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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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498 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIËNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

fosfórico, nas quais também nâo existem provàvelmente quantidades<br />

suficientes de ésteres fosfóricos ricos em energia. Além disso poderia<br />

explicar-se pelo paralelismo entre o teôr de potâssio e a concentraçâo<br />

de ésteres fosfóricos ricos em energia e o retardamento de maturaçâo<br />

das plantas que se observa em casos de carência de potâssio.<br />

Havendo insuficiência de potâssio, é a concentraçâo em ésteres fosfóricos<br />

ricos em energia sempre inferior à normal o que torna mais<br />

lenta a sintese, tan to de hiaratos de carbono quanto de proteinas.<br />

Em resumo, poder-se-ia formar a seguinte hipótese sobre o efeito<br />

de pocâssio (e, em menor escala, de âcido fosfórico) e do nitrogênio<br />

na formaçâo de hidratos de carbono e proteinas. Em virtude de um<br />

suprimento suficiente de potâssio, a concentraçâo estacionâria de ésteres<br />

fosfóricos ricos em energia é mantida elevada, sendo, por conseguinte,<br />

suficiente para a sintese em gérai, tanto de hidratos de carbono<br />

como de proteinas. Em câso de suprimento déficiente de potâssio,<br />

esta concentraçâo fica menor e havendo simultâneamente falta de<br />

nitrogênio, desviam-se os ésteres fosfóricos ricos em energia em maior<br />

escala para a sintese de hidrato de carbono; no caso de excesso de<br />

nitrogênio porém, para sintese de proteinas. O seguinte esquema<br />

poderâ ilustrar esta situaçâo.<br />

Ésteres fosfóricos em energia *<br />

(Concentraçâo dependente de suprimento em potâssio)<br />

Hidratos de carbono Proteinas.<br />

""' As observaçôes no campo confirmam o resultado das experiência?<br />

em modêlos e das experiências fisiológicas acima descritas, de que<br />

üma substituiçâo do potâssio pelo sódio como neutralizante nâo é<br />

possivel em escala considerâvel : mesmo plantas halófilas (beterrabas),<br />

quando submetidas a ensaios de adubaçâo visando o rendimento de<br />

colheita, revelaram quando muito um efeito de adiçâo, nunca porém,<br />

um efeito de substituiçâo duma adubaçâo sódica em relaçâo do suprimento<br />

de potâssio.<br />

E' interessante recordar neste particular os casos de forte lesâo de<br />

tecido animal (glandulas salivares, tübulos renais isolados), ünicos<br />

nos quais foi possivel substituir parcialmente o potâssio pelo sódio<br />

(15),o que pode atribuir-se talvêz à falta de eluiçâo de ions em<br />

conseqüência de pressâo de turgor reduzida ou anulada.<br />

O fenômeno de plantas diferentes, muitas vêzes bastante afins<br />

apresentarem em soluçôes nutritivas ou solos idênticos absorçâo dos<br />

ions de potâssio, sódio, câlcio e magnésio em proporçôes diferentes,<br />

talvês possa ser explicado pela diferente intensidade metabólica e<br />

portanto pela variaçâo da concentraçâo de ésteres fosfóricos ricos<br />

em energia bem como pela distribuiçâo desigual do tamanho dos<br />

góros em suas membranas celulares.<br />

COLLANDER (24) investigou cuidadosamente estas relaçôes. Confirmando<br />

a importância 0 jâ verificada do raio iônico no mecanismo<br />

metabólico descrito, demonstrou que os ions hidratados' de potâssio<br />

se portam de um modo. muito semehlante« aos dos ions hidratados de<br />

rubidio e césio, apenas pouco maiores, ao passq que os ions hidratados<br />

de sódio e de litio, consideràvelmente maiores, mostram comportamento<br />

inteiramente diverso na absorçâo pelas plantas.<br />

Pode-se imaginär que esta grande influência de raio dos ions sobre<br />

sua absorçâo pelas plantas possa até levar a uma separaçâo de isotopos<br />

no caso do potâssio, desde que tanto a entrada de ions, dévida<br />

a. forças eletrostâticas, quanto a simultânea eluiçâo, possam facultar

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