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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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ANAIS DA TERCEIRA REÜNIAO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 529<br />

porém, as quantidades escolhidas foram por demais elevadas, fugindo,<br />

as quan.idades normais de adubaçâo com salitre, visto que, para se<br />

obter o equivalente a 3 e 6 % (no salitre) de perciorato seria mister<br />

empregar 300 ou 600 grms de salitre por pé, tendo êste nitrato natural<br />

1 % de perciorato, doses essas naturalmente absurdas, exageradas<br />

e anti ecnnômicas, aconselhâveis só em pomares ou plantas arbôreas.<br />

EM CONCLUSÂO:<br />

1) sera possivel comparar o efeito de dois adubos a.c. e a.r. na<br />

produçâo total ou parcial de frutos do tomateiro, se as formulas e<br />

principalmente o teor em N-P-K- sâo radicalmente diferentes, com <<br />

evidente riqueza do a.r? Nâo, por certo.<br />

2) E' o 'perciorato tóxico ao tomateiro? Tudo evidencia que sim,<br />

que esta solanâcea é planta sensivel à açâo daquela substância; porém,<br />

em que percentagem ou quantidade? Dizem os autores que 0,57 % :<br />

de perciorato no salitre (pâg. 141) é realmente uma percentagem nociva<br />

a essa cultura. Sê-lo-â? Vamos discutir este ponto: 10 grms de<br />

salitre contêm 0,057 grms de KC104 e NaC104 (percloratos), 30 grms •<br />

de salitre contém 0,161 grms de percloratos e 100 grms contêm 0,57<br />

grms ou seja 10 vzêzes mais que a quantidade contida em 10 grms;<br />

ora, tcdas estas quantidades diferentes, em virtude de pesos diferentes<br />

representam, contudo, a mesma percentagem — 0,57 % — ea<br />

toxicidade nâo pode ser a mesma, tem que ser variâvel, visto os valores<br />

em grms de percloratos serem très distintos, donde temos 2 variâveis,<br />

(1 ) % de percloratos e (2) quantidades de adubo (variâvel<br />

com a planta) que nunca podem de per si constituir conclusâo o que<br />

pode ser conclusâo no caso é a quantidade em grms de perciorato tcxica<br />

ao motateiro e que sera entâo uma constante; vamos exemplificar:<br />

— suponhamos que 0,4 grms de percloratos sâo tóxicas: entâo,<br />

se tivermos um salitre contendo, digamos 0,8 % de percloratos, seriarn<br />

necessârias 50 grms do adubo para dar os 0,4 grms de açâo prejudir<br />

cial, ou, entâo, um de 0,4% — 100 grms ou 1,2 % — 25 grms, com<br />

variâveis de % e quantidade de adubo. Nestas condiçôes, o que se<br />

précisa saber é quai a quantidade em grms de percloratos tóxica por<br />

individuo, mortal ou tóxica nociva (influindo sobre o desenvolvimento<br />

vegetativo e_ produçâo ) e nâo a % tóxica que nunca pode ser determinada<br />

a nao ser em cada caso e dose particular, o que nâo intéressa.<br />

Ainda mais, se as partidas de salitre trazem percloratos em teor variâvel<br />

de 0.3 a 1,2 % e, per outro lado, se as doses de adubos empregadas<br />

pelos hosticultores é variâvel com o solo e o critério de cada plàntador,<br />

o que intéressa realmente é conhecer quai a quantidade em<br />

grms de percloratos prejudicial ao tomateiro. E' mister, portanto,<br />

calcular-se a quantidade em grms de percloratos nociva ao tomateiro,<br />

e, partindo-se do pressuposto, considerar que a dose maxima tolerada<br />

(suponho) por nossa legislaçâo é de 1 %; assim, é fâcil calcular<br />

a quantidade mâxima de salitre com que se pode adubar o tomateiro,<br />

pois se o N fôr insuficiente, ponha-se nitrato de câlcio ou de potâssio,<br />

ou a forma amoniacal também usada pelos americanos do Norte, ou,<br />

ainda, N orgânica, em forma de torta de algodâo, amendoim ou mamona;<br />

segundo nossas observçôes, de 1944 para câ a forma nitrica é a<br />

com que melhor se deu o tomateiro. De modo que, se, por exemplo, a<br />

dose de 0,5 grms de KC104 é tóxica e admitindo-se aue o adubo con-.:<br />

tenha 1 % de KC104 — 50 grms de salitre sâo a dose tóxica; assim.<br />

sendo, usem-se só 20 ou 25 grms por pé, sem perigo; e se mais N for \<br />

preciso, complete-se com outra forma minerai ou orgânica. Nâo se!<br />

devem recear efeitos futuros acumulativos, apesar de o KC104 ser

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