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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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176 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÉNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

dos trabalhos de LIEBIG, iniciados«em 1840, época em que passou a<br />

merecer crédito a teoria mineral e que a fertilidade do solo era medida<br />

somente, pela sua anâlise quimica.<br />

Em conseqüência dêsse critério, surgiram as adubaçoes minerais,<br />

erradamente consideradas na época, como a unica causa déterminante<br />

da vegetaçâo, desconhecendo LIEBIG O papel dos microorganismos<br />

e o da matéria orgânica do solo.<br />

WAXSMAN, citado por QUEEO (72), reuniu no quadro que apresentamcs<br />

na pagina seeuinte, os estudos dos diversos autores, desde<br />

SPRENGEL em. 1826 a PAGE em 1930, sobre as diversas fraçôes do humus<br />

principalmente no que se relaciona com a nomenclatura dos componentes<br />

dêste.<br />

Um outro caminho para o estudo da composiçâo quimica da matéria<br />

orgânica foi iniciado por NENSKY em 1874. Èstudando a composiçâo<br />

das proteinas pela açâo dos microorganismos, constatando que<br />

da composiçâo da fibrina, albumina e gelatina, por bactérias, formam-se<br />

vârios produtos de decomposiçâo como leucina, tirosina, glicocola<br />

e indol.<br />

Em 1826, SPRENGEL iniciava as tentativas de fracionar a matéria<br />

orgânica do solo pelo uso de solventes orgânicos e reativos précipitantes<br />

de determinada parte dessa fraçào. •<br />

Em 1871 DETMER, estudou o humus do solo até a profundidade<br />

de 45 cm e foi o primeiro a determinar no humuns o porcento<br />

de C, N, O, e H, trabalho este confirmado pelos pesquisadores. modernos.<br />

• . ' .<br />

Em 1881, PITSCH, separou do solo urn material preto que designou<br />

"Matière noire". EGGERTZ em 1888, BERTHOLET e ANDRÉ em 1893 e TOL-<br />

LENS e TACKE em 1898, realizaram estudos sobre a composiçâo quimica<br />

do humus do solo, determinando aproximadamente os porcentos<br />

de C, N e H.<br />

Em 1890 MUNTZI, pela primeira vez, mostrou que, como os resultados<br />

de decomposiçâo de matéria orgânica do solo, forma-se amoniaco.<br />

Em 1850, MITZCHERLICH e em 1875 POPOFFE constataram que a<br />

fermentaçâo de celulose é o resultado de atividade bacteriana, originando-se<br />

assim o conceito que a decomposiçâo da matéria orgânica<br />

no solo nâo é só produto de reaçôes quimicas, hidrólise, oxidaçâo e<br />

reduçâo, e etc... mas estas transformaçôes se operam principalmente<br />

sob a açâo dos microorganismos. Essa alteraçâo da matéria orgânica<br />

pelos microorganismos dâ origem a uma série de substâncias<br />

intermediârias e finais.<br />

Naturalmente, a natureza dessas substâncias, varia com as condiçôes<br />

sob as quais se processam essàs transformaçôes, se em meio<br />

anaeróbio ou aerobio, formando-se entâo substâncias completamente<br />

dif erentes.<br />

Pelos trabalhos de OMELJANSKY, BREDEMAN, LIPMAN, CHRISTENSE<br />

e WESTOGRADISKY, constatou-se a grande influência dos microorganismos<br />

para a agricultura, podendo haver fixaçâo de azoto atmosférico<br />

por meio simbiótico e näo simbiótico. Com êsses trabalhos surgiu<br />

uma verdadeira ciência nova que é a microbiologia do solo.<br />

Do desenvolvimento dessa ciência advirâo o conhecimento dos<br />

processus de modiîicaçâo das substâncias orgânicas incorporadas ao<br />

solo. Por outro lado, a natureza da micro-flora do solo e a atividade<br />

desta, dependem das condiçôes fisicas e quimicas do solo, como temperatura,<br />

pH, arejamento e etc., podendo predominar a açâo de fungos<br />

ou açâo de determinados grupos de bactérias, dependendo das condiçôes<br />

especificas do solo.

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