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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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50 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

com o Mb (ou seja o M determinado pelo método de BOYOUoos)<br />

em solos mais ou menos pesados. Nos solos levés, o B&.<br />

é muito maior do que HM. Realmente, o método de BQYOUoos<br />

nâo é o "moisture equivalent", mas urn valor muito maisimportante<br />

para a prâtica, isto é, o minimo da "field capacity"<br />

(Afc). Este valor indica a quantidade de âgua que o<br />

solo retém, contra a açâo da gravidade, por forças higroscópicas<br />

e capilares numa coluna comprida e permeâvel. Êle<br />

coincide com o valor M sômente nos solos pesados;<br />

2) — a determinaçâo da curva do potencial capilar pelo método'<br />

de RICHARDS e WEAVER, expulsando a âgua do solo por pres^<br />

sào de ar comprimido.<br />

A introduçâo, por SCHOFFIELD, do logarîtmo pF, da pressäo observada<br />

em centimetros de coluna dâgua é procedimento prâtico que permite<br />

a representa?âo grâfica dos resultados, usando-se p p como ordenada<br />

e como obscissa o teor percentual de âgua no volume natural<br />

de poros.<br />

As curvas do potencial capilar de todos os solos médios e levés —<br />

excetuando-se apenas os poucos permeâveis — mostram na regiao<br />

abaixo de pF 3,0 um ponto de inflexäo inferior ("flex point" ou pF inf)<<br />

que limita o esgotamento da âgua dos macrocapilares do solo. VAGELER:<br />

e seus colaboradores mostram que o teor em âgua neste pF inf corresponde<br />

pràticamente ao valor "field capacity": acima de pF 2,0 enx<br />

solos pesados, entre pF 2,0 e 1,0, ou seja, entre pF 1,6 a 1,7 em solos<br />

médios e abaixo de pF 1,0 nas areias mais levés. Assim, Pnat — Afc ==•<br />

Po, ou seja, o chamado "volume de poros livre de tensâo" que desde<br />

hâ muitos anos foi discutido por ZUNCKER, SEKERA, VAGELER e outros„<br />

tendo por base a "higroscopicidade de Mitscherlich".<br />

Nâo é necessârio acentuar que todos os valores do chamado potencial<br />

capilar sâo, essencialmente, valores cinéticos e estâticos, isto ér<br />

funçâo da estrutura do solo. Dêsse modo, torna-se menos compreensivel<br />

que quase todos os métodos da determinaçâo do potencial capilar<br />

considerem a estrutura do solo apenas pelo calcule É lógico que este<br />

câleulo nâo é viâvel porque, por exemplo, o valor da "field capacity"<br />

dépende nâo sômente do volume natural de poros, mas da sua distribuiçâo<br />

individual e esta nâo é valor calculâvel.<br />

Coxno o volume natural de poros (Pnat) varia nos trópicos entre<br />

24 e 85% e mesmo até mais, nâo é para estranhar a divergêneia de<br />

opiniâo dos diferentes autores quando procuram interpretar as anâlises<br />

de solos — cujas amostras sâo preparadas no laboratório — para,<br />

fins prâticos.<br />

Nenhum dos pontos da curva do potencial capilar tem, realmente,.<br />

hoje, uma definiçâo geralmente reconhecida. A pressäo do valor M.<br />

pode ser escolhida a 1,0 at. ou 0,5 at. ou mesmo até 0,3 at.; a da "field,<br />

capacity" varia entre 0,01 até 1,0 at. etc. Isto indica um estado pouco<br />

satisfatório da teoria fisica do solo mas, de outro lado, quase ideal em.<br />

comparaçâo com a confusâo dos conceitos sobre a disponibilidade fisiológica<br />

da âgua do solo para as culturas, apesar das pesquisas da,<br />

eiência dos solos salinos, as quais mostram claramente, e com excelente<br />

sucesso prâtico, a necessidade absoluta de serem levados em consideraçâo<br />

os valores fisiológicos.<br />

Embora o processo da adsorçao da âgua do solo pelas raises ainda.<br />

nécessite de esclarecimentos profundos, nâo hâ a menor dûvida deque<br />

as plantas sômente retiram do solo âgua com pressäo osmótica.<br />

menor do que as das suas raizes. Essa sucçâo é bem conhecida, para,<br />

muitas plantas, por experimentos fisiológicos dignos de confiança.

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