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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 55<br />

Completamente diferente é o solo (2 b, perfil 209 A), com 5.8 MES,<br />

Isto é, medianamente salino. A sua "field capacity" é quase idêntica<br />

ao volume natural de poros. Sendo Po muito pequeno e pF inf bem elevado,<br />

o solo é quase impermeâvel e nâo drenâvel (K = 0,2mm/hora).<br />

E esta impermeabilidade aumentarâ pela dessalga. Num tal caso, ba-'<br />

seando-se nos expérimentes prâticos feitos no Egito, no Sudâo etc.,<br />

tuma dessalga séria apenas possivel:<br />

a) — por fossos muito profundos (~ 2.5m) em pequenas distâncias;<br />

b) — por irrigaçâo por inundaçâo, usando grande excesso de âgua,<br />

a chamada "irrigaçâo em bacias", lavando o solo para cima,<br />

a fim de afastar superficialmente o excesso de sais.<br />

Considerando apenas os sais solüveis, a pressâo osmótica para saturaçâo<br />

compléta séria sômente 0,05 at. (pF = 1.7) de acôrdo com<br />

os calculas do "Salinity Laboratory". Realmente, a pressâo minima é<br />

.aproximadamente a pressâo de saturaçâo até Aie com 2.1 at., isto é,<br />

40 vexes maior. A âgua fisiolôgicamente disponivel teôricamente séria<br />

Afc — Ain = 27%, o que parece bem satisfatório. Ora, o câleulo usual<br />

dâ ,neste caso, impressâo completamente falsa. É preciso considerar a<br />

capaddade de ar necessâria, entre 10 a 15%, que deve ser deduzida do<br />

valor Pnat. A âgua osmótica disponivel, entre 36-49% é sera valor<br />

para as plantas, porque as suas raizes devem morrer neste intervalo,<br />

por falta de ar. Ora, com 36% de âguâ, a pressâo séria 4 at. (pF 3.6),<br />

isto é, nâo longe do "wilting point" (pF 3.9) com 22% de âgua. Em<br />

outras palavras : da quantidade total de âgua possivel no solo, sômente<br />

21% têm valor produtivo, aliâs jâ bem restrito, considerando a pressâo<br />

osmótica relativamente alta. Com um teor de âgua correspondente ao<br />

^"moisture equivalent" (pressâo capilar de 1 at.) a pressâo osmótica<br />

com pF 4,0 corresponde a 10 at., isto é, dez vezes maior do que a pres-<br />

-sâo capilar, esta dentro do wilting range, com 1% de extensâo e 15%<br />

de âgua morta. Isto significa que, nâo sendo feita a dessalga do solo<br />

e sendo a pressâo osmótica demasiado elevada jâ em curtos periodos<br />

•de sêca, ficam as culturas, por assim dizer, entre Scylla e Charybdes,<br />

ameaçadas ou de asfixia por falta de ar ou de morrer por falta dâgua...<br />

O efeito da dessalga jâ se le diretamente do diagrama 2 b. p ica sôrnente<br />

a curva do potencial %s, que quase coincide com a do potencial<br />

capilar.<br />

Deduzindo o volume de ar necessârio à pressâo osmótica com teor<br />

de âgua de 36%, tem-se sômente 0,1 at (pFs 2.0), com o teor do "moisture<br />

equivalent", M, até menof do que 1 at, ou seja, 0,8 at (pFs = 2.9).<br />

A âgua inativa séria reduzida de 22% a 9%, dos quais 2% correspondem<br />

ao "wilting range" e 7% à âgua morta. A âgua disponivel<br />

pràticamente se elevaria de 14 a 25%, ou seja, ao dôbro, garantindo<br />

uma "capacidade de chuva disponivel" (SEKERA) da gleba, em .30 centimetros<br />

de profundidade, de 750 métros cübicos dâgua, o que significa<br />

notâvel resistência contra a sêca.<br />

O solo natural, quase sem valor agricola, séria transformado, pela<br />

dessalga e arado profundamente, em ótimo meio de cultura.<br />

Séria fora do quadro previsto nesta Conferência, entrar em outros<br />

pormenores, apesar de serem todos êles numerosos e interessantes.<br />

Acreditamos que a exposiçâo do assunto aqui tratado de uma<br />

prova da utilidade e da necessidade dos câlculos exatos e completos<br />

nao sômente da curva do potencial capilar, mas dos potenciais fisiológicos.

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