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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 491<br />

Pode-se aumentar nas células vivas a dissociaçâo de âcidos com<br />

anions incapazes de atravessar as paredes, obrigando-os a formar,<br />

em reçâo enzimâtica, ésteres do âcido fosfórico fortemente dissociados<br />

a partir do ââcido fosfórico inorgânico, pouco dissociado, e de substância<br />

orgânica.<br />

Nas experiências que seguem pretende-se investigar se paralelamente<br />

a semelhante aumento da concntraçâô m ésteres fosforicos<br />

ocorre de fato um aumento de conteüdo em potâssio das células} i, e.,<br />

verificar se o mecanismo metabólico se desenrola de fato nas células<br />

vivas como acima exposto.<br />

Primeiro sera descrita ràpidamente a formaçâo enzimâtica dos<br />

ésteres fosforicos nas células vivas: o âcido fosfórico se encontra esterificado<br />

nas células vivas nâo sómente com hidróxilos alcoólicos (I),<br />

mas também com hidróxilos da forma hidratada de aldeidos (II) e cetonas<br />

(III), assim como dos ââcidos carboxilicos (IV). Estes Ultimos<br />

ésteres podem ser considerados anidridos mixtos dos âcidos carboxilicos<br />

com o âcido fosfórico. Se neles os âtomos de oxigênio carboxilico<br />

sâo substituidos por grupos-imino (=NH), hâ formaçâo de ésteres<br />

do tipo do âcido creatinino-fosfórico (V).<br />

Igualmente se dâ a formaçâo de anidrido quando o resto fosfórico<br />

de um ester se combina com uma molécula de âcido fosfórico, com<br />

eliminaçâo da âgua (VI), e o grupo pirofosfórico assim formado reage<br />

com mais uma molécula de âcido fosfórico com nova formaçâo de<br />

anidrido (VII).<br />

Os ésteres alcoilo-fosfóricos (I) nâo possuem ßubstituintes negativos<br />

no alcoilo que possam exercer açâo repelente sobre o resto fosfórico.<br />

Quando se formam ou desdobram entram em jôgo, por isso,<br />

apenas pequenas quantidades de energia. Os ésteres fosforicos de aldeidos,<br />

cetonas, âcidos carboxilicos e creatina, porém, assim como os<br />

âcidos di- e tri-fosfórico ,11 a VII) possuem no âtâomo carbono portador<br />

do resto fosfórico substituintes ( -OH=O, =NH).<br />

Estes exercem açâo repelente sobre o resto do âcido fosfórico, o<br />

que implica em maior consumo de energia para a formaçâo desses<br />

ésteres.Na célula viva essa energia provém da respiraçao ou (em plantas<br />

verdes) da fotossintese, e pode ser conduzida ao local da formaçâo<br />

dos "ésteres fosforicos ricos e menergia" por meio de mecanismos especiais<br />

de transporte energético, através das cadeias amidicas das proteinas,<br />

(4, 5).<br />

Por açâo enzimâtica podem esses ésteres fosforicos, ricos em energia,<br />

liberar energia e o resto fosfórico, o que permite coinsiderâ-los armazenadores<br />

de energia da célula viya.<br />

De acôrdo com trabalhos bioquimicos mais récentes (6-8) os ésteres<br />

fosforicos ricos em energia nâo funcionam apenas como armazenadores<br />

de energia, mass representam os produtos intermediârios<br />

através dos quais se realiza todo o conjunto de sinteses e dgradaçâo<br />

fermentativas nas células vivas; o que ainda nâo se sabe com plena<br />

certeza é se sâo os mesmos fermentos que entram em açâo em cada<br />

fase, tanto na sintese quanto na degradaçâo (9, 10).<br />

A velocidade da formaçâo dos ésteres fosforicos ricos em energia<br />

é por isso funçâo da intensidade de respiraçao, respectivamente fotossintética,<br />

ao passo que a velocidade de seu desdobramento dépende da<br />

rapidez da formaçâo fermentativa de produtós de degradaçâo ou<br />

sintese.<br />

No desenrolar simultâneo de ambas estas reaçôes com determinadas<br />

velöcidades estabelece-se na célula viva uma concentraçâo estacionâria<br />

de fosfatos ricos em energia, a quai dépende da intensidade<br />

da respiraçao ou de fotossintese, respectivamente desde que se ja cons-

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