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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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278 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

A prâtica de adubaçâo élucida que o superfosfato nâo só da bons<br />

resultados no primeiro ano, como também possui efeito residual.<br />

Por que o fósforo retrogadado, proveniente de superfosfatos, também<br />

dâ bons resultados?<br />

CATANI (30), baseado na literatura (NAGAOKA, 1904; TRUOG, 1916;<br />

ELLET, 1918, LICHTENWALNER, 1923; WILLEY e GOR<strong>DO</strong>N, 1923), escreve:<br />

"os fosfatos, quer admitindo-os absorvidos aos óxidos de ferro, aluminio<br />

etc., quer combinados quimicamente ao Fe, Al etc., sâo perfeitamente<br />

assimilâveis pelas plantas".<br />

DEAN, citado por NORMAN (47), escreve que o conceito da utilidade<br />

dos fosfatos bâsicos de R2O3, ainda nâo foi abandonado.<br />

HECK (5) mostrou que o aproveitamento do fósforo pela panta<br />

pode ser dividido em très partes. 1.° — Fósforo ràpidamente assimilâvel,<br />

como Ca3(PO4)2; 2.° — fósforo moderadamente assimilâvel, como<br />

Al PO4 e 3.° — o fósforo dificilmente assimilâvel, como o Fe PO4 e<br />

Al2 (OH) s (PO4.<br />

WILLIAMS, citado por ROBINSON (6), opina, que o fósforo fixado<br />

por certas arguas é relativamente pouco assimilâvel. Em solos âcidos<br />

o fósforo é, principalmente, preciptado como fosfato de ferro e de aluminio,<br />

os quais sâo relativamente pouco assimilâveis pelas pantas.<br />

SCARSET (53) estudou o mecanismo da retençâo do fósforo por arguas<br />

de H, Na, e Ca, e dâ o esquema seguinte a argila de H e pH = 3.<br />

H — O<br />

H — O — SI — O\<br />

I \<br />

O A1OH Ligaçao aninônia<br />

H — O — SI — O/<br />

H-i<br />

Na ausência de ferro, o Po4 dissocia-se do complexo nas soluçôes e,<br />

em sua presença, fosfatos de ferro insolûveis sâo formados e precipitados.<br />

Estudos mais adiantados mostraram que os fosfatos de aluminio<br />

nâo possibilitam um crescimento normal das plantas.<br />

BLAIR, CONNOR, HASTWELL, MATTHEI MC LEAN, GILBERT, MIRASOL e<br />

WRIGTTH, citados WRIGTH (31), constatam que a precipitaçâo do fósforo<br />

pelo aluminio do solo, é responsâvel pelo mau crescimento das<br />

plantas e, CONNOR, MC GEORGE e PIERRE, citados ainda por WRIGTH (31)<br />

mostram que o aluminio précipita o fósforo "nas plantas, törnando-as<br />

inaptas aos processos normais do metabolismo.<br />

RÜSSEL (32) explica que o fósforo fixado em condiçôes âcidas, é<br />

täo firmemerite ligado, que se torna dificilmente recuperâvel pelas<br />

plantas e por âcidos fracos.<br />

MATTHEI (35), que realizou urn estudo sobre o aproveitamento<br />

da fosforita pelas plantas, escreve: "Se o âcido fosfórico fixado pelos<br />

carbonatos de câlcio ou de magnésio, é mais assimilâvel pelas plantas<br />

do que quando se combina com o óxido de ferro ou com o de aluminio<br />

é porque 0 fosfato de câlcio é uma combinaçâo fraca ou lentamente<br />

soluvel". Esta é a razâo dos resultados maus obtidos com 0<br />

superfosfato, em solos sem cal.<br />

OBOLENSKAJA (45) ericontrou, em solo virgem, até 35 mg. de aluminio<br />

ativo por 100 gramas de solo e constatou que a adiçao de uma<br />

quantidade P2O5 equivalente ao alum|nio ativo, nâo eliminou o efeito<br />

toxico do ultimo.

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