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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 211<br />

O ótimo do pH, portante, encontra-se entre 8.2 e 6.5, podendo<br />

as bactérias desenvolveram-se em pH de 8.5 a 6.0.<br />

Estes dados contradizem até certo ponto, a clasificaçâo de YENSEN,<br />

na quai admite o pH 5' como limite inferior para as bactérias.<br />

De todos os solos por nos estudados em Minas Gérais, 85,5 %,<br />

apresentaram-se com um pH inferior a 7, conduzindo-se, portanto,<br />

que mais da metade de nossos solos dispöe de poucas bactérias em<br />

condiçôes de decompôr a celulose.<br />

Admite-se que sâo os fungos, na maioria dos nossos solos, os responsâveis<br />

pela decomposiçâo de celulose para se verificar quais os<br />

microorganismos constituintes dos nossos solos que respondem pela<br />

deccmposiçâo de celulose, tornam-se necessârios experiências especiais.<br />

WAKSMAN e STARKEY (16) organizaram uma lista dos mais importantes<br />

fungos que decompôem a celulose é a seguinte:<br />

Trichoderma, Aspergillius, Pénicillium, Fusarium, Cephalosporium,<br />

Certicillium, Sporotrichum, Polyporinae, Agaricinae.<br />

WINOGRADSKY (74) resumiu em oito pontos a açâo dos microorganismos<br />

sobre a celulose, os quais apresentamos a seguir:<br />

1) A celulose fibrosa sofre râpida oxidaçâo, carregando-se de um<br />

produto apresentando reaçôes clâssicas da. oxicelulose;<br />

2) Esta substância, dispersivel em âgua, solüvel nos alcalis fracos,<br />

precipitâvel pelos âcidos, é extraivel das fibras oxidadas, deixando<br />

a celulose inalterada;<br />

3) As fibras atacadas bem como a substância extraida das fibras,<br />

nâo possuem nenhum poder redutor. Este carâter negativo marca<br />

uma diferença essencial entre a oxidaçâo biológica e a oxidaçâo quimica;<br />

4) O extrato das fibras que apresentam caractères de uma suspensâo<br />

coloidal, submetido a hidrólise por ebuliçao com âcidos fortes,<br />

manifesta, por sua vez, um poder redutor, dosâvel no licor de Fehling<br />

fervendo, mas, freqüentemente a hidrólise nâo conduz a este poder;<br />

5) O processo terâ lugar em presença do azoto assimilâvel, de<br />

preferência o inorgânico, que passa ao estado de azoto orgânico na<br />

proporçâo de quasi 2 a 3 % de celulose dispersa;<br />

6) O azoto nitrico sofre reduçâo parcial, passando ao estado<br />

de azoto amoniacal, apesar do excesso ilimitado de ar. Achou-se quantidade<br />

fraca, porém, dosâvel, nas .culturas que nâo tinham esgotado<br />

sua réserva em azoto nitrico;<br />

7) O andamento das culturas nâo é regular e durâvel senâo<br />

acondicionada a um pH inicial 7.0 ou acima. O pH tende a se modificar<br />

durante o processo, principalmente em seguida a assimilaçâo<br />

de ions azotados seja no sentido da alcalinidade em presença de nitratos<br />

alcalinos, da acides, em presença de sais amoniacais. O coloide<br />

âcido formado exerce sobre a reaçâo uma influência fraca, mas<br />

perceptivel;<br />

8) Nâo ha produçâo de nenhum âcido graxo, nem, de modo<br />

gérai, de nenhum produto volatil.<br />

A operaçâo é de tal modo regular e constante que a presença<br />

dêsses produtos deve ser encarada como um indice de ingerência dos<br />

microorganismos extraidos ao grupo.

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