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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 77<br />

osmotica minima, quando o solo esta saturado de âgua, corresponde a<br />

pF 4.44 ou seja cerca de 28 atmosferas.<br />

As curvas dos potenciais (grâficos ns. 6, 7 e 8) mostram a necessidade<br />

de dessalga do solo, no caso em aprêço, baixando o teor de âgua<br />

inativa a 7 % e diminuindo, consequentemente, a pressâo osmotica para<br />

pF 1.22 ou seja cerca de 0.016 atmosferas (v. grâfico n.° 6). Ao mesmo<br />

tempo o volume de âgua disponivel aumentarâ até cerca de 15%.<br />

Nas condiçôes naturais existentes, o solo nao pode ser cultivado,<br />

tornando-se necessârio irriga-lo por inundaçâo, a fim de permitir a lavagem<br />

do 'excesso de sais. Como a âgua do açude Cruzeta é excessivamente<br />

rica em cloretos, näo deve ser utilizada para irrigaçâo. Nestas<br />

• condiçôes, só resta o recurso da pesquisa de âgua subterrnea, conforme<br />

sugestâo do Professor VAGELEK.<br />

É curioso verificar que o teor de humus aumenta a partir de superficie,<br />

o que empresta côr escura caracteristica ao perfil, sobretudo<br />

no ultimo horizonte. Trata-se, possivelmente, de um solo evoluindo para<br />

urn "black' alkali soil".<br />

Perfil II — Solo aluvial, salino, muito semelhante ao anterior nas •<br />

propriedades fisicas e quimicas. Contudo, o horizonte superficial é fracamente<br />

salino (l.lmE de sais solüveis), com 8% de âgua inativa (vêr<br />

grâfico n.° 9). No segundo horizonte, entretanto, o teor destes sais ascende<br />

a 10.6mE, tornando-s eigualmente necessâria a dessalga do solo<br />

(v. grâfico n.° 10).<br />

A percentagem de sódio no complexo vai de 11 a 16% nos dois horizontes,<br />

diminuindo no ultimo o valor do pH que passa de 7.5 a 7.7.<br />

O perfil é muito pobre em potâssio e pobre a médio em fosforo.<br />

É elevada a percentagem de humus no segundo horizonte, o que lhe<br />

empresta côr muîto escura, quasi prêta. Trata-se, igualmente, de um<br />

solo evoluindo para urn "black alkali soil".<br />

A permeabilidade desce de 71mm./hora/ha. no horizonte superficial<br />

a 3mm. no que lhe fica abaixo.<br />

Perfil HI — Solo eluvial, também muito rico em bases trocâveis,<br />

com elevada saturaçâo do complexo (74 a 85%). Muito pobre em humus,<br />

com pouca atividade microbiana no primeiro horizonte (a rela-<br />

?ao C/N é de 17:1, passando no segundo horizonte a 7:1).<br />

Reaçâo levemente âcida a neutra (pH 6.3 a 6.9). Muito pobre em<br />

potâssio e em fosforo.<br />

Bôa capacidade de retençâo e disponibilidade de âgua. Todavia, a<br />

espessura do perfil é muito limitada, nâo excedendo de 0.50m. O segundo<br />

horizonte é muito permeâvel (mais de 100mm./hora/ha), indicando<br />

ótima drenagem das âguas pluviais.<br />

Os grâficos dos potenciais (ns. 11 e 12) mostram que o teor de sais<br />

solûveis é normal (0.33 e 0.15mE para os dois horizontes).<br />

Quando saturado de âgua, isto é, quando o volume de âgua no<br />

solo fôr igual ao volume natural de póros, a pressâo osmotica minima<br />

sera de apenas pF 2 (cerca de 0.1 atmosfera), crescendo para p p 2.26<br />

(cerca de 0.18 atmosfera) quando aquele volume de âgua corresponder<br />

à capacidade de retençâo. Eliminando aqueles 0.33mE de sais solüveis,<br />

a pressâo osmotica baixarâ a pF 0.84 (cerca de 0.007 atmosfera).<br />

Assim, em vista das pequenas pressöes, näo sera necessârio promover<br />

a dessalga do solo, tanto mais que, além de pF 3.9 (ou sejam<br />

8 atmosferas), as curvas dos potenciais pràticamente coincidem.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Expressamos os nossos melhores agradecimentos ao diretor da Estaçâo<br />

Experimental do Seridô, eng. agrônomo Fernando Melo do Nas-

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