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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 135<br />

zembro, pouco é encontrado.no solo, sendo contudo a época de maxima<br />

exigência das plantas em alimentos.<br />

Diversas hipóteses podem ser emitidas para explicar a falta de<br />

reaçao de adubos nitrogenados minerais e uma delas é que a capacidade<br />

de nitrificaçâo dos solos do Estado é grande e mesmo sendo<br />

baixos os teores em nitrogênio total ' quando comparados corf? os de<br />

outros paises frios, satisfazem plenamente as exigências das plan tas.<br />

Contudo, dezembro foi o periodo critico em NO3~, mesmo para êsse<br />

solo que se apresentava com regular teor de N total (0,11%). O<br />

parcelamento do adubo nitrogenado para esta, época talvez supra as<br />

deficiências e'/icontradas nesse mês. Convém, porém, lembrar que<br />

este trabalho foi realizado em terras com vegetaçâo espontânea e<br />

que, quando cultivadas, os tratos culturais aceleram a nitrificaçâo e<br />

impedem também o crescimento do mato.<br />

Nâo se conseguiu estabelecer proporçôes de mm de chuva caidos<br />

com lavagens de NO3~. Parece que chuvas de 10 dias anteriores,<br />

perfazendo 40 mm, causam perdas por percolaçâo. HALL (5, 6) achou<br />

que chuvas de mais de 3 polegadas (76,2 mm) produzem perdas, e<br />

SMITH (8), por sua vez admite, que, acima de 2 polegadas (50,8 mm)<br />

as chuvas arrastam- os nitratos para o sub solo. O problema é complexo,<br />

pois esta condicionado ao tipo de solo, constância de chuvas<br />

etc. e nâo pode ser determinado seu valor quantitative num trabalho<br />

deste tipo.<br />

É crença, no Estado de S. Paulo, que haja uma ascençâo de<br />

sais, porque temos urn inverno sêco e consiga a evaporaçâo trazer,<br />

por capilaridade, à superficie, os sais arrastados nos periodos de chuva.<br />

Êsse fato é citado para as regiöes âridas, porém, em nossas condiçôes,<br />

isso, provàvelmente, nâo ocorra. Verifica-se que em junho-julho<br />

•e agôsto-setembro de 1948 houve sêcas normais, mas nâo houve ascençâo<br />

de nitratos. Mais visivel foi o periodo de julho, agôsto e setembro<br />

de 1949, quando näo choveu tres meses seguidos. Como näo<br />

havia umidade e a temperatura era baixa, nâo existia nitrificaçâo e,<br />

portanto, os teores deveriam permanecer mais ou menos constantes.<br />

Se houvesse ascençâo de sais, séria notado um aumento de NO3~,<br />

pelas razôes expostas. Vê-se, pela figura 1, que o teor de nitratos<br />

manteve-se mais ou menos constante e nada leva a admitir, nesta<br />

experiência, que pudesse haver ascençâo de sais.<br />

Em abril-maio de 1948, houve grande acümulo de nitratos, o que<br />

nâo se repetiu em 1949. Quando as quedas pluviométricas da mesma<br />

época nos dois anos sâo comparadas, nota-se que, no primeiro caso,<br />

näo houve chuvas. -No mesmo periodo, em 1949, as chuvas foram<br />

abundantes e bem distribuidas. O que, porém, näo tem explicaçâo é<br />

a reduçâo de NO3~ por uma chuva de 20 mm em abril-maio de 1948,<br />

pois näo esta de acôrdo com os demais dados, a nâo ser que se admita<br />

como causa, uma insolubilizaçâo do N-nitrico pela atividade microbiana<br />

sobre a matéria orgânica do mato em decrepitude.<br />

RESUMO E CONCLUSÖES<br />

Da experiência da variabilidade dos' nitratos num solo tipo terra<br />

roxa misturadaT chegou-se as seguintes conclusôes:<br />

1. A nitrificaçâo neste solo, que deve seguir em linhas gérais<br />

a maioria dos outros do Estado de S. Paulo, varia com a época do<br />

ano. A dosagem de nitratos do solo para elucidar problemas de fertilidade<br />

e pedológicos, só tem valor quando realizada em intervalos pequenos<br />

e durante um certo periodo.<br />

2. O aumento de nitrificaçâo tem como fator positivo o calor<br />

•e a umidade, crescendo nas épocas quentes e com chuvas, e diminuindo<br />

nas épocas frias e sêcas.

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