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trabalho - CLASI

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Dentro desses campos ou “regiões”, encontram-se as três instâncias chamadas id, ego e superego.<br />

O ID é a instância psíquica mais arcaica e se encontra totalmente no inconsciente. É onde se<br />

localizam as pulsões, e tem conexão íntima com o biológico. (TALLAFERRO, 1996). Segundo<br />

Mednicoff (2008), “o id está voltado a satisfazer nossas necessidades básicas desde o começo da<br />

vida. A atividade dele consiste em impulsos que buscam o prazer. Ele procura adquirir gratificação<br />

imediata e não suporta frustração. É aquele nosso lado instintivo que não mede as conseqüências<br />

dos atos para se satisfazer.”<br />

Já o EGO, assim como o superego, é formado a partir do id. Segundo Tallaferro (1996), o ego nada<br />

mais é, para Freud, “do que uma parte do id modificado pelo impacto ou a alteração das pulsões<br />

internas e dos estímulos externos”. De acordo com Mednicoff (2008), para compreender a formação<br />

do ego a partir do id devemos observar a vida dos bebês. Quando estão com fome, sujos ou com<br />

alguma necessidade, eles choram e quase que imediatamente seus cuidadores atendem aos seus<br />

pedidos. Mas à medida que crescem, percebem que nem sempre podem conseguir tudo o que<br />

desejam, e dessa forma precisam se adaptar às exigências e condições impostas pelo meio em que<br />

vivem. Isso mostra que enquanto o id é regido pelo chamado “princípio de prazer” (satisfação<br />

imediata, sem pensar nas conseqüências), o ego é regido pelo “princípio de realidade” (o que é<br />

possível alcançar em determinada situação, como alcançar, quais as conseqüências, etc.). O ego<br />

tem como principal papel, portanto, “coordenar funções e impulsos internos, e fazer com que os<br />

mesmos possam expressar-se no mundo exterior sem conflitos.” (TALLAFERRO, 1996).<br />

O SUPEREGO, por sua vez, começa a se formar à medida que a criança percebe que existem<br />

normas, regras e padrões morais que ela ouve tanto dos pais quanto da sociedade. Ela começa a<br />

ser ensinada sobre o que é feio, o que é vergonhoso, etc., e acaba incorporando essas crenças à<br />

estrutura psíquica, dando forma, assim, ao superego. (MEDNICOFF, 2008). Segundo Tallaferro<br />

(1996), ele é aquilo a que normalmente damos o nome de “consciência” ou “voz da consciência”. O<br />

superego, da mesma forma que nossos pais faziam, nos observa, guia e ameaça, sendo formado<br />

pela introjeção do pai repressor. Ainda de acordo com Tallaferro (1996), seu mecanismo de<br />

formação pode ser explicado pelo fato de que, com a incorporação do pai no ego, o filho introjeta a<br />

atitude “má” daquele com o intuito de conservar o pai “bom” no mundo exterior. Isso é, o filho abstrai<br />

a parte “má” do pai, a introjeta em sua consciência para manter o pai “bom” disponível no mundo<br />

real. Assim ele escapa do perigo do pai “mau” e obtém, ao mesmo tempo, a proteção representada<br />

pela imagem paterna “boa”. O superego é o responsável por nos infligir aquilo que denominamos<br />

“remorso” ou “peso na consciência”. É por essa razão que verificamos que pessoas que tiveram pais<br />

muito rígidos também são muito rígidas consigo próprias, mesmo que não percebam isso.<br />

Essas instâncias psíquicas (id, ego e superego) não ficam, cada uma, localizadas especificamente<br />

dentro ou do inconsciente, ou do pré-consciente ou do consciente. O ego, por exemplo, se localiza<br />

dentro dessas três regiões, assim como o superego. São campos de limites imprecisos, dentro dos<br />

quais essas instâncias adquirem características próprias desse nível da atividade psíquica.<br />

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