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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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ADUBAÇAO MINERAL EM BACIA DE IRRIGAÇAO<br />

F. E. DE SOUSA MELO<br />

(Agrônomo)<br />

D. N. O. C. S.<br />

O regime de cultura intensiva, a que se acham submetidos os solos<br />

das bacias de irrigaçâo dos açudes do Nordeste, regimen este que, em<br />

alguns setores, se processa a cêrca de 3 lustros, estâ-nos trazendo,<br />

como era de esperar, a exaustaçâo dp solo.<br />

Ocorrências de queda de produçao foram bem f ocalizadas pelo<br />

agrônomo Clodoaldo Carvalho, Chef e da Secçâo de Agronomia do Institute<br />

José Augusto Trindade, em seu relatório, referente ao ano de<br />

1949. Dados colhidos nêste relatório nos mostram que a produçao<br />

de arroz (variedade matâo e pratâo) foi baixa, numa média de 1.572<br />

quilos, por Ha., numa cultura de 3,7914 Ha.; atribui o autor esta pequena<br />

produçao ao estado de relativo esgotamènto das terras. Numéros<br />

mais convincentes nos dâ a cultura do milho. Aquêle agrônomo<br />

apresenta dois quadros interessantes; o primeiro refere-se à produçao<br />

de milho, no ano de 1949. que correspondeu a uma média de<br />

1.342 quilos por hectare, numa cultura abrangendo uma ârea de<br />

18,4396 Ha., em que foram cultivadas as variedades "catete" e "amarelào";<br />

o segundo traz a produçao média, em quilos/Ha,, dêste cereal,<br />

no periodo de 1942 a 1949, para o quai faz aquêle técnico o seguinte<br />

comentârio: "A nossa produçao de milho, em média por Ha., subiu,<br />

consideràvelmente, de 1942 até 1945, para cair, logo em seguida, a<br />

indices assustadoramente baixos"; e acrescenta mais adiante: "Desde<br />

1946, aliâs, que tivemos a nossa atençao despertada para êsse fato,<br />

jâ pela diminuiçâo do tamanho da espiga (êsse fenômeno foi deveras<br />

bem evidente), jâ pelo consequente abaixamento nos dados de produçao,<br />

após a colheita do ano".<br />

Julgamos, pois, uma necessidade imediata, iniciarmos os primeiros<br />

ensaios de adubaçâo, ensaios estes que vinham sendo protelados,<br />

em vista dos constantes trabalhos de reconhecimento agrológicos e<br />

anâlises de solos, de natureza inadiâvel, que vimos fazendo, com o<br />

fim.de atender estudos complementares das bacias de irrigaçâo em<br />

funcionamento e a estudos preliminares, para a execuçâo de futuras<br />

obras de irrigaçâo. Trabalhos desta natureza, jâ tivemos oportunidade<br />

de apresentar à l. a e 2. a Reuniöes Brasileira da Ciência do Solo.<br />

CONDIÇÔES DE AMBIENTE<br />

Eddficas — Os solos da bacia de irrigaçâo do açude pûblico Sao<br />

Gonçalo (Instituto José Augusto Trindade), onde fizemos os expérimentes,<br />

sâo de origem_ terciâria, provàvelmente cretâcea, e quaternâria,<br />

sendo as formaçoes oriundas dêste ultimo prédominantes, em<br />

extensâo.<br />

Os ensaios foram localizados em aluviôes depositados pelo rio<br />

Piranhas; estes solos sâo bastante heterogênios, como se verificou no<br />

estudo agrológico feito nesta bacia. A drenagem, apesar de ser mais<br />

freqüentemente déficiente, atinge, os dois extremos. Sua topografia

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