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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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SESSÄO DE INSTALACÄO<br />

Discurso de Saudacäo pronunciado pelo Presidente da Comissäo<br />

Organizadora da III Reuniâo Brasileira de Ciência do Solo, Dr. Renato<br />

Ramos de Farias:<br />

É-nos grato saudar-vos em nome da Comissäo Executiva da 3. a<br />

Reuniâo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.<br />

A vossa presença neste recanto do nosso querido Brasil marca<br />

mais uma etapa vitoriosa da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo<br />

que, com este conclave, réalisa mais uma das suas memoraveis reunifies<br />

com a finalidade da apreciaçâo de quantos trabalhos originais sâo<br />

feitos, no Pais, no sentido de urn conhecimento maior dos assuntos<br />

cientificos atinentes ao solo.<br />

A leitura dos Anais da l. a Reuniâo vale por um belo atestado de<br />

capacidade da nossa gente, constituindo um ponto alto no aprimovamento<br />

dos nossos pesquizadores. E assim ha de suceder com os Anais<br />

da 2. a Reuniâo e das demais Reuniôes.<br />

Dentro de poucos dias ireis tomar contacto com o interior nordestino,<br />

na projetada excursâo a Pesqueira e Sâo Gonçalo com volta por<br />

Campina Grande. Atravessaremos a faixa litorânea, numa râpida passagem<br />

pela zona da mata. Viajaremos a maior parte do tempo através<br />

a caatinga, imensa regiäo em que domina o cristalino, com os seus<br />

vales por onde correm cursos dagua cujo leito, nos fortes estios, mais<br />

parecem estradas da incerteza dos destinos na sinuosidade do tempo.<br />

E a retorcida vegetaçâo xerófila emoldurada pelos "bancos" de<br />

mata agressiva xique-xique das massas decoratiyas da näo menos<br />

agressiva macambira, dâo a regiäo um colorido marcante de um mundio<br />

entrincheirado prevenido contra um inimigo assiduo e cruel. Esse<br />

o aspecto mais generalisado nos infindaveis "serrados" ou nos "razos"<br />

também infindaveis onde raros sâo os contactos com as chuvas.<br />

Mas ao lado desses conjuntos agrestes, podemos encontrar vales<br />

maravilhosos a oferecer dadiyosa oportunidade àqueles que se dispuzeram<br />

a cultivar carinhosamente o solo, oferecendo muitos deles condiçôes<br />

especiais para a cultura das inumeras plantas susceptiveis de<br />

trazerem ao meio o ëstabelecimento de uma riqueza estavel.<br />

Essa dadivosa oportunidade, porém, esta na dependencia do esfôrço<br />

humano guiado pelos recursos que a ciência proporciona. Näo<br />

sâo frutos sazonados pendentes e prontos ao alcance das mäos que os<br />

atingirem, mas colheita que dépende do conhecimento e da habilidade<br />

daqueles que se disponham a obtê-la. Tal é o exemplo de Pesqueira<br />

e de Sâo Gonçalo.<br />

Ides conhecer, nesta época, uma caatinga diferente do seu estado<br />

normal. As fortes chüvas caidas após um estio que foi uma ameaça<br />

terrivel, tornaram verdes os campos, encharcados os caminhos, fresco<br />

o ambiente, correntes os rios, animada a "bicharia", prenne de vigor<br />

a terra, reanimado o "caboclo" — uma diferença dagua para o vinho.

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