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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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198 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Os fungos contribuem para a decomposiçâo da matéria orgânica<br />

do solo, porém,' algumas espécies sâo patogênicas para os végétais.<br />

Podem viver em solos âcidos, onde a vida bacteriana quasi nâo ê<br />

possivel, decompondo a matéria orgânica.<br />

Na superficie do solo predominam as formas vegetativas e nos<br />

horizontes inferiores, os esporos sâo encontrados em numero mais<br />

elevado.<br />

Nos solos mais ricos em matéria orgânica, a flora de fungos é<br />

bem mais numerosa, ao passo que a adiçâo de sal ao terreno origina<br />

a sua diminuiçâo. Sâo incrementados quando a terra é adubada com<br />

fertilizantes âcidos.<br />

De um modo gérai, os fungos sâo aeróbios, podendo no entanto,<br />

algumas espécies terem desenvolvimento nos meio anaeróbico, fato<br />

de grande importância para agricultura porque decompôe a celulose,<br />

proteina, hidrato de carbono, hemicelulose, pentosanas, parafinas,<br />

gomas e ligninas, nos mais diversos ambientes do solo, inclusive<br />

em solos muito âcidos e de pouco arejamento.<br />

RUSSELL (6) afirma que a temperatura tem grande influência na<br />

vida dos fûngos, exercendo mesmo uma açâo selecionadora. Por exemplo,<br />

nos solos das zonas temperadas 50 % dos fungos da terra sâo Pénicillium<br />

e nas zonas mais quentes a maioria dos fungos é do gênero<br />

Aspergillus.<br />

Os fungos assimilam mais elementos das substâncias orgânicas<br />

do solo por êle atacado do que qualquer outro microorganismo.<br />

Segundo RÜSSEL (6) alguns fungos sâo muito ativos na decomposiçâo<br />

da celulose.<br />

ACTINOMICETOS<br />

Este tipo de microorganismo é intermediârio, em sua morfologia,<br />

entre as bactérias e os fungos, dêstes mais se aproximando.<br />

Grande numero é aeróbio, porém, menos estritamente do que as<br />

bactérias, podendo se encontrar no solo actinomicetos anaerôbios.<br />

Sâo em gérai, muito sensïveis as mudanças de pH, desenvolvendo-se<br />

entre limites bastantes estreitos, sendo sempre em numéros inferiores<br />

ac bactérias. Algumas espécies toleram pH 4,0 ou mesmo inferior e,<br />

quanto a mudança de temperatura, sâo menos sensïvel do que as<br />

bactérias, fungos e protozoârios. Confirma êsse ponto de vista o trabalho<br />

de LOCHHAD, citador por WAKSMANN e STABKEY (16).<br />

O grâfico a seguir apresentado mostra o desenvolvimento dos microorganismos<br />

durante o inverno e a primavera.<br />

LOCHHEAD estudou a influência da temperatura dos meses de novembre<br />

a abril, mostrando o grâfico apresentado sua grande influência<br />

sobre o numero de fungos, bactérias e protozoârios, enquanto que<br />

para os actinomicetos essa influência é pràticamente nula.<br />

O numero de actinomicetos na parte superior do solo, como jâ<br />

ficou dito, é sempre maior do que na inferior, mas hâ éxemplos numerosos<br />

de solos possuindo também um elevado numero na sua parte<br />

inferior. Tal fato tem grande importância para a agricultura, porque<br />

os actinomicetos podem decompor a matéria orgânica onde as<br />

bactérias nâo a decompôe, por serem menos estritamente aeróbios do<br />

que estas.<br />

Os actinomicetos, como outros microorganismos, proliferam nas<br />

terras cultivadas ou nâo, assim como em terras adubadas ou nâo adubadas.<br />

WAKSMAN e STARKE Y (16) experimentaram a influência da adubaçâo<br />

azotada sobre o numero de actinomicetos no solo. Em terra adubada<br />

com (NH4)2SO4 houve diminuiçâo, ao passo que adubado com

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