um ilustre <strong>Portalegre</strong>nse, tão ilustre como muitos<br />

outros que já receberam essa me<strong>da</strong>lha. --------------------------------------------------------<br />

Também na sequência <strong>da</strong>s intervenções dos Senhor Barra<strong>da</strong>s e Dr. Casimiro<br />

Menezes, o Senhor Dr. Jaime Azedo disse que em relação ao Dr. Joaquim<br />

Miran<strong>da</strong> e tendo em consi<strong>de</strong>ração o documento que o Dr. Fernando Caetano leu,<br />

não podia <strong>de</strong>ixar passar a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> neste lugar público dizer o seguinte e<br />

que não é do conhecimento público: ------------------------------------------------------------<br />

Quando foi Director do Hospital <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> em 1994 e 1995, durante esse<br />

man<strong>da</strong>to o Hospital sofreu um avanço tecnológico muito importante, que foi<br />

baseado num projecto apresentado pelo Conselho <strong>de</strong> Administração e do qual era<br />

Director. Foi um projecto chamado <strong>de</strong> “Remo<strong>de</strong>lação do Bloco Operatório”, que<br />

previa a remo<strong>de</strong>lação do bloco e torná-lo funcional, mo<strong>de</strong>rno e dotando-o <strong>de</strong> uma<br />

coisa tão simples como o ar condicionado em condições tecnicamente a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s<br />

para trabalhar, porque no verão no bloco operatório, havia manhãs que antes <strong>de</strong><br />

se ligarem as luzes, a temperatura já atingia os 27º., era pois impossível trabalhar.<br />

Não havia sistema <strong>de</strong> climatização e esse projecto foi para a frente e foi<br />

necessário obter financiamento através <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> fundos comunitários,<br />

através <strong>de</strong>sse projecto <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lação do bloco operatório foram introduzi<strong>da</strong>s<br />

várias tecnologias no Hospital, com equipamentos novos, etc e nessa altura<br />

houve um gran<strong>de</strong> avanço no Hospital em termos <strong>de</strong> tecnologia. -------------------------<br />

Havia uma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong> que era fazer aprovar um projecto <strong>de</strong> tal<br />

natureza na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão <strong>da</strong> Comissão <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação, muita dificul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

mesmo, porque a Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão tinha vários elementos <strong>de</strong> várias Câmaras<br />

do Alentejo e todos sabiam que muito dificilmente um projecto <strong>de</strong>ssa natureza<br />

caberia nos objectivos então previstos. ---------------------------------------------------------<br />

Referiu ain<strong>da</strong> que teve oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pedir ao Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong>, numa<br />

conversa havi<strong>da</strong> só entre os dois, <strong>de</strong>slocando-se <strong>de</strong> propósito a casa <strong>de</strong>le e que<br />

foi muito bem recebido e on<strong>de</strong> fez ver ao Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong> a importância que<br />

essa projecto tinha para o <strong>de</strong>senvolvimento do Hospital e que seria necessária a<br />

sua influência junto dos elementos <strong>da</strong> CDU que estavam na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão. --<br />

Tem a certeza que o Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong> fez várias démarchs que tornaram<br />

possível a aprovação <strong>de</strong>sse projecto, que foi um gran<strong>de</strong> impulso para o Hospital<br />

Distrital <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>. -------------------------------------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Dr. Casimiro Menezes e após a exposição<br />

brilhante e corajosa do Senhor Dr. Fernando Caetano, referiu que é importante<br />

que o executivo reveja o Regulamento <strong>da</strong>s Distinções Honorificas e que acautele<br />

alguns dos seus aspectos, por um lado para não ofen<strong>de</strong>r qualquer munícipe, se<br />

qualquer munícipe se candi<strong>da</strong>tasse à obtenção <strong>da</strong> me<strong>da</strong>lha sujeitava-se às suas<br />

contingências, por outro lado é evi<strong>de</strong>nte que o voto é sempre secreto, mas tem<br />

que ser consensual e se não houver consenso obviamente que não <strong>de</strong>ve ser<br />

votado, porque se for votado é evi<strong>de</strong>nte que a divulgação <strong>de</strong> que este não foi<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

galardoado põe em cheque individuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s e que não fica bem à<br />

Câmara estar a atribuir congratulações a uns e con<strong>de</strong>nar outros que não foram<br />

ouvidos. Solicitou novamente a reflexão do Regulamento, porque quem o fez não<br />

pôs a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tal situação acontecer. O que aconteceu inviabiliza<br />

qualquer con<strong>de</strong>coração futura, porque <strong>de</strong>baixo do anonimato e do secretismo<br />

qualquer pessoa mal forma<strong>da</strong> po<strong>de</strong> inviabilizar essa con<strong>de</strong>coração.--------------------<br />

Referiu ain<strong>da</strong> que houve uma vez numa sessão <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> era<br />

preciso a unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> na atribuição <strong>de</strong> uma con<strong>de</strong>coração e que houve um<br />

membro <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> que se ausentou <strong>da</strong> mesma precisamente para não<br />

manchar essa con<strong>de</strong>coração e que esse membro foi o Dr. Fernando Caetano que<br />

teve <strong>de</strong> sair porque não conhecia a pessoa em causa e não se podia abster.<br />

Então para não inviabilizar a vonta<strong>de</strong> dos eleitos <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong>, ausentou-se <strong>da</strong><br />

votação e a mesma proce<strong>de</strong>u-se por voto secreto e por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.-----------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Dr. Carlos Vintém pediu esclarecimento<br />

relativamente ao total <strong>de</strong> Vereadores que estiveram presentes na reunião <strong>da</strong><br />

Câmara em que os acontecimentos relatados pelo Dr. Fernando Caetano tiveram<br />

lugar, pois sabe que não estavam presente os Senhores Vereadores Dr. Amílcar<br />

e Dr. Chaparro, isto para po<strong>de</strong>r clarificar a sua posição. -----------------------------------<br />

In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente disso, o Senhor Dr. Carlos Vintém referiu que como ci<strong>da</strong>dão<br />

<strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> apren<strong>de</strong>u há muitos anos a respeitar o Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong> e<br />

apesar <strong>de</strong> corroborar o lamentável acontecimento que se <strong>de</strong>u, o Dr. Joaquim<br />

Miran<strong>da</strong> tem a maior me<strong>da</strong>lha <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s, que é o respeito e a consi<strong>de</strong>ração<br />

incondicional sem me<strong>da</strong>lha <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, dos <strong>Portalegre</strong>nses e quiçá do país e é<br />

sobre esse reconhecimento que se <strong>de</strong>bruça, estando envergonhado do que se<br />

passou nessa célebre reunião. --------------------------------------------------------------------<br />

No uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Eng.º Pinto Leite referiu que em relação à questão do<br />

Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong>, sinceramente não sabe o que dizer, pois ficou <strong>de</strong> tal<br />

maneira que o melhor é não se manifestar. ----------------------------------------------------<br />

Deixa uma pequena nota que é política, em relação ao que respeita ao bloco<br />

operatório e que foi dito a propósito do Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong> e em que o Sr. Dr.<br />

Jaime esteve envolvido, pelo que lembrou que nesse tempo, no tempo <strong>da</strong> OID,<br />

nos tempos dos primeiros fundos comunitários, os fundos não estavam<br />

balcanizados e <strong>de</strong> há um tempos para cá os Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Câmara começaram a<br />

man<strong>da</strong>r nos fundos, a balcanizar tudo e aí está o país <strong>da</strong>s rotun<strong>da</strong>s, etc. e<br />

<strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> se fazer coisas importantes. ------------------------------------------------------<br />

Nesse tempo foi possível além <strong>de</strong> fazer o projecto do bloco operatório, fazer um<br />

outro que foi a estra<strong>da</strong> <strong>de</strong> Monforte a Estremoz. O IP2 <strong>de</strong> Monforte a Estremoz foi<br />

feito com dinheiros que dizem alguns que eram <strong>da</strong>s Câmaras e o bloco operatório<br />

foi feito com dinheiros que dizem que eram <strong>da</strong>s câmaras, por isso é que foi<br />

precisa a intervenção do Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong> e outras pessoas <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong>,<br />

como foi a do Dr. Porto Semedo e <strong>de</strong> outras para se fazer a obra que era<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

importante, assim como era importante o IP2 <strong>de</strong> Monforte a <strong>Portalegre</strong>, mas não<br />

havia dinheiro para fazer <strong>de</strong> Monforte a Estremoz e tirou-se um pouco <strong>de</strong> dinheiro<br />

<strong>da</strong>s Câmaras. ------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Luís Testa associou-se à tristeza do Partido<br />

Comunista em relação ao Dr. Joaquim Miran<strong>da</strong>, pessoa que bastante admira e a<br />

quem reconhece bastante quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e vonta<strong>de</strong> nas <strong>de</strong>fesas dos interesses <strong>de</strong><br />

<strong>Portalegre</strong>. ----------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Para receber uma me<strong>da</strong>lha <strong>de</strong> mérito <strong>Municipal</strong> o Sr. Luís Testa disse que<br />

infelizmente as me<strong>da</strong>lhas <strong>da</strong> autarquia <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> entraram numa triste cena,<br />

ou seja, existem pessoas que talvez não merecessem perante a dimensão do Dr.<br />

Joaquim Miran<strong>da</strong> e receberam e provavelmente há pessoas <strong>da</strong> dimensão do Dr.<br />

Joaquim Miran<strong>da</strong> e não receberam. -------------------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Dr. Fernando Caetano referiu que não é<br />

tristeza que a CDU sente, mas sim indigni<strong>da</strong><strong>de</strong>.----------------------------------------------<br />

INTERVENÇÃO SOBRE DIVERSOS ASSUNTOS:<br />

Usando <strong>da</strong> palavra o Senhor Manuel Bagina Garcia, leu o documento que se<br />

transcreve e que entregou à Mesa <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong>:<br />

“Ex.º Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong><br />

Ex.º Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong><br />

Caros Vereadores e “Deputados Municipais”<br />

Como sabem esta é a penúltima sessão <strong>ordinária</strong> <strong>de</strong>ste man<strong>da</strong>to, estamos assim<br />

próximos do Julgamento Popular, através do voto popular, a única “arma” legitima<br />

em Democracia, como sabem a Politica Nacional, tem sempre reflexos também<br />

na Politica Local e mais uma vez tal sintonia se vai verificar.<br />

A Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Portuguesa necessita <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s e profun<strong>da</strong>s reformas, temos um<br />

governo do Partido Socialista, que não Governa para as son<strong>da</strong>gens, mas sim o<br />

bem-estar dos Portugueses, no curto e médio prazo.<br />

Se fosse a Direita Portuguesa e seus aliados <strong>da</strong> Extrema-Direita, certamente só<br />

fariam as reformas, se é que as faziam, <strong>de</strong>pois do processo eleitoral autárquico,<br />

não é esse o comportamento do Governo do Partido Socialista.<br />

Teve a visão suficiente para começar a introduzir as Reformas que a Socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Portuguesa há muito precisava, dirão alguns sectores que lhe estão mexendo no<br />

bolso, esquecendo-se porém que há muito os Políticos <strong>da</strong> Direita, tinham criado o<br />

<strong>de</strong>sconforto na Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Portuguesa, criando regimes específicos para os seus<br />

comparsas.<br />

Certamente se me perguntarem está <strong>de</strong> acordo, que os doentes diabéticos,<br />

comecem a pagar 5% dos medicamentos, terei dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s em dizer que estou<br />

<strong>de</strong> acordo, como simples ci<strong>da</strong>dão. Enquanto Politico terei <strong>de</strong> estar <strong>de</strong> acordo, uma<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

8


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

vez que as Reformas <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Portuguesa, visam a melhoria do bem-estar<br />

<strong>de</strong> todos os Portugueses.<br />

Como sabem a previsão do défice para dois mil e cinco, foi <strong>de</strong> seis vírgula oitenta<br />

e três, afirmou a ex. Ministra Dra. Manuel Ferreira Leite, que esse resultado só<br />

seria atingido se não tivéssemos Primeiro-Ministro e Ministro <strong>da</strong>s Finanças é que<br />

teríamos esse valor.<br />

Porque temos um Primeiro-Ministro e um Ministro <strong>da</strong>s Finanças, com uma visão<br />

<strong>de</strong> futuro não governando para as son<strong>da</strong>gens, tomaram as medi<strong>da</strong>s a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s<br />

para combater o défice, estando assim os socialistas e os in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes que<br />

gravitam na área do Socialismo Democrático, convictos que esse objectivo será<br />

atingindo, pelo menos foram toma<strong>da</strong>s as medi<strong>da</strong>s a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s para se <strong>da</strong>r inicio<br />

ao combate do défice.<br />

Saindo <strong>da</strong> Politica Nacional, passo à nossa Politica Local, que é aquela na qual<br />

temos responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s directas enquanto “Deputado <strong>Municipal</strong>” eleitos pelo<br />

Povo <strong>Portalegre</strong>nse.<br />

Assim nesta <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong>, pela penúltima vez, aproveito o tempo que me<br />

é concedido pelo Regimento aos Eleitos, nomea<strong>da</strong>mente o seu artigo 21.º, para<br />

pôr as minhas preocupações e fazer as minhas perguntas ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> e <strong>de</strong>sta vez a título excepcional ao Senhor<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, Dr. Jaime Azedo.<br />

Passo às perguntas que por norma faço nas <strong>Assembleia</strong>s Municipais.<br />

Primeira Pergunta:<br />

Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, a Obra Social do Sagrado<br />

Coração <strong>de</strong> Maria, tem a funcionar no Bairro dos Assentos, um projecto que tem e<br />

<strong>de</strong>signação <strong>de</strong> Raiz e que visa “Uma Aposta na Prevenção”, várias enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s são<br />

parceiras <strong>de</strong>ste projecto, entre as quais a Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>.<br />

Sei que a Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, há vários meses que an<strong>da</strong> para<br />

recuperar um autocarro velho que servirá <strong>de</strong> Atelier e <strong>de</strong> acolhimento aos jovens<br />

do Bairro dos Assentos.<br />

Porque razão não se acaba esta obra, será porque há muito serviço nas oficinas<br />

Municipais <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> ou porque há falta <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong><br />

política <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, para apoiar este projecto.<br />

Se não existe disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> nas oficinas <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>,<br />

porque não se entrega esta obra <strong>da</strong> recuperação do autocarro ao sector privado.<br />

Espero uma resposta objectiva do Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Portalegre</strong>.<br />

Segun<strong>da</strong> pergunta<br />

Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, Mata Cáceres, mais uma<br />

vez volto a pôr as preocupações dos utentes com o Posto Médico dos Assentos.<br />

Está-se apenas com uma Médica, que não tem capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> resposta para<br />

todos os utentes, tendo alguns <strong>de</strong> recorrer aos serviços médicos do Hospital<br />

Distrital Doutor José Maria Gran<strong>de</strong>.<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

9


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Qual o contributo que V. Ex.ª Senhor Presi<strong>de</strong>nte, preten<strong>de</strong> <strong>da</strong>r para que a<br />

população do Bairro dos Assentos atinja o seu objectivo <strong>de</strong> ter mais Médicos.<br />

Como é meu <strong>de</strong>ver na última sessão <strong>ordinária</strong> <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong>,<br />

expressei estas preocupações, o que fez o Ex.ª Senhor Presi<strong>de</strong>nte, neste período<br />

que vai <strong>da</strong> última sessão até hoje, por esta causa.<br />

Terceira pergunta:<br />

Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />

Já uma vez nesta <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, fiz referência à<br />

importância <strong>de</strong> se ter um Banco do Tempo, foi-me respondido que se estava a<br />

tratar do assunto, foi-me até respondido que se tinha apresentado projecto.<br />

Tendo ficado com algumas dúvi<strong>da</strong>s requeri ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong><br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, por mais <strong>de</strong> uma vez, que queria um projecto do referido<br />

Banco do Tempo, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> diversas insistências foi-me enviado o respectivo<br />

projecto, que não era bem o que tinha sugerido, mas on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong>ria enquadrar a<br />

minha sugestão <strong>de</strong> Banco do Tempo.<br />

Decorridos que foram vários meses, gostaria que V. Ex.ª me informasse com<br />

objectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> qual o ponto <strong>da</strong> situação do Banco do Tempo.<br />

Quarta Pergunta:<br />

Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />

Quando a População <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, através do voto Popular o colocou à frente<br />

dos <strong>de</strong>stinos do Concelho <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, o Executivo do Partido Socialista <strong>de</strong>ixou<br />

algum dinheiro em caixa.<br />

A pergunta que faço é a <strong>de</strong> qual o défice do seu man<strong>da</strong>to, como sabe em Outubro<br />

<strong>de</strong> dois mil e cinco, temos eleições autárquicas.<br />

Certamente V. Ex.ª não estava à espera <strong>de</strong> uma pergunta tão embaraçosa, e não<br />

sei se estará em condições <strong>de</strong> me respon<strong>de</strong>r hoje nesta <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong>, se<br />

não estiver em condições <strong>de</strong>ixo aqui o pedido <strong>de</strong> que quero ser informado até à<br />

próxima <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> dois mil e cinco.<br />

Quinta Pergunta<br />

Senhor Presi<strong>de</strong>nte<br />

Na última <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, o Dr. Casimiro Menezes expôs<br />

algumas preocupações com o fornecimento do precioso líquido que é a água às<br />

Populações.<br />

O Senhor Vereador Biscainho, fez uma ampla explanação acerca dos benefícios<br />

que têm sido feitos no fornecimento <strong>de</strong>ste precioso líquido, do qual os humanos<br />

estão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />

O Senhor Dr. Carlos Vintém, pediu explicações acerca <strong>da</strong> variação <strong>de</strong> consumos,<br />

foi-lhe explicado que os indicadores se referiam a facturação.<br />

A minha pergunta hoje é a seguinte:<br />

Qual a sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do actual Executivo Camarário para rever o regime dos<br />

preços <strong>da</strong> água?<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

10


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Como sabem os consumidores estão a pagar os resíduos sólidos e urbanos<br />

através do consumo <strong>da</strong> água, foi a medi<strong>da</strong> que se encontrou que po<strong>de</strong>ria ser mais<br />

justa.<br />

Esquecemo-nos porém <strong>de</strong> um pormenor já corrigido por algumas Câmaras<br />

Municipais, que é o conceito <strong>de</strong> agregado familiar.<br />

Vejamos um caso prático: nos anos sessenta, do século passado, na Rua<br />

Mouzinho <strong>de</strong> Albuquerque, havia várias famílias numerosas, foco uma <strong>de</strong> sete<br />

filhos e era o agregado familiar composto <strong>de</strong> nove pessoas, não tinham água<br />

canaliza<strong>da</strong> para tomarem banho e outros consumos tinham que acarretar a água<br />

<strong>da</strong> Fonte <strong>da</strong> Boneca, situa<strong>da</strong> no Largo Serpa Pinto.<br />

Além <strong>da</strong>s horas que se perdiam nessa tarefa, já nesse tempo se consumia muita<br />

água, nesse agregado familiar embora a mesma fosse gratuita.<br />

Hoje no Século XXI, não existem já tantos agregados familiares, com muitos filhos<br />

a seu cargo.<br />

A pergunta directa é a seguinte, porque não se cria uma taxa específica que não<br />

penalize tanto os agregados familiares com muitos filhos a seu cargo, não estou a<br />

propor na<strong>da</strong> do outro mundo, mas sim medi<strong>da</strong>s já aplica<strong>da</strong>s por outras autarquias,<br />

tanto no Alentejo, como na Beira Litoral.<br />

Sexta Pergunta:<br />

Esta é direcciona<strong>da</strong> ao nosso Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>.<br />

Senhor Presi<strong>de</strong>nte:<br />

V. Ex.ª Dr. Jaime Azedo, exerceu este seu man<strong>da</strong>to <strong>de</strong> forma que posso<br />

consi<strong>de</strong>rar exemplar, informando sempre que lhe chegavam informações, os<br />

restantes “Deputados Municipais”.<br />

Quando para tal foi solicitado que V. Ex.ª <strong>de</strong>sse cumprimento à Lei número<br />

147/99 <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Setembro (Lei <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens em Perigo),<br />

concretamente o seu artigo décimo sétimo, alínea l) V. Ex.ª proce<strong>de</strong>u à eleição<br />

dos quatros elementos <strong>de</strong>sta <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong>, cumprindo assim com o seu<br />

<strong>de</strong>ver.<br />

No entanto <strong>de</strong>sculpe que lhe diga, que não tem sido cumprido com rigor o n.º 18º,<br />

alínea h) <strong>da</strong> cita<strong>da</strong> Lei.<br />

Transcrevo o conteúdo <strong>de</strong>ssa alínea:<br />

“Aprovar o relatório anual <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> e avaliação elaborado pelo presi<strong>de</strong>nte e<br />

enviá-lo à Comissão Nacional <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens em risco, à<br />

<strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> e ao Ministério Público”.<br />

Na minha quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> “Deputado <strong>Municipal</strong>”, penso que existe aqui uma falta <strong>de</strong><br />

informação, penso que não é do nosso Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Portalegre</strong>, mas uma vez que ele é o nosso Presi<strong>de</strong>nte, solicito que no caso <strong>de</strong> a<br />

falha ser <strong>da</strong> Comissão <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, lhe seja<br />

pedido o relatório anual <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002 e peço que nos seja entregue até à próxima<br />

<strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong>, digo até à próxima, porque alguns <strong>de</strong> nós já não estarão<br />

na futura <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong>, a ser eleita em Outubro <strong>de</strong> 2005.” ---------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

11


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

ENTRADA DE MEMBROS DA ASSEMBLEIA:<br />

Neste momento entraram na sala e ocuparam os seus lugares os Senhores Luís<br />

Testa e João Pina. ------------------------------------------------------------------------------------<br />

Devi<strong>da</strong>mente autorizado o Senhor Presi<strong>de</strong>nte respon<strong>de</strong>u às questões<br />

apresenta<strong>da</strong>s pelo Senhor Manuel Bagina, começando por dizer que não tem o<br />

ponto <strong>da</strong> situação relativamente à questão do autocarro, mas que o fará no dia<br />

seguinte se assim o Senhor Manuel Bagina o enten<strong>de</strong>r. -----------------------------------<br />

Relativamente à questão do posto médico disse que a Câmara tem tido contactos<br />

com várias enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s mas ultimamente não tem tido contactos com nenhuma<br />

estrutura do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> porque a situação está ain<strong>da</strong> relativamente<br />

instável.--------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Quanto à questão do Banco do Tempo, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara disse<br />

também não está em condições <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r quanto à evolução que o projecto<br />

teve, mas no dia seguinte po<strong>de</strong>rá fornecer esses elementos.-----------------------------<br />

No concerne ao défice não é difícil obter a resposta porque to<strong>da</strong>s as contas, todos<br />

os documentos que estão apresentados reflectem claramente to<strong>da</strong>s as situações<br />

nessa matéria. -----------------------------------------------------------------------------------------<br />

A questão <strong>da</strong> água, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte disse subscrever parte do que o Senhor<br />

Manuel Bagina disse e relativamente a esta questão não são só as famílias<br />

numerosas a serem penaliza<strong>da</strong>s, mas também as outras. Está em curso a revisão<br />

<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> circunstâncias relativamente às questões <strong>da</strong> água. ----------------<br />

Em resposta à pergunta que o Senhor Manuel Bagina fez directamente ao Senhor<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> disse este que, efectivamente, to<strong>da</strong> a<br />

informação que lhe chega através dos Serviços do Secretariado <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong>,<br />

fá-la chegar aos Deputados Municipais. --------------------------------------------------------<br />

Em relação aos relatórios <strong>da</strong> Comissão <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong> Crianças e Jovens <strong>de</strong><br />

<strong>Portalegre</strong>, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> não tem conhecimento <strong>de</strong>les,<br />

mas irá tentar saber o que se passa. ------------------------------------------------------------<br />

VOTOS DE PESAR:<br />

Depois o Senhor Dr. Casimiro Menezes apresentou a seguinte proposta para<br />

votação relaciona<strong>da</strong> com os falecimentos dos Senhores, General Vasco<br />

Gonçalves, Álvaro Cunhal e Poeta Eugénio <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>: ----------------------------------<br />

“Os elementos <strong>da</strong> CDU na <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, consi<strong>de</strong>rando que<br />

a morte <strong>de</strong> Vasco Gonçalves, Eugénio <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e <strong>de</strong> Álvaro Cunhal<br />

representam uma gran<strong>de</strong> per<strong>da</strong> para o país, no campo <strong>da</strong> governação, <strong>da</strong>s artes<br />

e <strong>da</strong> política, propõem um voto <strong>de</strong> pesar.<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

12


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Que do resultado <strong>de</strong>sta votação seja <strong>da</strong>do conhecimento às famílias dos três<br />

vultos e ao Partido Comunista Português”.-----------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor José Manuel Barra<strong>da</strong>s referiu que são três<br />

figuras que faleceram e ca<strong>da</strong> uma dirá aquilo que diz a ca<strong>da</strong> membro <strong>da</strong><br />

<strong>Assembleia</strong>, mas na sua opinião não po<strong>de</strong>rá votar as três <strong>da</strong> mesma maneira,<br />

porque são diferentes. Se há duas que não lhe merecem qualquer dúvi<strong>da</strong>, há uma<br />

que merece, portanto sendo um voto conjunto em relação às três per<strong>da</strong>s, não<br />

po<strong>de</strong>rá votar a favor. ---------------------------------------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Dr. Filipe <strong>de</strong> Jesus referiu que não é a<br />

primeira vez que na <strong>Assembleia</strong> se votam questões relaciona<strong>da</strong>s com Votos <strong>de</strong><br />

Pesar <strong>de</strong> figuras <strong>de</strong> relevante imagem política no nosso país. Po<strong>de</strong>rá sempre<br />

haver alguma tendência a que subjacente ao sentido <strong>de</strong> voto possa haver uma<br />

conotação com um, maior ou menor simpatia que ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong> nós a título<br />

individual nutre ou nutria por essas personali<strong>da</strong><strong>de</strong> que agora <strong>de</strong>sapareceram.<br />

Naturalmente e naquilo que lhe diz respeito, se tivesse que votar pela herança<br />

política, pelo menos que duas <strong>de</strong>ssas três pessoas <strong>de</strong>ixaram no panorama<br />

nacional, não tinha a mínima dúvi<strong>da</strong> em votar contra. To<strong>da</strong>via e porque admite<br />

que subjacente à proposta <strong>da</strong> CDU possa estar ou <strong>de</strong>va estar um sentido <strong>de</strong><br />

pesar institucional à <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> em relação a duas entre três<br />

personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> relevante imagem politica no nosso país, votará a favor.----------<br />

No uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Luís Testa referiu que a história não se apaga, nem é<br />

função dos <strong>de</strong>mocratas apagar a história, embora tendo a opinião, provavelmente<br />

divergente em relação a algumas pessoas que estão na sala, perante<br />

<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Reconhece e é função <strong>da</strong> <strong>de</strong>mocracia reconhecer<br />

a sua importância num panorama político após o “25 <strong>de</strong> Abril”. --------------------------<br />

Referiu ain<strong>da</strong> que <strong>da</strong>do o carácter notoriamente institucional como foram<br />

apresentados os votos <strong>de</strong> pesar, enten<strong>de</strong> que a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> não<br />

<strong>de</strong>veria ter outra posição se não concor<strong>da</strong>r objectivamente com o pesar<br />

institucional que foi manifestado pelos membros <strong>da</strong> CDU, porque o que está em<br />

causa não é objectivamente uma fractura i<strong>de</strong>ológica. Obviamente que passaram<br />

trinta anos mas não é agora que se vai fraccionar i<strong>de</strong>ologicamente, <strong>de</strong>pois <strong>da</strong><br />

morte <strong>de</strong> duas personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s. -------------------------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Eng.º Pinto Leite referiu que a intervenção do<br />

seu colega Luís Testa foi brilhante e muito pon<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>. Efectivamente concor<strong>da</strong><br />

plenamente com a maneira como foi colocado este voto <strong>de</strong> pesar, pois é uma<br />

forma muito eficaz, institucional, muito bem posta e merece a sua aprovação. ------<br />

Referiu ain<strong>da</strong> que o assunto não merece ser discutido politicamente, pois todos<br />

sabem que em termos políticos, se as duas personagens em causa tivessem<br />

tomado o Po<strong>de</strong>r podia ter sido uma catástrofe para o país, mas por outro lado<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

13


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

sem tais figuras políticas muito <strong>da</strong> nossa <strong>de</strong>mocracia não teria sido possível.<br />

Portanto sendo certo que não concor<strong>da</strong>ria nunca com a toma<strong>da</strong> do Po<strong>de</strong>r, a sua<br />

herança <strong>da</strong>quilo que fizeram pela nossa <strong>de</strong>mocracia é notável e foram figuras<br />

notáveis pela sua personali<strong>da</strong><strong>de</strong> e pela sua coerência; nesse aspecto vota a<br />

favor, nos termos em que a proposta foi apresenta<strong>da</strong>.--------------------------------------<br />

No uso <strong>da</strong> palavra o Dr. Casimiro Menezes disse que concor<strong>da</strong> com as<br />

intervenções que foram feitas acerca <strong>da</strong> proposta apresenta<strong>da</strong> e referiu que <strong>de</strong><br />

facto o que está em causa é o Voto <strong>de</strong> Pesar e não essencialmente exorcizar à<br />

volta disso sobre o bem e o mal <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s personali<strong>da</strong><strong>de</strong>s. A proposta não<br />

tem como objectivo exorcizar ca<strong>da</strong> um dos intervenientes mas sim uma posição<br />

institucional <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong>. ------------------------------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor José Manuel Barra<strong>da</strong>s referiu que em relação<br />

ao poeta Eugénio <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e em relação ao Álvaro Cunhal e porque também<br />

tem memória, não tinha qualquer dúvi<strong>da</strong> em votar o Voto <strong>de</strong> Pesar. Para além<br />

<strong>de</strong>stas duas pessoas não se sente em condições <strong>de</strong> votar. -------------------------------<br />

DELIBERAÇÃO (nominal): a <strong>Assembleia</strong> tomou conhecimento e <strong>de</strong>liberou, por<br />

maioria, com as abstenções dos Senhores José Manuel Barra<strong>da</strong>s, Luísa Moreira,<br />

João Pina, Altino Barra<strong>da</strong>s, António Lameira Dias, Alfredo Nunes e Rui Antão,<br />

aprovar os Votos <strong>de</strong> Pesar em causa.-----------------------------------------------------------<br />

INTERVENÇÃO SOBRE ASSUNTOS POSTOS PELO SR. MANUEL BAGINA:<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Dr. Filipe <strong>de</strong> Jesus referiu que em relação à<br />

intervenção do período antes do or<strong>de</strong>m do dia que foi teci<strong>da</strong> pelo Senhor Manuel<br />

Bagina, o qual começou por fazer algum enquadramento sobre o panorama<br />

político nacional, teceu este algumas consi<strong>de</strong>rações em relação à política <strong>de</strong>ste<br />

governo, à política do governo anterior, que o Senhor Manuel reputa como direita<br />

e extrema direita, como aliás vem sendo apanágio já neste quatro anos em que<br />

ele próprio leva <strong>de</strong> <strong>Assembleia</strong>, esta constitui, enfim, sempre motivo <strong>de</strong> algum<br />

gozo por assistir a tais adjectivos, mas o Senhor Manuel Bagina tem a sua opinião<br />

e todos a respeitam e como <strong>de</strong>mocratas assim o <strong>de</strong>vem fazer. --------------------------<br />

To<strong>da</strong>via é interessante que esta intervenção caia precisamente no dia em que o<br />

governo reconhece que se enganou a fazer as contas do orçamento, a receita<br />

não bate com a <strong>de</strong>spesa, ain<strong>da</strong> assim, relembrou que constitui ban<strong>de</strong>ira eleitoral<br />

do executivo socialista não aumentar a carga fiscal sobre particulares e sobre as<br />

empresas. Em relação aos particulares todos sabem o que é que aconteceu em<br />

se<strong>de</strong> <strong>de</strong> tributação directa e indirecta, nomea<strong>da</strong>mente no IRS sobre os<br />

particulares, no IRC sobre as empresas e no IVA sobre as transacções que todos<br />

afectam. -------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

14


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Disse ain<strong>da</strong> que já tinha saído um diploma no dia um <strong>de</strong> Julho que já tem o IVA a<br />

dois pontos percentuais mais caro, cinco pontos percentuais acima <strong>da</strong> nossa<br />

vizinha Espanha e isto acontece também e o Sr. Manuel Bagina que é um homem<br />

ligado ao tecido industrial e <strong>de</strong>ve saber <strong>da</strong> <strong>de</strong>pendência energética que tem o<br />

nosso país e o quanto a nossa economia está exposta a essa mesma<br />

<strong>de</strong>pendência energética. ----------------------------------------------------------------------------<br />

Na última 5ª. Feira, pela primeira vez na história, o barril <strong>de</strong> brent ultrapassou os<br />

sessenta dólares, nessa altura e em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> orçamento <strong>de</strong> Estado, o orçamento<br />

que o Sr. Bagina <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, o governo que o Senhor <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> aumenta o imposto<br />

sobre os produtos petrolíferos e estima em 74% o acréscimo <strong>de</strong> execução<br />

orçamental por via <strong>da</strong> receita <strong>de</strong>ste produto, ferindo quiçá <strong>de</strong> morte muitas <strong>da</strong>s<br />

empresas portuguesas, <strong>de</strong> forma eleva<strong>da</strong>, expostas à <strong>de</strong>pendência energética<br />

para quem o petróleo constitui a principal matéria-prima, o principal custo <strong>de</strong><br />

produção e o principal vector <strong>de</strong> intervenção <strong>da</strong> sua competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.------------------<br />

Mas não foi para falar <strong>da</strong> economia nacional que o Dr. Filipe <strong>de</strong> Jesus pensa que<br />

o Senhor Manuel Bagina começou a sua intervenção, foi também para falar uma<br />

vez mais <strong>de</strong> matéria corrente, matéria repeti<strong>da</strong> sobre a situação <strong>da</strong> economia e<br />

financeira <strong>da</strong> nossa edili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Em diversas ocasiões, ain<strong>da</strong> muito recentemente<br />

nas últimas <strong>Assembleia</strong>s Municipais, por várias e repeti<strong>da</strong>s vezes o Partido<br />

Socialista antes <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m do dia fez pedidos <strong>de</strong> informação junto do Senhor<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> em relação a um documento on<strong>de</strong> era pedi<strong>da</strong><br />

informação concreta, informação objectiva e informação cabal do ponto <strong>de</strong> vista<br />

do rigor em relação à situação económica e financeira <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Portalegre</strong>. O Senhor Manuel Bagina vem hoje perguntar qual é o défice, pelo que<br />

perguntou se estava a falar do défice <strong>de</strong> tesouraria, do défice corrente entre a<br />

<strong>de</strong>spesa e a receita ou na dívi<strong>da</strong> que está para solver em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> empréstimos<br />

bancários e sobre a maturi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mesma. São questões que são abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s por<br />

vezes com alguma superficiali<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>ve-se ter algum rigor e <strong>de</strong>ve-se, porque<br />

tudo passa lá para fora, abor<strong>da</strong>r as questões com transparência e com leal<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

porque já outrora e por não raras vezes foram questionados sobre as questões<br />

económicas e financeiras <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>. No entanto, na<br />

penúltima <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> falou-se porventura com alguma exaustão sobre<br />

múltiplos aspectos em relação à situação económica e financeira em que vive o<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>. ----------------------------------------------------------------------------<br />

Referiu ain<strong>da</strong> que po<strong>de</strong>m os Senhores presentes nas <strong>Assembleia</strong>s Municipais<br />

discor<strong>da</strong>r, po<strong>de</strong>m ter interpretação distinta em relação às orientações que são<br />

toma<strong>da</strong>s, po<strong>de</strong>m inclusivamente se assim o enten<strong>de</strong>rem discutir com quem <strong>de</strong><br />

direito se concor<strong>da</strong>m ou não com aquilo que é a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira situação económica e<br />

financeira <strong>da</strong> Câmara, no entanto, salve melhor opinião, pecam por falta <strong>de</strong><br />

profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> rigor, alguns dos pedidos que reitera<strong>da</strong>s diversas vezes têm<br />

sido solicitados à <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>.-------------------------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

15


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

DOCUMENTAÇÃO SOBRE A ASSEMBLEIA MUNICIPAL:<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Luís Testa referiu que só recebeu o CD <strong>da</strong><br />

Or<strong>de</strong>m do Dia e o outro com os assuntos Fora <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>m não. --------------------------<br />

Devi<strong>da</strong>mente autoriza<strong>da</strong> pelo Sr. Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> a Chefe <strong>da</strong><br />

Divisão Administrativa e <strong>de</strong> Recursos Humanos, que secretaria o órgão em causa,<br />

informou que o CD contendo os assuntos Fora <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m do Dia, foi entregue no<br />

mesmo local do anterior e on<strong>de</strong> é habitual, no mesmo dia em que foi entregue aos<br />

restantes membros <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong>. ------------------------------------------------<br />

DOCUMENTAÇAÕ SOBRE UM SERVIÇO DE ASSESSORIA:<br />

Disse ain<strong>da</strong> que gostaria <strong>de</strong> saber sobre a informação que requereu, acerca do<br />

contrato <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços <strong>da</strong> empresa <strong>de</strong> advocacia que prestou um<br />

célebre serviço <strong>de</strong> assessoria jurídico à Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> e caso<br />

esse requerimento não tenha obtido resposta, solicita que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

<strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> interce<strong>da</strong> para que o assunto fique <strong>de</strong> uma vez por to<strong>da</strong>s<br />

esclarecido. ---------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Sobre o esclarecimento solicitado pelo Senhor Luís Testa relativamente ao<br />

requerimento que fez sobre os valores pagos pelo apoio jurídico que uma<br />

empresa prestou à Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

<strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> referiu que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara lhe transmitiu<br />

que já tinha sido emiti<strong>da</strong> resposta a esse requerimento. -----------------------------------<br />

VOTO DE PESAR:<br />

O Senhor Luís Testa apresentou à Dr.ª Luísa Moreira o seu Voto <strong>de</strong> Pesar pelo<br />

falecimento <strong>de</strong> seu pai, Dr. Emílio Moreira, que foi uma personali<strong>da</strong><strong>de</strong> e que<br />

embora muitas vezes discor<strong>da</strong>sse politica ou i<strong>de</strong>ologicamente <strong>de</strong>le, apren<strong>de</strong>u a<br />

admirá-lo pela sua frontali<strong>da</strong><strong>de</strong> e coerência que sempre <strong>de</strong>monstrou. Disse que<br />

tal Voto <strong>de</strong> Pesar é extensível à banca<strong>da</strong> do Partido Socialista e que gostaria <strong>de</strong> o<br />

partilhar com a banca<strong>da</strong> do Partido Social Democrata. -------------------------------------<br />

ORDEM DO DIA:<br />

=============<br />

Neste momento <strong>de</strong>u o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> inicio à or<strong>de</strong>m<br />

do dia, entregue a todos os membros do órgão <strong>de</strong>liberativo e elabora<strong>da</strong> nos<br />

termos do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 442/91, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro, na sua<br />

actual re<strong>da</strong>cção. ---------------------------------------------------------------------------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

16


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

1 – INFORMAÇÃO DO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA SOBRE A<br />

ACTIVIDADE MUNICIPAL, NOS TERMOS DA ALÍNEA e) DO n.º 1 DO ARTIGO<br />

53.º DO DECRETO-LEI N.º 169/99, <strong>de</strong> 18 DE SETEMBRO, NA SUA ACTUAL<br />

REDACÇÃO:<br />

A <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento <strong>da</strong> informação presta<strong>da</strong> pelo<br />

Senhor Presi<strong>de</strong>nte, nos termos <strong>da</strong> Lei, sobre a qual não se verificou qualquer<br />

intervenção ---------------------------------------------------------------------------------------------<br />

2 – ACTA N.º 25 RELATIVA À SESSÃO ORDINÁRIA REALIZADA EM 26 DE<br />

ABRIL DE 2005;<br />

Posta em apreciação a acta acima referencia<strong>da</strong>, não foi apresenta<strong>da</strong> qualquer<br />

proposta <strong>de</strong> rectificação. ----------------------------------------------------------------------------<br />

DELIBERAÇÃO: a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento e <strong>de</strong>liberou, por<br />

maioria e em minuta, com as abstenções dos Senhores Joaquim Herculano, Luís<br />

Testa, Rui Antão, Altino Barra<strong>da</strong>s, José Manuel Chapelli e Carlos Vintém, aprovar<br />

a acta <strong>da</strong> sessão <strong>ordinária</strong> realiza<strong>da</strong> em 26 <strong>de</strong> Abril findo. --------------------------------<br />

3 – JOÃO CARLOS DUARTE GUERRA PINTO – RECONHECIMENTO DO<br />

INTERESSE MUNICIPAL;<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.04.27-<br />

Presente informação n.º 345, <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> 21 <strong>de</strong> Abril, do Departamento <strong>de</strong> Urbanismo<br />

e Obras Municipais, com proposta <strong>de</strong> classificação <strong>de</strong> imóvel como <strong>de</strong> Interesse<br />

<strong>Municipal</strong>, sito na Quinta <strong>da</strong> Provença, apresentado por João Carlos Duarte<br />

Guerra Pinto, proposta essa que mereceu aprovação do executivo em sua<br />

reunião <strong>ordinária</strong> realiza<strong>da</strong> em 27 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2005. -----------------------------------------<br />

DELIBERAÇÃO (nominal): a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento e<br />

<strong>de</strong>liberou, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> e em minuta, aprovar a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> Câmara<br />

toma<strong>da</strong> em reunião realiza<strong>da</strong> em 27 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2005, que aprovou a classificação<br />

<strong>da</strong> Quinta <strong>da</strong> Provença como Imóvel <strong>de</strong> Interesse <strong>Municipal</strong>. -----------------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

17


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

4 – ÁGUAS DO NORTE ALENTEJANO – RECONHECIMENTO DO INTERESSE<br />

PÚBLICO;<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.04.27 -<br />

Presente o pedido <strong>de</strong> reconhecimento do Interesse Público <strong>da</strong>s pequenas Etar’s a<br />

construir pela Águas do Norte Alentejano, pedido esse que mereceu a aprovação<br />

do executivo em sua reunião <strong>ordinária</strong> realiza<strong>da</strong> em 27 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2005.-------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Dr. Carlos Vintém referiu que, como muitos<br />

pontos, este apareceu com algum défice <strong>de</strong> informação, concretamente o que<br />

aparece é o parecer jurídico, não aparece o documento sobre o qual é <strong>da</strong>do o<br />

parecer.--------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Referiu ain<strong>da</strong> que não sabe on<strong>de</strong> é que são as Etar’s, a sua dimensão e on<strong>de</strong><br />

estão situa<strong>da</strong>s e há um parecer jurídico sobre o assunto.----------------------------------<br />

Devi<strong>da</strong>mente autorizado o Senhor Vereador Biscainho explicou quais eram os<br />

terrenos on<strong>de</strong> as Etar’s se iriam situar.----------------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Dr. Menezes referiu que se estava a terminar<br />

o man<strong>da</strong>to, mas que em futuros man<strong>da</strong>tos seria útil que em ca<strong>da</strong> ponto <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong> Trabalhos, houvesse uma apresentação resumi<strong>da</strong> e concisa sobre os<br />

assuntos, até feita pelos funcionários aquando <strong>da</strong> sua apresentação ao executivo<br />

ou uma pequena explicação <strong>da</strong> parte do executivo, ou até as actas explanarem os<br />

assuntos tratados, para não se ficar com aspectos formais <strong>de</strong> mais parecer<br />

jurídico menos parecer jurídico, pois o que interessa é o conteúdo. Ao serem lidos<br />

os documentos os membros do órgão <strong>de</strong>liberativo não percebem bem o alcance,<br />

quer <strong>da</strong> proposta, quer <strong>da</strong> <strong>de</strong>cisão toma<strong>da</strong> sobre o mesmo, porque esta não é<br />

clara e objectiva. --------------------------------------------------------------------------------------<br />

Devi<strong>da</strong>mente autorizado o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara referiu que estamos em<br />

2005 a tratar <strong>de</strong> questões que na sua opinião já <strong>de</strong>viam estar trata<strong>da</strong>s há muito<br />

tempo. Na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> o que se está a tratar é que existem mecanismos que<br />

permitem consubstanciar a instalação <strong>da</strong>s referi<strong>da</strong>s Etar’s, as três que se está a<br />

falar são as que estão relaciona<strong>da</strong>s com a Carreiras - na zona dos Cabris; a zona<br />

<strong>da</strong> Vargem para apanhar todos os efluentes <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a zona <strong>da</strong> Ribeira <strong>de</strong> Nisa e a<br />

zona <strong>de</strong> Vale <strong>de</strong> Cavalos e é basicamente o que está em causa. As<br />

circunstâncias <strong>de</strong> alguns <strong>de</strong>stes terrenos po<strong>de</strong>rem ter diferentes classificações é<br />

que dá origem a esta situação. O que aconteceu <strong>de</strong> facto foi um engano pois foi<br />

enviado três vezes o parecer jurídico e não o documento ao qual este <strong>de</strong>veria ter<br />

sido agregado. -----------------------------------------------------------------------------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

18


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Eng.º Pinto Leite referiu que concor<strong>da</strong><br />

inteiramente com o Dr. Casimiro Menezes, que era preciso realmente ir à<br />

substância em relação a este caso concreto, dá i<strong>de</strong>ia que é genérico para to<strong>da</strong>s<br />

as Etar’s do concelho. -------------------------------------------------------------------------------<br />

Foi respondido pela mesa que o assunto se referia apenas às Etar’s <strong>de</strong> Carreiras,<br />

Vargem e Vale <strong>de</strong> Cavalos. ------------------------------------------------------------------------<br />

Referiu ain<strong>da</strong> o Senhor Eng.º Pinto Leite que o assunto tem que ser transparente<br />

porque se vem à <strong>Assembleia</strong> tem que haver um motivo e não sabe se o que está<br />

em questão é a REN (Reserva Ecológica Nacional), porque não se po<strong>de</strong> construir<br />

na<strong>da</strong> em reserva ecológica, mas normalmente as Etar’s são em sítios baixos junto<br />

à Ribeira para os efluentes serem tratados e portanto excepcionam-se caso a<br />

caso e permite-se que sejam construí<strong>da</strong>s. É uma questão que é do<br />

reconhecimento <strong>de</strong> Interesse Público, que é feito ministerialmente e há outra<br />

questão que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> Declaração para Interesse Público para efeitos <strong>de</strong><br />

expropriação. Aí o caso, então é mais <strong>de</strong>licado porque há processos <strong>de</strong><br />

transparência e ao aprovar-se tal matéria em bloco é complicado. ---------------------<br />

Disse ain<strong>da</strong> que no que diz respeito a estas três Etar’s as mesmas <strong>de</strong>veriam estar<br />

localiza<strong>da</strong>s e só <strong>de</strong>pois submeti<strong>da</strong>s ao Reconhecimento do Interesse Público,<br />

porque assim, á parti<strong>da</strong>, fica tal reconhecimento para qualquer Etar, em qualquer<br />

ponto que a empresa <strong>da</strong>s Águas do Norte Alentejano venha a achar conveniente.<br />

Uma empresa que nem sequer tem as preocupações <strong>da</strong> Câmara, rege-se muito<br />

pelo lucro e muitas vezes quer fazer a Etar num sítio on<strong>de</strong> fique mais barato e<br />

este é inconveniente. No entanto às vezes o interesse público sobrepõe a este<br />

interesse particular <strong>da</strong> empresa e tem que se procurar um terreno que<br />

eventualmente saindo o investimento mais caro seja mais condizente. Daí a<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> sua localização estar <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>. -----------------------------------------------<br />

No caso <strong>de</strong> ser para classificação <strong>de</strong> interesse público para expropriação tem que<br />

se saber qual é o prédio e quem é o proprietário a que vai ser afectado para as<br />

pessoas saberem, se inteirarem <strong>da</strong> situação e se po<strong>de</strong>rem manifestar, mas <strong>de</strong><br />

qualquer maneira vai abster-se por achar que não está <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente informado<br />

para se prenunciar. -----------------------------------------------------------------------------------<br />

Devi<strong>da</strong>mente autorizado o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara voltou a referir que há<br />

um lapso, que o documento que <strong>de</strong>via ter sido à <strong>Assembleia</strong> não foi e foi outro por<br />

engano, mas pensa que a situação que o Senhor Eng.º Pinto Leite acabou <strong>de</strong><br />

referir não acontece e o executivo assume que vão visionar o documento e se<br />

casos do tipo que o Eng.º acabou <strong>de</strong> mencionar estiverem perspectivados<br />

acontecerem, o executivo vai acautelar para que isso não aconteça.-------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

19


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Neste momento o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> perguntou aos<br />

membros <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> se estavam <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente esclarecidos para votar o<br />

ponto respeitante às Etar’s, ou seja, a <strong>de</strong> Vale <strong>de</strong> Cavalos, Vargem e Carreiras. ---<br />

Antes <strong>de</strong> se proce<strong>de</strong>r à votação o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>de</strong>u a<br />

palavra ao Senhor Fitas. ----------------------------------------------------------------------------<br />

No concerne às Etar’s o Senhor Fitas perguntou sobre uma informação que<br />

solicitou ao executivo em relação aos esgotos dos Bertoldos e foi--lhe informado<br />

que esse assunto seria <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Empresa <strong>da</strong>s Águas do Norte<br />

Alentejano e que seria posto em concurso durante os meses <strong>de</strong> Maio / Junho a<br />

questão <strong>da</strong> Etar. No entanto não ouviu na<strong>da</strong> em relação ao assunto aquando <strong>da</strong><br />

discussão <strong>da</strong>s Etar’s. --------------------------------------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Alfredo Nunes começou por dizer que para<br />

quem está ali sentado há horas e a ouvir trocas <strong>de</strong> mimos como acontece muitas<br />

vezes e há na sala pessoas que estão a falar gratuitamente e ficam incomo<strong>da</strong>dos<br />

não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser confrangedor essa troca <strong>de</strong> mimos. ---------------------------------------<br />

Disse ain<strong>da</strong> que estão presentes na sala pessoas que fizeram parte do último<br />

executivo e estão a afirmar, por exemplo, no caso dos Cabris como disse o Sr.<br />

Luís Testa, que já <strong>de</strong>veriam estar feitas nesta man<strong>da</strong>to, mas os Cabris são do<br />

início do executivo anterior e o executivo anterior não fez na<strong>da</strong> e é natural que o<br />

presente executivo ain<strong>da</strong> não tenha tido tempo <strong>de</strong> comprar terreno para fazer o<br />

projecto e executar a obra, portanto não vale a pena estar-se a afirmar que há<br />

quatro anos já <strong>de</strong>viam estar prontas as obras, quando já foram outros quatros<br />

anos que apenas se falou e na<strong>da</strong> se fez. -------------------------------------------------------<br />

Pedindo <strong>da</strong> palavra o Senhor Luís Testa disse que quatro anos do executivo<br />

anterior, são quatro anos do executivo <strong>de</strong> agora.---------------------------------------------<br />

No uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Eng.º Pinto Leite referiu que a <strong>Assembleia</strong> tem<br />

estado a <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> modo exemplar, não viu ain<strong>da</strong> uma per<strong>da</strong> <strong>de</strong> tempo e<br />

portanto não vê motivo nenhum para o comentário do Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta<br />

<strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Carreiras. -------------------------------------------------------------------------<br />

Disse também que já tem havido alturas em que realmente uma pessoa se sente<br />

confrangi<strong>da</strong>, mas a presente <strong>Assembleia</strong> consi<strong>de</strong>ra que foi exemplar. ----------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Dr. Carlos Vintém referiu que são<br />

responsáveis e gostam <strong>de</strong> votar os assuntos com to<strong>da</strong> a informação e não estão a<br />

levantar qualquer problema à aprovação do documento, estão a pedir<br />

esclarecimento sobre o documentos, mas a intervenção do Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

Junta <strong>de</strong> Freguesia obriga-o a fazer uma intervenção que não gostaria <strong>de</strong> fazer. ---<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

20


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Disse então, que estão a terminar os quatro anos <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> e <strong>da</strong>s<br />

<strong>Assembleia</strong>s em que tem participado esta é a que apresenta maior défice <strong>de</strong><br />

informação que tem chegado junto dos documentos para aprovar. Não é a<br />

primeira vez que faz este tipo <strong>de</strong> reparo, já pediu ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

<strong>Assembleia</strong> para tentar resolver o problema, mas não fez esse pedido para tentar<br />

<strong>de</strong>sprestigiar quem quer que fosse, mas sim para que a <strong>Assembleia</strong> possa <strong>de</strong>cidir<br />

com base na informação mais correcta sobre os assuntos que lhe são colocados.<br />

DELIBERAÇÃO: a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento e <strong>de</strong>liberou, por<br />

maioria e em minuta, com as abstenções dos Senhores, Luís Testa, Jaime Ceia,<br />

Francisco Silva, Carlos Vintém, José Pinto Leite, Manuel Marques, José Fitas,<br />

Chambel Tomé e Manuel Bagina. ----------------------------------------------------------------<br />

5 – REDUÇÃO DE TAXAS – PEDIDO APRESENTADO PELO CENTRO DE BEM<br />

ESTAR SOCIAL DO REGUENGO;<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.05.27 -<br />

Presente informação, <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2005, do Departamento <strong>de</strong><br />

Urbanismo e Obras Municipais, referindo que o Centro <strong>de</strong> Bem Estar Social do<br />

Reguengo po<strong>de</strong>rá beneficiar <strong>da</strong> redução <strong>de</strong> taxas em 50%, <strong>de</strong> acordo com o<br />

artigo n.º 15.º, n.º 3 do RMUTCU. Tal informação mereceu aprovação do<br />

executivo em reunião <strong>ordinária</strong> realiza<strong>da</strong> em 27 <strong>de</strong> Maio findo. --------------------------<br />

DELIBERAÇÃO (nominal): a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento e<br />

<strong>de</strong>liberou, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> e em minuta, aprovar a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> Câmara<br />

toma<strong>da</strong> em reunião <strong>ordinária</strong> realiza<strong>da</strong> em 27 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2005, que aprovou o<br />

pedido <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> taxas para 50% apresentado pelo Centro <strong>de</strong> Bem Estar<br />

Social do Reguengo. ---------------------------------------------------------------------------------<br />

6 – PLANO DE PORMENOR DE EXPANSÃO DA ZONA INDUSTRIAL DE<br />

PORTALEGRE – PROPOSTA DE ALTERAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE<br />

AQUISIÇÃO DOS PRÉDIOS RÚSTICOS CADASTRADOS SOB OS ART.ºS 174-<br />

A e 175-A DA FREGUESIA DA SÉ;<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.06.08 -<br />

Presente o Plano <strong>de</strong> Pormenor <strong>de</strong> Expansão <strong>da</strong> Zona Industrial <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> –<br />

Proposta <strong>de</strong> alteração às condições <strong>de</strong> aquisição dos prédios rústicos<br />

ca<strong>da</strong>strados sob os artigos 174-A e 175-A <strong>da</strong> Freguesia <strong>da</strong> Sé, que mereceram<br />

aprovação do executivo em reunião <strong>ordinária</strong> realiza<strong>da</strong> em 08 <strong>de</strong> Junho em curso.<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Eng.º Pinto Leite referiu que relativamente à<br />

questão <strong>da</strong> compra e ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> terrenos na Zona Industrial, o processo vai mal<br />

preparado, mal estu<strong>da</strong>do, o que tem originado gran<strong>de</strong>s trapalha<strong>da</strong>s e o próprio<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

21


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

plano <strong>de</strong> alienação, como se vêm os terrenos mais baratos são comprados a 2.50<br />

€, os outros são todos 1€ a 5 € o m 2 <strong>de</strong> infraestruturais e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> investidos 2 a<br />

3 milhões <strong>de</strong> contos, o que vai acontecer aos lotes industriais ao fim <strong>de</strong> sete anos<br />

é que são <strong>de</strong> negociação livre. Antes po<strong>de</strong>rão também sê-lo com a anuência <strong>da</strong><br />

<strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong>. -------------------------------------------------------------------------------<br />

Disse ain<strong>da</strong> que na presente sessão vem mesmo um assunto <strong>de</strong>sses e não há<br />

memória <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> ter recusado a ratificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação do<br />

executivo, inviabilizando um negócio que fosse. Pensa pois que os lotes na Zona<br />

Industrial vão ser todos vendidos e <strong>de</strong>pois vem uma empresa para se instalar e<br />

não tem terreno. ---------------------------------------------------------------------------------------<br />

Referiu que acha que diversos projectos <strong>de</strong>viam ser merecedores até <strong>de</strong> terreno<br />

gratuito, mas para isso é preciso ficar algum terreno na posse <strong>da</strong> Câmara, pois ao<br />

invés, se for tudo alienado, não encontra viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> para projectos futuros. ---------<br />

Devi<strong>da</strong>mente autorizado o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara dirigiu-se ao Sr. Eng.º<br />

Pinto Leite e referiu que <strong>de</strong> facto e infelizmente não estão os terrenos todos<br />

vendidos e não se vão ven<strong>de</strong>r todos. Felizmente vão-se ven<strong>de</strong>r muitos e para<br />

colmatar e precaver o facto <strong>de</strong> se ven<strong>de</strong>rem todos e não haver outros terrenos, a<br />

Câmara só tem que continuar a comprar mais terrenos para manter uma bolsa <strong>de</strong><br />

oferta. ----------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Disse que o que mais se previu na especulação que se po<strong>de</strong> fazer nos negócios<br />

<strong>de</strong> terrenos, é não diminuir a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> posse por parte <strong>da</strong> Câmara sobre tais<br />

terrenos para po<strong>de</strong>r funcionar em alternativa, porque o que <strong>de</strong>u origem à<br />

especulação <strong>de</strong> terrenos foi <strong>de</strong> facto aparecerem dois ou três lotes para trinta<br />

compradores e aí compravam aqueles que tinham mais dinheiro e nem sempre<br />

aqueles que precisavam <strong>de</strong> instalar a sua empresa e a sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong>.----------------<br />

Quanto ao facto <strong>de</strong> se comprar terrenos, alguns relativamente mais caros, é<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas do conjunto <strong>de</strong> hectares que se comprou para instalar o Plano <strong>de</strong><br />

Pormenor <strong>da</strong> Zona Industrial, esses são <strong>de</strong> facto uma percentagem ínfima em que<br />

pessoas pela especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> terrenos que tinham no sítio exacto do Plano <strong>de</strong><br />

Pormenor, foi obrigatório, <strong>de</strong> certo modo e por imperativos <strong>de</strong> consciência, ter em<br />

conta quer em termos <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> avaliação, quer em termos <strong>de</strong> especifici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sses terrenos, a generali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> sua compra.---------------------------------------------<br />

Referiu ain<strong>da</strong> que dos trezentos lotes que configuram a zona <strong>de</strong> expansão, tem<br />

candi<strong>da</strong>turas para cerca <strong>de</strong> 120. -----------------------------------------------------------------<br />

Vale a pena ter já uma perspectiva <strong>de</strong> mais expansão no caso <strong>de</strong>la vir a ser<br />

necessária, para que a especulação não se venha a montar com quem queira<br />

comprar terrenos agora e especular com eles imediatamente a seguir. Assim, é<br />

ter terrenos em oferta e inibir exactamente essa situação, é a forma <strong>de</strong> o po<strong>de</strong>r<br />

fazer, porque todos os mecanismos que se montaram em <strong>Portalegre</strong>, na Zona<br />

Industrial, para inibir as trocas e as transacções que se montaram a seguir, a<br />

última que é conheci<strong>da</strong> é aquela em que pessoas e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s que constituíram<br />

empresas e <strong>de</strong>pois como não podiam ven<strong>de</strong>r os terrenos, vendiam a empresa que<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

22


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

era dona do terreno e portanto não é por aí que se vai, só se lá vai com o<br />

aumento <strong>da</strong> oferta e <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sencorajar e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sincentivar à compra<br />

para posterior especulação. ------------------------------------------------------------------------<br />

A situação está profun<strong>da</strong>mente equilibra<strong>da</strong>, não existe nenhuma situação<br />

preocupante quer no ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong> aquisição dos terrenos, quer do ponto <strong>de</strong><br />

vista <strong>da</strong> gestão global <strong>da</strong> situação. Infelizmente não se tem os lotes todos<br />

esgotados, mas se por acaso isso evoluir nesse sentido há uma coisa que<br />

garante, é que a Câmara tem já em perspectiva mais área para no caso <strong>da</strong>queles<br />

terrenos exibirem alguma hipótese <strong>de</strong> se po<strong>de</strong>rem esgotar com alguma rapi<strong>de</strong>z,<br />

aumentar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta. ----------------------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Dr. Casimiro Menezes referiu que to<strong>da</strong> esta<br />

situação leva a uma reflexão sobre a política industrial <strong>da</strong> zona <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>. O<br />

que todos preten<strong>de</strong>m é que as novas empresas se instalem em <strong>Portalegre</strong>, criem<br />

emprego, fun<strong>da</strong>mentalmente isso, mas é preciso <strong>de</strong>finir o tipo <strong>de</strong> empresas que<br />

se vão instalar nesses terrenos e essencialmente aproveitar aquilo que era a<br />

gran<strong>de</strong> promessa, que é o problema <strong>da</strong> utilização do gás natural. Temos gás<br />

natural na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e como será possível com o esforço que o executivo faça, criar<br />

ca<strong>da</strong> vez mais infraestruturas industriais e como será possível atrair empresas<br />

que utilizando a nossa energia, que é o gás natural, possamos criar mais<br />

emprego e termos investimentos.-----------------------------------------------------------------<br />

No uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Eng.º Pinto Leite disse que nestas coisas é preciso<br />

estu<strong>da</strong>r, principalmente quando se mexe no mercado, que é uma coisa<br />

perigosíssima, tem que se pensar, tem que se estu<strong>da</strong>r os incentivos pois quando<br />

não são bem estu<strong>da</strong>dos, quando não se me<strong>de</strong> os seus impactos são sempre<br />

contraproducentes. ----------------------------------------------------------------------------------<br />

Referiu ain<strong>da</strong> que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara não está a falar do mecanismo<br />

regressivo, por exemplo entre 10 contos o m2 e 1 conto m2, mas está a falar<br />

entre 5€ e 1€ e não o preço justo, 7 ou 8 contos o m2 e 1 conto o m2, mas não é<br />

o que é bom, o que é justo ou injusto, pois neste país já não se po<strong>de</strong> pensar em<br />

termos <strong>da</strong> justiça, o que é bom ou mau, tem que se pensar se há dinheiro ou não<br />

para se po<strong>de</strong>r pagar essa justiças. --------------------------------------------------------------<br />

Disse que se está a falar <strong>de</strong> infra estruturações <strong>de</strong> 2 a 3 milhões <strong>de</strong> contos e a<br />

seguir logo que se ven<strong>da</strong>m vai infraestruturar-se com mais milhões <strong>de</strong> contos e<br />

que geram directamente para a Câmara meia dúzia <strong>de</strong> tostões. Perguntou então,<br />

quem é que paga esses 2 ou 3 milhões <strong>de</strong> contos? -----------------------------------------<br />

Os fundos comunitários estão a acabar e está convencido que os fundos<br />

comunitários po<strong>de</strong>rão pagar uma pequena fracção do que é a nova Zona<br />

Industrial <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>. -----------------------------------------------------------------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

23


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Voltou a perguntar a on<strong>de</strong> é que está o dinheiro para se fazer o financiamento,<br />

para continuar a adjudicar obras <strong>de</strong> centenas e centenas milhares <strong>de</strong> contos e<br />

que não têm retorno. ---------------------------------------------------------------------------------<br />

Há casos <strong>de</strong> permutas em que se sabe que praticamente os donos dos terrenos<br />

têm direito a meta<strong>de</strong> dos lotes e portanto o preço <strong>de</strong>sses terrenos é totalmente<br />

diferente. ------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Devi<strong>da</strong>mente autorizado e após diálogo havido entre o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong><br />

Câmara e o Sr. Eng.º Pinto Leite, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte disse que a Câmara está a<br />

tentar ven<strong>de</strong>r estes terrenos exactamente para <strong>da</strong>r o negócio <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> na<br />

perspectiva <strong>da</strong>s empresas e <strong>da</strong> Zona Industrial, não está na ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> terrenos,<br />

está a instalação <strong>da</strong>s empresas, na criação <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho, no efeito<br />

indutor indirecto que esta situação tem, portanto se forem feitas as contas aos<br />

lotes <strong>de</strong> terreno e ao negócio que está montado, os fundos comunitários com o<br />

dinheiro <strong>da</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong>stes terrenos, suporta, genericamente, o negócio. ---------------<br />

Disse ain<strong>da</strong> que tem tanta condição para dizer isto, assim como o Sr. Eng.º tem<br />

para <strong>de</strong>smentir. O que está em causa é uma filosofia <strong>de</strong> fundo. Ven<strong>de</strong>r terrenos<br />

neste momento ou instalar empresas e se aparecerem empresas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s condições não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ter acesso às instalações nem que seja a<br />

título gratuito, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seja interessante. Estão a tentar aumentar a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

a combativi<strong>da</strong><strong>de</strong> no sentido <strong>de</strong> criar empregos e <strong>de</strong> criar riqueza, porque se não,<br />

on<strong>de</strong> é que está a gran<strong>de</strong> solução alternativa <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>? Criar postos <strong>de</strong><br />

trabalho, <strong>de</strong> fixar gente, <strong>de</strong> fixar empresas? é através <strong>da</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> terrenos<br />

caros? Este negócio mesmo que tenha algum défice, vale a pena fazê-lo.------------<br />

Perguntou quem vai comprar em <strong>Portalegre</strong> terrenos a 7 ou 8 contos o m2, se<br />

aqui ao lado em outras ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, têm melhores condições e se forem feitas a<br />

contas, o somatório dos fundos comunitários, é que se vê a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> obter<br />

ou não as infraestruturas mais o valor do negócio <strong>da</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> terrenos, vai<br />

suportar genericamente a situação, mesmo que haja alguma situação <strong>de</strong> défice o<br />

ganho advirá <strong>da</strong> fixação <strong>da</strong>s empresas e dos postos <strong>de</strong> trabalho. -----------------------<br />

No uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Eng.º Pinto Leite disse que a única coisa que pe<strong>de</strong> é<br />

que o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara estu<strong>de</strong> ou man<strong>de</strong> fazer estudos <strong>de</strong> impacto,<br />

porque hoje em dia nesta socie<strong>da</strong><strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna e competitiva não basta ser-se<br />

indutivo e parecer que genericamente as coisas dão porque têm que <strong>da</strong>r; é<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong> isso, mas <strong>de</strong>pois é preciso seguir o rasto até ao fim e estu<strong>da</strong>r as<br />

situações to<strong>da</strong>s e ver se tudo é sustentável, porque hoje em dia as coisas são tão<br />

complexas que pelo meio instalam-se os tais tumores que vão minar <strong>de</strong>pois to<strong>da</strong><br />

a solução que parecia muito boa e politicamente responsável e competente e<br />

<strong>de</strong>pois a gestão concreta <strong>da</strong> situação e é nisso que essencialmente tem criticado<br />

muito a gestão do executivo, é porque enten<strong>de</strong> que as gestão <strong>da</strong> coisa pública<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

24


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

<strong>de</strong>pois não é eficaz até ao fim. Deixa muito a <strong>de</strong>sejar e os problemas que se<br />

criam são para o futuro. -----------------------------------------------------------------------------<br />

Mais uma vez pediu que se estu<strong>de</strong> bastante, que se vejam as alternativas e que<br />

se mu<strong>de</strong> o que for necessário.---------------------------------------------------------------------<br />

O Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara disse ao Sr. Eng.º Pinto Leite que irão tentar<br />

estu<strong>da</strong>r o que for necessário, mas há uma coisa que não se po<strong>de</strong> nem se <strong>de</strong>ve<br />

fazer que é an<strong>da</strong>r eternamente a estu<strong>da</strong>r e o resto do mundo passa ao lado e<br />

<strong>de</strong>pois per<strong>de</strong>-se o percurso dos acontecimentos. Na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> se todos se<br />

<strong>de</strong>bruçarem e se tornarem preventivos e precavidos até à exaustão, quando<br />

chegarem a ter o estudo completamente elaborado e executado, passou a on<strong>da</strong>,<br />

passou a época e ficou-se com um estudo precioso, provavelmente infalível, mas<br />

a vi<strong>da</strong> evoluiu noutro sentido e passou ao lado. ----------------------------------------------<br />

DELIBERAÇÃO (nominal): a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento e<br />

<strong>de</strong>liberou, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> e em minuta, aprovar a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> Câmara<br />

toma<strong>da</strong> em reunião realiza<strong>da</strong> em 8 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, que aprovou a proposta <strong>de</strong><br />

alteração às condições dos prédios em causa. -----------------------------------------------<br />

7 – PLANO DE PORMENOR DE EXPANSÃO DA ZONA INDUSTRIAL DE<br />

PORTALEGRE – PROPOSTA DE AQUISIÇÃO DE PARCELAS DOS PRÉDIOS<br />

COM OS ART.ºS 1, 2 E 3 DA SECÇÃO E DA FREGUESIA DE URRA;<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.06.08 -<br />

Este ponto já foi <strong>de</strong>batido e aprovado antes <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m do Dia, por força do pedido<br />

<strong>de</strong> aprovação, Fora <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m do Dia, <strong>de</strong> assunto que a este respeitava. -------------<br />

8 – PLANO DE PORMENOR DE EXPANSÃO DA ZONA INDUSTRIAL DE<br />

PORTALEGRE – PROPOSTA DE ALTERAÇÃO ÀS CONDIÇÕES DE<br />

AQUISIÇÃO DE 2 PARCELAS DO PRÉDIO COM O ART. 8 DA SECÇÃO “D”<br />

DA FREGUESIA DE URRA;<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.06.08 -<br />

Presente informação n.º 55, <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> <strong>de</strong> 2005.06.01, do Senhor Vereador Luís<br />

Calado, propondo a anulação <strong>da</strong> <strong>de</strong>liberação <strong>de</strong> 2004.06.23 e a aquisição <strong>da</strong>s<br />

parcelas <strong>de</strong> terreno com a área <strong>de</strong> 356 180 m2 pelo valor <strong>de</strong> € 873 295,00 e a<br />

permuta <strong>de</strong> uma parcela <strong>de</strong> 6862 m2, a <strong>de</strong>stacar do prédio do município<br />

<strong>de</strong>nominado Orelhanas, para acerto <strong>de</strong> extremas com o plano <strong>de</strong> pormenor em<br />

vigor.------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

DELIBERAÇÃO (nominal): a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento e<br />

<strong>de</strong>liberou, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong> e em minuta, aprovar a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> Câmara<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

25


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

toma<strong>da</strong> em reunião realiza<strong>da</strong> em 08 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, que aprovou a aquisição<br />

<strong>da</strong>s parcelas em causa. -----------------------------------------------------------------------------<br />

9 – MINUTA DE RECTIFICAÇÃO DA ESCRITURA OUTORGADA EM<br />

2004.07.26, A FAVOR DA FUNDAÇÃO ROBINSON;<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.06.08 -<br />

Presente a minuta <strong>de</strong> rectificação <strong>da</strong> escritura outorga<strong>da</strong> em 2004.07.26, a favor<br />

<strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Robinson, acompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong> informação n.º 84, <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

2005.06.03, do Departamento <strong>de</strong> administração Geral e Finanças. ---------------------<br />

Sobre este assunto o Senhor Eng.º Pinto Leite solicitou esclarecimentos, tendo<br />

esses esclarecimentos sido feitos pela Senhora Director do Departamento <strong>de</strong><br />

Administração Geral e Finanças.------------------------------------------------------------------<br />

Dado que o assunto continuou confuso, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte prestou<br />

esclarecimentos adicionais. ------------------------------------------------------------------------<br />

DELIBERAÇÃO (nominal): a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento e<br />

<strong>de</strong>liberou, por maioria e em minuta, com os votos contra dos Senhores, João<br />

Pina, Luís Testa, Jaime Ceia, Francisco Silva, Carlos Vintém, Manuel Marques,<br />

José Fitas, Chambel Tomé e Manuel Bagina e a abstenções do Senhor José<br />

Pinto Leite, aprovar a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> Câmara toma<strong>da</strong> em reunião realiza<strong>da</strong> em 08<br />

<strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, que aprovou a minuta <strong>de</strong> rectificação <strong>da</strong> escritura em causa. ---<br />

Neste momento o Senhor Luís Testa ditou para a acta a seguinte <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />

voto: ------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

“ O objectivo do nosso voto contra é <strong>de</strong>monstrar que continuamos a ser contra<br />

aquela localização para a escola que se preten<strong>de</strong> e <strong>de</strong>monstrar que<br />

provavelmente se a escola tivesse sido feita atempa<strong>da</strong>mente no sítio que estava<br />

inicialmente previsto fazê-la, já estava feita, a funcionar e com outra capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> futuro e por estas razões nos votaremos sempre que se trate <strong>de</strong> localizar e <strong>de</strong><br />

vincar a localização <strong>de</strong>sta escola naquela situação. Nós votaremos sempre<br />

contra, porque achamos que <strong>Portalegre</strong> merecia uma escola a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> ao interior<br />

todo e não merecia apenas uma escola a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> só ao Alentejo”.---------------------<br />

SAÍDA DE MEMBRO DA ASSEMBLEIA:<br />

Neste momento saiu <strong>da</strong> sala o Senhor Luís Testa. ------------------------------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

26


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

10 – RESTRIÇÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE DO LOTE DE TERRENO<br />

N.º 114-A, DA ZONA INDUSTRIAL;<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.06.08 -<br />

Presente requerimento <strong>da</strong>tado <strong>de</strong> 07 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, <strong>de</strong> Fernando Almei<strong>da</strong> &<br />

c.ª – Construções Civis, Ld.ª, solicitando autorização para cancelamento <strong>da</strong><br />

inscrição F1 (restrição ao direito <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>), com referência ao prédio urbano<br />

construído no lote 114-A, freguesia <strong>de</strong> Urra.---------------------------------------------------<br />

Pedindo o uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Eng.º Pinto Leite referiu que se torna um<br />

pouco complicado prenunciar-se sobre uma pessoa ou firma que não conhece,<br />

leu vagamente e <strong>de</strong>u para perceber que a firma tem um problema e para viabilizar<br />

os seus problemas tem que ven<strong>de</strong>r o imóvel. -------------------------------------------------<br />

Referiu ain<strong>da</strong> que acha que a Câmara havia <strong>de</strong> arranjar uma maneira <strong>de</strong> avaliar o<br />

imóvel, com arreca<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s mais valias para a Câmara. Se não houver<br />

nenhuma maneira <strong>de</strong> isso acontecer, então a única hipótese é a Câmara avaliar e<br />

ficar com o bem que <strong>de</strong>pois transacciona. Po<strong>de</strong> ser mau, até po<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r algum<br />

dinheiro, mas mantém a transparência e a enti<strong>da</strong><strong>de</strong> pública tem que manter a<br />

transparência <strong>da</strong>s coisas. ---------------------------------------------------------------------------<br />

No uso <strong>da</strong> palavra o Senhor Eng.º Antão referiu que concor<strong>da</strong> com a i<strong>de</strong>ia do<br />

Senhor Eng.º Pinto Leite. Podia pensar-se numa forma <strong>de</strong> proteger os interesses<br />

<strong>da</strong> Câmara, mas a sua intervenção tem a ver com a restrição ao direito <strong>de</strong><br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> que está junto à documentação que lhe foi entregue e que diz o<br />

seguinte: “A edificação construí<strong>da</strong> não po<strong>de</strong>rá, a qualquer título, ser cedi<strong>da</strong> no<br />

prazo <strong>de</strong> cinco anos a contar <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> concessão <strong>da</strong> respectiva licença <strong>de</strong><br />

utilização”. No seu enten<strong>de</strong>r esta frase <strong>de</strong> “não po<strong>de</strong>rá a qualquer título” significa<br />

que não há hipótese nenhuma <strong>de</strong> esta empresa ce<strong>de</strong>r as suas instalações,<br />

porque ce<strong>de</strong>r não é propriamente ven<strong>de</strong>r, pelo que à que se ter cui<strong>da</strong>do nas<br />

restrições que ficam marca<strong>da</strong>s na Conservatória, para que não haja futuramente<br />

uma má interpretação, que essa sim, po<strong>de</strong>rá ser susceptível <strong>de</strong> criar alguns<br />

dissabores. Na sua opinião e sem querer inviabilizar a pretensão <strong>da</strong> empresa, o<br />

que é certo é que nas cláusulas diz “a qualquer título” e não sabe se a<br />

<strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> po<strong>de</strong>rá sobrepor-se a este registo. ---------------------------------<br />

Devi<strong>da</strong>mente autorizado o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara referiu que à luz do<br />

novo Regulamento essa situação está ultrapassa<strong>da</strong>. ---------------------------------------<br />

DELIBERAÇÃO: a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento e <strong>de</strong>liberou, por<br />

maioria e em minuta, com as abstenções dos Senhores, Rui Antão, João Pina,<br />

Jaime Ceia, Francisco Silva, Carlos Vintém, Pinto Leite, Manuel Marques, José<br />

Fitas, Chambel Tomé, Manuel Bagina, Maria José Fouto e Joaquim Herculano,<br />

aprovar a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> Câmara toma<strong>da</strong> em reunião <strong>de</strong> 08 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005,<br />

que aprovou a ven<strong>da</strong> <strong>da</strong> parcela. -----------------------------------------------------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

27


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

11 – 1.ª REVISÃO AO ORÇAMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE<br />

PORTALEGRE;<br />

- Deliberação 2005.06.08 -<br />

Presente a 1.ª Revisão ao Orçamento <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> <strong>da</strong><br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, para o ano financeiro <strong>de</strong> 2005.------------------------<br />

DELIBERAÇÃO (nominal): a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento e<br />

<strong>de</strong>liberou, por maioria e em minuta, com as abstenções dos Senhores João Pina,<br />

Jaime Ceia, Francisco Silva, Carlos Vintém, Pinto Leite, Manuel Marques, Manuel<br />

Bagina, Maria José Fouto, Chambel Tomé e José Fitas, aprovar a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong><br />

Câmara toma<strong>da</strong> em 08 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, que aprovou a 1.ª Revisão ao<br />

Orçamento <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>. ---------------------------------------------<br />

12 – 1.ª REVISÃO DAS GRANDES OPÇÕES DO PLANO DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE PORTALEGRE;<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.06.08 -<br />

Presente a 1.ª Revisão <strong>da</strong>s Gran<strong>de</strong>s Opções do Plano <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Portalegre</strong> <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, para o ano financeiro <strong>de</strong> 2005. -----<br />

DELIBERAÇÃO (nominal): a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento e<br />

<strong>de</strong>liberou, por maioria e em minuta, com as abstenções dos Senhores João Pina,<br />

Jaime Ceia, Francisco Silva, Carlos Vintém, Pinto Leite, Manuel Marques, Manuel<br />

Bagina, Maria José Fouto, Chambel Tomé e José Fitas, aprovar a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong><br />

Câmara toma<strong>da</strong> em 08 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, que aprovou a 1.ª Revisão <strong>da</strong>s<br />

Gran<strong>de</strong>s Opções do Plano <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>. -------------------------<br />

ENTRADA DE MEMBRO DA ASSEMBLEIA:<br />

Neste momento reentrou na sala o Senhor Luís Testa.-------------------------------------<br />

13 – 1.ª REVISÃO ORÇAMENTAL/2005 DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS<br />

DE ÁGUAS E TRANSPORTES DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTALEGRE;<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.06.08 -<br />

Presente a 1.ª Revisão Orçamental/2005 dos Serviços <strong>Municipal</strong>izados <strong>de</strong> Águas<br />

e Transportes <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Portalegre</strong>. ----------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

28


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

DELIBERAÇÃO (nominal): a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento e<br />

<strong>de</strong>liberou, por maioria e em minuta, com as abstenções dos Senhores João Pina,<br />

Jaime Ceia, Francisco Silva, Carlos Vintém, Pinto Leite, Manuel Marques, Manuel<br />

Bagina, Maria José Fouto, Chambel Tomé, Luís Testa e José Fitas, aprovar a<br />

<strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> Câmara toma<strong>da</strong> em 08 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, que aprovou a 1.ª<br />

Revisão ao Orçamental/2005 dos Serviços <strong>Municipal</strong>izados <strong>de</strong> Águas e<br />

Transportes <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>. --------------------------------------------<br />

14 – 1.ª REVISÃO AO PLANO PLURIANUAL DE INVESTIMENTOS/2005 DOS<br />

SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUAS E TRANSPORTES DA CÂMARA<br />

MUNICIPAL DE PORTALEGRE;<br />

- Deliberação <strong>de</strong> 2005.06.08 -<br />

Presente a 1.ª Revisão ao Plano Plurianual <strong>de</strong> Investimento/2005 dos Serviços<br />

<strong>Municipal</strong>izados <strong>de</strong> Águas e Transportes <strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> <strong>da</strong><br />

Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>. -----------------------------------------------------------------<br />

DELIBERAÇÃO (nominal): a <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> tomou conhecimento e<br />

<strong>de</strong>liberou, por maioria e em minuta, com as abstenções dos Senhores João Pina,<br />

Jaime Ceia, Francisco Silva, Carlos Vintém, Pinto Leite, Manuel Marques, Manuel<br />

Bagina, Maria José Fouto, Chambel Tomé e José Fitas, aprovar a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong><br />

Câmara toma<strong>da</strong> em 08 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2005, que aprovou a 1.ª Revisão ao Plano<br />

Plurianual <strong>de</strong> Investimento dos Serviços <strong>Municipal</strong>izados <strong>de</strong> Águas e Transportes<br />

<strong>da</strong> Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>. -------------------------------------------------------------<br />

FALTAS:<br />

=======<br />

Nos termos do n.º 5 do art.º 46.º <strong>da</strong> Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18/9, na sua actual<br />

re<strong>da</strong>cção, a mesa <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> marcou falta aos Senhores Francisco<br />

Fonseca Almei<strong>da</strong> e João Manuel Nogueira Falcato. -----------------------------------------<br />

INTERVENÇÃO DO PÚBLICO:<br />

========================<br />

Nos termos do Regimento <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong>, <strong>de</strong>u o Senhor Presi<strong>de</strong>nte a<br />

palavra ao público presente na sala, tendo usado <strong>da</strong> palavra o Senhor José<br />

Janela, que começou por cumprimentar todos os presentes tendo-se i<strong>de</strong>ntificado<br />

como Professor <strong>de</strong> Biologia do Ensino Secundário, dirigente do Sindicato dos<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Professores <strong>da</strong> Zona Sul, membro do Conselho Nacional <strong>da</strong> FENPROF e do<br />

Conselho Nacional <strong>da</strong> C.G.T.P. -------------------------------------------------------------------<br />

Disse que na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> representante <strong>da</strong> C.G.T.P. esteve presente no último<br />

conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Segurança, que não reúne <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2003 e que<br />

aí foram <strong>de</strong>batidos temas tão relevantes como a origem e a prevenção dos<br />

incêndios. Gostaria então <strong>de</strong> saber qual a razão porque não se fizeram mais<br />

essas reuniões. ----------------------------------------------------------------------------------------<br />

Referiu ain<strong>da</strong> que a Agen<strong>da</strong> 21 <strong>de</strong>termina que os Municípios tenham um Plano<br />

Ambiental <strong>Municipal</strong>, pelo que pergunta quando é que o Município <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong><br />

vai implementar a Agen<strong>da</strong> 21. ---------------------------------------------------------------------<br />

Disse também que telefonou há quase um ano para o Gabinete do Munícipe para<br />

falar sobre a <strong>da</strong>nificação do mecanismo para reduzir a veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> dos automóveis<br />

junto à Escola <strong>da</strong> Estra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Serra, Na<strong>da</strong> foi feito. Pergunta quando é que a<br />

Câmara preten<strong>de</strong> fazer alguma intervenção nessa zona. ----------------------------------<br />

Por último perguntou ain<strong>da</strong> quando é que serão altera<strong>da</strong>s as passa<strong>de</strong>iras entre o<br />

edifício do Centro Comercial <strong>da</strong> Fonte<strong>de</strong>ira e o Hospital <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong>, pois as que<br />

existem ou vão <strong>da</strong>r aos automóveis ou vão <strong>da</strong>r aos contentores do lixo.---------------<br />

Devi<strong>da</strong>mente autorizado o Senhor Vereador Biscainho referiu que as questões<br />

apresenta<strong>da</strong>s pelo Sr. Dr. José Janela vão-lhe <strong>da</strong>r a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> esclarecer a<br />

<strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong> relativamente a alguns assuntos que são importantes e que<br />

quando são tratados na óptica <strong>da</strong> comunicação social não são <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente<br />

esclarecedores.----------------------------------------------------------------------------------------<br />

No concerne ao Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Segurança, houve uma intervenção há<br />

uns dias atrás on<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>u, sem saber a quem estava a respon<strong>de</strong>r porque<br />

não lhe tinham <strong>da</strong>do a conhecer o conteúdo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>clarações do Delegado <strong>da</strong><br />

União dos Sindicatos, portanto não os conhecendo respon<strong>de</strong>u o que lhe parecia,<br />

pelo que aproveita a intervenção do munícipe para esclarecer o assunto. ------------<br />

Efectivamente na última reunião do Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Segurança foram<br />

coloca<strong>da</strong>s algumas questões nomea<strong>da</strong>mente e principalmente as seguintes:--------<br />

A questão <strong>da</strong> segurança em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s áreas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Houve uma actuação<br />

<strong>da</strong> P.S.P. e <strong>da</strong> G.N.R. nesse sentido e não lhe parece que a situação <strong>de</strong><br />

segurança na ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, nomea<strong>da</strong>mente no que diz respeito aos locais referidos,<br />

tivesse tido alguma evolução no sentido negativo, antes pelo contrário. ---------------<br />

Também foram coloca<strong>da</strong>s algumas questões como indutoras do sentimento <strong>de</strong><br />

segurança e <strong>de</strong> potenciar as condições <strong>de</strong> segurança <strong>da</strong>s pessoas, naquilo que<br />

diz respeito à iluminação pública e entretanto <strong>da</strong>í para cá fez-se a remo<strong>de</strong>lação<br />

<strong>da</strong> iluminação pública em gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e do concelho e estão a<br />

<strong>de</strong>correr concursos para que essa remo<strong>de</strong>lação nas freguesias rurais também se<br />

processe.------------------------------------------------------------------------------------------------<br />

Por outro lado também foram coloca<strong>da</strong>s questões relativamente às <strong>da</strong> segurança.<br />

No que diz respeito ao abastecimento <strong>de</strong> água, nomea<strong>da</strong>mente à segurança aos<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

30


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

<strong>de</strong>pósitos, às portas, às janelas, etc. aí houve uma revisão geral por parte dos<br />

Serviços <strong>Municipal</strong>izados. --------------------------------------------------------------------------<br />

Naquilo que foi efectivamente o gran<strong>de</strong> tema <strong>da</strong> reunião do Conselho <strong>Municipal</strong><br />

<strong>de</strong> Segurança, foi a questão dos fogos florestais. Na sequência <strong>da</strong> catástrofe <strong>de</strong><br />

2003, houve todo um conjunto <strong>de</strong> reformulações <strong>de</strong> legislações novas que<br />

estavam a perspectivar e foram saindo ao longo do tempo, ou seja, saíram novas<br />

Leis, novos documentos e saíram novas estruturas, que ao nível <strong>Municipal</strong><br />

provocou uma interferência nessa área; foram cria<strong>da</strong>s legislação com vista aos<br />

gabinetes técnicos florestais, com vista à implementação <strong>da</strong>s Comissões<br />

Municipais <strong>de</strong> Defesa <strong>da</strong> Floresta Contra Incêndios. ----------------------------------------<br />

Disse ain<strong>da</strong> que o Concelho <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> esteve na linha <strong>da</strong> frente, foi dos<br />

primeiros concelhos do país a criar e a manter o Gabinete Técnico Florestal que<br />

está a funcionar e a produzir trabalho, tanto que já foi submetido a auditorias <strong>da</strong><br />

Agência dos Fogos Florestais e ao contrário do que aconteceu infelizmente em<br />

outras ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> foram suspensos os apoios o Gabinete Técnico Florestal,<br />

em <strong>Portalegre</strong> continua-se a trabalhar e a receber esses apoios.------------------------<br />

Saiu ain<strong>da</strong> a legislação para a criação <strong>da</strong>s Comissões Municipais <strong>de</strong> Defesa <strong>da</strong><br />

Floresta Contra Incêndios para o Concelho <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> e na <strong>Assembleia</strong><br />

<strong>Municipal</strong> em Junho <strong>de</strong> 2004 foi então cria<strong>da</strong> essa Comissão pela <strong>Assembleia</strong> até<br />

mesmo com o parecer contra <strong>da</strong> Associação Nacional <strong>de</strong> Municípios Portugueses<br />

que entendia que não se <strong>de</strong>viam criar Comissões Municipais sem que o Governo<br />

tivesse garantido as verbas necessárias e indispensáveis para o seu<br />

funcionamento. É uma competência do Po<strong>de</strong>r Central, mas <strong>Portalegre</strong> e porque a<br />

legislação estava em preparação e porque os protocolos e os financiamentos<br />

estavam prometidos, criou a Comissão <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Defesa <strong>da</strong> Floresta Contra<br />

Incêndios e essa Comissão tem reunido não com a regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> que seria<br />

necessária. Reuniu em Novembro, logo em Janeiro <strong>de</strong> 2004 apresentaram-se<br />

candi<strong>da</strong>turas a tudo que era possível no âmbito do INTERREG.-------------------------<br />

Apresentaram – se candi<strong>da</strong>turas em nome <strong>da</strong> Câmara, em nome <strong>da</strong> Associação<br />

<strong>de</strong> Municípios <strong>de</strong> Castelo <strong>de</strong> Vi<strong>de</strong>, Marvão e <strong>Portalegre</strong> e apresentou-se outra em<br />

nome <strong>da</strong> Associação <strong>de</strong> Municípios do Norte Alentejano. Nenhuma <strong>de</strong>stas<br />

candi<strong>da</strong>turas teve aprovação não só para <strong>Portalegre</strong>, mas obviamente para os<br />

Municípios que concorreram a esses fundos. Não houve dinheiro do INTERREG<br />

para absolutamente ninguém mas entretanto em Fevereiro <strong>de</strong> 2004 saiu<br />

legislação que permitia no âmbito <strong>da</strong> criação dos meios necessários para a<br />

criação <strong>da</strong> Comissão <strong>Municipal</strong> <strong>da</strong> Defesa <strong>da</strong> Floresta Contra Incêndios po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong>senvolver a sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong>, foi publicado regulamento do AGRIS o 3 ponto 4,<br />

que permitia às Câmaras candi<strong>da</strong>tarem-se a verbas para <strong>de</strong>senvolver acções <strong>de</strong><br />

prevenção e 1.ª intervenção e a Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Portalegre</strong> apresentou uma<br />

candi<strong>da</strong>tura no valor <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> um milhão e meio <strong>de</strong> euros <strong>de</strong>stinados a<br />

aquisição <strong>de</strong> viaturas para servir cultura preventiva e 1.º intervenção a distribuir<br />

pelas freguesias rurais localiza<strong>da</strong>s na área florestal. ----------------------------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

A Câmara apresentou ain<strong>da</strong> candi<strong>da</strong>tura à execução <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> água, abertura<br />

<strong>de</strong> caminhos, limpezas, etc.. ----------------------------------------------------------------------<br />

A candi<strong>da</strong>tura que foi apresenta<strong>da</strong> em Junho <strong>de</strong> 2004, foi ao longo <strong>de</strong>ste tempo<br />

sucessivamente proclama<strong>da</strong> em termos <strong>de</strong> aprovação, foi recebi<strong>da</strong> há poucos<br />

dias a informação <strong>da</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão do AGRIS <strong>de</strong> que finalmente iria à sua<br />

próxima reunião a referi<strong>da</strong> candi<strong>da</strong>tura com a proposta <strong>de</strong> aprovação <strong>de</strong> parte<br />

substancial <strong>da</strong>s candi<strong>da</strong>turas e a concretizar-se essa aprovação, <strong>Portalegre</strong> vai<br />

dispor para os próximos dois anos <strong>de</strong> uma verba <strong>de</strong> 800 e qualquer coisa mil<br />

euros para realizar estas acções <strong>de</strong> prevenção e <strong>de</strong> 1.ª intervenção relativamente<br />

à problemática dos fogos florestais.--------------------------------------------------------------<br />

Disse ain<strong>da</strong> o Senhor Vereador que neste momento vão ser aprova<strong>da</strong>s as verbas<br />

e vamos ter instrumentos financeiros que permitem agir no campo <strong>da</strong> prevenção<br />

dos fogos florestais. ----------------------------------------------------------------------------------<br />

Para além <strong>de</strong>stas situações e naquilo que era possível foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s<br />

acções <strong>de</strong> sensibilização <strong>da</strong> população através <strong>da</strong> distribuição <strong>de</strong> folhetos, foram<br />

realiza<strong>da</strong>s acções <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> fogos mediante a limpeza <strong>da</strong> Serra <strong>de</strong> S.<br />

Mame<strong>de</strong>, no Dia do Ambiente, infelizmente com a pouca a<strong>de</strong>são <strong>da</strong> população e<br />

<strong>da</strong>s forças vivas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, os únicos organismos representantes foram os<br />

escuteiros, a Cruz Vermelha e os Bombeiros.-------------------------------------------------<br />

Relativamente à outra questão apresenta<strong>da</strong> pelo munícipe o Senhor Vereador<br />

Biscainho disse que <strong>Portalegre</strong> foi <strong>da</strong>s primeiras ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s do país a assinar o<br />

protocolo com o Ministério do Ambiente para a realização e para o financiamento<br />

<strong>da</strong> Agen<strong>da</strong> Local 21, ela foi adjudica<strong>da</strong> a uma empresa, está em curso, tem<br />

havido contactos por parte <strong>da</strong> empresa com as mais varia<strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s para que<br />

se dê corpo à Agen<strong>da</strong> Local 21.-------------------------------------------------------------------<br />

Informou ain<strong>da</strong> que a empresa está liga<strong>da</strong> a docentes <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora<br />

com vasta experiência neste campo, nomea<strong>da</strong>mente o Prof. Jorge Copeto e<br />

inclusive nesta fase também se está para apresentar candi<strong>da</strong>tura ao INTERREG<br />

para se conseguir conjugar as acções <strong>da</strong> Agen<strong>da</strong> Local 21 com a Agen<strong>da</strong> Local<br />

21 <strong>de</strong> Castelo Branco, Placência e Cáceres, para que se consigam <strong>de</strong>senvolver<br />

acções que sejam consentâneas e articula<strong>da</strong>s umas com as outros. -------------------<br />

Devi<strong>da</strong>mente autorizado o Senhor Vereador Luís Calado e relativamente à<br />

questão <strong>da</strong>s lombas que estão junto à Escola <strong>da</strong> Estra<strong>da</strong> <strong>da</strong> Serra, informou que<br />

foi aberto concurso para repavimentação <strong>da</strong>quela zona. Entretanto houve<br />

intervenções por parte <strong>da</strong> Tagusgás e também por força <strong>da</strong> construção do parque<br />

<strong>de</strong> estacionamento <strong>de</strong> S. Francisco, houve uma suspensão <strong>de</strong>ssa empreita<strong>da</strong>, o<br />

que implicou que se suspen<strong>de</strong>sse também a colocação <strong>da</strong>s lombas, mas<br />

entretanto a Câmara tem as borrachas na Divisão <strong>de</strong> Obras e vão ser coloca<strong>da</strong>s,<br />

foi apenas uma questão processual.-------------------------------------------------------------<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PORTALEGRE<br />

Relativamente às passa<strong>de</strong>iras que estão situa<strong>da</strong>s entre o Centro Comercial e o<br />

Hospital, foi uma solução que encontraram quando iniciaram o man<strong>da</strong>to e ain<strong>da</strong><br />

não foi possível resolver a situação. -------------------------------------------------------------<br />

ENCERRAMENTO:<br />

===============<br />

Não havendo mais assuntos a tratar, foi pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte encerra<strong>da</strong> a 2ª.<br />

<strong>Sessão</strong> <strong>ordinária</strong> <strong>da</strong> <strong>Assembleia</strong> <strong>Municipal</strong>, eram 24.15 horas, <strong>da</strong> qual foi lavra<strong>da</strong><br />

a presente acta que vai ser <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente assina<strong>da</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> li<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong>.<br />

E eu, ,1.º Secretário <strong>da</strong> Mesa, a redigi e<br />

subscrevo.<br />

Acta n.º 27 – 2005/06/27<br />

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