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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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AN AIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CÏÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 143'<br />

HIDROGÊNIO TROCÂVEL<br />

A existência do Hidrogênio no complexo do solo, foi verificada por<br />

PARKER e CAMERON, quando realizavam estudos sobre as bases, trocâveis.<br />

Eles observaram que "as quantidades de bases libertadas pelo solo,,<br />

nâo eram équivalentes as adsorvidas pelo mesmo", dai surgir a hipótese<br />

de haver outro elemento funcionando como base. Tratava-se do Hidrogênio,<br />

pois quando êle era eliminado a soma das bases libertadas era<br />

igual as adsorvidas. A respeito dos métodos analiticos para a sua detefminaçâo,<br />

todos säo baseados num mesmo principio, porém diferindo na<br />

soluçâo extratora. Alguns autores preconisam o método do acetato. de<br />

câlcio normal, outros o acetato de bârio, sendo esses dois os mais erapregados,<br />

nâo havendo inconveniente na escolha quanto à precisâo<br />

dos resultados.<br />

A finalidade desses métodos, é obter o deslocamento do H trocâvel<br />

retido no complexo, por meio de uma soluçâo, onde o cation desta efetüa<br />

a troca com o H do solo, passando este para a soluçâo, onde é dosado<br />

por intermédio de um alcali. Um desses métodos, é empregado<br />

pelo Instituto de Quimica do Rio de Janeiro, jâ existindo um trabalho<br />

que equipara o método do. acetato de câlcio com o de bârio, quanto à<br />

precisâo, e ajustado com um fatpr determinado analiticamente.<br />

No nosso Laboratório, de acôrdo com estudos de outros colegas,<br />

nâo foi adotado o método da determinaçâo do H trocâvel. Tal fato, se<br />

deve a fraca ocorrência do H nos solos dessa regiâo, justificada perfeitamente<br />

pelo estado de saturaçâo dos nossos solos tipicamente sialiticos,<br />

dadas as condieôes climâticas.<br />

O método que empregamos, é um dos très apresentados por PARKER<br />

"o da diferença". Esse método foi julgado o mais impreciso em relaçâoaos<br />

outros dois da titulaçâo e o -do acetato de bârio. O valor do H é<br />

obtido da diferença entre o T e o S. Acredito que, apesar da observaçâo<br />

acima, a determinaçâo analitica do H séria a menos aconselhâvel<br />

devido aos baixos valores encontrados para o H e os altos de S e do T..<br />

A existência do H, define o solo sob o ponto de vista de saturaçâo<br />

de bases e dâ uma idéia do seu grau de insaturaçao.<br />

Nos quadros anexo, podemos observar os seus baixos valores nos'<br />

vârios tipos de solos.<br />

PERCENTAGEM DE SATURAÇÂO OU VALOR V „<br />

Esse valôr dâ uma informaçâo a respeito da situaçâo do complexo •<br />

em relaçâo as bases, pois é uma relaçâo percentual relativa à capacidade<br />

total de troca de bases e a soma das mesmas disponiveis no solo..<br />

100 x S . .<br />

V s= . Quando êsse valôr, é igual a 100, o solo é dito<br />

-• • T .<br />

SATURA<strong>DO</strong> de bases, ou seja S = T. O complexo minerai esta com a<br />

sua capacidade sortiva satisfeita de cations metâlicos, podendo-se assegurar<br />

nâo existir o H trocâvel.. Para os nossos solos, o valor V tenrpouca<br />

significância quando considerâdo isoladamentè, o que nâo acontece<br />

com os solos lateriticos do sul, onde êle é considerâdo como um<br />

indice de fertilidade. Quando combinado com o pH, relaçâo Na/Ca e<br />

argila por cento, dâ uma indicaçâo quanto as caracteristicas do solo<br />

para irrigaçâo, ou seja da probabilidade de alcalinizaçâo e salinizaçâo.<br />

Estas consideraçôes, estäo relacionadas com o carâter sialitico dos solos<br />

dessa regiäo, onde a adsorçâo dos anions é minima e a predominância<br />

dos cations é bastante acentuada, como acontece em quase todos os<br />

solos das regiôes âridas e semiâridas. A pobrêsa em matéria orgânica<br />

de nossos solos, conseqüentemente, a contribuiçâo do complexo orgâ-

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