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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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496 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

hidrogênio, e desta forma promover a neutralizaçâo de âcidos. Os<br />

ions ae sódio, por sua vez, só podem permanecer nas células vivas<br />

em pequenas quantidades em acôrdo com as experiências em modêlos,<br />

e portanto contribuir sômente de modo insignificante para a<br />

neutralizaçâo dos âcidos. Mais uma indicaçâo de que realmence o<br />

mecanismo metabólico descrito se passa nas células vivas pode-se<br />

tirar das exderiências com potâssio radio-ativo: HEVESY e NIELSEN (14)<br />

observaram continua permuta de potâssio intra e extra célular em<br />

células de levêdo que continham potâssio comum. e se encontravam<br />

em uma soluçâo de sal de potâssio radio-ativo. A mesma observaçâo<br />

foi feita com células de levêdo que continham potâssio râdio-ativo<br />

e se encontravam em uma soluçâo de sal de potâssio comum. E' verdade<br />

que o movimento molecular browniano e fenômenos fisicos gérais<br />

poderiam explicar semelhante permuta, mas o fato observado<br />

por HEVESY e NIELSEN de que a permuta de potâssio intra e extra<br />

célular se torna tanto mais intensa quanto mais viva é a respiraçâo<br />

e a fermentaçâo (provada pela adiçâo de açûcar), deye ser interpretado<br />

como indicio certo de que o mecanismo metabólico se realiza<br />

da forma supra-descrita, sendo sua força propulsora o aumento. da<br />

concentraçâo de ions hidrogênio nas células vivas, p. ex., pela respiraçâo.<br />

Os resultados de algumas experiências de fisiologia vegetal que<br />

até hoje nâo tiveram interpretaçâo satisfatória vêm em confirmaçâo<br />

da açâo neutralizadora do potâssio nas células vivas.<br />

Assim BROCK, DEUCKREY e HERKEN (15) verificaram a absorçâo simultânea<br />

de ions de potâssio com a formaçâo de âcidos orgânicos<br />

em tecido sobrevivente de glandulas salivares, (reconhecendo a formaçâo<br />

de âcidos pelo abaixamanto do coeficiente respiratório). A<br />

mesma simultaneidade de formaçâo de âcidos e absorçâo de potâssio<br />

constatou-se ainda, pelo mesmo método experimental (aparelho de<br />

Warburg), em Aspergillus niger e raizes destacadas de cevada (16).<br />

Também a queda de potencial Donnan em algas dos gêneros Nitella e<br />

Valonia em relaçâo à soluçâo nutritiva, após adiçâo de potâssio, mas<br />

nâo após adiçâo de sódio (17) confirma o descrito mecanismo metabólico<br />

em células vivas. A funçâo neutralizante de potâssio na<br />

célula viva evidencia-se também pelo fato de até hoje nâo terem<br />

sido encontrados compostos de potâssio com Valencias principals em<br />

células végétais e animais. Constatam-se sempre só ions de potâssio<br />

livres, passiveis de eluiçâo total simplesmente com âgua fria, após<br />

cessaçâo do processo vital, p. ex., da formaçâo de âcidos f 18). Èm<br />

acôrdo com este fenômeno esta também o fato de que realmente se<br />

encontram grandes quantidades de potâssio (19) em partes végétais<br />

suculentas, nas auais se nécessita de muito potâssio para a neutralizaçâo<br />

de suco célular.<br />

Hâ tempos existem indicios para o paralelismo ora verificado entre<br />

conteüdo em potâssio e intensidade respiratória, sem que se reconhecessem<br />

as causas do mesmo. Observou-se um enriquecimento em<br />

potâssio do tecido végétais sobrevivente proporcional à pressâo parcial<br />

do oxigênio, e com isto à intensidade respiratória (20).<br />

Além disso vem provàvelmente apoiar a existência deste paralelismo<br />

o conhecido fenômeno, de que o potâssio se acumula fortemente<br />

em partes de plantas com brande intensidade de crescimento<br />

(brotos) alto metabolismo interrnediârio, e portanto também com<br />

alta concentraçâo em ésteres fosfóricos ricos em energia, sendo<br />

retirado de partes mais velhas das plantas. Perturbaçôes deste paralelismo,<br />

por exemplo em conseaüência de falta de potâssio, devem<br />

manifestar-se, por conseguinte, principalmente em luçares com grande<br />

intensidade de crescimento. De fato alguns sintomas de carência de<br />

potâssio consistem no secar e enrolar das extremidades das folhas.

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