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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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338 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

A nossa finalidade bâsica era de encontrar a expressäo da relaçâo<br />

entre os fatores que condicionam a produçâp da cana e a magnitude<br />

dessa produçâo. Inicialmente a nossa pesquiza teve que limitar-se ao<br />

problema mais premente, que era o de determinar as reaçôes dos très<br />

elementos principals empregados na adubaçâo; azoto, fósforo e potâssio,<br />

no maior numero possivel de condiçôes de solo, topografia, precipitaçao,<br />

etc.<br />

Essas reaçôes sâo determinadas diretamente nos experimentos, distribuidos<br />

em tôda a zona canavieira do Estado de Pernambuco, analisando-se<br />

paralelamente os solos de cada experimento, a fim de caracterisar<br />

as suas condiçôes fisicas, quimicas e, quando possivel, biológicas.<br />

Uma vez colhidos os resultados de um grande numéro de experimentos<br />

ao longo de varias safras e nas mais variadas condiçôes locais,<br />

e, devidamente caracterisadas essas condiçôes, dihporemos de uma série<br />

de dados que nos permitirâo, com uma segurança cada vez maior, orientar<br />

a produçâo numa linha econômica.<br />

A nossa meta é a organisaçâo de tabelas, por meio das quais o agrônomo<br />

poderâ caracterisar as condiçôes do solo no campo, por simples<br />

observaçâo local, complementada por algumas anâlises râpidas e econômicas<br />

que poderâo ser feitas no laboratório de qualquer usina, razoavelmente<br />

aparelhado e, determinar o melhor tratamento e adubaçâo<br />

a ser empregado.<br />

Os obstaculos que encontramos para atingir essa meta säo inumeros,<br />

e muitos dificeis de transpôr. O tempo, certamente é o maior obstâculo.<br />

As observaçôes exigem pela sua propria natureza, tempo suficiente<br />

para serem concluidas, e nâo hâ meio de eliminar esse fator.<br />

Se bem que seja impossivel eliminar o fator tempo, podemos fazer com<br />

que ele renda o mâximo, multiplicando o numero de observaçôes.<br />

Temos orientado o nosso programa no sentido de obter a maior<br />

eficiência dos recursos limitados de que dispomos, atacando inicialmente<br />

os problemas de maior importância econômica.<br />

Ós resultados obtidos depois de apenas cinco anos de experimentaçâo<br />

,uma parte dos quais apresentamos no presente trabalho, sâo<br />

bastante animadores.<br />

Outro obstâculo, é o pessimisme por parte de muitos dos nossos<br />

agricultures com referêneia a traballios dessa natureza. Quando se<br />

animam a cooperar no piano experimental, geralmente desejam resultados<br />

imediatos, nâo se conformando em esperar pela conclusâo do<br />

téenico, que nâo poderâ fazê-lo conscientemente, antes de dispor de um<br />

numéro suficiente de resultados que lhe permitam uma margem razoâvel<br />

de segurança.<br />

A grande variabilidade dos solos da zona canavieira de Pernambuco,<br />

dévida principalmente à sua topografia extremamente acidentada, impede<br />

que se possm tirar conclusôes merecedoras de confiança com um<br />

numéro pequeno de experimentos. Cada experimento représenta apenas<br />

as reaçôes da cana à adubaçâo nas condiçôes partciulares de solo e<br />

clima em que foi realisado'. Experimentos realisados em solos idênticos<br />

em duas safras com condiçôes meteorológicas diferentes, podem âpresentar<br />

diferenças sensiveis na reaçâo.<br />

Generalisar o resultado de um experimento, por mais bem executado<br />

que seja, para condiçôes de solo e safra diferentes das que<br />

lhe säo peculiares, é cometer um erro dos mais grosseiros. Por outro<br />

lado, um grande numéro de experimentos realisados dentro de um<br />

mesmo piano mas sujeitos as mais variadas condiçôes locais, como citamos<br />

anteriormente, parece-nos o ûnico caminho sâdio para encontrar-se<br />

a verdadeira soluçâo do problema da adubaçâo. Tal caminho só<br />

poderâ ser trilhado com sucesso, com a cooperaçâo dos maiores inte-

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