25.06.2013 Views

TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

212 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

DEOOMPOSIÇAO DA IJGNINA<br />

A lignina acompanha a celulose nos végétais, formando tecidos<br />

lignificados e a sua proporçâo aumenta com a idade da planta.<br />

A lignina é muito resistente à açâo dos reagentes quimicos e dos<br />

enzimas e em varias circunstâncias, é mais resistente do que a propria<br />

celulose.<br />

Pode ser separada da celulose por hidrólise e com âcido cloridrico<br />

concentrado, que pouco ataca a ligina e em presença de alcalis é solubilizada,<br />

enquanto a celulose é pouco alterada por este processo.<br />

A açâo simultânea de alcalis e sulfitos ou ainda do cloro, é também<br />

um modo de solubilizar a lignina, alterando pouco a celulose.<br />

Sob a açâo do brometo de acetila, a lignina pode ser posta em<br />

soluçâo. Os solventes orgânicos nâo te maçâo sobre ela.<br />

, Com a florelucina da coloraçâo vermelha violeta.<br />

A lignina é muito resistente a açâo dos microorganismos do solo,<br />

sendo sua decomposiçâo muito lenta.<br />

Alguns fungos (Basidiomicetos), como Polyporus e Merulus atacam.<br />

Enquanto os demais constituintes dos restos orgânicos incorporados<br />

ao solo sâb destruidos uns mais ràpidamente, outros menos a<br />

lignina é quase nada alterada, apresentando-se em maior proporçâo<br />

na matéria orgânica do solo, onde représenta verdadeiro elemento de<br />

réserva.<br />

Entre os seus produtos de decomposiçâo tem sido constatada a<br />

presença do aldeido coniferilico e para FREDENBERG, ela séria um produto<br />

de consensaçâo do alcool coniferilico.<br />

Sem se afastar muito destas idéias, admitindo ainda a relaçâo<br />

genetica da lignina com alcool ou aldeido coniferilico, hâ a formula<br />

proposta por DARE e BARTON — WRIGHT, formula estruturalmente relacionada<br />

as xantonas. Também, a formula proposta por KLASON, baseia-se<br />

no mesmo princïpio de relaçâo genetica da lignina com o aldeido<br />

coniferilico, aproximando-se esta formula das flavonas.<br />

Ambas as formulas encerram o grupo denominado lignol, relacionado<br />

ao cromano (benzeno-pirano).<br />

Segundo GILLAM (109) alguns dos grupos hidroxüicos do âcido<br />

hümico, por êle isolado de vârios tipos de solos, é de natüreza fenólica.<br />

A fraçâo nâo nitrogenada, do âcido hümico, consiste do complexo<br />

lignina, pouco modificada.<br />

Esta modificaçâo segundo ainda GILLAM, consistiria provàvelmente<br />

em perda de grupos metüicos, hidrólise ou outras reaçôes que<br />

poriam em evidência os grupos fenólicos ou carboxilicos.<br />

Aliâs, hâ muito foi constatado nos liquidos provindos de tratamentos<br />

da polpa de madeira, a presença de vanilina, resultante do<br />

desdobramento de lignina.<br />

Sobre o mesmo assunto temos a opiniâo concordante de ROBERT,<br />

citado por VALEGER (19). .<br />

Segundo os estudos de SOWDEN e ATKINSON (118) a lignina isolada<br />

por elas êles do solo, apresentava-se rica em azoto.<br />

RÜSSEL (39) afirma que conversâo da lignina em humus, envolve<br />

duas fases: — oxidaçâo e enriquecimento em nitrogênio.<br />

A estrutura quimica da lignina ainda é objeto de investigaçôes.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!