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TERCEIRÂ REUNIÄO BRASILEIRA CIENCIA DO SOLO

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ANAIS<br />

DA<br />

<strong>TERCEIRÂ</strong> <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong><br />

DE<br />

<strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

RECIFE — BRASIL<br />

17a29dejulhodel951<br />

TO MO<br />

• PUBLICA<strong>DO</strong>S PELA<br />

SOCIEDADE <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong>


Os Anais da III Reuniäo Brasileira de Ciência do Solo sâo publicados pela<br />

Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Rua Jardim Botânico, 1024, Rio de<br />

Janeiro, D.F., Brasil.<br />

Los Anales de la III Reunion Brasilena 'del Suelo son publicados por la<br />

Sociedad Brasilena del Suelo. Rua Jardim Botânico, 1024, Rio de Janeiro, D.F.,<br />

Brasil.<br />

Les Annales de la Troisième Reunion Brésilienne de la Science du Sol<br />

sont publiés par la Société Brésilienne de la Science du Sol, Rua Jardim<br />

Botanico, 1024, Rio de Janeiro, D.F., Brésil.<br />

Die Annalen des dritten Brasilianischen Kongress fuer Bodenkunde wurden<br />

durch die Brasilianische Gesellschaft fuer Bodenkunde veroeffentlich, Rua<br />

Jardim Botânico, 1024, Rio de Janeiro, D.F., Brasilien.<br />

The Annals of the Third Brazilian Meeting of Soil Science are published<br />

by the Brazilian Society of Soil Science. Rua Jardim Botânico, 1024, D.F.,<br />

Brazil.


I ANAIS<br />

DA<br />

TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong><br />

DE<br />

<strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Scanned from original by ISRIC - World Soil Information, as ICSU<br />

! World Data Centre for Soils. The purpose is to make a safe<br />

depository for endangered documents and to make the accrued<br />

information available for consultation, following Fair ' Use<br />

Guidelines. Every effort is taken to respect Copyright of the<br />

materials within the archives where the identification of the<br />

Copyright holder is clear and, where feasible, to contact the<br />

originators. For questions please contact soil.isric@wur.nl<br />

indicating the item reference number concerned.<br />

RECIFE — BRASIL<br />

17a29dejulhode 1951<br />

1.° T O M O<br />

PUBLICA<strong>DO</strong>S PELA<br />

SOCIEDADE <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong>


SOCIEDADE <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Presidente<br />

Vice-Presidente<br />

Secretârio<br />

Tesoureiro<br />

Conselheiros gérais:<br />

Terminologia:<br />

ALCIDES FRANCO<br />

THOMAZ A. COELHO FILHO<br />

LEANDRO VETTORI<br />

HLLGARD O'RELLY STERNBERG<br />

REN,TO ALMICAR CATANI<br />

Métodos de Carapo :<br />

JOSÉ SETZER<br />

CARLOS DEL NEGRO<br />

JOÂO QUTNTILIANO DE AVELAR<br />

MARQUES<br />

JOSÉ EMILIO GONÇALVES ARAÛJO<br />

FRANCISCO EDMUN<strong>DO</strong> DE SOUZA<br />

MELO<br />

CONSELHO DIRETOR<br />

1949-1951<br />

— JOSÉ ELIAS DE PAIVA NETO<br />

ALVAEO BARCELOS FAGUNDES<br />

MOACYR PAVAGEAU<br />

LEANDEO VETTORI<br />

CARLOS DEL NEGRO<br />

FERNAN<strong>DO</strong> RAMOS<br />

JOSÉ EMILIO G. DE ARAUJO<br />

COMISSÖES PERMANENTES<br />

Métodos de Laboratório:<br />

JOSÉ ELIAS DE PAIVA NETO<br />

FERNAN<strong>DO</strong> RAMOS<br />

WALDEMAR MENDES<br />

WILHELM MOHR<br />

ADAUTO S. TEIXEIRA<br />

Fertilldade do Solo:<br />

MOACYR PAVAGEAU<br />

RAUL EDGARD KALKMANN<br />

ESTEVÂO STRAUSS<br />

LEANDRO VETTORI<br />

RENATO CATANI<br />

GASPAR GOMES DE FREITAS


TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

RECIFE — PERNAMBUCO<br />

17 a 29 de julho de 1951<br />

PRESIDENTE DE HONRA<br />

DE. GETULIO VARGAS — Presidente da Repûblica ,<br />

VICE-PRESIDENTES DE HONRA<br />

Dr. AGAMMENON DE MAGALHÂES , Dr. JOÂO CLEOPAS ; '<br />

Governador do Estado Ministro da Agricultura<br />

COMISSÄO ORGANIZA<strong>DO</strong>RA<br />

PRESIDENTE DE HONRA .<br />

Dr. GOMES MARANHÂO — Secretârio da Agricultura<br />

VICE-PRESIDENTE DE HONRA<br />

Sr. ANTONIO PEREIRA — Prefeito de Recife<br />

COMISSÄO EXECUTIVA<br />

Dr. RENATO RAMOS DE FARIAS — Presidente<br />

Diretor do Institute Agronômico do Nordeste<br />

Dr. JOSÉ GUIMARÂES DUQUE<br />

Chefe do Serviço Agro-Industrial de D.N.O.C.S.<br />

Dr. MANOEL RODRIGUES FILHO<br />

Diretor da Escola Superior de Agricultura de PernambucO<br />

Dr. MOACYR BRITO FREITAS<br />

Diretor Técnico 'das Emprêsas Carlos de Brito<br />

Dr. MARIO BEZERRA DE CARVALHO<br />

Diretor do Instituto de Pesquisas Agronomicas<br />

Dr. JOÂO WANDERLEY DA COSTA LIMA '<br />

da Estaçâo Experimental de Curado I.A.NE.)


VI ANAIS DA TERCEIRA RETTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

COMISSÖES TÉCNICAS<br />

l. a (Fisica do Solo) 2. a (Quimica do Solo)<br />

Dr. PAULO VAGELEB<br />

Dr. PETEZVAL DE OLIVEIEA E CRUZ<br />

LEMOS<br />

Dr. HERCULANO PENNA MEDINA<br />

Dr. LEANDRO VETORI<br />

Dr. LABIENO JOBIN<br />

3. a (Microbiologia do Solo)<br />

Dr. ALVARO BARCELOS FAGUNDES<br />

Dr. JOSÉ ALENCAR<br />

Dr. JOÄO WANDERLEY DA COSTA<br />

LIMA<br />

Dr. CLÓVIS SILVA<br />

Dr. WALDEMAR MENDES<br />

Dr. OTÂVIO ALMEIDA DRUMOND<br />

5. a (Genese, Morfologia e Cartografia<br />

do Solo)<br />

Dr. ALCIDES FRANCO<br />

Dr. MARGER GUTMANS<br />

Dr. ALFRE<strong>DO</strong> KÜPPER<br />

Dr. FRANCISCO EDMTJN<strong>DO</strong> DE SOUZA<br />

MELO<br />

Dr. CARLOS DEL NEGRO<br />

Dr. ALEXIS <strong>DO</strong>ROFEFP<br />

Dr. RENATO AMILCAR CATANI<br />

Dr. GUI<strong>DO</strong> RANZANI<br />

Dr. ADALGISO GALLOTTI KEHRIG<br />

Dr. REINAL<strong>DO</strong> SPITZNER<br />

Dr. ALCIR NASCIMENTO<br />

4. a (Fertilidade do Solo)<br />

Dr. JOSÉ DE MELO MORAIS<br />

Dr. AMILCAR CATANI<br />

Dr. MOACYR PAVAGEAU<br />

Dr. WILSON ALVES DE ARAUJO<br />

Dr. FRANCISCO GROHMANN<br />

Dr. EDMAR KIEHL<br />

6. a (Aplicacäo da Ciéncia do Solo<br />

ao Melhoramento das Terras)<br />

Dr. JOÄO QUINTILIANO DE AVELAR<br />

MARQUES<br />

Dr. GUI<strong>DO</strong> RANZINI<br />

Dr. JOÄO ABRAMIDES<br />

Dr. FRANCISCO DA COSTA VERDADE<br />

Dr. JOSÉ BERTONI<br />

Dr. FRANCISCO MOACTR AYRES DE<br />

ALENCAR<br />

7. a (Uniformizagäo dos Métodos de<br />

Estudo e de Representagäo dos<br />

Solos, Ensino da Ciência do<br />

Solo)<br />

Dr. FERNAN<strong>DO</strong> RAMOS<br />

Dr. TUFI COURY<br />

Dr. ALFRE<strong>DO</strong> KÜPPER<br />

Dr. ESTEVAM STRAUSS<br />

Dr. WILHELM MOHR<br />

Dr. JOSÉ EMÎLIO GONÇALVES ARAÜJO<br />

COMISSÄO CONSULTIVA DE MATEMATICA<br />

Dr. PAUL VAGELER<br />

Dr. FREDERICO PIMENTEL GOMES<br />

Dr. WASHINGTON DE JORGE<br />

Dr. CONSTANTINO FRAGA JUNIOR<br />

Dr. EDILBERTO AMARAL<br />

Dr. ARMAN<strong>DO</strong> CONAGIN


î N D I C E<br />

PRIMEIRA PARTE<br />

PÂGS.<br />

Introduçâo 3<br />

Agradecimentos 5<br />

Participantes •.. 7<br />

Sessâo de instalaçâo 11<br />

Sessâo de encerramento ? • 19<br />

Excursôes 21<br />

I Comissâo — Fisica do Solo<br />

SEGUNDA PARTE<br />

ALFRE<strong>DO</strong> KÜPPER.<br />

Umidade equivalente e capacidade mâxima de campo<br />

em duas areas: Terra roxa misturada e Terra roxa<br />

légitima 27<br />

AL<strong>DO</strong> FRANKLIN <strong>DO</strong>S SANTOS.<br />

Ligeira noticia sobre um caso de excessiva permeabilidade<br />

39<br />

PAUL VAGELER.<br />

A reoria dos potenciais da.âgua no solo e sua importância<br />

no melhoramento dos solos salinos e âridos- 49<br />

FREDERIOO PIMKNTEL GOMES e HERCULANO PENNA MEDINA.<br />

Movimento capilar da àgua no solo 59<br />

ALCIDES FRANCO.<br />

Oontribuiçâo ao estudo dos solos do Seridó (RN) .. 73<br />

n Comissâo — Quimica do Solo<br />

L. B. DE OLIVEIRA.<br />

A capacidade de troca de bases e o indice de saturaçâo<br />

de solos da regiâo sêca 137<br />

R. A. CATANI e A. C. NASCTMENTO.<br />

Solubilidade de alguns fosfatos naturais 99<br />

TASSO P. DE FIGUEIRE<strong>DO</strong> e CRESCENTINO M. DE CARVALHO.<br />

Processo condutométrico para doseamento da soma de<br />

bases permutâveis (S) em solos 107<br />

MANOEL MATEUS VENTURA e JOSÉ CAMPOS ACCIOLY.<br />

Caracteristicas dos solos semi-âridos do nordeste brasileiro.<br />

Correlaçâo e permuta de bases — pH 117<br />

A. C. NASCIMENTO.<br />

Dosagem de Potâssio e Sódio em Rochas 123


vin<br />

INDICE<br />

PÂGS.<br />

F. DA COSTA VERDADE.<br />

Estudo da variabilidade dos nitratos num solo tipo<br />

Terra roxa Misturada 129<br />

F. DA COSTA VERDADE.<br />

Estudo dos horizontes orgânicos do solo de mata, no<br />

• Arenito-Bauru. Distribuiçâo e fracionamento da<br />

matéria orgânica 159<br />

WILSON A. DE ARAUJO, SILVERIO DE LIMA VIANA, VLADIMIR<br />

ILCHENKO e OMAR VIANA.<br />

Contrifauiçâo ao estudo da matéria orgânica nos solos<br />

de M. Gerais 175<br />

WILSON DE ARAUJO, VLADIMIR ILCHENKO e FELIX E. ERNEST<br />

SEILER.<br />

Sobre a formaçâo FeO em condiçôes anaeróbias em<br />

alguns solos do Estado de M. Gerais 265<br />

WILSON A. DE ARAUJO, V. ILCHENKO e FELIX EDUARD SEILLER.<br />

Sobre transformaçôes de fosfato em diferentes solos<br />

do Estado de Minias Gerais 269<br />

A. KRUTMAN e S. KRUTMAN.<br />

Emiprêgo do efelto de protegäo na determinacäo da<br />

superficie ativa de corretivo 289<br />

m Comissäo — Microbiologia do Solo<br />

CLOVIS FERNANDES.<br />

Teste de fermentaçâo expontânea em solos ricos e<br />

pobres em fósforo. Nota prévia 293<br />

JOSÉ GOMES DA SILVA.<br />

Estudos sobre inoculaçâo de sementes de leguminosas<br />

realizados pelo Institute Agronômico do Estado<br />

de S. Paulo 297<br />

E. MALA VOLTA, F. GALLI e I. R. NOGUEIRA.<br />

Nota preliminar sobre a determinaçâo biológica do<br />

S em solos por meio de Aspergillus niger 301<br />

A. BARCELOS FAGUNDES e J. <strong>DO</strong>BERETNER.<br />

Influência da cobertura do solo sobre sua flora microbiana<br />

307<br />

IV Comissäo — Fertilidade do Solo<br />

SOUZA MELLO.<br />

Adubaçâo mineral em bacia de irrigaçâo 315<br />

PiMENTEL GOMES.<br />

Urn exemplo de utilizaçâo dos novos métodos de aplicaçâo<br />

da lei de Mitscherlich 331<br />

E. STRAUSS.<br />

Experimentos de adubaçâo na zona canavieira de<br />

Pernambuco 33V<br />

ALMEIDA, RANZANI e VALSECCHI.<br />

Influência da incorporaçâo de vinhaça sobre o teor<br />

em bases trocâveis do solo 451<br />

SCHRADER E SOUZA BRIT©.<br />

O emprêgo do calcâreo na correçâo dos solos âcidos<br />

da Baixada de Sepetiba 445


INDICE IX<br />

PÂGS.<br />

MENDES E CASTRO..<br />

A influência da cal na adubaçâo fosfatada 487<br />

BOOK, KUPPER e SALES.<br />

•Adubaçâo mineral para a batatinha 461<br />

NORMANHA.<br />

Experiências de adubaçâo da mandioca no Estado de<br />

Säo Paulo ' : 473<br />

ALTEN e RATH JE.<br />

Açâo neutralizadora do potâssio sobre a acidez de<br />

células vivas 489<br />

C. SILVA FERNANDES e' E. STRAUSS.<br />

Novo métcdo de anâlise biológica pelo Aspergillus<br />

niger 503<br />

E. STRAUSS.<br />

Determinaçâo do fósforo assimilâvel em solos de Pernambuco<br />

515<br />

T. OOURY.<br />

Em tôrno da questâo do "Perclorato no tomateiro" .. 523<br />

T. OOURY.<br />

Em tôrno da questäo: "Deficiências minerais em sisal<br />

e a necrose da base das "folhas" 533<br />

V Comissâo — Gênese, Morfologia e Cartografia do Solo<br />

JOÂO W. COSTA LIMA.<br />

Levantamento agrológico dos solos da Estaçâo Experimental<br />

de Curado. Nota prévia 545<br />

LOURIVAL BASTOS DE MENEZES.<br />

Esboço de localizaçâo pedo-geogrâfica do Estado de<br />

Sta. Catarina 571<br />

LOURIVAL BASTOS DE MENEZES.<br />

Comunicaçâo sobre cobertura vegetal e perfis de solo<br />

do Estado da Bahia 571<br />

MOACIR PAVAGEAU.<br />

Estudo comparativo de alguns solos tïpicos do Planalto<br />

Central Brasileiro 585<br />

CYRO MAROONDES CESAR e EDMAR JOSÉ KIEHL.<br />

Aplicaçâo do método "Voigt" para levantamento de<br />

amcstras de perfis nos solos sub-tropicais 637<br />

FLAvio DIAS TAVARES.<br />

Projeto de classificaçâo dos solos do Brasil 643<br />

A. FAGUNDES, WILSON A. ARAUJO, F. RAMOS, A. G.<br />

KEHRIG .<br />

Estudos dos Solos da Estaçâo Experimental de Sete<br />

Lagoas. M. Gérais 649<br />

Luiz RAINHO DA SILVA CARNEIRO.<br />

Contribuiçâo ao estudo dos solos da bacia média inferior<br />

do S. Francisco 675<br />

A<strong>DO</strong>LFO KRUTMAN.<br />

Nota prévia sobre a distribuiçâo dos Solos de Pernambuco,<br />

segundo as zonas fisiogrâficas e seus pH. 725<br />

o


fNDICE<br />

PÂGS.<br />

LouRiVAL BASTOS SE MENEZES.<br />

Comunicaçâo sobre solo e condiçôes de produtividade<br />

da Granja "Henrique Lage", Imbituba (E. Santa Catarina)<br />

729<br />

LOURIVAL BASTOS DE MENEZES.<br />

Comunicaçâo sobre cobertura vegetal e perfis do solo<br />

do Estado de M. Gérais 737<br />

LOURIVAL BASTOS DE MENEZES.<br />

Comunicaçâo sobre cobertura vegetal e perfis de solo<br />

do Rio Caçador e Tubaräo. Est. Sta. Catarina 747<br />

LOURIVAL BASTOS DE MENEZES.<br />

Ccmunicaçâo sobre a cobertura vegetal e perfis de<br />

solo de Xapecó — (E. Santa Catarina) 759<br />

CARLOS BELO FILHO.<br />

Breve estudo sobre lito-Agrologia 767<br />

VI Comissäo — Aplicaçâo da Ciência do Solo ao Melhoramento<br />

das Terras.<br />

JOÄO QUINTILIANO A. MARQUES, F. GROHMANN, J. BERTONI<br />

e FRANCISCO M. AYRES DE ALENCAR.<br />

A'gumas conclusôes gérais préliminaires das determinaçôes<br />

de per das por erosâo realizadas em S. Paulo.. 775<br />

CARLOS BASTOS TIGRE.<br />

Código do Solo 805<br />

LEO FETT.<br />

Breves consideraçôes sobre o Estado de Santa Catarina<br />

pugnando pela criaçâo de um Laboratório de<br />

Solos 835<br />

VU Comissäo — Uniformizaçâo dos Métodos de Estudo e de<br />

Representaçâo do Solo e Ensino da Ciência do Solo<br />

MOACYR BRITTO DE FREITAS.<br />

O solo de Pesqueira e sua conservaçâo 843<br />

Normas para apresentaçâo dos trabalhos as reuniöes<br />

da S.B.C.S 915


I PARTE


INTRODUÇAO<br />

Colimando os objetivos da Sociedade Brasileira de Ciências do<br />

Solo, esta III Reuniâb Brasileira de Ciência de Solo veio constituir<br />

mais uma grande vitória na senda jâ gloriosa da S. B. C. S.<br />

A realizaçâo da III Reuniâo na cidade do Recife com a grande<br />

excursâo a regiäo do poligono das sêcas proporcionou a pedólogos de<br />

outras regiöes do Pais o conhecimento "in loco" das condiçôes edafológicas<br />

sertanejas com seus mültiplos problemas. Por esta razâo esta<br />

de parabens a S. B. C. S. e mais encômios merece pelo brilhantismo<br />

com que se revestiu aquele conclave cientifico, com mais de cincoenta<br />

contriDuiçôes, despertando näo so, nos setores cientificos mas outrossim<br />

nos meios politicos um vivo e particular interesse.<br />

Agradecemos ao desenhista do I. E. E. A. pela sua valiosa colaboraçâo<br />

Sr. Antonio Lemos, a Sra. Yvette de Almeida e ao Dr. Fernando<br />

Ramos.<br />

A Comissäo de Redaçâo<br />

Luiz RATNHO DA SILVA CARNEIBO<br />

MOACYR PAVAGEAU<br />

WALDEMAR MENDES


AGRADECIMENTOS<br />

A Diretoria tem a elevada honra de agradecer de urn modo geral<br />

à colenda Comissâo de Finanças da Câmara dos Deputados e, em particular,<br />

aos Senhores Deputados Doutor ISRAEL PINHEIRO e Doutor<br />

JOSÉ BONIFACIO, respectivamente Presidente da Comissao e Relator<br />

do Orçamento do Ministério da Agricultura, pelo grande interesse manifestado<br />

pelos problemas agricolas brasileiros que dependem da ciência<br />

do solo, conseguindo a inclusäo no Orçamento da Repûblica do ano de<br />

1954, da importância necessâria à publicaçâo dêste Anais.<br />

MOACYR PAVAGEAU<br />

•Presidente<br />

JOSÉ EMILIO GONÇALVES ARAUJO<br />

Vice-Presidente<br />

WALDEMAK MENDES<br />

Secretârio<br />

A. GALLOTTI KEHRIG<br />

Tesourelro


PARTICIPANTES<br />

INSTITUIÇÔES<br />

Governador do Estado de Pernambuco<br />

Dr. GOMES MARANHÂO<br />

Ministro da Agricultura<br />

Dr. WALDEMAR RAYTHE<br />

Secretaria de Agricultura do E. do Rio de Janeiro<br />

Dr. MOACYR PAVAGEAU<br />

Secretaria do E. de Pernambuco<br />

Dr. GOMES MARANHÂO<br />

Secretaria de Agricultura do E. de Minas Gérais<br />

Dr. VICTOR A. BRITO<br />

Centro Nacional de Ensino e Pesquisas Agronomicas<br />

Dr. WALDEMAR RAYTHE<br />

Serviço Nacional de Pesquisas Agronomicas<br />

Dr. A. B. FAGUNDES<br />

Instituto de Qumica Agrïcola<br />

Dr. LEANDRO VETTORI, Dr. Luiz RAINHO DA SILVA CARNEIRO, Dr.<br />

A. GALLOTTI KEHRIG, IDA SOUZA S. VETTORI<br />

Instituto de Ecologia e Experimentaçâo Agricolas<br />

Dr. RAUL EDGARD KALCKMAN, Dr. WALDEMAR MENDES, Dr.<br />

ABEILLARD CASTRO<br />

Instituto de Pesquisas Agronomicas de Pernambuco<br />

Dr. MARIO BEZERRA DE CARVALHO<br />

Departamento Nacional de O. C. as Sêcas<br />

Dr. JOSÉ GUIMARÂES DUQUE, Dr. F. E. VE SOUZA MELLO<br />

Instituto Agronômico do Sul<br />

Dr. JOSÉ EMILIO G. DE ARAUJO, Dr. ERNEST POETSH<br />

Instituto Agronômico do Leste<br />

Dr. JOSÉ DE VASCONCELOS SAMPAIO<br />

Industrias Alimenticias Carlos de Brito S/A<br />

Dr. MOACYR DE FREITAS BRITTO


PARTICIPAÇÂO INDIVIDUAL<br />

1 — ALVAEO BARCELOS FAGUNDES<br />

Serviço N. de Pesquisas Agronômicas<br />

2 — RAUL E. ÄALCHMAN<br />

Serviço N. de P. Agronômicas<br />

3 —• Luis RAINHO DA SILVA CARNEIRO<br />

Instituto de Quimica Agricola<br />

4 — ADALGISO GALLOTTI KEHRIG<br />

Instituto de Quimica Agricola<br />

5 — LEANDRO VETTORI<br />

Instituto de Quimica Agricola<br />

6 — MOACYR PAVAGEAU<br />

Secretaria de A. do Rio de Janeiro<br />

7 — WALDEMAR MENÉES<br />

Instituto de Ecologia e Experimentaçâo Agricolas<br />

8 — ABEILLARD CASTRO<br />

Instituto de E. e E. Agricolas<br />

9 — VICTOR ANDRADE BRITTO<br />

Secretaria de A. de Minas Gérais<br />

10 — MOACYR O. C. <strong>DO</strong> BRASIL SOBRINHO<br />

Secretaria de A. de Minas Gérais<br />

11 — WILSON ALVES DE ARAUJO<br />

Secretaria de A. de Minas Gérais<br />

12 — FELIX E<strong>DO</strong>UARD EENST SEILLER<br />

Secretaria de A. de Minas Gérais<br />

13 — HERCULANO PNNA MEDINA<br />

Instituto Agronomico de Campinas<br />

14 — EDGARD NORMANHA<br />

* Instituto Agronomico de Campinas<br />

15 — EDMAR JOSÉ KIEHL<br />

Instituto Agronomico de Campinas<br />

16 — FRANDISOO DA COSTA VERDADE<br />

Instituto Agronomico de Campinas<br />

17 — VLACIMIR ILCHENKO<br />

Secretaria de A. de Minas Gérais<br />

18 — JOSÉ GUIMARÂES DUQUE<br />

Departamento N. de O. C. as Sêcas<br />

19 — FRANCISCO EDMUNBO DE SOUZA MELO<br />

Departamento N. de O. C. as Sêcas<br />

20 — ERNST POETSH<br />

Instituto Agronomico do Sul<br />

21 — JOSÉ EMILIO GONÇALVES DE ARAUJO<br />

Instituto Agronomico do Sul<br />

22 — TUPI COURY<br />

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"<br />

23 — CARLOS BASTOS TIGRE<br />

Serviço Agro-Industrial do D. N. O. C. S.


10 ANAIS DA TERCEIRA REUKIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

24 — ESTEVAM STRAUSS<br />

Estaçâo Experimental de Curado<br />

25 — JoÂo W. DA COSTA LIMA<br />

Estaçâo E. de Curado<br />

26 — A<strong>DO</strong>LPH KRUTMAN<br />

Estaçâo E. de Curado<br />

27 — SARAH ÄRUTMAN<br />

Estaçâo E. de Curado<br />

28 — APOLONIO SALES<br />

Senador da Republica<br />

29 — HELIO TAVARES DE LIMA<br />

Chefe de Gabinete do Sr. Prefeito de Recife<br />

30 — MARIO B. DE CARVALHO<br />

Diretor do Instituto de Pesquisas Agronômicas de Pernambuco<br />

31 — RENATO FARIAS<br />

Diretor do Instituto Agronomico do Nordeste<br />

32 — ALFRE<strong>DO</strong> <strong>DO</strong> KUEPPER<br />

Instituto Agronomico'de Campinas<br />

33 — GREGORIO BONDAR<br />

Secretaria de Agricultura da Baia<br />

34 — FREDERIOO PIMENTEL GOMES<br />

Universidade de Säo Paulo<br />

35 — MANUEL MATEUS VENTURA<br />

D. N. O. C. S.<br />

36 — AL<strong>DO</strong> FRANKLIN <strong>DO</strong>S SANTOS<br />

Secretaria de Agricultura do E. do E. Santo<br />

37 — MOACYR BRITO DE FREITAS<br />

Industria A. Carlos de Brito S/A<br />

38 — GASTÂO E LIMA ALMEIDA<br />

Inst. de Pesq. Agr. de Pernambuco<br />

39 — ORLAN<strong>DO</strong> VALVERDE<br />

C. N. G. — I. B. G. E.<br />

40 — EUDES DE SOUZA LEÂO BRITO<br />

41 — ADELTNO DA MATA RIBEIRO<br />

42 — FRANCISCO A. DE OLIVEIRA<br />

43 — JOSÉ HENRIQUE CARVALHEIRA<br />

44 — CLOVIS DA SILVA FERNANDES<br />

45 EVAL<strong>DO</strong> ROCHA CLRNE DE AZEVE<strong>DO</strong><br />

46 — FRANCISCO GROHMANN<br />

47 — LEO FETT<br />

48 — ALOIZIO RANGEL MONTEIRO<br />

49 — OSWAL<strong>DO</strong> BARBOSA<br />

50 — MICHEL KARAN<br />

51 — ISAIAS VASCONCELOS DE ANDRADE<br />

52 — JOSÉ F. DE PONTES<br />

53 — JOSÉ iNiicio CABRAL LIMA<br />

54 — ELPIDIO <strong>DO</strong>MINGUES RIOS<br />

55 — JOSÉ HUMBERTO DE CAMPOS<br />

56 — JOSÉ CONSTANTINO G. FERREIRA<br />

57 — CONSTANTINO PONTUAL GOMES FERREIRA<br />

58 — E. DA SANTA CRUZ RIOS<br />

59 — STENO JAYME GALVÄO<br />

60 — PAULO JOSÉ DE SA<br />

61 — VICENTE BARRETO DA COSTA PEREIRA<br />

62 — DANIEL SILVA


SESSÄO DE INSTALACÄO<br />

Discurso de Saudacäo pronunciado pelo Presidente da Comissäo<br />

Organizadora da III Reuniâo Brasileira de Ciência do Solo, Dr. Renato<br />

Ramos de Farias:<br />

É-nos grato saudar-vos em nome da Comissäo Executiva da 3. a<br />

Reuniâo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo.<br />

A vossa presença neste recanto do nosso querido Brasil marca<br />

mais uma etapa vitoriosa da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo<br />

que, com este conclave, réalisa mais uma das suas memoraveis reunifies<br />

com a finalidade da apreciaçâo de quantos trabalhos originais sâo<br />

feitos, no Pais, no sentido de urn conhecimento maior dos assuntos<br />

cientificos atinentes ao solo.<br />

A leitura dos Anais da l. a Reuniâo vale por um belo atestado de<br />

capacidade da nossa gente, constituindo um ponto alto no aprimovamento<br />

dos nossos pesquizadores. E assim ha de suceder com os Anais<br />

da 2. a Reuniâo e das demais Reuniôes.<br />

Dentro de poucos dias ireis tomar contacto com o interior nordestino,<br />

na projetada excursâo a Pesqueira e Sâo Gonçalo com volta por<br />

Campina Grande. Atravessaremos a faixa litorânea, numa râpida passagem<br />

pela zona da mata. Viajaremos a maior parte do tempo através<br />

a caatinga, imensa regiäo em que domina o cristalino, com os seus<br />

vales por onde correm cursos dagua cujo leito, nos fortes estios, mais<br />

parecem estradas da incerteza dos destinos na sinuosidade do tempo.<br />

E a retorcida vegetaçâo xerófila emoldurada pelos "bancos" de<br />

mata agressiva xique-xique das massas decoratiyas da näo menos<br />

agressiva macambira, dâo a regiäo um colorido marcante de um mundio<br />

entrincheirado prevenido contra um inimigo assiduo e cruel. Esse<br />

o aspecto mais generalisado nos infindaveis "serrados" ou nos "razos"<br />

também infindaveis onde raros sâo os contactos com as chuvas.<br />

Mas ao lado desses conjuntos agrestes, podemos encontrar vales<br />

maravilhosos a oferecer dadiyosa oportunidade àqueles que se dispuzeram<br />

a cultivar carinhosamente o solo, oferecendo muitos deles condiçôes<br />

especiais para a cultura das inumeras plantas susceptiveis de<br />

trazerem ao meio o ëstabelecimento de uma riqueza estavel.<br />

Essa dadivosa oportunidade, porém, esta na dependencia do esfôrço<br />

humano guiado pelos recursos que a ciência proporciona. Näo<br />

sâo frutos sazonados pendentes e prontos ao alcance das mäos que os<br />

atingirem, mas colheita que dépende do conhecimento e da habilidade<br />

daqueles que se disponham a obtê-la. Tal é o exemplo de Pesqueira<br />

e de Sâo Gonçalo.<br />

Ides conhecer, nesta época, uma caatinga diferente do seu estado<br />

normal. As fortes chüvas caidas após um estio que foi uma ameaça<br />

terrivel, tornaram verdes os campos, encharcados os caminhos, fresco<br />

o ambiente, correntes os rios, animada a "bicharia", prenne de vigor<br />

a terra, reanimado o "caboclo" — uma diferença dagua para o vinho.


12 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

O nordeste tem sido, na realidade, uma grande conquista do homem.<br />

Parece mesmo que a Providência Divina tem dado ao nordestino,<br />

ao lado das dificuldades inhérentes a hostilidade do meio, a mercê de<br />

uma grande perseverança que é, sem düvida, a caracteristica principal<br />

da gente desta Regiâo. Aqui se planta a semente duas, très e mais<br />

vêzes, na esperança de que as chu vas se jam aproveitadas em favor da<br />

sua germinaçâo e do desenvolvimento das plantas resultantes. As chuvas<br />

säo escassa:s; colhe-se a palha, mas se planta na primeira oportunidade.<br />

Os preços baixam na esperança de que eles melhorem no ano<br />

seguinte. O riacho seca — cavarn-se cacimbas para a âgua — seca a<br />

cacimba da propriedade — vai-se buscar a âgua numa outra cacimba<br />

ou de urn açude que résiste mais e, com isso; anda-se léguas e léguas.<br />

— Näo faz mal o ano que vem ha de ser melhor. O gado morre numa<br />

sêca, recomeça-se na primeira oportunidade. Tudo se perdeu: emigra-se.<br />

Mas na viagem se anda, as topadas, olhando para traz para ver se descobre<br />

uma "chuvada" na terra para onde se volta täo pronto se possa.<br />

— Ha os que väo e que mais näo voltam. Contados na sua maioria viverâo<br />

o resto da vida entre as saudades e as nostalgias das recordaçôes<br />

porque o normal, no coraçâo nordestino, é viver contente no Nordeste,<br />

sejam quais forem as dificuldades ou, fora do Nordeste, sentir a opressâo<br />

da nostalgia.<br />

Êsse râpido retrato que procuramos por à vossa frente, o fizemos<br />

para que possais compreender certas facetas da mentalidade da gente<br />

desta Regiâo, agora que tereis, muitos entre vós, o primeiro contacto<br />

com ela.<br />

De uma cousa podeis estar bem certos: É de que, näo importa onde<br />

vos encontreis, tereis sempre dos nordestinos a certeza de que todos<br />

vos dirâo como nós o fazemos agora: Sêde berrrnndos.


DISCURSO PRONUNCIA<strong>DO</strong> PELO DR. VITOR DE ANDRADE BRITO,<br />

REPRESENTANTE DA SECRETARIA DE AGRICULTURA <strong>DO</strong> ESTA<strong>DO</strong><br />

DE MINAS GERAIS<br />

Num testemunho bastante palpavel, de genérosidade de coraçâo,<br />

delegaram-me os colegas visitantes a incumbência de agradecer o aco-<br />

Ihimento que nos é oferecido nesta terra, por ocasiâo da in Reuniâo<br />

Brasileira de Ciência do Solo.<br />

Todas as delegaçôes jâ aqui se encontram; chegadas em dias ou<br />

horas dif eren tes, sempre as mesmas atencöes lhes foram dispensadas:<br />

Renato Faria, Costa Lima, Moacir Brito e tantos outros incansaveis<br />

colegas, sempre solicitos, prestaram-nos toda sorte de assistência, a<br />

que somos.bastante gratos e que, temos certeza, nâo chegaram ainda<br />

ao fim. Esta, a assistência do valoroso colega pernambucano. De outro<br />

lado, observamos o interesse oficial voltado para os nossos- trabalhos,<br />

prestigiando-os, motivo pelo qual sentimo-nos sobremaneira confortados,<br />

pela razâo do estimulo que tal représenta àqueles que, ao lado da<br />

ciência, procuram melhor contribuir para o engrandecimento da<br />

Pâtria.<br />

Enfim, a familia pernambucana acolhe-nos: as "bandeirantes",<br />

dispensando assistência as senhoras présentes, dos colegas visitantes,<br />

homenageiam nossas familias.<br />

Assim, meus senhores, a III Reuniâo Brasileira de Ciência do Solo,<br />

encontra-se de parabens. Quando Recife foi^ escolhida para sede dos<br />

trabalhos os que ora se iniciam, havia a certeza, do alcance dessa medida.<br />

Todavia, quando o ambiente encontrado supera as maiores espectativas,<br />

devemos ressaltar, tornando condigna a impressâo qiue nos<br />

domina.<br />

Esta reuniâo représenta um dos marcos iniciais de uni caminhamento<br />

que todos desejamos se faça continuadamente, entrelaçando o<br />

conhecimento daqueles que laboreiam no setor da ciência do solo. Isto<br />

porque, assim procedendo, estaremos demandando um campo promissor<br />

no sentido de maiores beneficios aos nossos compatriotas.<br />

Nenhum pais poderâ prescindir do aumento do seu padrâo cientifico<br />

e o nosso Brasil, principalmente, anceia pela maior expansâo dos<br />

trabalhos realizados em tôrno da ciência, culminando, quando essa<br />

ciência se faz pelo solo, que é, sem dûvida, o baluarte da nacionalidade.<br />

Por conseguinte, a 3. a etapa vencida pela S. B. C. S., représenta<br />

para nos um grande estimulo à certeza de uma continuidade promissora,<br />

quando sentimos os resultados que se poderâo antever desta magnifica<br />

acolhida, que bem représenta o atestado de in ter esse pelos trabalhos<br />

que ora se iniciam.<br />

Grande é o numero de contribuiçôes apresentadas a esta III Reuniâo<br />

de Ciência do Solo; indicaçôes, teses e monografias, atestarâo os<br />

esforços dos técnicos que aqui se congregam, onde salientarâo inûmeros<br />

trabalhos dos cooperadores deste Estado.<br />

O esforço dos que vos visitam sera de maneira incansâvel para que<br />

os resultados desta Reuniâo, se coroem dos maiores sucessos, pois, en-


14 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

contram-se de animo engrandecido por tudo que ja viram e receberam<br />

na vossa terra. Pouco mais poderiamos dizer no sentido de testemunhar<br />

nossa satisfaçâo. Palavras seriam insuficientes para documentar<br />

êste nosso encantamento.<br />

Justificamos, porém, da felicidade que nos envolve ao encontrarmo-nos<br />

na capital pernambucana, que vem de engalanar esta III Reuniâo<br />

de Ciência do Solo, pelos seus oferecimentos présentes, engrandecida<br />

dos seus merecidos feitos passados, que sempre culminaram pela<br />

defesa e pela prosperidade da nossa Pâtria.<br />

Por conseguinte, senhores, acredito poder representar o pensamento<br />

dos meus colegas de outros Estados, dizendo: Estamos verdadeiramente<br />

encan ta dos com a vossa acolhida.


DISCURSO PROFERI<strong>DO</strong> PELO DR. ALVARO BARCELOS FAGUNDES<br />

Quando um pequeno grupo de estudiosos dos problemas da terra,<br />

reunidos em Petrópolis, por ocasiâo do Segundo Congresso Panamericano<br />

de Engenharia de Minas e Geologia, em outubro de 1946, discutiu<br />

a conveniência da realizaçâo de uma reuniäo de pedólogos brasileiros<br />

para a troca de idéias sobre assuntos de sua especialidade a apresentaçâo<br />

de seus resultados e a comparaçâo de seus métodos de traba-<br />

Iho, foi lançada a semente de um empreendimento destinado a pleno<br />

êxito.<br />

Jâ em 1947, com a participaçâo de 72 técnicos e a representaçâo<br />

de 24 instituiçôes, concretizava-se, na Capital da Repüblica, através<br />

da realizaçâo da Primeira Reuniäo Brasileira de Ciência do Solo', a primeira<br />

etapa do programa entâo cogitado.<br />

Do que foi aquêle conclave todos vos tendes conhecimentos, quer<br />

pelo comparecimento pessoal, quer pela leitura do interessante volume<br />

de seus anais, onde estâo contidas 28 teses versando sobre a fisica, quïmica,<br />

a microbiologia e a fertilidade do solo, relatando resultados de<br />

levantamentos agrológicos realizados no Nordeste e na Baixada Fluminense,<br />

discutindo normas de conservaçâo e de classificaçâo do solo<br />

e métodos de ensino da pedologia.<br />

Foi a vitória de uma idéia que representava o anelo unanime dos<br />

pedólogos brasileiros, conquistada a custa de um esforço coletivo.<br />

Nasceu no seio daquela primeira reuniäo nossa jovem Sociedade<br />

Brasileira da Ciência do Solo, pequena pelo numero de seus associados<br />

e grande pela importância dos problemas que os congregam.<br />

Em 1949 foi realizada, em Campinas, S. Paulo, a segunda reuniäo<br />

levando ao tradicional e fecundo centro de investigates agricolas que<br />

o seu Instituto Agronômico, uma pleidade de estudiosos credenciados<br />

pelos resultados de interessantes pesquisas conduzidas aqui no Nordeste,<br />

no Centro e no Sul do Pais.<br />

Ali foram novamente apresentadas teses de grandes oportunidades<br />

nos setores da ciência do solo correspondentes as comissôes técnicas<br />

que constituem nossa Sociedade.<br />

Em tôrno dos assuntos destas contribuiçôes tiveram lugar acalorados<br />

debates que servem de indice salutar do interesse e do entusiasmo<br />

dispensados pelos congressistas, aos objetivos das respectivas<br />

Comissôes.<br />

Estâo em fase de impressào os Anais da Segunda Reuniäo, através<br />

dos quais poderâo avaliar da importância dos trabalhos ali âpresentados<br />

aqueles que näo tiveram oportunidade de comparecer a Campinas.<br />

Por uma feliz iniciativa da brilhante representaçâo pernambucana<br />

àquele certame, unânimemente aceita pelos colegas de ou tros<br />

Estados, foi entâo escolhida esta magnifica e hospitaleira cidade do<br />

Recife para sede da III Reuniäo, que hoje se inicia sob täo promissores<br />

auspicios.<br />

O interesse pela realizaçâo da presente reuniäo no Nordeste, justifica-se<br />

por mültiplas razôes, das quais quero mencionar apenas duas.


16 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Em primeiro lugar é esta uma oportunidade para se prestar merecida<br />

homenagem à prospéra agricultura pernambucana e a todos aqueles<br />

que no retraimento silencioso de seus laboratórios ou na labuta interminâvel<br />

de seus campos de cultura, ora calcinados por soalheiros<br />

inclementes, ora inundados por precipitaçôes torrenciais ou no tumulto<br />

ruidoso e fecundo de suas uzinas, enfrentando todos obstâculos<br />

de uma natureza âspera, tem conseguido dominar a terra, tirando<br />

delà os elementos essenciais ao substrate material de uma grande civilizaçâo.<br />

Em segundo lugar a reuniâo aqui facilitarâ aos investigadores<br />

que nas demais regiôes do Pais um contato mais direito com a terra<br />

do Nordeste onde a ocorrência de caracteristicas climâticas especificas<br />

dâ lugar a condiçôes edaficas peculiares e origina complexos e<br />

fascinantes problemas de uso e conservaçâo do solo.<br />

O interesse e a curiosidade dos pedólogos de outros recantos do<br />

Brasil que aqui foram convocados a propósitos da presente reuniâo<br />

acentuam-se pela certeza de que aqui nâo encontrarâo apenas as caracteristicas<br />

de uma regiâo semiârida. E as pesadas chuvas que se tem<br />

precipitado sobre a Zona da Mata nestes Ultimos dias parecem apropriadas<br />

a desfazer qualquer engano porventura existente neste sentido.<br />

Na verdade o que se verifica no Nordeste é a extrema diversidade<br />

de suas condiçôes ecológicas.<br />

Si considerarmos os fatores geológicos, veremos aqui representadas<br />

formaçôes dos mais distantes periodos, desde o remoto arqueano,<br />

até o recente quartenârio. Evidencia a riqueza geológica a multiplicidade<br />

de minerais encontrados e explorados no sub-solo nordestino.<br />

Como uma consequência desta diversidade geológica, as condiçôes<br />

de relêvo apresentam aqui grande variaçâo entre os extremos representados<br />

pelas extensas vârzeas e monótonos tabuleiros próximos do<br />

litoral e as serras escapadas que cortam o interior.<br />

Em relaçâo à pluviosidade os contrastes tornam-se ainda mais evidentes,<br />

principalmente quando se comparam as zonas litorâneas, onde<br />

a precipitaçâo atinge frequentemente, valores superiores a 2.000mm.<br />

anuais, com certas âreas de caatinga, onde a coluna pluviométrica nâo<br />

alcança 500mm. nos anos normais.<br />

É natural que a extrema diversidade dos fatores de formaçâo do<br />

solo tenham dado lugar, no Nordeste, a grande heterogeineidade de<br />

condiçôes edaficas e consequentemente determinado o grande ecletismo<br />

de sua agricultura. Em poucas regiôes pode-se constatar, como<br />

aqui, a distancias relativamente curtas a prâtica de culturas tâo distintas<br />

em suas exigências, tais como o arrôs e o sisal, o algodäo e<br />

a cana.<br />

Esta complexidade ecológica dificulta o problema do estabelecimento<br />

de métodos de cultura, bem como o da escolha das formulas<br />

de adubaçâo e das técnicas de conservaçâo do solo e torna extremamente<br />

perigosas as generalisaçôes de principios estabelecidos em outras<br />

regiôes.<br />

A prâtica agricola no Nordeste ja pode, felizmente, ser orientada<br />

pelos resultados de um apreciâvel volume de trabalhós de investigaçôes<br />

e de experimentos, conduzidos por compétentes, équipes de técnicos,<br />

nâo sô nas instituiçôes fiscais, quer da Uniäo, quer dos Estados,<br />

mas ainda por emprêsas privadas que demonstram assim, a elevada<br />

compreensäo de que, na agricultura como na industria, só é possivel<br />

o progresso em bases estâveis mediante a aplicaçâo de principios cientificos<br />

à racionalizaçâo das operaçôes.<br />

Aqui, como na maioria das regiôes agricolas do Brasil, sente-se<br />

que tem havido progresso continuo.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 17<br />

O uso da mâquina multiplicando o esforço do hörnern nos trabalhos<br />

de campo tem se difundido. Tem aumentado de forma apreciâvel<br />

o emprêgo de adubos e corretivos. A aplicaçâo de inseticidas e fungicidas<br />

ao combate aos inimigos da lavoura, tem se. desenvolvido, nâo<br />

só em volume mas também qualitativamente, mediante o uso de novos<br />

produtos da indüstria quimica. Na maioria das culturas tem-se verificado<br />

substancial e progressivos crescimentos da produçâo. No entretanto,<br />

muito resta ainda por fazer e sâo graves ainda alguns problemas<br />

enfrentados por nossa agricultura. Entre êles avultam os da conservaçâo<br />

do solo e da elevaçâo do rendimento agricola por unidade de<br />

area, salvo raras excecöes, apresentadas por algumas culturas em<br />

regiöes limitadas tem se mantido estâtico e, em alguns casos tem decrescido.<br />

Tenho certeza de que, para a soluçào destes dois problemas muito<br />

poderâ fazer a ciência do solo.<br />

O conhecimento das propriedades fundamentals deste substrato<br />

e do mecanismo pelo qual cede as plantas os elementos que necessitam<br />

para seu desenvolvimnto, possibilitarâ indicâçôes seguras sobre as<br />

deficiências minerais das diversas areas cultivadas e darâ lugar à utilizaçâo<br />

mais eficaz e econômica dos fertilizantes.<br />

É com satisfaçâo que se constata através da leitura dos trabalhos<br />

a serem apresentados a presente reuniâo, onde estâo incluidas varias<br />

contribuiçôes sobre este importante assunto, que este problema esta<br />

sendo objéto de sério ataque por vârios grupos de pesquisadores em diversos<br />

pontos do Pais.<br />

O problema da conservaçâo do solo tem também merecido o mais<br />

dedicado estudo por parte dos investigadores da ciência do solo, no<br />

Brasil.<br />

Contribuiçôes de grande valôr neste campo, tem saido dos talhôes<br />

expérimentais e dos laboratórios da Escola Superior de Agricultura<br />

de Viçosa, do Instituto Agronômico de Campinas, da Divisâo de Conservaçâo<br />

do Solo de Minas Gerais, e das Estaçôes Experimentais de<br />

Sete Lagôas e Lavras, para citar apenas algumas das instituiçôes oficiais<br />

que trabalham ha mais tempo neste se tor.<br />

Em emprêsas particulares o problema esta sendo também objéto<br />

de experimentaçâo e pesquisa, e a este respeito nâo posso me furtar<br />

ao prazer de recordar que foi aqui em Pernambuco que vi a iniciativa<br />

privada de maior envergadura, objetivando a soluçâo racional dos problemas<br />

de conservaçâo do solo.<br />

Refiro-me aos campos expérimentais mantidos pela firma Carlos<br />

Brito & Cia., em Pesqueira, onde ha mais de 15 anos, através de expérimentes<br />

bem planejados e executados vem sendo realizadas medidas<br />

de intensidade de erosâo sob diferenças prâticas culturais.<br />

Aos poucos vâo sendo incorporados a nosso patrimônio técnico,<br />

interessantes indicaçôes, obtidas em diversas latitudes sob diferentes<br />

regimes climâticos em solos os mais distintos, que poderâo servir para<br />

orientar as prâticas culturais no sentido de uma agricultura conservasionista.<br />

Mas, uma grande etapa esta ainda por veneer. Infelizmente salvo<br />

raras e honrosas excecöes, muito pouco das indicaçôes fornecidas pela<br />

experimentaçâo e pela pesquisa sobre a extensâo e a intensidade dos<br />

processos de perda de fertilidade e sobre as prâticas recomendadas<br />

para controlâ-los tem sido realmente levado em consideraçâo pelos<br />

agricultures.<br />

Ocorre ainda que, muitos dos que jâ tem suas vistas voltadas para<br />

o problema preocupam-se exclusivamente com as perdas pela erosâo.<br />

Estas sâo realmente considerâveis, mas embora muito mais espetaculares,<br />

nâo serâo em muitos casos as mais graves causas de deterioriza-


18 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

çâo da terra. Ha dois aspectos do fenômeno, que desejo aqui focalizar<br />

e que certamente serâo objéto de discussâo na presente reuniäo.<br />

O primeiro é o da excessiva lixiviaçâo que se verifica principalmente<br />

nos solos pianos dos taboleiros e das vârzeas bem drenados sujeitos<br />

a intensa pluviosidade, e que ocasiona forte desbasificaçâo, tornando-se<br />

as terras âcidas e inférteis.<br />

O segundo é o da intensa oxidaçâo da matéria orgânica que tem<br />

lugar sob as condiçôes de temper atura relativamente al ta e que estäo<br />

sujeitos os solos de militas regiôes de nosso território, durante grande<br />

parte do ano.<br />

A história do Brasil é rica em paginas heróicas, descrevendo a<br />

dedicaçâo de nossos antepassados ao solo pâtrio, que defenderam com<br />

bravura e sacrificio contra o invasor estrangeiro.<br />

A evocaçâo destas paginas é expontânea aqui em terras pernambucanas,<br />

onde foram escritas, com o sangue dos bravos de Guararapes,<br />

os capitulos mais edificantes da luta pela defesa de nosso solo.<br />

Este amor à terra que é tradiçional entre os brasileiros, continua,<br />

no entanto, sendo desafiado em imagem surda e obscura, contra irùmigos<br />

muito mais ativos e perigosos, porque agem silenciosamente,<br />

constantemente e se fortalecem nos erros que cometemos quando, sem<br />

judicioso estudo, nos empenhamos na intensificaçâo da produçâo<br />

agricola.<br />

Acompanhando a marcha da humanidade, cresce vertiginosamente<br />

nossa populaçào. Avolumam-se os indices demogrâficos das cidades<br />

e centros industrials. Aumenta a solicitaçâo de gêneros de subsistência<br />

e de materias primas que devem ser supridas pelo trabalho<br />

dos campos.<br />

Mas, esta pesada incumbência deverâ ser cumprida por nossos<br />

agricultures sem comprometer as possibilidades de suprimento as geraçôes<br />

futuras.<br />

Para garantir nossa soberania é necessârio produzir, mas é imperioso<br />

conservar e melhorar os meios de produçâo.<br />

Na realizaçâo destes propósitos, poderâo os agricultores do Brasil<br />

contar com a franca colaboraçâo dos investigadores que, nas diversas<br />

regiôes de nosso território, se dedicam a soluçâo dos problemas do uso<br />

e da conservaçâo da terra.<br />

E estou certo de que, estes investigadores encontrarâo uma oportunidade<br />

para comparar seus resultados aferir seus métodos de trabalho<br />

e desenvolver seu campo de açâo, no intercâmbio que lhes proporcionarâo<br />

as sessöes da reuniâo que ho je se inicia sob tâo elevado<br />

patrocinio.


SESSÄO DE ENCERRAMENTO<br />

A sessäo de encerramento realizou-se na Escola Superior de Agricultura<br />

do E. de Pernambuco, as 12 horas do dia 25-VII-951. Tomaram<br />

parte na mesa além do Consëlho Diretor da Sociedade, o Sr. Renato<br />

Ramos Farias, diretor do I. A. do Nordeste, Sr. José G. Duque, chefe<br />

do Serviço Agro-Industrial do D. N. O. C. S. e o Exmo. Sr. Antonio Pereira,<br />

Prefeito de Recife. Presidente de honra da Comissäo Organizadora,<br />

a quem foi dado presidir a sessâo. Havendo o Sr. Presidente concedido<br />

a palavra ao Sr. José G. Duque, êste proferiu urn belo discurso<br />

em homenagem aos congressistas; falou sobre a situaçâo agricola do<br />

Nordeste, retratando-lhe as condiçôes ecológicas e o meio social. Leu<br />

uma lista das instituiçôes que se fizeram representar. Falou da grande<br />

oportunidade que se oferecia aos pedologistas de virefn estudar "in<br />

loco" problemas de solos e agronômicos, que continuam a desafiar à<br />

operosidade do agrônomo e da administraçâo pûblica. Descreveu o poligono<br />

das sêcas com os seus contrastes de sêca e de abundância dàgua<br />

em periodos curtos, de modo a constituir um outro mal o de estragar<br />

o solo. Relatou a situaçâo social e agronômica do agreste e do sertâo<br />

e procurou explicar a atuaçâo dos governos e as dificuldades para conseguir<br />

obter algo de efetivo. Finalmente falou do valor das terras sob<br />

o ponto de vista econômico e estratégico e terminou fazendo urn apêlo<br />

aos pedologistas para que procurassem cada vez mais chamar a atençâo<br />

dos que trabalham na terra para a defesa da riqueza do solo, que<br />

cegamente estamos jogando fora nâo só no Nordeste como em outras<br />

glebas do Pais.<br />

O Sr. Prefeito em breve oraçâo respondeu aos discursos anteriores<br />

e deu como encerrada a sessâo.<br />

Após o encerramento foi feita uma excursâo pela zona sêca até<br />

Sâo Gonçalo, na Paraiba.


Os perfîs abertos despertaram entre os congressistas, vivo interesses e oportuno<br />

debates cientificos<br />

O presidente da A.B.C.S. agradeceu em nome dos congres.sistas o banqueté oferecido<br />

pelo Dr. A. Magalhâes, DD. Presidente do Estado de Pernambuco


A mesa que presidiu a sessâo de encerramento da III Reuniâo Brasileira de Ciência do<br />

Solo, na E.S.A. de Pernambuco. Da esquerda para à direita; Dr. L. Vettori; Dr. Moacyr<br />

Pavageau; Dr. Renato Farias; Dr. A. B. Fagundes; Dr. J. G. Duque; e Dr. Moacyr<br />

de Britto


EXCURSÄO Ä REGIÄO <strong>DO</strong> POLÎGONO DAS SÊCAS<br />

Terminados os trabalhos da III Reuniäo Brasileira de Ciência do<br />

Solo, realizada na cidade do Recife, no periodo de 17 ä 25 de Julho de<br />

1951, os congressistas iniciaram uma grande excursao pelo interior dos<br />

Estados de Pernambuco e Paraiba. Sairido do Recife as 9 horas da manhâ,<br />

em vârios micro-ônibus, cobriram a primeira etapa até a cidade<br />

de Caruarû, depois de percorridos 138 kms. do Recife. Antes de atingirem<br />

aquela cidade passaram pelas cidades de Jaboatâo, onde existe<br />

a usina Bulhôes; Moreno, com a fâbrica de tecidos "Société Cottoniere<br />

Belge-Brésiliene"; e observando os certes da estrada puderam notar os<br />

limites entre a série Barreiras e o Arqueano. Passaram ainda por Tapera,<br />

onde, na fazenda Sâo Bento, funcionou a antiga Escola Superior<br />

de Agricultura de Pernambuco; depois por Vitória de Santo Antäo, a<br />

51 kms. do Recife, com grande fâbrica de âgua-ardente e produçâo diâria<br />

de 15.000 garrafas; os micro-ônibus passaram pela serra de Russa e,<br />

jâ ai, foi notada a diferença geológica dos terrenos. Depois, pelas cidades<br />

de Gravatâ jâ na zona do agreste, a seguir por Bezerros atingindo<br />

finalmente Caruarû, onde existe um grande curtume; depois de pequeno<br />

pouso para o almôço, prosseguiram viagem, passando por Sâo<br />

Caetano, a 159 kms. do Recife, com uma usina de beneficiamento de<br />

caroâ; depois por Tacaimbó ou Tuimbo (ex-Antonio Olinto). Depois<br />

de percorridos 192 kms. do Recife, puderam observar o gnaisse decomposto<br />

capeado por fina camada de arenito, provâvelmente da série de<br />

Russas. Belo Jardim, onde parece haver influência de Pesqueira; Sanharó<br />

que é um municipio novo, finalmente Pesqueira, onde chegaram<br />

as 18 horas, sendo ai fidalgamente recebidos por altos funcionârios das<br />

Fâbricas. Peixe (Indûstrias Alimenticias Carlos, de Brito S/A) os Srs.<br />

Moacir de Brito Freitas, Joaquim Bento Rodrigues, Gustavo Brito e o<br />

agrônomo Pedro de Barros Corrêa. Na manhâ seguinte, foram visitados<br />

os campos de cultivos de tomates de Pesqueira sendo que todo plantaçâo<br />

é da variedade Beauty Peixe, com uma ârea de 6.000 ha; a produçâo<br />

é de 25.000 kg. por ha., podendo atingir até 40.000 kg. ha. em<br />

terras recém desbravadas; a produçâo por safra é de 1.600.000 caixas<br />

de 25 kg. cada; a queda de produçâo é recuperada com a rotaçâo e descanso<br />

do terreno. A colheita é feita duas vezes por semana durante<br />

catorze semanas. Os congressistas visitaram também os campos que<br />

estavam sendo preparados para as futuras plantaçoes e os experimentos<br />

de contrôle à erosâo, de adubaçâo, de espaçamento e de competiçâo<br />

de variedades. O Dr. Moacir de Brito mandou que se abrissem perfis<br />

de solo em diversos lugares onde os cientistas encontraram urn excelente<br />

campo para interessantes debates pedológicos. Finda a visita as<br />

plantaçoes, os congresistas almoçaram no solar de D. Maria Brito, e<br />

tiveram oportunidade de assistir à "botada" do tomate para inïcio da<br />

fabricaçâo. Os visitantes, acompanhados pelo Dr. Moacir Brito, Sr.<br />

Gustavo Brito, Dr. Pedro de Barros Correia e Sr. Joaquim Bento Rodrigues<br />

estiveram em seguida nas principals seçôes da Fâbrica, aprec-iando<br />

os diversos processos de fabricaçâo do extrato, da massa e do


22 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

suco de tomate. Finda a visita as Fâbricas Peixe, os congressitas prosseguiram<br />

viagem com. destino à Sâo Gonçalo, na Paraiba. Logo após<br />

a saida de Pesqueira, puderam notar que a vegetaçâo passou de caatinga<br />

semi-ûmida, agreste para caatinga sêca, tipica da regiâo dq poligono<br />

das sêcas. Passaram pelas cidades de Rio Branco, Sertânia (ex-<br />

Alagôa de Baixo), e Säo José do Egito, jâ no alto da serra dos Cariris,<br />

onde observaram grandes plantaçôes de agave sisalana; continuando<br />

chegaram a cidade de Teixeira, jâ no lado paraibano e no alto da citada<br />

serra. A descida da serra é ingreme e de longe avista-se a cidade<br />

de Patos, bem como a zona do Sertäo do Cariri a vegetaçâo torna-se<br />

cada vez mais espaçada e sêca. Chegando a Patos houve um descanso<br />

para o almoço e ligeira visita a cidade a quai tem 14.000 habitantes;<br />

Patos é urn dos centros mais quente do interior paraibano. Seguindo<br />

viagem para o distrito de Malta, a caravana passou por Santo Gertrudes<br />

e chegou ao açude Arco-Verde, em Condado, onde foram visitados<br />

nâo só o açude como o Posto Agricola. O açude tem capacidade para<br />

irrigar 300 ha., o açude tem atualmente 35.000.000m3 e barra o rio<br />

Timbauba, cobrindo uma superficie de 1.300 ha. O consumo medio de<br />

âgua para a irrigaçâo é de 5.000 a 6.000m3/ha. por ano. A utilizaçâo<br />

anual da âgua para irrigaçâo é de 2.000.000m3, existindo 55 kms. de<br />

canais de irrigaçâo. As culturas que os agricultures ali preferem sâo<br />

a banana e a batata doce; a irrigaçâo grosseira corresponde a uma<br />

precipitaçâo anual de 1.000 mm. Dali os congressistas partiram rumo<br />

a Säo Gonçalo onde chegaram as 21,35 horas; visitando no dia seguinte<br />

o açude e o Instituto José Augusto Trindade, seus laboratories e os trabalhos<br />

que vem realizando atualmente, tendo o Dr. E. de Souza Melo<br />

dissertado sobre as cartas de solo, que êle confeccionou coadjuvado<br />

por outros colegas, nâo só de Säo Gonçalo como de outras bacias de<br />

irrigaçâo. O açude tem 44.600.000m3 dagua e existem 120 kms. de canais.<br />

De regresso, a caravana visitou o açude Curema que tem<br />

600.000.000 de m3 e nâo tem bacia de irrigaçâo e que com o Mäe Dagua<br />

forma um total de 1.370.000.000 de m3 dagua. Ambos iräo alimentar<br />

o Säo Gonçalo, que possûe de mais de 25.000 ha. irrigâveis. De regresso<br />

pelo interior da Paraiba os téenicos passaram pelas localidades,<br />

Areia de Barauna, Salgadinho estas antes da serra da Borborema; depois<br />

Barra, Soledade, Farinha e Campina Grande, que é uma grande<br />

cidade industrial com grande comércio, e acha-se aproximadamente<br />

no limite da zona do agreste com o sertâo paraibano; depois Ingâ, Gameleira,<br />

Mogeiro de Cima, Mogeiro de Baixo e pela cidade de Tabaiana.<br />

Na cidade de Itapirema, visitaram a Estaçâo Experimental de Fruticultura<br />

e chegaram à cidade do Recife, as 17 horas, depois de terem<br />

percorrido um total de 1.241 kms.


II PARTE<br />

T E S E S


I COMISSÂO<br />

FISICA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong>


UMIDADE EQUIVALENTE E CAPACIDADE MAXIMA DE<br />

CAMPO EM DUAS AREAS: TERRA ROXA MISTURADA<br />

E TERRA ROXA LEGITIMA<br />

ALFRE<strong>DO</strong> KÜPPER<br />

f Engenheiro Agronome Secçâo de Agrogeologia.<br />

Institut» Agronômico<br />

de Campinas.<br />

s<br />

I — INTRODUÇAO<br />

Dentre os fatôres de produçao do solo é, sem dûvida, a âgua um<br />

dos mais importantes porque, sem a, sua presença, êm determinadas<br />

quantidades nâo haverâ possibilidade de aparecerem e se desenvolverem<br />

microorganismos e muito menos os organismos superiores, por<br />

melhores que se jam tôdas as outras condiçôes, tais como tempera-,<br />

tura, elementos nutritivos, arejamento etc.<br />

O solo pode reter âgua em diversas quantidades e com maior ou<br />

menor força. Na figura 1, représentâmes esquemàticamente alguns<br />

teores crescentes de âgua encontrados no solo.<br />

0 =<br />

1 =r<br />

a<br />

o<br />

4 =<br />

5 =<br />

6 =<br />

Figura 1 — Algumas formas de âgua no solo<br />

solo completamente sem âgua<br />

âgua retida a 105-110°C<br />

umidade hidroseópica<br />

umidade de murchamento<br />

umidade equivalente<br />

âgua capilar maxima<br />

âgua gravitativa<br />

\ âgua nâo disponivel<br />

J as plantas.<br />

\ âgua disponivel<br />

\ as plantas.<br />

] âgua sômente tempo-<br />

\ ràriamente disponivel<br />

J as plantas.


28 ÀNAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Assim, temos no primeiro retângulo "O", o solo completamente<br />

desidratado. A quantidade de âgua retida. pelo solo quando sêco a 105-<br />

110°C, que é constante em cada amostra, esta representada em "1".<br />

Deixando-se este solo exposto ao ar, êle absorverâ uma determinada<br />

quantidade de âgua, a âgua hidroscópica "2", que variarâ de acôrdo<br />

com o meio ambiente. Recebendo este solo mais âgua, êle a reterâ atingindo<br />

em seguida uma percentagem de âgua que denominamos umidade<br />

de murchamento "3", quantidade minima de âgua abaixo da quai<br />

as plantas fenecem. Também este teor de âgua varia de solo para solo<br />

e, segundo PAIVA NETTO e DE JORGE (5), é, para, os solbs do Estado de<br />

Säo Paulo, igual a 0,68 da umidade equivalente. Aumentando a quantidade<br />

de âgua no solo, acima da umidade de murchamento, atingiremos<br />

um teor de âgua que se chaîna umidade equivalente "4". Esta é<br />

a quantidade de âgua retida por um solo encharcado quando submetido<br />

a 1.000 g, segundo BRIGGS e Mc LANE (2, 3). Também este teor<br />

é especifico para cada tipo de solo de acôrdo com seus constituintes e<br />

é determinado em nosso laboratório em centrifuga. "Excelsa" Modêlo 4<br />

com 2800 r.p.m. = ± 1000 gravidades, em 2 g de TFSA (terra fina<br />

sêca ao ar) durante 30 minutos. Se continuarmos a adicionar âgua a<br />

um solo, atingiremos a quantidade maxima de âgua {ou âgua capüar<br />

mâxïma) que poderâ ser retida pelo mesmo, cujo teor também varia de<br />

acôrdo com o tipo de solo. Esta âgua mâxima é calculada diretamente<br />

no nosso laboratório, usando-se a ascençâo capilar em 120 horas em<br />

tubo de 1 m de altura e 20 mm de diâmetro interno, com acamamento<br />

normal.<br />

Qualquer outra quantidade de âgua adicionada ao solo, além da<br />

quantidade mâxima, percolarâ através do solo e é denominada âgua<br />

graintativa.<br />

Tôdas as porcentagens de âgua no solo acima mencionadas säo arbitrârias.<br />

Dentre elas, a umidade equivalente tem merecido uma atençâo<br />

tôda especial de um grande numéro de estudiosos. Descriçôes de<br />

métodos de trabalho e suä aplicasäo. säo apresentados por BRIGGS e Mc<br />

LANE (2, 3), BODMAN e EDLEFSEN (1), SHAW (6), VEIHMEYER e HEN-<br />

DRICKSON (7), VEIHMEYER, ISRAELSEN e CONRAD (8), COLMAN (4) e outros<br />

autores. : 2 — OBJETIVO<br />

Como nas. relaçôes apresentadas pelos diversos autores, nâo existe<br />

em gérai concordâncias: entre a umidade equivalente, a âgua capilar<br />

mâxima no solo, ambos determinados no laboratório, e a capacidade<br />

mâxima de campo, nosso intuito foi verificar as relaçôes acima mencionadas<br />

para alguns tipos de'solos dó Estado de Säo Paulo.<br />

' ' • -- - 3 —MATERIAL E MÉTO<strong>DO</strong><br />

Escolhemos para o estudo da capacidade maxima de campo 3 areas<br />

de Terra Roxa Mistura (TRM) da Estaçao Experimental Central de<br />

Campinas e cujos perfis retirados receberam os numéros P;494, P-495<br />

e P-496 nos registrps da nossa Secçao de Agrogeologia e 4 âreas de Terra<br />

Roxa Légitima (TRL) dà Estaçâo" Experimental de Ribeiräo Preto, ambas<br />

dependências do' Instituto Agronômico dé Càmpinas è localizadas<br />

no Estado de Säo Paulo. •<br />

O P-494 foi localizado em terreno pràticamente piano com capim<br />

gordura e jaraguâ hâ diversos anos. O P-495 foi retirado em terreno<br />

leverriente inclinado, dehtro de um ripado com cafeeiros de 2 a 4 anos<br />

de idade e ó P-496 foï retirado em terreno piano com vegetacäo de capim<br />

gordura, capim finó e tiririca. O perfil 503 foi colhido em terreno


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 29<br />

piano com densa vegetaçâo de grama Batatais. O perfil 504 foi localizado<br />

em terreno piano dentro de ripado para café, sem vegetaçâo alguma<br />

ha mais de 3 anos. O perfil 505 foi retirdo em terreno levemente<br />

inclinado- recentemente arado, tendo sido cultura de milho e cultura<br />

de cana de açûcar hâ 3 anos atrâs e finalmente o P-506 foi retirado<br />

em terreno piano, sem vegetaçâo alguma hâ mais de 3 anos e com a<br />

camada superficial bastante endurecida.<br />

Nos quadros 1 e 2 apresentamos alguns dados quimicos e fisicos<br />

para caracterizaçâo dos perfis em estudo.<br />

A retirada das amostras para o estudo proposto procede-se da seguinte<br />

maneira: Escolhe-se o local para experiência, demarca-se urn<br />

quadrado de aproximadamente 2 métros de lado, levanta-se urn camaleâo<br />

nos bordos e deixa-se um espêlho de âgua sobre o terreno durante<br />

72 horas. Suspende-se a adiçâo de âgua, cobre-se com encerado para<br />

evitar a evaporaç â o pela açâo do sol ou do vento e depois de 48 horas<br />

abre-se o perfil e retiram-se as amostras volumétricas em determinadas<br />

profundidades (em gérai de 30. em 30 cm), começando-se com 15<br />

cm abaixo da superficie.<br />

Em cada profundidade demarcada retiram-se 6 anéis volumétricos<br />

de 50 ml, 2 em cada parede da trincheira aberta. Verificamos assim,<br />

além da variaçâo do teor em umidade em cada camada, de acôrdo com<br />

o tempo de exposiçào ao ar que é grande mesmo sem insolaçâo direta,<br />

a variaçâo do peso especifico aparente do solo na mesma camada, que<br />

é até 20% na camada arâvel e até 10% nas camadas inferiores.<br />

4 — RESULTA<strong>DO</strong>S OBTI<strong>DO</strong>S<br />

Nos quadros 3 e 4, encontramos expressos percentualmente em<br />

volume de solo natural os resultados obtidos de umidade equivalente<br />

e a capacidade. mâxima de campo pela maneira exposta no capitulo<br />

3, a âgua capilar mâxima, obtida em laboratório como descrito no capitulo<br />

1. Encontramos também a umidade relativa (7) que é a umidade<br />

mâxima de campo dividida pela umidade equivalente. Por esta<br />

relaçâo podemos verificar a aplicabilidade da umidade equivalente<br />

(dado de laboratório) no câlculo da capacidade mâxima de retençâo<br />

de âgua em condiçôes de campo. Em seguida, temos a relaçâo âgua<br />

capilar mâxima (dado de laboratório) dividida pela umidade mâxima<br />

de campo. Por esta relaçâo temos uma idéia de quanto é maior o dado<br />

de laboratório quando confrontado com aquele obtido na prâtica. A<br />

umidade de murchamento, calculada segundo BRIGGS e Mc LANE (3),<br />

é a umidade equivalente dividida por 1.48. A umidade de murchamento<br />

calculada de acôrdo com PAIVA NETO e DE JORGE (5) é 0,68 da umidade<br />

equivalente. Subtraindo esta ultima umidade de murchamento da umidade<br />

mâxima de campo, por nos obtida experimentalmente, é que obtivemos<br />

os ml de âgua que denominamos de âgua mâxima disponivel as<br />

'plantas em 100 ml de solo natural.<br />

4 — DISCUSSÄO <strong>DO</strong>S RESULTA<strong>DO</strong>S OBTI<strong>DO</strong>S<br />

Analisando-se os resultados obtidos nas duas âreas de solos estudadas,<br />

a primeira correspondente aos P-494, P-495, e P-496 de Terra<br />

Roxa Misturada, da Estaçâo Experimental Central de Campinas e a segunda<br />

corresponde aos P-508, P-504, P-505 e P-506 de Terra Roxa Legtima<br />

da Estaçâo Experimental de Ribeirâo Preto, verificamos que:<br />

a) Para a Terra Roxa Misturada de Campinas, quadrp 3, a<br />

umidade equivalente varia de 16,1 a 21,6 nos primeiros 30 cm e é me-


30 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

nor do que nas camadas inferiores do solo, nas quais esta sempre acima<br />

de 22,2 alcançando 26,4 a 27,7 entre 30 e 90 cm de profundidade, regiäo<br />

em que encontramos um adensamento de solo^e um enriquecimento<br />

em partculas coloidais, como se pode verificar também pela anâlise<br />

mecânica, devido, provàvelmente, ~ aos tratos culturais anuais. A<br />

capacidade maxima de campo apresenta-se com valores pràticamente<br />

paralelos à umidade equivalente (grâfico 1). Nos primeiros 120 cm de<br />

profundidade ela sempre é maior do que a umidade equivalente em<br />

29 a 44% como vemos pela umidade relativa, sendo a maior diferença<br />

encontrada nos primeiros 30 cm devido, provàvelmente, à estrutura<br />

muito variâvel no campo e uniforme nos trabalhos de laboratório. Jâ<br />

nas camadas abaixo de 120 cm ela é maior sômente em 17 a 26%.<br />

Estes sâo resultados completamente diferentes dos encontrados por diversos<br />

autores mencionados por VEIHMEYER e HENDRICKSON (7) que<br />

acharam, em solos com texturas mais finas, a umidade mâxima de<br />

campo 10% menor que a unidade equivalente.<br />

A âgua capilar mâxima, determinada em laboratório, é, em tôdas<br />

as camadas, sempre maior do que a umidade equivalente, apresentando,<br />

porém, pouco paralelismo, as vêzes mesmo grande discrepância,<br />

(quadro 3) e melhor ainda no grâfico 1, onde as diferenças variam<br />

ora para mais ora para menos.<br />

VEIHMEYER e HENDRICKSON (7) mesmo acharam a umidade relativa<br />

quase sempre maior do que 1 alcançando até 1.30 para solo limo<br />

argiloso. Os nossos valores mais altos sâo talvez devidos ao nosso sistema<br />

de secagem das amostras que é feito na estufa a 50°C e que, segundo<br />

os mesmos autores, éleva o valor da umidade relativa. A umidade<br />

de murchamento calculada segundo BRIGGS e Mc LANE (3) é naturalmente<br />

menor do que a calculada segundo PAIVA NETO e DE JORGE<br />

(5) porque ambos entendem-na como uma fraçâo da umidade equivalente<br />

mas usam fraçôes diferentes. Como nas nossas determinaçôes<br />

de umidade equivalente empregamos o mesmo método usado por PAIVA<br />

NETO e DE JORGE, usamos os pontos de murchamento por êles recomendado.<br />

Verificamos pelo quadro 3 e melhor pelo grâfico 1 que as menores<br />

porcentagens de âgua minima estâo na primeira camada, variando<br />

entre 10,9 e 14,7. Jà nas camadas inferiores, a quantidade minima de<br />

âgua necessàriamente existente no solo para que a planta a possa<br />

aproveitar, esta entre 16,0 e 18,8 g por 100 ml de solo natural. Nâo levando<br />

em consideraçâo a âgua gravitativa possivel de existir temporàriamente<br />

no solo, mas apenas a capacidade maxima de campo e o<br />

ponto de murchamento, calculamos a âgua maxima disponivel por<br />

.100 ml de solo natural. Vemos, pelo quadro 3 e grâfico l, que essa âgua<br />

disponivel as plantas varia para a TRM ao redor de 15 g, com mâximo<br />

de 19,7 e minimo 12,5 g por 100 ml de solo natural.<br />

b) Para a Terra Roxa Légitima estudada, de Ribeirâo Prêto (quadro<br />

4), a umidade equivalente dos primeiros 30 cm varia entre 31,5 e<br />

33,8 e nas demais camadas entre 27,6 e 33,4 notando-se alguma correlaçâo<br />

com a textura e uso do solo. A umidade mâxima de campo é<br />

de 29,0 e 30,0 nas camadas superficiais de 3 perfis e de 39,0 para o<br />

perfil 505. Cremos ser este valor elevado devido aos restos de cultura<br />

que anualmente sâo incorporados ao solo e aos tratos que o mesmo<br />

recebe no decorrer das culturas ou à araçâo sofrida poucas semanas<br />

antes da experiência. A âgua capilar mâxima acompanha mais ou<br />

menos as variaçôes da umidade equivalente sómente que é em gérai<br />

50% mais elevada do que a umidade equivalente, atingindo este acréscimo<br />

83 e 93 por cento no perfil 506, solo hâ anos sem cultura e com<br />

camada superficial pisoteada. A menor e mais uniforme diferença entre<br />

a âgua capilar mâxima e a capacidade mâxima de campo notamos


, ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 31<br />

no terreno anualmente em cultura, P-505, onde varia de 29 a 43 porcento.<br />

A umidade relativa é para êsses solos estudadas pràticamente<br />

1,00 nótando-se ligeiro acréscimo para o solo cultivado onde varia de<br />

1,15 a 1,28 denotando maior capacidade de retençâo, e ligeiro decréscimo<br />

no P-506 principalmente nas camadas superiores, o que supomos<br />

ser devido principalmente à falta de vegetaçâo e de 'trabalho do solo.<br />

O ponto de murchamento destas TRL estudadas é sempre mais elevado<br />

do que nas TRM, variando entre 18,1 e 23,0, com maior frequência entre<br />

19,0 e 19,5 porcento em volume. Calculando-se a âgua maxima disponivel<br />

para êstes solos, da mesma forma acima descrita, verificamos<br />

que ela é em geral, nas TRL, bem menor do que nas TRM, sendo ao<br />

redor de 10,5 g por 100 ml de solo natural para o P-503 e P-504, ao<br />

redor de 15,5 para o P-505 solo anualmente cultivado e bem pequena<br />

para o P-506, solo pisoteado e sem vegetaçâo.<br />

5 — RESUMO E CONCLUSÖES<br />

Pelos valores obtidos nas amostras estudadas concluimos que: nas<br />

TRM da Estaçâo Experimental Central de Campinas a capacidade maxima<br />

de campo é de 29,5 a 30,0 g por 100 ml de SQIO natural nos primeiros<br />

30 cm, portanto de 39 a 83% maior do que a umidade equivalente<br />

e de 29,0 a 38,5 g nas demais camadas até 180 cm de profundidade,<br />

representando isto os valores 11 a 58% maior umidade do que a<br />

umidade equivalente, com maior frequência ao redor de 30%. A âgua<br />

maxima disponivel as plantas varia entre 12,5 e 19,7 g por 100 ml de<br />

solo natural com maior frequência ao redor de 15,5;<br />

Nas TRL da Estaçao Experimental de Ribeirâo Preto, a capacidade<br />

maxima de campo é de 29,0 a 30,0 g por 100 ml de solo natural em solos<br />

sem cultivo anual e de até 39,0 em solo hâ anos em cultura com araçâo<br />

e incorporaç â o anual de restos de cultura para os primeiros 30 cm<br />

de solo e com maior frequência entre 30 e 33 para as demais profundidades.<br />

A âgua mâxima disponivel é maior no P-505, solo de cultura<br />

anual onde varia de 13,5 a 17,3 g de âgua por 100 ml de solo natural<br />

e nos demais perfrs estudados a maior frequência é de 10,0 a 10,5 g de<br />

âgua mâxima disponivel por 10 ml de solo natural.<br />

E' necessârio continuar a estudar outras âreas de solos semelhantes<br />

a êstes assim como âreas de tipos de solos diferentes, tais como<br />

solos do areriito Bauru, Solos, Massapé, Salmourâo, etc.


QUADRO 1 — Algumas caracteristicas fisicas e quimicas dos perfis tlpo Terra roxa raisturada coletadas na Bstaçâo Experimental Central de Campinas.<br />

NUMERO<br />

494a<br />

b<br />

c<br />

d<br />

0<br />

f<br />

495a.<br />

b<br />

o<br />

d<br />

6<br />

ƒ<br />

496a<br />

!><br />

c<br />

d<br />

a<br />

f •<br />

PROFUN-<br />

DIDADE<br />

0-30<br />

30-65<br />

65-95<br />

95-120<br />

120-150<br />

150-180<br />

0-30<br />

30-60<br />

60-90<br />

90-120<br />

120-150<br />

150-180<br />

0-30<br />

30-60<br />

60-90<br />

90-120<br />

120-150<br />

150-180<br />

PH<br />

INÏ.<br />

5,05<br />

5,57<br />

5,60<br />

5,78<br />

5,91<br />

6,03<br />

5,39<br />

5,53<br />

5,55<br />

5,82<br />

5,89<br />

6,09<br />

6,01<br />

5,57<br />

5,78<br />

5,69<br />

5,78<br />

5,71<br />

TEOR TOTAL<br />

EM PESO<br />

0,78<br />

0,55<br />

0,37<br />

0,30<br />

0,28<br />

0,20<br />

1,42<br />

0,57<br />

0,45<br />

0,35<br />

0,31<br />

0,28<br />

1,00<br />

0,64<br />

0,36<br />

0,35<br />

0,33<br />

0,32<br />

N<br />

0,067<br />

0,042<br />

0,027<br />

0,022<br />

0,018<br />

0,016<br />

0,104<br />

0,055<br />

0,036<br />

0,022<br />

0,021<br />

0,021<br />

0,082<br />

0,059<br />

0,034<br />

0,026<br />

0,021<br />

0,018<br />

• Terra fina sêca na estufa a 50° C.<br />

POi<br />

e. mg.<br />

0,14<br />

0,08<br />

0,05<br />

0,02<br />

0,12<br />

0,03<br />

3,22<br />

0,19<br />

0,18<br />

0,18<br />

0,18<br />

0,08<br />

1,06<br />

0,18<br />

0,08<br />

0,16<br />

0,18<br />

0,03<br />

K<br />

e. mg.<br />

0,084<br />

0,059<br />

0,060<br />

0,063<br />

0,044<br />

0,060<br />

0,145<br />

0,210<br />

0,248<br />

0,241<br />

0,225<br />

0,290<br />

0,134<br />

0,118<br />

0,113<br />

0,100<br />

0,097<br />

0,114<br />

ANÂLJSB QUiMICA<br />

Em 100g de T.F.S.E.*<br />

Ca<br />

e. mg.<br />

1,34<br />

1,55<br />

1,55-<br />

1,17<br />

1,07<br />

0,97<br />

5,79<br />

2,05<br />

1,65<br />

1,57<br />

1,53<br />

1,50<br />

5,47<br />

2,13<br />

1,67<br />

1,32<br />

1,08<br />

0,96,<br />

Mn<br />

e. mg.<br />

0,011<br />

tr<br />

tr '<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

0,054<br />

0,011<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

0,031<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

e. mg.<br />

1,43<br />

1,55<br />

1,61<br />

1,23<br />

1,11<br />

1,03<br />

5,99<br />

2,27<br />

1,90<br />

1,81<br />

1,75<br />

1,79<br />

5,63.<br />

2,25<br />

1,78<br />

4,42<br />

1,18<br />

11,07<br />

AI H<br />

e. mg.<br />

1,2<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

tr<br />

' tr<br />

tr<br />

e. mg.<br />

6,2<br />

7,2<br />

5,7<br />

4,8<br />

5,3<br />

5,5<br />

7,7<br />

6,7<br />

6,0<br />

5,3<br />

4,7<br />

6,2<br />

7,0<br />

8,7<br />

8,0<br />

7,4<br />

6,8<br />

6,7<br />

16,19<br />

18,27<br />

22,02<br />

20,40<br />

17,32<br />

15,77<br />

43,75<br />

25,31<br />

24,05<br />

25,46<br />

27,13<br />

22,40<br />

44,58<br />

20,55<br />

18,20<br />

16,10<br />

14,79<br />

13,77<br />

ANÂLISH MECANICA<br />

Em 100g de T.F.S.E."<br />

Argila Areia<br />

e<br />

6,8<br />

21,0<br />

22,3<br />

12,3<br />

11,3<br />

13,0<br />

13,5<br />

22,5<br />

29,8<br />

29,8<br />

25,5<br />

21,8<br />

8,0<br />

27,0<br />

38,0<br />

31,8<br />

22,0<br />

23,8<br />

g<br />

58,0<br />

43,5<br />

37,5<br />

43,5<br />

34,5<br />

35,0<br />

51,8<br />

32,5<br />

36,0<br />

25,3<br />

38,0<br />

40,0<br />

53,8<br />

37,5<br />

33,3<br />

34,3<br />

38,5<br />

32,0<br />

Limo<br />

g<br />

35,2<br />

35,5<br />

40,2<br />

44,2<br />

54,2<br />

52,0<br />

34,7<br />

45,0<br />

34,2<br />

44,9<br />

36,5<br />

38,2<br />

38,2<br />

35,5<br />

28,7<br />

33,9<br />

39,5<br />

44,2<br />

PESO<br />

ESPECl-<br />

FTCO<br />

REAL<br />

2,63<br />

2,64<br />

2,63<br />

2,66<br />

2,67<br />

2,68 I<br />

2,65<br />

2,64<br />

2,66<br />

2,66<br />

2,65<br />

2,67<br />

2,66<br />

2,68<br />

2,70<br />

2,69<br />

2,72<br />

2,73<br />

PESO<br />

ESPECl-<br />

FICO<br />

APA-<br />

RENTE<br />

1,55<br />

1,49<br />

1,34<br />

1,26<br />

1,20<br />

1,19<br />

1,42<br />

1,34<br />

1,33<br />

1,26<br />

1,20<br />

1,22<br />

1,16<br />

1,51<br />

1,40<br />

1,25<br />

1,20<br />

1,24<br />

CLAS8I-<br />

FICAQÄO<br />

AL<br />

BA<br />

BL<br />

BL<br />

LA<br />

LA<br />

AL<br />

BL<br />

BA<br />

BL<br />

BA<br />

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AL<br />

BA<br />

BArg<br />

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P496a<br />

b<br />

c<br />

d<br />

e<br />

f<br />

QUADRO 3. — Teores de âgua em solos tipo Terra roxa misturada de perfis coletados na Estaçâo Experimental Central de Campinas<br />

NUMERO<br />

Umidade<br />

equivalente<br />

20,5<br />

26,4<br />

25,8<br />

22,5<br />

23,0<br />

22,2<br />

21,6<br />

26,4<br />

25,9<br />

26,2<br />

24,3<br />

25,6<br />

16,1<br />

26,5<br />

27,7<br />

25,6<br />

23,6<br />

24,2<br />

EM 100 ML DE <strong>SOLO</strong> NATURAL<br />

Capacidade<br />

maxima de<br />

campo<br />

g<br />

29,5<br />

34,0<br />

34,0<br />

30,0<br />

29,0<br />

29,0<br />

30,0<br />

32,5<br />

33,5<br />

31,0<br />

29,0<br />

30,0<br />

29,5<br />

35,0<br />

38,5<br />

35,0<br />

29,0<br />

30,0<br />

Âgua<br />

capilar<br />

maxima<br />

Umidade<br />

relativa<br />

(1)<br />

Agua<br />

capilar<br />

maxima<br />

Capacidade<br />

maxima do<br />

campo<br />

(1) — Obtlda segundo VEIMEYLB. (2) — Obtido segundo BRIGGS. (3) — Obtido segundo PAIVA NETTO e DE JORGE.<br />

41,5<br />

40,4<br />

40,7<br />

39,0<br />

34,1<br />

37,3<br />

40,3<br />

39,5<br />

40,5<br />

43,8<br />

37,3<br />

41,6<br />

33,1<br />

55,5<br />

42,7<br />

47,0<br />

39,7<br />

41,1<br />

1,44<br />

1,29<br />

1,32<br />

1,33<br />

1,26<br />

1,31<br />

1,39<br />

1,23<br />

1,29<br />

1,18<br />

1,19<br />

1,17<br />

1,83<br />

1,32<br />

1,39<br />

1,37<br />

1,23<br />

1,24<br />

1,41<br />

1,19<br />

1,20<br />

1,30<br />

1,17<br />

1,29<br />

1,34<br />

1,21<br />

1,21<br />

1,41<br />

1,29<br />

1,39<br />

1,12<br />

1,58<br />

1,11<br />

1,34<br />

1,37<br />

1,37<br />

EM 100 ML DE <strong>SOLO</strong> NATUEAL<br />

Ponto de murchamento<br />

(2) (3)<br />

11,1<br />

14,3<br />

14,0<br />

12,2<br />

12,5<br />

12,1<br />

11,7<br />

14,3<br />

14,1<br />

14,2<br />

13,2<br />

13,9<br />

8,7<br />

14,4<br />

15,0<br />

13,9<br />

12,8<br />

13,1<br />

g<br />

13,9<br />

17,9<br />

17,5<br />

15,3<br />

15,6<br />

15,1<br />

14,7<br />

17,9<br />

17,6<br />

17,8<br />

16,5<br />

17,4<br />

10,9<br />

18,0<br />

18,8<br />

17,4<br />

16,0<br />

16,4<br />

Agua<br />

maxima •<br />

disponivel<br />

15,6<br />

16,1<br />

16,5<br />

14,7<br />

13,4<br />

13,9<br />

15,3<br />

14,6<br />

15,9<br />

13,2<br />

12,2<br />

12,6<br />

18,6<br />

17,0<br />

19,7<br />

17,6<br />

13,0<br />

13,6


5<br />

•a<br />

'S<br />

g<br />

H<br />

Kl<br />

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ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong>" <strong>SOLO</strong> 37<br />

SUMMARY<br />

Of six mentioned of soil water, only two were investigated for<br />

three areas of Terra Roxa Misturada (TRM) of the Central Experimental<br />

Station (Sta Elisa Farm) near Campinas, and for four areas<br />

of Terra Roxa Légitima (TRL) of the Ribeirâo Preto Experimental<br />

Station, State of S. Paulo.<br />

pH, C "and N total, exchangeable P04<br />

, K+, Ca + + , Mg + + , Mn ++ ,<br />

Al + + + and H + , saturation index were the factors studied in the chemical<br />

analysis, while percentage of clay, coarse sand, silt, real specific<br />

weight, apparent specific weight and mechanical classification formed<br />

parts of the physical analysis presented.<br />

For TRM the field capacity varied from 29,5 up to 30.0 g per 100<br />

ml of natural soil in the first 30 cm, and 29.0 up to 38.5 for the other<br />

layers down to a depth of 180 cm. The values obtained represent an increase<br />

of 39 up to 83% more than the moisture equivalent for the<br />

first layer, and from 11 up to 58% more than the remaining layers,<br />

the average oscillating around 30%.<br />

The maximum available water for the plant varies between 12.5<br />

and 19.7 g per 100 ml of natural soil, more frequentaly around 15.5 g.<br />

For the TRL areas of Ribeirâo Preto the field capacity was found<br />

to vary from 29.0 to 30.0 g per 100 ml of natural soil in soils without<br />

culture and up to 39% for the soil several years cultivated and recently<br />

plowed, for the first 30 cm and between 30 and 33% for the<br />

other layers. The maximum available water is between 13.5 to 17.3 g<br />

per 100 ml of natural soil in the cultivated area, and in the other<br />

studed profiles the greatest frequency is around 10.0 g.<br />

BIBLIOGRAFIA CITADA<br />

1 — BODMAN, G. B. e EDLEFSEN, N. E. — Soil Science, 38:425-444, 1934.<br />

2 — BRIGGS, L. J. e Mc LANE, J. W. — The moisture equivalent of soils.<br />

U.S. Dept. Agr. Bur. Soils Bui. 45:1-12. 107.<br />

3 — BRIGGS, L. J. e Mc LANE, J. W. — Moisture equivalent determinations<br />

and teihr applications. Proc. Am. Soc. Agron. 2:38-147. 1910.<br />

4 — COLMAN, E. A. — A laboratory procedure for determining the field capacity<br />

of soils. Soil Science, 63:277-283. 1947.<br />

5 — PAIVA NETO, J. E, e DE JORGE, W. — Estudo preliminar do sistema âgua-<br />

-solo-planta no Estasdo de Sâo Paulo. Bragantia, 7:133-150. 1947.<br />

6 — SHAW, CF. — The normal moisture capacity of soils. Soil Science,<br />

23:303-317.<br />

7 — VPWHMEYER, P. J. e HENDRICKSON, A. . H— The moisture equivalent as<br />

a measure of field capacity of soil. Soil Science, 32:181-183. 1931.<br />

8 — VEIHMEYER, F. J., ISRAELSEN, O. W. e CONRAD, J. P. — The moisture<br />

equivalent as influenced by the amount of soil used in its determination.<br />

Calif. Agr. Exp. Sta. Tech. iPaper, 16, 1924.


LIGEIRA NOTÎCIA SOBRE UM CASO DE EXCESSIVA<br />

PERMEABILIDADE<br />

AL<strong>DO</strong> FRANKLIN <strong>DO</strong>S SANTOS<br />

Eng. Agr. EncarregadO do Laboratório<br />

de Solos. .Secçâo de Fomento Agrîcla<br />

' do Estado do Espirito Santo.<br />

INTRODUÇAO<br />

Em 1948, a Secçâo de Fomento Agricola do Estado do Espirito<br />

Santo iniciou os trabalhos de irrigaçâo de arroz na fazenda Jucuruaba,<br />

de sua propriedade. A dotaçâo de rega foi calculada com larga margem<br />

de segurança e a bomba centrifuga utilisada era capaz de atender a<br />

exigências bem maiores que as baseadas na dotaçâo de rega. Ainda<br />

assim, esta bomba revelou-se incapaz de manter um ünico taboleiro<br />

inundado, mesmo quando trabalhando fora do dia normal de oito horas,<br />

e também quando continuadamente em serviço. É interessante<br />

ressaltar que o subsolo mostrava-se rico em argila, o que ficou depois<br />

comprovado pela anâlise mecânica, motivo pelo quai nâo se poderia<br />

suspeitar de uma infiltraçâo excessiva.<br />

Segundo informaçôes do administrador da fazenda, a âgua colocada<br />

nos taboleiros ia aparecer nas barrancas de um rio que passa<br />

proximo, fazendo supôr a existência, a uma maior profundidade, de<br />

uma camada arenosa continua capaz de permitir tal movimento horizontal<br />

de âgua.<br />

Em 1950, o Laboratório de Solos da Secç â o de Fomento Agricola<br />

foi encarregado de investigar as possïveis causas da grande infiltraçâo<br />

no terreno irrigado. O que se segue é um ligeiro relato das pesquisas<br />

efetuadas.<br />

DESCRIÇÂO E HISTÓRÏCO<br />

O terreno em questâo, assim como a maior parte da fazenda, é<br />

constituido por aiuviöes do rio Jucu, ainda hoje inundados na época<br />

das grandes enchérîtes. Êsse aluviâo é interrompido em alguns pontos<br />

por colinas formadas de rochas do arqueano (*). Em diversos pontos<br />

existem valôes cortando a baixada aluvional.<br />

A maior parte da baixada se apresenta externamente como solo<br />

de boas caracterïsticas fisicas, bem encaroçado e rico em matéria orgânica.<br />

Os perfis examinados foram colhidos nêsses terrenos. Uma pequena<br />

parte da baixada é bastante arenosa. Excavaçôes feitas nêsses<br />

lugares, mostram lençois de areia no subsolo, areia essa empregada em<br />

- (•) PAIVA NETTO — "Notas Pedológicas dos Perfis 467 a 474 Relacionados com a Cultura<br />

Cafeeira nos Kstados do Rio de Janeiro e Espirito Santo". Boletim da Superintendência<br />

dos Serviços do Café. Marco de 1946, n. 229, Säo Paulo, Brasil.<br />

Vide perfis 471 e 472.


40 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

construçôes. A parte da fazenda que nos intéressa esta representada<br />

no mapa.<br />

O histórico das atividades agricolas em Jucuruaba pode ser resumido<br />

em poucas linhas.<br />

Desde a formaçâo da fazenda, que a ârea que contém os perfis 309<br />

e 334 vem sendo usada para pastagens e culturas. Nessa ârea se encontram<br />

mui to poucos vestigios de raises de ârvores e arbustos.<br />

A ârea próxima ao rio Jucü, a que foi irrigada e que contém os<br />

perfis 310 e 333 só foi utilisada posteriormente. Notam-se ainda no subsolo,<br />

grande quantidade de restos de raises de ârvores e arbustos em<br />

fase adiantada de apodrecimento.<br />

A parte restante da fazenda., coberta por capoeirôes até recentemente,<br />

vem sendo roçada e destocada pela Secsâo de Fomento Agricola,<br />

qu esta aumentando seus campos de multiplicaçâo de sementes.<br />

EXAME <strong>DO</strong>S PERFÎS<br />

Em junho de 1950, colhemos os perfis 309 e 310 e em março de<br />

1951, os perfis 333 e 334. Os perfis 310 e 333 estâo situados na ârea<br />

irrigada, no ûnico taboleiro que realmente recebeu irrigaçâo, e os 309<br />

e 334 em ârea próxima ao môrro da casa do feitor. Na coleta do perfil<br />

309 julgamos, inicialmente, que o mesmo séria mais rico em argila<br />

que o 310, pois que recebe enxurradas do referido môrro. Assim, em<br />

igualdade de condiçôes, o perfil 309 deveria apresentar menor permeabilidade<br />

que o 310 e poderia servir como ponto de referenda no<br />

estudo das causas da permeabilidade dêste perfil. As anâlises mecânicas<br />

nâo comprovaram este ponto de vista, mas a determinaçâo direta<br />

da permeabilidade indicou que verdade, o perfil 309 é muito<br />

menos permeâvel que o 310. Por esta razâo, o perfil 334 foi retirado<br />

proximo ao 309 e o 333 proximo äo 310.<br />

As descriçôes dos perfis sâo as seguintes:<br />

PERFIL 309<br />

Qolhido à esquerda da estrada que vai para a casa do feitor. Térreno<br />

piano, arado anualmente, coberto com restos de cultura de milho e com ma to.<br />

"a" — 0,00 — 0,12m Terreno poroso, encaroçado com gräos pequenos, contendo<br />

90 % das raises finas, coloraçâo pardo-clara por<br />

. influência da matéria orgânica, com galerias de minhocas<br />

comuns.<br />

"b" — 0,12 — 0,32m Camada argilosa, compacta, plâstica, quase sem raîzes,<br />

coloraçâo amarelo-marrâo, muito semelhante à 310 "b".<br />

"c" — 0,32 — 1,10m Camada argilosa, muito compacta, plâstica, coloraçâo<br />

amarelo-esbranquiçada, mosqueada corn manchas alaranjadas,<br />

muito semelhante à 310 "c".<br />

"d" — 1,10 — 1,50m Camada mais arenosa, menos compacta e menos plâstica,<br />

coloraçâo amarelo-clara. A transiçâo da camada<br />

anterior para esta, dâ-se paulatinamente com o enriquecimento<br />

em areia de granulaçâo grosseira.<br />

PERFIL 310<br />

Colhido à direita de estrada que desce do deposito e vem para o rio. O<br />

terreno foi milharal e estava coberto por restos ed cultura e mato. Terreno<br />

piano, arado anualmente e inundado nas granldes enchentes.<br />

"a" — 0,00 — 0,15m Pardo-clara, rica em matéria orgânica, porosa, estrutura<br />

encarqçada de pequenos granulös. Contém 90 %<br />

de raizes finas e grande numero de galerias de minhocas<br />

comuns.<br />

"b" — 0,15 — 0;60m Amarelo-marräo, plâstica; restos de algumas panelas<br />

de formigas e restos de raizes apodrecidas, sendo que<br />

muitas delas chegam a formar condutos largos. Presença<br />

de.galerias de 1,2 a -1,8cm de 0 de animal nâo<br />

encontrado no local, presumindo-se que sejam de minhocussû.


"c" — 0,60 — •1,35m<br />

PERFIL 333<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE -CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 41<br />

Colhido i)róxim<<br />

Argila plâstica, amarelo-clara para branco, mosqueada<br />

em alguns lugares com manchas alaranjadas. Grande<br />

numéro de galerias. Numa superficie vertical de<br />

0,75m x 0,90m de area contamos cêrca de 41 orificios.<br />

o 310, em terreno recentemente arado e gradeado.<br />

"a" — 0,00 --<br />

0,15m Camada arada e gradeaida, porosa e encaroçada. Coloraçâo<br />

pardo-clara, terra rica em matéria orgânica.<br />

Grande numéro de minhocas comuns.<br />

"b" — 0,15 — - 0,60m Coloraçâo amarelo-marrâo. Mais compacta e argilosa.<br />

Pequeno numero de raizes finas; galerias de minhocussû<br />

e restos de raizes jâ apodrecidas.<br />

"c" — 0,60 — - 1,00m Coloraçâo amarelo-acinzentada. Compacta, plâstica e<br />

argilosa. Mosqueada com riscas amarelas e vermelhas.<br />

Alguns restos de raizes grossas jâ apodrecidas. Grande<br />

numero de galerias de minhocussû. À cêrca de 0,70m<br />

•de profundidade, numa ârea horizontal de 0,65m x 0,65m<br />

contamos cêrca de 94 orif icios.<br />

"d" — 1,00 — 1,45m Amarelo-clara, mosqueada de vermelho. Argilosa com<br />

enriquecimento em grâos de areia grossa, compacta.<br />

Ainda galerias de minhocussû. À cêrca de 1,20m de profundidade,<br />

numa ârea horizontal de 0,50b x 0,25m con-<br />

. tamos cêrca de 15 orif icios.<br />

"e" — 1,45 — 1,70m Amarelo-alaranjada, mosqueada de laranja. Menps compacta<br />

e plâstica, mais arenosa. Ainida com galerias de<br />

minhocussû.<br />

A partir de 0,60m até 1,30m, em uma ârea de 0,50m x 0,70m, disposta em<br />

piano vertebjral, obser vamos cêrca de 76 orif icios de galerias. Esta ârea<br />

abränge as camadas "c" e "d" dêste perfil.<br />

PERFIL 334<br />

Colhido proximo ao 309. Terreno arado, em cultura de algodâo.<br />

"a" — 0,00 — 1,18m Camada arada recentemente, rica em matéria orgânica,<br />

encaroçada, muito fôfa. Muitas raizes finas. Coloraçâo<br />

pardo-clara.<br />

"b" — 0,18 — 0,35m Coloraçâo amaf elo-marrâo. Argilosa, plâstica, ûmida e<br />

compacta. Alguns restos de raizes finas e orif icios de<br />

pequenos vermes.<br />

"c" — 0,45 — 0,55m Camada amarelo-clara com manchas avermelhadas.<br />

Argilosa, plâstica, ûmida e compacta. Sem raizes,<br />

"d" — 0,55 — 0,85m Barren ta com palhetas de mica, ümida e compacta.<br />

Coloraçâo marrâo-alaranjada.<br />

"e" -r- 0,85 — 1,20m ûmida, fôfa, riquissima em mica, mais arenosa que as<br />

précédentes. Coloraçâo amarelo-marrâo.<br />

"f" — 1.20 — 1,50m Muito parecida com a camada "b" dêste perfil, sendo<br />

porém, mais alaranjada.<br />

Nos quatro perfis descritos as très primeiras camadas sâo pràticamente<br />

idênticas. Os perfis 310 e 333 sâo muito parecidos, pois foram<br />

colhidos muito próximos um do outro. O perfil 334 apresenta em "e",<br />

uma camada fôfa, rica em palhetas de mica, que nâo foi encontrada<br />

no perfil 309.<br />

DETERMINAÇÂO NA PERMEABILIDADE NO CAMPO<br />

No laboratório foram determinadas as caracteristicas fisicas que<br />

poderiam influenciar sobre a permeabilidade. Êsses dados estâo nas<br />

tabelas I, II e III. Para uma estimative da permeabilidade usamos<br />

as formulas de VAGELER e de ZUNKER (*), sendo que ambas deram re-<br />

(*) BAVER, L. D. i— "Soil Physîcs", John Wiley & Sons, 1948, N. York, pâgs. 235-1236.<br />

<strong>DO</strong>ROFEEFF, A. •— "Curso de Solos e Adubos" — Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Caderno<br />

III, pâgs. 40-44. ' , (<br />

Puw, A. N. — "Soils, their physics and Chemistry", Reinold Publ. Corp., 1949,<br />

;N.'York, pâgs. 316 a 322. ; ;


42<br />

ANAIS DA TERCEIRA RETTNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

sultados insignifiantes e incompativeis com as observacöes feitas no<br />

terreno. Tentamos ent â o a determinaçâo diréta da permeabilidade no<br />

campo. Para tal fim, usamos apenas a camada "b" pois que a "a", de<br />

pequena espessura, vem sendo arada todos os anos. Melhor teria sido<br />

a determinaçâo em "c", que mostrando-se a mais compacta das camadas,<br />

dévia condicionar a permeabilidade dos perfis.<br />

Em uma ârea de quadrado com Im de lado, foi retirada a camada<br />

"a", tendo-se o cuidado de nâo comprimir a superficie exposta da camada<br />

"b", a quai deve ficar nivelada. As paredes da excavaçâo foram<br />

talhadas na vertical, e para se diminuir a infiltraçâo lateral, foram<br />

umedecidas e comprimidas com uma pâ de pedreiro, obturando-se assim,<br />

os orificios e fendas existentes. Pouco a pouco, cerca de 200 litros<br />

de âgua foram colocados na excavaçâo, nâo se deixando a altura da<br />

âgua ultrapassar de 5 cm. Registramos o tempo de infiltraçâo para<br />

os 200 litros e os resultados obtidos foram os seguintes:<br />

Local 309 14 mm de âgua absorvidos em 1 hora<br />

Local 310 171 mm de âgua absorvidos em 1 hora<br />

DISCUSSÄO <strong>DO</strong>S DA<strong>DO</strong>S DE LABORATÓRIO<br />

No exame da tabela I vemos que todos os perfis examinados mostram<br />

teôres de argila capazes de condicionarem permeabilidades baixas.<br />

No conjunto das très primeiras camadas, nota-se que os perfis<br />

310 e 333 sâo mais argilosos que os 309 e 334. Este fato esta em desacôrdo<br />

com as permeabilidades determinadas. As camadas "d" e "e" do<br />

perfil 333 apresentam-se muito ricas em areia grossa. Isto deve influenciar<br />

grandemente nà percolaçâo profunda que se observou no taboleiro<br />

irrigado.<br />

TABELA I — ANÂLISE MECÂNICA '<br />

PsRFlL E CAMADA<br />

310 "a" 0,00 — 0,15 m ..<br />

"b" 0,15 — 0,60 m ..<br />

"0" 0,60 — 1,35 m . .<br />

333 "a" 0,00 — 0,15 m . .<br />

"b" 0,15 — 0,60 m ..<br />

"c" 0,60 — 1,00 m ..<br />

"d" 1,00 — 1,45 m ..<br />

"e" 1,45 — 1,70 m ..<br />

309 "a" 0,00 — 0,12 m ..<br />

"b" 0,12 — 0,32 m ..<br />

"c" 0,32 — 1,10 m ..<br />

"d" 1,10 — 1,50 m . .<br />

334 "a" 0,00 — 0,18 m ..<br />

"b" 0,18 — 0,35 m ..<br />

"c" 0,35 — 0,55 m ..<br />

"d" 0,55 — 0,85 m ..<br />

"e" 0,85 — 1,20 m ..<br />

"f" 1,20 — 1,50 m ..<br />

SEIXOS<br />

0,00<br />

0,00<br />

0,00<br />

0,11<br />

0,04<br />

0,01<br />

1,20<br />

4,86<br />

0,08<br />

0,02<br />

0,03<br />

0,98<br />

0,00<br />

0,00<br />

0,00<br />

0,00<br />

0,00<br />

0,00<br />

AREIA<br />

GROSSA<br />

1,12<br />

0,62<br />

1,92<br />

3,98<br />

3,59<br />

0,55<br />

32,94<br />

27,73<br />

0,55<br />

0,82<br />

1,75<br />

3,20<br />

0,34<br />

0,24<br />

0,13<br />

0,52<br />

6,02<br />

0,18<br />

AREIA FINA<br />

E LIMO<br />

71,21<br />

63,67<br />

73,23<br />

79,00<br />

64,59<br />

65,07<br />

39,70<br />

46,98<br />

87,34<br />

80,91<br />

78,95<br />

66,58<br />

84,91<br />

81,18<br />

65,60<br />

66,19<br />

77,35<br />

61,57<br />

ARGILA<br />

TOTAL<br />

27,67<br />

35,71<br />

27,34<br />

17,02<br />

31,82<br />

34,48<br />

27,36<br />

25,29<br />

12,11<br />

18,27<br />

19,30<br />

30,22<br />

14,75<br />

18,58<br />

34,27<br />

33,29<br />

16,63<br />

38,24<br />

ARGILA<br />

LIVRE<br />

6,65<br />

1,36<br />

1,92<br />

12,20<br />

0,24<br />

0,12<br />

0,75<br />

0,00<br />

10,25<br />

6,33<br />

2,85<br />

. 0,23<br />

9,28<br />

10,18<br />

2,37<br />

1,60<br />

2,70<br />

0,65<br />

INDICE DE<br />

FLOCULAÇÂO<br />

75,97<br />

96,19<br />

92,97<br />

28,32<br />

99,25<br />

99,65<br />

97,26<br />

100,00<br />

15,44<br />

65,35<br />

85,23<br />

99,23<br />

37,08<br />

45,21<br />

93,08<br />

.95,19<br />

82,28<br />

98,30


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 43<br />

\<br />

Para estabelecermos bases de comparaçâo entre os perils 309 e 334<br />

por urn lado e 310 e 333 por outro, as amostras volumétricas dêsses<br />

dois Ultimos perfis, foram retiradas com o cuidado de que nâo contivessemos<br />

trechos de galerias de ninhocussu ou de condutos originados<br />

por raises pôdres. Este procedimento nos permitiu de considerarmos<br />

isoladamente o efeito de tais cavidades no aumento da porosidade.<br />

Dêste modo as densidades aparentes nos perfis 310 e 333, e apresentadas<br />

na tabela II, so maiores que na realidade. O inverso acontece com<br />

os dados sobre porosidade. Nas considérâmes que se seguem sobre os<br />

dados das tabelas II e III, devemos tem sempre em vista esta observaçâo.<br />

As camadas "a", "b" e "c" dos perfis 310 e 333 possüem densidades<br />

aparentes menores que as dos perfis 309 334. Tal fato indica maior<br />

permeabilidade para os perfis da area irrigada, uma vês que as densidades<br />

aparentes relacionam-se inversamente com as permeabilidades.<br />

É de se anotar que o perfil 333, possuindo maior profundidade que o<br />

310, apresenta nas camadas "d" e "e", densidades aparentes elevadissimas<br />

— 1,319 e 1,443, respectivamente. BODMAN, citado por BAYER (*),<br />

achou que a percolaçâo é muito lenta para densidades aparentes maiores<br />

que 1,4-1,5. No perfil 334, pelo contrario, a partir de "c", a densidade<br />

aparentes se mantém pràticamente constante.<br />

As très primeiras camadas dos perfïs 310 e 333 mostram possuir<br />

maior porosidade natural que as camadas correspondentes nos outros<br />

perfis, mas essa diferença é muito pequena, incapaz de por si só, explicar<br />

as diferenças de permeabilidade.<br />

Resta-nos agora o exame da porosidade livre de tensâo, nâo nos<br />

esquecendo sempre do modo pelo quâl foram colhidas as amostras volumétricas.<br />

A porosidade capilar foi determinada diretamente e também<br />

segundo câlculo pela formula<br />

Porosidade Capilar = 4,5 Hy<br />

As determinaçôes da % de âgua capilar em volume, indicam com<br />

clareza que nos quatro perfis examinados, sômente a primeira camada<br />

é que apresenta verdadeiramente uma porosidade livre de tensâo que<br />

quer da area irrigada como da area näo irrigada, se apresentam como<br />

pode influir favoràvelmente na permeabilidade. Assim, os subsolos,<br />

pràticamente impermeâveis. Isso pode explicar a baixa permeabilidade<br />

encontrada em 309, mas esta em oposiçâo com a permeabilidade encontrada<br />

em 310.<br />

(•) BAVER. L. D. — "Soil Physics", pàgs. 23Î.


44<br />

PERFIL E CAMADA<br />

310 "a"<br />

"b"<br />

"C"<br />

333 "a"<br />

"b"<br />

"c"<br />

"d"<br />

"e"<br />

309 "a"<br />

"b"<br />

"c"<br />

"d"<br />

334 "a"<br />

"b"<br />

"c"<br />

"d"<br />

"e"<br />

PERFJL E CAMADA<br />

310 "a"<br />

"b" ..".<br />

"c"<br />

333 "a"<br />

"b"<br />

"c"<br />

"d"<br />

"e"<br />

309 "a"<br />

"b"<br />

"c"<br />

"d"<br />

334 "a"<br />

"b"<br />

"c"<br />

"d"<br />

"e"<br />

"£'•<br />

AKAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

TABELA II — CARACTERISTICAS FISICAS<br />

DMIDADE<br />

HYGR.<br />

% PESO<br />

3,34<br />

3,37<br />

3,33<br />

4,45<br />

5,05<br />

3,54<br />

2,79<br />

2,24<br />

3,78<br />

3,14<br />

2,42<br />

2,25<br />

4,56<br />

3,92<br />

3,47<br />

3,07<br />

2,01<br />

3,54<br />

POROSIDADE<br />

NAT. % VOL.<br />

60,00<br />

56,60<br />

60,16<br />

59,91<br />

57,87<br />

57,43<br />

49,21<br />

49,33<br />

59,52<br />

53,44<br />

49,32<br />

50,24<br />

61,22<br />

56,75<br />

52,65<br />

53,94<br />

53,58<br />

ÂGUA<br />

NATURAL<br />

% VOL.<br />

39,56<br />

47,02<br />

46,72<br />

37,84<br />

42,88<br />

43,90<br />

43,64<br />

35,00<br />

39,56<br />

34,56<br />

37,32<br />

39,94<br />

44,70<br />

41,12<br />

43,66<br />

46,50<br />

37,94<br />

DENS.<br />

APARENTE<br />

0, 996<br />

1, 103<br />

1, 024<br />

1, 000<br />

1, 066<br />

1, 098<br />

1, 310<br />

1, 443<br />

0,996<br />

1, ,201<br />

1,282<br />

1,304<br />

0,989<br />

1,129<br />

1,217<br />

1,207<br />

1,216<br />

— I<br />

TABELA III — POROSIDADE<br />

4,5 HY. NAT.<br />

% VOL.<br />

34,47<br />

44,73<br />

46,35<br />

42,21<br />

47,66<br />

44,1»<br />

54,45<br />

50,75<br />

39,69<br />

48,06<br />

42,21<br />

39,73<br />

48,06<br />

55,53<br />

56,30<br />

50,13<br />

30,15<br />

DENS. REAL<br />

POR. LIVRE<br />

TBNSÄO CAL.<br />

CUL. % VOL.<br />

25,53<br />

10,87<br />

13,81<br />

17,70<br />

10,21<br />

13,33<br />

— 6,24<br />

— 1,42<br />

18,83<br />

5,38<br />

7,11<br />

10,51<br />

13,16<br />

1,22<br />

— 3,65<br />

3,81<br />

23,15<br />

2,49<br />

2,54<br />

2,57<br />

2,47<br />

2,53<br />

2,58<br />

2,58<br />

2,64<br />

2,46<br />

2,58<br />

2,53<br />

2,62<br />

2,55<br />

2,61<br />

2,57<br />

2,62<br />

2,62<br />

2,64<br />

HY.<br />

% PESO<br />

7,69<br />

9,01<br />

10,06<br />

9,38<br />

10,37<br />

8,93<br />

9,24<br />

7,81<br />

8,86<br />

8,89<br />

7,32<br />

6,77<br />

10,80<br />

10,93<br />

10,28<br />

9,23<br />

5,51<br />

10,24<br />

ÂGUA CAPILAR<br />

% VOL.<br />

46,51<br />

49,07<br />

57,80<br />

48,08<br />

58,95<br />

57,47<br />

58,37<br />

52,70<br />

41,88<br />

55,69<br />

48,72<br />

58,00<br />

47,19<br />

51,73<br />

58,33<br />

57,46<br />

53,94<br />

HY. NAT.<br />

% VOL.<br />

7,66<br />

9,94<br />

10,30<br />

9,38<br />

10,59<br />

9,80<br />

12,10<br />

11,27<br />

8,82<br />

10,68<br />

9,38<br />

8,83<br />

10,68<br />

12,34<br />

12,51<br />

11,14<br />

6,70<br />

POR. LIVRE<br />

TENSÄO DET.<br />

% VOL.<br />

13,49<br />

7,53<br />

2,36<br />

11,83<br />

— 1,08<br />

— 0,04<br />

— 9,16<br />

— 3,37<br />

17,64<br />

— 2,25<br />

0,60<br />

— 7,76<br />

14,03<br />

5,03<br />

— 5,68<br />

— 3,52<br />

— 0,36


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÀO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 45<br />

A porosidade livre de tensào calculada a partir do Hy % era vol.<br />

mostra superioridade para^à^rês primeiras camadas dos perfis da<br />

ârea irrigada. Dando-se porra^Brato das determinaçôes expérimentais<br />

näo apoiarem as determinaçoi^fcto câlculo, prefiro ater-me as primeiras,<br />

expondo apenas os resun^K obtidos.<br />

Si nos juntarmos ao quadro


46 ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÄO BRASILEUtA DE <strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

As galerias de minhocussü do<br />

metro medio de l,5cm, variando<br />

Apesar de se orientarem em todf<br />

disposta na direçao vertical. Em<br />

piano vertical, na camada "c" (<br />

siderando o diâmetro medio d<br />

Fig. 1<br />

Fig. 2<br />

e 333 possüem urn diànutes<br />

de l,2cm e l,8cm.<br />

3S, a maioria parece estar<br />

ficie de 0,75m x 0,50m, em<br />

contamos 41 orificios. Concada<br />

uma das galerias te-<br />

mos uma secçào de I,77cm2 e urn volume de 17,700cm3 por 10cm lineares<br />

de galeria. Si existem 41 galerias em uma area de 3750cm2, era<br />

Im2 teremos 110 galerias ou seja cerca de 1,1 galeria por 100cm2. Em<br />

urn cubo com 10cm de aresta, com 1000cm3 de volume, teremos<br />

3 x 1,1 x 17,7cm3 ocupados por galerias, supondo-se que as mesmas<br />

sejam igualmente distribuidas segundo as tres direcöes ortogonais, ri-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 47<br />

gorosamente retas e perpendiculares as faces do cubo imaginârio. Assim,<br />

1000cm3 de solo contém 58,41cm3 ocupados por galenas, ou seja<br />

que a porosidade livre de tensâo fica aumentada de 5,84%. Esta .estimativa,<br />

pecando grandemente por falta, jâ nos indica que no mïnimo,<br />

as galerias de minhocussû aumentam de 5,84% a porosidade natural e<br />

a porosidade livre de tensâo da camada 310 "c".<br />

Um câlculo mais aproximado, feito para 333 "c", nos oferece a seguinte<br />

estimativa:<br />

Piano vertical — 76 orif./3500cm2 = 217 orif./m2 = 2,17 orif./<br />

100cm2. Piano horizontal — 94 orif./4225cm2 == 222 orif./m2 = 2,22<br />

orif./100cm2. Assim, 1000cm3 de solo contém 2 x 2,17 x 17,7cm3 + 2,22<br />

x 17,7cm3 = 116,112cm3 ou seja 11,61% em volume.<br />

Todos os câlculos feitos devem ser considerados fortemente subestimativos,<br />

pois as galerias nâo obedecem as condiçôes ideais expostas<br />

acima e êles nâo inclûem os orifïcios irreconhecivelmente obstruïdos<br />

e os escondidos nas operaçôes de excava^âo e aplainamento das superficies.<br />

A porosidade livre de tensâo originada pela presença de galerias<br />

e canais de raises apodrecidas, é constituida por poros de grande<br />

diâmetro, verdadeiros encanamentos dâgua, e por essa razâo, têm a<br />

sua influência sobre a permeabilidade grandemente multiplicada.<br />

Por si só, as galerias excavadas pelos minhocussûs sâo suficientes<br />

para transformarem os perfis 310 e 333, de prticamente impermeâveis<br />

em perfis de elevada infiltraçâo. Si acrescentarmos a isso o efeito dos<br />

canais de raises apodrecidas, podemos realmente compreender porque<br />

a bomba centrifuga empregada em Jucuruaba nâo chegou a irrigar<br />

um ünico taboleiro.


A TEORIA <strong>DO</strong>S POTENCIAIS DA AGUA NO <strong>SOLO</strong> E SUA<br />

IMPORTÂNCIA NO MELHORAMENTO <strong>DO</strong>S <strong>SOLO</strong>S SALINOS<br />

E ÄRI<strong>DO</strong>S<br />

PAUL VAGELER<br />

O desenvolvimento dos modernos conceitos relativos ao comportainento<br />

fisico dos solos, especialmente nas relacöes entre o sistema soloâgua-planta,<br />

veio acentuar as divergências existentes entre os vârios<br />

autores em quase tôdas as discussöes dos Ultimos très decênios.<br />

A anâlise mecânica do solo, inicialmente supostâ suficiente para<br />

caracterizar tôdas as suas propriedades fisicas e de cultivo, foi de ha<br />

xauito abandonada para os solos salinos e âridos, em gérai. É que as<br />

experiências colhidas com culturas em tais solos vieram demonstrax<br />

que o fator decisivo de produtividade nâo é o seu carâter textural<br />

(como a percentagem de areia, de argua etc.) ou a riqueza em nutrimentos<br />

para as plantas, mas o seu teor em sais. Surgiu, por isso, ao<br />

lado dos fatores fisicos e quimicos em gérai, um novo fator fisiolôgico,<br />

da maior importância, influenciando e limitando as disponibilidades<br />

de âgua e dos nutrimentos no solo para as plantas de cultura..<br />

Iniciou-se, assim, urn duplo desenvolvimento da^ pesquisa pedológica<br />

mcderna que, de certo modo, ameaça a unidade dos conceitos da<br />

ciência do solo, ampliando-se o campo das discussöes sem qualquer<br />

valor prâtico ou teórico.<br />

As pesquisas relativas aos solos salinos é aridos demonstram que<br />

o ponto de vista quimico-fisiológico é o mais importante nas relacöes<br />

entre âgua e planta, e de tal modo que, pode dizer-se, criaram quase<br />

uma ciência do solo especial. A ciência do solo, em gérai, baseia-se na<br />

economia da âgua no solo, nas propriedades fisicas e essencialmente<br />

na estrutura do solo, sendo dominada pela teoria do potential capilar,<br />

criado por BUCKINGHAM e desenvolvidó por SCHOFFIELD, RICHARDS,<br />

CHILDS, BAVER e outros.<br />

O valor padrâo mais importante da fisica do solo, baseado no conceito<br />

do potencial capilar, é o "moisture equivalent" M, isto é, o equivalente<br />

de humidadë, definido como a, quantidade de âgua que o solo<br />

retém, quando completamente saturado, contra uma força centrifuga<br />

de 1.000 vezes a aceleraçâo da gravidade g, tal como propuseram BRIGGS,<br />

SHANTZ, MC LANE etc. Esta quantidade de âgua, M, é retida pelo solo<br />

com tal força que nâo é mais sujeita à infiltrasâo para baixo e pouco<br />

sujeita à evaporaçâo. Ela constitui a "âgua lento capilar" nos microcapilares<br />

do solo. A aceleraçâo de 1.000 g foi, posteriormente, equiparada<br />

à sucçâo de um vâcuo de 1 atmosfera e corresponde a 1.000 centimetros<br />

de coluna dâgua retidos pelo menisco equivalente a 3 micra.<br />

Desta analogia resultou:<br />

1) — a determinaçâo do valor M pelo método de BOYOUCOS, consistindo<br />

em retirar do solo completamente molhado a âgua<br />

em excesso por sucçâo de um vâcuo. Cumpre indicar, desde<br />

jâ, que o valor M determinado pela centrifuga. só coincide


50 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

com o Mb (ou seja o M determinado pelo método de BOYOUoos)<br />

em solos mais ou menos pesados. Nos solos levés, o B&.<br />

é muito maior do que HM. Realmente, o método de BQYOUoos<br />

nâo é o "moisture equivalent", mas urn valor muito maisimportante<br />

para a prâtica, isto é, o minimo da "field capacity"<br />

(Afc). Este valor indica a quantidade de âgua que o<br />

solo retém, contra a açâo da gravidade, por forças higroscópicas<br />

e capilares numa coluna comprida e permeâvel. Êle<br />

coincide com o valor M sômente nos solos pesados;<br />

2) — a determinaçâo da curva do potencial capilar pelo método'<br />

de RICHARDS e WEAVER, expulsando a âgua do solo por pres^<br />

sào de ar comprimido.<br />

A introduçâo, por SCHOFFIELD, do logarîtmo pF, da pressäo observada<br />

em centimetros de coluna dâgua é procedimento prâtico que permite<br />

a representa?âo grâfica dos resultados, usando-se p p como ordenada<br />

e como obscissa o teor percentual de âgua no volume natural<br />

de poros.<br />

As curvas do potencial capilar de todos os solos médios e levés —<br />

excetuando-se apenas os poucos permeâveis — mostram na regiao<br />

abaixo de pF 3,0 um ponto de inflexäo inferior ("flex point" ou pF inf)<<br />

que limita o esgotamento da âgua dos macrocapilares do solo. VAGELER:<br />

e seus colaboradores mostram que o teor em âgua neste pF inf corresponde<br />

pràticamente ao valor "field capacity": acima de pF 2,0 enx<br />

solos pesados, entre pF 2,0 e 1,0, ou seja, entre pF 1,6 a 1,7 em solos<br />

médios e abaixo de pF 1,0 nas areias mais levés. Assim, Pnat — Afc ==•<br />

Po, ou seja, o chamado "volume de poros livre de tensâo" que desde<br />

hâ muitos anos foi discutido por ZUNCKER, SEKERA, VAGELER e outros„<br />

tendo por base a "higroscopicidade de Mitscherlich".<br />

Nâo é necessârio acentuar que todos os valores do chamado potencial<br />

capilar sâo, essencialmente, valores cinéticos e estâticos, isto ér<br />

funçâo da estrutura do solo. Dêsse modo, torna-se menos compreensivel<br />

que quase todos os métodos da determinaçâo do potencial capilar<br />

considerem a estrutura do solo apenas pelo calcule É lógico que este<br />

câleulo nâo é viâvel porque, por exemplo, o valor da "field capacity"<br />

dépende nâo sômente do volume natural de poros, mas da sua distribuiçâo<br />

individual e esta nâo é valor calculâvel.<br />

Coxno o volume natural de poros (Pnat) varia nos trópicos entre<br />

24 e 85% e mesmo até mais, nâo é para estranhar a divergêneia de<br />

opiniâo dos diferentes autores quando procuram interpretar as anâlises<br />

de solos — cujas amostras sâo preparadas no laboratório — para,<br />

fins prâticos.<br />

Nenhum dos pontos da curva do potencial capilar tem, realmente,.<br />

hoje, uma definiçâo geralmente reconhecida. A pressäo do valor M.<br />

pode ser escolhida a 1,0 at. ou 0,5 at. ou mesmo até 0,3 at.; a da "field,<br />

capacity" varia entre 0,01 até 1,0 at. etc. Isto indica um estado pouco<br />

satisfatório da teoria fisica do solo mas, de outro lado, quase ideal em.<br />

comparaçâo com a confusâo dos conceitos sobre a disponibilidade fisiológica<br />

da âgua do solo para as culturas, apesar das pesquisas da,<br />

eiência dos solos salinos, as quais mostram claramente, e com excelente<br />

sucesso prâtico, a necessidade absoluta de serem levados em consideraçâo<br />

os valores fisiológicos.<br />

Embora o processo da adsorçao da âgua do solo pelas raises ainda.<br />

nécessite de esclarecimentos profundos, nâo hâ a menor dûvida deque<br />

as plantas sômente retiram do solo âgua com pressäo osmótica.<br />

menor do que as das suas raizes. Essa sucçâo é bem conhecida, para,<br />

muitas plantas, por experimentos fisiológicos dignos de confiança.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 51<br />

Plantas do deserto têm sucçâo de muitas dezenas de atmosfera, certas<br />

bactérias e algas, até de 100 at. e mais.<br />

A quantidade de âgua no solo sob pressäo de 15.8 a 16 at. constitui<br />

a âgua morta (Am) e geralmente näo tem valor para as culturas. Este<br />

teor de âgua corresponde ao "permanent wilting point" dos angloamericanos,<br />

com pF 4.2. Com urn teor de âgua correspondente à pressäo<br />

de 8 at. (pF 3.9) as plantas comecam a murchar, mas tornam-se<br />

novamente viçosas se o solo é suprido de âgua. O teor de âgua entre<br />

8-16 at. caracteriza o wilting range (wr) ou se ja a zona critica de<br />

murchamento.<br />

Nâo hâ diferença de opiniâo entre os vârios autores, relativamente<br />

ao sentido prâtico dêstes valores fisiológicos:<br />

Am + wr = Agua inativa (Ain)<br />

Afc — Ain = Âgua disponivel (Ad)<br />

A ciência dos solos salinos détermina os valores osmoticos dos solos<br />

pela sua condutividade, pela quantidade dos sais solüveis e sua natureza,<br />

como base fidedigna do melhoramento.<br />

A ciência dos solos gérai discute, desde ha mui tos decênios e sem<br />

resultado, a relaçâo dêstes valores osmótico-fisiológicos com os valores<br />

do potencial capilar, que é uma funçâo da estrutura do solo. Nâo hâ<br />

dois autores com a mesma opiniâo sobre o assunto. A confusâo, ainda<br />

existente, résulta simplesmente da tentativa de pretender criar teôricamente<br />

conexôes que näo existem na natureza.<br />

A adsorçâo da âgua pelas plantas é um processo osmótico. Ora, a<br />

conceito do potencial capilar näo contém fator algum com possivel eficiência<br />

no sentido apontado. Sempre que as raizes estäo em contato<br />

com a âgua, esta é disponivel para as plantas independentemente do<br />

diâmetro dos capilares. Cumpre acentuar que, para penetrar num capilar<br />

do solo, a radicela deve ter urn raio de curvatura necessàriamente<br />

menor que o do menisco possivel de formar-se no capilar. Assim, a força<br />

de condensaçâo da âgua na radicela sera maior para vencer a resistência<br />

da condensaçâo capilar.<br />

Do ponto de vista da ciência dos solos salinos, os solos sem sais,<br />

näo devem ter potencial osmótico e, por isso, neles näo deve existir<br />

à,gua morta. De outro lado, do ponto de vista extremo do potencial capilar,<br />

um teor qualquer em sais, em solos de estrutura adequada, näo=<br />

tem importância para as plantas. Näo é possivel possam existir seme-<br />

Ihantes contradiçôes!<br />

Ora, sabem os prâticos que os solos têm teores em âgua muito diferentes,<br />

que säo sem valor para as plantas mesmo se os solos näo<br />

contêm quantidades notâveis em sais solûveis. De outro lado, o técnico<br />

em irrigaçâo sabe por experiência propria que o mesmo teor em sais,<br />

relativamente sem perigo para as plantas em solos levés, lhes é inteilamente<br />

prejudicial se os solos säo mais ou menos argilosos. Isso mostra<br />

que existe uma lacuna de fatores a considerar.<br />

O ûnico meio para esclarecer esta lacuna teórica é o ëxperimento<br />

com plantas de ensaio, medindo a âgua nâo disponivel no volume de<br />

solo empregado, isto é, a determinaçao direta do "'permanent wilting<br />

point" com plantas indicadoras.<br />

Os valores da âgua morta e inativa assim determinados mostram<br />

difereneas notâveis nâo somente para as diferentes plantas, mas até<br />

para a mesma planta e no mesmo solo. Pode dizer-se, a priori, que elas<br />

devem ser geralmente muito elevadas. As razôes säo evidentes:<br />

1) — Jâ com um teor em âgua M — que com certeza é fisiolôgicamente<br />

disponivel para as plantas — näo existe mais movimento notâvel<br />

da âgua nos pontos da adsorçâo, isto é, as pontas das raizes. "As


52 ANAIS DA TERCKIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

raizes procuram, elas mesmas, os lugares da âgua" (BOUYOUCOS). Isto<br />

significa que a quantidade de âgua adsorvida pelas plantas dépende<br />

dos pontos de contato entre as raizes e o solo, ou seja, do desenvolvimento<br />

individual das raizes. A quantidade de âgua que fica no solo<br />

quando as plantas murcham e morrem é, pois, essencialmente urn valor<br />

casual, dependendo do desenvolvimento individual da planta no ensaio<br />

consider ado;<br />

2) — O critério do "permanent wilting point" é a falta de recuperaçâo<br />

da planta que murcha em atmosfera saturada dâgua, .isto é, o<br />

Tnurchamento permanente em seguida à interrupçâo da transpiraçâo.<br />

Quanto ao tempo necessârio à observaçâo, diferem muito as opiniôes<br />

dos autores. É evidente que, em atmosfera saturada, um solo mais ou<br />

menos sêco adsorve quantidades notâveis de âgua que, afinal de contas,<br />

aparecem como âgua morta. Mais ainda: numa tal atmosfera, após<br />

muitos dias sem recuperar a âgua, as plantas se tornam novamente<br />

viçosas se até mesmo pequenas quantidades de âgua sâo adicionadas<br />

ao solo. Isto prova que elas estâo longe de ser realmente mortas. O critério<br />

é, pois, completamente arbitrârio, sem qualquer relaçâo real com<br />

as pressées osmóticas do solo.<br />

Se os ensaios com plantas indicadoras sâo feitos näo como é usual,<br />

com um ou poucos individuos, mas com muitos, cujas râizes podem<br />

realmente esgotar a âgua do solo e morrem, os valores da âgua morta<br />

sâo muito menores do que os determinâveis pelo procedimento usuâl.<br />

Os Ultimos incluem grandes quantidades de âgua, que nâo foram utilizadas<br />

apenas porque as raïzes nâo chegaram à âgua no mosâico da<br />

numidade do solo.<br />

Ora, os valores determinâveis pelo procedimento proposto coincidem,<br />

com boa aproximagäo, com os valores calculâveis para 8 e 16 at.,<br />

baseados nos dadós quimicos do solo, considerando nâo sômente os sais<br />

solûveis, mas igualmente os cations adsorvidos dos complexos para a<br />

construgäo das curvas dos potenciais fisiológicos.<br />

Tais curvas coincidem com as dos potenciais capilares sômente<br />

por acaso e assim mesmo só quando se trata de solos levés, sem teor<br />

notâvel em sais. De modo gérai elas sâo muito diferentes, mostrando<br />

que a tentativa de deduzir valores fisiológicos do potencial capilar, por<br />

exemplo, a âgua morta como uma percentagem do M ou Afc importa<br />

em perda de tempo, pois sômente solos do mesmo tipo podem fornecer<br />

valores aproximados.<br />

Os potenciais cinéticos e estâticos e os potenciais fisiológicos devem<br />

ser oalculados individualmente, sobretudo no caso de solos salinos,<br />

a fim de que se possa chegar a uma avaliaçâo correta das propriedades<br />

do solo.<br />

A base da compreensäo do problema dos potenciais fisiológicos do<br />

solo sâo as pesquisas de TROFIMOFF, que resultaram no conceito do<br />

filme dâgua sem sais das micelas do solo. Isto significa que os sais solûveis<br />

na âgua" do solo näo podem entrar na âgua dos enxames de<br />

ions das micelas como entidades, a nâo ser em troca de ions em equilibrio<br />

dinâmico. Este conceito, inicialmente muito atacado, foi confirmado<br />

pelo fenômeno fàcilmente observâvel, da chamada adsorçâo negativa,<br />

isto é, o aumento da concentrai de soluçâo de sais nos solos,<br />

que pode ser compreendido pela entrada da âgua das soluçôes nos enxames<br />

dos complexos, ficando os sais de fora.<br />

A unica consequência logica dêste processo é que entre os enxames<br />

de ions dos complexos e a soluçâo dos sais dos solos, deve existir<br />

equüibrio osmótico, como frisaram VAGELER, ALTEN, KURMIES, ENDELL<br />

e outros. Hâ, entretanto, uma restriçâo importante: este e.quilibrio deve<br />

existir apenas na linha limite entre os enxames e a soluçâo. Nesta ultima,<br />

as moléculas e os ions dos sais sâo livremente móveis. A concen-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 53<br />

traçâo e o potencial osmótico sâo os mesmos em tôdas as partes da<br />

soluçâo. O potencial osmótico, na soluçào, näo tem um vetor espadal<br />

qualquer.<br />

Nos enxames, os ions adsorvidos sâo fixados na superficie das micelas<br />

em disposiçôes espaciais de acôrdo com a hidrataçâo de cada<br />

um (Jenny). O seu movimento browniano é sômente uma oscilaçâo.<br />

A sua concentraçâo cresce ràpidamente à medida que se aproxima da<br />

superficie da micela. O potencial osmótico dos enxames tem um vetor<br />

espacial fortemente pronunciado, cujo gradiente é da ordern da terceira<br />

potência, como mostraram VAGELER e seus colaboradores.<br />

Dai resultou a posibilidade do câlculo, ao menos para solos sem<br />

complexos secundârios (grumos), da higroscopicidade de MITSCHEE-<br />

LICH, da hidrataeäo dos ions adsorvidos, como mostraram ALTEN, KUB-<br />

3VQES e VAGELER, e, mais tarde, da parte do M "higroscópico", isto é,<br />

da âgua dos enxames com a pressâo de 1 at. na zona limite entre a soluçâo<br />

dos solos e Ms (Ahy) com o material analitico do Instituto Agronômico<br />

de Campinas e do "Institut fur Tropische Bodenkunde" da<br />

Universidade de Hamburgo, a saber:<br />

_ / Ahy \ 3 ^ /S + 0.1 (H + AI) V<br />

~ \ As / V As / at.<br />

Sendo: As = âgua dos enxames, calculada em percentagem de<br />

volume, em pF para a construçâo da curva do potencial, segundo<br />

SCHOFFIELD.<br />

2) pFs = 3,0 (log Ahy — log A.) + 3,0<br />

pF<br />

3) log A8 = log Ahy — h 1,0<br />

3<br />

para o câlculo da âgua dos enxames correspondentes a cada valor pF<br />

de interesse.<br />

O potencial osmótico ico da soluçâo dos solos pode ser calculado<br />

aproximadamente pela equaçâo do "Salinity Laboratory" dos Estados<br />

Unidos.<br />

4) 7T0 = 0,36 x milimhos/cm at.<br />

usando as medidas de condutividade em milimhos, ou pela equaçâo<br />

clâssica :<br />

Corp<br />

5) *„ = 24,4 •(<br />

sendo Corp = numero de corpüsculos osmôticamente efetivos, A« =<br />

âgua da soluçâo à temperatura de 25°C.<br />

Ora, a equa?âo clâssica vale com boa aproximaçâo, apenas para<br />

moléculas nâo dissociadas. Para os sais dissociados do solo, os valores<br />

calculados sâo pequenos demais.<br />

Para o julgamento do perigo da salinidade serve a equaçâo 6, deduzida<br />

do comportamento osmótico dos principals sais do solo:<br />

1.4<br />

. Mes<br />

6) TT0 = 24.4


54 . ANAIS DA TERCEIRA REtTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

7) pFo = 1.4 (1 + log MES — log Ao) + 3,0<br />

8) log Ao = 1,0 + log MES — 0,7 (pFo — 3)<br />

sendo: MES — miliequivalentes das bases sob a forma de sais solüveis<br />

do solo, expresso em relaçâo a Ca (N03)2 como padrâo.<br />

Sendo o potencial osmótico na zona limite da âgua dos enxames<br />

igual ao potencial osmótico da soluçâo, segue-se que TCS = x0 e p p s = pF0<br />

e a âgua. total do solo.<br />

A = As + A,.<br />

O câlculo direto da distribuiçâo de dada quantidade de âgua, A,<br />

entre os complexos e a soluçâo é muito complicado e trabalhoso. Como<br />

jâ mostrou VAGELER, em 1931, este trabalho é evitâvel calculando-se<br />

para vârios pF de interesse (1) os valores correspondentes de A8 e Ao<br />

e construir as curvas dos potenciais fisiológicos como funçâo de A.<br />

O câlculo se torna muito simplificado usando a tabela I, em<br />

anexo, que contém os fatores da multiplicaçâo dos valores bâsicos,<br />

MES e Ahy conhecidos pela anâlise para encontrar diretamente Ao e<br />

As para cada pF.<br />

É muito prâtico construir, no mesmo diagrama, a curva do •potencial<br />

capilar, em côr diferente, para evitar enganos.<br />

A figura 2 mostra as curvas de um solo sem sais (a) comparadas<br />

com as de um solo meio salino (b).<br />

Para fins prâticos do julgamento dos solos, o valor da pressäo osmótica<br />

minima, se o solo esta saturado dâgua, ou apenas saturado até<br />

a "field capacity", a curva total do potencial osmótico como funçâo do<br />

leor total momentâneo em âgua tem interesse especial. Como jâ foi<br />

mencionado, o "Salinity Laboratory" calcula estes primeiros valores<br />

considerando unicamente, o teor em sais solüveis, chegando a valores<br />

da pressâo osmótica muito baixos. A curva total raramente ou nunca<br />

é construida.<br />

A ciência dos solos gérai relegou por complete, tanto quanto se<br />

vê da literatura accessïvel, todo este, complexo importante de problemas.<br />

Urn estudo superficial das curvas da fig. 2 mostra claramente<br />

quais as possibilidades do julgamento exato da economia da âgua<br />

do solo.<br />

No solo normal (2 a) com teor bem pequeno em sais (0,35 MES),<br />

quando saturado de âgua, a pressäo osmótica minima é apenas 0,064 at.<br />

(pF0 = 1.8) crescendo a 0,16 at. (pF0 = 2.2) na saturaçâo Afc. Afastando<br />

esta pequena quantidade de sais, as pressöes seriam 0,008 e 0,028<br />

at., respectivamente.<br />

É claïo que a dessalga de urn tal solo nâo teria qualquer valor prâtico,<br />

porque as pequenas pressöes nâo têm a minima importância para<br />

as plantas. A dessalga séria até nociva, no caso, porque os poucos sais<br />

solüveis incluem com certeza nutrimentos fàcilmente disponiveis, como<br />

potâssio, magnésio, âcido fosfórico, nitratos, etc.<br />

Importante e decisivo para a compreensäo do assunto é o desenvolvïmento<br />

das curvas fisiológicas, entre pF0 3.9 e 4.2, isto é, a situaçâo<br />

do "wilting range" e a quantidade de âgua morta e inativa.<br />

No mesmo solo (2 a), a âgua inativa é 6%, dos quais 2% formam<br />

o "wilting range". Acima de pF 3.9 tôdas as curvas dos potenciais quase<br />

coincidem. Isto indioa que a dessalga dêste solo näo teria sentido prâtico<br />

algum.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 55<br />

Completamente diferente é o solo (2 b, perfil 209 A), com 5.8 MES,<br />

Isto é, medianamente salino. A sua "field capacity" é quase idêntica<br />

ao volume natural de poros. Sendo Po muito pequeno e pF inf bem elevado,<br />

o solo é quase impermeâvel e nâo drenâvel (K = 0,2mm/hora).<br />

E esta impermeabilidade aumentarâ pela dessalga. Num tal caso, ba-'<br />

seando-se nos expérimentes prâticos feitos no Egito, no Sudâo etc.,<br />

tuma dessalga séria apenas possivel:<br />

a) — por fossos muito profundos (~ 2.5m) em pequenas distâncias;<br />

b) — por irrigaçâo por inundaçâo, usando grande excesso de âgua,<br />

a chamada "irrigaçâo em bacias", lavando o solo para cima,<br />

a fim de afastar superficialmente o excesso de sais.<br />

Considerando apenas os sais solüveis, a pressâo osmótica para saturaçâo<br />

compléta séria sômente 0,05 at. (pF = 1.7) de acôrdo com<br />

os calculas do "Salinity Laboratory". Realmente, a pressâo minima é<br />

.aproximadamente a pressâo de saturaçâo até Aie com 2.1 at., isto é,<br />

40 vexes maior. A âgua fisiolôgicamente disponivel teôricamente séria<br />

Afc — Ain = 27%, o que parece bem satisfatório. Ora, o câleulo usual<br />

dâ ,neste caso, impressâo completamente falsa. É preciso considerar a<br />

capaddade de ar necessâria, entre 10 a 15%, que deve ser deduzida do<br />

valor Pnat. A âgua osmótica disponivel, entre 36-49% é sera valor<br />

para as plantas, porque as suas raizes devem morrer neste intervalo,<br />

por falta de ar. Ora, com 36% de âguâ, a pressâo séria 4 at. (pF 3.6),<br />

isto é, nâo longe do "wilting point" (pF 3.9) com 22% de âgua. Em<br />

outras palavras : da quantidade total de âgua possivel no solo, sômente<br />

21% têm valor produtivo, aliâs jâ bem restrito, considerando a pressâo<br />

osmótica relativamente alta. Com um teor de âgua correspondente ao<br />

^"moisture equivalent" (pressâo capilar de 1 at.) a pressâo osmótica<br />

com pF 4,0 corresponde a 10 at., isto é, dez vezes maior do que a pres-<br />

-sâo capilar, esta dentro do wilting range, com 1% de extensâo e 15%<br />

de âgua morta. Isto significa que, nâo sendo feita a dessalga do solo<br />

e sendo a pressâo osmótica demasiado elevada jâ em curtos periodos<br />

•de sêca, ficam as culturas, por assim dizer, entre Scylla e Charybdes,<br />

ameaçadas ou de asfixia por falta de ar ou de morrer por falta dâgua...<br />

O efeito da dessalga jâ se le diretamente do diagrama 2 b. p ica sôrnente<br />

a curva do potencial %s, que quase coincide com a do potencial<br />

capilar.<br />

Deduzindo o volume de ar necessârio à pressâo osmótica com teor<br />

de âgua de 36%, tem-se sômente 0,1 at (pFs 2.0), com o teor do "moisture<br />

equivalent", M, até menof do que 1 at, ou seja, 0,8 at (pFs = 2.9).<br />

A âgua inativa séria reduzida de 22% a 9%, dos quais 2% correspondem<br />

ao "wilting range" e 7% à âgua morta. A âgua disponivel<br />

pràticamente se elevaria de 14 a 25%, ou seja, ao dôbro, garantindo<br />

uma "capacidade de chuva disponivel" (SEKERA) da gleba, em .30 centimetros<br />

de profundidade, de 750 métros cübicos dâgua, o que significa<br />

notâvel resistência contra a sêca.<br />

O solo natural, quase sem valor agricola, séria transformado, pela<br />

dessalga e arado profundamente, em ótimo meio de cultura.<br />

Séria fora do quadro previsto nesta Conferência, entrar em outros<br />

pormenores, apesar de serem todos êles numerosos e interessantes.<br />

Acreditamos que a exposiçâo do assunto aqui tratado de uma<br />

prova da utilidade e da necessidade dos câlculos exatos e completos<br />

nao sômente da curva do potencial capilar, mas dos potenciais fisiológicos.


56<br />

pF<br />

0.0<br />

1.0<br />

2.0<br />

3.0<br />

3.3<br />

3.6<br />

3.9<br />

4.0<br />

4.2<br />

4.3<br />

4.9<br />

6.0<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

PRESSÂO OSMÓTICA<br />

(at)<br />

O.0C1<br />

0.01<br />

0.1<br />

1.0<br />

2.0<br />

4.0<br />

8.0<br />

10.0<br />

16.0<br />

20.0<br />

78.2<br />

1.000.0<br />

TABELA I<br />

Na tabela acima sv = peso especïfico aparente.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

A^ = FATOR X SV ME,<br />

Fator<br />

1.000.<br />

250.<br />

50.<br />

10.<br />

6.2<br />

3.8<br />

2.34<br />

2.00<br />

1.45<br />

1.23<br />

0.47<br />

0.08<br />

As =: FATOR x Ahy<br />

Fator<br />

BAVER, L. D. — Soil physics, 2. a ed., 1948, New York.<br />

BUCKINGHAM, E. — Studies on the movement of soil moisture. Bureau of Soils:<br />

Bull. 38, 1907.<br />

<strong>DO</strong>NAT, J. — Das Gefuge des Bodens. Trans. 6th. Commission Intern. Soc. of<br />

Soil Sc, vol. B, p. 423, 1937.<br />

KRAMER, P. J. — Plant and soil water relationships. London, 1949.<br />

Mc <strong>DO</strong>UGALL, W. B. — Plant Ecology, Philadelphia, 1949.<br />

PURI, A. N. — Soils — New York, 1949.<br />

ROBINSON, G. W. — Soils, 3. a ed., London, 1949.<br />

TEMPANY, H. A. — The practices of soil conservation. Comm. Bureau of Soil<br />

Science, Tech. Bull. 45, 1949.<br />

THORNE, D. W. & PETERSON, H. B. — Irrigated soils, Philadelphia, 1949.<br />

VAGELER, P. — Der Kationen und Wasserhaushalt des Mineralbodens, Berlin,<br />

1931.<br />

VAGELER, P. — A ägua e os potenciais do solo. Apresentado à II Reuniäo Brasileira<br />

de Ciência do Solo, Campinas, 1949.<br />

10.00<br />

4.64<br />

2.15<br />

1.00<br />

0.80<br />

0.63<br />

0.50<br />

0.47<br />

0.40<br />

0.37<br />

0.23<br />

0.10


6O<br />

SiO<br />

3.O<br />

2.O<br />

L .<br />

t<br />

j<br />

Per", mnent<br />

I •<br />

As'<br />

point<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 5T<br />

Fig. 2a<br />

••!-.>.<br />

I<br />

Pmt<br />

O 4 6 12 16 ao at 28 32 36 4O * 44 4O 92 S6 60 7» Pnat<br />

Mot<br />

PERFIL 709 A (Sólonormol) 4'<br />

MES = O,35. M = |O,O; n=2,SO; Afc-28; pFinf = l.62, K=9.8mtn/ftora; PO-I3.O<br />

2«p«Tinonent wilting point<br />

iltin9 poinh<br />

p F =1,81 Tensöo otmddca mfnitno-


58 ANAIS DA TERCEIRA REITNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

8 12 16 ZO 24 28 32 36 4O 44 48<br />

•x PERFIL 2O9. A (Solo solgodo)<br />

MES=5.85; M = I9,5; n = 2,87; Afc=49; pF inf =•!,£<br />

pF 4 2 = permanent iVilting point<br />

pp 3 9-Wilting point<br />

pF =3 3 Tensöo osirxitica minima<br />

pf inf-IBi<br />

5« 6Qy„Pnot<br />

0.2mm/hora; f?, =2.0


MOVIMENTO CAPILAR DA ÄGUA NO <strong>SOLO</strong><br />

I. — INTRODUÇÂO<br />

FREDERICO PIMENTEL GOMES<br />

Engenheiro Agronomo. Livre Docente<br />

de Matemâtica da Escola Superior<br />

de Agricultura "Luiz de Queiroz" e<br />

HERCULANO PENNA MEDINA<br />

Engenheiro Agrônomo. Secçao de Agro-<br />

. geologia do Instruto Agronomico<br />

de Campinas.<br />

O Sistema Âgua-Solo-Planta, pela importância vital que tem na<br />

Agricultura, tornou-se nestes Ultimos tempos objeto de intensivo estudo<br />

por parte dos pesquisadores de Fisica do Solo. Urn dos pontos<br />

visados tem sido o movimento capilar da âgua no solo.<br />

Sabe-se hoje que êste movimento da âgua näo é um simples fenômeno<br />

de capilaridade mas sim, dependente de urn complexo con-,<br />

junto de fatôres agindo simultâneamente. Entre estes fatôres podemos<br />

citar os potendais de capilaridade e de hidrataçâo dos solos,<br />

potencial osmótico das soluçôes, coeficientes de permeabilidade (constante<br />

K), os macro e microcapilares etc...<br />

VAGELER em seu recente trabalho (3) mostrou que na teoria do<br />

conjunto dos potenciais do solo, sâo ainda observados, em certos pontos,<br />

conceitos contraditórios.<br />

À vista da grande complexidade dêste fenômeno, resolveram os<br />

autores examinar por parte os diferentes aspectos do mesmo.<br />

O problema do estudo anaiitico dos dados sobre a ascensäo da<br />

âgua no solo pode ser considerado sob très pontos:<br />

a) Determinaçao da velocidade mâxima de ascensâo capilar;<br />

b) Determinaçao da ascençâo capilar maxima e<br />

c) Determinaçâoâ da lei gérai que rege o fenômeno.<br />

Como primeiro trabalho da série que pretendemos publicar, examinaremos<br />

o problema da determinaçao da velocidade mâxima de ascensâo<br />

capilar.<br />

O método empregado é o introduzido por VAGELEE (1) em 1936,<br />

na Secçao de Agrogeologia do Instituto Agronomico de Campinas.<br />

Considerando impossivel a determinaçao experimental exata da<br />

altura da ascensäo da âgua em solos pesados, ALTEN e VAGELER (3),<br />

ja em 1931, haviam admitido a formula hiperbólica<br />

x T<br />

x+qT<br />

para o câïculo dêste movimento.<br />

Os resultados obtidos foram grosseiros conforme os próprios autores<br />

jâ esperavam.


60 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Êste método é considerado pouco preciso e mvista da ascensâo do<br />

chamado "omslag-punt", (o ponto de mudança da côr do solo sêco<br />

quando êste absorye ägua), dar uma falsa idéia do verdadeiro movimento<br />

capilar da âgua, principalmente si levarmos em conta tempos<br />

longos.<br />

Apesar disso- foi por nós adotado pelos seguintes motivos:<br />

1) Os solos do Estado de Säo Paulo sâo em sua grande maioria<br />

relativamente arenosos.<br />

2) As medicöes da ascensâo do "omslag-punt" foram feitas a intervalos<br />

curtos de tempo, conforme pode ser visto nos exemplos apresentados.<br />

A equaçâo hiperbólica y =<br />

x T<br />

x + qT<br />

foi primeiramente em-<br />

pregada por PAULI e VALKO (2) nos fenômenos de adsorçâo. °<br />

Posteriormente VAGELER (4) empregou em Buitenzorg esta equaçâo<br />

nos fenômenos fisicos-quimicos do complexo sortivo do solo. Conforme<br />

jâ comentamos, VALEGER (1) procurou resolver o problema do<br />

movimento capilar da âgua admitindo a mesma formula empirica.<br />

(1,1)<br />

x T<br />

onde x é o tempo, y é a altura do "omslag-put" atingida n otempo x,<br />

T é a ascençâo maxima, e 1/q é a velocidade inicial da âgua.<br />

Tornava-se necessârio, porém, rigorosa comprovaçâo experimental<br />

dessa formula, afim de justificar sua aplicaçâo. Além de simples e<br />

com apenas dois parâmetros, ela tem a vantagem de, mediante transformaçâo<br />

fâcil, permitir a aplicaçâo da teoria da correlaçâo linear.<br />

Com efeito- de (1,1) obtemos:<br />

(1,1)<br />

qT<br />

1 1<br />

+ q.<br />

x<br />

e se tornarmos as novas variâveis X = = , teremos:<br />

y<br />

(1,1) = + q.X,<br />

T<br />

que é a equaçâo de uma linha reta. Esta transformaçâo simplifica extraordinàriamente<br />

a verificaçâo experimental da "equaçâo de Vageler".<br />

Ao iniciarmos as nossas pesquisas, a näo linearidade da correspon-<br />

1 1<br />

dência entre os valores observados de = Y e<br />

y x<br />

X, nos pa-<br />

receu evidente logo que fizemos sua representaçâo grâfica (Fig. 1 e 2).<br />

Dai se segue a nâo aplicabilidade da "lei de Vageler" e a necessidade<br />

da obtençâo de uma lei que melhor represente o fenômeno.


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 61<br />

2. — VELOCIDADE MAXIMA DE ASCENSÄO CAPILAR<br />

Admitida a equaçâo<br />

Y =<br />

fàcilmente se demonstra que a velocidade de ascensäo no instante x ê<br />

dada por<br />

dy qT 2<br />

xT<br />

qT<br />

dx (x + qT) 2<br />

No instante x = o temos, pois, a velocidade inicial, maxima,<br />

Vo =<br />

Para a determinaçao experimental da velocidade inicial de ascensäo<br />

säo importantes' é claro, os dados obtidos no comêço da ascensäo<br />

da âgua. A anâlise seguiu os moldes do exemplo dado adiante.<br />

Ö aspecto dos grâficos nos levou, porém, a pesquisar também uma<br />

equaçâo de regressâo do tipo<br />

(2,1) Y 2 = A + BX,<br />

que, conforme veremos, concorda muito melhor que a "equaçâo de<br />

Valeger" com os dados observados. Mas a admissäo da equaçâo (2,1)<br />

nos leva a um resultado inesperado, que exporemos agora. Com efeito,<br />

de (2,1) obtemos:<br />

1<br />

Y Ax + B<br />

Dai tiramos a seguinte expressâo para velocidade de ascençâo:<br />

dy B<br />

dx<br />

2 V (Ax + B) 3 x<br />

Logo, se x —> O' a velocidade tende para infinito, em vez de<br />

1 •<br />

tender para a velocidade inicial finita , considerada por VAGELER.<br />

q<br />

E' interessante notar que para qualquer expoente « > 1 a equaçâo<br />

Ya = A + BX


62<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

conduz a uma velocidade inicial infinita, pois temos entäo<br />

logo<br />

( 1 )«<br />

y<br />

y« =<br />

A I<br />

Ax + B<br />

dx a- 1 (Ax + B) 2<br />

Quando, x O, , y g O. Logo, para a — 1 > O, isto é,<br />

â i t<br />

,<br />

it é<br />

p<br />

lidd iii<br />

, ,<br />

a > 1, a derivada tenderâ para infini to, isto é, a velocidade inicial de<br />

ascensäo sera infinita.<br />

As esperiências foram feitas em solos do tipo: "Arenito Bauru" e<br />

"Terra Roxa Légitima".<br />

O quadro 1 mostra algumas caracteristicas fisicas médias dos tipos<br />

de solo estudados.<br />

Vejamos agora- alguns exemplos de anâlise.<br />

QUADRO 1. — Alguns dados fisicos médios dos tipos de sêlo: "Arenito Bauru" e "Terra.<br />

Roxa Légitima" (1)<br />

DA<strong>DO</strong>S GERAIS<br />

Massa especifica real (S)<br />

Massa especifica aparente (S')<br />

Perosidade natural<br />

ANALISE MECÂNICA TOTAL<br />

% em peso<br />

Argila ( < 0,002 mm)<br />

Limo (0,2 |—| 0,002 mm)<br />

Areia grossa 2 |— 0,2 mm)<br />

FASE LIQUIDA<br />

% em peso<br />

Umidade de murchamento<br />

Umidade equivalente<br />

Agua. capilar mâvima<br />

B<br />

ARENITO BAURO<br />

2,63<br />

1,34<br />

49,0 %<br />

7,0<br />

31,0<br />

62,0<br />

5,6<br />

8,2<br />

17,0<br />

TERRA ROXA<br />

LEGITIMA<br />

2,94<br />

1,02<br />

65,2 %<br />

33,0<br />

56,0<br />

11,0<br />

(1) Dados tirados do Arquivo da Secçâo de Agrogeologia do Instituto Agronômico de<br />

Campinas.<br />

2.1. TIPO DE <strong>SOLO</strong>: "ARENITO BAURU" — PERFIL 220-a<br />

Nesta experiência o solo foi colocado nos tubos sem sofrer compactaçâo.<br />

A ascensäo da âgua foi medida após 1, 2, 3, 4, 5, 7, 10, 15, 20, 30,<br />

45 e 60 minutes, sendo feitas très repetiçôes.<br />

17,8<br />

26,2<br />

35,0


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 63<br />

Tomando-se por base a equaçâo transformada de VAGELER<br />

Y == A + Bx,<br />

1000 1000 1000<br />

com X = , Y = , A = , B = q, sendo x o<br />

x y T<br />

tempo em horas e y a altura em milimetros, o câlculo deu<br />

(2,2) Y == 4,272 + 0,00024456 X.<br />

O coeficiente de correlaçâo obtido foi<br />

rx = 0,9816*** C)<br />

com 34 graus de liberdade.<br />

A Fig. 1-A mostra claramente que os dados observados nâo concordam<br />

bem com a reta calculada. Êles dâo antes a idéia de uma.<br />

parabola do tipo<br />

Z = Y 2 = A + BX<br />

A equaçâo desta parabola calculada, tendo-se obtido<br />

(2,3) Y 2 = 4,195 + 00051558 X, ~<br />

com<br />

r2 = 0,9974***<br />

A diferença entre os valores dos coeficientes de correlaçâo é significativa<br />

para o limite de 0,1 %, pois temos:<br />

z(r2) — z rx)<br />

T<br />

onde<br />

1 1 + r<br />

z (r) = L<br />

1 — r<br />

= 3,94***<br />

N _ 3 N — 3<br />

sendo N = 36 (numero de pontos utilizados na interpolaçâo), e L indica<br />

logaritmo neperiano.<br />

A Fig. 3-A mostra claramente como a nova equaçao é satisfatória.<br />

(1) Nêste trabalho, indicaremos com um asterisco a significaçâo para o limite de 5 %,.<br />

com dois asteriscos, para 1 % e com très, para 0,1 %. A ausência de asterisco indica que.o<br />

resultado nâo é significativo.


64 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

O quadro 2 e a Fig. 5, mostram como os dados observados estäo<br />

mais de acôrdo com a equaçâo (2,3), que com a equaçâo (22).<br />

•QUADRO 2. — Comparaçôes dos resultados de ascensäo capilar da âgua em diferentes tempos<br />

obtidos pelas formulas estudadas no texto, com os resultados observados experimentalmente<br />

TEMPO EM MINUTOS<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

10<br />

15<br />

"X"<br />

20 •'<br />

30 •<br />

45<br />

60<br />

1080<br />

00<br />

ASCENSÂO CAPILAR DA AGUA "Y"<br />

MÉDIA<br />

OBSEEVADA<br />

mm<br />

55,99<br />

80,87<br />

98,55<br />

113,30<br />

126,66<br />

145,35<br />

166,31<br />

192,98<br />

214,27<br />

245,58<br />

270,20<br />

286,12<br />

405,02<br />

pela formula (2,2)<br />

mm<br />

52,78<br />

86,14<br />

109,13<br />

125,94<br />

138,75<br />

157,04<br />

174,25<br />

*<br />

190,48<br />

199,76<br />

210,04<br />

217,49<br />

221,39<br />

233,32<br />

CALCULADA<br />

pela formula (2,3)<br />

mm<br />

56,47<br />

79,34<br />

96,63<br />

110,74<br />

123,03<br />

143,76<br />

168,72<br />

200,72<br />

225,53<br />

262,54<br />

300,57<br />

327,01<br />

472,37<br />

234,08 | 488,30<br />

2.2. TIFO DE SOIJO: ARENITO BAURU PERFIL 220-a<br />

Nesta experiência o solo foi colocado nos tubos sofrendo forte<br />

compactaçâo. A ascensäo da âgua foi medida após, 1, 2, 3, 4, 5, 7, 10,<br />

15, 20, 30- 45, 60, 90 e 120 minutos.<br />

As equaçôes obtidas foram:<br />

Y = 4,743 + 0,0002905 X,<br />

com l'i = 0,5823***, e<br />

Y 2 = 11,162 + 0,006912 X,<br />

com r2 = 0, 9622.***<br />

A diferença entre os dois valores de r é significativa para o limite<br />

de 0,1 %.<br />

Comparando a Fig. 1-B com a Fig. 3-B- observamos perfeitajnente<br />

a diferença de concordância entre os valores de "Y" e "Y 2 ",<br />

.observados e calculados.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 65<br />

O quadro 3 e a Fig. 6, mostram que a concordância dos dados<br />

observados com os obtidos pela formula (2,3), é a melhor.<br />

QUADRO 3. — Ccmparaçôes dos resultados da ascensâo capilar da âgua obtidos em diferentes<br />

tempos pelas formulas estudadas no texto, com os resultados observados<br />

experimentalmente.<br />

TEMPO EM MlNUTOS<br />

"X"<br />

1<br />

. 2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

7<br />

10<br />

15<br />

20<br />

30<br />

45<br />

60<br />

90<br />

120<br />

00<br />

ASCENSAO CAPILAR DA AGUA "Y"<br />

MÉDIA<br />

OBSERVADA<br />

mm<br />

46,94<br />

67,97<br />

80,53<br />

92,85<br />

103,69<br />

119,32<br />

140,08<br />

166,10<br />

185,07<br />

220,14<br />

251,15<br />

272,70<br />

316,52<br />

341,84<br />

CALCULADA<br />

pela formula (2,2) | pela formula (8,3)<br />

mm<br />

45,10<br />

74,31<br />

94,76<br />

109,89<br />

121,52<br />

138,26<br />

154,18<br />

169,35<br />

178,13<br />

187,83<br />

194,93<br />

i98,69<br />

202,55<br />

204,58<br />

210,84<br />

mm<br />

48,45<br />

67.6S<br />

81,83<br />

93,28<br />

103,0a<br />

119.18<br />

137,84<br />

160,51<br />

177,05<br />

200,05<br />

221,53<br />

235,24<br />

251,83<br />

261,57<br />

299,31<br />

2.3 TIFO DE SOIJO: TERRA. ROXA LEGITIMA PERFIL 503-a<br />

Nesta experiência o solo foi colocado nos tubos sem sofrer compactaçâo.<br />

A ascensâo da âgua foi medida após 1/2, 1, 1 1/2, 2, 3, 4, 5,<br />

7, 10- 15, 20, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos. As equaçôes obtidas foram:<br />

Y = 6,373 + 0,0002703 X,<br />

com r! = 0,9453'**, e<br />

Y 2 = 11,677 + 0,01010 X,<br />

com r2 = 0,9765***<br />

A diferença entre os dois coeficientes de correlaçao é significativa<br />

para o limite de 5 %.<br />

A comparaçao da Fig. 2-A com a Fig. 4-A, mostra que os valores<br />

de "Y 2 " estâo em melhor concordância que os valores de "Y".


66 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE <strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

O quadro 4 e a Fig. 7, mostram também como a equaçao (2-3) esta<br />

mais de acôrdo com os dados observados.<br />

QUADRO 4. — Comparaçôes dos resultados da ascensâo capilar da âgua obtidos em diferentes<br />

tempos pelas formulas estudadas no texto, com os resultados observados<br />

experimentalmente.<br />

TEMPO EM MINUTOS<br />

"X"<br />

1/2<br />

1<br />

11/2<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

7<br />

10<br />

15<br />

2Q<br />

30<br />

45<br />

60<br />

90<br />

120<br />

0Ü<br />

ASCENSÂO CAPILAR DA AGUA "Y"<br />

MÉDIA •<br />

OBSErtVADA<br />

'mm<br />

28,93<br />

39,30<br />

48,54<br />

56,42<br />

68,59<br />

80,04<br />

88,66<br />

100,95<br />

118,86<br />

141,21<br />

159,24<br />

185,80<br />

215,91<br />

244,60<br />

271,37<br />

293,94<br />

9<br />

pela formula (2,2)<br />

mm<br />

25,77<br />

47,27<br />

58,19<br />

69,06<br />

84,89<br />

95,90<br />

103,98<br />

115,07<br />

125,08<br />

134,16<br />

139,20<br />

144,63<br />

148,52<br />

150,53<br />

152,60<br />

153,66<br />

156,91<br />

CALCULADA<br />

pela, formula (2,3)<br />

mm<br />

28,59<br />

40,24<br />

49,04<br />

56,37<br />

68,40<br />

78,31<br />

86,73<br />

101,17<br />

, 117,62<br />

2.4 — TIPO DE <strong>SOLO</strong>: TERRA ROXA LEGITIMA — PERFIL 503-a<br />

333.58<br />

154,34<br />

177,12<br />

199,44<br />

214,41<br />

233,05<br />

241,50<br />

292,65<br />

Nesta experiência o solo foi colocado no tubo sofrendo forte compactaçâo.<br />

A ascensäo da âgua foi medida após 1/2, 1, 1 1/2, 2, 3, 4, 5,<br />

7, 10, 15, 20, 30- 45, 60, 90, 120 minutes.<br />

As equaçôes obtidas foram:<br />

Y = 8,810 + 0,0003262 X,<br />

com Ï1 = 0,9267** e<br />

Y 2 = 47,118 + 0,015086 X,<br />

com r2 = 0,9777.'*<br />

A diferença entre os dois coeficientes de correlaçâo é significativa<br />

para o limite de 1 %.<br />

A comparaçâo da Fig. 2-B com a Fig. 4-B mostra que os valores<br />

de Y 2 " estâo em melhor concordância que os valores de "Y".


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIËNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 67<br />

O quadro 5 e a Fig. 8- mostram que a concordância dos dados<br />

observados com os obtidos pela formula (2,3), é a melhor.<br />

QUADRO 5. — Comparaçôes dos resultados da ascensâo capilar da âgua obtidos em diferentes<br />

tempos pelas formulas estudadas no texto, com os resultados observados<br />

experimentalmente.<br />

TEMPO EM MINUTOS<br />

1/2<br />

1<br />

11/2<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

7<br />

10<br />

15<br />

20<br />

30<br />

45<br />

60<br />

90<br />

"X"<br />

120 :<br />

CO<br />

ASCENSÂO CAPILAR DA AGUA "Y"<br />

MÉDIA<br />

OBSERVADA<br />

mm<br />

23,60<br />

- 32,02<br />

38,35<br />

42,91<br />

50,15<br />

56,68<br />

62,68<br />

73,40<br />

88,65<br />

102,02<br />

116,84<br />

140,04<br />

166,97<br />

190,63<br />

222,62<br />

252,16<br />

pela formula (Sß)<br />

mm<br />

20,86<br />

35,24<br />

45,75<br />

53,76<br />

65,23<br />

72,99<br />

78,62<br />

86,13<br />

92,88<br />

98,86<br />

102,16<br />

105,69<br />

198,17<br />

109,46<br />

110,78<br />

111,45<br />

113,50<br />

3. — RESUMO E CONCLUSÖES<br />

CALCULADA<br />

pela formula (2,3)<br />

mm<br />

23,20<br />

32,40<br />

39,20<br />

44,74<br />

53,53<br />

60,50<br />

66,23<br />

75,30<br />

85,25<br />

96,43<br />

105,14<br />

113,75<br />

121,95<br />

126,79<br />

132,26<br />

135,26<br />

145,69<br />

Iniciando uma série de trabalhos sobre o Movimento capilar da<br />

âgua no solo, os autores discutem o problema da determinaçâo da<br />

Velocidade maxima de ascensâo.<br />

As experiências foram f ei tas em solos do tipo "Arenito Bauru" e<br />

"Terra Roxa Légitima". Os dados de ascensâo estudados foram obtidos<br />

pelo método dos tubos de vidro em intervalos curtos de tempo.<br />

Concluem que a "lei de Vageier"<br />

y =<br />

x T<br />

x + qT<br />

se mostra pouco apropriada, nâo concordando bem com os dados expérimentais


68<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Verificam também que uma lei do tipo<br />

x<br />

Ax + B<br />

concorda muito melhor com os valores qbtidos experimentalmente.<br />

Entretanto, no caso da "Terra Roxa Légitima" esta lei, embora mais<br />

précisa que a de VAGELER, também nâo é muito exata.<br />

Como conseqüência das düvidas levantadas por este trabalho, cai<br />

por terra a determinacäo da Velocidade inicial de ascensâo, pois, para<br />

qualquer equaçâo do tipo<br />

y« =<br />

Ax<br />

com « > 1, essa velocidade sera infinita.<br />

Novos estudos deverâo ser feitos examinando o que acontece em<br />

outros tipos de solo- a f im de verificar experimental e analiticamente<br />

as possibilidades da equaçâo<br />

y 2 =<br />

Ax + B<br />

Tentaremos modificar äs equaçoes em estudo e os métodos de adaptaçâo,<br />

de modo que consigamos a melhor concordâneia possivel entre<br />

os valores calculados e os observados.<br />

LITERATURA CITADA<br />

1 — CAMARGO, THEODURETO DE e P. VAGELER — Anâlises de Solos. I — Anâlise<br />

Fislca. Bol. Técn. do Institute Agronômico do Estado de Säo Paulo<br />

em Campinas. 24, 1936.<br />

2 — PAULI, W. e E. VALKO — Em Elektrochemie der Koloide. Verlag von Julius<br />

Springer, Wien. 1929.<br />

3 — VAGELER, P. — A âgua e os potenciais do solo. Apresentado à II Reuniäo<br />

Brasileira de Ciência do Solo, realizada em Campinas, em 1949 (nâo<br />

publicado).<br />

4 — VAGELER, P. — Em Der Kationen- und Wasserhaushalt des Mineralbodens.<br />

Verlag von Julius Springer, Berlin, 1932.


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> BRASILElRA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 69<br />

ßAURU<br />

P. ?2O-a "<br />

JE RUA POX/S LEGIJIMA<br />

P. 5O3 a<br />

FIC- 3<br />

FI G- 4<br />

Y^(oé>sen/ados e calculaJos<br />

Compaciado (ß>)<br />

â (A)<br />

y 2 (pbseri/aztos eculcu/ades)<br />

Compaclado (ß)<br />

Mäo it (A)


70 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

itLV;<br />

A RE M JO ÖAUßU<br />

JERQA BOXA<br />

P. 2'20-a.<br />

P. 5OS<br />

*"*' • • 5 5 S S S<br />

S<br />

F/G. ƒ<br />

y'(observados e calculados)<br />

Compaclado (Ö)<br />

Nao • (A)


ANAIS DA TERCEIRA EEUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 71<br />

#£PRESEHTAÇÀ~O CMFICA <strong>DO</strong> QUADRO 7<br />

RtPRESENJAÇAO GßAftCA <strong>DO</strong> QUAD&O 3<br />

calculaja p. formulate)<br />

eoïcalada pfomvla(?.s)


72 ANAIS DA TERCEIRA REUKIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> VE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

35O<br />

ZOO<br />

SO<br />

oo-<br />

so<br />

I<br />

?<br />

I |<br />

REPBESEHTAÇAO C8AF/CÂ <strong>DO</strong> QUADfiO 4<br />

tO IS TO SO<br />

DEPHESENTAÇÀO GtfA'FtCA <strong>DO</strong> QUAOßO S<br />

minucos<br />

calculates ]> /errnvZaf??)<br />

calcvlada p form via (2 5)<br />

COMVErtÇOES*<br />

cejcviada pjeravlaft?)<br />

calculates p formtih(t.i>)


CONTRIBUIÇAO AO ESTU<strong>DO</strong> <strong>DO</strong>S <strong>SOLO</strong>S<br />

<strong>DO</strong> SERIDÓ (RN)<br />

I " Prof. ALCIDES FRANCO<br />

INTRODUCÄO<br />

Catedrâtioj de Geologia Agricola<br />

da Escola Nacional de Agronomia.<br />

De entendimento entre o Màgnifico Reitor da Universidade Rural<br />

e o diretor do Serviço Nacional de Pesquisas Agronômicas, em Janeiro<br />

de 1950, resultou me fosse confiada a incumbencia de estudar, in loco.<br />

os solos da Estaçâo ' Experimental do Seridó (Rio Grande do Norte),<br />

estabelecimento situado na zona semi-ârida do nordeste e especialmente<br />

interessado no cultivo e melhoramento do algodäo Mocó.<br />

Os trabalhos no local tiveram a assistência pessoal e a colaboraçâo<br />

eficiente do diretor da Estaçâo Experimental, eng. agrônomo Fernando<br />

Melo do Nascimento.<br />

Em regiäo de clima quente e sêco, a lixiviaçâo das bases do solo<br />

nao se processa com intensidade suficiente, ocorrendo fenomeno desconhecido<br />

nos climas humidos: a eflorescencia. Em virtude da intensa<br />

evaporaçâo dominante e da falta de escoamento das âguas de chuva,<br />

os sais väo para os horizontes superficiais do solo onde cristalizam na<br />

época das sêcas. Sao os carbonatos alcalinos os que mais ocorrem nos<br />

solos de tais regiôes. ,<br />

A consequência é que, aumentando a concentraçâo de sais, aumenta<br />

paralelamente a pressâo osmótica do soluto do solo e as vezes<br />

de modo tâo considerâvel que nâo ha possibilidade do desenvolvimento<br />

das plantas de cultura. Surge a necessidade da irrigaçâo, a fim de promover<br />

a lavagem do solo, solubilisando os sais e diminuindo a pressâo<br />

osmótica.<br />

Comquanto aparentemente simples o problema da irrigaçâo apresenta<br />

séria dificuldade em vista da concentraçâo de sais na âgua a ser<br />

utilizada. É o que nos mostra a anâlise quïmica da âgua do açude<br />

Cruzeta, visinho à Estaçâo Experimental (1) :<br />

Cl<br />

co3<br />

so4<br />

Ca<br />

Mg<br />

Na<br />

ppm<br />

504,0<br />

290,0<br />

45,0<br />

90,0<br />

79,0<br />

304,0<br />

O elevado teor de cloretos torna a âgua imprestâvel para fins de<br />

irirgaçâo.<br />

(1) Copia da anâlise existente na Estaçâo Experimental do Seridó.


74 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

LOCALIZAÇAO<br />

A Estaçao Experimental do Seridó esta situada cerca de 245 kms.<br />

de Natal, pela estrada de rodagem do Caicó, distante 1 km. da vila de<br />

Cruzeta.<br />

O posto meteorológico local se situa entre as coordenadas geograficas<br />

de 6°26' de latitude Sul e 36°35 de longitude Oeste de Greenwich,<br />

em altitude média de 225m acima do nïvel do mar.<br />

CLIMA<br />

Pelos dados meteorológicos de vinte anos de obseryaçâo (1930 a<br />

1949), o clima da regiâo é quente e sêco. A altura média da chu va<br />

anual é da ordern de 463 ±218mm.<br />

Durante o mesmo periódo, a média anual da temperatura mâxima<br />

é de 33°6±0°3 C e a da temperatura minima é de 22°l±0°4 C.<br />

A temperatura maxima ocorre nos mesés de novembro, dezembro,<br />

Janeiro e fevereiro, com as médias respectivas de 35°3±0°4 C;<br />

35°2±0°4 C; 35°2±0°9 C e 36°1±2°3 C, enquanto a temperatura minima<br />

se verifica nos meses de junho, julho e agosto com os valores<br />

inédios seguintes: 21°2±0°5 C; 20°5±:0 o 7 C e 20°5±0°4 C (vêr grâfico<br />

n.° 1).<br />

A estaçao chuvosa, conhecida localmente como inverno, compreende<br />

os meses de março e abril, com as alturas médias de 122.1 e<br />

11.6mm, respectivamente. Os meses mais sêcos sâo agosto, setembro<br />

e outubro, a que correspondem as alturas médias de 1.7; 1.7 e 3.7mm<br />

(v. grâfico n.° 2).<br />

As maiores precipitaçôes registadas ocorreram em março de 1934<br />

com 201mm; abril de 1935 com 2505.4mm; março de 1940 com 328.8mm;<br />

março e abril de 1944 com 244.2 e 232.4mm. respectivamente e mareo<br />

de 1947 com 252.4mm.<br />

Os anos mais chuvosos foram: o de 1940 com 916.9mm; o de 1935<br />

com 781.8mm; o de 1947 com 747.8mm; o de 1934 com 706.8mm. Os<br />

mais sêcos: os de 1930 e 1932 com 127.5 e 129.5mm. respectivamente.<br />

Nâo ha dados sobre a evaporaçâo registados no posto meteorológico.<br />

Contudo, a coluna dâgua evaporada no açude Cruzeta jâ atingiu<br />

3.60m por ano, ou sejam aproximadamente 100 métros cubicos por<br />

dia e por hectare!<br />

GEOLOGIA E PETROLOGIA<br />

A âréa ocupada pela Estaçao Experimental pode ser dividida, de<br />

modo gérai, em duas classes, sob o ponto de vista fisiogrâfico : a dos<br />

taboleiros e a das baixadas e vârzeas. A essas duas divisôes correspondem,<br />

respectivamente ,dois grupos distintos de formaçôes geológicas:<br />

o da chamada série Seridó, equivalente à série de Minas (Algonquiano)<br />

e o dos sedimentos modernos.<br />

Na série Seridó predominam a clorita-xisto com pórfiro blastos de<br />

granada, milimétricos, alternando com leitos de quartzito branco e a<br />

biotita-xisto atravessada por diques de pegmatito rico em quartzo com<br />

sericita.<br />

Os solos da série Seridó sâo conhecidos sob os nomes de taboleiros<br />

ou carrascos. Sâo solos eluviais, na superficie dos quais ha predominancia<br />

de pedras, pedregulhos e seixos rolados, constituindo cerca de<br />

36% do volume natural do solo (v. perfil n.° III). A rocha matriz se<br />

encontra a pequena profundidade (cerca de 0.50m e menos), as vezes


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong>. 75<br />

aflorando à superficie. Dentro da area da Estaçâo ocorrem pedreiras<br />

daquelas rochas mencionadas.<br />

Os sedimentos modernos, que ocorrem nas baixadas e vârzeas, sâo<br />

constituidos de depósitos de areia e argila, de origem aluvial e também<br />

eólica, formam cerca de 25 a 50% do volume natural do solo. Sâo<br />

solos sujeitos a inundaçôes na época das chu vas abundantes. Entre<br />

eles ha os conhecidos sob os nomes de salôes, satinas, ilhas ou pelados,<br />

que ocorrem em areas esparsas e por vezes extensas (v. perfis ns. II e I).<br />

COBERTURA* VEGETAL<br />

A cobertura vegetal do taboleiros ou carrascos compreende especialmente<br />

a jurema, xique-xique, marmeleiro, capim panasco, pereiro.<br />

Nos solos da baixada predominam a beldroega, capim flóco, puiba,<br />

pega-pinto, feijâo bravo, quixabeira.<br />

TRABALHOS REALlZA<strong>DO</strong>S<br />

Foram coletadas amostras de très perfis que receberam os numéros<br />

I e II na baixada (solos aluviais) e III no taboleiro (solo eluvial).<br />

O perfil I esta à margem esquerda do riacho Pau darco. Trata-se<br />

de um saläo. O perfil II esta no lado direito do canal de irrigaçâo, sendo<br />

conhecido sob o nome de vârzea. O perfil III situa-se à margem direita<br />

da estrada de rodagem de Cruzeta a Jardim do Seridó, nos limites da<br />

Estaçâo Experimental.<br />

Amostras volumétricas foram especialmente coletadas de cada horizonte<br />

em todos os perfïs.<br />

As anâlises foram realizadas no Institute de Qüimica Agricola e<br />

algumas déterminâmes feitas no laboratório de Geologia e Solos da<br />

Escola Nacional de Agronomia. O teor de sais solûveis e a permeabilidade<br />

do solo foram determinados no Instituto de Pesquisas e Planejamento<br />

Agricola e Industrial, de Säo Paulo.<br />

O estudo de cada perfil compreende:<br />

a) descriçâo das condiçôes locais<br />

b) anâlise mecânica total e natural (quadro n.° 1)<br />

c) determinaçâo de constantes fisicas (quadro n.° 2)<br />

d) determinaçâo de constantes quïmicas (quadro n.° 3)<br />

e) composiçâo do complexo coloidal (quadro n.° 4)<br />

ƒ) diagramas volumétricas fisicos (grâficos 3, 4 e 5)<br />

g) grâficos dos potenciais estâticos e cinéticos e fisiolögicos de cada<br />

horizonte.<br />

Perfil I — Alûvio<br />

DESCRIÇÂO DAS CONDIÇÔES LOCAIS<br />

Localizado à margem esquerda do riacho Pau darco, em baixada<br />

plana. Mâu escoamento das âguas, devido à impermeabilidade<br />

do sub-solo. Solo anteriormente cultivado com algodâo<br />

Mocó, agora abandonado.<br />

Secçôes : 0 a 0.28 m — Amarelo cinzento, muito sêco e duro, com<br />

restes de raizes.<br />

0.28 a 0.75 m — Passando a amarelo escuro, pouco humido<br />

e plâsticos; com restos de raizes finas, esparsas.


76 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIËNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Perfil II — Alüvio<br />

0.75 a 3.50 m — Amarelo muito escuro, mais hûmido, com<br />

maichas acinzentadas esparsas. Muito<br />

poucas raizes até 2.10 m.<br />

i<br />

Localizado no lado direito do canal de irrigaçao (ramai da Estaçâo<br />

Experimental). Mâu escoamento das âguas, devido à impermeabilidade<br />

do sub-solo. Cultivado com algodâo Mocó desde<br />

1930 e em 1949 com cow-yea. Ma produtividade (cerca 300 kg<br />

por hectare). Terreno gradeado em fevereiro 1950.<br />

Secçôes: 0 a 0.48 m — Amarelo arenoso com manchas claras esparsas,<br />

pouco hümido, com raizes finas<br />

(cerca de 60%).<br />

Perfil III — Alüvio<br />

0.48 a 1.50 m — Passando gradualmente a amarelo escuro,<br />

quasi preto, pouco plâstico, com manchas<br />

acinzentadas esparsas, mais hûmido, poucas<br />

raizes.<br />

Localizado à margem direita da estrada de rodagem de Cruzeta<br />

a Jardim do Seridó. Taboleiro levemente ondulado, com<br />

grande quantidade de pedras, pedregulhos e seixos rolados à<br />

superficie. Bom escoamento das âguas de chuva. Terreno nâo<br />

cultivado.<br />

Secçôes : 0 a 0.35 m — Pedregoso, côr bronzeada, muito sêco e<br />

pulverulento, com muitas raizes finas<br />

(cerca de 80%).<br />

0.35 a 0.50 m — Pouco hûmido, avermelhado, em nitido<br />

contraste com o horizonte acima. Raizes<br />

muito esparsas. OBS. — Abaixo deste horizonte<br />

encontra-se biotita-xisto em decomposi?äo,<br />

ätravessada por vieiro de pegmatito<br />

rico em quartzo com sericita.<br />

APRECIAÇÂO <strong>DO</strong>S RESULTA<strong>DO</strong>S<br />

Perfil I — Solo salino, muito rico em bases trocâveis e em sais solûveis<br />

enriquecendo especialmente o horizonte superficial, onde o teor<br />

destes Ultimos atinge cêrca de 16mE por 100 g de solo sêco a 105°-110°C.<br />

Neste horizonte a reaçâo é levemente âcida (pH 6.2). O excesso de sais<br />

solùveis reprime a dissociaçâo do sódio do complexo, cujo teor passa de<br />

24% a 13% no segundo horizonte, causando a elevaçâo do pH a 5.8.<br />

Aumenta novamente no ultimo horizonte (20%) ,onde o pH passa a 7.5.<br />

Os dois primeiros horizontes sâo muito pobres em fosforo. O- teor<br />

deste elemento aumenta um pouco no ultimo horizonte.<br />

Do ponto de vista fisico o perfil é bem arej ado no horizonte superficial,<br />

com a permeabilidade de 64mm. por hora e por hectare. Seguem-se<br />

dois horizontes impermeaveis, especialmente o segundo, onde<br />

o valor da permeabilidade é de apenas 3mm./hora/ha.<br />

O elevado teor de sais solûveis se reflète na grande quantidade de<br />

âgua inativa no perfil, atingindo a 48% do volume do solo. A pressâo


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 77<br />

osmotica minima, quando o solo esta saturado de âgua, corresponde a<br />

pF 4.44 ou seja cerca de 28 atmosferas.<br />

As curvas dos potenciais (grâficos ns. 6, 7 e 8) mostram a necessidade<br />

de dessalga do solo, no caso em aprêço, baixando o teor de âgua<br />

inativa a 7 % e diminuindo, consequentemente, a pressâo osmotica para<br />

pF 1.22 ou seja cerca de 0.016 atmosferas (v. grâfico n.° 6). Ao mesmo<br />

tempo o volume de âgua disponivel aumentarâ até cerca de 15%.<br />

Nas condiçôes naturais existentes, o solo nao pode ser cultivado,<br />

tornando-se necessârio irriga-lo por inundaçâo, a fim de permitir a lavagem<br />

do 'excesso de sais. Como a âgua do açude Cruzeta é excessivamente<br />

rica em cloretos, näo deve ser utilizada para irrigaçâo. Nestas<br />

• condiçôes, só resta o recurso da pesquisa de âgua subterrnea, conforme<br />

sugestâo do Professor VAGELEK.<br />

É curioso verificar que o teor de humus aumenta a partir de superficie,<br />

o que empresta côr escura caracteristica ao perfil, sobretudo<br />

no ultimo horizonte. Trata-se, possivelmente, de um solo evoluindo para<br />

urn "black' alkali soil".<br />

Perfil II — Solo aluvial, salino, muito semelhante ao anterior nas •<br />

propriedades fisicas e quimicas. Contudo, o horizonte superficial é fracamente<br />

salino (l.lmE de sais solüveis), com 8% de âgua inativa (vêr<br />

grâfico n.° 9). No segundo horizonte, entretanto, o teor destes sais ascende<br />

a 10.6mE, tornando-s eigualmente necessâria a dessalga do solo<br />

(v. grâfico n.° 10).<br />

A percentagem de sódio no complexo vai de 11 a 16% nos dois horizontes,<br />

diminuindo no ultimo o valor do pH que passa de 7.5 a 7.7.<br />

O perfil é muito pobre em potâssio e pobre a médio em fosforo.<br />

É elevada a percentagem de humus no segundo horizonte, o que lhe<br />

empresta côr muîto escura, quasi prêta. Trata-se, igualmente, de um<br />

solo evoluindo para urn "black alkali soil".<br />

A permeabilidade desce de 71mm./hora/ha. no horizonte superficial<br />

a 3mm. no que lhe fica abaixo.<br />

Perfil HI — Solo eluvial, também muito rico em bases trocâveis,<br />

com elevada saturaçâo do complexo (74 a 85%). Muito pobre em humus,<br />

com pouca atividade microbiana no primeiro horizonte (a rela-<br />

?ao C/N é de 17:1, passando no segundo horizonte a 7:1).<br />

Reaçâo levemente âcida a neutra (pH 6.3 a 6.9). Muito pobre em<br />

potâssio e em fosforo.<br />

Bôa capacidade de retençâo e disponibilidade de âgua. Todavia, a<br />

espessura do perfil é muito limitada, nâo excedendo de 0.50m. O segundo<br />

horizonte é muito permeâvel (mais de 100mm./hora/ha), indicando<br />

ótima drenagem das âguas pluviais.<br />

Os grâficos dos potenciais (ns. 11 e 12) mostram que o teor de sais<br />

solûveis é normal (0.33 e 0.15mE para os dois horizontes).<br />

Quando saturado de âgua, isto é, quando o volume de âgua no<br />

solo fôr igual ao volume natural de póros, a pressâo osmotica minima<br />

sera de apenas pF 2 (cerca de 0.1 atmosfera), crescendo para p p 2.26<br />

(cerca de 0.18 atmosfera) quando aquele volume de âgua corresponder<br />

à capacidade de retençâo. Eliminando aqueles 0.33mE de sais solüveis,<br />

a pressâo osmotica baixarâ a pF 0.84 (cerca de 0.007 atmosfera).<br />

Assim, em vista das pequenas pressöes, näo sera necessârio promover<br />

a dessalga do solo, tanto mais que, além de pF 3.9 (ou sejam<br />

8 atmosferas), as curvas dos potenciais pràticamente coincidem.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Expressamos os nossos melhores agradecimentos ao diretor da Estaçâo<br />

Experimental do Seridô, eng. agrônomo Fernando Melo do Nas-


78 ANAIS DA TERCEIRA REUN1ÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

cimento, pela fidalga hospitalidade que nos proporcionou e pela eficiente<br />

colaboraçao nos trabalhos de campo; ao dire tor do Instituto de<br />

Quimica Agricola, dr. Taygoara Fleury de Amorim, pelas providências<br />

que tomou mandando desembaraçar do Cais do Porto as amostras do<br />

material coletado; ao Chef e da Secçâo de Solos do mesmo Instituto,<br />

dr. Fernando Ramos, pelo in ter esse na realizaçâo das anâlises; ao Professor<br />

Dr. Paul Vageler, pelas oportunas sugestôes e criticas a este trabalho<br />

e pela determinaçâo do teor de sais solüveis; ao eng. agrônomo<br />

Abeilard Fernando de Castro, técnico do Instituto de Ecologia Agricola<br />

e ao meu assistente Petezval de Oliveira e Cruz Lemos pelas determinaçôes<br />

analiticas auxiliâres e verificaçâo de câlculos.<br />

Rio, abril de 1951.


Perjü<br />

I<br />

II<br />

III<br />

Horizonte<br />

Ai<br />

Bi<br />

Ba<br />

A<br />

B<br />

A.<br />

Ai<br />

Argila<br />

2mm.<br />

\<br />

QUADRO N.o 1<br />

A N Â L I S E M E C À N I C A<br />

1.1<br />

65.8<br />

Argila<br />

2mm.<br />

(1) Para a classificaçâo mecânica foram somadas as fracöes areia fina e areia grossa, sob a denominçao gérai de areia.<br />

(2) Classificaçâo mecânica proposta pela Comissäo de Solos do CNEPA.<br />

65.8<br />

Coagulaçâo<br />

0<br />

28<br />

15<br />

13<br />

6<br />

36<br />

31<br />

Fatôr<br />

Dispersäo<br />

100<br />

72 •<br />

85<br />

87<br />

94<br />

64<br />

69<br />

Classificaçâo<br />

mecânica<br />

(1)<br />

AS<br />

BA<br />

B<br />

A<br />

BA<br />

A<br />

BA<br />

(2)<br />

RL,<br />

TR<br />

T<br />

Rf<br />

TR<br />

R<br />

RT


erfil<br />

fc<br />

I<br />

II<br />

III<br />

S<br />

rizon<br />

a<br />

Ai<br />

Bi<br />

BJ<br />

A<br />

B<br />

Ao<br />

Ai<br />

NOTAQXO: — Anat<br />

Ahy<br />

Am<br />

Ain<br />

Ad<br />

2-<br />

3B<br />

01<br />

H<br />

0-28<br />

28-75<br />

75-350<br />

0-48<br />

48-150<br />

0-35<br />

35-50<br />

Ant<br />

10<br />

12<br />

13<br />

9<br />

28<br />

4<br />

12<br />

P. espec.<br />

»<br />

1<br />

1.10<br />

1.24<br />

1.43<br />

1.37<br />

1.47<br />

1.49<br />

1.11<br />

real<br />

2.5<br />

2.45<br />

2.47<br />

2.54<br />

2.64<br />

2.63<br />

2.65<br />

p nat<br />

58<br />

53<br />

44<br />

48<br />

45<br />

44<br />

59<br />

CONSTNTES F1SICAS<br />

Ü<br />

22<br />

42<br />

26<br />

18<br />

33<br />

31<br />

26<br />

QUADRO N.o II<br />

• bo<br />

II<br />

1 £<br />

36<br />

11<br />

18<br />

30<br />

12<br />

13<br />

33<br />

14.7<br />

20.8<br />

25.0<br />

10.1<br />

26.4<br />

8.2<br />

9.3<br />

• < ! • •<br />

30.0<br />

23.7<br />

28.6<br />

6.0<br />

32.1<br />

4.0<br />

3.9<br />

(âgua natural contida na ocasiäo da coleta da amostra volumétrica)<br />

(volume natural de pôros) ,<br />

(capacldade de retençao de âgua, determlnada pelo processo de Bouyoucos-Vageler)<br />

(volume de póros livres de tensâo. Corresponde ao volume ocupado pela âgua gravltativa)<br />

(âgua higroscópica com 1 atm. de pressäo)<br />

(âgua morta ou seja o teor de âgua correspondente ao "permanent wilting point", com 15,8 atm. de pressäo, equivalente a pP 4,2)<br />

(âgua inativa ou seja o teor de âgua correspondente ao "wilt ing point", com 8 atm. de pressäo, equivalente a pF 3,9). A diferença<br />

Ain-Am corresponde à zona critica de murchamento ou seja o 'wilting range" dös anglo-americanos.<br />

(âgua disponivel, ou seja a diferença C-Ain)<br />

• i •<br />

47.4<br />

36.0<br />

43.3<br />

8.4<br />

48.9<br />

5.3<br />

.. 5.0<br />

P F inf (logarîtmo do ponto inferior de inflexâo da curva do potencial capital)<br />

P (fator de- porosidade Baver)<br />

K (permeabilidade do solo, expressa em mm. de âgua por hora e Por hectare)<br />

ÛR (diâmetro médio dos póros, em miora)<br />

Hy * (higroscopicidade de Mitscherlich).<br />

— 25<br />

6<br />

— 17<br />

10<br />

— 18<br />

26<br />

21<br />

a<br />

'•;• •<br />

1.76<br />

1.81<br />

1.74<br />

1.44<br />

1.80<br />

1.65<br />

1.37<br />

° S<br />

<<br />

57<br />

66<br />

54<br />

27<br />

62<br />

45<br />

23<br />

FR<br />

20.2<br />

6.0<br />

10.3<br />

20.7<br />

6.6<br />

7.9<br />

24.1<br />

M<br />

64<br />

3<br />

11<br />

71<br />

3<br />

5<br />

102<br />

•5 s<br />

54<br />

47<br />

56<br />

110<br />

49<br />

67<br />

127<br />

8.3<br />

8.3<br />

10.6<br />

2.4<br />

9.6<br />

2.6<br />

8.1<br />

-


II<br />

III<br />

e<br />

UZON'<br />

w<br />

B,<br />

Ao<br />

A,<br />

VALI'<br />

6.2<br />

5.8<br />

7.5<br />

7.5<br />

7.7<br />

6.3<br />

6.9<br />

n/1<br />

5<br />

4.85<br />

4.40<br />

6.15<br />

5.10<br />

5.75<br />

5.40<br />

6.55<br />

03<br />

S*<br />

ijl<br />

I<br />

15.9<br />

9.0<br />

9.4<br />

1.1<br />

10.6<br />

0.33<br />

0.15<br />

1.9<br />

3.1<br />

0.1<br />

0.5<br />

0.9<br />

1.9<br />

1.5<br />

13.2<br />

16.5<br />

17.5<br />

7.3<br />

17.9<br />

5.3<br />

8.2<br />

1<br />

QUADRO N.» Ill<br />

CONSTANTES QUlMICAS<br />

VALORES PERMUTAVEIS<br />

mE/100 g solo sêco 105° C<br />

Ca Mg K Na Mn Te Ta V%<br />

8.2<br />

10.7<br />

11.9<br />

4.4<br />

10.4<br />

3.0<br />

5.6<br />

1.4<br />

3.0<br />

1.5<br />

0.3<br />

0.5<br />

0.6<br />

1.9 | 0.2<br />

4.1<br />

1.7<br />

1.9<br />

0.5<br />

3.2 0.07<br />

2.2 | 0.04<br />

3.4<br />

0.8<br />

0.2 | 0.2<br />

0.2 0.4<br />

0.04<br />

0.07<br />

15.1<br />

19.6<br />

17.6<br />

7.8<br />

2.S | 0.04 | 18.8<br />

0.15<br />

0.06<br />

7.2<br />

9.7<br />

4<br />

10<br />

5<br />

3<br />

7<br />

7<br />

10<br />

19<br />

30<br />

23<br />

11<br />

26<br />

14<br />

20<br />

87<br />

84<br />

99<br />

94<br />

95<br />

74<br />

85<br />

mg por 100 g de solo sêco a 105« C<br />

16<br />

25<br />

28<br />

9<br />

24<br />

11<br />

10<br />

0.08<br />

0.80<br />

0.70<br />

0.10<br />

0.50<br />

0.20<br />

0.60<br />

N C/N<br />

0.10<br />

0.06<br />

0.04<br />

0.06<br />

0.07<br />

0.03<br />

0.04<br />

0.60<br />

0.80<br />

0.50<br />

0.30<br />

'0.70<br />

0.50<br />

0.30<br />

13<br />

12<br />

10<br />

17


82 ANAIS DA TERCEIRA REXJNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Per/U<br />

I<br />

II<br />

III<br />

Horizonte<br />

Ai<br />

Bi<br />

Bi<br />

A<br />

B<br />

Ao<br />

Ai .<br />

QUADRO N.o IV<br />

COMPOSIQlO <strong>DO</strong> COMFLEXO COLOIDAL<br />

SiOi<br />

20.3<br />

24.8<br />

24.9<br />

9.9<br />

23.4<br />

13.2<br />

24.3<br />

Ah O*<br />

10.5<br />

11.8<br />

11.9<br />

5.5<br />

11.6<br />

8.2<br />

15.9<br />

Fei O»<br />

9.3<br />

9.2<br />

8.3<br />

4.6<br />

9.2<br />

6.5<br />

8.7<br />

Relaçâo<br />

ki<br />

3.29<br />

3.56<br />

3.54<br />

3.06<br />

3.45<br />

2.74<br />

2.60<br />

moïecular<br />

kr<br />

2.10<br />

2.38<br />

2.40<br />

1.99<br />

2.29<br />

1.82<br />

1.93


36-<br />

35-<br />

34-<br />

33-<br />

32"<br />

31-<br />

30-<br />

29-<br />

20-<br />

27-<br />

26-<br />

25-<br />

24-<br />

23-<br />

22-<br />

21-<br />

20-<br />

ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 83<br />

MÉDIAS DAS TEMPERATURAS MAXIMA E MININAS<br />

1930 A 1949<br />

Grdfico n.' 1<br />

• lemp. maxim?<br />

Temp, minima<br />

MAR. ABR. MAI. JUH. JliL. AGOS. SET. OUT. NOV. OEZ. 3AN. FEV.


84<br />

ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

PRECIPITAÇAO E TEMPERATURAS MEDIAS MENSAIS<br />

(1930 A 1949)<br />

CHlIVA EM m.m.<br />

MAR. ABR. MAI JUN. JUL A60S. SET. OüT. NOV OEZ. 2AU. F£V.<br />

Grâfico n.i 2


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 85<br />

Perfü I<br />

DIAGRAMA VOLUMETRICO F1SICO<br />

IO 2O 30 4O SO 6O 7O 8O 90 IOO<br />

RRGILft<br />

fT^j A REt A<br />

Grafie» n.' S<br />

PEDRflS<br />

A.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE C1ÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Perfil II<br />

DIAGRAMA VOLUMETRICO F1SICO<br />

IQ 2O 3O 4P 5O 6O 7O SO 9O 1OO %<br />

Grdfico n.v 4<br />

6Q%RA1Z£SHN/)S<br />

B<br />

4O% RAIZE5 FINAS


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 87<br />

Perfil III<br />

DIAGRAMA VOLUMETRICO F1SICO<br />

RoCHA EM DEC0MP0SICÂO<br />

( BtOTtTA X/STO PTRAVESSADA POR 1/lElRO DE<br />

QUPRTZO COM SERICITfl<br />

RRGILA<br />

SI UT E<br />

A REt A<br />

'«»11<br />

SEIKOS<br />

era<br />

M<br />

Grâfico n.» s<br />

\ PEDRPS<br />

Ao<br />

A,<br />

RAIZES FlHftS


88<br />

OA<br />

AKAIS DA TERCEIRA REITNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Perfil I<br />

HORIZONTE A,<br />

n = 36<br />

m = 9,9<br />

TTO quando C saturado. ^AA- (2.8 at J<br />

mmMmmmmÊmt^?,, tffi TU RAI<br />

TTotTUTlima (F3.76<br />

" (5. elat)<br />

^o apo's iessälqa<br />

pFj.22-<br />

(O.OI6 at)<br />

m4 -Ad~<br />

> I/AIORCSUPÓS dessAixsff<br />

8 i 12 !6 2O 24 2S 3Ä 36 4O 44 48 52 36 60<br />

Anat<br />

Pna't<br />

GrAfico n.i 6


ANAIS DA TERCEIRA RETTNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Grdfico n.' f<br />

Perfil I — Horizonte Bi — n = 3,2; m = 17,7<br />

Potencial osmótccc<br />

TT0 (juando C saturado. pf 3.76 (5.8 at )<br />

1 " °TTO irifnima (4.2 at)<br />

4 8 I 12 16 2O 24 2« 32 36 4O 44 48 52 96 6O<br />

apos dessalga *<br />

p F 1.76 (O.O6at><br />

Pnat<br />

89


Grâfico n.i 8<br />

Perfil I — Horizonte B2 — n = 4,1; m = 13,0<br />

Fbtencial osmótico<br />

QUANOO C SATURA<strong>DO</strong> p F 4.32 ( 2 I<br />

jüjjo MINIMA p F 3,9 ( 8 at)<br />

TTo APO'S DESSAL6A<br />

F 2.4Ô<br />

16 2O 24 25 32 36 4O 44 43 52 56 60 64<br />

Anat<br />

al 12 16 2O S 28<br />

quando C saturado. p^3.32 (2.1 at)<br />

minima J : 2.56<br />

(O3fiat)<br />

TTO a pos dessala<br />

Fl (o.oiat)<br />

36 4O 44 48 52 06 6O Pnat


6,0-<br />

5.6-<br />

5.2-<br />

48-<br />

4,4-<br />

4,0-<br />

3 6-<br />

3,2-<br />

2.Ô-<br />

2.4-<br />

2 0-<br />

',2-<br />

O8-<br />

04-<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 91<br />

Grâfico n.' 10<br />

Potencia] osmótico<br />

\ \Potencia1 higrosco'pico<br />

PoterKial capilar<br />

quancto C5aturado. f A.^b<br />

ïïomfmma p 3.9 (8 at<br />

O 12 16 2O 24 2 8 32 36 4O 44 -48 52 56 6O<br />

Perfil II — Horizonte B — n = 3,8; m = 15,8


Grdfico n.' 11<br />

Perfil III — Horizonte A — n = 2,8; m = 9,7<br />

¥o minima p^ 2 (0.1 afc<br />

4 8 12 16 20 24 28 32 36 4O 44 48 52 56 6O 64 Pnat<br />

Gräfico n.' IB<br />

Perfil III — Horizonte Ai — n = 3,2; m = 8 3<br />

»8 32 36 4O 44 48 S2 56 6O Pnat


ANAIS DA TERCEIRA REUNlSO BUASILEIRA DE <strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 93<br />

Manchas esparsas de sais à superficie do solo. Solo salâo. No segundo<br />

piano: cultura de mandioca e ao fundo a vila de Cruzeta*<br />

Vista geral do campo de algodào Mocó. No primeiro piano notamae<br />

falhas na cultura, devido à ocorréncia de sais a superficie.


94 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> HE CIÊNCIA Ï>O <strong>SOLO</strong><br />

Córte no barranco do riacho Pau darco,<br />

mostrando afloramento de sais junto as<br />

raizes de quixabeira e joazeiro.<br />

Biotita-xisto alternando com leitos de quartzito branco


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> BRASILETRA DE <strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 95<br />

Perfil n.» I. Veja-se a côr escura dos<br />

horizontes e as manchas esparsas de sais.<br />

Outro córte no narranco uo riacnr.<br />

Pau darco. No primeiro piano<br />

manchas acinzentadas de sais.<br />

"Vista do perfil III. Obaerye-se a roeha<br />

em decomposiçâo (biotita-xisto).<br />

Perfil n.» II mostrando o contraste<br />

nos horizontes


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO SRASILEIRA DE CIÈNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Local onde esta o perfil n." ITI. Observe-se a vegetaçâo de<br />

jurema, pereiro, xique-xique, marmeleiro e a superficie do solo<br />

eoberto de pedras e setxos<br />

Perfil n.Q III


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 97<br />

Vista geral dos taboleiros. A roeha aqui é clorita-xisto<br />

com pórfiro-blastos de granada<br />

Leito do rîacho Pâu darco mostrando<br />

afloramento de sais à superficie


SOLUBILIDADE DE ALGUNS FOSFATOS NATURAIS<br />

RENATO A. CATANI<br />

Engenheiro agrônomo<br />

e<br />

ALCYR C. NASC1MENTO<br />

Engenheiro quimico, Secçâo de Agrogeologia,<br />

Instituto Agronômico de Campinas<br />

1 — INTRODUÇAO E OBJETIVOS<br />

Em trabalho anterior- um dos autores (3) apresentou um estudo<br />

sobre a solubilidade de alguns tipos de fosfatos.<br />

Nos mesmos moldes do trabalho, acima referido (3), foram estüdados<br />

agora, porém, com maior numéro de extraçôes, alguns fosfatos<br />

naturais, incluindo-se a farinha de ossos degelatinada como têrmo<br />

de comparaçâo.<br />

A fixaçâo dos métodos de determinaçâo da solubilidade dos fosfatos<br />

tem sofrido modificaçôes, à medida que novos estudos sâo feitos<br />

sobre a eficiência dos adubos (2). Atualmente, nos adubos fosfatados,<br />

sâo considerados os seguintes teores: a) — solûvel em âgua; b) solûvel<br />

em citrato de amôhio; c) — solûvel em âcido citrico a 2 % e d) —<br />

total.<br />

Converti aqui citar, as consideraçôes jâ feitas (3), sobre o que<br />

significam, sob o ponto de vista quimico- os diversos teores acima ref<br />

e r i d o s . • . • • . .<br />

"O teor solûvel em âgua représenta a forma monocâlcica nos fosfatos<br />

de câlcio. x<br />

O teor solûvel em citrato de amônio indica a forma dicâlcica<br />

entre os fosfatos que receberam um tratamento âcido durante a fabricaçâo.<br />

Este teor, portanto, deve ser determinado nos fosfatos de<br />

câlcio acidificados, tais como o superfosfato, fosfato dicâlcico etc.<br />

O teor em âcido citrico a 2 % pode dar uma idéia da maior ou<br />

menor rigidez da rede cristalina do fosfato, assim como pode indicar<br />

a estrutura das particulas que compöem o material. Este processo<br />

de anâlise presta grande auxïlio na investigaçâo do tipo do fosfato".<br />

Segundo CATANI (3), os fosfatos nâo devem ser classificados num<br />

ûnico tipo e assim, talvez seja sempre oportuno um estudo sobre a<br />

solubilidade dos fosfatos naturais, pois, é considerâvel a importância<br />

que apresentam os nossos adubos fosfatados para a nossa produçâo<br />

agricola e grande é a nossa réserva de fosfato (2).<br />

Comvém ainda, considerar que o emprêgo dos fosfatos "in natura"<br />

tem aumentado consideràvelmente, mesmo nos païses em que se nâo<br />

opôem dificuldades de ordern técnica para solubilizaçâo dos fosfatos.<br />

O teor total indica apenas a quantidade de P2O5 existente num<br />

fosfato- sob o ponto de vista exclusivamente estâtico".


100 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO BRASILEJHA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

2 — MATERIAL E MÉTO<strong>DO</strong>S<br />

2.1 — MTERIAIS UTOJZA<strong>DO</strong>S<br />

Foram estudados os seguintes materials fosfâticos:<br />

1. — Apatita de Jacupiranga (concentrado), originâria das<br />

minas de Jacupiranga, Sul do Estado de Säo Paulo.<br />

2. — Fosfato do Morro do Serrote, proximo a Juquiâ no litoral<br />

paulista.<br />

3. — Fosfato "Gafsa", originârio do norte da Africa.<br />

4. — Farinha de ossos degelatinada.<br />

5. — Apatita de Araxâ, Araxâ, Minas Gerais.<br />

6. — Rocha apatitica de Camisâo, Bahia.<br />

7. — Bauxita fosforosa (natural), proveniente da ilha de Trauira,<br />

Maranhâo.<br />

8. — Hiperfosfato, proveniente do norte da Africa.<br />

2.2. MÉTO<strong>DO</strong>E DE ANÂLISE<br />

2.2.1 — Acido Fosf&rico (1) Total<br />

Preparaçao da soluçao — Pesar 1 g do material, colocar em urn<br />

copo de 250 ml coberto com um vidro de relógio e aquecer com 50 ml<br />

de HCI (^-) (Eliminar a matéria orgânica, quando presente- com<br />

HNO3 concentrado). Passar para balâo de 250 ml, esfriar e completar<br />

o volume.<br />

Determinaçâo — Pipetar 25 ml (0,1 g da amostra), neutralizar<br />

com NH4OH contra fenolftaleina, adicionar 10 ml de HNO3, conc, neutralizar<br />

com NH4OH (1 -:- 1) até viragem da fenolftaleina e adicionar<br />

mais 12 ml de HN03_conc. Aquecer a 60-70° C e adicionar gôta a gôta,<br />

20 ml de uma soluçao de molibdato de amônio a 10 %, agitando a soluçao.<br />

Filtrar, por decantaçâo, lavar o precipitado com âgua a<br />

60-70° C, até que a âgua de lavagem nâo apresente acidez. Transportar<br />

o precipitado e papel de filtro para o copo em que foi feita a precipitaçâo<br />

e dissolver o precipitado formado- com uma quantidade exatamente<br />

medida de uma soluçao de NaOH 0,3238 N, em excesso e titular<br />

o excesso de soda corn soluçao de HCI 0,3238 N.<br />

Tomando-se uma aliquota correspondente a 0,1 g de amostra, o<br />

câlculo é o seguinte:<br />

ml de NaOH 0,3238 N — ml de HCI 0,3238 N = % P2O5.<br />

2.2.2 ÂCI<strong>DO</strong> FOSPÓRICO SOLÛVEL EM ÄGUA (1)<br />

Preparaçao da soluçao — Colocar 1 g de amostra em um papel de<br />

filtro de 9 cm e lavar sucessivamente com pequenas porçôes de âgua<br />

até que o filtrado messa cêrca de 250 ml. Deixar cada porçâo de âgua<br />

passar pelo papel antes de adicionar outra. Esta operaçâo nâo deve<br />

excéder de 1 hora, caso contrario, usar sucçâo. Completar o volume<br />

a 250 ml e agitar.<br />

Determinaçâo — Se a soluçao estiver turva adicionar l-2ml de<br />

HNO3. Tomar uma aliquota que correspondente a 0,1 g (ou mais, se<br />

for o caso) e procéder como indicado para a dosagem do P2O5 total.<br />

.2.2.3 ÄC1<strong>DO</strong> POSFÓRICO SOLÙVEL EM CITRATO DE AMÔNIO (1)<br />

Num Erlenmeyer de 300 ml contendo 100 ml de citrato de amônio<br />

neutro (pH = 7,0 — p.e. 1-08), prèviamente aquecido a 65° C, em<br />

(1) Método usado na Suiça, segundo J. M. de Araujo e C. M. Mendonça (3).


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 101<br />

banho-maria, colocar o papel de filtro com o material do quai foi extraido<br />

o P2Ó5 solüvel em âgua. Fechar o Erlenmeyer com uma rôlha<br />

de borracha atravessada por urn termômetro e agitar vigorosamente<br />

até que o papel de filtro seja reduzido a uma polpa, removendo momentâneamente<br />

a rôlha para diminuir a pressäo. Fechar o frasco<br />

frouxamente, para impedir a evaporaçâo e manter o Erlenmeyer em<br />

banho-maria à temperatura de 65° C durante uma hora agitando-se<br />

cada 5 minutos. O nivel da âgua do banho-maria deve ficar no mesmo<br />

nivel que o do citrato no Erlenmeyer e'o bulbo do termômetro deve<br />

estar em contato com a soluçâo. Depois de uma hora retirar o frasco<br />

do banho e filtrar tâo ràpidamente quanto possivel transferindo o conteüdo<br />

todo para o papel de filtro. (Usar papel de filtro Whatman numero<br />

5 ou semelhante. Pode-se empregar sucçâo usando funil de Büchner<br />

ou funil comum de Pt ou putro). Lavar co mpequenas porçôes<br />

de âgua a 65° C até que o volume do filtrado seja cêrca de 350 ml, nâo<br />

adicionando outro porçâo de âgua antes que a primeira tenha filtrado.<br />

Se o filtrado apresentar turbidez, usar NH4NO3 5 % para lavar.<br />

Oeterminaçao — Transferir o papel de filtro e conteüdo para<br />

um frasco de 250 ml, adicionar 30-35 ml de HNO3 e 10-15 ml de HC1<br />

e aquecer até que o fosfato este ja todo dissolvido. Deixar esfriar, juntar<br />

um pouco de âgua, filtrar reçebendo o filtrado em um baläo calibrado<br />

de 250 ml. Lavar diversas vêzes com âgua até qu eo filtrado<br />

seja cêrca de 250 ml. Competar o volume, agitar e tornar uma aliquota<br />

correspondente a 0,1 g de amostra (ou mais) e determinar o P2O5 como<br />

indicado para o total.<br />

Soluçâo de Citrato de Antonio — Disolver 370 g de âcido citrico<br />

cristalizado em 1.500 ml de âgua e adicionar 345 ml de NH4OH<br />

(28-29 % de NH3) até quase neutralizaçâo. Se a concentraçâo de<br />

NH3 for menor do que 28 %, adicionar um volume correspondente<br />

mente maior- dissolvendo, portanto, o âcido citrico em um volume<br />

correspondente menor de âgua. A soluçâo de citrato de amônio deve<br />

ter um p.e. de 1,09 a 20° C e pH de 7,0 quando determinado por método<br />

eletrométrico corn elétrodo de hidrogênio ou por método colorimétrico<br />

com fenol vermelho.<br />

2.2.4 ÄC1<strong>DO</strong> FOSFÓKICO SOLÜVEL EM ÄCI<strong>DO</strong> CITEIOO (1)<br />

Preparaçao da Soluçâo — Pesar 5 g de amostra, colocar um frasco<br />

cilindrico de agitaçâo (garrafas de Stohman) e adicionar âcido citrico<br />

a 2 % até a marca. (O gargalo da garrafa deve ter pelo menos<br />

22 mm de largura e a marca de graduaçâo deve estar pelo menos 8 cm<br />

abaixo da boca). Colocar as garrafas num aparélho de agitaçâo e agitar<br />

os frascos 30 min. a 30-40 r.p.m. Filtrar, imediatamente, por<br />

papel de filtro sêco.<br />

Determinaçao — Tomar uma aliquota correspondente a 0,1 g de<br />

amostra (10 ml) e procéder à dosagem do P2O5 seguindo a marcha<br />

de dosagem indicada para a dosagem do P2O5 total.<br />

2.2.5 — ÄCI<strong>DO</strong> FOSFÓRICO SOLÛVEL EM ÄCIIX) CTTEICO<br />

( Wagner-Robertson)<br />

A diferença entre este método e o de Wagner esta na relaçâo entre<br />

a quantidade de amostra e o volume de âcido citrico. Neste método<br />

1 g de amostra é tratado com 250 ml de âcido citrico.


102 ANAIS DA TERCEIRA REtTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

QUADRO 1. — Percentagens de PtOs total e solüvel variando a relaçâo entre o peso<br />

do material e volume de àcido citrico a 2 %<br />

MATERIAL<br />

Apatita de<br />

Jacupiranga ....<br />

Fosfato Morro do<br />

Serrote<br />

Fosfato Gasla ....<br />

Farinha de ossos<br />

degelatinada .. .<br />

Apatita Camisäo..<br />

Apatita de Araxä.<br />

Hiperfosfato<br />

Bauxita fosforosa<br />

(natural)<br />

Percentagem de P2O5 solüvel em àcido citrico a 2 %<br />

1:100 (*) 1 :"200 ( • ) 1:300 (••)<br />

1<br />

1<br />

4,6<br />

7,6<br />

12,9<br />

27,2<br />

3,8<br />

5,3<br />

12,5<br />

0,25<br />

7,10<br />

12,5<br />

19,5<br />

30,0<br />

6,5<br />

L 8,8<br />

19,3<br />

0,35<br />

1<br />

9,2<br />

16,6<br />

24,6<br />

30,3<br />

8,75<br />

11,6<br />

23,9<br />

—<br />

1:500 (•)<br />

12,0<br />

22,2<br />

27.0<br />

30,5<br />

11,5<br />

14,8<br />

25,4<br />

—<br />

1:750 (•)<br />

13,2<br />

26,5<br />

27,5<br />

30,8<br />

13,5<br />

17,75<br />

(*) Relacäo do material em g para volume em ml de âcido citrico a 2<br />

25,7<br />

—<br />

13,5<br />

26,8<br />

28,0<br />

31,0<br />

15,2<br />

18,9<br />

26,8<br />

—<br />

Teor<br />

total<br />

de P,O,<br />

38,8<br />

33,7<br />

28,8<br />

31,0<br />

40,2<br />

31,8<br />

26,2<br />

20,3


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 103<br />

QUADRO.2. — Teores de PtOs total solubilizado, variando a relaçâo entre o peso<br />

de material e o volume de dcido citrico<br />

MATERIAL<br />

Apatita de<br />

jacupiranga<br />

Fosfato do Morro do<br />

Serrote<br />

Fosf ato Gasfa<br />

Farinha de ossos<br />

degelatinada<br />

Apatita Camisäo ....<br />

Apatita de Araxâ ...<br />

Hiperfcsfato<br />

Bauxita fosforosa<br />

(natural)<br />

Percentagem de P2O3 total solubilizado em âcldo citrico a 2 %<br />

1:100 (*)<br />

%<br />

11,8<br />

22,6<br />

44,8<br />

89,7<br />

9,5<br />

16,7<br />

47,8<br />

0,12<br />

1:200 (•)<br />

%<br />

18,3<br />

37,1<br />

67,7<br />

96,8<br />

16,2<br />

1 27,7<br />

73,7<br />

0,17<br />

1:300 (•)<br />

%<br />

23,7<br />

49,3<br />

85,4<br />

97,7<br />

21,8<br />

36,5<br />

91,2<br />

—<br />

1:500 (•)<br />

%<br />

30,9<br />

65,9<br />

93,7<br />

98,4<br />

28,6<br />

46,6<br />

96,8<br />

—<br />

1:750 (•)<br />

( • ) Relaçâo do material em g para volume em ml de âcido citrico a 2 %.<br />

%<br />

34,0<br />

78,6<br />

95,5<br />

99,4<br />

33,6<br />

55,8<br />

98,0<br />

—<br />

1:1000 (•)<br />

%<br />

34,8<br />

79,5<br />

97,2<br />

100<br />

37,8<br />

59,4<br />

98,4


104 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CtÊNCIA <strong>DO</strong> SOI«<br />

2.2.6 — ÄCI<strong>DO</strong> FOSFÓMCO SOLÛVEL EM ÂCI<strong>DO</strong> CITEICO (2)<br />

(Método Schleiniger) (1)<br />

Preparagäo das solugöes — Submeter 1 g de amostra a.quatro<br />

tratamentos sucessivos, com 100 ml de soluçâo de âcido citrico a 2 %,<br />

com agitaçâo pelo espaço de meia hora.<br />

Determinaçâo — Determinar o P2O5 solûvel após cada tratamento,<br />

tomando aliquotas de cada soluçâo, seguindo a marcha de dosagem<br />

indicada para a dosagem do P2O5 total.<br />

2.2.7 — TBOR DE P2O5 SÓLÜVEL EM ÂOT<strong>DO</strong> CITRICO A 2 %<br />

{Dijerentes relaçôes entre material e volume de âcido)<br />

Foi usado o seguinte processo para o estudo da solubilidade dos<br />

fosfatos.<br />

Foram tratadas 6 amostras diferentes de cada fosfato, com volumes<br />

de âcido citrico a 2 % nas seguintes relaçôes: 1:100, 1:200' 1:300,<br />

1:500, 1:1750 e 1:1000.<br />

A fim de manter as mesmas condiçôes para que os dados fossem<br />

comparâveis, foram pesadas 5 g, 2,5 g, 1,667 g, 1 g, 0,667 e 0,5 g de<br />

cada urn dos fosfatos e agitados com 500 ml de äcido citrico a 2 %,<br />

em garrafas de Stahmann- durante 30 minutos a 30-40 r.p.ni.<br />

A dosagem foi feita em aliquotas, seguindo a mesma marcha adotada<br />

para o P2O3 total.<br />

3 — CONSIDERAÇÔES GERAIS<br />

No quadro 1 säo apresentados os teores de P2O5 obtidos com vârios<br />

tratamentos do material com âcido citrico e no quadro 2 sâo mostrados<br />

os dados referentes as porcentagens de P2O5 total solubilizado<br />

nesses mesmos tratamentos.<br />

Observando o quadro 1, pode se verificar que os valores apresentados<br />

nas colunas 1 e 2, isto é, dados obtidos co mtratamentos équivalentes<br />

à proporçâo de 1 g e 5 g para 100 e 500 ml de âcido citrico<br />

correspondem aos valores que se devia obter com os processus de Wagner<br />

e Wagner Robertson, respectivamente. Pode-se ainda, constatar<br />

certa conformidade entre os teores aqui apresentados 'e os valores<br />

acumulados qu se devia obter pelo método Schleiniger.<br />

As curvas na figura 1 foram construidas tomando-se como abcissas<br />

os volumes de âcido citrico e como ordenadas os teores de P2Og<br />

solûvel em âcido citrico. As curvas da figura 2 foram. construidas colocando-se<br />

no eixo das abcissas os volumes de âcido e no eixo das ordenadas,<br />

as porcentagens de P2O5 total solubilizado.<br />

Observando-se as curvas mostradas na figura 2, nota-se que o<br />

fosfato de Gafsa e o hiperfosfato parecem ser do mesmo tipo e conquanto<br />

devam apresentar uma rigidez da rede cristalina maior do que<br />

a da farinha de osso de gelatinada säo dos fosfatos estudados os que<br />

apresentam curvas de solubilidade que mais se aproximam da curva<br />

dêsse fosfato à base de ossos.<br />

Pode-se verificar ainda, pelos grâficos da figura 2, que o fosfato<br />

de Gafsa, o hiperfosfato e a farinha de ossos dégelatinada jâ apresentam<br />

uma solubilizaçâo quase que total, quando a relaçâo materialsoluçâo<br />

é 1:500. A partir dêste ponto a curva aproxima-se de uma<br />

reta quase paralela ao eixo das abcissas. Na praporçâo de 1 g de ma-<br />

(1) O tênno âcido fosfórico désigna o pentóxido de fósforo (P„O5) .


ANAIS DA TERCEIRA EEUNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 105<br />

terial para 200 ml de âcido citricO' a solubilizaçao do P2O5 total da<br />

farinha de ossos degelatinada é de 96,8 %.<br />

As apatitas de Araxâ, de Camisäo e de Jacupiranga apresentam<br />

curvas do mesmo tipo sendo as duas ultimas muito semelhntes, com<br />

indices de solubilidade quase idênticos ,com teores de P2O5 total solubilizado.<br />

(Figura 2) muito aquém do da farinha de ossos, sendo a<br />

apatita de Araxâ das très a que possui o melhbr indice de solubilidade.<br />

A curva de solubilidade do fosfato do Morro do Serrote, situa-se<br />

entre a da apatita de Araxâ e as dos fosfatos africanos, tendo no inicio<br />

o aspecto das curvas das apatitas, tomando no final a forma da<br />

curva dos fosfatos africanos. Embora, com teor de P?O5 total solubilizado<br />

menor do que os dos fosfatos africanos é superior ao das apatitas<br />

estudadas.<br />

A bauxita fosforosa mostrou-se pràticamente insolüvel em âcido<br />

cïtrico.<br />

CONCLUSÄO<br />

Sem ser urn método perfeito, e considerando tratar-se de uma<br />

tentativa para classificar os materials fosfâticos naturais, o estudo<br />

da solubilidade dos fosfatos nos moldes aqui propostos, talvez seja<br />

recomendâvel- para os distinguir e caracterizar considerando que a<br />

maior rigidez da sua rede çristalina e estrutura possa ser indicada<br />

pela solubilidade obtida pelo método de dosagem do P2O3 solüvel em<br />

âcido citrico. .A granulaçâo dos fosfatos, fator importante, no indice<br />

de solubilidade terâ igualmente, de ser levada em conta.<br />

Daqui o ser legitimo admitir que a eficiência agronômica de um<br />

fosfato esteja relacionada com as curvas de solubilidade em âcido citrico,<br />

mostradas pelas figuras 1 e 2.<br />

RESUMO<br />

Apresenta-se urn estudo da solubilidade dos fosfatos naturais, por<br />

processus que incluem teores de P2O5, correspondentes a valor es obtidos<br />

com alguns dos métodos usuais para a determinaçâo de P2O5 solûvel<br />

em âcido citrico a 2 %.<br />

Descrevem-se os métodos e apresentam-se os dados obtidos, com<br />

os quais foram construidas curvas de solubilidade de amostras dos<br />

materiais fosfâticos.<br />

LITERATURA CITADA<br />

1 — A.O.A.C. — Em Methods of Analysis, pâg. ; 6. a ed., A.O.A.C., Washington<br />

4, D.C, 1945.<br />

2 — ARAUJO, J. B. e C. M. PINTO — Notas sobre fertilizantes fosfataöos. Lab.<br />

Prod. Min. Min. da Agricultura — Rio — Avulsos 8, 1948.<br />

3 — CATANI, R. A. — A solubilidade de alguns tipos de fosfatos em âcido citrico<br />

a 2 %. Rev. de Agricultura 23: 207-218, 1948.


106 ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

10%<br />

100 loo »oo »o<br />

»I de ócido citrico o<br />

4CO 9C3O<br />

wl 0E ACI0O


PROCESSO CONDUTOMÉTRICO PARA <strong>DO</strong>SEAMENTO<br />

DA SOMA DE BASES PERMUTAVEIS (S) EM <strong>SOLO</strong>S<br />

TASSO PAES DE FIGUEIRE<strong>DO</strong><br />

e °<br />

CRESCENTINO M. DE CARVALHO<br />

De grande importância para o conhecimento das propriedades dos<br />

solos é a determinaçâo quantitativa dos cations adsorvidos pelo seu<br />

complexo coloidal.<br />

Vârios sâo os processus adotados, que se compöem, essencialmente,<br />

da compléta extraçâo dos cations trocâveis e posterior anâlise da<br />

soluçâo obtida.<br />

As soluçôes extratoras, escolhidas de acôrdo com os vârios tipos<br />

de solo, desempenham o mais importante fatór nêste tipo de determinaçâo;<br />

a segunda fase- isto é, o doseamento das bases extraidas.<br />

apezar de ser a mais trabalhosa pode ser feita por processus comuns<br />

à quïmica analitica quantitativa.<br />

As substâncias mais comumente usadas com o f im de provocar<br />

o deslocamento de cations, säo os âcidos clorïdico, nitrico, o clorêto e<br />

o acetato de amônio.<br />

O método adotado, atualmente, no I.Q.A. é uma adaptaçâo ao<br />

de Gedroiz HC1. As modificacöes, nêle introduzidas pelos técnicos da<br />

Seçâo de Solos, com a finalidade de corrigir falsos resultados, em virtude<br />

da adsorçâ ode âcido cloridrico pelo complexo sortivo em alguns<br />

casos possibilitaram a generalizaçao do seu emprêgo, no caso de solos<br />

isentos de carbonatos.<br />

MÉTO<strong>DO</strong>:<br />

Colocar 30 g de terra fina sêca ao ar em erlenmeyer de<br />

500 ml com 450 ml de soluçâo de âcido cloridico 0,05 N. Fechar<br />

com rôlha de borracha e agitar frequentemente, deixandp<br />

em repouso por uma noite. Filtrar por filtros de pregas><br />

àbandonando o residuo, e utilizar o filtrado para a determinaçâo<br />

da soma de bases permutâveis, operando-se da<br />

seguinte forma:<br />

Medir 100 ml do filtrado para bêcher de 400 ml e depois<br />

de juntar 5 gôtas de azul de bromotimol a 0,2 %, titular com.<br />

soluçâo de hidróxido de sódio 0,2 N. Juntar 8 gôtas de âcido<br />

nitrico concentrado e titular o ion cloro por soluçâo de nitrato<br />

de prata 0,2, usando o dispositivo de Best. Fazer prova<br />

em branco com 100 ml da soluçâo de HCI 0,05 N.<br />

Ora como se pode observar, o método consiste de duas fases distintas:<br />

1) — Extraçâo das bases permutâveis pela soluçâo de âcido cloridico.


108 ANAIS DA TERCEIRA RETTNTÂO BRASELEIRA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

2) — Titulaçâo do âcido após o contato com o solo, tendo-se<br />

como resultado a soma dos cations trocâveis. Além de tudo torna-se<br />

ainda necessârio, uma titulaçâo posterior do ion cloro- para correçâo<br />

do valor (S) encontrado, caso se verifique adsorçâo de moléculas de<br />

âcido cloridico pelos coloides do solo.<br />

Pretendem os autores, pelo método apresentado, facilitar a fase<br />

analitica daquêle seguido, presentemente, por êste Institute, sugerindo<br />

a substituiçâo de demoradas titulaçôes, por uma simples medida<br />

condutométrica, ainda, com a vantagem de maior precisâo de resultados,<br />

acentuadamente nos valores de S inferiores à unidade.<br />

O problema a resolver era a eliminaçâo da alta condutância da<br />

soluçâo de âcido cloridrico 0,05 N.- de modo a se obter, ùnicamente,<br />

aquela proporcionada pelos clorêtos em soluçâo. Com esta f inalidade<br />

pensou-se, primeiramente, na evaporaçâo a sêco do extrato em banhomaria,<br />

levar à estufa a 110°C, dissolver o residuo em âgua e procéder<br />

à leitura da condutância, mas, por serem muito demoradas estas operaçôes,<br />

o projeto foi logo abandonado.<br />

Foi usado a seguir o óxido de prata, que combinando-se com o<br />

âcido cloridrico elimniaria todo o ion cloro sob a forma de clorêto de<br />

prata, insoluvel. Nêste caso, a condutância séria quasi que exclusivamente<br />

condicionada pelos clorêtos dos cations (Ca, K- Na e Mg), em<br />

soluçâo. Infelizmente ao serem organizados os grâficos de trabalho,<br />

operando-se com os sais separadamente, verificou-se que o clorêto de<br />

magnésio nâo se comportava de modo idêntico aos clorêtos de câlcio,<br />

potâssio e sódio. ^<br />

Empregou-se finalmente o óxido mercürico, (óxido amarelo) com<br />

ótimos resultados. O clorêto mercürico formado, apresentando uma<br />

fraca condutância, pouco interferiu na dos clorêtos dos cations trocâveis,<br />

possibilitando, assim, a realizaçâo do presente trabalho.<br />

O trabalho é ilustrado com a construçâo de seis grâficos. Os quatro<br />

primeiros (1 a 4) focalizam, ao mesmo tempo, a variaçâo da resistência<br />

e da condutância em funçâoâ da concentraçâo de soluçôes<br />

padroes de KCI, NaCI, CaCI2 e MgCI 2 conservando, constante^ a<br />

temperatura; pelo seu exame pode-se observar um asemelhança de<br />

comportamento das soluçôes dos quatro clorêtos, o que torna possivel<br />

a determinaçâo quantitativa, em conjunto, dos elementos K, Na, Ca<br />

e Mg.<br />

No quadro abaixo, estâo figurados os valores utilisados para a<br />

construçâo dos grâficos acima referidos.<br />

As leituras condutométricas realisam-se sempre em volume de<br />

300 ml, sendo, os mililitros de soluçâo decinormal de clorêto de potâssio,<br />

sódio- câlcio ou magnésio,- completados a 300 com âcido cloridico,<br />

0,05 N. Para a preparaçâo dos padroes, usa-se âgua distilada,<br />

despresando-se a sua condutância por constituir fator constante. As<br />

condiçôes estabelecidas para obtençâo dos valores de resistividade e<br />

condutância com os quais foi construido o quadro I sâo as seguïhtes:<br />

Pipetar os mililitros da soluçâo de clorêto e completar a<br />

300 com âcido cloridico 0,05 N. Passar para erlennïeyer de<br />

500 ml e adicionar 2,5 g de óxido mercürico finamente pulverisado.<br />

Agitar continuamente durante 2 a 3 minutes e abandonar<br />

por uns 5 minutes aproximadamente, agitando-se de<br />

quando em vez. Transferir para bêcher de 400 ml forma alta<br />

e procéder à leitura e mtemperatura de 24° C.<br />

Êsses valores, deverâq sempre se reproduzir, desde que sejam<br />

observadas as condiçôes acima citadas e usando-se reativos pro-anâlise.<br />

Pelo grâfico n.° 5, também construido com os valores do quadro I,<br />

verifica-se que as maiores condutâncias pertencem as soluçôes de KCI,


Q<br />

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O<br />

e<br />

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S


110 ANAIS DA TERCEIRA REUTOÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

as menores as de NaCI, ocupando pontos intermediaries e muito próximos<br />

as que se referem as soluçoes de CaCI2 e MgCI2. E' interessante<br />

assinalar a perfeita coincidência entre a reta de condutâneia das<br />

soluçoes de CaCI2 e a que é formada pela média dos valores obtidos<br />

para as soluçoes dos quatro cloretos. Cohsiderando-se que uma delas<br />

teriaque ser escolhida como padräo, outra nâo poderia ser indicada,<br />

senâo aquela que fosse formada pela uniäo dos pontos médios.<br />

Por outro lado, um levantamento feito nos arquivos da Seçâo de<br />

Solos dste Instituto- revelou que, em trezentos resultados de bases<br />

permutâveis, abrangendo os Estados de Sâo Paulo, Mato Grosso, Rio<br />

de Janeiro, Parana, Goiâs, Minas Gérais, Aalagôas, Pernambuco,<br />

Santa Catarina, Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, o cólcio<br />

constituia maioria absoluta 50-70 %• seguido do magnésio 20-30 %<br />

e finalmente do potâssio e sódio 3-10%.<br />

Portanto, as duas razöes acima evidenciadas, autorizam o emprêgo,<br />

como padräo, no método aqui apresentado, da réta de condutâneia<br />

das soluçoes de clorêto de câlcio, reproduzida no grâfico n.° 6, onde<br />

estäo representadas, pelos eixos coordenados, as condutâneias e os milliequivalentes<br />

% de bases permutâveis, em temperaturas variando<br />

entre 16 e 32°C.<br />

O quadro n. II apresenta uma série de determinacöes de soma de<br />

bases, onde pode ser apreciada a concordâneia entre os resultados<br />

obtidos, pelo método estudado e pelo adotado atüalmerite nêste Instituto.<br />

MÉTO<strong>DO</strong> CONDUTOMÉTRICO<br />

Colocar 30 g de terra fina sêca ao ar em erlenmeyer de<br />

500 ml com 450 ml de âcido cloridico 0,05 N. Fechar com<br />

rôlha de borracha e agitar freqüentemente, deixando em repouso<br />

por uma noite. Filtrar por f il tros de pregas- abandonando<br />

o residuo, e utilisar o filtrado para a determinaçâo da<br />

soma de bases permutâveis, do seguinte modo: Medir 300 ml<br />

do filtrado, passar para erlenmeyer de 500 ml, e adicionar<br />

2,5 g de óxido mercurico finamente pulverisado. Agitar continuamente<br />

durante 2 a 3 minutos e abandonar por uns 5 minutos,<br />

agitando-se de quando em vez (Soluçâo A) . Passar<br />

para bêcher de 400 ml forma alta e procéder à leitura da resistência<br />

e temperatura. Calcular a inversa, interpolar grà- .<br />

ficamente o valor obtido e" 1er diretamente o S na coluna das<br />

abeissas (grâfico n. 6). Se o valor obtido indicar um S superior<br />

a 7,5 procéder do modo seguinte:<br />

Esperar que deposite o óxido mercurico em excesso e tornar<br />

um aaliquota da sluçâo A, jâ usada para a leitura da<br />

resistência. Completar a 300 ml com soluçâo de âcido cloridico<br />

005 N., passar para erlenmeyer de 500 ml, adicionar uma<br />

quantidade de óxido mercurico proporcional aos mililitros de<br />

âcido, necessârios para completar o volume de 300 e continuar<br />

conforme o método descrito anteriormeiite.<br />

APARELHO EMPREGA<strong>DO</strong><br />

Ponte de condutividade "Industrial Instruments Inc." mod. RC-2,<br />

que utilisa circuito eletrônico de ponte. Indicaçâo visual de equilibrio<br />

por ûntermédio de vâlvula 6E5, "Olho mâgico". Quatro alcances


AMOSTRA<br />

25.012<br />

25.252<br />

25.253<br />

25.683<br />

25.685<br />

25.690<br />

25.703<br />

25.704<br />

25.810<br />

25.811<br />

25.812<br />

25.813<br />

25.814<br />

25.257<br />

25.819<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 111<br />

Bases permutâveis<br />

+ sais<br />

solûveis<br />

M.E./IOO gr. de<br />

terra<br />

16.94<br />

3.32<br />

2.00<br />

6.46<br />

1.95<br />

2.53<br />

1.07<br />

0.96<br />

9.12 .<br />

4.01<br />

8.11<br />

3.47<br />

5.17<br />

1.48<br />

2.80<br />

QUADRO II<br />

CONDUTOMÊTRICO<br />

Sais solûveis<br />

M.E./IOO gr. de<br />

terra<br />

0.36<br />

0.09<br />

0.03<br />

6.38<br />

0.08<br />

0.06<br />

0.03<br />

0.15<br />

0.66<br />

0.62<br />

1.50<br />

0.16<br />

0.29<br />

0.06<br />

0.18<br />

Bases permutâveis<br />

M.E./llOgr.<br />

terra<br />

16.58<br />

3.23<br />

1.97<br />

6.38<br />

1.87<br />

2.47<br />

1.04<br />

0.81<br />

8.46<br />

3.39<br />

6.61<br />

3.31<br />

4.88<br />

1.42<br />

2.62<br />

TITÜLACAO<br />

Bases permutâveis<br />

M.E./100 gr.<br />

terra<br />

de resistências e urn potenciômetro de fio para leituras; terminais<br />

para célula de condutividade e condensador. Célula tipo imersäo com<br />

constante igual a 1.<br />

CONCLUSÖES<br />

1.°) — O método apresentado- comparado com o que esta atualmente<br />

em uso nêste Instituto, tem a vantagem de ser mais râpido, nâo<br />

necessitando a correçao realizada para eliminar os efeitos da adsorcäo<br />

do HCI pelos coloides do solo.<br />

2.°) — No casó de solos contendo sais solûveis em quantidades<br />

apreciâveis, torna-se necessârio a sua determinaçâo, para deduzi-los<br />

dos resultados encontrados.<br />

3.°) — No caso de solos calcâreos e gessosos, sua aplicaçâo é<br />

contra indicada.<br />

15.06<br />

3.08<br />

2.20<br />

7.06<br />

1.89<br />

2.65<br />

1.01<br />

0.54<br />

8.50<br />

3.63<br />

6.10<br />

3.17<br />

4.84<br />

1.34<br />

2.38


112 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

BIBLIOGRAFIA<br />

1.° — Conductometric Analysis<br />

' Hubert T. S. Britton.<br />

2.° — Introduction to Electro-chemistry<br />

'Samuel Glasstone.<br />

3.° — Boletim do' Institute de Quimica Agricola n.° 11.<br />

4.° — Cation exchange in Soils<br />

Walter P. Kelley.<br />

Os autores exprimem os seus âgradecimentos à Seçâo de Solos<br />

dêste Institute, pela eficiente colaboraçâo prestada para a elaboraçâo<br />

do presente trabalho.<br />

Rio de Janeiro, 25 de Janeiro de 1951.


ANAIS DA TERCEIRA EEUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 113<br />

lij s 3 ; S


114 ANAIS BA TERCEIRA REtTNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

||| S S 5 8


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

115


Si.


CARACTERlSTICAS <strong>DO</strong>S <strong>SOLO</strong>S SEMI-ÀRI<strong>DO</strong>S <strong>DO</strong> NOR-<br />

DESTE BRASILEIRO — I CORRELAÇÂO E PERMUTA<br />

DE BASES — pH<br />

I — INTRODUÇAO<br />

MANUEL MATEUS VENTURA *°<br />

e<br />

JOSÉ CAMPOS ACCIOLY<br />

A descoberta dos fatores causais da alcalinidade em solos semiâridos<br />

vem constituir um grande avanço no sentido de uma melhor<br />

compreensâo do comportamento fisico e quimico dêsses solos. A nova<br />

atitude em Edafologia de considerar o solo como um sistema altamente<br />

dinâmico e de reconhecer ainda a natureza dos valores que o caracrizam<br />

veio oferecer, através de uma metodologia assentada sobre novas<br />

bases conceptuais, uma orientaçâo mais segura aos estudos naquêle<br />

sentido (1). A despeito dêsse aspecto dinâmico existem entre os yalores<br />

de um solo correlaçôes que, quando encontradas e cautelosamente<br />

julgadas, contribuem poderosamente para o enlaçamento dos<br />

dados analiticos fragmentârios e, assim, possibilitar-nos uma apreensâo<br />

integrativa da atividade edâfica.<br />

A capacidade total de permuta de cationtes (valor T) e o pH säo<br />

duas dessas propriedades dinâmicas estreitamente relacionadas em<br />

solos semi-âridos (2). Numerosos expérimentes (KELLEY e BROWN,<br />

BRADFIELD, TIUIJN e BYSTROVA, MATTSON e HESTER, PURI e UPPAL) acentuando<br />

a importância do pH na determinaçâo do valor T, conduziram<br />

MCGEORGE (2) a investigar o efeito da capacidade de adsorçâo sobre<br />

a alcalinidade ativa e potencial do solo.<br />

MCGEORGE (2) • para um grupo de solos semi-âridos, concluiu pela<br />

existência de correlaçôes lineares, positivas e significantes, do pH (soil<br />

paste) e do pH (1:10), respectivamente, com o grâu de saturaçâo do<br />

complexo adsortivo em sódio permutâvel. O presente trabalho, sugerido<br />

pelo de MCGEORGE, estuda a correlaçâo entre o pH (1: 2,5)*<br />

e a porcentagem de saturaçâo em sódio do complexo coloidal, .. z.<br />

100. Na/T, para um grupo de solos aluviai sde bacias de irrigaçâo<br />

compreendidas pelo Poligono das Sêcas (Nordeste brasileiro).<br />

II — MATERIAL E MÉTO<strong>DO</strong><br />

O presente estudo foi efetuado sobre os dados referentes a 49<br />

solos (primeiro horizonte) tipológicamente consider ados como aluviöes<br />

fluviais e localizados em bacias de irrigaçâo de açûdes pûblicos. Os<br />

valores de T, de Na permutâvel e do pH, necessârios à anâlise de correlaçâo,<br />

foram determinados pela Secçâo de Solos do Institute José<br />

Auguste Trindade (S. Gonçâlo — JParaiba) e, por nos, tornados a<br />

(•) Do Departamento de Quimica Agrïcola da Escola de Agronomia do Cearâ.<br />

(• Adotado desde 1930 pela Sociedade Internacional de Ciência do Solo.


118 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> SOIKD<br />

uma recente publicaçâo do Serviço Agro-industrial do Departamento<br />

Nacional de Obras Contra as Sêcas (3).<br />

As determinaçôes de pH foram levadas a efeito electrometricamente,<br />

com electrodo de vidro, sobre suspensôes de solo com uma relaçâo<br />

solo : âgua igual a 1 : 2,5 (pH internacional). As bases permutâveis<br />

foram extraidas pelo processo do prof. BAKRETO (extracäo com<br />

HC1 alcoólico 0,1 N) e o sódio determinado barim'ètricamente ao estado<br />

de acetato triplo de uranila, magnésio e sódio. Sob o ponto de<br />

vista textural, a quasi totalidade dos solos escolhidos foi classificada<br />

como limosa (L) no esquema internacional de classificaçâo mecânica.<br />

A anâlise de correlaçâo foi conduzida da maneira usual (4), e<br />

cuidadosamente apreciada a significância do r encontrado (testes z<br />

e t).<br />

III — RESULTA<strong>DO</strong>S<br />

O Grâfico — I sumariza os resultados da anâlise de correlaçâo linear<br />

simples.<br />

Os coeficientes de correlaçâo simples calculados para as outras<br />

bases do complexo resultaram sem nenhuma significância estatïstica.<br />

IV — DISCUSSÄO<br />

i<br />

Além da alcalinidade resultante da hidrólise do carbonato de<br />

sódio (formado na soluçâo do solo por interaçâo do NaCI ou do Na 2 SO4<br />

com o CaCO3) e que foi suficientemente estudada no periodo das investigacöes<br />

de HILGAED, mais récentes investigacöes vieram demonstrar<br />

que o complexo adsortivo pode comportar-se como uma fonte<br />

ativa de alcalinidade (1, 2, 5). A açâo depressora sobre a atividade<br />

de hidrogeniontes em os solos que constituiram o nosso material de<br />

estudo deve resultar dessa participaçâo do complexo coloidal. Orientados<br />

pela linha metodológica da escola de MATTSON (*) buscaremos<br />

uma interpretaçâo, essencialmente qualitativa para a correlaçâo por<br />

nos encontrada e que é anâloga as correlaçôes estabelecidas por<br />

MCGEORGE.<br />

Os solos aqui estudados apresentam elevado grau de saturaçâo<br />

em cationtes, sendo fréquentes valores de V = 100. S/T acima de 80.<br />

Isto quer dizer- usando-se a terminologia e a concepçâo de MATTSON<br />

sobre o complexo coloidal, que a porçâo acidóide do complexo adsortivo,<br />

responsâvel pela retençâo de cationtes, esta, em grande proporçâo,<br />

convertida à forma de salóide das diferentes bases. Visualizando<br />

em têrmos da teoria cinética de JENNY (6) podemos dizer ainda que<br />

os "pontos de atraçâo" (Atraction spots) da superficie adsortiva estâo<br />

em elevado numero ocupados por cationtes, os quais, por um "overlapping"<br />

das zonas tridimensionais de oscilaçâo (volumes de oscila-<br />

Çâo) varrem tôda a superficie da partïcula (surface migration of<br />

ions) (7).<br />

Numerosas investigacöes (8, 9, 10) jâ indicaram que näo é a mesma<br />

a extensâo de permuta para as diferentes bases adsorvidas. A facilidade<br />

com que os vâriqs cationtes sobre o complexo podem ser substituidos<br />

por outros cationtes existentes na soluçâo externa decresce<br />

na ordern da série liotrópica usual,<br />

Li> Na> K = NH4> Rb > Cs > Mg ••> Ca-> Ba •> H-,<br />

onde a disposiçâo se faz segundo as intensidades crescentes do campo<br />

electrostâtico dos iontes.<br />

(•) Os numerosos trabalhos de Santé Mattson e colaboradores, sobre o comportamento<br />

eoloidal dos sfllos, foram publicados em Soil Science a partir de 1929.


ANAIS DA 'TERCEIRA REüNIAO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 119


[I]<br />

[II]<br />

I acidolde - H I ^=±—I aoidolde~H + H'<br />

aoldoide - Na j >^—<br />

soluçâo mioelar<br />

I acldolde""*! + Na<br />

A»<br />

I<br />

H<br />

Na*<br />

A'<br />

soluçâo<br />

extra-micelar<br />

figura 1 o<br />

N9<br />

O<br />

§<br />

I


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO BBASILEIRA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 121<br />

Hâ, portante, uma grande eletividade do complexo coloidal pelo<br />

hidrogenionte.<br />

Das posiçôes do Na- e do H- na série liotrópica podemos jâ deduzir<br />

que o salóide sódico é o que mais fortemente poderâ contribuir<br />

para uma abaixamento da atividade de hidrogeniontes de uma suspensâo<br />

de solo.<br />

Este processo (hidrólise do salóide sódico) pode ser formalmente<br />

representado pela expressâo<br />

[ 1] Acidoide-Na + HOH ^ Acidoide-H + NaOH<br />

Para um grupo de pedologistas a equaçâo [ 1 ] représenta realmente<br />

um processo quimico metatético para o q ual é valida a lei de<br />

açâo das massas. Discusôes sobre esta atitude poderâo ser encontradas<br />

na literatura (11, 12). Vejamos, porém, a interpretaçâo de<br />

[ 1 ] de um modo mais coloidoquimico.<br />

MATTSON e seus colaboradores postulam o soloxcomo urn sistema<br />

Donnan onde os iontes distribuem-se obedecendo a equïlïbrios Donnait.<br />

Entre a soluçâo micelar e a soluçâo externa do solo supôe MATTSON<br />

a existência de uma interface que age como uma membrana impermeâvel<br />

aos poli-iontes coloidais. Em outras palavras, hâ um constrangimento<br />

de movimento das particulas carregadas do complexo coloidal,<br />

o que é suficiente para a ocorrência de distribuiçôes Donnan.<br />

A soluçâo interna ou micelar é séde de dissociaçâo dos salóides. Para<br />

esta dissociaçâo, em uma primeira aproximaçâo, podemos àdmitir<br />

equilibrios regidos pela lei de açâo das massas.<br />

A distribuiçâo dos cationes entre a soluçâo micelar (inside solution)<br />

e a soluçâo externa do solo (outside solution), quando, atingido<br />

o estado de equilibrio (4 F ^ ())• pode ser (expressa, para as principais<br />

bases do complexo, do seguinte modo:<br />

(Hi) ( Na), ( K- )i (Ca--)i^<br />

(Ho) ( Na-), ( K- )o (Ca••)„*<br />

(Mg")„%<br />

onde ( )j = atividade do ionte na soluçâo micelar e ( )


122 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

6 — Conclui-se, além disso, que, maior o estado de saturaçâo<br />

do complexo, isto é, maior o valor de V, maior sera a depressäo de<br />

( H- ). Este fato, constatado por PEECH e BRADFIELD (13) através de<br />

titulaçôes condutométricas de argilas hidrogenadas, vem indicar que<br />

sômente em solos de elevada saturaçâo pode o salóide sódico agir de<br />

modo considerâvel como urn depressor da atividade de hidrogeniontes<br />

em suspensôes de solo. Hâ assim, consistência qualitativa entre a correlaçâo<br />

por nós encontrada e a interpretaçâo da hidrólise do complexo<br />

scdico dentro da teoria de MATTSON.<br />

V — CONCLUSÄO<br />

Hâ uma correlacäo linear, positiva e significante, entre o ......<br />

pH (1 : 25) e o grau de saturaçâo do complexo adsortivo em .sódio<br />

permuta vel, 100. NA/T, para solos aluviais da regiâo^semi-ârida do<br />

Nordeste brasileiro. •<br />

VI — CONCLUSION<br />

There is a linear, positive and significant correlation between the<br />

pH (1 : 2,5) and the ratio 100.Na/T (adsorbed Na to total adsorption<br />

capacity) for a group of semi-arid alluvial soils (brazilian Northeast).<br />

VII — BIBLIOGRAFIA<br />

1 — KELLEY, w. P. — 1946 — Modern Conceptps of Soil Science. Soil Science,<br />

62: 469-476.<br />

2 — MCGEORGE, W. T. — 1945 — Base-Exchange — pH — Relationships in<br />

Semiarid Soils. Soil Science, 59: 271-275.<br />

3 — DUQUE, J. G. — 1949 — Solo e Âgûa no Poligono das Sêcas. Publicaçâo<br />

n.° 148 — Série 1-A. Serviço Agro-industrial do Dept. Nac. de Obras<br />

Contra as Sêcas (Brasil).<br />

4 — EZEKIEL, M. — 1941 — Methods of Correlation Analysis. 2nd edition.<br />

Wiley: New York.<br />

5 — MCGEORGE, W. T. — 1945 — Isohydric pH, pH of soil paste, and pH of<br />

exchange neutrality. Soil Science, 59: 231-237.<br />

6 — JENNY, H. — 1936 — A simple kinetic theory of ionic exchange. Jour.<br />

Phys. Chem. 40: 501-517. Citado em (7).<br />

7 — OVESTREET, R. — 1945 — Ionic Reactions in Soils and Clay Suspensions:<br />

The Significance of Soil Filtrates. Soil Science, 59n 265-270.<br />

8 — BRADFIELD, R. — 1931 — Some chemical reactions of colloidal clay. Jour.<br />

Phys. Chem. 35: 360-373. Citado em (10).<br />

9 — JENNY, H. — 1932 — Mechanism of ionic exchange in colloidal aluminum<br />

silicates. Jour. Phys. Chem. 36: 2217-2258. Citado em (10).<br />

10 — PEECH, M. — 1941 — Availability of ions in light sandy soils as affected<br />

by soil reaction. Soil Science, 51: 473-486.<br />

11 .— MAGISTAD, O. C, FIREMAN, M., and MABRY, B. — 1944 — Comparison of<br />

base-exchange equations founded on the law of mass action. Soil<br />

Science, 57: 371-379.<br />

12 — DAVIS, L. E. — 1945 — Theories of Base-Exchange Equilibriums. Soil<br />

Science, 59: 379-395.<br />

13 — PEECH, M. and BRADFIELD, R. — 1943 — The Effect of Lime and Magnesia<br />

on the Soil Potassium and on the Absorption of Potassium by Plants.<br />

Soil Science, 55: 37-48.


<strong>DO</strong>SAGEM DE POTÄSSIO E SÓDIO EM ROCHAS<br />

A. C. NASCIMENTO<br />

Engenheho quîmico, Secçâo de Agrogeologia,<br />

Instituto Agronômico<br />

1 — INTRODUÇAO<br />

A anâlise de rochas é uma das mais dificies sendo um tipo que<br />

serve para ilustrar o processo gérai seguido nas anâlises de materials<br />

inorgânicos complexos. A f im de se poder determinar elementos que<br />

nâo ocorram em quantidades apreciâveis podem ser introduzidas variaçôes<br />

nessa marcha analitica.<br />

Os constituintes das rochas sâo classificados em maiores e menores.<br />

WASHINTON (7), indica como constituintes maiores: SiO2, TiO2,<br />

A12O3, Fe2O3, FeO, MnO, MgO, CaO Na2O, H2O + (110°C), H2O —<br />

(110°C), e P2Og e como constituintes menores: Co2, ZrO2) (Ce, Y) 2O3,<br />

V2O2, NiO, CoO- BaO, SrO, BeO, CuO, F, SO3, S e B2O3.<br />

Silica, alumina, óxido ferroso, óxido férrico, óxido de magnésio,<br />

óxido de câlcio, óxido de sódio, óxido de potassio, H2O — e H2O —, constituem<br />

98 %, ou mais da massa das rochas igneas. Além dos constituintes<br />

enumerados' pequenas quantidades de titânio, fórforo e manganês,<br />

quase nunca estâo ausentes. Outros elementos ainda podem<br />

estar présentes.<br />

As percentagens dos constituintes principals dos silicates, podem<br />

variar dentro de amplos limites; silica, o principal constituante geralmente<br />

varia entre 40-80 %. Para os outros constituintes as percentagens<br />

mâximas sâo as seguintes: A12O3, 30; CaO, 25; MgO, 50; Feo,<br />

35; K2O, 18; e a minima O, dependendo da espécie de rocha. Na Secçâo<br />

de Agrogeologia sâo feitas anâlises de rochas colhidas pela Secçâo,<br />

para a sua caracterizaçâo quïmica com a determinaçâo dos seguintes<br />

constituintes: SiO2, TiO2, A12O3- Fe2O3, FeO, MnO, MgO, CaO, K2O,<br />

Na2O, H2O -h (110°C), H2O — (110°C) e P2O5, pois os estudos de solos<br />

pela Secçâo de Agrogeologia levam em consideraçâo como um dos<br />

pontos bâsicos, a natureza da rocha e o verdadeiro quadro da genese<br />

do solo inclui o conjunto das anâlises mineralógica, petrogrâfica e<br />

quimica das rochas mater.<br />

Com exceçâo de K2O e Na2O, na marcha analitica de rochas, foram<br />

empregados os métodos comumente usados na determinaçâo dos constituintes<br />

acima referidos (3).<br />

A determinaçâo dos alcalis é uma das determinaçôes menos fâceis,<br />

em virtude da grande solubilidade de seus sais em âgua, mesmo dos<br />

menos solüveis. Os processos comumente empregados nas suas determinaçôes<br />

sâo para o potassio, a sua precipitaçâo como perclorato de<br />

potassio ou cloroplatinato de potassio sendo que o sódio é dosado<br />

por diferença depois de pesado juntamente com o potassio como cloreto.<br />

Antes do advento do método de decomposiçâo de silicates de J.<br />

LAWRENCE SMITH, O processo geralmente usado na desagregaçâo de<br />

rochas para as dosagens dos alcalis era o de BERZEIJTJS.


124 ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

No método de L. SMITH, que consiste na sinterizaçâo da rocha<br />

com a mistura carbonato de câlcio-cloreto de amônio, silica, aluminio,<br />

manganês, ferro etc., ficam precipitados e parte do óxido de câlcio que<br />

entra em soluçâo é removido com carbonato de amônio. Entretanto,<br />

êsse método apresenta uma desvantagem, a quai nenhuma das inümeras<br />

modificaçôes propostas conseguiu evitar: a necessidade de se<br />

misturar uma amostra jâ pesada com a mistura carbonato de câlciocloreto<br />

de amônio.<br />

Pelo método de BEKZELIUS, no quai se faz o tratamento da rocha<br />

pelo aquecimento com âcidos fluoridrico e sulfürico para a votalizaçâo<br />

e eliminaçâo da silica na forma de tetrafluoreto de silicio com<br />

subséquente aquecimento até fumaças brancas para eliminaçâo de<br />

fluoretos, a amostra nâo nécessita ser tâo finamente pulverizada.<br />

Este método, entretanto' apresenta uma desvantagem, quai seja a introduçâo<br />

do ion sulfato na anâlise, o quai deve ser removido antes de<br />

se procéder à dosagem de sódio e potâssio. A remoçâo do ion sulfato<br />

requer a introduçâo do ion bârio, o quai, por sua vez, deve ser eliminado<br />

com carbonato de amônio, e consequente eliminaçâo dos sais de<br />

amônio, por aquecimento. O processo é longo e trabalhoso.<br />

Diversos métodos têm sido propostos para a dosagem de sódio e<br />

potâssio em rochas, com o fim de tornar a sua marcha analitica mais<br />

cômoda e abreviar o tempo de anâlise.<br />

Êsses métodos podem ser classificados em dois grupos: 1) métodos<br />

em que potâssio e sódio podem ser determinados. diretamente, ou 2)<br />

métodos em que o potâssio ou o sódio pode- ser determinado e o outro<br />

elemento encohtrado por diferença a partir da soma dos dois (ex.<br />

cloretos).<br />

Entre os métodos do primeiro grupo, convém citar o proposto por<br />

WILLARD, LIGGETT e DIEHL (8). Neste método o sódio é dosado pelo<br />

acetato triplo, depois de decomposto o silicato> pela açâo do âcido fluoridrico<br />

e sulfürico. Decomposto o silicato pelo tratamento com âcido<br />

fluoridrico e o fluoreto removido pela evaporaçâo com âcido sulfürico,<br />

o sódio pode ser imediatamente precipitado com acetato de sódio uranila<br />

e zinco ou magnésio.<br />

Potâssio pode ser dosado fazendo-se uso do método de WILLARD e<br />

WINTER (9) de dosagem de fluor para eliminar fluoreto, no quai fluoreto<br />

é removido por volatilizaçâo como âcido fluosilicico, H2SiFG. Os<br />

metais présentes em silicatos insolûveis sâo completamente convertidos<br />

em percloratos pelo tratamento dos silicatos com âcido fluoridrico<br />

e perclórico, seguido por uma distilaçâo a vapor a 140-150° C para remover<br />

o fuor como âcido fluosilicico. Após êsse tratamento, e subséquente<br />

deshidrataçâo das pequenas quantidades de silica, a soluçâo<br />

é evaporada até quase secura e o potâssio separado duas vêzes como<br />

perclorato pela extraçâo do percloratos solüveis com acetato de etila.<br />

Entre os métodos do seguindo grupo, esta o de MARVIN e WOOLA-<br />

VER (5), que investigaram o uso de uma mistura dos âcidos fluoridrico<br />

e perclórico na decomposiçâo de silicatos. Os autores citados mostram<br />

que o uso dessa mistura évita as dificuldades e conserva as vantagens<br />

de ambos os processus, o de BERZELIUS e o de L. SMITH, ao mesmo<br />

tempo que se obtém uma soluçâo dos alcalis que requer pouca purificaçâo.<br />

Segmndo os autores acima referidos, quando âcido fluoridrico<br />

e perclórico säo usados na decomposiçâo de um silicato- a soluçâo<br />

obtida, após a remoçâo do excesso de âcido fluoridrico, por aquecimento<br />

até fumaças brancas, contém percloratos dos metais présentes<br />

e possivelmente, fluoluminatos. A separaçâo de sódio, potâssio e câlcio<br />

de magnésio, ferro e aluminio é feita pela decomposiçâo térmica<br />

dos percloratos, a quai se pode processar por um dos dois mecanismos:<br />

1) pela deshidrataçâo seguida por decomposiçâo para produzir oxi-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> 'DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 125<br />

gênio e um cloreto, e 2) pela hidrólise gradativa de compostos hidratados<br />

para produzir âcido perclórico e um óxido (6).<br />

Com esse processo, os autores conseguiram resultados satisfatórios<br />

porém assinalam que resultados falhos sâo obtidos quando fósforo<br />

esta âpresente.<br />

Tendo em vista ob ter uma soluçâo unica, na quai se pudesse dosar<br />

diretamente tanto o sódio como o potâssio e procurando abreviar a<br />

marcha analitica tornando-a mais cômoda, parte de nossa atençâo<br />

foi dedicada à dosagem de potâssio e sódio depois de desagregada a<br />

rocha pelo processo de BEKZEOUS<br />

Assim, na soluçâo obtida- em substituiçâo ao processo comumente<br />

empregado na determinaçâo de potâssio, foi empregado o processo<br />

para sua determinaçâo com cobaltihexanitritito de sódio, método este<br />

estudado por CATANI (2) na Secçâo de Agrogeologia. Igualmente na<br />

determinaçâo do sódio, em lugar da sua determinaçâo usual, é feita a<br />

sua dosagem diretamente com acetato de uranila e zinco (4), pois a<br />

sua determinaçâo direta na presença de outros metais alcalinos (exceto<br />

o litio) é possivel na forma do acetato triplo de uranila zinco e<br />

sódio (1), eu ja formula é a seguinte:<br />

Na(C2H3O2). Zn(C2H3O2). 3UO, (C2H3O2) 2. 6HO2.<br />

O zinco pode ser substituido por magnésio, niquel, e mais alguns<br />

metais divalentes. Os acetatos triplos com zinco e magnésio sâo as<br />

formas mais satisfatórias de precipitaçâo.<br />

Convém salientar que a soluçâo obtida pode ser utilizada para<br />

a dosagem de sódio e potâssio em um Flame-fotometer.<br />

2 — <strong>DO</strong>SAGEM <strong>DO</strong>S ALCALIS (POTÂSSIO E SÓDIO)<br />

A amostra é desagregada em capsula de platina com âcido fluoridrico<br />

e sulfurico, e os excessos dos referidos âcidos, eliminados em<br />

banho maria e banho de areia, respectivamente- ao mesmo tempo em<br />

que se processa a deshidrataçâo da silica. Uma pequena parte de<br />

ferro e aluminio pode ser separada por hidrólise. A soluçâo é filtrada<br />

para um balâo volumétrico e o volume completado com âgua<br />

destilada, é reservada para a dosagem de sódio e potâssio.<br />

Desagregaçâo da amostra 'e preparaçao da soluçâo para as dosagens<br />

de potâssio e sódio: — Em uma capsula de platina, atacar 1 g de<br />

amostra com 1 ml de âcido sulfurico e 5 ml de âcido fluoridrico, aquecendo<br />

em banho-maria até eliminar o excesso de âcido fluoridrico. (Se<br />

o ataque nâo fôr completo, adicionar mais âcido fluoridrico). Depois<br />

de eliminado o excesso de âcido fluoridrico em banho-maria, eliminar<br />

o excesso de âcido sulfurico em banho de areia. Em seguida, adicionar<br />

um pouco de âgua, aquecer em banho-maria, e filtrar por papel de<br />

filtro Whatman n.° 40 de 9 cm de diâmetro, recebendö o ffltrado em<br />

balâo de 100 ml. Lavar bem o papel com âgua quente, completar o<br />

volume com âgua e agitar.<br />

2.1 — <strong>DO</strong>SAGEM DE POTÂSSIO<br />

Processo — Uma aliquota da soluçâo acima é tomada para a dosagem<br />

do potâssio. A maior parte do ferro e aluminio é separada<br />

com acetato de sódio (Ferro e aluminio em excesso interferem na dosagem)<br />

. Depois de réduzir a soluçâo à secura, é feita a precipitaçâo<br />

do potâssio como cobaltihexanitrito de potâssio e sódio<br />

K2Na (Co (CO2) e), em presença de âcido acético diluïdo.<br />

Reativo — Preparaçao do reativo cobaltihexanitrito de sódio. Adicionar<br />

a soluçâo (b) à soluçâo (a), passar uma corrente de ar até eli-


126 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

minaçâo compléta de NO2, deixar 24 horas em repouso e filtrar para<br />

um vidro escuro. Soluçâo (a) Dissolver 25 g de Co((N02)3.6H20 em 50<br />

ml de âgua destilada e adicionar 12,5 ml de âcido acético glacial. Soluçâo<br />

(b). Pesar 109 g de NaNO2, dissolver em âgua e completar o volume<br />

de 210 ml.<br />

Dosagem — Pipetar uma aliquota (20 ml = 0,2 g de amostra),<br />

transportar para um copo de 150 ml, aquecer e adicionar acetato de<br />

sódio 0,5 N (3 ml mais ou menos para cada 10 ml de soluçâo). Aquecer<br />

alguns minutos, filtrar por papel Whatman n.° 40 e receber o filtrado<br />

em uma capsula de porcelana, lavando bem o papel com âgua.<br />

quente. Depois de evaporar a sêco em banho-maria, adicionar um<br />

pouco de âgua, algumas gotas de acetato de sódio- aquecer, filtrar<br />

por filtro Whatman n.° 40 de 7 cm de diâmetro recebendo o filtrado<br />

em uma capsula de porcelana. Evaporar a sêco em banho-maria, adicionar<br />

2,5 ml de âcido acético (1 H- 6) e 4 ml do reativo cobaltihexanitrito<br />

de sódio. Deixar o reativo em contacte com a soluçâo no minimo<br />

duas horas. Depois dêsse tempo, passar para urn tubo de centrifuga<br />

e centrifugar durante 4 minutos a 3.500 rpm. O precipitado<br />

adere ao fundo do tubo, e o excesso de reativo que sobrenada é sinfonado<br />

por meio de um tubo com ponta recurvada, ligado a uma<br />

trompa de vâcuo. Adicionar 5 ml de âgua destilada ao precipitado,<br />

agitar o tubo para rcvolucionar o precipitado, fazendo-o entrar em<br />

suspensâo. Centrifugar novamente 4 minutos a 3.500 rpm e sifonar<br />

o liquido sobrenadante. Repetir essa operaçâo mais duas vêzes. Depois<br />

de eliminado o excesso de reativo, passar, com um jato de âgua o precipitado<br />

do tubo para um baläo de 125 ml, e algum precipitado aderiâo<br />

ao tubo pode ser removido com um "policial".<br />

. Titular o âcido nitroso com KMnO4 0,04N- adicionando inicialmente<br />

urn certo volume de permanganato de potâssio (5ml mais ou<br />

menos) e em seguida 3 ml de H2SO4 (1 -=-3). Adicionar primeiro o permanganato<br />

para evitar perdas de HNO2 libertado pelo H2SO4. Levar<br />

o Erlenmeyer ao banho-maria, mantendo sempre um excesso de<br />

KMnO4 até que a coloraçâo permaneça constante. O liquido nunca<br />

deve ficar incolor. Retitular o excesso de KMnO4N com âcido oxâlico<br />

0,04 N.<br />

ml KMnO4 0,04 N X 0,0314<br />

= % K2O<br />

peso da amostra<br />

2.2. — BOSAGEM <strong>DO</strong> SÓDIO<br />

Processo — Da soluçâo peraparada e acima descrita, uma aliquota<br />

é pipetada para a determinaçâo do sódio. O ion sulfate é eliminado<br />

com cloreto de bârio (O ion sulfate deve estar ausente quando<br />

sulfate esta simultâneamente presente, pois sulfato de potâssio é<br />

pouco solûvel no reativo (4) e o excesso de cloreto de bârio eliminado,<br />

ao adicionar-se amoniaco e carbonate de amônio. Com estas duas<br />

operaçôes, ferro, aluminio- titânio e fósforo sâo eliminados. O fósforo<br />

interfere na dosagem do sódio, pois é precipitado como fosfato de uranila<br />

e zinco. Os sais de amônio sâo eliminados em uma chama de<br />

bico de gâs, e o calcinado retomado, com âgua quente e filtrado.<br />

E' feita a precipitaçâo do sódio como acetato de uranila, zinco e<br />

sódio. A lavagem do precipitado é feita com alcool e eter e o precipitado<br />

pesado.<br />

Reativos — Os reativos utilizados na dosagem do sódio sâo os seguintes:<br />

1) Acetato de uranila e zinco — Preparar duas soluçôes a e b.<br />

Para preparar a soluçâo a misturar e aquecer até dissolver 10 g de


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 127<br />

UO2 (C2H3OO) 2. 2H2O, 6 ml de âcido acético a 30 % e 50 ml de âgua<br />

destilada. Soluçâo (E>) Misturar e aquecer até dissolver, 20 ml de<br />

Zn (C2H3O2) 2 • 2H2O, 3 ml de äcido acético a 30 % e 50 ml de âgua destilada.<br />

Misturar volumes iguais das soluçôes (a) e (b), deixar repousar<br />

24 horas e entäo filtrar para separar o acetato de uranila, zinco<br />

e sódio qüe possa tornar-se formado em virtude de traços de sódio<br />

existente nos reativos. Se nâo se formar precipitado, adicionar NaCI<br />

para saturar o reativo com o acetato triplo. Filtrar e usar a soluçâo<br />

na mesma temperatura (20°C>) para evitar erros conseqentes de mudança<br />

de solubilidade.<br />

2) Älcool etilico saturado com acetato de uranila, zinco e sódio<br />

— Agitar alcool a 95 % • com acetato triplo para saturâ-lo, à temperatura<br />

ambiente.<br />

3) Eter ou acetona —<br />

Dosagem — Tornar uma aliquota do filtrado (20 ml = 0,2 g),<br />

passar para urn copo de 150 ml e aquecer. À soluçâo fervendo, adicionar<br />

gôta a gôta soluçâo de clore to de bârio a 10 %, até nâo precipitar<br />

mais BaSO4 (para cada 10 ml de soluçâo juntar 4 ml de soluçâo<br />

BaCI2). Depois neutralizar com amoniaco (1 -=- 1) e adicionar 5 ml<br />

de carbonato de amônio a 10 %, aquecer e filtrar recebendo o filtrado<br />

em uma capsula de porcelana (200 ml de capacidade). Ao filtrado,<br />

na capsula, juntar 5 ml de âcido cloridrico concentrado, evaporar a<br />

sêco em banho-maria, deixar na estufa a 110° C, durante 1/2 horaqueimar<br />

os sais àmoniacais, deixar esfriar, juntar um pouco de âgua<br />

quente, filtrar lavando muito bem a capsula, recebendo o filtrado em<br />

uma capsula menor. Evaporar a sêco novamente, retirar do fogo e<br />

adicionar 10 ml do reativo acetato de uranila e zinco. Esperar uma<br />

hora e filtrar por um cadinho de vidro poroso. Lavar 5 vêzes com 2 ml<br />

cada vez do reativo, depois 5 vêzes com alcool saturado com acetato<br />

de uranila e zinco e uma vez com éter. Secar ao ar e pesar.<br />

p X 0,02015 X 100<br />

a<br />

= % Na2O<br />

onde p é o peso do precipitado e a o peso da amostra.<br />

Os resultados obtidos pelo método aqui descrito foram satisfatórios.<br />

No quadro 1 sâo apresentados os resultados de anâlise em 3 rochas<br />

da coleçâo da Secçâo de Agrogeologia, ao lado dos teores obtidos<br />

por outro método.<br />

AMOSTRA<br />

R-633<br />

R-845<br />

R-923<br />

K*O<br />

(1)<br />

1,66<br />

1,52<br />

0,91<br />

QUADRO 1<br />

KjO<br />

(2)<br />

1,70<br />

1,60<br />

0,94<br />

Na2O<br />

(1) Média de 3 de determinacôes obtidas pelo método aquï descrito.<br />

(2) Dados obtidos por fotometria de chama.<br />

(1)<br />

2,56<br />

2,90<br />

2,28<br />

Na2O<br />

(2)<br />

2,50<br />

2,80<br />

2,40


128 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

RESUMO<br />

No presente trabalho é mostrado como foi feita, na Secçâo de<br />

Agrogeologia, a determinaçâo de potâssio e sódio nas anâlises de<br />

rochas.<br />

A desagregaçâo das rochas para dosagem dos alcalis é feita por<br />

aquecimento com âcido fluoridrico e äcido sulfürico (Processo de<br />

Berzelius) .<br />

Potâssio é precipitado com cobaltihexanitrito de sódio, na forma<br />

de cobaltihexanitrito de potâssio e sódio, e dosado pela titulaçâo do<br />

âcido nitroso com permanganato de potâssio.<br />

Sódio é dosado diretamente, precipitando-se com acetato de uranila<br />

e zinco e pesado com acetato de uranila, zinco e sódio.<br />

LITERATURA CITADA<br />

1 — BARBER, H. H. e J. M. KOLTHOFF — J. Am. Chem. Soc, 50:1625. 1928.<br />

2 — CATANI, R. A. — Semi-micro dosagem de potâssio. Anais da Ass. Quimica<br />

do Brasil, 3:131-138. 1944.<br />

3 — HILLEBRAND, W. F. e G. E. F. LuNDELL — Em "Applieü Inorganic Analysis",<br />

pâg. 645 e seg., l. a éd. John Wiley & Sons, Inc., New York, 1929.<br />

4 — KOLTHOFF, I. M. e E. B. SANDELL — Em "Textbook of Quantitative Inorganic<br />

Analysis", pâgs. 416-418. The Macmillan Company, New York,<br />

1943.<br />

5 — MARVIN, G. G., e L. B. WOOLAVER — Determination of Sodium and Potassium<br />

in Silicates. Ind. Eng. Chem., Anal. Ed., 17:554-556. 1945.<br />

6 — MARVIN, G. G., e L. B. WOOLAVER — Thermal Decomposition of Perchlorates.<br />

Ind. Eng, Chem., Anal. Ed., 17:474-476. 1945.<br />

7 —•. WASHINGTON, H. S. — Em "The Chemical Analysis of Rocks", pâg. 11,<br />

4. a ed., John Wiley & Sons, New York. 1930.<br />

8 — WILLARD, H. H., I*. M. LIGGETT e HARVEY DIEHL — Direct Determination<br />

of Potassium in Silicate Rock. Ind. Eng. Chem., Anal. Ed., 14:234-235.<br />

1942.<br />

9 — WILLAR, H. H. e O. B. WINTER — Volumetric Method for Determination<br />

of Fluorine. Ind. Eng. Chem. Anal. Ed., 5:7-10. 1933.


ESTU<strong>DO</strong> DA VARIABILIDADE <strong>DO</strong>S NITRATOS NUM <strong>SOLO</strong><br />

TIPO TERRA ROXA-MISTURADA<br />

F. DA COSTA VERDADE


130 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Durante o ano de 1948, as coletas eram mensais, passando para quinzenais<br />

em 1949 (exceto urn mês). As principals anotaçôes de campo<br />

sâo encontradas no quadro 1, assinalando-se a predominancia de gramineas<br />

sobre outras familias végétais que se desenvolviam na area,<br />

em experimentaçâo.<br />

QUADRO' 1. — Datas das coletas e situaçâo da cobertura vegetal<br />

DATA ANOTAÇAO DE CAMPO<br />

9- 1-48<br />

16- 2-48<br />

10- 3-48<br />

12- 4-48<br />

10- 5-48<br />

15- 6-48<br />

18- 7-48<br />

17- 8-48<br />

16- 9-48<br />

15-10-48<br />

19-11-48<br />

14-12-48<br />

4- 1-49<br />

18- 1-49<br />

31- 1-49<br />

14- 2-49<br />

4- 3-49<br />

16- 3-49<br />

30- 3-49<br />

12- 4-49<br />

29- 4-49<br />

18- 5-49<br />

30- 5-49<br />

14- 6-49<br />

27- 6-49<br />

19- 7-49<br />

4- 8-09<br />

18- 8-49<br />

12- 9-49<br />

21-10-49<br />

3-11-49<br />

29-11-49<br />

5-12-49<br />

Touceiras esparsas nâo eliminadas pela araçâo<br />

Ma to pequeno, bem viçoso. Clvuvas nos Ultimos dias<br />

Mato com mais ou menos um metro de altura; sem chuvas nos dias:<br />

anteriores<br />

O mato com pcnteiros secos; sem chuvas<br />

Vegetaçao em compléta decadência; sem chuva<br />

Idem<br />

Mato deitado e inicio de decomposicäo no contacto com o solo<br />

Roçada e os residues abandonados no terreno; chuvas<br />

Mato desenvolvido<br />

Bom desenvolvimento da vegetaçao<br />

Curto periodo de sêca<br />

Choveu na ultima noite antes da coleta<br />

Mato na plenitude do desenvolvimento<br />

Florescimento do mato<br />

Chuvas nc dia anterior e neste; florescimento completo<br />

Muita chuva<br />

Noites muito frias<br />

Vegetaçao em decadência<br />

O mato apresenfca-se &êco<br />

O mato foi roçado '<br />

Vegetaçao em desenvolvimento<br />

(2) Trabàjho em realizaçâo na Secçâo de Agrogèologia.


•Janeiro<br />

fèi/ereiro<br />

/ftarço<br />

/ftaio<br />


132<br />

^ Or if<br />

/Plato<br />

iJunho<br />

Setembro<br />

Outubro<br />

fkvereiro<br />

/72a r ço<br />

/Koto<br />

^u/ho<br />

Sefeaiàro<br />

Outubro<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

% ZJ/n/c/Qcfe naiurQ/<br />

_ • — is»<br />

O M 0> 0<br />

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< N1<br />

\<br />

X \<br />

0 0 O<br />

7è/nperatura. °C<br />

\<br />

\<br />

\<br />

\<br />

s<br />

idade<br />

as de<br />

•as me.<br />

B ^-<br />

Fig. 2 — Médias mensais de temperatura e umidade natural obtida na coleta,<br />

durante os perîodos de 1948-1949.<br />


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNÇIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 133<br />

3 — RESULTA<strong>DO</strong>S EXPERIMENTAIS<br />

Os dados obtidos estäo expressos na figura 1, onde estäo representados<br />

os NO3~ (ém kg/hectare) e os mm de chuva caidos em periodos<br />

de 10 dias. Pode-se comparar ainda com a figura 2, onde se<br />

expöem as médias mensais de temperàtura com as percentagens de<br />

umidade natural, segundo as coletas de amostras de solo.<br />

Pela anâlise da fig. 1, vê-se que os nitratos variam bastante durante<br />

o ano, e também que, provàvelmente, os resultados de um ano<br />

nâo se repetiräo nos anos sucessivos, isto porque as causas que afetam<br />

o valor quantitativo dos nitratos, sâo em numero elevado e oscilam<br />

de ano para ano.<br />

A anâlise de° nitratos do solo conseqüentemente tem valor quando<br />

feita regularmente durante um certo periodo de tempo, permitindo<br />

fazer uma noçâo da capacidade nitrificadora dêsse solo, quer para<br />

estudo de fertïlidade, quer para estudos pedológicos.<br />

O calor e umidade estäo intimamente ligados à nitrificaçâo e à<br />

existência de nitratos no solo. Em gérai, os nitratos aumenatm nas<br />

épocas quentes e chuvosas, e diminuem na época do frio, (fig. 1 e 2).<br />

Com o calor e umidade aumentando na primavera, inicia-se o acümulo<br />

em fins de setembro, para cair em dezembro, voltando a subir em<br />

fins de Janeiro. Retorna a niveis baixos rio inverno, para começar<br />

o novo ciclo em setembro. Segundo a coletânea de BATHAM<br />

'e NIGAM (1), da periodicidade dos nitratos em diversas partes do<br />

mundo, observou-se o mesmo fenômeno, isto é, falta de nitrogênio<br />

nitrico, nas épocas frias e o aumento de nitratos se processando na<br />

primavera ou outono.<br />

Apesar de dezembro ser quente e ümido, nota-se que houve, nos<br />

dois anos, um declinio de nitratos nessa época. Esta diminuiçâo do<br />

teor de NO3-, é explicada pelas lavagens efetuadas pela âgua que percola<br />

o solo. A inspeçâo na fig. 1 mostra que a chuva em excesso, é<br />

fator negativo de acümulo de nitratos. É bem ilustrado este fato com<br />

os perïodos abril-maio, nos dois anos. Em 1948, nâo choveu e houve<br />

grande aumento de nitratos no solo e, em 1949, choveu bastante e os<br />

nitratos se apresentaram em niveis baixos.<br />

Aliando-se as lavagens que existam, hâ aihda absorçao dos nitratos<br />

pelo mato. SACHS (7), comparando diversas culturas, achou<br />

que hâ forte depressao de nitratos por absorçao. HALL (6), estudando<br />

a nitrificaçâo dum terreno em alqueive, notou uma falta de nitratos,<br />

durante os meses de dezembro a junho, que explicou como sendo<br />

dévida à compacidade do solo nâo permitindo reter âgua, ao pequeno<br />

arejamento, bem como absorçao intensa pelo mato, cujas raizes sâo<br />

bem desenvolvidas e têm grande capacidade de absorver os nitratos.<br />

Nâo teriam sido as duas primeiras" causas citadas por HALL, que atuaram<br />

para a diminuiçâo dos nitratos do solo em dezembro na experiência<br />

em aprêço, porque elas deveriam perdurar de Janeiro para a<br />

frente, quando se nota que, neste solo em experimentaçâo, houve o<br />

aumento de NO3~.<br />

Conclui-se que, em dezembro, houve lavagens e absorçôes intensas<br />

pelo mato, reduzindo o teor de nitratos a traços. Este ponto é de interesse<br />

particular para nos, em virtude de as adubaçôes nitrogenadas,<br />

excepto as orgânicas, nâo terem produzido bons resultados e dado<br />

mesmo resultados negativos. Em gérai, as adubaçôes sâo feitas em<br />

fins de setembro e comêço de outubro, época do inicio do plantio<br />

ou sementeira. O adubo nitrogenado minerai pode nâo perdurar no<br />

solo até dezembro, porque esta sujeito à lavagem, e, ao chegar de-


30 .<br />

p de Jacupiranga<br />

B Fosjato do fHorro do Serrote<br />

m Fosfato de Gafsa<br />

12 Fannha de 055O5 dégel<br />

V Hocha apatiiica de Comisâo<br />

vi Apatita deiraxd<br />

vu Hipei-fosfato<br />

200 300 5oo 750<br />

ml de acido cifrico a 2%<br />

4000<br />

Fig. •( - Curvas de solubilidade dos -fosfatos obtido5 com os<br />

porcentagens de P2Os soluvel era dcido citrico a 2% /<br />

i ApaUlcL de Jacupiranga<br />

II Fosfato do MorrodeSerrott<br />

m Fosfaio de Gaf sa<br />

IV Fo-nnha de osses dégel<br />

Rocha apaltbca de Ca-misio<br />

Vi fipatita<br />

VII ktperfosfato<br />

SOO<br />

ACI<strong>DO</strong> CITRICO<br />

Fig. 2 - Curi/as o?g solubilidade dos fosfatos<br />

ohtidos corn ai porcentac/ens de Pz0s total solu-<br />

hihiado<br />

co<br />

I<br />

g M<br />

O<br />

ta<br />

o<br />

§<br />

en<br />

O<br />

S


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 135<br />

zembro, pouco é encontrado.no solo, sendo contudo a época de maxima<br />

exigência das plantas em alimentos.<br />

Diversas hipóteses podem ser emitidas para explicar a falta de<br />

reaçao de adubos nitrogenados minerais e uma delas é que a capacidade<br />

de nitrificaçâo dos solos do Estado é grande e mesmo sendo<br />

baixos os teores em nitrogênio total ' quando comparados corf? os de<br />

outros paises frios, satisfazem plenamente as exigências das plan tas.<br />

Contudo, dezembro foi o periodo critico em NO3~, mesmo para êsse<br />

solo que se apresentava com regular teor de N total (0,11%). O<br />

parcelamento do adubo nitrogenado para esta, época talvez supra as<br />

deficiências e'/icontradas nesse mês. Convém, porém, lembrar que<br />

este trabalho foi realizado em terras com vegetaçâo espontânea e<br />

que, quando cultivadas, os tratos culturais aceleram a nitrificaçâo e<br />

impedem também o crescimento do mato.<br />

Nâo se conseguiu estabelecer proporçôes de mm de chuva caidos<br />

com lavagens de NO3~. Parece que chuvas de 10 dias anteriores,<br />

perfazendo 40 mm, causam perdas por percolaçâo. HALL (5, 6) achou<br />

que chuvas de mais de 3 polegadas (76,2 mm) produzem perdas, e<br />

SMITH (8), por sua vez admite, que, acima de 2 polegadas (50,8 mm)<br />

as chuvas arrastam- os nitratos para o sub solo. O problema é complexo,<br />

pois esta condicionado ao tipo de solo, constância de chuvas<br />

etc. e nâo pode ser determinado seu valor quantitative num trabalho<br />

deste tipo.<br />

É crença, no Estado de S. Paulo, que haja uma ascençâo de<br />

sais, porque temos urn inverno sêco e consiga a evaporaçâo trazer,<br />

por capilaridade, à superficie, os sais arrastados nos periodos de chuva.<br />

Êsse fato é citado para as regiöes âridas, porém, em nossas condiçôes,<br />

isso, provàvelmente, nâo ocorra. Verifica-se que em junho-julho<br />

•e agôsto-setembro de 1948 houve sêcas normais, mas nâo houve ascençâo<br />

de nitratos. Mais visivel foi o periodo de julho, agôsto e setembro<br />

de 1949, quando näo choveu tres meses seguidos. Como näo<br />

havia umidade e a temperatura era baixa, nâo existia nitrificaçâo e,<br />

portanto, os teores deveriam permanecer mais ou menos constantes.<br />

Se houvesse ascençâo de sais, séria notado um aumento de NO3~,<br />

pelas razôes expostas. Vê-se, pela figura 1, que o teor de nitratos<br />

manteve-se mais ou menos constante e nada leva a admitir, nesta<br />

experiência, que pudesse haver ascençâo de sais.<br />

Em abril-maio de 1948, houve grande acümulo de nitratos, o que<br />

nâo se repetiu em 1949. Quando as quedas pluviométricas da mesma<br />

época nos dois anos sâo comparadas, nota-se que, no primeiro caso,<br />

näo houve chuvas. -No mesmo periodo, em 1949, as chuvas foram<br />

abundantes e bem distribuidas. O que, porém, näo tem explicaçâo é<br />

a reduçâo de NO3~ por uma chuva de 20 mm em abril-maio de 1948,<br />

pois näo esta de acôrdo com os demais dados, a nâo ser que se admita<br />

como causa, uma insolubilizaçâo do N-nitrico pela atividade microbiana<br />

sobre a matéria orgânica do mato em decrepitude.<br />

RESUMO E CONCLUSÖES<br />

Da experiência da variabilidade dos' nitratos num solo tipo terra<br />

roxa misturadaT chegou-se as seguintes conclusôes:<br />

1. A nitrificaçâo neste solo, que deve seguir em linhas gérais<br />

a maioria dos outros do Estado de S. Paulo, varia com a época do<br />

ano. A dosagem de nitratos do solo para elucidar problemas de fertilidade<br />

e pedológicos, só tem valor quando realizada em intervalos pequenos<br />

e durante um certo periodo.<br />

2. O aumento de nitrificaçâo tem como fator positivo o calor<br />

•e a umidade, crescendo nas épocas quentes e com chuvas, e diminuindo<br />

nas épocas frias e sêcas.


136 ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

3. Nesta experiência, foi notada uma diminuiçâo de teor de nitratos<br />

em dezembro, que foge ao critério anterior. Admitiu-se comocausa,<br />

a lavagem, bem como a absorçâo intensa dos nitratos do solopelo<br />

mato que cresce. Pode-se explicar, por êsse fenômeno, a falta de<br />

reacao das adubaçoes nitrogenadas minerais, preconizando-se o parcelamènto<br />

do adubo para esta época. Contudo, esta experiência de<br />

variabilidade de nitratos nâo leva a resultados definitivos, pois indica<br />

apenas possibilidade de se resolver o problema de adubaçoes nitrogenadas<br />

minerais no Estado de S. Paulo.<br />

4. A experiência efetuada nâo permite que se aceite uma ascençâo<br />

de sais nas épocas de sêca no Estado, porque nâo houve enriquecimento<br />

de NO3~~ nesses periodos.<br />

5. Existem associadas perdas de NO3~ com as chuvas, porém.<br />

0 fenômeno nâo pôde ser medido quantitativamente.<br />

SUMMARY<br />

From the study of the variation of nitrates in Terra Roxa Misturada<br />

Soil the following conclusion may be drawn:<br />

1. The nitrates content of this soil, show a periodicity correlated,<br />

with the different seasons of the year. This seems to hold for the<br />

greater part of S. Paulo solis, which must have the same periodicity<br />

of the general uniformity of their climate, with minor exceptions.<br />

2. As nitrification proceeds at a higher rate in hot and wet.<br />

seasons (September-May) than in sold and dry ones (May-September),,<br />

nitrates accumulate in the soil during the first period and desapear<br />

in the second. However there appear to be an exception to the above<br />

rule, when it was found a decrease of nitrates in December. This<br />

may be due either to the leaching by rain or from the absorption by<br />

weeds at the time growing in the experimental field. Since nitric<br />

and ammonium nitrogen fertilizers do not generaly yield good results<br />

in S. Paulo, it is logic to assign the decrease of nitrogen content to<br />

the leaching of the soil, although this work do not permit conclusive<br />

explanation about nitrogen fertilizers.<br />

3. This study does not support the theory of the possible uprising<br />

of salts during dry months in the soil since it was found nitrates<br />

to man tain the same level in the soil during these months.<br />

4. Although the author was able to associate losses of nitrates<br />

with mm of rainfall, he was unable to determine this correlation.<br />

quantitatively.<br />

LITERATURA CITADA<br />

1 — BATHAM, H. N. e L. S. NIGAM — Periodicity of the nitrate content of<br />

Soils. Soil Sei. 29:181-190. 1930.<br />

2 — COSTA VERDADE, F. — Dosagem dos nitratos pelo método do âcido fenoldisulfônico.<br />

Apresentado à II Reuniäo Brasileira de Ciência do Solo<br />

e em publicaçao.<br />

3 — DEMOLON, A. e E. BASTISSE — Results of Lysimeter Experiments. Soil Sei.<br />

46:1-7. 1938.<br />

4 — GOWDA, R. N. — Nitrates and nitrification in field soils. Soil Sei.<br />

77:333-342. 1924.<br />

5 — HALL, T. D. — Nitrification in some South African Soils. Sil Sei. XII:<br />

301-363. 1921.<br />

6 — HALL, T. D.>— Nitrification in some South African Soils. Part II. Soil<br />

Sei. 18:219-235. 1924.<br />

7 — SACHS, W. H. — Effect of cultivation on Moisture and nitrate of field.<br />

soil. Univ. of Arkansas Agric. Exp. Sta. Bul. 205.<br />

8 — SMITH, J. B. — Distribuition of nitrates in three layer of fallow Soil-<br />

Soil Sei. 26:347-350. 1928.


A CAPACIDADE DE TROCA DE BASES E O INDICE DE<br />

SATURACÄO DE <strong>SOLO</strong>S DA REGIÄO SEGA .<br />

LUIZ BEZERRA DE OLIVEIRA<br />

Quimico Industrial<br />

* do Institute) José Augusto Trindade<br />

O Laboratório do Institute José Augusto Trindade, localizado nomunicipio<br />

de Souza, Estado da Paraiba, com os seus 10 anos de trabalhos<br />

de pesquizas sobre solos e âguas da regiâo sêca, situados na ârea<br />

de açào do Departamento Nacional de Obras Contra as Sêcas, apesar<br />

de pequena divulgaçâo dos seus trabalhos ,vem realizando uma obra<br />

gigante.sca no setôr,do estudo do solo, principalmente sob o aspecto<<br />

agrológico.<br />

Os estudos completes realizados em 15 Bacias de Irrigaçâo dos<br />

Açudes Püblicos com um total de 93.189 Ha. de area livre ocupada<br />

por solos de l. a , 2. a , 3. a e. 4. a classe, demonstram plenamente o esforço<br />

e a dedicaçâo dos téenicos do Serviço Agro-Industrial orientados pelo<br />

Agrônomo Dr. José Guimarâes Duque, e principalmente daqueles que<br />

trabalham neste Instituto sobre a direçâo do Dr. Paulo de Brito Guerra..<br />

O presente trabalho, é mais um estudo ou observaçâo a respeito<br />

da. parte trocavel dos nossos principals tipos de solo, dada a importância<br />

da determina?âo analitica desses elementos para o julgamento da<br />

fertilidade dos nossos solos.<br />

Os estudos sobre as bases troeâveis, envolvem descriçôes detalhadas<br />

de fenomenos fisicos, quimicos e fisico-quimicos, para a explicaçâo<br />

de todas as reaçôes que ocorrem no sistema solo-âgua-planta. Tal estudo,<br />

exigiria muito espaço, fugindo da caracteristica desse trabalho.<br />

Consideremos as seguintes expressôes:<br />

CAPACIDADE DE TROCA DE BASES ou SOMA DAS BASES, denominada<br />

de S \<br />

CAPACIDADE TOTAL DE TROCA DE BASES ou valor T<br />

PERCENTAGEM DE SATURACÄO DAS BASES ou valor V<br />

HIDROGÊNIO TROCAVEL — H<br />

RELAÇAO Na/Ca<br />

COEFICIENTE ME de S/argila %.<br />

CAPACIDADE DE TROCA DE BASES OU SOMA DAS BASES, valor S<br />

Desde 1840 aproximadamente, que os agrologistas, vem realizando<br />

estudos para interpretaçâo do resultado de uma anâlise quimica do<br />

solo, em relaçâo à parte assimila vel pelas plantas; chegaram a efetuar<br />

varias anâlises complétas do solo na esperança de atingir resultados<br />

satisfatórios. Tal soluçâo nâo foi possivel pelo fato verificado de que as»<br />

dimensôes das particulas do solo e a sua composiçâo quimica, influiam<br />

no conteudo de ar e âgua do solo, que sâo os fatores mais intimamente-


138 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

ligados as plantas; esse fato abriu novos horizon tes em relaçâo ao problema<br />

em questâo.<br />

Em 1845, DAUBENY conseguiu demonstrar após célèbre investigaçâo<br />

cientifica que "apenas uma parte dp conteudo dos elementos nutrientes<br />

do solo era ativa ou seja assimilâvel e que a restante era inativa.<br />

Em 1852, WAY chegou à conclusâo de que, os silicatos no solo formavam<br />

dois grupos, urn ativo e outro inativo. Esse experimento foi considerado<br />

como urn dos primeiros impulsos na investiga?âo cientifica<br />

do solo. Mais tarde o próprio WAY, interpretando uma observaçâo feita<br />

por alguns fazendeiros, relativa ao desprendimento de amônia nos montes<br />

de adubo de curral, e principalmente no fato observado por H. S.<br />

THOMPSON, de que a terra absorvia essa amônia e evitava o seu desprendimento-<br />

concluiu que realmente havia uma adsorçâo da amônia<br />

pelo solo. Surgiu entâo o problema de determinar quai o constituinte<br />

do solo responsâvel por essa reaçâo. Posteriormente, WAY verificou estar<br />

na argila esse constituinte uma vez que a argila quando calcinada<br />

perdia essa propriedade.<br />

Vârios estudos forain realizados sobre os silicatos simples, duplos<br />

e os zeôlitos. Finalmente, concluiram que "os constituintes ativos do<br />

solo, säo .a argila e a matéria orgânica".<br />

Em continuaçâo, apareceu o problema do mecanismo da adsorçâo<br />

que foi estudado por vârios cientistas como LIEBIG, CAMERON, PATTEN,<br />

que afirmavam ser a adsorçâo, um fenomeno fisico. Outros como WAY,<br />

HISSINK, consideravam uma reaçâo quimica. Sabe-se ho je que a reaçâo<br />

é de carâter fisico-quimico.<br />

Estudada a questâo das bases trocâveis, apareceu o problema<br />

quanto a sua funçâo na nutriçâo das plantas. Atribue-se a KNOP, ter<br />

anunciado pela primeira vez que "a quantidade total de bases adsorvidas,<br />

représenta um indice de fertilidade do solo". Para essa afirma-tiva,<br />

ele partiu da suposiçâo de que o solo adsorvia as bases da.rhesma<br />

maneira como a silica se combinava com os silicatos para formar os silicatos<br />

duplos. Dessa maneira o solo podia efetuar a troca com as plantas.<br />

Verificou também, que os solos de alta fertilidade possuiam grande<br />

quantidade de bases trocâveis. Conseguiu entâo determinar as bases<br />

trocâveis, empregando uma solu


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 139<br />

lüveis). Diversos métodos foram empregados para o caso dos solos carbonatados,<br />

tendo sido apresentados vârios de autori'a de HISSINK, MA-<br />

GISTAD, CHAPMAN e KELLEY, levando em consideraçâo a solubilidade do<br />

carbonato de câlcio nos diversos agentes percoladores. Deixamos de<br />

entrar em consideraçôes sobre esses métodos, o que faremos mais ade-<br />

.ante; a citaçâo e a interpretaçâo analitica do método internacional de<br />

KELLEY e BROWN, usado por nós.<br />

Quanto ao problema dos sais salüveis, verificou-se que os valores<br />

obtidos para o S, quahdo se empregavam' os métodos normais eram<br />

sempre superiores ao T. Esse acréscimo era devido a determinaçâo de<br />

parte dos cations dos sais solüveis como base. Essa questâo foi resolvida<br />

com a observaçâo de que o valor S nâo sofria alteraçâo quando<br />

•os sais solüveis eram eliminados pela lavagem preliminar do solo.<br />

Aquï no Nordeste, os sais solüveis que predominant sâo: o clorêto<br />

de sódio e o carbonato de sódio, que sâo removidos pela lavagem do<br />

solo com uma soluçâo alcoólica a 60%.<br />

Vârios métodos foram estudados aqui no Laboratório tendo o quiinico<br />

VALTER MOTA, no seu trabalho (Considérâmes sobre os solos da Regiäo<br />

do Nordeste) chegado a conclusâo de que o método do Prof. ANTO-<br />

Nio BAERETO pela sua simplicidade, rapidez e economia era o que se<br />

apresentava melhor para os solos dessa regiâo; apesar- disso, atualmente,<br />

empregamos o método em questäo apenas com o fim comparativo,<br />

pois passamos a adotar o valor S, como o resultado -da soma das<br />

bases determinadas separadamente, depois do emprego do Flame- P otometro<br />

para anâlises do Na e K, dada a precisâo dos métodos empregados.<br />

Num grande numero dè anâlises realizadas, observamos que os valores<br />

do S determinados pelo processo do Prof. ANTONIO BAERETO e os<br />

•obtidos das somas das bases apresentam resultados pràticamente<br />

idânticos.<br />

DETERMINAÇÂO <strong>DO</strong> S EM <strong>SOLO</strong>S NÄO CARBONATA<strong>DO</strong>S<br />

E ISENTOS DE SAIS SOLÜVEIS:<br />

REATIVOS: — a) Soluçâo de hidróxido de sódio 0.1 N<br />

b) Soluçâo de âcido cloridrico 0.1 N<br />

c) Soluçâo alcoólica de âcido cloridrico 0.1 N: —<br />

Diluir 100 ml de HC1 1 N, com alcool absoluto até completar 1 litro.<br />

Determinar o fator com NaOH, empregado bromo timol azul como indicador.<br />

d) Soluçâo de bromo timol azul 0,04%: — Diluir<br />

0,1 gr. do indicador em 7,0 ml de NaOH 0,01 N e completar o volume<br />

para 250 ml com âgua distilada.<br />

PROCESSO : — Pesar 33 gramas de solo sêco ao ar e colocar numa<br />

gar'rafa de Stohman de 500 ml. Juntar exatamente 330 ml da soluçâo<br />

cloridrica alcoólica e agitar durante 30 minutos num agitador mecânico.<br />

Deixar decantar por 30 minutos e 'em seguida pipetar 25 ml do<br />

liquido sobrenadante para um erlenmeyer de 100 ml. Diluir com um<br />

pouco dâgua distilada, adicionar algumas gôtas de bromo timol azul<br />

e titular com a soluçâo de NaOH 0.1 N.<br />

CÄLCULO : — (ml soluçâo solo x fator — ml NaOH gastos x fator)<br />

•x4= ME de S por 100 gramas de solo.<br />

EXPLICACAO: — O deslocamento das bases no processo, se dâ<br />

por intermédio do H dissociado da soluçâo que passa entâo para o complexo.<br />

Como essa troca se verifica equimolecularmente, a quantidade


140 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE <strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

de H empregada para substituir as bases é determinada por diferença.<br />

pela titulaçâo com o hidróxidp de sódio. Entäo:<br />

1 ml de HCl 0.1 N = 0.1 ME de H; como a parte aliquota foi de<br />

25 ml da soluçâo correspondente à 2,5 gramas de solo, tem-se fator para<br />

0.1 X 100<br />

o câlculo do S em ME/100 gramas de solo = = 4<br />

2,5<br />

DETERMINACÄO <strong>DO</strong> S EM <strong>SOLO</strong>S CARBONATA<strong>DO</strong>S — MÉTO<strong>DO</strong>'<br />

INTERNACIONAL<br />

Êsse processo só é empregado, quando o sodo contém mais de 150'<br />

mg de carbonato de câlcio por 100 gr. de solo. Sob o ponto de vista<br />

prâtico, consideramos assim, quando uma pequena quantidade da pasta,<br />

saturada do solo produz efervecencia com HCl concentrado.<br />

REATIVOS: — a) Soluçâo de clorêto de amônia 1 N.<br />

b) Soluçâo de âcido sulfûrico 0,1 N.<br />

c) Soluçâo de hidróxido de sódio 0.1 N.<br />

d) Soluçâo de nitrate de prata 5%.<br />

e) Alcool etilico ajustado a pH 7, pelo bromo timol<br />

azul.<br />

ƒ) óxido de magnésio p.a.<br />

PROCESSO: — Pesar 10 gr. de solo sêco ao ar e passar para ûnt<br />

erlenmeyer de boca esmerilhada de 300 ml. Juntar 100 ml da soluçâo<br />

de CINH4 e em seguida agitar durante 30 minutes em agitador mecânico.<br />

Deixar em repouso durante 16 a 18 horas, preferivelmente durante<br />

a noite. Filtrar, empregando um cadinho de Gooch em papel de<br />

filtro duplo e passar todo o solo para o cadinho, com o auxilio de uma<br />

piseta .contendo a soluçâo de amônia. Nâo empregar âgua, distilada..<br />

Lavar o solo contido no cadinho com 200 a 250 ml da soluçâo de clorêto<br />

de amônia, empregando de cada vez, no mâximo 30 ml. É preciso'<br />

obsefvar que durante essa lavagem só se deve adicionar nova quantidade<br />

depois de esgotada a anterior. Concluida a lavagem, mudar de<br />

kitasato e procéder a segunda lavagem com alcool etilico de pH 7, até'<br />

o filtrado nâo apresentar reaçâo de clorêtos com o nitrato de prata.<br />

Essa lavagem também é de grande importâneia no processo, devendo<br />

ser bastante rigorosa. d .<br />

Em seguida, passar o solo com o papel de filtro para um balâo de<br />

Kjeldahl de 500 ml emprefando âgua distilada, até completar 0 volumede<br />

250 ml. Colocar o balâo no aparelho de distilaçâo e adicionar 2 gr.<br />

de óxido de magnésio. Distilar, recebendo o distilado num erlenmeyer<br />

contendo 40 ml da soluçâo de âcido sulfûrico 0.1 N e 5 a 6 gôtas de<br />

bromo timol azul. Titular finalmente 0 âcido nâo neutralizado com a<br />

'soluçâo de NaOH 0.1 N,<br />

CÄLCULO: — (ml de H2S04 x fator — ml NaOH x fatpr) = ME<br />

de S por 100- gramas de solo.<br />

EXPLICACÖES : — No processo, o clorêto de amônia em contacte<br />

com o solo durante a agitaçâo, 0 tempo de repouso, e a lavagem, desloca<br />

todos os cations presos no complexo de argila do solo, ficando este<br />

saturado do ion amônio. O solo nessa situaçâo, fica,em condiçôes idênticas<br />

quando da determinaçâo do T pelo processo de PARKER que empregamos<br />

e cuja descriçâo compléta faremos mais adeante.


ANAIS DA. TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 141<br />

Em gérai os solos carbonatados de nossa regiâo, sâo« todos saturados,<br />

sendo o S igual ao T. O câlcio trocâvel, nâo é dosado separadamente<br />

como as outras basest o seu valor é obtido por diferença entre<br />

•o S assirri determinado e a soma das outras bases, dosadas no extrato<br />

do solo. : I i . I ;•• j<br />

O f a tor igual a 1, empregado para o câlculo, obtem-se da seguinte<br />

expressâo: (0.1 x 100 -4- 10) = 1, onde cada ml de âcido, équivale a<br />

0.1 ME de NH4, e 10 a quantidade em gramas de solo empregada.<br />

:DETERMINAÇÔES DA CAPACIDADE TOTAL DE TROCA DE BASES<br />

OU VALOR T<br />

1<br />

O quimismo dessa determinaçâo, difere muito pouco em relaçâo ao<br />

•do S, pois precisamos deslocar do complexo nâo sômente as bases, mas<br />

também o hidrogênio trocâvel. O principal emprego é o mesmo, apenas<br />

diferindo no agente percolador, ou seja na força de adsorçâo ou de<br />

•deslocamento dos cations das solu?ôes empregadas.<br />

O valor T quando representado em ME por 100 gramas de solo,<br />

é igual a soma do valor S com o H. (T = S + H).<br />

O método adotado, foi o que apresentou melhor cqncordância nos<br />

estudos comparativos realizados nesse Laboratório com vârios métodos<br />

.internacionalmente conhecidos.<br />

RE ATI VOS: — a) Soluçâo de hidróxido de bârio 0.1 N<br />

b) Soluçâo de clorêto de amônia 1 N<br />

, c) Soluçâo de âcido sulfûrico 0.1 N<br />

d) Soluçâo de hidróxido de sódio 0.1 N<br />

e) Soluçâo de nitrato de prata 5%<br />

ƒ) Alcool etilico ajustada a pH 7,0<br />

g) óxidp de magnésio p.a.<br />

" PROCESSO: — Pesar 10 gr., de solo sêco ao ar e passar para um<br />

»erlenmeyer de 300 ml de rôlha esmerilhada. Juntar 100 ml da soluçâo<br />

de hidróxido de bârio e agitar durante 30 minutos num agitador mecânico.<br />

Deixar repousar durante 16 a 18 horas. Em segùida, filtrar<br />

o liquido claro sobrenadante em cadinho de Gooch preparado com dois<br />

papeis de filtro, e passar todo o conteüdo para o mesmo com o auxilio<br />

•de uma pisêta contendo âgua distilada. Lavar o solo com 250 ml de<br />

clorêto de amônia, juntando 20 a 30 ml de cada vez e só adicionando<br />

nova quantidade, depois de esgotada a anterior. Terminada a operaçâo,<br />

mudar de Kitasato, 1 e continua? a lavagem empregando alcool absoluto<br />

ajustado a pH 7,0, até que o filtrado nâo apresente reaçâo de. cloxêto<br />

com o nitrato de prata. Empregar um bastäo com policial de, borracha<br />

afim de retirar os cristais de clorêto de amônia que ficam aderidos<br />

nas bordas do cadinho. Separar o alcool d a lavagem para ser re-<br />

'Cuperado.<br />

Continuar o processo, com a transferência do solo, juntamente<br />

com o papel de filtro para, um balâo Kjeldahl de 500 ml, utilizando âgua<br />

distilada até completar o volume de 250 ml. Colocar p balâo no aparelho<br />

de distilaçâo, adicionar 2 gr. de óxido de magnésio, e receber o<br />

distilado num erlenmeyer contendo 40 ml de H?S04 0.1 N com algumas<br />

gôtas de bromo timol azul. Deixar esfriar, e titular o âcido sulfûrico<br />

:nâo neutralizado, com a soluçâo de hidróxido de sódio.<br />

CALCULO: — (ml de H2S04 x fator — ml NaOH x fator) = valor<br />

T em ME por 100 gr. de solo.


142 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

EXPLICAÇÂO: — No processo, a solusâo de hidróxido de bârio,<br />

em contacto intimo com o solo, desloca o Hidrogênio trocâvel existente<br />

e mais utros cations presos no complexo, ficando parcialmente saturad<br />

de bârio. Isto se dâ porque a força do deslocamento do Ba é superior<br />

a do H de outras bases. A reaçâo abaixo ilustra o processo:<br />

Ca C. Ca Mg Me Ms<br />

Ba B„ Ba Ba Ba Ba •<br />

Cal • |K Ba| • Ba<br />

i | + Ba(OH)2 = |<br />

H<br />

H Mn Mn Na Na Na Na<br />

Ba Ba Ba Ba Ba<br />

(OH)2R(OH)R<br />

R = Ca, M,, Na, K, Mft<br />

Depois da lavagem do solo com a soluçâo de clorêto de amônia,<br />

todo o cation Ba ou qualquer outro que näo tenha sido deslocado pelo<br />

primeiro, a substituido pelo NH4 f icando assim assegurado 0 deslocamento<br />

total de todas as bases presas ao complexo. Isto se verifica porque<br />

a força de adsorçâo da amônia é superior ao do Bârio.<br />

Representaremos a reaçâo como se segue:<br />

Ba Ba Ba Ba Ba Ba<br />

Ba| B4<br />

Ba Ba Ba Ba Ba<br />

|B4<br />

+ 2 C1NH4 = NH4<br />

NH<br />

NH4 NH4 NH4 NH4 NH4<br />

NH4 NH4 NH4 NH4 NH4<br />

Uma vez obtido o complexo saturado de amônia, torna-se necessârio<br />

eliminar 0' excesso de sal da lavagem, o que é conseguido pela lavagem<br />

alcoplica. A exigência quanto ao pH 7,0 do alcool, se deve ao fato<br />

de hidrogênio que existe dissociado no alcool, como geralmente acontéce<br />

(leve acidez apresentada pelo alcool etilico), pode deslocar uma,<br />

parte da amônia do complexo e.provocar um erro na determinaçâo.<br />

Segue-se entâo a operaçâo para determinar quantitativamente o<br />

teor dos cations NH4 présentes, que é a distilaçâo do solo em meia<br />

aquoso, em presença do óxido de magnésio. Com o aquecimento, a amônia<br />

vae se desprendendo e neutralizando parte do âcido presente no<br />

erlenmeyer. A quantidade de âcido neutralizado, que é equivalente a<br />

de NH4 deslocado do solo, é determinada pela titulaçâo corn' o hidróxido<br />

de sódio.<br />

A diferença entre o numero de mililitrós de âcido empregados e a<br />

de hidróxido de sódio gastos, représenta diretamente 0 valor do T expresso<br />

em ME por 100 gramas dé solo, uma vez que se partiu de. 10 grde<br />

solo, e 1 ml da soluçâo de âcido é igual à 0.1 ME de NH4.


AN AIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CÏÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 143'<br />

HIDROGÊNIO TROCÂVEL<br />

A existência do Hidrogênio no complexo do solo, foi verificada por<br />

PARKER e CAMERON, quando realizavam estudos sobre as bases, trocâveis.<br />

Eles observaram que "as quantidades de bases libertadas pelo solo,,<br />

nâo eram équivalentes as adsorvidas pelo mesmo", dai surgir a hipótese<br />

de haver outro elemento funcionando como base. Tratava-se do Hidrogênio,<br />

pois quando êle era eliminado a soma das bases libertadas era<br />

igual as adsorvidas. A respeito dos métodos analiticos para a sua detefminaçâo,<br />

todos säo baseados num mesmo principio, porém diferindo na<br />

soluçâo extratora. Alguns autores preconisam o método do acetato. de<br />

câlcio normal, outros o acetato de bârio, sendo esses dois os mais erapregados,<br />

nâo havendo inconveniente na escolha quanto à precisâo<br />

dos resultados.<br />

A finalidade desses métodos, é obter o deslocamento do H trocâvel<br />

retido no complexo, por meio de uma soluçâo, onde o cation desta efetüa<br />

a troca com o H do solo, passando este para a soluçâo, onde é dosado<br />

por intermédio de um alcali. Um desses métodos, é empregado<br />

pelo Instituto de Quimica do Rio de Janeiro, jâ existindo um trabalho<br />

que equipara o método do. acetato de câlcio com o de bârio, quanto à<br />

precisâo, e ajustado com um fatpr determinado analiticamente.<br />

No nosso Laboratório, de acôrdo com estudos de outros colegas,<br />

nâo foi adotado o método da determinaçâo do H trocâvel. Tal fato, se<br />

deve a fraca ocorrência do H nos solos dessa regiâo, justificada perfeitamente<br />

pelo estado de saturaçâo dos nossos solos tipicamente sialiticos,<br />

dadas as condieôes climâticas.<br />

O método que empregamos, é um dos très apresentados por PARKER<br />

"o da diferença". Esse método foi julgado o mais impreciso em relaçâoaos<br />

outros dois da titulaçâo e o -do acetato de bârio. O valor do H é<br />

obtido da diferença entre o T e o S. Acredito que, apesar da observaçâo<br />

acima, a determinaçâo analitica do H séria a menos aconselhâvel<br />

devido aos baixos valores encontrados para o H e os altos de S e do T..<br />

A existência do H, define o solo sob o ponto de vista de saturaçâo<br />

de bases e dâ uma idéia do seu grau de insaturaçao.<br />

Nos quadros anexo, podemos observar os seus baixos valores nos'<br />

vârios tipos de solos.<br />

PERCENTAGEM DE SATURAÇÂO OU VALOR V „<br />

Esse valôr dâ uma informaçâo a respeito da situaçâo do complexo •<br />

em relaçâo as bases, pois é uma relaçâo percentual relativa à capacidade<br />

total de troca de bases e a soma das mesmas disponiveis no solo..<br />

100 x S . .<br />

V s= . Quando êsse valôr, é igual a 100, o solo é dito<br />

-• • T .<br />

SATURA<strong>DO</strong> de bases, ou seja S = T. O complexo minerai esta com a<br />

sua capacidade sortiva satisfeita de cations metâlicos, podendo-se assegurar<br />

nâo existir o H trocâvel.. Para os nossos solos, o valor V tenrpouca<br />

significância quando considerâdo isoladamentè, o que nâo acontece<br />

com os solos lateriticos do sul, onde êle é considerâdo como um<br />

indice de fertilidade. Quando combinado com o pH, relaçâo Na/Ca e<br />

argila por cento, dâ uma indicaçâo quanto as caracteristicas do solo<br />

para irrigaçâo, ou seja da probabilidade de alcalinizaçâo e salinizaçâo.<br />

Estas consideraçôes, estäo relacionadas com o carâter sialitico dos solos<br />

dessa regiäo, onde a adsorçâo dos anions é minima e a predominância<br />

dos cations é bastante acentuada, como acontece em quase todos os<br />

solos das regiôes âridas e semiâridas. A pobrêsa em matéria orgânica<br />

de nossos solos, conseqüentemente, a contribuiçâo do complexo orgâ-


144 ANAIS DA TERCEIRA RETTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

znico no quimismo trocâvel do solo, força-nos a eleger o complexo mineral<br />

como o elemento mais importante no estudo interpretativo do grâu<br />

de fertilidade do solo. Näo queremos, outrossim, despresar o valôr dos<br />

elementos indispensâveis ao julgamento definitivo e completo do grâu<br />

de fertilidade dos solos, que. sâo o N,P,K. Consideraçôes râpidas sobre<br />

esses elementos tornam-se necessârias. O nitrogênio, dada a deficiência<br />

de matéria orgânica, é um elemento que existe em quantidades muito<br />

pequenas; o potâssio também concorre com valores baixos; muito embora<br />

com a adubaçâo orgânica possamos suprir essas duas deficiências;<br />

o fosforo é finalmente o elemento que deve ser adicionado por meio de<br />

adubos minerais, superfosfatos, pó de osso ou outros, uma vez que<br />

•ocorre também em quantidades bastante diminutas. .<br />

RELAÇÂO Na/Ca .<br />

O seu valôr indica a predominância do sódio sobre o câlcio no<br />

complexo minerai do solo. -Podemos afirmar ser o Ca e o Na os dois<br />

principals cations que mais contribuem para o elevado indice de saturaçâo<br />

dos solos dessa regiâo. As reaçôes de mais importância que<br />

se processam nos nossos solos, sâo de deslocamento do Ca pelo Na.<br />

Um valôr alto para essa relaçâo, indica 'tendência para alcaliniza-<br />

^çâo quando jâ nâo existe, podendo ser considerado como um sinal de<br />

.alerta exigindo o estudo das condiçôes fisicas do solo e da necessidade<br />

do uso imediato de corretivos, afim de baixar o teor de Na do. complexo,<br />

•evitando assim a alcalinizaçâo cujos efeitos nocivos ao solo sâo por<br />

demais conhecidos.<br />

Os solos näo salinos, acusam valores baixos (0.05 — 0,5) enquanto<br />

*que, os alcalinos ou aqueles com tendências à alcalinizar-se dâo até<br />

valores compreendidos entre 1 — 4.<br />

COEFICIENTE ME DE S/ARGILA %<br />

A capacidade de troca de bases dépende da natureza da argua, do<br />

•conteudo total de argila e do humus. Quato a natureza da argila, po-^<br />


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 145<br />

picas dos principals tipos de solo, quando dos estudos agrológicos realizados<br />

pela Secçâo de Solos do S.A.I., Uma, para mostrar a riqueza<br />

do complexo mineral, o grâu de saturaçâo, pH, argila % e relaçâo<br />

Na/Ca. Outra, para demonstrar a semelhança sob o aspecto fisico-quïmico<br />

entre os mesmos tipos de solos em varias regiöes do Poligono das<br />

Sêcas.<br />

Como ilustraçâo, faremos uma descriçâo sumâria das caracteristicas<br />

principals desses tipos de solo, de acôrdo corn o critério, por essa<br />

Secçâo de Solos para a sua classificaçâo.<br />

ALUVIÄO FLUVIAL<br />

O aluviâo fluvial, é um tipo de solo clasificado como de l. a classe,<br />

quanto as suas caracteristicas de fertilidade e irrigaçâo. Säö os melhores<br />

solos das Bacias de irrigaçâo, prestando-se ötimamente para qualquer<br />

cultura. É formado pelo material depositado pelos rios e apresenta<br />

ótimas propriedades fisicas. De acôrdo com a classificaçâo mecânica<br />

international, em gérai é classificado como LB (limo barrento);<br />

sua coloraçâo varia de pardo, amarelo, castanho e cinza, dependendo<br />

do conteûdo dos 3 elementos : argila, limo e areia. Quanto à anâlise<br />

trocâvel, apresenta-se com valores altos para o S quando argiloso<br />

(maior que 15), entre 8, 15 para o limoso e abaixo de 8 quando de 8<br />

quando arenoso. Em relaçâo as bases, tem o câlcio como prépondérante,<br />

dependendo do grâu de salinizaçâo.<br />

A Secçâo de Solos, adotou o critério de classificar os aluviôes de<br />

acôrdo com a sua origem, além da situaçâo salina no campo. Sâo portanto<br />

classificados como: Aluviâo Fluvial, Aluviâo de Riacho, Aluviâo<br />

de Encosta e Aluviâo argiloso. Quando salgado, acrescenta-se a palavra<br />

SALGA<strong>DO</strong>.<br />

Segue um quadro, contendo os resultados de diversas sondagens<br />

relativas a êsse tipo de solo em varias Bacias de Irrigaçâo do Poligono<br />

das Sêcas.<br />

ALUVIÂO FLUVIAL SALGA<strong>DO</strong><br />

O aluviâo fluvial salvado, é um tipo de solo considerado de 2. a<br />

classe, devido ao seu teôr de sais salüveis (maior que 100 mg por 100<br />

gramas de solo). Esses sais prejudicam a fertilidade do solo pelos efeitos<br />

tóxicos as plantas. Êle pode ser um aluviâo fluvial antigo, onde as<br />

proprias condiçôes climâticas da regiâo provocaram a sua saïga pela<br />

deficiência ou inexistência de drenagem natural ou devido a uma irrigaçâo<br />

ma orientada (excesso dâgua-drenagem mal feita). Topogràficamente,<br />

é piano e sua vegetaçâo nativa consta de mandacarû, jurema,<br />

joaseiro. Suas propriedades fisicas, säo reguläres e a parte trocâvel, é<br />

semelhante ao aluviâo fluvial nâo salino; Apresenta muitas vezes, as<br />

camadas inferiores jâ bastante alcalinizadas com a relaçâo Na/Ca alta.<br />

Quanto ao seu conteûdo em ClNa, pode acusar valores acima de 500<br />

mg por 100 gramas de solo.<br />

Êsse tipo de solo, tem sido corrigido com aplicaçâo de gêsso numa<br />

base variâvel de 5 a 10 Ton. por Ha, dependendo a dose do grâu de salinizaçâo<br />

e alcalinizaçâo do solo, determinado no Laboratório.


ALUVIAO PLUVIAL<br />

Protocole*<br />

N.°<br />

734<br />

735<br />

776<br />

Média<br />

1791<br />

1722<br />

Média<br />

1899<br />

1900<br />

1901<br />

Média<br />

2365<br />

2366<br />

2367<br />

Média<br />

2681<br />

2682<br />

2683<br />

Média<br />

2958<br />

2959<br />

2960<br />

Média<br />

Sondagem<br />

N.°<br />

2-1<br />

2-II<br />

2-III<br />

—<br />

134-1<br />

134-11<br />

—<br />

25-1<br />

25-11<br />

25-111<br />

—<br />

7-1<br />

7-II<br />

7-III<br />

—<br />

17-1<br />

17-11<br />

17-111<br />

—<br />

2-1<br />

2-n<br />

2-III<br />

Espes-<br />

sura<br />

cms.<br />

90<br />

70<br />

30<br />

(190) *<br />

60<br />

140<br />

(200)<br />

40<br />

25<br />

135<br />

(200)<br />

20<br />

25<br />

135<br />

(185)<br />

90<br />

90<br />

20<br />

(200)<br />

45<br />

45<br />

100<br />

(200)<br />

pH<br />

7,54<br />

8,43<br />

7,91<br />

7,96<br />

6 81<br />

6,82<br />

6,81<br />

6,63<br />

6,85<br />

7,42<br />

6,95<br />

7,34<br />

7,37<br />

6,74<br />

7,18<br />

6,68<br />

7,60<br />

9,51<br />

7,93<br />

7,02<br />

7,19<br />

6,89<br />

7,03<br />

S<br />

13,44<br />

0,08<br />

8,38<br />

9,96<br />

11,31<br />

6,91<br />

9,11<br />

12,30<br />

6,30<br />

11,76<br />

10,12<br />

10,48<br />

12,48<br />

15,70<br />

12,88<br />

10,24<br />

6,75<br />

12,16<br />

9,71<br />

10,40<br />

7,80<br />

15,91<br />

11,37<br />

T<br />

ME/100<br />

13,44<br />

8,08<br />

8,38<br />

9,96<br />

13,93<br />

7,30<br />

10,61'<br />

15,46<br />

6,78<br />

13,36<br />

11,86<br />

11,32<br />

12,48<br />

18,41<br />

14,07<br />

11,95<br />

6,82<br />

13,61<br />

10,79<br />

11,84<br />

9,06<br />

18,61<br />

13,17<br />

H<br />

gramas<br />

nihil<br />

»<br />

—<br />

2,62<br />

0,39<br />

1,50<br />

3,16<br />

0,48<br />

1,60<br />

1,75<br />

0,84<br />

nihil<br />

2,71<br />

1,77<br />

1,71<br />

0,07<br />

1,45<br />

1,08<br />

1,44'<br />

1,26<br />

2,70<br />

1,80<br />

Ca<br />

de solo<br />

8,34<br />

1,31<br />

2,70<br />

4,12<br />

8,71<br />

4,83<br />

6,77<br />

8,63<br />

4,62<br />

5,83<br />

6,36<br />

5,14<br />

5,62<br />

5,48<br />

5,41<br />

5,67<br />

3,20<br />

6,02<br />

4,96<br />

7,09<br />

5,61<br />

10,41<br />

7,70<br />

Wo<br />

2,16<br />

3,42<br />

1,43<br />

2,33<br />

0,44<br />

0,32<br />

0,38<br />

0,56<br />

1,64<br />

3,86<br />

1,99<br />

1,03<br />

1,75<br />

4,66<br />

2,47<br />

0,98<br />

1,21<br />

1,18<br />

1,12<br />

0,32<br />

0,24<br />

0,50<br />

0,35<br />

V<br />

100,00<br />

100,00<br />

100,00<br />

100,00<br />

81,19<br />

94,66<br />

87,92<br />

79,56<br />

92,92<br />

88,02<br />

86,82<br />

92,58<br />

100,00<br />

85,28<br />

92,61<br />

85,69<br />

98,97<br />

89,35<br />

91,33<br />

87,84<br />

86,09<br />

85,49<br />

86,46<br />

Na<br />

' Ca<br />

0,25<br />

2,61<br />

0,52<br />

1,13<br />

0,05<br />

0,07<br />

0,06<br />

0,06<br />

0,33<br />

0,66<br />

0,35<br />

0,20<br />

0,30<br />

0,85<br />

0,45<br />

0,17<br />

0,37<br />

0,19<br />

0,24<br />

0,04<br />

0,04<br />

0,05<br />

0,04<br />

Argila.<br />

Total<br />

%<br />

21,4<br />

14,1<br />

13,9<br />

16,4<br />

19,6<br />

11,5<br />

15,5<br />

16,5<br />

10,2<br />

16,7<br />

14,5<br />

18,3<br />

15,3<br />

39,3<br />

24,3<br />

20,7<br />

13,3<br />

21,3<br />

18,4<br />

19,2<br />

14,0<br />

32,01<br />

21,7<br />

ME de<br />

S<br />

% argila<br />

0,63<br />

0,57<br />

0,60<br />

0,60<br />

0,58<br />

0,60<br />

0,59<br />

0,74<br />

0,62<br />

0,70<br />

0,69<br />

0,57<br />

0,81<br />

0,40<br />

0,59<br />

0,49<br />

0,51<br />

0,57<br />

0,52<br />

0,54<br />

0,55<br />

0,50<br />

0,53<br />

BACIA DE IBBIGAÇÂO<br />

Condado — Paraiba.<br />

General Sampaio — Ceara.<br />

Baixo Assû — R. G. do<br />

Porto Agricola — Rio Säo<br />

Francisco — Pe.<br />

Jacuricy — Bahia.<br />

Säo Gonçalo — Paraiba.<br />

(Continua)


(Conclusäo)<br />

Protocolo<br />

N.°<br />

1089<br />

1090<br />

1091<br />

Média<br />

2497<br />

2498<br />

2499<br />

Média<br />

2210<br />

2211<br />

2212<br />

Média<br />

2949<br />

2950<br />

2951<br />

Média<br />

3365<br />

3366<br />

3367<br />

Média<br />

2613<br />

2614<br />

2615<br />

Média<br />

Sondagem<br />

N°<br />

21-1<br />

21-11<br />

21-III<br />

2-1<br />

2-II<br />

2-III<br />

9-1<br />

9-II<br />

9-III<br />

24-1<br />

24-11<br />

24-111<br />

2-1<br />

2-II<br />

2-III<br />

4-1<br />

4-II<br />

4-III<br />

Espessura<br />

pH<br />

cms.<br />

(200)<br />

45<br />

70<br />

85<br />

25<br />

25<br />

150<br />

(20&)<br />

(200)<br />

45<br />

70<br />

85<br />

40<br />

50<br />

110<br />

(200)<br />

(175)<br />

10<br />

95<br />

70<br />

40<br />

50<br />

100<br />

(200)<br />

6,80<br />

6,60<br />

7,89<br />

7,09<br />

ALUVIAO PLUVIAL<br />

S T H Ca Na<br />

10,29<br />

11,13<br />

11,13<br />

10,85<br />

6,95 16,76<br />

7,00 9,65<br />

6,75 18,73<br />

6,90 15,04<br />

7,60<br />

8,00<br />

7,80<br />

7,80<br />

7,09<br />

6,81<br />

7,09<br />

6,99<br />

8,20<br />

7,08<br />

8,27<br />

7,85<br />

7,10<br />

7,32<br />

7,78<br />

7,40<br />

11,46<br />

11,10<br />

15,03<br />

12,53<br />

10,03<br />

9,12<br />

7,50<br />

8,88<br />

9,09<br />

8,92<br />

13,17<br />

10,42<br />

12,67<br />

15,04<br />

13,45<br />

13,72<br />

ME/100 gramas de solo<br />

11,76<br />

11,21<br />

11,13<br />

11,36<br />

17,80<br />

9,90<br />

22,00<br />

16,56<br />

14,26 .<br />

13,07<br />

20,05<br />

15,79<br />

11,55<br />

11,45<br />

9,91<br />

10,97<br />

9,09<br />

9,02<br />

13,17<br />

10,72<br />

12,69<br />

16,85<br />

13,53<br />

14,35<br />

1,47<br />

0,08<br />

nihil<br />

0,78<br />

1,04<br />

0,25<br />

3,27<br />

1,52<br />

2,80<br />

1,97<br />

5,02<br />

3,26<br />

1,52<br />

2,33<br />

2,41<br />

2,08<br />

nihil<br />

0,10<br />

nihil<br />

0,03<br />

0,02<br />

1,81<br />

0,08<br />

0,64<br />

6,33<br />

6,08<br />

3,92<br />

5,44<br />

9,76<br />

5,86<br />

11,21<br />

8,94<br />

8,13<br />

7,53<br />

9,55<br />

8,40<br />

6,56<br />

5,98<br />

4,52<br />

5,69<br />

5,80<br />

4,28<br />

7,94<br />

6,01<br />

8,52<br />

11,58<br />

9,24<br />

9,78<br />

1,44<br />

0,73<br />

3,25<br />

1,81<br />

1,95<br />

1,80<br />

1,39<br />

1,71<br />

0,75<br />

0,93<br />

0,87<br />

0,85<br />

0,41<br />

0,99<br />

1,27<br />

0,89<br />

0,38<br />

0,64<br />

2,34<br />

1,12<br />

" 1,96<br />

3,41<br />

2,24<br />

2,54<br />

V<br />

87,50<br />

99,28<br />

100,00<br />

95,59<br />

94,16<br />

97,47<br />

85,14<br />

92,24<br />

80,36<br />

84,93<br />

74,96<br />

80,07<br />

86,84<br />

79,65<br />

75,68<br />

80,71<br />

100,00<br />

98,89<br />

100,00<br />

99,62<br />

99,84<br />

89,26<br />

99,41<br />

96,16<br />

Na<br />

Ca<br />

0,22<br />

0,12<br />

0,82<br />

0,39<br />

0,19<br />

0,30<br />

0,12<br />

0,20<br />

0,09<br />

0,12<br />

0,09<br />

0,10<br />

0,06<br />

0,16<br />

0,28<br />

0,17<br />

0,06<br />

0,14<br />

0,29<br />

0,16<br />

0,23<br />

0,29<br />

0,24<br />

0,25<br />

Argila<br />

Total<br />

%<br />

10,9<br />

14,3<br />

17,3<br />

14,2<br />

23,2<br />

13,9<br />

32,2<br />

23,1<br />

16,7<br />

14,8<br />

23,8<br />

18,4<br />

16,7<br />

18,4<br />

15,1<br />

16,7<br />

15,0<br />

16,6<br />

21,5<br />

17,7<br />

17,8<br />

22,0<br />

18,5<br />

19,4<br />

ME de<br />

S<br />

% argila<br />

0,94<br />

0,78<br />

0,64<br />

0,79<br />

0,72<br />

0,69<br />

0,58<br />

0,66<br />

0,69<br />

0,75<br />

0,63<br />

0,69<br />

0,60<br />

0,49<br />

0,50<br />

0,53<br />

0,61<br />

0,54<br />

0,61<br />

0,59<br />

0,71<br />

0,68<br />

0,73<br />

0,71<br />

BACIA DE IRRIGAÇÂO<br />

Choró — Cearâ.<br />

Poço da Cruz — Pe.<br />

Lima Campos — Cearâ.<br />

Pilóes — Paraiba.<br />

Cedro — Cearâ.<br />

Baixo Jaguaribe — Cearâ.


148 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

MASSAPÊ<br />

É um solo classificado como de 2. a classe. Sua formaçâo, se deve<br />

à sedimentaçâo do material fino carregado pelas âguas de inundaçoes,<br />

depositados nos lugares baixos; em gérai é argiloso, podendo apresentar-se<br />

çomo limo-argiloso; possue coloraçâo par da ou escura quando<br />

ûmido e compacto, duro e fendilhado quando sêco. É bastante impermeâvel<br />

nâo permitindo que a âgua pénètre profundamente; comu-<br />

. mente produz atoleiros.<br />

Nas Bacias de Irrigaçâo é aproveitado para cultura de arroz. Possûe<br />

propriedades fisicas reguläres, dependendo da anâlise mecânica.<br />

Quanto a parte quimica nutriente, acusa valor es altos para o S e principalmente<br />

para o câlcio trocâvel bem como para o magnésio e o fosforo.<br />

É muito comum apresentar concreçôes carbonatadas e ferruginosas<br />

e em gérai é saturado. Sua vegetaçâo nativa consta de pinhâo,<br />

mufumbo, salsa e joaseiro.<br />

Sob o ponto de vista da irrigaçâo, é um solo que para ser irrigado<br />

eficientemente, exige uma drenagem imediata, para evitar a saïga<br />

râpida.<br />

MASSAPÊ SALGA<strong>DO</strong><br />

Êsse tipo de solo, pode ser considerado como urn Massapê "idoso"<br />

cuja salinizaçâo se deve à acumulaçâo dos sais contidos nas âguas que<br />

o saturam no tempo invernoso e sâo evaporadas no verâo. Tal processo<br />

se repetindo por vârios anos, torna o solo rico em sais solûveis como<br />

também tende a modificar a constituiçâo do complexo minerai, prejudicando<br />

mais ainda as suas propriedades fisicas. É considerado de 3. a<br />

classe para irrigaçâo.<br />

Uma drenagem eficiente e .uma correçâo com gêsso pode tornar<br />

o massapê salgado em solo cultivâvel com vantagem econômica.<br />

* * *<br />

VARZEA<br />

É um solo classificado como de 3. a classe. Pode apresentar-se superficialmente,<br />

com uma camada de areia e limo, sobrepondo outra<br />

mais argilosa e finalmente apresentando uma outra impermeâvel. É<br />

considerado como solo alcalino ou salino — alcalino. A disposiçâo das<br />

camadas, se deve ao residuo da eluviaçâo que se infiltra no solo arrastando<br />

a argila jâ com um alto grâu de dispersâo para as camadas mais<br />

profundas. Podemos dizer que é o periodo de transiçâo para o saläo.<br />

Admite-se também, ser um estâgio de transformaçâo do aluviâo fluvial<br />

que sofreu o processo de salinizaçâo e alcalinizaçâo por falta de condiçôes<br />

de drenagem natural.<br />

As culturas que se adaptam, sâo o arroz e o girassol. Pode ser corrigido<br />

com o emprêgo do gêsso, sendo essa recuperaçâo duvidosa sob o<br />

ponto de vista econômico.<br />

No quadro anexo apresentamos o resultado analitico da sondagem<br />

587 localizada na Bacia de Irrigaçâo do Açude S. Gonçalo, que escolhida<br />

como caracteristica dêsse tipo de solo. Pode-se verificar o aumento


ALUVIAO GLUVIAL SALGA<strong>DO</strong><br />

Protoeolo<br />

N.o<br />

209<br />

210<br />

211<br />

212<br />

Média<br />

967<br />

968<br />

969<br />

Média<br />

2943<br />

2944<br />

2945<br />

Média .<br />

1825<br />

1826<br />

1827<br />

Média<br />

Sondagem<br />

N°<br />

242-1<br />

242-11<br />

242-III<br />

242-IV<br />

—<br />

12-1<br />

12-II<br />

12-111<br />

—<br />

22-1<br />

22-11<br />

22-111<br />

—<br />

5-1<br />

5-II<br />

5-III<br />

—<br />

Espes-<br />

sura<br />

cms.<br />

30<br />

50<br />

70<br />

50<br />

(200)<br />

20<br />

50<br />

100<br />

(180)<br />

50<br />

60<br />

90<br />

(200)<br />

35<br />

65<br />

100<br />

(200)<br />

pH<br />

5,85<br />

7,88<br />

8,03<br />

7,90<br />

7,41<br />

7,18<br />

7,28<br />

8,02<br />

7,49<br />

8,68<br />

9,16<br />

9,48<br />

9,10<br />

6,90<br />

6,40<br />

7,75<br />

7,01<br />

S<br />

14,09<br />

12,19<br />

10,93<br />

13,59<br />

12,70<br />

8,60<br />

11,30<br />

11,30<br />

10,40<br />

13,35<br />

10,26<br />

10,26<br />

11,29<br />

10,57<br />

13,28<br />

18,30<br />

14,05<br />

T<br />

ME/100<br />

15,91<br />

14,76<br />

12,94<br />

13,91<br />

14,38<br />

11,92<br />

13,42<br />

11,30<br />

12,21<br />

13,35<br />

10,26<br />

10,26<br />

11,29<br />

11,57<br />

19,76<br />

23,77<br />

18,36<br />

H<br />

gramas<br />

1,72<br />

2,67<br />

2,01<br />

0,32<br />

1,68<br />

3,32<br />

2,"12<br />

nlhil<br />

1,81<br />

nihil<br />

nihil<br />

nihil<br />

nihil<br />

1,00<br />

6,48<br />

5,47<br />

4.32<br />

Ca<br />

de solo<br />

7,45<br />

4,95<br />

4,76<br />

4,72<br />

5,47<br />

2,64<br />

2,82<br />

2,56<br />

2,67<br />

5,02<br />

2,11<br />

1,81<br />

2,98<br />

6,97<br />

8,15<br />

7,40<br />

7,50<br />

Na •<br />

1,85<br />

4,05<br />

3,77<br />

5,58<br />

3,81<br />

- 1,80<br />

3,80<br />

4,57<br />

3,39<br />

5,38<br />

4,94<br />

4,82<br />

5,05<br />

0,31<br />

2,90<br />

7,79<br />

3,66<br />

y<br />

88,56<br />

82,59<br />

84,47<br />

97,70<br />

88,33<br />

72,15<br />

84,20<br />

100,00<br />

85,44<br />

100,00<br />

100,00<br />

100,00<br />

100,00<br />

91,36<br />

67,21<br />

76,99<br />

78,51<br />

Na<br />

Ca<br />

0,25<br />

0,99<br />

0,79<br />

1,18<br />

0,80<br />

0,68<br />

1,34<br />

1,78<br />

1,27<br />

1,07<br />

2,34<br />

2,66<br />

2,02<br />

.<br />

0,44<br />

0,35<br />

1,05<br />

8,61<br />

Argila<br />

Total<br />

33,5<br />

25,2<br />

26,3<br />

31,5<br />

29,1<br />

27,3<br />

28,5<br />

15,6<br />

23,8<br />

23,1<br />

17,5<br />

17,7<br />

19,4<br />

14,5<br />

25,3<br />

37,3<br />

25,6<br />

ME de<br />

S<br />

% argila<br />

0,42<br />

0,48<br />

0,42<br />

0,43<br />

0,44<br />

0,68<br />

0,40<br />

0,72<br />

0,60<br />

0,58<br />

0,59<br />

0,58<br />

0,58<br />

0,73<br />

0,52<br />

0,49<br />

0,58<br />

Salini-<br />

dade<br />

0,12<br />

0,19<br />

0,15<br />

0,10<br />

0,14<br />

0,11<br />

0,16<br />

0,16<br />

0,14<br />

0,16<br />

0,19<br />

0,12<br />

0,16<br />

nihil<br />

0,10<br />

0,32<br />

0,14<br />

BAC1A DE IRRIGACÄO<br />

S. Gonçalo — Pb.<br />

Sto. Antonio de Rus-<br />

sas — Cearâ.<br />

Piloes — Paraiba.<br />

Baixo Assu — R. G.<br />

do Norte.<br />

(Continua)


{Conclusâo)<br />

ALUVIAO PLUVIAL SALGA<strong>DO</strong><br />

Protocolo<br />

N.o<br />

1112<br />

1113<br />

1114<br />

Média<br />

3389<br />

3390<br />

3391<br />

3392<br />

Média<br />

1370<br />

1371<br />

1372<br />

Média<br />

2704<br />

2705<br />

2706<br />

2707<br />

Média<br />

Sondagem<br />

N.o<br />

26-1<br />

26-11<br />

26-111<br />

—<br />

11-1<br />

11-11<br />

11-III<br />

11-IV<br />

—<br />

26-1<br />

26-11<br />

26-111<br />

—<br />

25-1<br />

25-11<br />

25-111<br />

25-IV<br />

—<br />

1 Espes-<br />

sura<br />

cms.<br />

70<br />

55<br />

75<br />

(200)<br />

14<br />

52<br />

46<br />

32<br />

(144)<br />

50<br />

80<br />

70<br />

(200)<br />

60<br />

50<br />

45<br />

45<br />

(200)<br />

pH<br />

7,13<br />

7,02<br />

7,48<br />

7,20<br />

6,50<br />

8,15<br />

8,55<br />

8,53<br />

7,93<br />

6,41<br />

6,54<br />

7,30<br />

6,75<br />

7,28<br />

8,36<br />

9,24<br />

9,09<br />

8,49<br />

S<br />

13,30<br />

16,50<br />

16,80<br />

15,53<br />

7,09<br />

14,41<br />

9,33<br />

16,64<br />

11,86<br />

14,00<br />

11,00<br />

10,20<br />

11,65<br />

15,41<br />

7,71<br />

13,47<br />

7,70<br />

11,07<br />

T<br />

ME/100<br />

16,14<br />

18,05<br />

16,80<br />

16,99<br />

7,09<br />

17,72<br />

9,33<br />

22,71<br />

14,21<br />

17,49<br />

13,43<br />

10,52<br />

13,80<br />

17,82<br />

7,88<br />

13,47<br />

7,76<br />

11,73<br />

H<br />

gramas<br />

2,84<br />

1,55<br />

nihil<br />

1,46<br />

nihil<br />

3,31<br />

nihil<br />

6,07<br />

2,34<br />

3,49<br />

2,43<br />

0,32<br />

2,08<br />

2,41<br />

0,17<br />

nihil<br />

0,06<br />

0,66<br />

Ca<br />

de solo<br />

8,72<br />

9,53<br />

7,30<br />

8,51<br />

3,67<br />

3,63<br />

1,88<br />

3,31<br />

3,12<br />

6,65<br />

2,80<br />

2,74<br />

4,06<br />

5,99<br />

3,20<br />

6,90<br />

3,12<br />

4,80<br />

Na<br />

0,35<br />

1,31<br />

6,12<br />

2,26<br />

1,60<br />

6,00<br />

4,50<br />

7,00<br />

4,77<br />

0,96<br />

2,82<br />

4,85<br />

2,87<br />

5,05<br />

3,76<br />

5,15<br />

4,21<br />

4,54<br />

V<br />

82,40<br />

91,41<br />

100,00<br />

91,26<br />

100,00<br />

81,32<br />

100,00<br />

73,27<br />

88,65<br />

80,94<br />

81,91<br />

96,96<br />

86,22<br />

86,48<br />

97,84<br />

100,00<br />

99,23<br />

95,89<br />

Na<br />

Ca<br />

0,04<br />

1,37<br />

0,70<br />

0,37<br />

0,43<br />

1,65<br />

2,39<br />

2,11<br />

1,64<br />

0,52<br />

1,00<br />

1,77<br />

1,09<br />

0,84<br />

1,17<br />

0,75<br />

1,34<br />

1,02<br />

Argila<br />

Total<br />

17,9<br />

17,1<br />

17,0<br />

17,3<br />

7,2<br />

22,8<br />

12,0<br />

34,5<br />

19,1<br />

16,3<br />

17,7<br />

14,8<br />

16,2<br />

31,2<br />

13,8<br />

19,3<br />

11,3<br />

18,9<br />

ME de<br />

S<br />

% argila<br />

0,74<br />

0,73<br />

0,99<br />

0,82<br />

0,98<br />

0,63<br />

0,77<br />

0,48<br />

0,71<br />

0,86<br />

0,62<br />

0,68<br />

0,72<br />

0,49<br />

0,56<br />

0,70<br />

0,68<br />

0,61<br />

Salini-<br />

dade<br />

Traços'<br />

0,13<br />

0,30<br />

0,14<br />

0,34<br />

0,50<br />

0,14<br />

0,17<br />

0,29<br />

0,08<br />

0,29<br />

0,27<br />

0,21<br />

0,21<br />

0,05<br />

0,05<br />

0,01<br />

0,08<br />

BACIA DE IRRIGAÇXO<br />

Choró — Cearâ.<br />

Cedro — Cearâ.<br />

General Sampaio —<br />

Cearâ.<br />

Baixo Jaguaribe —<br />

Cearâ.


Protocolo<br />

N.°<br />

195<br />

196<br />

197<br />

Média<br />

1375<br />

13766<br />

Média<br />

2922<br />

2923<br />

Média<br />

2670<br />

2671<br />

Média<br />

2330<br />

2331<br />

2332<br />

Média<br />

3403<br />

3404<br />

Média<br />

2784<br />

2785<br />

Média<br />

Sondagem<br />

N.°<br />

230-1<br />

130-11<br />

230-III<br />

28-1<br />

28-11<br />

12-1<br />

12-11<br />

3-1<br />

3-II<br />

44-1<br />

44-11<br />

44-111<br />

15-1<br />

15-11<br />

60-1<br />

60-II<br />

( • ) Solo carbonatado.<br />

Espesswa<br />

cms.<br />

50<br />

50<br />

100<br />

(200)<br />

50<br />

150<br />

(200)<br />

60<br />

130<br />

(190)<br />

50<br />

150<br />

(200)<br />

30<br />

60<br />

110<br />

(200)<br />

50<br />

150<br />

(200)<br />

60<br />

140<br />

(200)<br />

pH<br />

7,20<br />

8,12<br />

8,40<br />

7,90<br />

6,96<br />

7,15<br />

7,05<br />

7,20<br />

7,95<br />

7,57<br />

7,52<br />

8,55<br />

8,03<br />

6,65<br />

6,80<br />

7,10<br />

6,85<br />

7,30<br />

7,80<br />

7,55<br />

8,80<br />

9,20<br />

9,00<br />

M A S S A P Ë<br />

• S T H Ca Na<br />

20,00<br />

24,00<br />

25,00<br />

23,00<br />

23,00<br />

25,40<br />

24,20<br />

21,76<br />

20,25<br />

21,05<br />

19,49<br />

27,28<br />

23,38<br />

21,24<br />

22,16<br />

23,40<br />

22,26<br />

20,29<br />

21,65<br />

20,97<br />

33,93<br />

24,01<br />

28,97<br />

ME/100 gramas de solo<br />

21,82<br />

27,26<br />

28,52<br />

25,86<br />

26,35<br />

26,50<br />

26,42<br />

30,38<br />

20,25<br />

25,31<br />

27,04<br />

27,28<br />

27,16<br />

28,30<br />

30,15<br />

31,80<br />

30,08<br />

27,48<br />

21,65<br />

24,56<br />

34,02<br />

24,01<br />

29,01<br />

1,82<br />

3,26<br />

3,52<br />

2,87<br />

3,35<br />

1,10<br />

2,22<br />

8,62<br />

nihil<br />

4,31<br />

7,55<br />

nihil<br />

3,77<br />

7,06<br />

7,89<br />

8,40<br />

7,80<br />

7,19<br />

nihil<br />

3,59<br />

0,09<br />

nihil<br />

0,04<br />

10,18<br />

14,17<br />

16,17<br />

13,50<br />

14,12<br />

15,63<br />

14,87<br />

14,29<br />

15,66<br />

14,97<br />

10,75<br />

17,23<br />

14,93<br />

14,07<br />

13,03<br />

13,85<br />

13,65<br />

7,34<br />

13,10<br />

10,22<br />

23,05<br />

13,54<br />

18,29<br />

2,57<br />

2,26<br />

2,28<br />

2,37<br />

0,79<br />

1,68<br />

1,23<br />

1.27<br />

0,74<br />

1,05<br />

3,02<br />

3,62<br />

3,32<br />

3,15<br />

1,95<br />

2,72<br />

2,61<br />

4,00<br />

3,80<br />

3,90<br />

5,53<br />

5,34<br />

5,43<br />

V<br />

91,96<br />

88,04<br />

87,66<br />

89,21<br />

87,29<br />

95,85<br />

91,57<br />

71,63<br />

100,00<br />

85,81<br />

72,08<br />

100,00<br />

86,04<br />

75,05<br />

73,50<br />

73,58<br />

74,03<br />

73,83<br />

100,00<br />

86,90<br />

99,74<br />

100,00<br />

99,87<br />

Na<br />

Ca<br />

0,25<br />

0,15<br />

0,14<br />

0,18<br />

0,05<br />

0,10<br />

0,07<br />

0,09<br />

0,04<br />

0,06<br />

0,28<br />

0,21<br />

0,24<br />

0,22<br />

0,14<br />

0,19<br />

0,18<br />

0,54<br />

0,29<br />

0,41<br />

0,23<br />

0,39<br />

0,31<br />

Argila<br />

Total<br />

%<br />

28,1<br />

47,4<br />

35,1<br />

36,9<br />

39,0<br />

36,8<br />

37,9<br />

39,0<br />

38,4<br />

38,7<br />

34,2<br />

27,7<br />

30,9<br />

34,4<br />

45,5<br />

38,4<br />

39,4<br />

—<br />

37,1<br />

25,8<br />

31,4<br />

ME de<br />

S<br />

% argila<br />

0,71<br />

0,50<br />

0,71<br />

0,64<br />

0,58<br />

0,56<br />

0,61<br />

0,56<br />

0,52<br />

0,54<br />

0,56<br />

0,79<br />

0,67<br />

0,61<br />

0,49<br />

0,60<br />

0,57<br />

—<br />

0,91<br />

0,93<br />

0,92<br />

BACIA DE IRRIGAÇÂO<br />

Säo Gonçalo — Paraiba.<br />

General Sampaio — Cearâ.<br />

Pilöes — Paraiba.<br />

Jacuricy — Bahia.<br />

Lima Campos — Cearâ.<br />

Cedr o— Cearâ.<br />

(*) Baixo Jaguaribe —<br />

Cearâ.


MASSAPÊ SALGA<strong>DO</strong><br />

Protocolo<br />

2V.°<br />

2247<br />

2248<br />

2249<br />

Média<br />

2515<br />

2516<br />

2517<br />

Média<br />

3378<br />

3379<br />

Média<br />

1373<br />

1374<br />

Média<br />

2714<br />

2715<br />

Média<br />

3567<br />

3568<br />

Média<br />

Sondagem.<br />

N.°<br />

19-1<br />

19-11<br />

19-111<br />

• 7-1<br />

7-II<br />

7-III<br />

7-1<br />

7-II<br />

27-1<br />

27-11<br />

29-1<br />

29-11<br />

1-1<br />

l-II<br />

Espes-<br />

sura<br />

cms.<br />

30<br />

40<br />

130<br />

(200)<br />

30<br />

60<br />

110<br />

(200)<br />

122<br />

78<br />

(200)<br />

40<br />

160<br />

(200)<br />

165<br />

35<br />

(200)<br />

100<br />

100<br />

(200)<br />

pH<br />

8,50<br />

8,50<br />

8,50<br />

8,50<br />

7,30<br />

7,10<br />

7,05<br />

7,14<br />

7,81<br />

7,98<br />

7,89<br />

6,40<br />

7,30<br />

6,85<br />

6,94<br />

8,10<br />

7,52<br />

8,31<br />

8,20<br />

8,25<br />

S T H Ca Na<br />

ME/100 gramas de solo<br />

21.06<br />

21,86<br />

22,69<br />

21,86<br />

25,00<br />

26,02<br />

18,47<br />

23,14<br />

23,81<br />

23,23<br />

23,52<br />

23,52<br />

24,00<br />

23,76<br />

21,30<br />

16,05<br />

18,67<br />

21,12<br />

30,27<br />

25,69<br />

26,08<br />

21,86<br />

32,53<br />

26,86<br />

35,80<br />

31,15<br />

20,65<br />

29,17<br />

34,17<br />

30,57<br />

32,37<br />

25,34<br />

27,15<br />

26,24<br />

29,91<br />

16,09<br />

23,00<br />

21,12<br />

30,27<br />

25,69<br />

5,02<br />

nihll<br />

9,84<br />

4,95<br />

10,80<br />

5,13<br />

2,18<br />

6,03<br />

10,36<br />

7,34<br />

8,85<br />

1,82<br />

3,15<br />

2,48<br />

8,61<br />

0,04<br />

4,32<br />

nihll<br />

nlhil<br />

nihll<br />

9,39<br />

8,10<br />

5,30<br />

7,59<br />

13,37<br />

12,78<br />

10,74<br />

12,29<br />

8,89<br />

8,01<br />

8,95<br />

12,77<br />

14,79<br />

13,78<br />

11,42<br />

8,80<br />

10,11<br />

11,60<br />

20,17<br />

15,88<br />

4,09<br />

8,60<br />

10,00<br />

7,56<br />

4,18<br />

7,36<br />

4,03<br />

5,18<br />

3,76<br />

6,00<br />

4,88<br />

2,94<br />

7,48<br />

5,21<br />

4,30<br />

4,38<br />

4,34<br />

3,20<br />

5,64<br />

4,42<br />

V<br />

80,75<br />

100,00<br />

69,75<br />

83,49<br />

69.83<br />

83,53<br />

89,44<br />

80,92<br />

69,68<br />

75,99<br />

72,83<br />

92,82<br />

88,40"<br />

90.60<br />

71,22<br />

99,75<br />

85,48<br />

100.00<br />

100,00<br />

100,00<br />

Na<br />

Ca<br />

0,43<br />

1,06<br />

1,80<br />

1,10<br />

0,31<br />

0,57<br />

0,37<br />

0,42<br />

0,38<br />

0,74<br />

0,56<br />

0,23<br />

0,50<br />

0,36<br />

0,37<br />

0,50<br />

0,43<br />

0,27<br />

0,28<br />

0,27<br />

Argila<br />

Total<br />

%<br />

32,8<br />

30,3<br />

48,3<br />

37,1<br />

46,3<br />

43,0<br />

30,5<br />

39,9<br />

31,3<br />

26,3<br />

28,8<br />

27,7<br />

42,5<br />

35,1<br />

47,4<br />

26,5<br />

36,9<br />

26,6<br />

30,4<br />

28,3<br />

ME de<br />

S<br />

% argila<br />

0,64<br />

0,72<br />

0,47<br />

0,61<br />

0,54<br />

0,60<br />

0,61<br />

0,57<br />

0,76<br />

0,88<br />

0,82<br />

0,85<br />

0,65<br />

0,70<br />

0,45<br />

0,60<br />

0,52<br />

0,79<br />

1,00<br />

0,89<br />

Salini-<br />

dade<br />

%<br />

0,07<br />

0,17<br />

0,34<br />

0,19<br />

0,24<br />

0,30<br />

0,25<br />

0,26<br />

0,26<br />

0,36<br />

0,31<br />

0,10<br />

0,28<br />

0,19<br />

0,07<br />

0,12<br />

0,10<br />

0,17<br />

0,18<br />

0,17<br />

BACIA DE IRRIGAÇÂO<br />

Lima Campos — Ce.<br />

Poço da Cruz — Pe.<br />

Cedro —' Cearâ.<br />

General Sampalo —<br />

Cearâ.<br />

Balxo Jaguaribe —<br />

Cearâ.<br />

S. Francisco — Pe.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 153<br />

gradativo do pH e da relaçâo Na/Ca até a profundidade de 125 cm con- :<br />

firmando o que dissemos a respeito do processo de formaçao da vârzea.<br />

Observar as camadas inferiores a semelhança dos dados com o saläo.<br />

SALÄO<br />

É o representante leg'ïtimo do solo alcalino no Nordeste. O seü processo<br />

de formaçao pode ser uma continuaçâo ao da vârzea; a camada<br />

impermeâvel que se formou na vârzea, vae se elevando com as reaçôes<br />

que se processam no complexo de argila, ou. seja aumento do teor de<br />

Na e diminuiçâo do Ca, pela troca de bases que se verifica, uma vez<br />

que, o sódio é o elemento prépondérante e o principal componente dos<br />

sais solüveis da âgua e do solo. Como a argila sodica possûe um alto<br />

grau de dispersâo, forma as camadas impermeâveis, ou seja isenta de<br />

poros, que sâo obstruidos pelas particulas dispersas. Os sais solüveis<br />

vâo entâo abandonando o solo levados pela capilaridade, até chegarem<br />

a superficie, deixando o perfil, duro e cimentado.<br />

É um solo de coloraçâo cinza, e de topografia plana. É classificado<br />

como de 4. a classe. Suas propriedades fisicas sâo péssimas. Quimicamente<br />

é relatiyamente rico em bases trocâveis; seu pH oscila de 8,5 a<br />

10,0; nâo contém sais solüveis. Nâo pode ser cultivado devido a sua alta<br />

compacidade, muito embora produza pasto, algodâo e carnaüba.<br />

Pode ser corrigido e para isso possuimos um Lizimetro onde estâo<br />

sendo realizados estudos sobre a sua correçâo com o gêsso em doses<br />

variâveis de 10 a 60 Ton. por Ha.<br />

A anâlise que apresentamos a seguir, corresponde a uma sondagem<br />

localizada nas proximidades do local de onde foi colhida as amostras<br />

para a experiência de correçâo no Lizimetro.<br />

Podemos observar nas très camadas os valores elevados do pH, e<br />

dos indices de saturaçâo, muito embora a relaçâo Na/Ca nâo seja tâo<br />

elevada; a percentagem de Na no complexo é aproximadamente de<br />

50%. O teôr de argila na l. a camada dada as suas caracteristicas fisicas<br />

(argila sódica) dificulta muito a penetraçâa d'âgua, conseqüentemente<br />

a sua correçâo.<br />

TABULEIRO CRISTALINO<br />

É um solo de 4. a classe, formado da decomposiçâo da rocha que<br />

lhe serve de substrato. Em gérai é pouco profundo, encontrando-se a<br />

rocha matriz a 30 — 70 cm de profundidade; sua formaçao se deve a<br />

decomposiçâo da rocha sob os efeitos da extrema aridez no verâo e das<br />

chuvas torrenciais que caem sobre o solo no inverno. Sua riqueza trocâvel<br />

é regular, predominando o Ca ou Na de acôrdo com a rocha que<br />

êle dâ origem. As duas sondagens escolhidas, cujas anâlises apresentamos,<br />

mostram os limites de variedade na relaçâo aos elementos considerados.<br />

AREIUSCO<br />

É um solo de formaçao eólia, classificado de 3. a classe. Apresenta<br />

em gérai um perfil uniforme e as vezes profundo. Tem grande permeabilidade<br />

e baixos valores em elementos trocâveis. O valor S, é sempre<br />

menor que 5. Possûe baixo teôr de matéria orgânica.<br />

Sua vegetaçâo nativa, consta de xique-xique, marmeleiros, cactus<br />

e outras xerofilas. O resultado analitico da sondagem N.° 592 da Bacia


Protocolo<br />

N.°<br />

642<br />

643<br />

644<br />

645<br />

Média<br />

Protocolo<br />

N.°<br />

3502<br />

3503<br />

3504<br />

Média<br />

Sondagem<br />

N.°<br />

587-1<br />

587-11<br />

587-III<br />

587-IV<br />

Sondagem<br />

N.o<br />

1-1<br />

l-II<br />

l-III<br />

Espessura<br />

cms.<br />

30<br />

35<br />

70<br />

65<br />

(190)<br />

Espessura<br />

cms.<br />

20<br />

35<br />

65<br />

(120)<br />

pH<br />

pH<br />

7,52<br />

8,77<br />

9,12<br />

9,02<br />

8,61<br />

8,30<br />

9,12<br />

9,02<br />

9,14<br />

V A R Z E A<br />

S T H Ca Na<br />

5,39<br />

9,51<br />

12,03<br />

13,05<br />

9,99<br />

ME/100 gramas de solo<br />

7,93<br />

10,26<br />

12,40<br />

13,12<br />

10,93<br />

2,54<br />

0,75<br />

0,37<br />

0,07<br />

0,93<br />

1.71<br />

2,00<br />

2,14<br />

5,52<br />

2,84<br />

S A L. A O<br />

S T H Ca No<br />

10,72<br />

8,34<br />

10,04<br />

9,70<br />

ME/100 gramas de solo<br />

12,24<br />

8,34<br />

11,04<br />

10,53<br />

1,52<br />

nihil<br />

0,97<br />

0,83<br />

2,48<br />

2,36<br />

2,06<br />

2,30<br />

1,72<br />

6,63<br />

9,54<br />

8,62<br />

6,63<br />

4,60<br />

4,00<br />

5,40<br />

4,67<br />

V<br />

67,97<br />

92,69<br />

97,02<br />

99,47<br />

89,29<br />

V<br />

87,58<br />

100,00<br />

91,19<br />

92,91<br />

Na<br />

Ca<br />

No<br />

Ca<br />

1,00<br />

2,31<br />

4,46<br />

1,56<br />

2,33<br />

1,85<br />

1,69<br />

2,62<br />

2,05<br />

Argua<br />

Total<br />

%<br />

6,6<br />

17,4<br />

14,9<br />

18,9<br />

14,4<br />

Argila<br />

Total<br />

%<br />

24,6<br />

16,8<br />

27,9<br />

. 23,1<br />

ME de<br />

S<br />

% argila<br />

0,82<br />

0,54<br />

0,81<br />

0,69<br />

0,65<br />

ME de<br />

S<br />

% argila<br />

0,44<br />

0,50<br />

0,36<br />

0,43<br />

BACIA DE IRRIGAÇÂO<br />

S. Gonçalo — Paraiba.<br />

BACIA DE IRRIGAÇÂO<br />

S. Gonçalo — Paraiba.


Protocolo<br />

N.°<br />

1079<br />

1080<br />

Média<br />

2592<br />

2593<br />

Média<br />

Protocolo<br />

N.° •<br />

662<br />

663<br />

Média<br />

Sondagem<br />

N.o<br />

18-1<br />

18-11<br />

55-1<br />

55-11<br />

Sondagem<br />

N.°<br />

592-1<br />

592-11<br />

Espessura<br />

cms.<br />

40 -<br />

30<br />

(70)<br />

40<br />

30<br />

(70)<br />

Espessura<br />

cms,<br />

145<br />

55<br />

(200)<br />

•pH<br />

pH<br />

7,08<br />

7,12<br />

7,10<br />

7,10<br />

8,06<br />

7,58<br />

7,62<br />

7,22<br />

7|42<br />

TABOLEIRO CRISTALINO<br />

S T ff Ca Na<br />

2,80<br />

4,80<br />

3,80<br />

7,03<br />

10,04<br />

8,53<br />

ME/100 • gramas de solo<br />

3,32<br />

6,26<br />

4,79<br />

8,40<br />

10,13<br />

9,26<br />

0,52<br />

1,46<br />

0,99<br />

1,37<br />

0,09<br />

0,73<br />

0,29<br />

1,31<br />

0,80<br />

1,51<br />

1,76<br />

1,63<br />

0,25<br />

0,46<br />

0,35<br />

3,34<br />

4,69<br />

A R E I Ü S C O<br />

S T H Ca Na<br />

5 34<br />

4,61<br />

4,97<br />

ME/100 grainas de solo<br />

5,57<br />

4,90<br />

•5,23<br />

0,23<br />

0,29<br />

0,26<br />

4,10<br />

3,52<br />

3,81<br />

4,05<br />

0,30<br />

0,31<br />

0,30<br />

V<br />

84,34<br />

66,68<br />

75,51<br />

83,69<br />

99,90<br />

91,79<br />

V<br />

95,87<br />

94,08<br />

94,97<br />

iVO<br />

Ca<br />

Na<br />

Ca<br />

0,87<br />

0,35<br />

0,61 '<br />

2,21<br />

2,66<br />

2,43<br />

0,07<br />

0,09<br />

0,08<br />

1<br />

Argila<br />

Total<br />

%<br />

6,6<br />

15,8<br />

11,2<br />

13,6<br />

18,5<br />

16,0<br />

Argila<br />

Total<br />

%<br />

7,2<br />

8,2<br />

7,7<br />

, ME de<br />

S<br />

% argila<br />

0,42<br />

0,30<br />

0,36<br />

0,53<br />

0,54<br />

0,53<br />

ME de<br />

S<br />

i % argila<br />

0,74<br />

0,56<br />

0,65<br />

BAC1A DE IREIGAÇÂO<br />

Choró — Cearâ.<br />

S. Gonçalo — Paraiba.<br />

BACIA DE IRSIGAÇÂO<br />

S. Gonçalo — Paraiba.i


156 ANAIS DA TERCEIBA RETTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

de Irrigaçâo do Açude S. Gonçalo dâ uma idéia da composiçâo dêsse<br />

tipo de solo. As culturas mais usadas sâo: mandioca, feijâo e abacaxi.<br />

CONCLUSÖES<br />

. Sâo as seguintes as conclusses sob o ponto de vista fisico-quimico<br />

que apresentamos com o seguinte trabalho. Antes julgamos necessârio<br />

salientar que as nossas afirmativas foram baseiadas nâo sômente<br />

nos resultados apresentados nos quadros anexos, mas no total de anâlises<br />

até entâo realizadas neste Laboratório.<br />

1 — O pH dos solos dessa regiäo esta compreendido entre os valores<br />

6,0 a 10, variando com o tipo de solo e a camada, sendo<br />

classificados como levemente âcidos, neutros, levemente alcalinos<br />

e alcalinos; (*)<br />

2 — A capacidade de troca de bases, yalor S, é bastante elevada,<br />

demonstrando assim um alto indice de fertilidâde;<br />

3 — A capacidade total de troca de bases ou T, difere muito pouco<br />

do valôr S, indicando que o complexo minerai esta praticamente<br />

saturado de cations metâlicos;<br />

4 — O hidrogênio trocâvel esta quase ausente do complexo, sendo<br />

o seu valôr médio proximo de 3.ME por 100 gramas de solo;<br />

5 — A percentagem de saturaçâo ou V é muito elevada, indicando<br />

o alto grau de saturaçâo do complexo, estando sua média<br />

acima de 8%;<br />

6 — A relaçâo Na/Ca trocâvel, para os solos nâo salinos é baixa,<br />

masjâ apresenta resultados altos para os salinos e alcalinos,<br />

indicando a necessidade de correçâo imediata;<br />

7 — A relaçâo ME de S/argila %, apesar de apresentar uma certa<br />

variaçâo em cada tipo de solo, esta preliminarmente considerada<br />

com os seguintes valores médios: ALUVIÄO FLUVIAL<br />

— 0,60; ALUVIÄO FLUVIAL SALGA<strong>DO</strong> — 0,55; MASSAPÊ<br />

— 0,65; MASSAPÊ SALGA<strong>DO</strong> — 0,68; VARZEA — 0,65; SA-<br />

LÄO — 0,60;<br />

8 — Apenas sob o aspecto fisico-quimico, ha uma semelhança<br />

apreciâvel entré os mesmos tipos de solos localizados nas Bacias<br />

de Irrigaçâo da zona sêca.<br />

RESUMO<br />

No presente trabalho o autor realizou um estudo sobre as determinaçôes<br />

fïsico-quïmicas no solo, historiando, descrevendo, justificando<br />

e analisando os métodos de anâlises empregados para as determinaçôes<br />

do S, T, H e pH.<br />

Fez uma descriçâo sumâria do processo de formaçâo e das caracteristicas<br />

principals dos vârios tipos de solos e apresentou quadros analiticos<br />

com a finalidade de mostrar a composiçâo fisico-quîmica dos<br />

solos daquelas sondagens consideradas mais representativas dos vârios<br />

tipos, bem como a semelhança sob êsse aspecto analïtico.<br />

(•) O pH é determicad'o com um êrro de ± 0,01 por meio Ce um potenciômetro<br />

Beekman.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 157<br />

Finalmente, concluiu sobre: a natureza neutra e alcalina dos solos<br />

dessa regiâo, do elevado valôr para a soma das bases e da capacidade<br />

total de troca de bases; da quase compléta ausência do H trocâvel e do<br />

elevado indice de saturaçâo; do pequeno valôr para a relaçâo Na/Ca<br />

trocâvel para os solos näo salinos e al ta para os salinos e alcalinos;<br />

apresentou valores para o coeficiente ME de S/argila % para os vârios<br />

tipos de solos.<br />

OBRAS CONSULTADAS<br />

WRIGHT, H. — Soil Analysis Phisical Chemical Methods.<br />

ROBINSON, O. W. — Soils, their origin, constitution, and classification.<br />

HALL, A. D. — The soil.<br />

RÜSSEL, E. J. — Soil conditions and Plant growth.<br />

COMBER, N. M. — Scientific Study of the soil.<br />

THOMPSON, L. M. — Soil and fertility.<br />

MOTA, W. — Consideraçôes sobre os solos da regiäo sêca do Nordeste.<br />

MELO. F. S. SOUSA — Relatório Levantamento Agrológico Açude S. Gonçalo.


ESTU<strong>DO</strong> <strong>DO</strong>S HORIZONTES ORGÂNICOS <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> DE<br />

MATAS, NO ARENITO BAURU — I DISTRIBUICÄO E<br />

FRACIONAMENTO DA MATÉRIA ORGÂNICA (*)<br />

F. DA COSTA VERDADE<br />

Engenheirq Agrônomo, Secçâo de Agrogeologia,<br />

Instituto Agrorômico de Campinas<br />

1 — INTRODUCÄO<br />

O estudo da matéria orgânica nos solos de matas é de grande importância,<br />

porque ela exerce influência na genese do perfil, permitindo<br />

sua perfeita ' caracterizaçâo. JOFFE (7), numa revisâo de trabalhos,<br />

assinala que os horizontes orgânicos ( 2 ) estâo genèticamente relacionados<br />

com os demais e consequentemente fazem parte do perfil<br />

do solo; Êsse autor friza o carâter acumulativo dos horizontes orgânicos<br />

e o fato de os restos végétais, encerrando substâncias minerais<br />

retiradas dos horizontes inferiores, serem libertadas na superficie<br />

do solo.<br />

Num clima como o do Estado de Sâo Paulo, onde hâ elevada lixiviaçâo<br />

das bases do solo, provàvelmente o fator mais ponderâvel na<br />

retençâo dessas bases, seja a matéria orgânica.<br />

A matéria orgânica constitui urn dos problemas da fertilidade do<br />

solo e a sua manutençâo no ; solo é uma necessidade para a agricultura.<br />

A exploraçâo do que ainda resta das matas do Estado de Sâo<br />

Paulo, visando o seu aproveitamento agricola, continua a ser a mais<br />

primitiva possivel, talvez por motivos econômicos. Foi e é prâtica comum<br />

no Estado, a queima das matas, com ou sem exploraçâo da madeira,<br />

para desembâraçar os terrenos que vâo ser cultivados. Sob muitos<br />

ângulos pode-se analisar essa prâtica, porém, do ponto de vista<br />

cientifico e mesmo agricola, é extremamente perniciosa, porque a libertaçâo<br />

imediata de elementos minerais nutritivos que só paulatinamente<br />

seriam cedidos pela matéria orgânica as plantas, sâo entâo<br />

perdidos porque o complexo do solo se apresenta quase saturado nesta<br />

fase inicial da exploraçâo agricola. Dai, terem os solos cultivados do<br />

Estado diminuido ràpidâmente na sua fertilidade, mal este agravado<br />

ainda pelas queimas sucëssivas dos restos de culturas.<br />

N opresente trabalho discutem-se os resultados de um estudo sobre<br />

a distribuiçâo e a composiçâo da matéria orgânica dos solos, nas<br />

matas existentes na Estaçâo Experimental de Pindorama, e que representam<br />

o grande tipo de solo Arenito Bauru.<br />

(1) — Trabalho apresentado na III Reuniâo Brasileira d'e Ciência do Solo, rèalizada<br />

em Recife, em julho de 1951.<br />

(2) — Neste trabalho, os horizontes A„ e A„ do perfil de solo, sâo chamados de horizontes<br />

orgânicos aos quais se apresenta mais adiante, uma denominaçà'o especifica.


160 ANAIS DA TERCEIRA REXTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

2 — NOMENCLATURA, MÉTO<strong>DO</strong>S DE TRABALHO E DESCRIÇAO<br />

<strong>DO</strong>S HORIZONTES A E Ao<br />

A nomenclatura para as diversas camadas que constituem os horizontes<br />

orgânicos nos solos das matas, os métodos analiticos empregados<br />

no estudo da matéria orgânica, o processo de coletar as amostras,<br />

bem como uma descriçâo detalhada de cada amostra, constituiram<br />

objeto de estudos.<br />

2.1 NOMENCLATURA<br />

Foram encontradas dificuldades na denominacäo das düerentes<br />

camadas que constituem os horizontes AoO e Ao, por falta de. termos<br />

técnicos em português e também, como assinala WAKSMAN (15), por<br />

ser sua clasificaçâo bastante confusa, através do tempo. Procurou-se<br />

uma nomenclatura que pudesse ser confrontada com a de outros paises.<br />

A clasificaçâo sera baseada na de HEIBERG e CHANDLER (6), a quai<br />

se aplica a solos bem drenados e altos, condiçôes essas necessârias,<br />

desde que sâo as encontradas nos solos das matas em estudo.<br />

Serapilheira ou manta florestal (4) é constituida das camadas<br />

superficiais do solo de mata que possui restos végétais, desde os nâo<br />

decompostos até os de decomposiçâo avançada. Corresponde ao forest<br />

floor da nomenclatura americana (1). A serapilheira divide-se em dois<br />

horizontes Aoo e Ao (6, 13, 19). Ao horizonte A pode-se chamar de serapilheira<br />

nâo decomposta ou liteira, e compreende os restos végétais<br />

depositados na superficie, nâo decompostos ou levemente decompostos<br />

(1, 6, 15). Quando se quer indicar o carâter de nâo decomposto<br />

em confronto com as duas camadas do horizonte A„, pode-se chamar<br />

ao horizonte Aoo de camada L (1, 6, 15, 25). O horizonte Ao consiste<br />

de duas camadas. A primeira pode ser denominada serapilheira em<br />

fermentaçao e compreende a parte da serapilheira mais ou menos decomposta,<br />

na quai a estrutura vegetal révéla ainda a sua origem (1,<br />

6, 15). Esta camada é intermediâria entre a liteira e a camada inferior,<br />

sendo denominada na nomenclatura americana de duff (1, 6,<br />

15). Ela é representada pela letra F (1, 6, 15, 20). A segunda camada<br />

do horizonte Ao pode ser chamada de serapilheira humificada onde<br />

a decomposiçâo é muito avançada, nâo mais revelando a estrutura<br />

vegetal (1, 6, 15). É designada pela letra H e corresponde aos têrmos<br />

leafmold ou humus da literatura americana (1, 6, 15).<br />

A camada H pode nâo estar presente no perfil quando a matéria<br />

orgânica, muito dividida, se mistura intimamente com a parte minerai,<br />

confundindo-se neste caso com o horizonte Ai. Segundo a estrutura,<br />

espessura e consistência, o horizonte A« divide-se em dois tipos<br />

principals mull e mor (6). Para essas expressöes näo foram encontrados<br />

têrmos adequados em português, razâo pela quai foi mantida a<br />

nomenclatura americana.<br />

2.2 <strong>DO</strong>SAGEM DA MATÉRIA ORGÂNICA<br />

Na amostra de serapilheira foram feitas as dosagens de Carbono,<br />

por via sêca usando o aparelho "Leco", e as de nitrogênio pelo processo<br />

de KJELDAHL. Efetuou-se, também, o fracionamento da matéria<br />

orgânica pelo método de WAKSMAN e STEVENS, alterado em certos<br />

detalhes.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO BRASILEIHA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 161<br />

2.2.1 — Fradónamento da matéria orgânica<br />

' O método de fracionamento da matéria orgânica de WAKSMAN<br />

e outros (16, 17, 18) apresentou algumas dificuidades, que exigiram<br />

modificaçôes baseadas em diversos autores e experiências próprias. O<br />

método modificado e utilizado no presente trabalho é o que segue:<br />

Extragäo com eter — Tratamento de 15-20 g de serapilheira, cujo<br />

teor de umidade a 105-110°C foi determinado, num extrator de Soxhlet,<br />

durante 24 horas com eter suliürico, concentra'çâo do extrato, transferência<br />

do concentrado para capsula tarada, secagem ao ar e na<br />

estufa a. 105-110°C até peso constante e calcinaçâo; determinaçâo do<br />

extrato total, matéria orgânica e cinzas, referindo-se a 100 g de serapilheira<br />

e também em percentagem da matéria orgânica total na serapilheira.<br />

Sâo, assim, extraidas as cêras e gorduras (18).<br />

Extracao com âgua, fria — Transferência do material restante da<br />

extracäo com eter para urn frasco de Erlenmeyer de 500 ml e adiçâo<br />

de mais ou menos' 250 ml de âgua destilada; permanência durante" 24<br />

horas com aiguma agitaçâo, filtraçâo em papel de filtro e lavagem<br />

com âgua destilada até completar o volume de 500 ml; tomada de aliquotas<br />

do filtrado para dosagem de matéria orgnica por calcinaçâo,<br />

dosagem do nitrogênio pelo processo de KJELDAHL e determinaçâo de<br />

açûcares redutores, como é indicado. abaixo. Para a perda ao rubro,<br />

transferência da aliquota para capsula tarada, secagem em banhomaria,<br />

na estufa 105-110°C e calcinaçâo; câlculo do extrato. total, cinzas,<br />

matéria orgânica solüvel e referência a 100 g de serapilheira.<br />

Obtençâo da percentagem do nitrogênio nesta fraçâo em 100 g da<br />

serapilheira e também em percentagem do nitrogênio total nela existente.<br />

Sâo extraidos carbohidratos simples é seus derivados, vârios<br />

amino-âcidos e peptideos (18).<br />

Extracäo com âgua quente —• Transferência do residuo da ultima<br />

extracäo quando ümido (sêco imprégna o papel, de . filtro tornando<br />

dificil a remoçâo) com jatos de âgua destilada para ERLENMEYER de<br />

500 ml até um volume de mais ou menos 250 ml, fervura sob refluxo<br />

durante 3 horas; filtraçâo a quente, em papel de filtro, lavagem com<br />

âgua quente até um volume de mais oumenos 450 ml, resfriamento<br />

para completar o volume a 500 ml. Era alïquotas do filtrado, é feita a<br />

dosagem da matéria orgânica. por caïcinaçâor nitrogênio total e açûcares<br />

redutores. Calcula-se os outros resultados da mesma maneira<br />

que na fraçâo anterior. Sâo extraidos amido, algumas pectinas, certas<br />

hexosanas e vârios compostos nitrogenados (18).<br />

Extracäo com alcool — Transferência do residuo para capsula<br />

com pisseta, secagem em banho-maria, moagem do material e secagem<br />

em estufa 105-110°C. Este prqcesso é usado porque, se o material o<br />

secar no papel de filtro, perde-se muito, além de haver o perigo da<br />

eontaminaçào da amostra com a celulose do papel. É feita a pesagem<br />

do. material que secou na estufa, transferência para ERLENMEYER de<br />

500 ml, adiçâo de 150 ml de alcool etilico e tratamento durante 3 hoïas<br />

em banho-maria sob refluxo; faz-se afiltragem a quente em papel<br />

de filtro, lavagem com alcool etilico a quente, concentraçâo e secagem<br />

em capsula tarada, secagem na estufa a 105-110°C e calcinaçâo.<br />

Calcula-se a percentagem da fraçâo extraida da serapilheira, sêca a<br />

105-110°C, pela formula:<br />

(100 — (a + b + c) ) d<br />

% de extrato alcoólico total =<br />

V<br />

onde a corresponde a percentagem total do extrato etéreo, b a percentagem<br />

do extrato total com âgua fria, c a percentagem do extrato


162 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

total com âgua quente, d o peso do extrato obtido no tratamento com<br />

alcool etüico, p o peso de serapilheira (residuo) que entrou em extraçao<br />

alcoólica. A partir dèsta percentagem, efetuar o câlculo da matéria<br />

organica extraida e cinzas, sobre 100 g de serapilheira em percentagem<br />

da matéria organica total da mesma.<br />

Extraçao com âcido cloridrico diluido a 2 % em peso — Secagem<br />

na estufa a 105-110°C do residuo da extraçao alcoólica sêco ao ar; fazse<br />

a pesagem, transferência para ERLENTVIEYER de 750 ml, adiçâo de<br />

350 ml de HC1 a 2% em peso e fervura sob refluxo durante 5 horas.<br />

Para poder calcular a fraçâo extraida neste tratamento, filtra-se em<br />

algodâo de vidro tarado e lava-se com âgua destilada até nâo mais<br />

sair HC1. Passar o residuo com jatos de âgua, para capsula de vidro<br />

tarada, secagem em banho-maria e na estufa. Calcula-se com estes<br />

dados a percentagem extraida empregando a formula acima, acrescida<br />

ainda com a fraçâo alcoólica. Esta percentagem permite calcular<br />

a extraçao seguinte, com H2SO4. Completa-se o filtrado a 1 litro, dosase<br />

em aliquotas e nitrogênio e as hemiceluloses pelos seus produtos<br />

de hidrólise (açûcares redutores). Multiplica-se o resultado obtido na<br />

dosagem dos açûcares redutores por 0,9 que darâ a quantidade de<br />

hemiceluloses, referindo-se a 100 g de serapilheira e também em percentagem<br />

do nitrogênio total, multiplica-se aquêle resultado por 6,25<br />

e relaciona-se com 100 g de serapilheira e também, à matéria organica<br />

total. Chamar a estes compostos nitrogenados do grupo das proteinas<br />

como "proteinas solûveis em âcidos diluidos".<br />

Extraçao com H2SOi a 80% em peso — Eliminaçâo do algodâo<br />

de vidro do residuo anterior, secagem a 105-110°C, com pesagem e<br />

transferência para ERLENMEYEE de 750 ml. O material é tratado com<br />

30-40 ml de H2SO4 a 80% em peso durante 2,5 horas a frio, em banho<br />

dâgua e depois é diluido 15 vezes (450-600 ml) com âgua, destilada e<br />

fervido durante 5 horas sob refluxo; resfria-se e filtra-se em funil<br />

com algodâo de vidro tarado, com lavagens de âgua destilada até nâo<br />

sair mais H2SO4. Todo o residuo da extraçao sulfürica, com lavagens,<br />

é passado para capsula de vidro tarada, sêco em banho-mario e na<br />

estufa a 105-110°C. Pesa-se a, capsula e calcula-se a percentagem de<br />

extraçao dêste tratamento pela formula jâ conhecida, e referida a<br />

100 g de serapilheira.<br />

O filtrado é completado a 1 litro, delà se retira aliquotas convenientes<br />

onde se dosa os açûcares redutores. O resultado é multiplicado<br />

por 0,9 cujo produto représenta a celulose. Refere-se a quantidade de<br />

celulose a 100 g de serapilheira e em percentagem de matéria organica<br />

da mesma. Em outra aliquota do filtrado, dosa-se o nitrogênio,<br />

e refere-se a 100 g de serapilheira e ao nitrogênio total. Multiplica-se<br />

o resultado referido a 100 g de serapilheira por 6,25 para obter "proteinas<br />

solûveis em âcidos concentrados" e expressa-se em percentagem<br />

da matéria orgânico total da serapilheira.<br />

Residuo final — A percentagem do residuo final na, serapilheira<br />

é calculada pela formula exposta na extraçao com alcool com adiçâo<br />

das percentagens. Dosa-se no residuo final de tôdas as extraçôes a<br />

perda de umidade 105-110°C, perda ao rubro, carbono e nitrogênio<br />

total. Multiplica-se a quantidade de nitrogênio por 6,25 e refere-se a<br />

100 g de serapilheira. como "proteina bruta". Refere-se também a<br />

quantidade de nitrogênio em percentagem do nitrogênio total da serapilheira.<br />

A perda ao rubro fornecerâ lignina mais proteina bruta


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 163<br />

e dai se calculam ambas. X) ca


164 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNC1A <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

radas amostras de tôdas as matas que se localizam em vârios pontos<br />

da Estaçâo Experimental. Essas matas foram designadas pelas letras<br />

A a D, e, as amostras nelas retiradas, por numéros seguidos de 1 a 7.<br />

Mata A — A mata sob esta designaçâo, corresponde aos perfis<br />

577, 559 e amostras superficiais T 1986 e 1987 no levantamento pedológico<br />

de Pindorama. É mata primâria, exposta a lenhadores furtivos,<br />

pois é atravessada por estrada de rodagem. Segundo informaçôes obtidas,<br />

o seu solo nâo é tâo produtivo quanto os da mata aqui denominada<br />

pelaletra C. Nào foram encontrados sinais de destruiçâo quer<br />

pelo fogo quer para extraçâo de madeiras de lei.<br />

Foràm retiradas duas amostras a saber :<br />

Amostra 1 — Esta amostra foi coletada proximo ao perfil 557;<br />

nela se distinguiram apenas duas camadas", L e F. A primeira camada<br />

possuia muitas cascas de peroba, fôlhas, galhos etc., quase sem decomposiçâo,<br />

ao 'passo que.a camada F se apresentava muito decomposta e<br />

misturada com o solo. Nâo foi possivel fazer a separaçâo de F e H. A<br />

camada F possuia muitas raizes deârvores que totalizaram 7,8% de<br />

tôda a camada, incluindo-se a parte minerai. O aparecimento de raizes<br />

na superficie provàvelmente em busca de âgua e alimentos, era<br />

bastante grande; na fraçâo predominavam os conglomerados predu-<br />

: zidos pelas minhocas. • .<br />

Amostra 2 —. Foi coletada próxima do perfil 559. Esta amostra<br />

se apresentou com as mesmas caracteristicas que a anterior, somente<br />

nâo se encontrando as cascas de peroba. So foi possivel separar as<br />

camadas L e F.<br />

Mata B — Na mata que recebeu esta denominaçâo, foram retirados<br />

os perfis 539, 540, 554 e as amostras superficiais T 1903, 1904,<br />

1946 e T 1958. Esta nas mesmas condiçôes que a mata com a designaçâo<br />

A, exceto quanto à retirada da madeira, porque se situa em<br />

local isolado, sem perigo de devastaçôes. A mata é primâria, com solos<br />

bons para culturas. Sua altitude é mais ou menos de 525 m, com topografia<br />

irregular. Foram retiradas duas amostras:<br />

Amostra 3 — Coletada próxima ao perfil 539, apresentou-se com<br />

duas camadas L e F. A serapilheira em fermentaçâo possuia grande<br />

numéro de raizes das ârvores e os mesmos conglomerados produzidos<br />

pelas minhocas.<br />

Amostra 4 — Foi retirada perto do perfil 554. As indicaçôes seguem,<br />

em linhas gérais, as anteriores, com duas camadas L e F. Na<br />

serapillieira em fermentaçâo era mpoucas as raizes, mas os conglomerados<br />

produzidos pelas minhocas eram numerosos.<br />

Mata C— À mata com esta designaçâo, corresponde aos perfis<br />

534, 546, 547 e amostras superficiais T 1905, 1906 e 1954 do levantamento<br />

assinalado. É a melhor mata da Estaçâo Experimental de Pindorama.<br />

Hâ mais ou menos 15 anos, a parte norte incendiou-se (perfil<br />

546) e, porisso, nâo foram ali tiradas amostras. O solo é ótimo para<br />

as culturas e de topografia 'um pouco irregular. Coletaram-se duas<br />

amostras:<br />

Amostra 5 — Foi retirada junto ao perfil 534, cota 558 m. O terreno<br />

é em leve déclive e a serapilheira possuia très camadas: L, F e H.<br />

A descriçâo é a mesma da amostra numero 6.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 165<br />

Amostra 6 — Obteve-se esta amostra proximo ao perfil 547, num<br />

solo com 10% de declividadë. Constataram-se as tres camadas L, F<br />

e H em lugar de apenas duas, L e F, como era de se esperar. A serapilheira<br />

em fermentaçâo estava sendo atacada por fungos e outros<br />

organismos, achando-se entremeada de raizes das ârvores. A presença<br />

dos fungos nesta fraçâo é que determinou a distinçâo entre F e H. A<br />

serapilheira humificada (ff), apresentou-se bastante decomposta e<br />

misturada com bastante solo. Os conglomerados produzidos pelas minhocas<br />

abundavam nesta camada.<br />

Mata D — A mata com essa designaçâo nâo pertence à Estaçâo<br />

Experimental, constituindo terrenos' de uma propriedade vizinha.' Foi<br />

estudada porque os solos sâo pobres e sêcos, contendo uma cobertura<br />

vegetal conhecida pelo nome de "cerradâo". Situa-se perto da amostra<br />

superficial T 2.000. Nâo se pode afirmar que seja primâria e, porisso,<br />

tirou-se uma ünica amostra (amostra 7). Houve distinçâo entre<br />

L e F, sendo que a ultima nâo apresentou conglomerados de minhocas,<br />

nem muitàs raizes.<br />

3 — RESULTA<strong>DO</strong>S OBTI<strong>DO</strong>S<br />

Estudou-se a maneira de dosar a matéria orgânica total, a riqueza<br />

orgânïca das matas e o fracionamento da serapilheira.<br />

3.1 DETERMINAÇÂO DA MATÉRIA ORGÂNICA POR CALCINAÇÂO '<br />

A melhor maneira de exprimir a matéria orgânica do solo, consiste<br />

em multiplicar o teor de carbono por 1,724. Este fator représenta<br />

a relaçâo das substâncias humificadas para o conteüdo de carbono,<br />

na quai êle entra na proporçâo de 56-58%. No caso da serapilheira, a<br />

relaçâo matéria orgânica para carbono é maior e os resultados obtidos<br />

pela multiplicaçâo serâo menores que os teores realmente existentes.<br />

Como, em gérai, a serapilheira tern pouco solo e, no caso especial do<br />

solo arenito Bauru, contém pouca argila, os resultados de matéria<br />

orgânica obtidos por perda ao rubro parecem ser os mais indicados.<br />

No quadro 1, sâo âpresentados os dados para a comparaçâo entre as<br />

duas maneiras de obter a matéria orgânica.<br />

QUADRO 1. — Comparaçâo da matéria orgânica da serapilheira obtida por perda ao'rubro<br />

e pela multiplicaçâo do carbono por 1,724, expressos em 100 g de serapilheira<br />

sêca a 105-110° C.<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

AMOSTRA NUMERO<br />

6 /•<br />

7<br />

C x 1,724 1 P. rubro<br />

I<br />

86,95<br />

69,72<br />

50,88<br />

69,72<br />

70,52<br />

53,54<br />

83,19<br />

89,22<br />

73,95<br />

51,72<br />

73,95<br />

71,79<br />

57,33<br />

85,96<br />

" CAMADA P CAMADA H<br />

C x 1,724 ! P. rubro<br />

I<br />

39,95<br />

23,42<br />

25,37<br />

23,42<br />

43,55<br />

66,61<br />

26,06<br />

46,47<br />

26,54<br />

27,40<br />

26,54<br />

46,88<br />

70,72<br />

30,16<br />

C x 1,724 | P. rubro<br />

I 17,97<br />

!<br />

I 17,50<br />

I<br />

! 20,11<br />

I 19,41<br />

I<br />

j .


166 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNC1A <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Estes resultados confirmam os trabalhos de LUNT (8), segundo<br />

os quais, o fator 1,724 é muito baixo para a serapilheira. Êsse autor<br />

usa outros fatôres, que sao, por exemplo: para a liteira, 1,89 e para a<br />

„serapilheira em fermentaçâo, 1.85. É preferivel expressar a matéria<br />

orgânica obtida por perda ao rubro, apesar de WAKSMAN (15) só achar<br />

recomendâvel quanto o teor mineral estiver. abaixo de. 10%.<br />

3.2 — RIQTJEZA DE MATÉRIA ORGÂNICA DA SERAPILHEIRA<br />

Como jâ se mencionou, as amostras de serapilheira foram retiradas<br />

o mais proximo possvel dos perfis de solo do levantamento da<br />

Èstaçâo Experimental de Pindorama (10). Os dados do quadro 2 foram<br />

obtidos relacionando a riqueza de matéria orgânica da seràpiihefra<br />

com a dos perfis de solo que lhe estâo próximos. Nesse quadro,<br />

o teor de matéria orgânica do solo foi obtido pela multiplicaçâo do<br />

fator 1.724 pela quantidade do carbono do solo e transiorrriando-se<br />

para o peso de soio em um hectare. Calculou-se que um hectare de<br />

solo com massa especifica aparente de 1,34 e na profundidade de 30<br />

cm, tem têrca de 4.150. toneladas de peso.<br />

QUADRO 2. — Quantidade de matéria orgânica da serapilheira e, do solo, em toneladas por<br />

hectare, até 30 cm. de proiundidade, na Kstaçâo Experimental de Pindorama.<br />

A<br />

B<br />

C<br />

Designacâo das<br />

- matas<br />

D- ...<br />

Serapilheira<br />

(horizonte Aoo mais Ao)<br />

2<br />

3 :<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7 -<br />

(*) Amostra superfiai.<br />

Numéro<br />

das<br />

amostras<br />

Quantidade<br />

de matéria<br />

orgânica<br />

• ' 1<br />

t/ha<br />

49,00<br />

23,74<br />

61,20<br />

42,13<br />

26,83<br />

33,05<br />

- 15,12 '<br />

557<br />

559<br />

539<br />

554<br />

534<br />

547<br />

Perfil (camada a)<br />

Numero<br />

do<br />

perfil<br />

T2000. (*)....•'<br />

Quantidade<br />

de matéria<br />

orgânica<br />

' 't/ha<br />

50,97<br />

57,25<br />

43,29<br />

33,51<br />

62,14<br />

56,56<br />

'47,48<br />

O numero de coletas é pequeno para dar bôa idéia da riqueza em<br />

matéria orgânica dessas matas, mas os resultados indicam que a existente<br />

na serapilheira oscila da metade até igual quantia em matéria<br />

orgânica, da camada a do solo. Estes solos sâo pobres em matéria orgânica<br />

o que indica a sua râpida decomposiçâo (10). Serâo êles, talvez,<br />

os mais pobres em matéria orgânica dentre os tipos de solos cultivâveis<br />

encontrados no Estado. A destruiçâo pelo fogo dos restos végétais<br />

após a derrubada das matas, e dos restos de cultura, constitui<br />

grave prejuizo para a fertilidade dêsses solos. Em se tratando de mata,<br />

além ads perdas minerais, hâ, ainda, a destruiçâo de quase à metade<br />

da matéria orgânica que se encontra na camada a do solo, a quai se<br />

nâo fosse destruida, reteria as substâncias minerais e impediria o


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 167<br />

arrastamento destas pela âgua de percolaçâo. A própria matéria orgânica<br />

poderia perdurar mais tempo no solo, visto que a parte destruida<br />

ainda nâo esta decomposta e requer muito tempo para sofrer<br />

os fenômenos de destruiçâo. Por conseguinte, a fertilidade do solo<br />

teria mais duraçâo.<br />

Séria também de interesse verificar a quantidade da fraçâo nitrogenada<br />

existente na serapilheira e na camada a do solo. No quadro<br />

3 estâo reunidos os câlculos referentes as quantidades de nitrogênio<br />

existentes na serapilheira e na camada a do perfil mais proximo do<br />

local onde se retiraram as amostras de serapiiheira.<br />

QUADRO 3. — Quantidade de nitrogênio, em toneladas por hectare, na serapilheira sêca a<br />

1Ü5-110 0 C e na camada a, do solo (até 30 cm de protundidade) arenito Bauru<br />

de Pindorama.<br />

Designaçâo das<br />

matas<br />

A ....<br />

C<br />

B<br />

D<br />

Serapilheira<br />

(horizonte Aoo mais Ao<br />

Numero<br />

das<br />

amostras<br />

i . ;<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

Quantidade<br />

de matéria<br />

organica<br />

t/ha<br />

0,592<br />

1,115<br />

1,468<br />

1,087<br />

0,718<br />

0,682<br />

0,447<br />

f<br />

557<br />

559<br />

539<br />

Perfil (camada a.)<br />

Numero<br />

do<br />

perfil<br />

554 ...:..:...<br />

534<br />

547<br />

T2000<br />

Quantidade<br />

de matéria<br />

orç;âriica<br />

Os dados do quadro 3 mostram que a serapilheira contém menos<br />

quantidade de nitrogênio do que a camada do solo. Comparando-se<br />

a relaçâo nitrogênio da serapilheira para o nitrogênio do solo, com a<br />

mesma relaçao da matéria organica total nessas duas camadas, notase<br />

que as perdas por decomposiçâo da matéria organica nitrogenada,<br />

sâo menores que as da nâo nitrogenada. Este fenômeno é conhecido<br />

e mais uma vez confirmado. '<br />

\<br />

3.3 FRACIONAMENTO DA MATÉRIA ORGANICA DAS D'IFERENTES CAMADAS<br />

Hâ inûmeros fatores atuando na decomposiçâo da serapilheira,<br />

tais como o clima, o solo, a altitude, aatividade microbiana, etc. Esta<br />

parte do trabalho visa estudar serapilheira submetida a todos os fatores<br />

locals que determinam o tipo de decomposiçâo nas matas de<br />

Pindorama. Os resultados do fracionamento das camadas "retiradas<br />

das matas, é apresentado no quadro 4. As diferentes extraçôes estâo<br />

calculadas em funçâo da matéria organica total, obtida por perda ao<br />

rubro. A lignina näo foi obtida pela formula de WAKSMAN, porque esta<br />

apresentou resultados muitos altos, o que é razoâvel visto ser a relaçao<br />

substância organica para carbono, mais baixa na lignina que nas<br />

outras fraçôes.<br />

t/ha<br />

2,349<br />

2,876<br />

1,985<br />

1,763<br />

3,019<br />

2,249<br />

1,620


MATA<br />

A ....<br />

B ....<br />

C . ...<br />

D<br />

[<br />

QUADRO 4 — Percentagens das diversas fraçôes da matéria orgânica, na matéria orgânica total caleulada pela perda ao rubo.<br />

AMOSTRA<br />

1 i<br />

1 1<br />

NUMERO<br />

1<br />

2 ....<br />

5 ....<br />

6 ....<br />

[<br />

r<br />

CAMADA<br />

L<br />

F<br />

L,<br />

F<br />

L<br />

F ...<br />

L<br />

F ....<br />

L<br />

F<br />

H<br />

L<br />

F<br />

H<br />

L<br />

F<br />

É T E R<br />

Ceras e<br />

gorduras<br />

%<br />

2,56<br />

1,59<br />

2,10<br />

1,60<br />

2,55<br />

1,50<br />

1,96<br />

1,39<br />

1,49<br />

1,11<br />

1,30<br />

2,08<br />

1,84<br />

1,46<br />

2,71<br />

2,11<br />

PERCENTAGEM DAS FRAÇOES DE MATÉRIA ORGANICA OBTIDA COM VARIOS TRATAMENTOS<br />

• FRIA<br />

Carbohidratos,<br />

etc.<br />

%<br />

4,01<br />

3,95<br />

3,90<br />

3,72<br />

3,78<br />

2,35<br />

3,20<br />

2,89<br />

3,00<br />

2,68<br />

0,53<br />

2,85<br />

3,32<br />

3,57<br />

3,97<br />

3,68<br />

 G U A<br />

QUENTE<br />

Amido,<br />

etc.<br />

%<br />

3,54<br />

3,50<br />

3,64<br />

3,42<br />

4,75<br />

4,61<br />

3,02<br />

3,53<br />

3,23<br />

4,87<br />

7,09<br />

3,30<br />

7,40<br />

4,38<br />

3,28<br />

3,64<br />

ALCOOL<br />

Résinas,<br />

etc.<br />

%<br />

0,75<br />

1,65<br />

0,74<br />

1,08<br />

1,27<br />

1,04<br />

0,95<br />

1,29<br />

0,94<br />

0,98<br />

0,95<br />

1,06<br />

1,07<br />

1,39<br />

0,92<br />

1,15<br />

Hemicelulose<br />

%<br />

18,28<br />

13,76<br />

11,47<br />

11,27<br />

12,63<br />

11,17<br />

12,40<br />

8,48<br />

15,54<br />

11,19<br />

10,13<br />

12,45<br />

13,90<br />

10,67<br />

16,13<br />

13,02<br />

HC1 a 2%<br />

Prot. sol.<br />

dcidos<br />

diluidos<br />

%<br />

4,45<br />

5,09<br />

3,29<br />

6,43<br />

4,70<br />

4,97<br />

3,27<br />

5,49<br />

4,69<br />

6,54<br />

6,70<br />

5,40<br />

7,63<br />

7,96<br />

4,22<br />

6,57<br />

Celulose<br />

HiSOt a 80%<br />

%<br />

15,84<br />

13,18<br />

14,89<br />

6,43<br />

10,46<br />

7,94<br />

16,78<br />

7,41<br />

15,46<br />

9,36<br />

9,22<br />

9,43<br />

4,97<br />

6,50<br />

15,97<br />

5,83<br />

Prot. sol.<br />

âcidos<br />

conc.<br />

%<br />

1,29<br />

1,89<br />

1,98<br />

3,09<br />

2,25<br />

2,10<br />

1,88<br />

3,16<br />

0,84<br />

1,62<br />

3,54<br />

2,76<br />

1,96<br />

3,69<br />

2,67<br />

4,08<br />

Lignina<br />

%<br />

31,14<br />

32,37<br />

35,17<br />

34,98<br />

32,49<br />

58,33<br />

35,90<br />

28,23<br />

37,19<br />

33,62<br />

32,45<br />

40,50<br />

31,59<br />

29,20<br />

38,83<br />

40,85<br />

R E S 1 D U 0<br />

Proteina<br />

bruta<br />

%<br />

4,63<br />

4,90<br />

4,77<br />

5,02<br />

4,05<br />

4,91<br />

4,21<br />

10,00<br />

5,05<br />

6,36<br />

6,43<br />

5,94<br />

6,00<br />

6,53<br />

5,70<br />

6,15<br />

TOTAL<br />

EXTRAI<strong>DO</strong><br />

%<br />

86,49<br />

81,88<br />

81,89<br />

77,04<br />

78,93<br />

68,92<br />

83,57<br />

71,87<br />

87,44<br />

78,33<br />

78,34<br />

85,77<br />

84,68<br />

75,35<br />

94,41<br />

87,08


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 169<br />

Pelos dados do quadro 4, a fraçâo solûvel no eter, ceras e gorduras,<br />

diminui da camada L para a camada F ou H. Isto indica uma decomposiçâo<br />

mais ou menos râpida dessa fraçâo pelos microorganismos<br />

do solo, o que cöntrapöe em certo modo a WAKSMAN (5, 6) que<br />

acha ser esta fraçâo de decomposiçâo vagarosa podendo, portanto,<br />

acumular no solo.<br />

Com referência as fraçoes solûveis na âgua fria e quente, na<br />

maioria dos casos 5 elas se mantiveram proporcionais nas diferentes<br />

camadas. Houve exceçâo quando existem as très camadas, L, F e H,<br />

onde se verificou o aumento da fraçâo solûvel em âgua fria e quente,<br />

na serapilheira em fermentaçâo. Estas substâncias sâo as mais fàcilmente<br />

decomponiveis (18) e, portanto, deveriam diminuir nas camadas<br />

inferiores mas persistem através da serapilheira. Explica-se a sua<br />

existência nas camadas mais inferiores, por serem produtos da atividade<br />

microbiana na decomposiçâo das substâncias orgânicas. Aceitando-se<br />

esta hipótese, torna-se claro o aumento dessa fraçâo que se<br />

nota na camada F, quando se encontrou a camada H, e a constância<br />

da sua percentagem em tôdas as camadas dos horizontes orgânicos<br />

quando existem só as camadas L e F. .<br />

A fraçâo solûvel no alcool — résinas e pectinas — têm a tendência<br />

de permanecer mais ou menos constante dentro das camadas de<br />

serapilheira, indicando uma resistência à decomposiçâo pelos microorganismos.<br />

O fato, porém, de nâo se acumular, é indicio de sua destruiçâo.<br />

As hemiceluloses diminuem nas camadas inferiores da serapilheira.<br />

Como constituem a fonte de energia para os microorganismos,<br />

é natural que isso ocorra. O mesmo se passa com as celuloses.<br />

Com referência à lignina, esta se decompôe como qualquer outra<br />

fraçâo. Segundo WAKSMAN (18), sua des|;ruiçao é lenta, com acûmulo<br />

no solo onde forma, juntamente com a proteina, os complexos hûmicos.<br />

A pequena quantidade de matéria orgânica encontrada nos<br />

solos arenito Bauru, explica-se, portanto, pela grande decomposiçâo<br />

que existe na lignina proveniente dos restos végétais depositados pela<br />

vegetaçâo. A râpida destruiçâo da lignina nâo é desconhecida, pois,<br />

PIHLLIPS e outros (11) acharam que, em condiçôes adequadas, ela se<br />

decompôe tanto quanto a celulose. Estas condiçôes devem prevalecer<br />

«as matas de Pindorama e, provàvelmente, nos solos do arenito Bauru.<br />

Outro fato a ser deduzido do estudo ora efetuado, diz respeito as<br />

percentagens totais extraidas pelo método de fracionamento de WAKS-<br />

. MAN, que diminuem nas camadas inferiores dos horizontes orgânicos.<br />

A explicaçâo séria que nas camadas F e H, se processam decomposiçôes<br />

e sinteses de novas substâncias que nâo entras nas categorias<br />

dadas por êsse método de fracionamento, ou, entâo, porque a parte<br />

minerai das camadas inferiores prejudica as dosagens.<br />

No quadro 5 figuram as diversas fraçoes nitrogenadas segundo as<br />

camadas que constituem a serapilheira. Os dados foram obtidos no<br />

fracionamento da matéria orgânica pelo processo de WAKSMAN, onde<br />

o nitrogênio foi determinado pelo método de KJELDAHL e relacionados<br />

com o nitrogênio total da amostra de serapilheira.<br />

Pelo expôsto nesse quadro, a fraçâo nitrogenada solûvel em âgua'<br />

fria, diminui da camada H para F. A maior percentagem se apresenta<br />

na serapilheira em fermentaçâo (quando a mata possûi as 3 camadas),<br />

indicando a libertaçâo de nitrogênio solûvel em âgua fria quando os<br />

restos végétais entram em fermentaçâo. O nitrogênio da. fraçâo solûvel<br />

em âgua quente, tem tendência para permanecer com o mesmo<br />

teor, aumentando na serapilheira em fermentaçâo.<br />

O nitrogênio das fraçoes solûveis e mâcidos diluidos e concentrados,<br />

acumula-se à medida que a matéria orgânica se decompôe, indi-


QUADRO5 — Percentagem de nitrogênio obtidas no fracionamento da matéria orgânica, em relaçâo ao nitrogênio total, nas amostras de serapilheira do<br />

solo arenito Bauru. . ., .<br />

MATA<br />

*<br />

1•<br />

r<br />

B j<br />

D .<br />

AM O S TRA<br />

NUMERO<br />

2 -i<br />

3 -1<br />

< i<br />

•t><br />

, ' 1<br />

•<br />

1 .;<br />

r<br />

L,<br />

F<br />

F<br />

L<br />

F<br />

L<br />

F<br />

L<br />

F<br />

H .<br />

L .....:<br />

CAMADA<br />

F . .<br />

H<br />

L<br />

F<br />

PERCENTAGEM DE NITROGÊNIO -NAS DIFERENTES FRAÇOES OBTIDAS PELO FRACIONA-<br />

MENTO DA MATËRIA ORGÂNICA<br />

FRIA<br />

Amvnos-dcidos<br />

e peptldeos<br />

%<br />

10,3<br />

6,5<br />

8,8<br />

6,9<br />

8,7<br />

5,1<br />

7,8<br />

4.1<br />

6,9<br />

7,5<br />

2,5<br />

6,8<br />

15,2<br />

5,6<br />

8,7<br />

7,0<br />

A 0 U A<br />

QUENTE<br />

Varias compostos<br />

nitrcgenados<br />

%<br />

6,8<br />

5,1<br />

6,6<br />

6,4<br />

. 6,6<br />

5,9<br />

4,3<br />

4,1<br />

3,8<br />

7,0<br />

10,0<br />

4,6<br />

10,8<br />

4,5<br />

5,0<br />

4,9<br />

HC1 a 2%<br />

Proteinys sol.<br />

d'cidos dû.<br />

36,8<br />

35,8<br />

26,1<br />

37,3<br />

' 35,0<br />

37,2<br />

'• 29,0<br />

29,1<br />

' 33,8<br />

- 34,8<br />

41,2<br />

37,4<br />

43,5<br />

-. • 41,2<br />

29,0<br />

35,2<br />

HJSO* a 80%<br />

Protelnas sol.<br />

âcidos conc.<br />

% •<br />

11,4<br />

14,6<br />

15,2<br />

17,8<br />

15,1<br />

14,1<br />

16,7<br />

16,8<br />

16,1<br />

12,6<br />

18,1<br />

14,2<br />

7,1<br />

16,7<br />

18,4<br />

•21,9<br />

R E S 1 D U 0<br />

Protelna<br />

bruta<br />

%<br />

36,5<br />

36,7<br />

38,0<br />

29,7<br />

29,0<br />

35,4<br />

38,5<br />

53,0<br />

41,0<br />

° 32,9<br />

32,4<br />

36,7<br />

26,9'<br />

31,3<br />

39,2<br />

33,0<br />

TOTAL<br />

EXTRAf<strong>DO</strong><br />

%<br />

101,8'<br />

98,7<br />

93,9<br />

98,1<br />

94,4<br />

97,7<br />

96,3<br />

107,1<br />

101,6<br />

94,8<br />

104,2<br />

99,7<br />

103,5<br />

99,3<br />

100,3<br />

102,0


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 171<br />

cando serem produtos da atividade microbiana. A parte insolüvel permanece<br />

mais ou menos constante. s<br />

Em conclusâo, ha uma concentraçâo da fraçâo nitrogenada proteica<br />

no solo, porém nâo oriunda diretamente das plantas, mas indiretamente,<br />

como produtos da atividade microbiana. Essa afirmaçâo<br />

baseia-se no aumento das fraçôes solüveis nos âcidos.<br />

Para completar os dados da distribuiçâo- do nitrogenio nos perfis;<br />

foi elaborado o quadro 6. As serapilheiras, como jâ foi assinalado, nâo<br />

pertencem aos perfis e foram colëtadas próximas a êles. Neste quadro<br />

porém, forarn supostas como pertencendo aos respectivas perfis. No<br />

quadro 6, a distribuiçâo do nitrogenio é expresso em toneladas por<br />

hectare, sendo que a quantidade para o solo foi calculada na profundidade<br />

ali indicada: • .<br />

QUADRO 6. Quantidade aproximada de nitrogenio, em toneladas por hectare, nas diversas<br />

camadas da sêrapilheira e dos pertis da Estaçâo Experimental de Pmdorama.<br />

CAMADA '<br />

Zi . . ....<br />

1<br />

F J .•<br />

H . .. " ' '<br />

b<br />

c<br />

Amcstra 2<br />

e<br />

. • per.fil.559<br />

t/ha<br />

0,170<br />

: 0,950<br />

3,830 (*)<br />

- 2,050 (*)<br />

2,420 (•*•)<br />

Amostra, 4<br />

e<br />

perfil, 554<br />

, t/ha ,.<br />

; 0,190<br />

•0,910<br />

3,110<br />

1,621- (••)<br />

• 1,55 (••)<br />

. Amostra 6<br />

e<br />

perfii 541<br />

. t/ha<br />

. 0,110<br />

0,480<br />

0,410<br />

. 3,180.(*)<br />

. 1,350- (*)<br />

-2,650 (,***)<br />

(•) Profundidade de 40'cm. (••) Profundidade.de 50. cm. (***)Profundidade de.70 cm.<br />

Pelo expôsto, o nitrogenio se concentra no solo em diversas formas<br />

protéicas, resistente à decomposiçâo, mas cujo grâù de resistência à<br />

decomposiçâo, mas cujo grau de resistência é desconhecido (17).<br />

Como tudo indica, neste solo hâ uma destruiçao râpida de matéria<br />

orgânica, que é ainda ressaltada pela relaçâo C/N has diversas camadas<br />

da sërapiiheira, exposta no quadro .7.<br />

QUADRO ,7. —Relaçâo C/N nas camadas de sêrapilheira e solo, nas matas da Estaçâo Experimental<br />

de Pindorama.<br />

L . .<br />

F . .<br />

Jî ..<br />

h ..<br />

CAMADA<br />

. Amostra 2<br />

« . e<br />

perfil 559<br />

' t/ha<br />

28,42<br />

17,51<br />

11,55<br />

13,68<br />

,18,67 , . .<br />

RELAÇÏO C/N<br />

Amostra 4<br />

e<br />

perfil 554<br />

t/ha '<br />

,30,29<br />

17,44<br />

10,43<br />

17,07<br />

17,22<br />

Amostra 6<br />

e<br />

. " perfil .557<br />

• t/ha-<br />

20,90<br />

17^56<br />

16,66<br />

13,73<br />

16,40<br />

11,43<br />

S


172 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÉNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

A relaçâo C/N cai bruscamente da camada L para a camada H.<br />

Segundo o trabalho de MORGAN e LUNT (9), a variaçâo da relaçâo C/N<br />

é de 1:29 para, a camada L até 1:20 para o horizonte C no tipo "podsol",<br />

e de 1:33 para a camada L até 1:15 no "muil". O tipo "mull" nâo apresenta<br />

a. camada H, como em gérai foi encontrado neste trabalho, porém<br />

a decomposiçâo nos tipos estudados parece ser muito mais elevada.<br />

Interessante é a elevaçâo da relaçâo C/N nas camadas bec, devido<br />

talvez à fraçâo solûvel em âgua que, arrastada para aquêles horizontes,<br />

ai permanece sem se decompor.<br />

4 — RESUMO<br />

No estudo da serapilheira nos solos de mata do arenito-Bauru forain<br />

feitas as seguintes observaçôes:<br />

Elaborou-se uma nomenclatura especifica, dada a carência de têrmos<br />

técnicos em português, para denominar as dif er entes camadas<br />

que constituem os horizontes orgânicos das matas.<br />

A matéria orgânica nos horizontes A«,, e A, foi determinada pelo<br />

processo de perda ao rubro e nâo pela multiplicaçâo do teor de carbono<br />

por 1.724, pörque na serapilheira este ultimo processo conduz a resultados<br />

menos exatos.<br />

Apesar de nâo coincidirem exatamente as coletas de serapilheira<br />

corn as dos per f is do levantamento pedológico jâ efetuado anteriormente<br />

no local, a sua associaçâo permitiu esboçar o estado da matéria<br />

orgânica da serapilheira oscila entre 1/2 a 1 da quantidade contida<br />

nos primeiros 30 cm do solo (camada a). O emprêgo do fogo para<br />

eliminar os restos végétais das matas recém-dermbadas ou dos restes<br />

de cultura, é prâtica condenâvel em qualquer tipo de solo, mas neste,<br />

assume ainda aspecto mais grave.<br />

Pelo estudo do fracionamento da matéria orgânica das diferentes<br />

camadas, constatou-se decomposiçâo muito intensa, mesmo para a<br />

lignina, que é a base das substâncias humificâdas. Como o levantamento<br />

pedológico jâ havia indicado, estes solos sâo pobres em substâncias<br />

orgânicas, mesmo no inicio da sua exploraçâo agricola.<br />

O estudo do fracionamento das substâncias nitrogenadas indica<br />

urn enriquecimento do nitrogênio protéico, quando comparado com a<br />

matéria orgânica total, deve haver perdas de nitrogênio, porém muito<br />

menores que as das substâncias nâo nitrogenadas. A concentraçâo das<br />

fraçôes nitrogenadas, à medida da evoluçâo da matéria orgânica, é<br />

muito grande, caindo a relaçâo C/N de, aproximadamente, 21-30 na<br />

camada L a 10-14 na camada a.<br />

SUMMARY<br />

The results of the study of a forest floor of Arenito do Bauru Soil<br />

are summarized as follows:<br />

The organic matter content of Ao0 and Ao horizons was determined<br />

by the losso on ignition method. The determination of the total carbon<br />

by the dry combustion method and subsequent calculation of the organic<br />

matter by the factor (1.724) was found to be inadequate, concerning<br />

the low results obtained.<br />

Organic matter content of the forest floor of Arenito Bauru Soil<br />

amounts from 50 to 100% of that found in the first 30 cm of the soil<br />

mass indicating a rapid decomposition of the same in the soil profile.<br />

ALTHOUGH WAKSMAN (15) showed that lignin is th emost resistent<br />

organic compound to the attack by the soil microorganisms, it was<br />

found that working with a soil from different climatic region, lignin<br />

decomposes as quickly as all the other soil organic fractions. There-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 173<br />

tore concerning the fractionation of organic matter and the resistence<br />

of the compounds thus obtained to the decomposition by microorganisms,<br />

it was advanced the idea of an approximatly equal rate of decomposition<br />

for all the fraction for this soil type with the exception<br />

of the nitrogen compounds and water extract compounds.<br />

The fractionation of organic nitrogen compounds indicates enrichment<br />

of protein content in the soil with depth. It was determined o<br />

that the losses of non nitrogen constituents were higher than those "<br />

of nitrogen compounds. The accumulation of the latter in the soil<br />

takes place in the form of protein and related compounds.<br />

The C/N ratio falls frqm 20 to 30 in the L layer to 10 to 14 in the<br />

layer a raizing in b and c layers which shows a definite washing of non<br />

nitrogen organic compounds in to these horizons.<br />

LITERATURA CITADA<br />

1 — ALWAY, F. J. e outros — Composition of the forest floor layers under<br />

different forest types on the same soil-type. Soil Sei., 36:387-398.<br />

1933.<br />

2 — A.O.A.C. — Em Methods of Analysis, pâg. 570, 6. a ed. A.O.A.C, Washington<br />

4, D.C., 1945.<br />

3 — ASHWORTH, M. R. F. — Fractionation of the organic soils and its<br />

relation to their quality. Resumo em Analyst, 65: 61. 1943.<br />

4 — FRANCO, A. e outros — Comissâo Permanente de Terminologia da Soc.<br />

Bras. Ciência do Solo. Publ. esparsa, pâg. 5, mimeografado, Rio de<br />

Janeiro. 1949.<br />

5 — GY.;EL, L. W. — The forest humus layers of Ohio. Soil Sei., 60:87-99.<br />

1941.<br />

7 — JOFFE. J. S. — Russian studies on soil profiles.-Jour. Amer. Soc. Agron.,<br />

24:33-57. 1932.<br />

8 — LUNT, H. A. — The carbon-organic matter factor in forest soil humus.<br />

Soil Sei., 32:27-33. 1931.<br />

9 — MORGAN, M. F. e H. A.-LUNT — The rôle of organic matter in the<br />

classification of forest soils. Jour. Amer. Soc. Agron., 24:655-662.<br />

1932.<br />

10 — PAIVA NETTO, J. E. e outros — Estudq Pedológico da Estaçâo Experimental<br />

de Pindorama. Apresentado à II Reuniâo Brasileira de Ciência<br />

do Solo (nâo publicado) .<br />

11 — PHILLIPS, H. e outros — The decomposition of lignified materials by soil<br />

microorganisms. Soil Sei., 30:383-390. 1930.<br />

12 — PITTMANS, D. W. — A proposed descriptive symbolism for soil horizons.<br />

Jour. Amer. Soc. Agr., 24:931-933. 1932.<br />

13 — SHEWAN, J. M. -— The proximate analyses of the organic constituents<br />

in North-East Scottish soils, with some notes on the methods.<br />

Jour. Agric. Sei., 25:324-345. 1938.<br />

14 — SILVA TEIXEIRA, A. J. — Glossârio da Pedologia. Rev. Agronomia (Lisboa<br />

— Portugal), 35:195-127. 1947.<br />

15 — WAKSMAN, S. A. — Em Humus, pägs. 212 a 230, l. a ed. The Williams &<br />

' Wilkins Comp., Baltimore, 1936.<br />

16 — WAKSMAN, S. A. e K. R. STEVENS — A system of proximate chemical<br />

analysis of plant materials. Ind. Eng. Chem., Anal. Ed., 2:167-173.<br />

1930.<br />

17 — WAKSMAN, S. A. e K. R. STEVENS — A critical study of the methods for<br />

determining the nature and abundance of soil organic matter. Soil<br />

Sei., 30:97-116. 1930.<br />

18 — WAKSMAN, S. A. e F. G. TENNEY — The composition of natural organic<br />

materials and their decomposition in the soil: I. Methods of<br />

quantitative analysis of plant materials. Soil Sei., 24:275-283, 1927.<br />

19 — WAKSMAN, S. A. e F. G. TENNEY — The composition of natural organic<br />

materials and their decomposition in the soil: II. Influence of age<br />

of plant upon the rapidity and nature of its decomposition Rye<br />

plants. Soil Sei., 24:317-333. 1927.<br />

20 — WILDE, S. A. — Em Forest Soils and Forest Growth, pâgs. 10-13, l. a ed.,<br />

Chronica Bot. Comp., Waltham, U.S.A., 1946.


CONTRIBUIÇAO AO ESTU<strong>DO</strong> DA MATÉRIA ORGÂNICA<br />

NOS <strong>SOLO</strong>S DE MINAS GERAIS<br />

WILSON ALVES DE ARAUJO<br />

SILVÊRIO DE L*IMA VIANA<br />

VLADIMIR ILCHENKO<br />

OMAR VIANNA<br />

Estado de Minas Gérais — Secretaria da Agricultura,<br />

Indüstria, Comércio e Trabalho —<br />

Departamento de Produçâo Vegetal — Divisâo<br />

de Quimica Agricola.<br />

INTRODUÇAO E HISTÓRICO<br />

No presente trabalho, elaborado dentro das possibilidades técnicas<br />

e bibliogrâficas de nosso serviço, procuramos continuar os estudos<br />

sobre o fundamental problema — matéria orgânica no solo —, unla<br />

vez iniciado em — "CONTRIBUIÇAO AO ESTU<strong>DO</strong> <strong>DO</strong> HUMUS BRA-<br />

SILEIRO" (2), tese por nos apresentada à II Reuriiäo Brasileira de<br />

Ciência do Solo.<br />

A importância dêste estudo carece de muitos comentârios, dado<br />

o tâo conhecido e discutido papel que representam os restos orgânicos<br />

do solo, nâo seriam êles estudados e por muitos pesquisadores trabalhados<br />

desde épocas que vâo longe.<br />

No antigo Egito, na Velha Roma e na täo lendâria Grécia apareceram<br />

os primeiros homens de estudos que constataram a influência<br />

da matéria orgânica no aumento da produtividade do solo, apesar<br />

de nâo terem deixado estudos cientificos. Talvez, o primeiro trabalho<br />

cientifico sobre a matéria orgânica tenha sido o de PETRUS CRESCEN-<br />

TIUS, no ano de 1.240.<br />

A palavra humus, de origem latina, significa terra; foi primitivamente<br />

empregada na antiga Roma na acepçâo de solo em. gérai.<br />

No ano de 1761 esta expressâo foi usada por VALERIUS, em seu livro<br />

"BE HUMO", apresentado na Universidade de Upsala. Iniciaram-se,<br />

nessa época, os estudos cientificos do humus.<br />

ACHAR, pela primeira vez, em 1.786, obteve extratos de turfa, por<br />

meio de alcalis.<br />

TÉOBORO SAUSSURE, em 1.804 e BOUSSINGAULT, posterjormente,, realizaram<br />

as primeiras experiências agricolas feitas com critério cientifico.<br />

Utilizando métodos quantitativos demonstraram que o carbono<br />

dos végétais procedia do anidrido carbônico do ar e nâo do solo, opiniâo<br />

que na época foi muitô discutida pelos técnicos, apoiado pelo grande<br />

quimico BERZELIUS.<br />

THAER, em 1809, lançava a teoria do humus, considerando que "a<br />

fértilidade do solo dépende totalmente do humus", que "o humus é<br />

um produto da vida e uma condiçâo de vida" e que "sem humus nâo<br />

se pode pensar em vida de nehuma espécie".<br />

A crençà de que as plantas obtinham o sëu càrbono e outrös elèmentos<br />

do humus do solo, só foi abandonada definitivamente depois


176 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÉNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

dos trabalhos de LIEBIG, iniciados«em 1840, época em que passou a<br />

merecer crédito a teoria mineral e que a fertilidade do solo era medida<br />

somente, pela sua anâlise quimica.<br />

Em conseqüência dêsse critério, surgiram as adubaçoes minerais,<br />

erradamente consideradas na época, como a unica causa déterminante<br />

da vegetaçâo, desconhecendo LIEBIG O papel dos microorganismos<br />

e o da matéria orgânica do solo.<br />

WAXSMAN, citado por QUEEO (72), reuniu no quadro que apresentamcs<br />

na pagina seeuinte, os estudos dos diversos autores, desde<br />

SPRENGEL em. 1826 a PAGE em 1930, sobre as diversas fraçôes do humus<br />

principalmente no que se relaciona com a nomenclatura dos componentes<br />

dêste.<br />

Um outro caminho para o estudo da composiçâo quimica da matéria<br />

orgânica foi iniciado por NENSKY em 1874. Èstudando a composiçâo<br />

das proteinas pela açâo dos microorganismos, constatando que<br />

da composiçâo da fibrina, albumina e gelatina, por bactérias, formam-se<br />

vârios produtos de decomposiçâo como leucina, tirosina, glicocola<br />

e indol.<br />

Em 1826, SPRENGEL iniciava as tentativas de fracionar a matéria<br />

orgânica do solo pelo uso de solventes orgânicos e reativos précipitantes<br />

de determinada parte dessa fraçào. •<br />

Em 1871 DETMER, estudou o humus do solo até a profundidade<br />

de 45 cm e foi o primeiro a determinar no humuns o porcento<br />

de C, N, O, e H, trabalho este confirmado pelos pesquisadores. modernos.<br />

• . ' .<br />

Em 1881, PITSCH, separou do solo urn material preto que designou<br />

"Matière noire". EGGERTZ em 1888, BERTHOLET e ANDRÉ em 1893 e TOL-<br />

LENS e TACKE em 1898, realizaram estudos sobre a composiçâo quimica<br />

do humus do solo, determinando aproximadamente os porcentos<br />

de C, N e H.<br />

Em 1890 MUNTZI, pela primeira vez, mostrou que, como os resultados<br />

de decomposiçâo de matéria orgânica do solo, forma-se amoniaco.<br />

Em 1850, MITZCHERLICH e em 1875 POPOFFE constataram que a<br />

fermentaçâo de celulose é o resultado de atividade bacteriana, originando-se<br />

assim o conceito que a decomposiçâo da matéria orgânica<br />

no solo nâo é só produto de reaçôes quimicas, hidrólise, oxidaçâo e<br />

reduçâo, e etc... mas estas transformaçôes se operam principalmente<br />

sob a açâo dos microorganismos. Essa alteraçâo da matéria orgânica<br />

pelos microorganismos dâ origem a uma série de substâncias<br />

intermediârias e finais.<br />

Naturalmente, a natureza dessas substâncias, varia com as condiçôes<br />

sob as quais se processam essàs transformaçôes, se em meio<br />

anaeróbio ou aerobio, formando-se entâo substâncias completamente<br />

dif erentes.<br />

Pelos trabalhos de OMELJANSKY, BREDEMAN, LIPMAN, CHRISTENSE<br />

e WESTOGRADISKY, constatou-se a grande influência dos microorganismos<br />

para a agricultura, podendo haver fixaçâo de azoto atmosférico<br />

por meio simbiótico e näo simbiótico. Com êsses trabalhos surgiu<br />

uma verdadeira ciência nova que é a microbiologia do solo.<br />

Do desenvolvimento dessa ciência advirâo o conhecimento dos<br />

processus de modiîicaçâo das substâncias orgânicas incorporadas ao<br />

solo. Por outro lado, a natureza da micro-flora do solo e a atividade<br />

desta, dependem das condiçôes fisicas e quimicas do solo, como temperatura,<br />

pH, arejamento e etc., podendo predominar a açâo de fungos<br />

ou açâo de determinados grupos de bactérias, dependendo das condiçôes<br />

especificas do solo.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 177<br />

BESUMO <strong>DO</strong>S NOMES PROPOSTOS POR DIVERSOS INVESTIGA<strong>DO</strong>RES ÄS DIVERSAS<br />

TRAÇÔES DE HUMUS, BASEAN<strong>DO</strong>-SE EM SUA SOLUBILIDADE EM ALCALIS E ALCOOL<br />

PREPÀRAÇAO<br />

1 — Insolûvel em alcalis<br />

•2 — Solüvel nos alcalis,<br />

precipitado por<br />

âcidos, insolüvel<br />

em alcool<br />

•3 — Solûvel nos alcalis,<br />

precipitado por<br />

âcidos, solûvel em<br />

âlccol<br />

•4 — Solûvel nos alcalis,<br />

näo precipitado<br />

pelos âcidos<br />

SPRENGEL<br />

1826<br />

Carbono de<br />

humus<br />

Acido de<br />

humus<br />

Acido de<br />

humus<br />

Acido de<br />

humus<br />

(WAKSMANN)<br />

BERZEUUS<br />

1839<br />

Humina<br />

Acido hûmico<br />

Acido crênico<br />

apocrénico<br />

MTJLDER<br />

1840<br />

Humina ulmina<br />

Acido hûmico<br />

Âcidos glûçicos<br />

e apoglûclcos<br />

HEKMAN<br />

1841<br />

Anidrohumina, nitrohumina<br />

e nitrollna<br />

Acidos anidhohûmico,<br />

sucrohûmico, lignohümico<br />

e metalignohûmico<br />

Acido hùmilco Acido hûmilco Acidos tórflco, ulmico,<br />

apocrénico, ârvico,<br />

apoârvico, porla, apocrénico,<br />

etc.<br />

Acidos llgnocrênico,<br />

humocrênico, torfocrênico,anidrocrênico,<br />

porlacrênico e<br />

oxicrênico<br />

RESUMO <strong>DO</strong>S NOMES PROPOSTOS POR DIVERSOS INVESTIGA<strong>DO</strong>RES AS DIVERSAS<br />

PRAÇÔES DE HUMUS, BASEAN<strong>DO</strong>-SE EM SUA SOLUBILIDADE EM ALCALIS E ALCOOL<br />

PREPARAÇAO<br />

1 — Insolüvel em alcalis<br />

•2 — Solûvel nos alcalis,<br />

precipitado por<br />

âcidos, insolûvel<br />

em alcool<br />

3 — Solûvel nos alcalis,<br />

precipitado por<br />

âcidos, solûvel em<br />

âlccol<br />

4 — Solûvel nos alcalis,<br />

nâo precipitado<br />

pelos âcidos<br />

SKNFT<br />

1862<br />

Geina, ulmina, humina<br />

Äcido hûmîco, Acido<br />

geinico<br />

Acido ûlmicc<br />

Âcidos geinicos crênico<br />

e apocrénico<br />

(WAKSMANN)<br />

DETMER<br />

1871<br />

Acido hûmico<br />

Acido hûmico<br />

Acido hûmico<br />

SESTINI<br />

1881<br />

Saculmina<br />

Acido sacûlmico<br />

Acido sacûlmico<br />

Acido sacûlmico<br />

EGGERTZ<br />

1888<br />

Corpos do<br />

humus<br />

Âcidos do<br />

humus<br />

Âcidos do<br />

humus<br />

Acidos do<br />

humus<br />

(Continua)


178 ANAIS DA TERCEIRA EEUNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

RESUMO <strong>DO</strong>S NOMES PROPOSTOS POR DIVERSOS INVESTIGA<strong>DO</strong>RES ÄS DIVERSAS<br />

FRACÖES DE HUMUS, BASEAN<strong>DO</strong>-SE EM SUA SOLUBILIDADE EM ALCALIS E ALCOOL.<br />

(•WAKSMANN)<br />

(Conclusâo)<br />

PREPARAÇÂO<br />

1 — Insolûvel em alcalis<br />

2 — Solûvel nos alcalis,<br />

precipitado por<br />

âcidos, insolûvel<br />

em alcool<br />

3 — Solûvel nos alcalis,<br />

precipitado por<br />

âcidos, solûvel em<br />

alcool<br />

4 — Solûvel nos alcalis,<br />

nâo precipitado<br />

pelos âcidos<br />

HOPPESEYLEK<br />

1889<br />

Humina<br />

Acidos hûmicos<br />

Acido hymatomelânico<br />

Acido hymatomelânico<br />

ETJLEE<br />

1908<br />

\<br />

Carbono de humus<br />

Acido de humus<br />

Acido hymatcmelânico<br />

Acido hymatomelânico<br />

ODEN<br />

1919<br />

Carbono de humus<br />

Acido de humus<br />

Acido hymatcmelânico<br />

Acido fûlvico<br />

PAGE<br />

1930<br />

Fraçâo huminada<br />

matéria hûmica<br />

Fraçâo "âcido<br />

h ûmico" damatéria<br />

hûmica<br />

Fraçâo "âcidc"<br />

hümico" da.<br />

matéria hûmica<br />

Matéria nâo hûmica<br />

Nos solos tropicais e sub-tropicais com caracteristicas especiais<br />

nos temos uma formaçâo especifica do_ solo, e é claro que a decomposicäo<br />

da matéria orgânica e a formaçâo do humus, serao também especif<br />

icas.<br />

As idéias sobre a formaçâo do humus do solo, puramente quimica<br />

ou bacteriana, estâo agora ligadas, constituindo uma verdadeira.<br />

ciência que pode nos dar uma idéia exata da decomposicäo e formaçâo<br />

dos constituintes dos humus dos solos.<br />

O solo näo é um corpo morto, nêle ha vida intensa e complicada.<br />

O dinamismo do processo de decomposicäo da matéria orgânica e formaçâo<br />

de novos produtos por métodos quimicos é muito variado, dependendo,<br />

principalmente de condiçôes climâticas.<br />

Este dinamismo é complexo, näo nos possibilitando estudar um.<br />

processo isolado no solo, porque estes estâo encadeados.<br />

Todos os métodos de estudos da composiçao quimica do solo säo><br />

aproximados, dando somente, uma idéia, que embora näo verdadeiramente<br />

exata, orienta-nos sobre a natureza da matéria orgânica.<br />

Em nosso trabalho procuramos reunir as principais fases da decomposicäo<br />

de alguns compostos orgânicos, pela açâo de microorganismos,<br />

coligindo dados encontrados na literatura e também apresentando<br />

as conclusôes de nossos próprios estudos.<br />

Para ' compreender os processus de decomposicäo da matéria orgânica<br />

no solo, achamos necessârio dar uma idéia sobre os microorganismos<br />

que vivem nos solos e que interferem na decomposicäo da matéria<br />

orgânica, näo nos detendo, porém, na sistemâtica nem na morfologia<br />

dêstes microorganismos.<br />

Os fatos que influem na vida dos végétais säo: os cósmicos e osterrestres.<br />

Os fatores cósmicos fornecem a energia cinética que é necessâria<br />

para o crescimento das plantas. Estas, nos processus de sintese da.<br />

matéria orgânica, transforma por reaçâo endotérmica a energia cinética<br />

da luz solar, em energia potencial da massa vegetal.


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DK CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 179<br />

O fator terrestre influe na nutriçâo das plantas, pelos elementos<br />

minerais que se encontram no solo. As plantas por meio de sintese<br />

retiram os elementos minerais com auxilio dos fatores cósmicos, transformando-os<br />

na massa organica, réserva de energia potencial.<br />

Esta massa organica entra no ciclo da vida, onde uma parte dessa<br />

materia é usada pelos organismos superiores, outras câem diretamente<br />

ao solo para a formaçao da sua futura materia organica.<br />

Estes residuos végétais e animais sâo atacados pelos microorganismos<br />

que usam para a sua nutriçâo a energia potencial dos restos<br />

orgânicos e libertam elementos minerais, que voltam ao solo.<br />

Nos fatores cósmicos nâo podemos interferir, enquanto que nos<br />

fatores terrestres podemos e precisamos regular para um normal pro-,<br />

cessamento da vida vegetal.<br />

O nosso trabalho, portanto, é um conjunto de observaçôes e pesquisas<br />

próprias e um resumo bibliogrâfico de vârios autores, escrito<br />

com o objetiyo de facilitar a compreensâo, do processo de decomposiçâo<br />

da materia organica do solo, a libertaçâo e a acumulaçâo de elementos<br />

nutrificantes necessârios as plantas em forma mais favorâvel.<br />

II<br />

O conhecimento da composiçâo da materia organica do solo é de<br />

grande importância para, a agricultura, porém, nâo é problema inteiramente<br />

resolvido. Hâ mais de cem anos que a sua composiçâo,<br />

seu papel na formaçao do solo, sua influência na vida das plantas e<br />

etc., vem sendo objeto de estudo por parte de inümeros pesquisadores<br />

em tôdas as partes do mundo.<br />

Na prâtica agricola, o valor de um solo esta condicionado ao seu<br />

teor de humus, e sua importância é tal para as culturas que estas<br />

nâo podem se desenvolver em solos nos quais a materia organica se<br />

acha ausente. A grande dificuldade para estudos da sua composiçâo<br />

quïmica esta na profunda diferença entre os materiais incorporados<br />

ao solo, restos végétais e animais, e o produto resultante da transformaçâo<br />

dêstes. Por outro lado, essa composiçâo varia muito de solo*<br />

para solo, pois ela esta na dependência de umä série de fatores, como'<br />

composiçâo de residuos incorporados, temperatura, umidade, arejamento,<br />

microorganismos e muitos outros.<br />

Grande progresso tem sido feito ùltimamente no conhecimento<br />

do humus, e os métodos atualmente empregados para o seu estuda<br />

podem ser assim divididos:<br />

a) — Estudo da materia organica total do solo ;<br />

b) — Estudo da composiçâo quimica da materia organica do solo«<br />

com métodos de fracionamento;<br />

c) — Estudo da composiçâo quimica da materia organica do<br />

solo, com métodos de fracionamento, pelo emprêgo de vârios.<br />

solventes, tendo-se em vista a relaçâo da vida microbiana e<br />

os compostos quimicos isolados em cada uma dessas fraçôes.<br />

Estudo da matérià organica total do solo — Todos os métodos.<br />

para determinaçâo da materia organica total do solo, só tem o valor<br />

de mostrar a quantidade dessa materia, mas nâo o seu dinamismo.<br />

Englobam a quantidade da materia organica humificada e mineralizada;<br />

em tôdas as suas etapas de humificaçâo. Este método, com mais<br />

precisâo, podemos chamâ-lo de determinaçâo do teor de carbono orgânico<br />

no solo. Todos os métodos empregados nessa determinaçâo podemos<br />

dividï-los em dois grupos principals:<br />

1.°) — Combüstäo por via sêca da matéria organica com a transformaçâo<br />

de seu carbono em Co2, cujo volume pode ser


180 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

medido ou pode ser absorvido em tubos tarados, por substâncias<br />

capazes de retê-lo;<br />

2.°) — Combustäo por via ümida, isto é, por meio de solucöes<br />

oxidantes, como K2Cr2O7, H2O2, KMnO4, etc.<br />

Os métodos mais usados dêstes dois grupos, sâo os baseados na<br />

oxidaçâo do carbono pela âgua oxigenada anioniacal, ou aqueles 'baseados<br />

na combustäo da matéria orgânica pelo oxigênio, podendo o<br />

COo, ser medido ou absorvido ou ainda,' como no método mais empregado<br />

entre nós, em que a oxidaçâo é realizada por uma quantidade conhecida<br />

do oxidante, K2Cr2O7, determinando-se em seguida, o excesso<br />

dêsse oxidante.<br />

Êstes métodos, como jâ foi dito, nos dâo a quantidade de matéria<br />

orgânica do solo, mas nada nos. diz sobre as transformaçôes pelas<br />

quais ela tenha passado.<br />

ESTU<strong>DO</strong> DA COMPOSIÇAO QUÎMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA <strong>DO</strong><br />

<strong>SOLO</strong> COM MÉTO<strong>DO</strong>S DE FRACIONAMENTO<br />

Êstes métodos, sâo baseados na separaçâo da matéria orgânica<br />

em grupos de substâncias solüveis em determinados solventes. Assim,<br />

o solo é tratado por soluçao de NH3 ou NaOH de concentraçâo variâvel<br />

de 1 a 5 %.<br />

Os métodos de SCHREINER e SHOREY, SV. ODEN e PAGE estâo incluidos<br />

nêste grupo.<br />

Método de SCHREINER e SHOREY (Citado por WAKSMANN (36) —) e<br />

MAIWALD (32).<br />

i<br />

Insolüvel<br />

24,1 % do C total<br />

(Compostos desconhecidos)<br />

Precipitado — 36,9 % do C total<br />

Solo + NaOH a 2 %<br />

l<br />

Solüvel (75,9 do C. Total)<br />

Acidificaçâo da soluçao alcalina<br />

Filtrado 39 % do C total<br />

Extraido pelo alcool em ebuliçâo<br />

i i<br />

(Xantina)<br />

(Xipoxantina)<br />

(Citosina)<br />

(Histidina)<br />

Insolüvel Solüvel — 21,9 % C total (Arginina)<br />

15 % do C total | (Pentosanas)<br />

(Composiçâo näo conhecida) |<br />

Extraçâo i com éter de petróleo<br />

Insolüvel<br />

19,1 % do C total<br />

Résinas âcidas e esteres de<br />

de résina)<br />

Solüvel<br />

21, % do C total<br />

Äcido hidróxido esteärico, parafina,<br />

âcido lignocérico, Glicerides, Agroesterol<br />

e fito-esterol.


ANAIS DA TERCEIEA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÈNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 181<br />

No método de Sv. ODEN, citado por ARAUJO, W. A et al (2), o solo<br />

é tratado por H2O, C2H5OH, soluçâo alcalina em seguida, é estudado<br />

o comportamento dos vârios constituintes ante os dissolventes acima<br />

ref erido.<br />

O quadro da pagina seguinte, resume o método de Sv. ODEN.<br />

CONSTITUIN-<br />

TES <strong>DO</strong><br />

HUMUS<br />

Carbono<br />

Acido<br />

hümico<br />

Hymatomelânico<br />

oppy<br />

Acido<br />

fülvico<br />

COMPORTAMENTO<br />

H2O<br />

Insolüvel e<br />

indispersâvel<br />

Dificilmente<br />

solüvel.<br />

Dispersâvel<br />

produzindo<br />

suspensöes<br />

Dificilmente<br />

solüveis facilmentedispersâveispodendo<br />

formar até<br />

soluçôes coloidais<br />

Dâo soluçâo<br />

fàcilmente difundivel<br />

ANTE OS DIFERENTES DISSOLVENTES<br />

CîHiOH<br />

Insolüvel<br />

Insolüvel mas<br />

pouco dispersävel<br />

i<br />

Fàcilmente<br />

solüveis<br />

Fàcilmente<br />

solûvel<br />

Alcalis<br />

Insolüvel mas<br />

capaz de<br />

entumecer<br />

Solûvel<br />

Solüveis<br />

Solüveis<br />

SAIS<br />

Conhecidos os<br />

complexos de<br />

absorçâo<br />

Sais de alcalis<br />

solüveis em<br />

H2O dispersâvel<br />

em alcool.<br />

Outros sais<br />

dificilmente<br />

solüveis<br />

Solüveis em<br />

H2O dispersâveis<br />

A maior parte<br />

solûvel em<br />

H2O<br />

CÔR<br />

Preto<br />

Preto<br />

Marron com<br />

tendência<br />

para o vermelho<br />

Marron com<br />

•Biouapua}<br />

para o amarelo<br />

Amarelo ouro<br />

até amarelo<br />

pâlido<br />

PAGE, citado por SÏGMOND (48), modifica o método de Sv. ODEN e<br />

o seu esquema pode ser assim resumido:<br />

Substâncias orgânicas do solo<br />

• I<br />

Matéria nâo humificada<br />

incolor<br />

Solûvel em alcalis diluido a<br />

quente âcidos hümicos<br />

l<br />

l<br />

Solûvel em âgua Insolüvel em âgua<br />

Âcido fülvico<br />

Acidos hümicos<br />

Âcido crénicos<br />

impuros<br />

4-<br />

Solûvel em alcool<br />

Acido Hymatomelânico<br />

Matéria humificada<br />

i colorida<br />

Insolüvel em alcalis<br />

diluido a quente. Humina,<br />

subcarbono do<br />

humus<br />

Insolüvel em alcool<br />

Âcido hümico<br />

SHMUK (24, apresenta um esquema do fracionamento da matéria<br />

orgânica do solo, buscando no emprêgo de soluçôes fracas de NaOH


182 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

ou (NH4)OH, método que nos parece dar uma melhor idéia sobre a<br />

composiçâo da matéria orgânica do solo.<br />

Soluçao escura<br />

(Ataque por HC1)<br />

I<br />

Solûvel<br />

B-20 % do C total<br />

(Corresponde aos âcidos<br />

crénico e aprocrénico<br />

<strong>SOLO</strong><br />

Ataque por soluçao fraca de NaOH ou NH4OH<br />

i<br />

Foram isolados desta fraçâo:<br />

âcido de hidroxiesteârico, hucleico,<br />

xantina, cleantina, hipoxantina,<br />

tetracarbono amida,<br />

citosina, arginina, Usina, aldeidos<br />

e alguns âcidos orgânicos.<br />

Pentosanas, âcido picolinico,<br />

monoamino âcidos e etc.<br />

Insolûvel<br />

.E-40 % do C total<br />

Âcido hümico<br />

Insolûvel parte orgânica<br />

A-20 % de C total<br />

(Segundo autores antigos corresponde<br />

hulmina e humina)<br />

Residuos végétais végétais pouco<br />

decompostos<br />

l<br />

Insolûvel<br />

r<br />

i<br />

Éter, benzeno, clorofórmio e outros<br />

solventes<br />

i<br />

Insolûvel Solûvel<br />

i i •<br />

l<br />

Alcool<br />

i<br />

. i<br />

Âcidos<br />

l<br />

C-5 % do C total<br />

Âcidos graxos, parafinas,<br />

agrosterol, fitoesterol,<br />

monooxi esteârico,<br />

éteres e âcidos betuminosos<br />

e outras<br />

substâncias<br />

i<br />

Solûvel<br />

D-15 % do C total<br />

semelhantes aos betumino-<br />

O âcido hümico obtido apresenta-se em estado coloidal mas transforma-se<br />

fàcilmente para a forma cristalina, apresentando brilho metâlico,<br />

porém, sempre com carga negativa, SHMUK, também, considéra<br />

este âcido hümico como tetravalente.<br />

Hâ vârios outros métodos, baseados ainda na extraçâo fracionada<br />

dos diversos constituintes da matéria orgânica do solo, pelo emprêgo<br />

de solventes, como por exemplo, o de GILLAM (109) que trata<br />

inicialmente o solo, por amoniaco a 4 %.<br />

Estes métodos vêm sendo substituidos por outros mais modemos,<br />

que também usando vârios dissolventes permitem obter um fracionamento<br />

dos vârios constituintes da matéria orgânica do solo, mas nâo<br />

mais sob a rubrica de âcidos crénicos, fülvico e etc., designaçôes empiricas,<br />

nias sim, em grupos de substâncias quimicas definidas. Este<br />

é o objetivo atual dos pesquisadores, que para atingi-lo vem lançando<br />

mâo dos mais modernos métodos, como o do espectro de' difraçao<br />

dos raios X e etc.<br />

Em todos os processus em que o solo é atacado por soluçôes alcalinas<br />

de 1 a 5 %, durante um tempo mais ou menos longo, a parte<br />

solûvel do solo, nunca é isenta de cinzas, em^cuja constituiçâo encontra<br />

Fe, Si e etc. A eliminaçâo dêsses constituintes minerais tem sido<br />

por nós obtida, pelo menos em grande parte, saturando a soluçao<br />

alcalina por H2S.<br />

SOS<br />

t


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 183<br />

TISTU<strong>DO</strong> DA COMPOSIÇÂO QUÎMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA<br />

<strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> PELO EMPRÊGO DE VÂRIOS SOLVENTES, TEN<strong>DO</strong>-SE<br />

EM VISTA A RELAÇÂO ENTRE A VIDA MICROBIANA E OS CONS-<br />

TITUINTES DAS VARIAS FRACÖES<br />

Sob outro prisma mais interessante e sobretudo mais racional,<br />

vârios pesquisadores como WAKSTVLAN, STEVENS, TRUSSOV, ELLER e KOCH<br />

*e KOENING, citados por MAIWALD (38), encetaram pesquisas tendentes<br />

•a esclarecer a açâo dos microorganismos sob os restos végétais que em<br />

gérai sâo incorporados ao solo.<br />

Jlstudo "in vitro", em condiçôes anaerôbias ou aeróbias, permiti-<br />

Tam-lhes acompanhar a degradaçao dessas substâncias sob a açâo<br />

•dos microorganismos. Aplicados ao solo os resultados dessas experiências<br />

de laboratório, tem-se uma idéia do metabolismo dessas substâncias,<br />

assim como das sinteses que se realizam a custa dos produtos de<br />

'degradaçao das substâncias iniciais.<br />

Procura-se acompanhar todo êsse encadeado de reaçôes associando-se<br />

os métodos quimicos aos microbiológicos, no afan de se ter<br />

uma imagem mais próxima possivel do dinamismo da matéria orgânica<br />

do solo, ou melhor da vida do solo, afastando-se dos métodos<br />

mais antigos e empiricos, em que a matéria orgânica era separada<br />

em grupos de designaçôes mais ou menos vagas, e que simplesmente<br />

indicam urn con junto de propriedades comuns aos constituintes dêsses<br />

grupos sem nada nos dizer sobre a verdadeira individualidade quimica<br />

-das substâncias orgânicas do solo.<br />

Este método permite-nos, ainda, avaliar de um modo aproximado,<br />

o humus ativo, o passivo e a réserva de humus (lignina-humus de<br />

WAKSMAN) .<br />

Transcrevemos a seguir o muito citado esquema de WAKMAN e<br />

•STEVENS (1).<br />

Solo + éter sulfürico<br />

l<br />

Solüvel — gorduras<br />

Insolüvel + alcool<br />

=e ceras<br />

i i<br />

Solüvel — résinas insolüvel + H2O<br />

Solûvel-açucares,<br />

amidas, aminoâcidos<br />

e vârios âcidos orgânicos<br />

Insolüvel + HCI a 2 %<br />

Soluvel Hemicelulose Insolüvel + HH2SO4<br />

i a 28,5 %<br />

Solüvel celulose<br />

i<br />

Insolüvel<br />

Lignina e<br />

proteinas<br />

De particular interesse para nos, sâo os trabalhos de SCHREINER<br />

-e SHOREY e de outros pesquisadores que fizeram. um estudo analitico<br />

dos componentes da matéria orgânica do solo, tendo identificado um<br />

considerâvel numéro dêsses componentes.<br />

Na V parte dêsse trabalho mencionaremos algumas pesquisas realizadas<br />

em nossos laboratórios como um inicio de trabalho de mais<br />

vulto que com o tempo prosseguiremos, estudo que pela sua propria<br />

inatureza, tem que ser demorado.


184 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Como ilustraçâo, damos uma lista de vârios compostos orgânicos<br />

da matéria orgânica do solo identificados pelos autores anteriormente<br />

mencionados :<br />

1 — Hidrocarboretos parafinicos da formula C3iH64 (hentriacontano),<br />

isolado por SHOEEY e SCHREINER, por ebuliçâo com C2H5OH a,<br />

95%; 2 — Agrosterol, um esterol isolado por SHORE Y e SCHEUSTER, por<br />

meio do alcool a 95 % em ebuliçâo, de formula C26H24O. H2O;<br />

3 — Um fitoesterol de formula C2ciH44O. H2O ainda isolado por<br />

ebuliçâo com alcool;<br />

4 — Glicerides de âcidos graxos-solüveis em âcidos e éter sulfûrico,<br />

encontrados em pequenas quantidades;<br />

5 — Résinas e esteres de resinas-solüveis em alcool e éter sulfurico;<br />

6 — Âcido oxâlico, isolado por SHOREY no extrato alcalino, existente<br />

no solo sob a forma de oxalato de câlcio;<br />

7 — Âcido sacârico isolado no extrato alcalino do solo por SOHREY<br />

Acido sucinico COOH (CH2)2 COOH, isolado no extrato alcalino;<br />

9 — Âcido acrilico (COOH CH = CH2)<br />

10 — Äcido crotômico (CH2CH = CH COOH), isolado por WALTER<br />

e WISE, soluvel em H2O éter e alcool;<br />

11 — Äcido alfa monohidroxi-esteârico (CH3(CH2)


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 185»<br />

23 — Aminos-âcidos :<br />

a) Histidina — alfa amino beta imidazou proprônico —<br />

C — NH<br />

• II CH<br />

C — N //<br />

CH. NH2COOH<br />

b) Lisina — âcido alfa-amino caprônico;<br />

24 — Amidas — presente de 16 a 30 % nos produtos de hidrólisedas<br />

protenas.<br />

25 — Animas:<br />

a) Tri-metilanima (CH3) 3 N, isolado por SHOREY;<br />

b) Cholina — beta tri-metil-amônio etanol, isolado por SHOREY<br />

c) Creatina<br />

Isolado no alcool<br />

dilu.do.<br />

/NH,<br />

C = NH<br />

\ /CH3<br />

\N/<br />

\<br />

\CH2CO2H<br />

26 — Bases purinicas:<br />

a) Xantina (2.6 de oxi-purina), isolado no extrato alcalino;<br />

HN — C = O<br />

O = C — C — N<br />

HN — C — N / CH<br />

&) Hipoxantina (6.oxi-purina)<br />

HN — C = O<br />

HC C — NH<br />

ii II \GH<br />

N — C — N /<br />

c) Adeina (6 amino purina)<br />

N = C NH2<br />

HC C — NH<br />

|| ||<br />

HN — C — N/<br />

d) Guaina (2amino— 6 oxipurina)<br />

HN — CO<br />

H2 NC C — NH<br />

N — C — N/ CH


186 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

27 — Derivado da pirimidina<br />

Citosina — isolado por SHOREY e SCHREINER<br />

N = C — NH2<br />

O = C CH<br />

I II<br />

HN — CH<br />

• 28 — Derivado da Piridina — BERTHELOT e ANDRÉ foram os primeiros<br />

a verificar sua presença no solo.<br />

29 — Compostes fosforados orgânicos<br />

a) Acidos nucléicos (Soluçâo a 1 % de NaOH)<br />

H2C — OR<br />

HC — OR O<br />

//<br />

H2C — O — P — OC2H4 — N (CH3)2OH<br />

OH<br />

30 — Derivados do Inositol, isolado da fraçâo "alfa humus", solûvel<br />

em alcalis, por YOSHIDA (116).<br />

a) Inositol<br />

CHOH<br />

b) Acido fitico<br />

BUHC<br />

HUHC<br />

(OH)_pOHc<br />

O<br />

Vo -<br />

«c) Monofosfato de inosita<br />

CHOH<br />

HOHC<br />

CHQH<br />

CHOtf<br />

CHOH


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 187<br />

et<br />

Nem todos os compostos orgânicos isolados do solo, principalmente<br />

por SHOKEY e SCHREINER, foram por êles considerados como<br />

parte intégrante do humus, (MAIWALD — 38), alguns dêles permanecem<br />

livres e foram designados pelos pesquisadores citados como "non<br />

humus constituints of the humus". Damos a seguir uma relaçâo com<br />

algumas dessas substâneias:<br />

1) Ramnose — metilpentose<br />

2) Âcido oxâlico — grande quantidade<br />

3) Acido crotônico<br />

4) Acido di-oxi-estearicö<br />

5) Âcido tri-oxi-esteärico<br />

6) Âcido oxi-benzóico<br />

7) Âcido oleico<br />

8) Âcido cianürico (em grande quantidade)<br />

9) Histidina<br />

10) Arginina<br />

11) Xantina<br />

12) Hipoxantina<br />

13) Citosina<br />

14) Adenina<br />

15) Cholina<br />

16) Creatinina<br />

17) Âcido benzóico<br />

18), Âcido oxi-benzóico<br />

19) Aldeido salicilico<br />

20) Tri-tio-benzoaldeido<br />

21) Vanilina<br />

22) Acido picolïnico (CgHgNCHaCOOH)<br />

23) Histidina<br />

24) Äcido nucléico<br />

A matéria orgânica incorporada ao solo, e que posteriormente<br />

•sera sujeita aos processus complexos de humificaçâo, esta na dependêneia<br />

do solo onde o vegetal que a originou se desenvolveu, isto é, sua<br />

•natureza dépende até certo ponto da do solo.<br />

Infelizmente, nâo existem muitos estudos sobre o nosso solo, de<br />

um modo gérai, e particularmente, sobre a formaçâo e compôsiçao<br />

quimica de sua matéria orgânica. As condiçôes peculiar es de nosso<br />

clima, que favorece a râpida decomposiçâo da matéria orgânica, é de<br />

particular interesse o corihecimento dos processus bioquimicos de hu-<br />

Tnificaçâo e a composiçâo quimica dessa matéria orgânica.<br />

Em trabalho por nos publicado, "CONTRIBUIÇAO AO ESTU<strong>DO</strong><br />

TîO HUMUS BRASILEIRO", consignants experiências de laboratório<br />

que nos levou a admitir uma apreeiävel perda da matéria orgânica<br />

solûvel em âgua, nos processus de lixiviaçâo.<br />

Estes resultados, conduziram-nos a investigar a composiçâo quimica<br />

da matéria orgânica de nossos solos e, os resultados dessas in-<br />

Testigaçôes serâo discutidas na quinta parte dêste trabalho.<br />

•OBSERVAÇOES GERAIS SOBRE OS MICROORGANISMOS <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

No solo hâ grande numero de microorganismos, que, atuando sobre<br />

os restos orgânicos provenientes de végétais e animais, nêles operam<br />

grandes transformaçôes. Êsses microorganismos podem transformar<br />

complicadas substâneias orgânicas em outras de formas mais simples,<br />

utilizadas por outros organismos vivos da terra, bem como, sintetizar


188 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

novas combinaçôes mais simples ou mais complicadas que as primitivamente<br />

existentes nos resîduos orgânicos, como, por exemplo, a sintese<br />

de proteinas a custa de âcidos aminados, resultantes do desdobramento<br />

de proteinas, dos residuos orgânicos incorporados ao solo,<br />

ou mesmo produzir variada decomposiçâo dêsses resîduos, atingindo<br />

produtos finais, com CO2, CH4, Azoto elementar, etc.<br />

Segundo LOEHNIS, citado por SIGMXBSTD (48), os microorganismos<br />

do solo podem ser divididos em très grupos:<br />

1) Microorganismos que decompôe ou sintetizam substâncias derivadas<br />

do carbono;<br />

2) Microorganismos que decompôe ou sintetizam compostos nitrogenados;<br />

3) Microorganismos que transformam compostos minerais do<br />

solo.<br />

Estes très grandes grupos incluem todos os microorganismos dO'<br />

solo, dependendo a predominância de um ou outro, das condiçôes<br />

peculiares a cada solo.<br />

Nem tôdas as substâncias orgânicas sâo decompostas com facilidade<br />

pelos microorganismos. Ha grande numero delas, como a lignina,<br />

que é dificilmente alterada por êssses, sendo necessârio longo<br />

tempo para que se realize essa decomposiçâo.<br />

Como resultado de processus bioquimicos complexos, resultam<br />

novas substâncias humificadas e minerais, coloides orgânicos liófilos<br />

de carga negativ(a. Essas substâncias humificadas e miner alizadas nâo<br />

sâo livres, e, sim, retidas na superficie de micelas de argila, constituindo<br />

o que em agricultura se chama humus.<br />

Atividade biológica dos microorganismos na terra, dépende de<br />

muitos fatores, cujos principals sâo pH, oxigênio disponivel, temperatura<br />

do solo, âgua do solo, elementos nutritivos disponiveis para a<br />

formaçâo dos tecidos dos microorganismos e textura do solo, etc.<br />

A sua quantidade nâo é estâtica, porém, dinâmica, e êsse dinamismo<br />

dépende de vârios fatores, como âgua, pH, temperatura, etc.<br />

A atividade biológica do solo dépende ainda da profundidade, porquanto,<br />

na superfeie hâ maior quantidade de microorganismo, quasi<br />

todos sob a forma vegetativa, decrescido êsse numero dos horizontes<br />

inferiores, sob a forma de esporos, e finalmente tornando-se praticamente<br />

nulo nas proximidades da rocha-mâe.<br />

MATTHEI (5) estudou a distribuiçâo da populaçâo bacteriana dos<br />

diversos horizontes de urn perfil, e os resultados se encontram na tabela<br />

seguinte:<br />

Horizonte<br />

Ax (Até 10 cm)<br />

A2 (10-25 cm)<br />

A3 (25-30 cm)<br />

N.° de bactérias<br />

por<br />

grama de solo<br />

7.000.000<br />

5.000.000<br />

4.000.000<br />

N.°de bactérias<br />

Horizonte por<br />

grama de solo'<br />

B (Até 40 cm)<br />

C (Até 50 cm<br />

500.000'<br />

zero<br />

BROWN e BENTON, citados por VILLAR (106), estudaram em solosdo<br />

Estado de Iowa (U.S.A.), a variaçâo do numero de microorganis-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 189<br />

mos em relaçâo à profundidade e os resultados de suas investigates,<br />

constam do quadro a seguir:<br />

Carrington Loam<br />

N.o 1<br />

(20 de junho)<br />

Carrington Loam<br />

N.o 7. ,<br />

(25 de agôsto)<br />

Lindley Sandy Loam<br />

N.o 14<br />

(11 de novembro)<br />

Lindley Sandy Loam<br />

N.o 10<br />

(20 de setembro)<br />

u.. rizointe e profundidade<br />

em cm.<br />

Ai<br />

A«<br />

As<br />

Bi<br />

Ci<br />

Ai<br />

As<br />

As<br />

Bl<br />

Ci<br />

C2<br />

Ai<br />

Ai<br />

As<br />

Bi<br />

Ci<br />

C2<br />

Ai<br />

Ai<br />

As<br />

Bi<br />

Ci<br />

C2<br />

de 0-5<br />

5-30<br />

30-45<br />

45-65<br />

65-90<br />

90-125<br />

de 0-5<br />

5-15<br />

15-37,5<br />

37,5-65<br />

54-87,5<br />

87,5-125<br />

de 0-5<br />

5-15<br />

15-37,5<br />

37,5-45<br />

45-80<br />

80-125<br />

de 0-5<br />

5-15<br />

15-40<br />

40-60<br />

60-87,5<br />

87,5-125<br />

Unidade<br />

een %<br />

9<br />

16<br />

15<br />

14<br />

13<br />

14<br />

11<br />

15<br />

16<br />

18<br />

19<br />

19<br />

7<br />

9<br />

10<br />

10<br />

18<br />

15<br />

5<br />

8<br />

10<br />

10<br />

16<br />

18<br />

Numéro de bactérias<br />

•porgra/ma de terra sêca<br />

8.630.000<br />

5.710.000<br />

3.650.000<br />

372.000<br />

42.000<br />

4.300<br />

3.146.000<br />

2.059.000<br />

2.500.000<br />

414.000<br />

24.600<br />

5.300<br />

5.270.000<br />

4.830.000<br />

4.060.000<br />

757.000<br />

60.000<br />

12.000<br />

3.580.000<br />

3.910.000<br />

3.440.000<br />

466.000<br />

33.700<br />

9.500<br />

Interessantes sâo os estudos de VANDECAVEVE e KATZELSON (113)<br />

quanto ao numero de bactérias, fungos e actinomicetos nos horizontes<br />

A e B de 15 solos, que sâo sintetizados no grâfico da pagina seguinte,<br />

e que tem para nos especial importância porque foram estudados<br />

em solos lateritizados.<br />

Do citado grâfico concluimos:<br />

1) O numero de bactérias é maior no horizonte A do que no B;<br />

2) O numero mâximo de bactérias foi registrado nos solos de<br />

rendzina;<br />

3) O numero de bactérias por grama de solo vai de 325.000 a<br />

S.825.000 no horizonte A, enquanto que, para o horizonte B êle varia<br />

de 453.000 a 7.650.000;<br />

4) As variaçôes extremas nos numéros de fungos actinomicetos<br />

sâo ainda maiores do que das bactérias;<br />

5) O numero de fungos varia de 2.133 a 738.000 no horizonte<br />

A e de 1.313 a 258.750 no horizonte B;<br />

6) Para os actinomicetos os numéros sâo para o horizonte A,<br />

4.500 e 3.800.000, e para o horizonte B, 12.660 e 1.275.000;<br />

7) Para solos tropicais o numero de bactérias no horizonte A<br />

é superior a 4.000.000, e para o horizonte B superior a 2.000.000;<br />

8) O numero de bactérias na zona tropical é mui to mais elevado<br />

do que nos solos podsólicos.<br />

Com mais detalhes, WAKMAN e STARKEY (34, estudaram o numero<br />

de microorganismos em perfis, e, em terra cultivada e nâo cultivada,<br />

e os resultados constam do diagrama n.° 1.


190 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

S. C. VANDECAVEVE E H. KATZNELSON (113)<br />

in<br />

lu<br />

•IO<br />

X<br />

s 6<br />

«" 6<br />

1 4<br />

'h 2<br />

o<br />

tû<br />


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE <strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 191<br />

« Tl<br />

CV<br />

Saçun ur ' :<br />

o o<br />

o o<br />

O<br />

CV<br />

o


192 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Mostra o diagrama referido:<br />

a) — que o numero de microorganismos nos horizontes B e C é<br />

mui to reduzido;<br />

b) — que o numero de microorganismos nas terras cultivadas é<br />

sempre maior do que nas terras nâo cultivadas;<br />

c) — que nas terras näo cultivadas, bacterias e actinomicetos<br />

estâo sempre erh maior numero no horizonte A2 do que no horizonte<br />

Ai, sucedendo o inverso com fungos.<br />

A influência do pH sobre a vida dos microorganismos no solo,<br />

também foi estudada por vârios investigadores, os quais constataram<br />

que na terra neutra hâ mais bacterias e actinomicetos do que fungos.<br />

Por exemplo, WAKSMAN (55) determinouo numero de bacterias e actinomicetos<br />

no solo, em funçâo da variaçao do pH, sendo os resultados<br />

«consignados na tabela seguinte:<br />

6,5<br />

6,2<br />

5,8<br />

5,6<br />

5,1<br />

4,8<br />

4,0<br />

pH<br />

Bacterias por<br />

grama de solo<br />

13.600.000<br />

—<br />

12.600.000<br />

4.800.000<br />

4.000.000<br />

—<br />

Vemos, portanto, que:<br />

Actinomicetos por<br />

grama de solo<br />

6.100.000<br />

6.500.000<br />

1.200.000<br />

900.000<br />

—<br />

Fungos por<br />

grama de solo<br />

26.200<br />

39.100<br />

73.000<br />

110.000<br />

a) Quanto menor o pH, maior é o numero de fungos, diminuindo,<br />

no entanto, o numero de bacterias e actinomicetos;<br />

ö) Para bacterias e actinomicetos o pH mais conveniente, encontra-se<br />

acima de 5,0.<br />

Na agricultura, este fato é de suma importância. O quadro a<br />

seguir, apresentado, mostra a variaçao da quantidade de Azotobacter<br />

com pH ótimo que esta entre 6 a 7,5, conforme verificou GAULE Y, em<br />

-experiência citada por WAKSMAN e STARKEY (16).<br />

pH<br />

Maior de 7,5<br />

7,0 a 7,49<br />

6,5 a 6,99<br />

6,0 a 6,49<br />

5,5 a 5,99<br />

5,0 a 5,49<br />

4,5 a 4,99<br />

Inferior 4,5<br />

N.° de testes<br />

32<br />

60<br />

45<br />

47<br />

122<br />

43<br />

44 3<br />

AZOTOBACTER<br />

Presente Ausente<br />

100<br />

97<br />

90<br />

80<br />

20<br />

1470<br />

0<br />

3<br />

10<br />

20<br />

80<br />

86<br />

93<br />

100<br />

POCHON e YAN TSENG TCHAN (7), também se preocupam detalha-<br />

•damente com os limites de pH, entre os quais os très principais grupos<br />

de Azotobacter podem se desenvolver:<br />

ótimo<br />

Azotobacter chroococum 7.4 a 7.6<br />

Azotobacter beijerinckii 7.7 a 7.8<br />

-Azotobacter venelandii 7.5 a 7.7<br />

Limite inferior<br />

. 5.8<br />

5.8<br />

5.9


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 193<br />

Estas experiências estâo de acôrdo com os resultados obtidos por<br />

GAULEY.<br />

Os autores, acima referidos, verificaram que o ótimo de temperatura<br />

para o Azotobacter tem grande amplitude oscilando entre 9 e<br />

35 grâus centigrados. Este fato tem grande importância para a nossa<br />

zona.<br />

Segundo experiência de OORBERT (98), a quantidade de bactérias<br />

na zona sub-tropical é de 500.000 por grama de solo e o ótimo de<br />

temperatura para a nitrificaçâo esta entre 25 a 35 grâus centigrados.<br />

TAN<strong>DO</strong>N e DAHR (99), investigando processo de nitrificaçâo no<br />

verâo na India e no Egito, onde, na superficie do solo a temperatura<br />

atinge a 70 grâus centigrados, realizaram trabalhos de grande utilidade<br />

para nos.<br />

Nos meses mais quentes do ano, quando, nessas regiôes a temperatura<br />

do solo é superior a ótima para o desenvolvimento das bacteria's<br />

as nitrificantes, a nitrificaçâo nâo pode ser dévida a açâo bacteriana.<br />

DAHR e ATMO RAM, mostraram que a foto oxidaçâo de substâncias<br />

orgânicas do solo, especialmerite os âcidos aminados e compostos<br />

hidroxilados, produz apreciâvel quantidade de aldeido-fórmico, que<br />

é poderoso bactericida, levando-se a admitir que a nitrificaçâo nêsses<br />

solos nâo pode ser principalmente de origem bacteriana.<br />

A influência da temperatura na vida bacteriana do solo, fornece<br />

um meio de se dividir as bactérias em dois grupos, como o fizeram<br />

WAKSMAN e STARKEY (16) :<br />

a) — Termófilos, pequeno grupo que pode viver até 50° ou 60°C;<br />

b) — Grande grupo de bactérias com o seu ótimo entre 20° e 30°C.<br />

Deparamos, muitas vezes, na literatura bibliogrâfica, que solos de<br />

zonas tropicais e sub-tropicais sâo muito pobres em microorganismps,<br />

havendo mesmo terras estéreis.<br />

Nos nâo estamos de acôrdo com este ponto de vista, porque, o<br />

Azotobacter, por. exemplo, tem o seu ótimo a 33 grâus centigrados, e<br />

um grande numero de bactérias, conforme WAKSMAN e STARKEY (16)<br />

se referem, tem o seu ótimo de 20° até 30° e os termófilos podem<br />

viver até 60°C. Portante, nas zonas tropicais é perfeitamente possivel<br />

a vida normal no solo, das bactérias.<br />

GREAVES citado por F. BEAR (22), estudando variaçâo da porcentagem<br />

de ar e âgua disponivel para a produçâo de amônio, acumulaçâo<br />

de nitratos e fixaçâo de nitrogênio por bactérias nâo simbióticas,<br />

fornece-nos os seguintes resultados:<br />

% saturaçâo<br />

10<br />

20<br />

30<br />

40<br />

50<br />

60<br />

70<br />

80<br />

90<br />

100<br />

Amônio<br />

- 2 8<br />

32<br />

68<br />

85<br />

100<br />

78<br />

57<br />

49<br />

45<br />

Nitratos<br />

M.<br />

17<br />

31<br />

62<br />

85<br />

100<br />

40 900<br />

Fixaçâo de nitirogêneo por bactérias<br />

simbióticas<br />

30<br />

25<br />

25<br />

38<br />

45<br />

75<br />

100<br />

90<br />

45<br />

25


194 ANAIS DA TERCEIEA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Dêstes dados pode-se concluir o seguinte:<br />

a) — a porcentagem dte ar e âgua na terra tem grande importância<br />

para a vida dos mier oor ganismos;<br />

b) — ha um mäximo e urn minimo para a vida dos microorganismos;<br />

c) — o ótimo para a produçâo de amônio e acumulaçâo de nitratos,<br />

esta entre 50 a 60 por cento de saturaçao. Para as nâo simbióticas<br />

este ótimo é de 70 a 80 porcento.<br />

No nosso Estado, julgamos que podemos dividir a vida bacteriana<br />

em dois periodos:<br />

1) periodo de mâximo desenvolvimento — outubro a março,<br />

época chuvosa;<br />

2) periodo de diminuiçâo da vida bacteriana, de abril a setembro,<br />

época sêca.<br />

De acôrdo com Hussel (6), PERRY W. WISON (26), MATHEI (5),<br />

RIEPPE (24) e WAKSMAN (28), organizamos a relaçâo abaixo, na quai<br />

mostramos os grupos de microorganismos que desempenharam papéis<br />

importantes no solo, bem como, o limite de pH tolerâvel para cada um,<br />

o autor que determinou e a fonte de referenda.<br />

pH<br />

Organismos minimo Autor<br />

Nitrosomonas 3,9 T. GRADÉE e<br />

C. HAGEM<br />

Nitrobacter<br />

Azotobacter<br />

Rhizobium<br />

Ieguninosarum<br />

3,1-5-0<br />

Bacillus<br />

Subtilis<br />

3,9<br />

5,6<br />

4,2<br />

C.<br />

C.<br />

U.<br />

A.<br />

E.<br />

A.<br />

A.<br />

S. MECK<br />

B. LlPMAN<br />

YAMAGATA<br />

ITANO"<br />

B. FRED e<br />

DAVENPORT<br />

ITANO<br />

Thiobacullus WAKSMAN<br />

thiooxidans menor 1<br />

Vibrios que decompôe<br />

a celulose<br />

6,4<br />

Azotobacter indicum<br />

2,9<br />

Thiobacilus<br />

denitrificans<br />

STARKEY<br />

(1939)<br />

Referenda<br />

Bergens museuns Arbory<br />

922-23-n. 0 1<br />

J.<br />

J.<br />

J.<br />

. Gen. Phisyol<br />

1922-5-195-204<br />

J. Baet 1923-8-521-531<br />

Agric. Res. 1918-14-317-<br />

334<br />

Mass Agric. Expt. Sta. Bull<br />

167-1916<br />

Proc. Soc. Expt. Biol. Med.<br />

1922-20-9-14 — J. Gen.<br />

Phisyol 1923-5-285-310<br />

H. L. JENSEN J. Agric. Sei. 1931 21-81-100<br />

5,0 TRANTWEIN<br />

Citado por PERRY W. WIL-<br />

SON (26)<br />

Citado por WAKSMAN (28)


ANAIS DA TERCEIRA REtTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 195<br />

pH<br />

Organismos minimo Autor<br />

Cytophaga<br />

hutehinsonii 5,7-6,0<br />

Bac. pycnoticus<br />

Bac. amylobacter<br />

Rhisobium<br />

Pisumevicia<br />

Trifolium e<br />

Phacolus<br />

Soja<br />

Lupinus<br />

Bac. Vulgäre<br />

Bact. coli<br />

Bact. pyocyaneum<br />

Bact. stutzeri<br />

Bac. Subtilis<br />

Bac. putrificus<br />

Act. scabies<br />

Mucor glomerula<br />

Asp. terricula<br />

Pen. italicum<br />

Fus. Oxysporum<br />

Asp niger<br />

Gibberela<br />

saubinetti<br />

Rhizobium<br />

leguminozarum<br />

alfafa<br />

Rhizobium<br />

leguminozarum<br />

trevo<br />

Rhizobium<br />

leguminozarum<br />

altramuz<br />

5,2<br />

5,7<br />

5,0<br />

4,8<br />

4,3<br />

3,3<br />

3,2<br />

4,4<br />

4,4<br />

5,6<br />

6,1<br />

4,2<br />

5,8<br />

4,8<br />

3,2<br />

1,6<br />

1,6<br />

1,8<br />

1,2<br />

3,0<br />

4,9<br />

4,2<br />

3,1<br />

Act. chromogenus<br />

5,2<br />

Nitroccocus<br />

brasiliensis ?<br />

Duuos e JEN-<br />

SEN<br />

RUHLAND<br />

DARNER<br />

FRED . e DA-<br />

VENPORT<br />

FRED e Lo-<br />

OMIS<br />

BRYAN<br />

BRYAN<br />

BRYAN<br />

DERBY<br />

DERBY<br />

DERBY<br />

ZACHAROWA<br />

ITANO<br />

DERBY<br />

WAKSMAN<br />

GlLLESPlE<br />

JOHSON<br />

JOHSON<br />

JOHSON<br />

JOHSON<br />

JOHSON<br />

MACINES<br />

MATTHEI<br />

MATTHEI<br />

MATTHEI<br />

WINOGRADSKY<br />

BONAZZI<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

Citado por<br />

MATHE Y (5)<br />

MATHEY (5)<br />

MATHE Y (5)<br />

MATHEY (5)<br />

Referenda<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

WAKSMAN<br />

RIEPPEL NIEDEREN (24)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

(28)<br />

>


196 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Na literatura consultada näo obtivemos detalhes sobre este ultimo<br />

fixador de azóto encontrado em solos brasileiros.<br />

As adubacöes com adubos orgânicos também influem na vida dos<br />

microorganismos, favorecendo a sua proliferaçao. TEMPLE, escudou<br />

de dois modos o numero de bactérias na terra, durante 90 dias.<br />

1) terra natural nâo adubada;<br />

2) terra adubada com 25 T de adubo orgânico por hectare.<br />

O quadro abaixo mostra os resultados obtidos:<br />

Dias Sem adubo Com adubo Com adubo<br />

2<br />

6<br />

13<br />

20<br />

2.227.000<br />

3.780.000<br />

6.540.000<br />

6.750.000<br />

2.227.000<br />

6.000.000<br />

13.600.000<br />

11.690.000<br />

28<br />

33<br />

40<br />

90<br />

7.700.000<br />

3.630.000<br />

4.270.000<br />

3.800.000<br />

24.200.000<br />

6.330.000<br />

6.330.000<br />

7.850.000<br />

O numero de bactérias aumentou de quasi duas vêzes em seis<br />

dias na terra adubada e, um sensïvel crescirhento até 28.° dia, quando<br />

atingiu o mâximo, quasi quatro vezes mais do que na terra sem<br />

adubaçâo, entrando, entâo, em declinio. Provàvelmente, êsse fato é<br />

devido a râpida exaustâo das substâncias orgânicas de fâcil decomposiçâo,<br />

restando, substâncias de dificil decomposiçâo, como a celulose<br />

e lignina, o que acarreta uma diminuiçâo na proliferaçao. dos microorganismos,<br />

mas comparando-se os resultados, hâ sempre predominância<br />

dêstes na terra adubada.<br />

MozTENsoN e DULEY (114), verificaram que sob a açâo das radiaçôes<br />

do ultra-violeta o numero de microorganismos do solo diminue.<br />

Assim, êsse numero passou de 5.400.000 para 3.170.000 por grama de<br />

solo, quando o mesmo foi submetido a açâo do ultra-violeta, e para<br />

400.000, quando sêco ao sol.<br />

Antes de tratarmos especificamente dos microorganismos do solo,<br />

façamos um pequeno resumo sobre sua vida.<br />

1) O pH tem grande importância para a vida dos microorganismos;<br />

2) O numero de microorganismos na terra diminue com a profundidade,<br />

na superficie predominam as formas vegetativas e no interior<br />

os esporos; '<br />

3) Na terra cultivada o numero de microorganismos é maior<br />

do que na näo cultivada. Este fato é devido ao melhor arejamento dos<br />

solos trabalhados;<br />

4) A adubaçâo orgânica aumenta o numero de microorganismos<br />

assim como sua atividade;<br />

5) Para o Azotobacter, o pH ótimo é seis ou mais e a temperatura<br />

ótima varia de nove a trinta e très grâus centïgrados. Entretanto,<br />

foi isolado Azotobacter em meios de pH desde 2, 9, o que vem<br />

indicar que a fixaçâo do azoto pode ser feita até nêsse limite;<br />

6) A porcentagem de saturaçâo de âgua e ar também tem grande<br />

importância para a vida dos microorganismos no solo;<br />

7) Em solos muito âcidos de pH inferior a 1, também pode haver<br />

vida bacteriana. Thiobacillus, por exemplo, pode viver nessas condiçôes<br />

e decompôr matéria orgânica do solo.


ALGAS<br />

ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 197<br />

Segundo os trabalhos de M. B. BRISTOL ROOCH, (1920-1927), citados<br />

por RÜSSEL (6), os grupos de algas encontrados nos diversos solos<br />

sâo formados por Hantzschia amphioxys, Trochscia aspera, Chroroccocum<br />

humicola, Bumilleria exilis e menos freqüentemente pelo Ulothrix<br />

subtilis.<br />

As algas podem viver em terrenos âcidos. PETERSEN, citado por<br />

RÜSSEL (6), na Dinamarca, estudou a influência do pH sobre o desenvolvimento<br />

das algas, e achou que em terrenos âcidos elas se desenvolvem<br />

em grande quantidade — Mesotoenium violascens, Zygnema ericetorum<br />

e duas espécies de Coccomyxa, enquanto os terrenos neutros<br />

encerram grande numero de Mesotoerium macrococcum, Hormidium<br />

e Vaucheria.<br />

O numero de algas no perfil do solo varia nos diversos horizontes.<br />

Na superficie as formas vegetativas predominam, nos horizontes infer<br />

riores hâ mais esporos.<br />

Nas terras cultivadas hâ mais algas do que nas nâo cultivadas, e<br />

o numero maior de algas encontra-se mais proximo da superficie.<br />

RoocH, citado por WAKSMANN e STARKEY (16) estudou a influência da<br />

profundidade sobre o numero de algas nos solos ingleses, fornecendonos<br />

os seguintes dados:<br />

Profundidade Na terra adubada Na terra nâo adubada<br />

algas/g de solo algas/g de solo<br />

l. a polegada 62.000 . 16.000<br />

2. a polegada 28.000 10.000<br />

4. a polegada 56.000 28.000<br />

6. a polegada 15.000 4.000<br />

As algas podem ser classificadas em:<br />

a) Cianoficeas — organismos clorofilados, podendo, portante,<br />

fixar CO2 sob a açâo da luz;<br />

&) Cloroficeas — organismos que podem fixar o CO2 e o N livre<br />

em simbiose com Azotobacter;<br />

c) Diatomaceas — fixam o CO2 nos horizontes inferiores e comportam-se<br />

como saprófitas.<br />

Segundo RÜSSEL (6), as algas beneficiam os végétais superiores das<br />

seguintes maneiras:<br />

1) Concorrendo para aumentar a matéria orgânica do solo;<br />

2) Podendo fixar azoto;<br />

3) Aumentando a fixaçâo do N atmosférico em simbiose com o<br />

Azotobacter;<br />

4) Acumulando açucares e outras substâncias de fâcil oxidaçâo;<br />

5) Concorrendo para melhorar o arejamento nos solos turfosos;<br />

6) Concorrendo, ainda, para a decomposiçâo dos residuos orgânicos<br />

do solo.<br />

FUNGOS<br />

Em 1886, diferentes espécies de fungos foram isolados do solo por<br />

ADAMETZ, encontrando-se os gêneros dos Pénicillium, Mucor, Aspergilus,<br />

Trichoderma, Fusarium, Verticillium, Cephalosporium, Monila,<br />

Rhizopus, Zygorhyrichus e alguns Basidiomicetos.<br />

VAN TIENGHERN, citado por GILMAN (4), descobriu nas terras do<br />

Brasil o Circunela simplex (Phycomycetos).


198 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Os fungos contribuem para a decomposiçâo da matéria orgânica<br />

do solo, porém,' algumas espécies sâo patogênicas para os végétais.<br />

Podem viver em solos âcidos, onde a vida bacteriana quasi nâo ê<br />

possivel, decompondo a matéria orgânica.<br />

Na superficie do solo predominam as formas vegetativas e nos<br />

horizontes inferiores, os esporos sâo encontrados em numero mais<br />

elevado.<br />

Nos solos mais ricos em matéria orgânica, a flora de fungos é<br />

bem mais numerosa, ao passo que a adiçâo de sal ao terreno origina<br />

a sua diminuiçâo. Sâo incrementados quando a terra é adubada com<br />

fertilizantes âcidos.<br />

De um modo gérai, os fungos sâo aeróbios, podendo no entanto,<br />

algumas espécies terem desenvolvimento nos meio anaeróbico, fato<br />

de grande importância para agricultura porque decompôe a celulose,<br />

proteina, hidrato de carbono, hemicelulose, pentosanas, parafinas,<br />

gomas e ligninas, nos mais diversos ambientes do solo, inclusive<br />

em solos muito âcidos e de pouco arejamento.<br />

RUSSELL (6) afirma que a temperatura tem grande influência na<br />

vida dos fûngos, exercendo mesmo uma açâo selecionadora. Por exemplo,<br />

nos solos das zonas temperadas 50 % dos fungos da terra sâo Pénicillium<br />

e nas zonas mais quentes a maioria dos fungos é do gênero<br />

Aspergillus.<br />

Os fungos assimilam mais elementos das substâncias orgânicas<br />

do solo por êle atacado do que qualquer outro microorganismo.<br />

Segundo RÜSSEL (6) alguns fungos sâo muito ativos na decomposiçâo<br />

da celulose.<br />

ACTINOMICETOS<br />

Este tipo de microorganismo é intermediârio, em sua morfologia,<br />

entre as bactérias e os fungos, dêstes mais se aproximando.<br />

Grande numero é aeróbio, porém, menos estritamente do que as<br />

bactérias, podendo se encontrar no solo actinomicetos anaerôbios.<br />

Sâo em gérai, muito sensïveis as mudanças de pH, desenvolvendo-se<br />

entre limites bastantes estreitos, sendo sempre em numéros inferiores<br />

ac bactérias. Algumas espécies toleram pH 4,0 ou mesmo inferior e,<br />

quanto a mudança de temperatura, sâo menos sensïvel do que as<br />

bactérias, fungos e protozoârios. Confirma êsse ponto de vista o trabalho<br />

de LOCHHAD, citador por WAKSMANN e STABKEY (16).<br />

O grâfico a seguir apresentado mostra o desenvolvimento dos microorganismos<br />

durante o inverno e a primavera.<br />

LOCHHEAD estudou a influência da temperatura dos meses de novembre<br />

a abril, mostrando o grâfico apresentado sua grande influência<br />

sobre o numero de fungos, bactérias e protozoârios, enquanto que<br />

para os actinomicetos essa influência é pràticamente nula.<br />

O numero de actinomicetos na parte superior do solo, como jâ<br />

ficou dito, é sempre maior do que na inferior, mas hâ éxemplos numerosos<br />

de solos possuindo também um elevado numero na sua parte<br />

inferior. Tal fato tem grande importância para a agricultura, porque<br />

os actinomicetos podem decompor a matéria orgânica onde as<br />

bactérias nâo a decompôe, por serem menos estritamente aeróbios do<br />

que estas.<br />

Os actinomicetos, como outros microorganismos, proliferam nas<br />

terras cultivadas ou nâo, assim como em terras adubadas ou nâo adubadas.<br />

WAKSMAN e STARKE Y (16) experimentaram a influência da adubaçâo<br />

azotada sobre o numero de actinomicetos no solo. Em terra adubada<br />

com (NH4)2SO4 houve diminuiçâo, ao passo que adubado com


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE <strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 199<br />

(NH4)2SO4 + cal, êsse numero aumentou, o mesmo sucedendo com o<br />

salitre do Chile.<br />

O numero de actinomicetos no solo é muito variâvel indo de alguns<br />

milhares até mùitos milhöes.<br />

£ 60 120<br />

'O jo<br />

* ï 1<br />

50 * IOÛ -<br />

~^_ Bacteria/<br />

_.-•**•' fictnomyces<br />

/J<br />

>•<br />

Protozoa:<br />

^•.•» *<br />

1 1<br />

_—— '<br />

A<br />

/ *\<br />

i i i i 1 t 1 |<br />

Nov. Dez. Dez. Jan. Jan. Fev. Fev. Mar. Abr. Abr.<br />

14 i<br />

19 7 28


200<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

dis), anâlises essas realizadas por STOKLAZA, cujos resultados sobre o<br />

material sêco constam da tabela seguinte:<br />

•Elementos<br />

N<br />

P2O=<br />

SOJ<br />

KJO<br />

Na2O •<br />

MgO<br />

CaO<br />

Fe3Oj<br />

Azotobacter chrorococcum<br />

em %<br />

11.30<br />

11.90<br />

0,29<br />

2.41<br />

0.07<br />

0.82<br />

0.34<br />

0.U8<br />

Bacterium micordis em %<br />

10.84<br />

4.07<br />

0.49<br />

2.27<br />

0.12<br />

0.4»<br />

0.05<br />

De acôrdo com estas anâlises os tecidos das bactérias encerram<br />

prnicipalmente N e P205, dois elementos dos mais importantes para<br />

à agricultura.<br />

ROBERT A. GREENE (97) também estudou a composiçao quimica do<br />

gênero Azotobacter e cnegando a interesan ces resuitaaos.<br />

A anâlise aproximada do Azotobacter (Livre de H2O) :<br />

Elemento do solo<br />

Matéria orgânica solûvel em éter<br />

sultûnco<br />

Matéria orgànica solûvel em<br />

alcool<br />

Matéria orgànica solûvel em<br />

âgua fria<br />

Matéria orgànica solûvel em<br />

âgua quente<br />

Hemicelulose<br />

Celulose<br />

Lignina<br />

Proteina<br />

Cinzas<br />

SOMA<br />

A. agiles A. vinelar.dii A. beijerimckii<br />

0.67<br />

1.68<br />

8.60<br />

15.83<br />

4.60<br />

0.12<br />

3.65<br />

50.98<br />

8.23<br />

94.36<br />

2.14<br />

1.26<br />

9.54<br />

19.03<br />

4.62<br />

0.12<br />

3.72<br />

47.22<br />

1 7.70<br />

95.35<br />

0.99<br />

1.44<br />

14.41<br />

18.89<br />

0.13 .<br />

0.13<br />

33.18<br />

15.40<br />

1 4.29<br />

88.86<br />

A. chroococcwm<br />

3.43<br />

1.67<br />

10.65<br />

14.64<br />

0.13<br />

0.13<br />

33.01<br />

17.98<br />

4.24<br />

85.88<br />

Vê-se que a composiçao das varias espécies de Azotobacter se<br />

diferem. Por exemplo, o Azotobacter agiles e Azotobacter vinelandii,<br />

têm em sua composiçao quimica, 51 % e 47 % de proteinas respectivamente,<br />

ao passo que o A. beijerinckii e A. chrorococcum só possuem<br />

15 e 18 %.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 201<br />

Tambéni diferença grande se nota nas porcentagens de hëmicelulose<br />

entre as espécies de Azotobacter.<br />

Enquanto os dois primeiros grupos dâo 4,6 % de hemicelulose,<br />

os dois Ultimos contém apenas 0,1 a %. Mais frisante, ainda, é a diferença<br />

no teor de lignina. Dois grupos cujos resultados apresentamos<br />

na tabela, contém menos de 4 % de lignina e os dois outros possuem<br />

mais de 33 %.<br />

Ainda de ROBERT A. GKEENE (97), transcrevemos outra tabela reference<br />

a distribuiçao das diversas formas do azoto, no Azotobacter:<br />

Amida<br />

Hûmico<br />

Formas de N<br />

Bâsico !....-..<br />

Arginina<br />

Histidina<br />

Cistina<br />

Lisina<br />

Filtrado<br />

Total<br />

Amino<br />

Nâo aminados<br />

Recuperado<br />

N total (kjehldahl)<br />

A. agiles<br />

1.340<br />

1.312<br />

2.700<br />

0.950<br />

0.078<br />

0.034<br />

1.638<br />

4.550<br />

4.410<br />

0.040<br />

9.900<br />

9.950<br />

A. vinelandii<br />

1.832<br />

1.425<br />

2.700<br />

0.750<br />

0.078<br />

0.026<br />

1.151<br />

3.760<br />

3.530<br />

0.230<br />

9.000<br />

9.000<br />

A. beije-<br />

TiinCKVi<br />

0.721<br />

0.540<br />

1.025<br />

0.400<br />

0.003<br />

0.037<br />

0.585<br />

1.640<br />

1.550<br />

0.120<br />

3.950<br />

3.950<br />

A. chroococcum<br />

%<br />

0.716<br />

.0.385<br />

Esta tabela nos mostra que as porcentagens de azoto total e de<br />

suas diversas formas, muito divergem nas varias espécies de Azotobacter.<br />

Nas duas primeiras espécies constantes da tabela apresentada,<br />

o azoto total é superior a 9 %, enquanto nos dois Ultimos esta mesma<br />

porcentagem é aproximadamente de 4 % '. Alias, vimos na tabela anterior<br />

que nas primeiras espécies sâo muito mais ricas em proteinas.<br />

Também as porcentagens de azoto sob a forma de amino âcidos<br />

no filtrado, estâo mais ou menos na mesma proporçâo.<br />

Nem tôdas as bactérias reaïizam um trabalho util no solo, algumas<br />

sâo nocivas, como as desnitrificantes e outras sâo inertes.<br />

O numero de bactérias no solo nâo é estâtico, sofrendo yariaçôes<br />

através de numerosos fatores, como sejam: textura, composiçâo mecânica<br />

do solo (na terra arenosa a populaçâo microbiana é menor do<br />

que na terra argilosa), elementos nutritivos disponiveis (na terra<br />

mais pobre hâ menos bactérias), arejamento (no solo turfoso, sem<br />

drenagem, com pouco oxigênio predominam as anaeróbias), umidade<br />

0.800<br />

0.325<br />

0.002<br />

0.020<br />

0.453<br />

2.100<br />

2.010<br />

0.090<br />

4.000<br />

4.000


202 ANAIS DA TERCEIRA RETTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

(na época das sêcas o numero de bactérias é menor do que na época<br />

chuvosa), trabalhos culturais, pois estes aumentam o seu numero através<br />

de adubaçôes, tanto orgânicas como inorgânicas.<br />

Näo' concordam os autores sobre o numero de bactérias do solo:<br />

VAKSMAN e STARKEY (16) citam de 1.000 a 20.000 por grama de solo,<br />

CONN (1919) 260.000.000;. WINOGRABSKY (74) (1925) 326.000.000;<br />

VANDE-VALDEY VERBEHEN (16) 1.280.000.000 até 2.160.000.000.<br />

Os vârios métodos empregados para contagem, talvez sejam em<br />

grande parte, responsâveis por estas divergências.<br />

A populaçâo bacteriana do solo, em base morfológica, é dividida<br />

em très principals grupos:<br />

Coccus<br />

Bacillus<br />

Spirillum<br />

Conforme falamos acima, sobre o regime de temperatura, as bactérias<br />

podem ser divididas e mdois grupos:<br />

Termófilas que vivem até 50° ou 60°C, e Mesófilas, em maior numero,<br />

que tem o seu ótimo entre 20° e 30°C.<br />

, Podem ainda ser divididas em aeróbias e anaeróbias, segundo a<br />

necessidade de urn meio rico ou pobre em oxigênio.<br />

Quanto a fisiologia, as bactérias podem ser divididas em dois<br />

grupos.<br />

Formas autótrofas — que podem viver parcialmente ou totalmente<br />

sem matéria orgânica — pequeno, mas notâvel grupo, que obtem<br />

energia pela oxidaçâo de substâncias, como amoniacos, nitritos, enxofre,<br />

hidrogênio e compostes de ferro.<br />

Formas heterótrofas — bactérias que requerem fontes orgânicas'<br />

de energia. Sômente uma pequena fraçâo desta flora bacteriana tem<br />

sido estudado em cultura pura.<br />

WINOGRADSKY (74) adota um diferente método, com sua técnica<br />

de STAININ


ANAIS DA TERCEIKA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 203<br />

IV<br />

PROCESSOS DE DECOMPOSIÇAO <strong>DO</strong>S COMPOSTOS ORGÄNICOS<br />

NOS <strong>SOLO</strong>S<br />

Antes de propriamente tratarmos dos processos de decomposiçâo<br />

dos compostos orgânicos do solo, achamos de valia relacionarmos as<br />

principals substancias encontradas nos végétais e animais, que merecerâo<br />

no decorrer dêste trabalho estudo sintético ou detalhado, conforme<br />

sua importância na formaçâo do humus do solo.<br />

Principals substancias encontradas nos végétais e nos animais:<br />

I) — Hidratos de carbono'<br />

1) Monossacarides<br />

a) Hexoses<br />

b) Penstose<br />

2) Dissacarides<br />

3) Trissacarides<br />

4) Polissacarides<br />

a) Amino, glicogênio, inulina, etc.<br />

b) Celulose<br />

c) Hemicelulose<br />

1) Hexosanas, com mananas, galatanas e etc.<br />

2) Pentosanas<br />

3) Pectinas<br />

II) — Lignina<br />

III) — Taninos<br />

IV) — Glucosidades<br />

V) — Acidos orgânicos, sais e ésteres<br />

VI) — Gorduras, óleos, cêras e substancias rélacionadas<br />

VII) — Résinas<br />

VIII) — Compostos nitrogenados:<br />

1) Proteinas<br />

2) Amino-âcido<br />

3) Aminas<br />

4) Alcaloides<br />

5) Purinas<br />

6) Äcidos nucléicos<br />

IX) — Pigmentos:<br />

1) Clorofila<br />

2) Carotenoides<br />

3) Antocianinos<br />

4) Flavonas<br />

5) Ou tros pigmentos näo incluidos nos grupos citados<br />

X) — Constituintes minerais: Ca, Mg, Fe, Cl, Si, K e elementos<br />

menores.<br />

Os restos orgânicos uma vez incorporados ao solo, ficam sob a<br />

açâo dos organismos ai existentes, que atuando sobre elas, dâo lugar


204<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

a variadissimo numero de trarisformaçôes, durante as quais säo degradados<br />

e muitos de seus produtos de degradaçâo utilizados em sintese<br />

de novas substâncias, sendo muito variâvel a resistência dos diversos<br />

restos a estas alteraçôes. A velocidade com que a lignina, por exemplo,<br />

é atacada é extremamente lenta, enquanto os açucares säo ràpidamente<br />

decompostos.<br />

Os constituintes da matéria orgânica do solo, muito diferem em<br />

quantidade dos elementos de que as plantas sâo constituidas.<br />

RUSSELL (6) estudando a planta e a matéria orgânica do solo delà<br />

proveniente, dâ-nos a tabela que se segue, na quai fica positivado tal<br />

afirmativa:<br />

Planta viva<br />

Celulose 20 a 40<br />

Hemicelulose 15 a 25<br />

Lignina 10 a 30<br />

Proteina . 2 a 10<br />

Matéria orgânica no solo<br />

3 a 5<br />

5 a 8<br />

40 a 50<br />

30 a 35<br />

Vimos, portanto, que na matéria orgânica no solo -hâ muito mais<br />

proteinas e lignina do que na planta viva e muito menos celulose e<br />

hemicelulose.<br />

Este autor em solos ingleses, nâo encontrou proteinas solûveis em<br />

âgua na matéria orgânica do solo. Entretanto, SCHMUK, citado por<br />

WAKSMANN, (28) que estudando o assunto nas terras lateritizadas da<br />

U. R. S. S., concluiu que a proteina solüvel nessas terras atinge a 19 %<br />

de azoto total, da matéria orgânica do solo. Procuramos verificar se<br />

um dos nossos solos hâ azoto solûvel em âgua, e as nossas experiências<br />

nâo nos permitem afirmar a existência dessa espécie de azoto,<br />

se näo em quantidädes extremamente pequenas.<br />

Voltaremos sobre o assunto, com mais detalhes no proximo capitulo.<br />

ALBAREDA (15) cita o trabalho de WAKSMANN no quai êle comparou<br />

a composiçâo quimica de vârios végétais com a composiçâo do<br />

humus natural do Chernoziem e vârios outros solos, constantes da<br />

tabela seguinte:<br />

Soja<br />

Palha de trigo<br />

Fôlhas de plnheiro<br />

Fôlhas de cevadamadura<br />

Fat or e s médios<br />

Chernoziem mâximo<br />

Chernoziem mînimo<br />

Rico em<br />

Âgua e Proteina<br />

Hidrato carbono<br />

Lignina<br />

Lignina<br />

Valorea médios de outros<br />

solos<br />

Sol. em<br />

H,O<br />

%<br />

22,09<br />

5,59<br />

13,02<br />

15,32<br />

14,00<br />

Sol. em<br />

éter<br />

%<br />

3,80<br />

1,10<br />

7,65<br />

4,01<br />

4,14<br />

Hemicelulose<br />

%<br />

HUMUS NATURAL<br />

I<br />

0,00 | . 4,71<br />

0,00<br />

0,00<br />

0,45 I<br />

1,86 I<br />

11,08<br />

26,35<br />

14,68<br />

15,60<br />

16,93<br />

8,60<br />

5,55<br />

7,21<br />

Celulose Lignima Proteina<br />

28,53<br />

29,10<br />

17,18<br />

25,77<br />

13,84<br />

21,60<br />

18,26 I 27,63<br />

29,66<br />

23,18<br />

3,81 I 43,37<br />

11,04<br />

2,10<br />

8,53<br />

3,47<br />

6,29<br />

5,22 I 48,29 | 37,55<br />

2,83 I 40,81 i 30,38<br />

35,81


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 205<br />

Vimos, portante, que hâ mais lignina no solo do que na planta,<br />

bem como a sua quantidade de proteinas é seis vêzes maior do que a<br />

da planta.<br />

Ainda WAKSMAN nota nessa tabela que nâo hâ material solûvel<br />

em âgua no humus natural, sendo que o mesmo autor, WAKSMAN (1 e<br />

20) bem como STEEMME (31), ESTEBUTT (32) e ARAUJO et al (2) encontraram<br />

fraçôes de humus solûvel em âgua.<br />

Após as diferentes transformaçôes jâ citadas, degradaçâo e sintese<br />

de novos compostes a custa dos produtos resultantes das alteraçôes<br />

sofridas pela matéria orgânica incorporada ao solo, résulta HU-<br />

MUS.<br />

Além dos microorganismos, outros fatores influem na formaçâo do<br />

solo, como: clima, topografia, arejamento, reaçâo do solo, podendo, em<br />

conseqiiência da variaçâo de alguns dêsses fatores, resultar humus<br />

âcido ou humus neutre<br />

No Estado de Minas Gérais, os fatores déterminantes de formaçâo<br />

de humus nâo sâo favorâveis a humificaçâo.<br />

Grande quantidade de matéria orgânica, restes végétais, sâo incorporados<br />

ao solo, mas o clima e outros fatores, determinam uma<br />

râpida decomposiçâo de todo êsse material, e a parte dêste que sofre<br />

verdadeira humificaçâo é, infelizmente, relativamente pequena.<br />

De um modo gérai, o clima de Minas Gerais, com cêrca de nove<br />

meses sem chuva, faz com que grande parte dos restes végétais entrem<br />

no solo, tendo jâ perdido substâneias valiosas para a formaçâo do<br />

humus.<br />

Os resultados das dosagens da matéria orgânica total de 2.560<br />

amostras de solos diferentes zonas do Estado de Minas Gérais, mostram-nos<br />

que de grande parte dos solos que elas representam, cêrca<br />

de 67 % posssuem teor de matéria orgânica inferior a 3,5 %.<br />

Resultados de dosagens da matéria orgânica em solos de Minas<br />

Gérais :<br />

;eria orgânica menor de 1<br />

" " entre 1<br />

1,50<br />

2,00<br />

2,50<br />

3,00<br />

3,50<br />

4,00<br />

4,50<br />

5,00<br />

5,50<br />

6,00<br />

7,10<br />

8,10<br />

%<br />

a aa<br />

a<br />

a<br />

a aaaaaaa<br />

1.49<br />

1,99<br />

2,49<br />

2,99<br />

3,49<br />

4,49<br />

4,49<br />

4,99<br />

5,49<br />

5,99<br />

7,00<br />

8,00 '<br />

9,00<br />

9,10 a 10,00<br />

maior que 10<br />

7,69<br />

7,69<br />

12,68<br />

14,26<br />

15,63<br />

9,63<br />

4,21<br />

4,21<br />

2,59<br />

1,30<br />

1,14<br />

1,50<br />

0,61<br />

0,28<br />

0,36<br />

1,33<br />

Julgamos que teores de matéria orgânica superiores a 6 % nâo<br />

sâo caracteristicas dos solos mineiros e as amostras apresentando estes<br />

indices sâo de solos adubados artificialmente, turfosos ou mesmo<br />

turf as.<br />

MECANISMÖ <strong>DO</strong> PROCESSO DE HUMIFICAÇAO<br />

O mecanismo do processo de humificaçâo, até agora nâo foi esclarecido,<br />

levando-nos a concluir com os autores que admitem que os


206 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

estudos da humificaçâo pertencem mais ao campo da microbiologia<br />

do que o da quimica.<br />

RÜSSEL (6), publicou esquemas gérais de decomposiçâo dos mais<br />

importantes compostos orgânicos da matéria orgânica, segundo RUS-<br />

SEL (6):<br />

Hemicelulose<br />

I<br />

co2<br />

Amino äcidos<br />

alifâticos<br />

I<br />

Graxas,âcidos<br />

e oxi-âcidos<br />

I<br />

CO2 ou CaCOs<br />

Matéria de estrutura celular<br />

Äcidos<br />

CO2 ou graxos<br />

CaCOg<br />

1<br />

Celulose<br />

Tecidos microbianos<br />

ou de fungos<br />

PROTEINAS<br />

i<br />

Aminos äcidos<br />

aromâticos<br />

1<br />

NH3<br />

l<br />

nitritos<br />

i<br />

nitratos<br />

DECOMPOSIÇÂO DE HIDEATOS DE CARBONO<br />

l<br />

Lignina<br />

i<br />

Humus<br />

i<br />

Outros<br />

componentes<br />

Pirrol, etc.<br />

Compostos fenólicos<br />

I<br />

CO2<br />

Com os restos orgânicos e animais, incorporados ao solo, onde sâo<br />

submetidos aos processos de decomposiçâo, entram vârios hidratos de<br />

carbono e substâncias a êles relacionados, como pectinas, gomas, mucelagens,<br />

etc.<br />

Podemos dividi-los em cinco grupos, tendo-se em vista sua solubilidade<br />

em âgua, desdobramento sob a açâo de enzimas, bem como<br />

a natureza de seus produxos de hidrólise e, se sômente hidratos de<br />

carbono simples, (oses) ou ao lado dessas, substâncias de outras naturezas:<br />

1) Substâncias solûveis em âgua fria, como os monossacarides,<br />

dissacarides, trissacarides e alguns polissacarides solûveis;<br />

2) Hidratos de carbono insolûveis em âgua, desdobrâveis sob a<br />

açâo de enzimas diastâsicos, com produçâo de açûcar simples (oses),<br />

como destrinas, inulinas, glocogênio e amido, este, o mais importante<br />

de todos;<br />

3) Hidratos de carbono insolûveis em âgua fria nâo desdobrâveis<br />

pelos enzimas diastâsicos, mas solûveis em alcalis hidrosilâveis<br />

por âcidos diluidos, com produçâo de açûcares simples e substâncias<br />

de outras naturezas. Nêste grupo, estâo incluidas as pectinas, gomas<br />

e mucelagens, que dâo por hidrólise, açûcares redutores (monossacarides),<br />

e substâncias de naturezas diferentes;<br />

4) Celulose pura nâo acompanhadas das chamadas substâncias<br />

incrustantes, que nestas condiçôes só produz glicose por hidrólise;<br />

5) Lignona que nâo sendo hidrato de carbono, pois nâo produz<br />

nenhum açûcar por hidrólise mas agrupamentos ciclicos é, entretanto,<br />

estudado ao lado dêsses, em razâo de sua presença nos végétais<br />

est intimamente ligados a êles.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 207<br />

Este esquema favorece a determinaçâo das substâncias primitivamente<br />

incorporadas ao solo por determinaçâo daquelas atualmente<br />

nêle existente. De modo gérai, as substâncias acima mencionadas sâo<br />

relativamente de fâcil degradaçâo pela açâo dos microorganismos do<br />

solo, com exceçâo da lignina, de notâvel resistência ao desdobramento.<br />

DEOOMPOSIÇAO DE HEMICELULOSE<br />

Foi SCHULZE, quem pela primeira vez empregou o têrmo hemicelulose,<br />

êle designando um conjunto de substâncias encontradas na<br />

membrana celular parecido a celulose, mas solûvel nos alcalis diluidos<br />

e fàcilmente hidrolizâvel com produçâo de pentoses e hexoses.<br />

• Nos végétais é tanto elemento de sustençâo, tal quai a celulose<br />

como elemento de réserva tal quai amido e seus produtos de hidrólise,<br />

podem ser reunidos em dois grupos:<br />

a) Grupo de glicose: glicose, âcido glicurônico e xilose;<br />

b) Grupo da galactose: d-galactose, âcido d-galaturônico e arabonose.<br />

Prédomina no primeiro grupo a xilose, estando a glicose em pequena<br />

quantidade. No segundo prédomina a galactose.<br />

Genèticamente os elementos de urn mesmo grupo se relacionam,<br />

conforme mostram formulas.<br />

Conforme mostram as formulas:<br />

Oxidaçâo d glicurônico<br />

Alfa galactose d âcido galacturônico d arabinose<br />

û<br />

çeott fi û<br />

Algumas hemiceluloses acham-se intimamente ligadas as celulas<br />

e sâo designadas por vârios autores como celulosanas. Nao contendo<br />

âcidos urônicos dâo por hidrólise xilose.<br />

Outras nâo estâo intimamente ligadas à celulose,-e dâo por hidrólisce,<br />

âcidos urônicos em grande quantidade..<br />

O'DWYER (96) sugere a divisâo da hemicelulose em dois grupos:<br />

A e B, de acôrdo com a precipitaçâo de seu soluto alcalino, por âcido<br />

acético e alcool.<br />

WAKSMAN e DIEHN (95) estudaram a decomposiçâo d ealgumas<br />

hemiceluloses purïficadas, livres de açucares, celulose e lignina, constituindo,<br />

assim, mananas, galactamas e xilanas. ZIEMIECK (27) também<br />

estudou a decomposiçâo das pentosanas em vârios tipos de solos.<br />

%•'»<br />

H


208 ANAIS DA TERCEIRA REÜNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

DEOOMPOSIÇÂO DA CELULOSE<br />

Em 1838 PAYEN (35) conseguiu separar, em seus componentes,<br />

vârios tecidos de plantas, reconhecendo a celulose como o principal<br />

constituinte da membrana celular.<br />

A decomposiçâo da celulose foi estudada e ml850 por MISTSCHER-<br />

LICH, o primeiro a atribuir aos microorganismos o papel de agentes<br />

dessa decomposiçâo. Em 1875, POPOFF demonstrou que do resultado<br />

da decomposiçâo, résulta a formaçâo de metana.<br />

Celulose pura é branca, amorf a de formula quimica (C6HlOO5) n .<br />

Composiçâo centesima, carbono — 44,2 %, hidrogênio — 6,3 %<br />

e oxigênio — 49,6 %. Cob a açâo de âcido sulfurico concentrado altera-se<br />

dando amiloide.<br />

BIBLIOGRAPIA<br />

1 — Diagnostics techniques for soils and crops. American Potash Institute.<br />

1948.<br />

2 — MELICH, 4L, FRED., E. B., TRUOT, E. — 1935 The Cunninghamella plaque<br />

method of meausuring available phosphorus in soils. Transactions óf the<br />

Third International Congress of Soil Science. Oxford — England.<br />

3 — FRED, E. B. — 1916. A laboratory manual of soil bacteriology. W. B. Saunders<br />

Company.<br />

4 — BRAY, R. H. — 19J4_. Soil Plant Relation: I. The quantitative relation of<br />

exangeable potassium to crop yelds and to crop response to potash additions.<br />

Soil Sei. 58: 305-324.<br />

5 — SMITH, A. M. — 1935. Some observations on the Aspergillus niger method.<br />

Transactios of the Third International Congress of Soil Science. Oxford —<br />

England. Vol. I.<br />

6 — SMITH-GERETSEN — 1935, Idem. Vol. III.<br />

Mark Phunguian<br />

Fig. 11<br />

Modêlo espacial que mostra a relaçâo esquemâtica dos très pianos da fig. 10.<br />

A, B e C — Modêlo atômico da celulose proposto por Meyer e Misch baseado<br />

em dimensôes reais. A) Piano ac perpendicular ao eixo 6; B) Piano be perpendicular<br />

ao eixo a. C) Piano ab perpendicular ao eixo C.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 209<br />

. Sua hidrólise, "in vitro", é dificil, obtendo-se celo-hexose, cëlotetrose,<br />

celo-biose e glicose. Na natureza a celulose é sempre acompanhada<br />

de pectina, cutina, lignina, dando assim origem as expressôes<br />

— pecto-celulose, cuta-celulose, etc...<br />

Quimicamente, a celulose é constiluida por cadeia de anidroglicose<br />

ligadas beta glicosidicamente, ao contrario do amido onde elas<br />

se acham ligadas alfa glicosidicamente. Hidrolisa-se por etapas, sendo<br />

que a celobiose ou celose é o penültimo produto de hidrólise. A celobiose<br />

se compöe em duas moléculas de glicose.<br />

Possue a celulose estrutura cristalina e na fibra vegetal encontra-se<br />

como fiadas de cristalitos mono-clinicos, estrutura peculiar que<br />

dâ as fibras resistência mecânica, bem como resistência ao ataque por<br />

reativos quimicos e enzimas, ficando assim explicado a resistência da<br />

celulose. Para a sua degradaçâo é preciso um trabalho preliminar<br />

para separar as fileiras de molécula, expondo, assim, as moléculas<br />

mais internas.<br />

OH H OH<br />

'OH<br />

CELOBIOSE<br />

H CH2OH o. "—o-J<br />

ANIDROGLICOSE<br />

CHoOH<br />

Molécula de celulose — da reuniäo de um nâo determinado numero<br />

de moléculas de celobiose, mas segundo PACSU (133), 1948, esta<br />

moléculas seriam ramificadas e estas ramificaçôes estariam ligadas<br />

aos carbonos 4 dos grupos anidro-glicose.<br />

No solo, a celulose é atacada por grande numero de microorganismos,<br />

bactérias, fungos e actinomicetos indicando o pH quai a predominância<br />

dêsses grupos de microorganismos<br />

Em base fisiológica, podemos dividir os microorganismos que decompôe<br />

a celulose em 2 grupos principais:<br />

aeróbios<br />

anaeróbios<br />

A celulose nâo só concorre para a constituiçâo do humus, como<br />

\ é elemento energético para os microorganismos.<br />

A decomposiçâo da celulose pode produzir hemicelulose e nücleos<br />

nâo aromâticos citados por WAKSMAN (28).


210 AN AIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA EO <strong>SOLO</strong><br />

OMELIANSKY estudando a decomposiçâo da celulose achou que<br />

como os resultados de fermentaçào da celulose, hâ produçâo de âcido<br />

acético e butirico ao lado de outras substâncias.<br />

C6H10O5) n + H2O<br />

Celulose<br />

CHsCO.COOH + H2<br />

Âcido pirûvico<br />

CH3CO.COOH<br />

Âcido puruvico<br />

2CH3COH + HoO —<br />

Aldeido acético<br />

2CH3CH2OH<br />

Alcool etilico<br />

CH3CHOHCOOH<br />

Âcido lâtico<br />

2n (CHoCO.COOH) -f 2 2nH2<br />

âcido pirûvico<br />

CHsCHOH COOH<br />

âcido lactico<br />

CH3COH + CO2<br />

Aldeidoacético<br />

CHsCHoOH + CH3COOH<br />

Alcoor + acido acético<br />

CH3COOH + ,2CH4<br />

. Acido acético + metana<br />

CHSCH2COOH + 2CO2 + H2HO<br />

Acido butirico<br />

POCHEST e YAN-TSENG-TCHAN (7) dividem o grupo aeróbio em 2 subgrupos:<br />

— móveis e imóveis, e anaeróbios, em 3 sub-grupos: — livres,<br />

parisiticos e termófilos.<br />

DE LAFER, citaçâo de ALBAREDA (15) divide os microorganismos<br />

que decompöe a celulose em 7 grupos:<br />

1) Fungos filamentosos<br />

2) Actinomicetos<br />

3) Bacterias aerobias<br />

4) Bacterias que produzem metana<br />

5) Bacterias que produzem hidrogênio<br />

6) Bacterias denitrificantes<br />

7) Bacterias termófilas.<br />

YENSEN citado por RÜSSEL (6), também dividiu os microorganismos<br />

que decompôe a celulose em dois grupos aeróbios e anaeróbios.<br />

Os aeróbios foram subdivididos em 3 sub-grupos, separaçâo esta,<br />

de acôrdo com o pH ótimo para os microorganismos de cada" subgrupos.<br />

Microorganismos aeróbios:<br />

pH 4 ou inferior especialmente fungos<br />

pH 5 ou acima: Bacterias<br />

pH 7 — vibrios<br />

Para a decomposiçâo da çelulose, ou outras decomposiçôes, tem<br />

grande influência o pH do solo. DUBOS, realizou experiências para ve<br />

rificar a infiuência do pH do solo, sobre o numero de bacterias que<br />

decompöe a celulose, (citaçâo de WAKSMAN e STAREKY — 16)<br />

N.° de bactérias<br />

pH. decompondo a pH<br />

celulose<br />

8,7 0 6,5<br />

8,5 250.000 6,0<br />

8,2 25.000.000 5,2<br />

7,5 25.000.000 4,5<br />

7,0 25.000.000 . 4,0<br />

N.° de bactérias<br />

decompondo a<br />

celulose<br />

25.000.000<br />

250.000<br />

0 .<br />

0<br />

0


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 211<br />

O ótimo do pH, portante, encontra-se entre 8.2 e 6.5, podendo<br />

as bactérias desenvolveram-se em pH de 8.5 a 6.0.<br />

Estes dados contradizem até certo ponto, a clasificaçâo de YENSEN,<br />

na quai admite o pH 5' como limite inferior para as bactérias.<br />

De todos os solos por nos estudados em Minas Gérais, 85,5 %,<br />

apresentaram-se com um pH inferior a 7, conduzindo-se, portanto,<br />

que mais da metade de nossos solos dispöe de poucas bactérias em<br />

condiçôes de decompôr a celulose.<br />

Admite-se que sâo os fungos, na maioria dos nossos solos, os responsâveis<br />

pela decomposiçâo de celulose para se verificar quais os<br />

microorganismos constituintes dos nossos solos que respondem pela<br />

deccmposiçâo de celulose, tornam-se necessârios experiências especiais.<br />

WAKSMAN e STARKEY (16) organizaram uma lista dos mais importantes<br />

fungos que decompôem a celulose é a seguinte:<br />

Trichoderma, Aspergillius, Pénicillium, Fusarium, Cephalosporium,<br />

Certicillium, Sporotrichum, Polyporinae, Agaricinae.<br />

WINOGRADSKY (74) resumiu em oito pontos a açâo dos microorganismos<br />

sobre a celulose, os quais apresentamos a seguir:<br />

1) A celulose fibrosa sofre râpida oxidaçâo, carregando-se de um<br />

produto apresentando reaçôes clâssicas da. oxicelulose;<br />

2) Esta substância, dispersivel em âgua, solüvel nos alcalis fracos,<br />

precipitâvel pelos âcidos, é extraivel das fibras oxidadas, deixando<br />

a celulose inalterada;<br />

3) As fibras atacadas bem como a substância extraida das fibras,<br />

nâo possuem nenhum poder redutor. Este carâter negativo marca<br />

uma diferença essencial entre a oxidaçâo biológica e a oxidaçâo quimica;<br />

4) O extrato das fibras que apresentam caractères de uma suspensâo<br />

coloidal, submetido a hidrólise por ebuliçao com âcidos fortes,<br />

manifesta, por sua vez, um poder redutor, dosâvel no licor de Fehling<br />

fervendo, mas, freqüentemente a hidrólise nâo conduz a este poder;<br />

5) O processo terâ lugar em presença do azoto assimilâvel, de<br />

preferência o inorgânico, que passa ao estado de azoto orgânico na<br />

proporçâo de quasi 2 a 3 % de celulose dispersa;<br />

6) O azoto nitrico sofre reduçâo parcial, passando ao estado<br />

de azoto amoniacal, apesar do excesso ilimitado de ar. Achou-se quantidade<br />

fraca, porém, dosâvel, nas .culturas que nâo tinham esgotado<br />

sua réserva em azoto nitrico;<br />

7) O andamento das culturas nâo é regular e durâvel senâo<br />

acondicionada a um pH inicial 7.0 ou acima. O pH tende a se modificar<br />

durante o processo, principalmente em seguida a assimilaçâo<br />

de ions azotados seja no sentido da alcalinidade em presença de nitratos<br />

alcalinos, da acides, em presença de sais amoniacais. O coloide<br />

âcido formado exerce sobre a reaçâo uma influência fraca, mas<br />

perceptivel;<br />

8) Nâo ha produçâo de nenhum âcido graxo, nem, de modo<br />

gérai, de nenhum produto volatil.<br />

A operaçâo é de tal modo regular e constante que a presença<br />

dêsses produtos deve ser encarada como um indice de ingerência dos<br />

microorganismos extraidos ao grupo.


212 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

DEOOMPOSIÇAO DA IJGNINA<br />

A lignina acompanha a celulose nos végétais, formando tecidos<br />

lignificados e a sua proporçâo aumenta com a idade da planta.<br />

A lignina é muito resistente à açâo dos reagentes quimicos e dos<br />

enzimas e em varias circunstâncias, é mais resistente do que a propria<br />

celulose.<br />

Pode ser separada da celulose por hidrólise e com âcido cloridrico<br />

concentrado, que pouco ataca a ligina e em presença de alcalis é solubilizada,<br />

enquanto a celulose é pouco alterada por este processo.<br />

A açâo simultânea de alcalis e sulfitos ou ainda do cloro, é também<br />

um modo de solubilizar a lignina, alterando pouco a celulose.<br />

Sob a açâo do brometo de acetila, a lignina pode ser posta em<br />

soluçâo. Os solventes orgânicos nâo te maçâo sobre ela.<br />

, Com a florelucina da coloraçâo vermelha violeta.<br />

A lignina é muito resistente a açâo dos microorganismos do solo,<br />

sendo sua decomposiçâo muito lenta.<br />

Alguns fungos (Basidiomicetos), como Polyporus e Merulus atacam.<br />

Enquanto os demais constituintes dos restos orgânicos incorporados<br />

ao solo sâb destruidos uns mais ràpidamente, outros menos a<br />

lignina é quase nada alterada, apresentando-se em maior proporçâo<br />

na matéria orgânica do solo, onde représenta verdadeiro elemento de<br />

réserva.<br />

Entre os seus produtos de decomposiçâo tem sido constatada a<br />

presença do aldeido coniferilico e para FREDENBERG, ela séria um produto<br />

de consensaçâo do alcool coniferilico.<br />

Sem se afastar muito destas idéias, admitindo ainda a relaçâo<br />

genetica da lignina com alcool ou aldeido coniferilico, hâ a formula<br />

proposta por DARE e BARTON — WRIGHT, formula estruturalmente relacionada<br />

as xantonas. Também, a formula proposta por KLASON, baseia-se<br />

no mesmo princïpio de relaçâo genetica da lignina com o aldeido<br />

coniferilico, aproximando-se esta formula das flavonas.<br />

Ambas as formulas encerram o grupo denominado lignol, relacionado<br />

ao cromano (benzeno-pirano).<br />

Segundo GILLAM (109) alguns dos grupos hidroxüicos do âcido<br />

hümico, por êle isolado de vârios tipos de solos, é de natüreza fenólica.<br />

A fraçâo nâo nitrogenada, do âcido hümico, consiste do complexo<br />

lignina, pouco modificada.<br />

Esta modificaçâo segundo ainda GILLAM, consistiria provàvelmente<br />

em perda de grupos metüicos, hidrólise ou outras reaçôes que<br />

poriam em evidência os grupos fenólicos ou carboxilicos.<br />

Aliâs, hâ muito foi constatado nos liquidos provindos de tratamentos<br />

da polpa de madeira, a presença de vanilina, resultante do<br />

desdobramento de lignina.<br />

Sobre o mesmo assunto temos a opiniâo concordante de ROBERT,<br />

citado por VALEGER (19). .<br />

Segundo os estudos de SOWDEN e ATKINSON (118) a lignina isolada<br />

por elas êles do solo, apresentava-se rica em azoto.<br />

RÜSSEL (39) afirma que conversâo da lignina em humus, envolve<br />

duas fases: — oxidaçâo e enriquecimento em nitrogênio.<br />

A estrutura quimica da lignina ainda é objeto de investigaçôes.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 213<br />

OU<strong>DO</strong>W, citado por WHELDELL (128), atribue a ela, a seguinte<br />

formula extrutural:<br />

c<br />

i\<br />

o<br />

o \ CH<br />

/I<br />

CM<br />

DECOMF0SIÇA0 <strong>DO</strong>S HIDRATOS DE CARBONO<br />

Sâo os açûcares mais simples, mono, di e tri-sacarldes, e alguns<br />

poli-sacarides, solüveis em âgua fria.<br />

Existem nos restos végétais do solo ou ai se formam em conseqüência<br />

do desdobramento de substância mais complicadas, porém de<br />

qualquer mâneira sâo substâncias de pequena permanência no, solo,<br />

em razâo de sua fâcil alteraçâo pelos microorganismos e outros fatores,<br />

produzindo âlcois, âcidos urônico, lâtico, citrico e etc.<br />

A marcha dessa alteraçâo varia desde que se- processe sob a açâo<br />

de fungos ou das bactérias.<br />

Amido, também é fàcilmente decomposto pelos microorganismos.<br />

Estes o hidrolisam até maltose, que como um açûcar, sofre por sua<br />

vez também a açâo dos mesmos.<br />

Assim, a presença dos hidratos de carbono na matéria orgânica<br />

do solo, é dificil em virtude da facilidade de sua decomposiçâo.<br />

FENÓI NO SO<strong>DO</strong><br />

VALEGER em informaçâo verbal indicou que na Alemanha vem<br />

sendo estudado com muito interesse a influência dos fenois na constituiçâo<br />

do humus do solo.<br />

SCHMUK em seus Ultimos trabalhos também confirma a presença<br />

de grupos fenólicos na matéria orgânica do solo.<br />

Procuramos investigar a presença de fenois livres nos nossos solos,<br />

e sobre este assunto, voltaremos a falar no proximo capitulo.<br />

Estudos jâ antigos de ELLER e KOCH, (1919), mostrar am que a oxidaçâo<br />

de fenois, como piro catecol e hidroquinona, conduziam â uma<br />

substância de propriedades semelhantes ao dos humus, ao quai denominaram<br />

humus artificial.<br />

FUCHS è STARBERG, citados por POCHON e YAANG-TSENG-TCHAN (7),<br />

chegaram a resultados semelhantes, partindo da ressorsina, outro<br />

fenol.


214 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

No solo, segundo ELLER e KOCH, citados pelos mesmos autores (7),<br />

o fenol, sob a açâo do Bacillus piocyanos e Streptotrix chromogenes<br />

(WAKSMANN e HEMICI — 1943), sofreria as seguintes transformaçôes:<br />

(Hidroquinona<br />

Fenol — (Pirocatequina<br />

quinona ) Oxi-quinona<br />

oxi-hidroquinona ) | I<br />

Äcido hümico<br />

TANINOS<br />

Os taninos se apresentam como consideravel grupo de substâncias<br />

encontradas nos végétais, possuindo certo numero de propriedades semelhantes,<br />

dando coloraçao verde ou azul com sais férricos, preciptando<br />

as proteinas, transformando a pele em couro e por sua vez precipitando-se<br />

sob a açâo de sais metais pesados. Dissolvem-se em âgua<br />

e alcool, sendo insolûvel no éter.<br />

Possuem estrutura quimica diferente, mas na molécula de todos<br />

êles entram fenois ou âcidos fenólicos.<br />

Sâo bastante resistentes ao desdobramento, e podem ser classificados<br />

em dois grupos, tendo em vista, a maior ou menor resistência de<br />

suas moléculas, à açâo dos agentes capazes de desdobrâ-los. Sâo os seguintes<br />

os grupos:<br />

A) Taninos hidrolizâveis<br />

1) Quando hidrolizados fornecem uma molécula de glicose e âcidos<br />

fenólicos ou pepisides dêsses âcidos, como o galoxil gâlico de<br />

formula :<br />

HO- cooH<br />

Este é suceptivel de desdobrar-se em duas moléculas de âcido gâlico:<br />

00H2(OH)3COOH<br />

Na molécula dêsses taninos, hidróxilas de glicose acham-se esterificados<br />

pelas carboxilas dos âcidos fenólicos ou dos pepisides. Em<br />

alguns taninos dêste grupo a glicose acha-se substituda por um poliâlcool.<br />

2) Taninos que produzem âcido elagico por hidrólise.<br />

Vê-se, portanto, que nos taninos dêste grupo os constituintes de<br />

sua molécula estâo ligados por meio de âtomos de oxigênio.<br />

B) Taninos condensadós:<br />

1) Oxi-cetonas ciclicos como a maclurinä, que é a penta-oxihidroxi<br />

benzofenona, de formula:<br />

'Oto<br />

off


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 215<br />

2) Catequinas<br />

Estruturalmente, os taninos dêste grupo relacionam-se com as<br />

flavonas e antocianidinas. Exemplificando, citamos a catequina:<br />

Os constituintes da molécula dêstes taninos acham-se ligados por<br />

meio de carbono, dai serem mais resistentes que os membros do primeiro<br />

grupo.<br />

Os taninos sâo ainda classificados, de acôrdo com os fenois que<br />

en tram na sua estrutura:<br />

A) Taninos pirogalicos — francamente polimerizados, dando<br />

quando submetidos a fusâo alcalina, pirogalol, âcido gâlico e derivados.<br />

B) Taninos pirocatequinicos — fortemente condensados, correspondem<br />

aos taninos do segundo grupo, da classificaçâo anterior.<br />

Säo também denominados flobataninos, em razäo de darem com<br />

âcidos, os chamados flobafenos, substâncias coloridas. — Os constituintes<br />

do primeiro grupo sofreriam hidrólise nas mesmas condicöes.<br />

Como jâ foi dito, os taninos sâo relativamente resistentes à rutura,<br />

e essa resistência é acrescida, quando ligados as proteinas. E' provâvel<br />

que no solo êles se encontrem sob essa forma.<br />

Para MAIWALD (38), estes complexos tano-proteicos, seriam urn<br />

dos principals constituintes do humus.<br />

DEOOMPOSIÇAO <strong>DO</strong>S GLUCIDES E ACI<strong>DO</strong>S GRAXOS<br />

Os glicerides incorporados ao solo com os restos végétais e animais,<br />

ai sofrem transformaçâo, como as demais substâncias orgânicas.<br />

Entretanto, êles sâo relativamente resistentes à açâo dos microorganismos<br />

do solo. Iinicialmente desdobram-se em glicerina e âcidos<br />

graxos, sendo estas substâncias atacadas posteriormente por vârios<br />

fungos e bactérias, podendo ser completamente oxidados, com produçâo<br />

de CO2 e H2O.<br />

Os âcidos graxos produzidos podem ser saturados ou nâo. Com os<br />

nâo saturados a oxidaçâo começa, em gérai, nas ligaçôes niültiplas e<br />

desta maneira, o âcido oléico por exemplo, transforma-se em di-oxiesteârico,<br />

com a fixaçâo de duas hidróxilas nos extrèmos da sua ûnica<br />

ligaçâo dupla.<br />

Segundo GREIG e SMITH, citado por <strong>DO</strong>ROFEEFF, (70) este âcido é<br />

nocivo as vegetaçôes.<br />

Quanto aos âcidos saturados, a oxidaçâo começa, como tem sido<br />

verificado "in vitro", no carbono beta. E' possivel que nos solos as<br />

coisas se passem de maneira idêntica. A oxidaçâo no carbono beta<br />

com formaçâo de hidfoxi-âcidos, que se transformam em ceto-âcidos<br />

é a molécula dêste, é rompida antes ou depois do carbono beta, com<br />

produçâo de âcidos inferiores, os quais, posteriormente, sofrem processo<br />

idêntico.


216 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Ao lado dos lipides simples, glicerides, constatamos a no laboratório<br />

da Divisäo de Quimica Agricola de Minas Gérais, no extrato<br />

etéreo do solo (éter de petróleo), a presença de lipides fosforados.<br />

Os métodos empregados para essa separaçâo constam do capitulo<br />

seguinte.<br />

DECOMPOSIÇÂO DE PARAFINAS, HIDROCARBONETOS ALIFATI-<br />

COS E COMPOSTOS AROMATICOS NO <strong>SOLO</strong><br />

A decomposiçâo de parafinas e compostes aromâticos foi estudado<br />

por SOEHNGEN, citado por WAKSMAN (28).<br />

Esta decomposiçâo pode ser produzida por varias bactérias, nâo<br />

formadoras de esporos, oxidando os grupos mencionados.<br />

Alguns autores, estudando a decomposiçâo das parafinas e compostes<br />

aromâticos, isolaram vârios microorganismos que a realizam<br />

"verbi gratia", Aspergillus flavus, Bacteria fluoresces, Bacteria pyocineum,<br />

Bacteria Stutzer, Bacteria alfaticum, Parafino"— bacterium.<br />

DECOMPOSIÇÂO <strong>DO</strong>S COMPOSTOS ORGÂNICOS DE FÓSFOROS<br />

Vârios grupos de microorganismos, bactérias; fungos e actinomicetos,<br />

que sâo grupos heterotróficos. podem decompôr combinaçôes<br />

orgânicas de fórforo.<br />

Transformaçôes de sais de fósforo näo solüveis, sâo realizadas pela<br />

açâo de microorganismos, indiretamente, porque sobre essas combinaçôes,<br />

atuam âcidos organicos e inorgânicos existentes no solo, em conseqiiência<br />

da açâo dos microorganismos sobre vârios constituintes dos<br />

restes organicos.<br />

Êsses âcidos atacam compostes de fósforo nâo solûveis e os transformam<br />

em sais mais solüveis dos tipos do CaH2PO4 ou Ca(H2PO4) .<br />

Essas reaçôes podem ser formuladas, no caso de ataque de fosfatos<br />

insolüveis, da seguinte maneira — WAKSMAN (28) :<br />

Caä(PO4)2 + 2HNO2<br />

Ca3(PO4)2 + 4HNO3<br />

Ca3(PO4)2 + H2SO4<br />

>) 2CaHPO4 + Ca(NÖo) 2<br />

>) Ca(H2PO4) 2 + 2 Ca(NO3) 2<br />

>) 2 CaHPO4 + CaSO4<br />

Vârios outros compostes inorgânicos podem ser alterados pela açâo<br />

microbiana no solo.<br />

Säo conhecidos alguns microorganismos capazes de transformar<br />

compostes de Mn, Fe, Al, Zn e outros elementos como estes, etc.<br />

Os mciroorganismos podem ter, talvêz, alguma influência sobre<br />

a presença de micro-elementos necesârios à vida dos végétais.<br />

CICLO <strong>DO</strong> AZOTO NO <strong>SOLO</strong> E DEOOMPOSIÇÂO DAS PROTEINAS E DE OUTROS<br />

COMPOSTOS AZOTA<strong>DO</strong>S<br />

O azoto é um elemento imprescindivel à vida das plantas, e<br />

quasi todo por elas absorvido é devido as varias formas de microorganismos<br />

do solo.<br />

O azoto utilizado pelos végétais é proveniente das quatro seguintes<br />

fontes :<br />

1) Fixaçâo do azoto atmosférico;<br />

2) Decomposiçâo de proteinas e outros compostes organicos azotados;<br />

3) Nitrogênio amoniacal e nitrico arrastado da atmosféra pelas<br />

chuvas;<br />

4) Adubaçâo da terra com adubos quimicos azotados.<br />

Trataremos dos très primeiros grupos:<br />

O azoto proveniente do 3.° grupo, tem influência no balanço do<br />

azoto do solo, mas em que proporçâo, näo temos idéia précisa.


Libertodopelo<br />

proces so de<br />

denitrifîcacâo<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 217<br />

dor âzôta _<br />

pela lixiviaçao £'<br />

Hestbs orçânicot, végétais<br />

e animais que contêrn campcstos<br />

proteicos e nàoproteicos.<br />

âo de micro-orQanismos<br />

T f à o fins moleculas<br />

cömUicadas em moleculas menos<br />

Comphcadas.bela açâo de jnicrcorçaniimcs.<br />

pntexnai secun<br />

ddrias com -molécalai<br />

rnaito<br />

Compticaaas<br />

CLmino<br />

Xïdcidos<br />

i n t e s e<br />

proie mas<br />

menos<br />

Complicaaas<br />

flçcLb de micro^organismos<br />

V Ô &^^\)ûmino-àcidos<br />

protein a s<br />

Sintéticas


218 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Na natureza, temos dois processos ligados ao ciclo de azoto no<br />

solo: urn, o enriquecimento e outro, a libertaçâo do azoto no solo. O<br />

predominio de urn processo sobre o outro esta na dependência da atividade<br />

dos microorganismos que agem no solo.<br />

FIXAÇÂO SIMBIÓTICA <strong>DO</strong> AZOTO<br />

A fixaçâo do azoto atmosférico foi descoberto em 1887 por BEIJE-<br />

RINCKH.<br />

MILLAR e TURK (43) avaliaram em 2.000.000 de toneladas o azoto<br />

simbiótico fixado anualmente no território dos Estados Unidos da<br />

America do Norte.<br />

A fixaçâo do azoto simbiótico é feita geralmente pelo Rhizobium<br />

e pelo Radio-bacter.<br />

Cada leguminosa ou cada grupo delas, tem sua espécie de bacteria<br />

fixadora especifica (DANGEARD — 1926).<br />

1) Grupo da alfafa.<br />

2) Grupo do trevo.<br />

3) Grupo da ervilha.<br />

MENOZZI e PRATOLONGO (52), mostraram que em 1921, KILMER<br />

dividiu as plantas quanto a sua especificidade ao Rhizobium em nove<br />

grupos :<br />

1.° grupo — Lupinus luteus, L. perenis, L. angustifolius, Ornilhopus<br />

sativus;<br />

2.° grupo — Melilotus alba, Medicago lupulina, M. sativa, Trigonela<br />

Foenum-groecum.<br />

3.° grupo — Lotus inliginosus, Anthyllis vulneraria, Tetragonolobus<br />

purpurimos.<br />

4.° grupo — Pisum arvanse, Vicia sativa .<br />

5.° grupo — Vicia f aba.<br />

6.°, 7.°, 8.° e 9.° grupos — comprendem diversas espécies végétais,<br />

como a soja hispida, etc.<br />

Tem sido verificado que no solo rico em azoto, desenvolvem-se<br />

menos nódulos nas leguminosas, e que era presença de nitratos no<br />

solo, diminue a virulência dos microorganismos e aumehta a resistência<br />

da planta hospedeira. Em 1950, o Professor OTÂVIO DRUMOND DE<br />

ALMEIDA, no Instituto Agronômico do Estado de Minas Gerais, também<br />

constatou êste fato.<br />

Em experiência, realizada pelo citado agrônomo cujos dados ainda<br />

näo foram publicados, com solo normal e areia lavada, usando soja<br />

como planta teste e culturas de Rhizobium de varias procedências do<br />

Estado, obteve os resultados abaixo resumidos, cuja apresentaçâo aqui<br />

temos por gentil aquiescência do citado hörnern de ciência.<br />

TERRA<br />

Viçosa<br />

Belo Horizonte<br />

Testemunho<br />

AREIA<br />

Viçosa<br />

Belo Horizonte<br />

Testemunho<br />

Numero de nódulos na<br />

planta<br />

2 — 3 — 3<br />

1 — 2 — 4<br />

1 — 0 — 0<br />

16 — 20 — 10<br />

13 — 8 — 16<br />

1—1—2<br />

Azoto total<br />

0,100 %<br />

0,024 %


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 219<br />

Segundo WAKSMAN (28) as bactérias que podem fixar azoto atmosférico<br />

sâo divididos em 3 grupos:<br />

1.° grupo — Bactérias que vivem na raiz das leguminosas;<br />

2.° grupo — Bactérias que vivem na raiz de leguminosas e nâo<br />

leguminosas;<br />

3.° grupo — Bactérias que vivem nas folhas de algumas plantas.<br />

Reproduzimos urn desenho de P. W. WILSON (26) onde êle nos<br />

mostra a posiçâo das bactérias e particulas de solo relativamente aos<br />

pêlos absorventes das raizes, apresentado na pagina seguinte.<br />

A fixaçâo do azoto pelas bactérias que vivem em simbiose com<br />

- leguminosas, é comumente aproveitadas na prätica agricola pr'incipalmente<br />

nas culturas em rotaçao.<br />

FIXAÇÂO NÄO SIMBIÓTICA <strong>DO</strong> NITROGÈNIO ATMOSFÉRIOO<br />

As bactérias que fixam o azoto dessa maneira estâo disseminadas<br />

nos solos, e sâo divididas, por WAKSMAN, em dois grupos:<br />

ANAERÓBIO: — Clostridium. pasterianum, Bacteria Sacavis butriens,<br />

Plectridium e Granulobacter.<br />

AERÓBIO: — Grupo do Azotobacter, grupo do Radiobacter, Bac-<br />

*' térias pneumonial, Bactérias aerógenas.e outras nâo<br />

formadoras de esporos, grupo Asterosporum e outras<br />

bactérias formadoras de esporos.<br />

pAfiTltUlAS <strong>DO</strong> SOlO<br />

CORTICAL<br />

COfiTlCAU<br />

PABTI'CULAS or <strong>SOLO</strong><br />

Posiçâo das bactérias relativamente a.os pêlos absorventes


220 ANAIS DA TERCEIRA REUN1ÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Ambos os grupos têm grande importância para a agricultura,<br />

pois que riqueza em azoto assimilâvel pelos végétais, dêle advem.<br />

As bactériàs nâo simbióticas desenvolvem-se à custa dos restos<br />

orgânicos dos solos. Dessas, as mais estudadas sâo o Clostridium, descoberto<br />

por WINOGRADSKI em 1893 e Azotobacter, descoberto por BEIJE-<br />

RINKII em 1901.<br />

Hâ muitas espécies de Azotobacter na natureza, sendo as maïs<br />

fréquentes, A. chrorococcum, A. argile, A. vinelandi, A. vitreum,<br />

A. woodstownii, A. indicum. (STARKEY — 115), (LIEMAN KLUYER e<br />

VAN REEENEN) .<br />

Tem sido obtidos bons resultados com a inoculaçâo de terras pelas<br />

culturas puras e A. choococcum.<br />

Sâo de decomposiçâo muito complicada os restos végétais e animais<br />

incorporados ao solo. Dentre os compostos quimicos que constituem<br />

estes restos, sobressaem-se as proteinas. '<br />

Podemos dividir, de um modo gérai, os compostos azotados em<br />

très classes:<br />

1) Proteinas e amino âcidos<br />

2) Âcidos nucléicos<br />

3) Compostos azotados nâo proteicos.<br />

A rapidez com que estas substâncias sâo transformadas no solo<br />

sob a açâo dos microorganismos é variâvel. A decomposiçâo mais avançada<br />

das proteinas, leva a formaçao de.NH3, CH4, fenol, indol, escatol,<br />

H2S e etc.<br />

WAKSMAN (28) divide da seguinte maneira a decomposiçâo que<br />

as proteinas sof rem, de um modo gérai, no solo.<br />

a) Hidrólise — formaçao de albumoses, peptonas e âcidos aminados;<br />

b) deaminaçôés — formaçao de NH3;<br />

c) Formaçao de produtos secundârios, como animais;<br />

d) Compléta decomposiçâo conformaçâoâ de CO2, HoO, H.S e<br />

NH4.<br />

Aponta WAKSMAN a possibilidade da formaçao de nucleotidos, que<br />

podem dar por sua vez origem à âcido fosfórico e a nucleocidos, e estes<br />

em ultima decomposiçâo produzem hidratos de carbono, bases purinicas<br />

ou pirimidicas.<br />

Os âcidos aminados, apresentam resistência diferente à decomposiçâo<br />

pelos microorganismos, podendo ser divididos em âcidos aminads<br />

de fâcil e dificil decomposiçâo. Estes amino âcidos dâo por decomposiçâo,<br />

NH3 ou mesffio N livre e, na natureza, êsses amino-âcidos<br />

podem sofrer uma nitrificaçâo, podem ter seu azoto libertado, sempre<br />

pela açâo dos microorganismos. Podem ainda dar origem a novas<br />

proteinas, de edificio molecular mais complicado do que as primitivas<br />

proteinas. Na natureza, os processus de nitrificaçâo e de denitrificaçâo<br />

ocorrem juntos.<br />

O resultado de nossa consulta à literatura, sobre a decomposiçâo<br />

das proteinas, levou-nos a confeccionar um esquema do ciclo do azoto<br />

um pouco mais detalhado do que o usualmente encontrado na literatura,<br />

o quai vai publicado na pagina seguinte.<br />

DECOMPOSIÇÂO DAS PROTEINAS E DE OUTROS OOMPOSTOS AZOTA<strong>DO</strong>S<br />

A decomposiçâo das proteinas pelos microorganismos do solo, dâ<br />

em conseqiiência uma parte do azoto asimilâvel pelos végétais, con-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 221<br />

tribuindo assim, para o enriquecimento do solo nesse elemento importantissimo<br />

a vida dos végétais.<br />

Quimicamente, as proteinas sâo divididas em tres grupos:<br />

a) Proteinas simples (Holoproteinas), quando hidrolizadas por<br />

âcidos ou enzimas, produzem sömente amino ecidos. Podendo-se subdividir<br />

em albuminas, globulinas, glutelinas, prolaminas, albuminoides,<br />

histonas e prolaminas;<br />

ö) Proteinas conjugadas (Heteroproteinas). Podem ser desdobradas<br />

em uma proteina simples (holoproteina), e em um grupo näo<br />

proteico denominado prostético. A designaçâo dessas proteinas dériva<br />

dêsse grupo prostético. Temos assim, nücleo proteinas, glicoproteinas,<br />

cromoproteinas, licitoproteinas, etc.<br />

c) Derivados das proteinas — prödutos resultantes da alteraçâo<br />

mais ou menos avançada da molécula proteinica.<br />

A hidrólise das proteinas por âcidos, alcalis ou enzimas, processa-se<br />

por etapas, e quando o desdobramento da molécula é compléta,<br />

resultam os amino âcidos. Sâo, até hoje, conhecidos mais ou menos<br />

20 dêsses âcidos aminados, sendo os principals:<br />

Glicina CH«(NH,) COOH<br />

Alanina CH3CH(NH2) COOH<br />

Serina CHZOH. CH(NH2)COOH<br />

Theronina CH3CH (OH) CH. ONH2COOH<br />

Valina (CH3),. CH.CH(NH,)COOH<br />

Leucina (CH3), CH. CHoCH (NH,) COOH<br />

S.CHs<br />

Methionina CH


222 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE C1ÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Por %<br />

ISO<br />

3o<br />

10<br />

125 -<br />

100 . A<br />

75 -<br />

50 -<br />

25 -<br />

I ^ H P/ji)fn de 25-iS cm de jlturt<br />

r:j'.".i?:'»yj tntn da formapic da tipiga<br />

\Antu da floraçSo<br />

I Pltntai prónmas da maturaçâo<br />

às Pnttini-i Cinzai Substartcias hntosanai ligninai Celulos»<br />

O'giniett S'luveis em<br />

itlvuêi% em eter<br />

t$»* fris<br />

Fig. :...<br />

Influência da idade sobre a composiçâo quimica em culturas de centeio<br />

(segundo Waksman e Tenney). Cit. p/AIbareda (50)<br />

rrn<br />

D<br />

il<br />

II<br />

A<br />

P. c<br />

il<br />

11!!<br />

D E<br />

A<br />

A<br />

5 -,<br />

nie<br />

D E<br />

lïïhm<br />

IL<br />

5<br />

c<br />

cm*»<br />

A<br />

t<br />

fiïP<br />

f<br />

Mrni 1<br />

j<br />

c<br />

D<br />

E<br />

iïll<br />

A<br />

1ÎT<br />

B<br />

tf<br />

D<br />

c E<br />

PROTCINA<br />

BttUTA<br />

A — Material original; B — Sobra após 27 dias de decomposiçâo; C — Sobra<br />

após dias de decomposiçâo ; D — Sobra após 205 dias de decomposigâo ;<br />

E — Sobra após 405 dias de decomposiçâo<br />

As proteinas rio solo sofrendo a açâo dos microorganismos sâo desdobradas,<br />

isto se passando por etapa, podendo ir até aos amino acidos.<br />

Por sua vez, alguns dêstes, perdem o seu grupo amino, outros permanecem<br />

no solo ou sâo empregados em sintese de novas proteinas de edifîcio<br />

molecular mais complicado e mais resistente do que as proteinas<br />

iniciais.<br />

Os amino âcidos resultantes do desdobramento de proteinas podeni<br />

sofrer a açâo dos microorganismos, perdendo CO2 e NH3, podendo ori-<br />

-<br />

-<br />

-


1<br />

ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 223<br />

. 2<br />

ginar novos aminos âcidos, sendo uns mais resistentes e ou tros menos,<br />

permanecendo maior ou menor tempo no solo.<br />

IDADE <strong>DO</strong> VEGETAL E A MATERIA ORGÂNICA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

WAKSMAN e STARKEY (16), estudaram a influência que a idade<br />

dos végétais constituintes da matéria orgânica incorporada ao solo,<br />

exercem sobre ela. Nos végétais novos prédomina elementos de fäcil<br />

decomposiçâo, como acücares e amino âcidos e pouco tecido lignificado,<br />

enquanto nos végétais mais velhos prédomina tecidos lignificados<br />

de dificil decomposiçâo.<br />

Muito instrutivo é o grâfico de WAKSMAN e TENNEY, reproduzido<br />

por ALBAREDA (50), apresentado na pagina seguinte, o qual mostra<br />

ä influência da idade sobre a composiçào quimica dos végétais.<br />

Segundo WINNIK (34), a decomposiçâo dêsses residuos pode ser<br />

dividida em 5 etapas, segundo o seu grâu de decomposiçâo — flores,<br />

fôlhas, grâos, caules finos e raizes.<br />

SCHREINER, citado por WAKSMAN, condensou no quadro que reproduzimos<br />

a seguir, o mecanismo da decomposiçâo das nucleoproteinas.<br />

AMONIFIFICAÇAO<br />

As proteinas e outras substâncias azotadas, sob a açâo dos microorganismos,<br />

libertam seu azoto, total ou parcialmente, sob a forma<br />

de amoniaco.<br />

Este processo foi estudado pela primeira vez por MUNTZ em 1890.<br />

Atribuia-se, antigamente, ao bacilus mijeoids e aos bacilus subtilis como<br />

os unîcos agentes dessas reaçôes. ùltimamente, sabe-se que a amonificaçâo<br />

nâo é o resultado da atividade de um simples grupo de bactérias,<br />

podendo ser realizado por maior numero de diferentes microorganismos,<br />

inclusive fungos, actinomicetos, além de numerosos grupos<br />

de bactérias. *<br />

Provàvelmente, a maior parte das bactérias, comumente presen-<br />

1 tes nos solos, sâo coniventes na formaçâo de amônia, a partir de uma<br />

outra forma de azoto.<br />

O processo de amonificaçâo do solo tem grande importância para<br />

a agricultura. Nos restos orgânicos végétais ou animais que sâo incorporados<br />

ao solo, hâ grande quantidades de substâncias azotadas,<br />

proteinas ou nâo, azoto que nâo pode ser assimilado pelos végétais<br />

superiores, até que os microorganismos o transformem em uma forma<br />

assimilâvel, retirando a energia de que necessitam, dessas reaçôes.<br />

NITRIFICAÇÂO<br />

A transformaçâo do azoto amoniacal, pela açâo dos microorganismos,<br />

em nitritos e nitratos, é o que se chama processo de nitrificaçâo.<br />

Este processo se passa em duas etapas:<br />

a) Transformaçâo do amoniaco em nitritos, pela açâo principalmehte<br />

dos grupos Nitrosomonas, Nitrosocystis, Nitrosopora, Nitrosogloea<br />

e Nitrosococus;


224 ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Transformaçâo de nitritos em nitratos, pela açâo principalmente<br />

do grupo Nitrobacter, Bactoderma e Micoderma.<br />

O mecanismo do processo de nitrificaçâo, nâo esta bem esclarecido,<br />

havendo sido apresentado varias hipóteses.<br />

POCHON e YANG TSEN TCHAN (7) citam como das mais importantes<br />

a de Klugner e Donker, que é a seguinte: o NH4OH séria oxidado<br />

em hidroxilamina e esta, por sua vez, transformada em âcido hiponitroso,<br />

que daria âcido azotoso e hidrogênio.<br />

As equaçôes sâo as seguintes:<br />

2 NH4OH + 202 2 NH2 2 H2O<br />

2 NH2OH + O2<br />

H2N2O3 + H2O<br />

4H + O2<br />

Hipótese de LOEW:<br />

N — OH<br />

2 | | + H2O<br />

N — OH<br />

2NHO2<br />

2H2Ó<br />

Segundo esta hipótese, o amoniaco é oxidado pelo oxigênio molecular<br />

com a produçâo de âcido nitroso, hidrogênio e uma certa<br />

quantidade de energia, energia esta que séria a necessâria à reaçâo<br />

entre o hidrogênio e o CO2.<br />

2 NH3 202 = 2 HNO2 2H2<br />

2 H2 + CO2 = HCHO 2 H2O<br />

Hipótese de MEYERHOFFS<br />

O amoniaco séria oxidado em âcido nitroso e âgua, com a concomitante<br />

produçâo de energia necessâria à fixaçâo do CO2:<br />

2 NH3 3O2 2 HNO2 2H2O<br />

A reaçâo do solo tem, conforme fizemos notar, grande influência<br />

na vida microbiana do solo mas esta influência é notâvel nó caso das<br />

bactérias nitrificantes, principalmente, na fase da transformaçâo do<br />

amoniaco em nitritos. A calagemj diminuindo a icidês do solo, favorece<br />

o processo de nitrificaçâo.<br />

WDTOGRADSKII (56) estudando a atividade de tôdasas variedades<br />

de Nitroso bactérias, em relaçâo a acides do solo, chegou a conclusâo<br />

que ela vai de 6,0 a 9,2. As Nitrosomonas preferindo um pH mais elevado<br />

8,6 a 9,2 e os Nitrosocystos uma alcalinidade moderada pH 7,4 e<br />

7,8, e os Nitrosospora pH 7,0 a 7,2.<br />

4H


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 225<br />

Para as variedades estudadas por WINOGRADSKII, O pH conveniente<br />

esta entre 6 a 9,2, sendo que fora dêste limite as nitrobactérias<br />

Tnanifestam uma atividade muito reduzida.<br />

e WALKER (54), mencionam resultados de experiências de<br />

•correçâo do solo corn CaCO3 e MgCO3 na base de 3 toneladas por hectare<br />

e a sua influência na fixaçâo de azoto, pelas bactérias. No fini<br />

=da primeira semana o MgCO3 mostrou-se melhor para ativar a fixaçâo<br />

do que o CaCO3, mas da segunda semana até o fini da experiência o<br />

CaCO3 mostrou-se melhor do que o MgCO3.<br />

O grâfico da pagina seguinte, jâ apresentado em "O CÄLCIO<br />

UA AGRICULTURA", por AEAUJO et al, élucida a questâo.<br />

A forma mais assimilâvel de nitrogênio é a dos nitratos, portanto,<br />

a mais importante para a vida dos végétais. Ha no solo, no entanto,<br />

muito pouco nitrato, porque este uma vez formado é assimilado<br />

pelos végétais, perdido por lexiviaçâo ou ainda atacado pelas<br />

"bactérias denitrif icadoras.<br />

DENITRIFICAÇÂO<br />

Os compostos orgânicos incórporados ao solo, pela açâo dos mi-<br />

•croorganismos, podem ser submetidos aos dois processsos, nitrificaçâo<br />

-e denitrificaçâo.<br />

O primeiro jà descrito, eu mprocesso benéfico, enquanto o se-<br />

•gundo, représenta uma fonte de perda de azoto.<br />

A denitrif icaçâo pode ser realizada por vârios grupos de bactérias:<br />

Bacterium denitrificans, Bacterium stutzeri, Bacterium kunnermannni,<br />

Bacteria denitrificante agilis, Bacteria ulpiani, Vibrio denitrificans,<br />

Bacillus schirokikhi, Bacteria praepoliens, Bacillus nitroxus.<br />

Os processus de denitrificaçâo e nitrificaçâo, sâo antagônicos nos<br />

.seus efeitos e, o primeiro é constiuido da reduçâo dos compostos inorgânicos<br />

do azoto, enquanto o segundo é uma oxidaçâo, que se processa<br />

por etapas, cuja primeira é a oxidaçâo da matéria orgânica, incorporada<br />

ao solo..<br />

Segundo POCHON e YAN-TSEN-TCHAN (7) as seguintes reaçôes rejiresentariam<br />

o processo de denitrificaçâo.<br />

HNO3 + 2 H2 : > HNO2 + H2O<br />

2HNO2 + 4H •- > H2N2N2 + H2O<br />

H2N2O2<br />

NoO + H2 = N2 +- H2O<br />

> N2O + H2O<br />

Modernamente, segundo QUERO (72), o processo de reduçâo total<br />

•dos nitratos se supôe que se verifica na forma seguinte, passahdo pelo<br />

hipotético dioxiamônico HON-HON.<br />

KOYSAKOVA, também, citado por QUERO (72) trabalhando com grupos<br />

de bactérias que reduzem os nitratos e nitrogênio livre, comprovou<br />


226 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

BLOM, citado pelo autor acima, acredita que se forma hidroxilamina<br />

como produto intermediârio e que nem todo N livre desprendida<br />

do solo provém da reduçâo dos nitratos. Podem-se originär na decomposiçâo<br />

dos compostos orgânicos nitrogenados sobre tudo, ent<br />

conseqüência a oxidaçâo râpida do amoniaco formado na decomposiçâo<br />

destas substâncias.<br />

4OH3 + 3 Oo > 6 HoO + 2 N2<br />

2NH3 + 3 Oo > 6 HoO + N2<br />

Estes processus ocasionam perdas sensiveis de nitrogênio durante<br />

a formaçâo de estêrco.<br />

COMPOSIÇÂO QU1MICA DA MATÉRIA ORGÂNICA EM ALGUNS<br />

<strong>SOLO</strong>S DE MINAS GERAIS<br />

O presente estudo, foi realizado em amostras de solos de perfiscolhidos<br />

na Estaçâo Experimental de Sete Lagoas e no Instituto Agronômico<br />

de Minas Gérais.<br />

Antes de, prôpriamente, entrarmos em consideraçôes sobre a composiçâo<br />

da matéria orgânica, objetivo de nosso trabalho, desejamos<br />

apresentar os dados morfológicos, fisicos e quimicos dos perfis dos<br />

solos, nos quais realizamos pesquisas em tôrno da composiçâo quimica<br />

da matéria orgânica. Isto se torna necessârio, uma vez é sabido que a<br />

composiçâo quimica da matéria orgânica, acha-se intimamente ligada.<br />

a gênese do solo (GLINKA) — (107).<br />

Os dados nâo serâo detalhadamente comentados por ser o nosso'<br />

objetivo sômente o estudo de matéria orgânica, porém, ligeiramente,.<br />

abordaremos a seguir os perfis em conjunto.<br />

Nas paginas seguintes, apresentaremos quadros de anâlises de<br />

laboratórios dos perfis W-3 e W-ll da Estaçâo Experimental de Sete.<br />

Lagoas, e V-4 do Instituto Agronômico de Minas Gérais.<br />

Nâo obstante nâo se diferenciarem de muito, quanto a sua morfologia,<br />

situaçâo fisiogrâfica e geológica, quimicamente muito se distanciam,<br />

principalmente, em relaçâo aos elementos permutâveis —<br />

câlcio, magnésio e potâssio.<br />

. Também nas porcentagens dos elementos obtidos em anâlises sumârias,<br />

os resultados sâo mais favorâveis ao perfil W-ll.<br />

Os solos de Sete Lagoas, perfis W-3 e W-ll~sâo mais ricos do que<br />

os do Instituto Agronômico de Minas Gérais — perfil V-4.<br />

Estes dados, como jâ dissemos no inicio dêste preâmbulo, apenas.<br />

apresentamos como objetivo de mostrar como sâo os solos, onde se<br />

processou o estudo quimico da matéria orgânica, objetivo do presente<br />

trabalho.<br />

Ainda como orientaçâo do estudo, mostraremos no quadro a seguir,<br />

anâlise totais de amostras 1, 2 e 3, respetcivamente dos perfis.<br />

W-II e V-4.


AMOSTRA<br />

1.272<br />

1.273<br />

1.274<br />

1.275<br />

1.276<br />

AMOSTRA<br />

1.272<br />

1.273<br />

1.274<br />

1.275<br />

1.276<br />

AMOSTRA<br />

1.272<br />

1.273<br />

1.274<br />

1.275<br />

1.276<br />

AMOSTRA<br />

1.272<br />

1.273<br />

1.274<br />

1.275<br />

1.276<br />

AMOSTRA<br />

1.272<br />

1.273<br />

1.274<br />

1.275<br />

1.276<br />

AMOSTRA<br />

1.272<br />

1.273<br />

1.274<br />

1.275<br />

1.276<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 227<br />

PROF.<br />

cm<br />

0-22<br />

22-82<br />

82-130<br />

130-200<br />

290-340<br />

AHBIA<br />

GROSSA<br />

6,14<br />

5,62<br />

5,46<br />

6,45<br />

6,20<br />

Ch<br />

44,85<br />

44,96<br />

39,07<br />

36,75<br />

32,45<br />

Ca<br />

2,05<br />

CaO %<br />

0,070<br />

0,060<br />

0.040<br />

0,016<br />

0,014<br />

C<br />

3,25<br />

1,14<br />

1,01<br />

0,82<br />

0,39<br />

FERFIL W3<br />

Estaçâo Experimental de Sete Lagoas — M. A.<br />

ÂGUA<br />

17,74<br />

17,94<br />

18,29<br />

18,66<br />

19,38<br />

AREIA FINA<br />

22,80<br />

20,22<br />

15,68<br />

24,79<br />

23,68<br />

Hy<br />

10,49<br />

10,95<br />

10,71<br />

9,99<br />

10,37<br />

CALHÂUS<br />

LJM0<br />

23,32<br />

28,40<br />

33,62<br />

24,44<br />

11,94<br />

1 hora<br />

196<br />

199<br />

215<br />

225<br />

261<br />

OASCALHO<br />

0,15<br />

0,31<br />

0,33<br />

• 0,46<br />

0,70<br />

ARGILA<br />

47,74<br />

45,76<br />

45,24<br />

44,32<br />

58,18<br />

TERRA FINA<br />

82,11<br />

81,75<br />

81,38<br />

80,88<br />

79,92<br />

TEXTURA<br />

EG<br />

BG<br />

BG<br />

BG<br />

GL<br />

ELEVAÇÂO HÎDRICA (mm)<br />

1 dia<br />

224<br />

437<br />

497<br />

510<br />

454<br />

PERFIL W3<br />

5 dias<br />

233<br />

517<br />

676<br />

666<br />

559<br />

UMIDADE<br />

4,73<br />

4,35<br />

4,02<br />

3,75<br />

3,19<br />

ARGILA<br />

NATURAL<br />

26,56<br />

26,52<br />

29,48<br />

33,14<br />

0,34<br />

E<br />

235<br />

543<br />

743<br />

723<br />

594<br />

Estaçao Experimental de Sete Lagoas — M. A.<br />

Mg<br />

0,74<br />

KsO<br />

0,0163<br />

N<br />

0,274<br />

0,154<br />

0,118<br />

0,077<br />

0,045<br />

K<br />

0,22<br />

HC1 D = 1.10<br />

P2O5<br />

0,113<br />

0,109<br />

0,106<br />

0,106<br />

0,106<br />

C/N<br />

11,86<br />

7,40<br />

8,56<br />

10,64<br />

8,66<br />

COMPLEXO SORTIVO (ME%)<br />

Na<br />

0,33<br />

S<br />

3,34<br />

SiO2 AlaOs<br />

S1O2<br />

25,82<br />

26,81<br />

28,01<br />

27,34<br />

28,51<br />

H2SO4<br />

AhOs<br />

27,77<br />

28,64<br />

30,49<br />

31,06<br />

31,11<br />

H<br />

14,77<br />

13,01<br />

10,73<br />

8,75<br />

4,06<br />

FeiOs<br />

Fe2Û3<br />

10,65<br />

11,17<br />

11,23<br />

11,41 '<br />

11,55<br />

T<br />

18,11<br />

14,50<br />

11,44<br />

9,92<br />

5,92<br />

HC1 D — 1.19<br />

AGUA<br />

4,61<br />

4,48<br />

4,43<br />

4,45<br />

4,78<br />

I. E.<br />

44,30<br />

42,10<br />

34;80<br />

25,20<br />

• 99,4<br />

P. E. A.<br />

0,86<br />

1,00<br />

• 1,02<br />

1,02<br />

1,02<br />

V<br />

18,44<br />

10,28<br />

6,21<br />

11,79<br />

31,42<br />

ki kr<br />

ki<br />

D = 1.47<br />

1,58<br />

1,59<br />

1,56<br />

1,50<br />

1,56<br />

kr<br />

pH<br />

1,27<br />

1,27<br />

1,26<br />

1,21<br />

1,26<br />

S© Soma de bases permutäveis determinada diretamente pelo método 23.10.<br />

KC1<br />

4,40<br />

4,31<br />

4,29<br />

4,31<br />

4,68<br />

PERDA<br />

AO<br />

RUBRO<br />

19,20<br />

17,06<br />

16,07<br />

15,15<br />

13,69<br />

P. E.<br />

2,56<br />

2,57<br />

2,58<br />

2,68<br />

2,66<br />

se<br />

1,89<br />

1,49<br />

0,71<br />

1,17<br />

1,86<br />

-


228 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

AMOSTRA<br />

1.326<br />

. 1.327<br />

1.328<br />

1.329<br />

1.330<br />

AMOSTEA<br />

1.326<br />

1.327<br />

1.328<br />

1.329<br />

1.330<br />

AMOSTRA<br />

1.326<br />

1.327<br />

1.328<br />

1.329<br />

1.330<br />

AMOSTRA<br />

1.326<br />

1.327<br />

1.328<br />

1.329<br />

1.330<br />

AMOSTRA<br />

1.326<br />

1.327<br />

1.328<br />

1.329<br />

1.330<br />

AMOSTRA<br />

1.326<br />

1.327<br />

1.328<br />

1.329<br />

1.330<br />

PROF.<br />

cm<br />

0-30<br />

30-58<br />

58-115<br />

115-200<br />

200-240<br />

AREIA<br />

GROSSA<br />

3,23<br />

4,27<br />

5,65<br />

5,18<br />

7,07<br />

Ch<br />

45,49<br />

41,31<br />

41,57<br />

36,51<br />

33,83<br />

Ca<br />

8,20<br />

CaO %<br />

0,308<br />

0,094<br />

0,095<br />

0,076<br />

0,084<br />

C<br />

2,63<br />

0,79<br />

0,58<br />

0,15<br />

0,24<br />

ÂGUA<br />

PERFIL. Wil<br />

Institute Agronômico de Minas Gerais<br />

6,36<br />

12,93<br />

13,12<br />

12,12<br />

12,91<br />

AREIA FIN A<br />

27,45<br />

20,01<br />

26,36<br />

26,22<br />

25,93<br />

Hy<br />

8,76<br />

9,71<br />

8,37<br />

8,01<br />

7,53<br />

CALHÄUS<br />

5,00<br />

5,89<br />

7,60<br />

3,28<br />

5,08<br />

LIMO<br />

18,40<br />

14,92<br />

10,47<br />

21,96<br />

17,10<br />

1 hora<br />

125<br />

103<br />

135<br />

145<br />

145<br />

CASCALHO<br />

0,00<br />

4,53<br />

6,21<br />

3,28<br />

4,19<br />

ARGILA<br />

50,92<br />

60,80<br />

57,52<br />

46,64<br />

49,90<br />

TERRA FINA<br />

88,64<br />

76,65<br />

73,07<br />

81,32<br />

77,82<br />

TEXTURA<br />

GL,<br />

GL<br />

GL<br />

GL<br />

BG<br />

ELEVAÇÂO HÎDRICA (mm)<br />

1 dia<br />

186<br />

244<br />

406<br />

424<br />

422 -<br />

PERFIL Wll<br />

5 dias<br />

207<br />

316<br />

594<br />

644<br />

602<br />

UMIDADE<br />

4,29<br />

2,67<br />

2,55<br />

2,31<br />

2,12<br />

ARGILA<br />

NATO RAI<br />

19,20<br />

33,32<br />

26,84<br />

0,10<br />

0,34<br />

E<br />

213<br />

341<br />

672<br />

740<br />

674<br />

Estaçâo Experimental de Sete Lagoas M. A.<br />

Mg<br />

2,85<br />

HC1 D = 1.10<br />

KÎO<br />

0,081<br />

N<br />

0,320<br />

0,138<br />

0,078<br />

0,056<br />

0,055<br />

K<br />

0,65<br />

P2Û5<br />

0,340<br />

0,340<br />

0,405<br />

0,360<br />

0,385<br />

C/N<br />

8,28<br />

5,72<br />

7,44<br />

. 2,67<br />

4,36<br />

COMPLEXO SOKTIVO (ME%)<br />

Na<br />

0,20<br />

S<br />

11,90<br />

H<br />

7,93<br />

7,37<br />

5,47<br />

4,66<br />

4,52<br />

HC1 D = 1.19<br />

T<br />

19,83<br />

8,89<br />

6,98<br />

5,78<br />

5,95<br />

ÄGUA<br />

5,59<br />

4,51'<br />

4,61<br />

4,85<br />

4,65<br />

I. E.<br />

62,30<br />

45,20<br />

53,20<br />

99,80<br />

99,40<br />

P. E. A.<br />

0.98<br />

1,16<br />

1,26<br />

1,29<br />

1,31<br />

V<br />

60,01<br />

17,10<br />

21,63<br />

19,38<br />

24,03<br />

SiOa AhOa FeiOs ki kr<br />

SiO2<br />

20,86<br />

27,15<br />

25,20<br />

27,28<br />

24,68<br />

H,SO.i<br />

AbOs<br />

18,09<br />

23,86<br />

23,09<br />

23,87<br />

22,19<br />

Fe2O3<br />

10,39<br />

12,03<br />

12,36<br />

12,94<br />

12,41<br />

D = 1.47<br />

ki<br />

1,96<br />

1,93<br />

1,86<br />

1,94<br />

1,89<br />

kr<br />

1,43<br />

1,46<br />

1,38<br />

1,44<br />

1,39<br />

S© Soma de bases permutâveis determinada diretamente pelo método 23.10.<br />

pH<br />

KC1<br />

5,02<br />

4,21<br />

4,11<br />

4,11<br />

4,17<br />

PERDA<br />

AO.<br />

RUBRO<br />

15,00<br />

10,72<br />

8,92<br />

9,23<br />

9,00<br />

P. E.<br />

2.59<br />

2,76<br />

2,75<br />

2,79<br />

2,76<br />

S ©<br />

10,97<br />

1,52<br />

1,51<br />

1,12<br />

1,43


AMOSTRA<br />

1.747<br />

1.748<br />

1.749<br />

Ï.750<br />

AMOSTRA<br />

1.747<br />

1.748<br />

1.749<br />

1.750<br />

AMOSTRA<br />

1.747<br />

1.748<br />

1.749<br />

1.750<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 229<br />

Ca<br />

0,50<br />

1,65<br />

0,30<br />

CaO %<br />

0,037<br />

0,014<br />

0,078<br />

0,031<br />

C<br />

3,11<br />

1,71<br />

0,80<br />

0,67<br />

Mg<br />

0,68<br />

HC1 D = 1.10<br />

K2O<br />

0,055<br />

0,021<br />

0,014<br />

0,014<br />

N<br />

0,210<br />

0,130<br />

0,065<br />

0,050<br />

PERFIL V4<br />

Instituto Agronômico de Minas Gérais<br />

K<br />

0,67<br />

• 0,39<br />

0,16<br />

0,16<br />

P2O5<br />

0,088<br />

0,044<br />

0,084<br />

0,072<br />

C/N<br />

14,80<br />

13,10<br />

12,30<br />

13,40<br />

COMPLEXO SORTIVO (ME%)<br />

Na S H<br />

S1O2<br />

3,72<br />

3,78<br />

3,64<br />

5,72<br />

AhOa<br />

10,02<br />

8,20<br />

4,56<br />

2,60<br />

H2SCM D = 1.74<br />

4,85<br />

5,40<br />

5,87<br />

7,87<br />

Fe2O3<br />

4,38<br />

4,59<br />

5,49<br />

5,87<br />

T<br />

12,92<br />

9,40<br />

6,26<br />

4,15<br />

ki<br />

1,31<br />

2,02<br />

1,07<br />

1,29<br />

i<br />

V<br />

21,00<br />

13,00<br />

27,00<br />

37,00<br />

kr<br />

0,83<br />

0,80<br />

0,67<br />

0,87<br />

S © Soma de bases permutaveis determinada diretamente pelo método 23.10.<br />

1.747<br />

1.748<br />

1.749<br />

1.750<br />

AMOSTRA<br />

1.747<br />

1.748<br />

1.749<br />

1.750<br />

AMOSTRAS<br />

PROF.<br />

cm<br />

AREIA<br />

GROSS/.<br />

28,01<br />

25,03<br />

20,31<br />

22,19<br />

Perda ao rubro<br />

SiO2<br />

CaO<br />

MgO<br />

FesOs<br />

P2O5<br />

AI2O3<br />

TiC-2<br />

MnOz<br />

KzO<br />

PERFIL V4<br />

Estaçâo Experimental de Sete Lagoas — M. A.<br />

AGUA CALHÂUS TERRA FINA<br />

AREIA FINA<br />

4,79<br />

8,45<br />

8,89<br />

14,61<br />

W-11-1<br />

0-30<br />

15,94<br />

48,96<br />

0,80<br />

0,99<br />

11,72<br />

0,70<br />

20,82<br />

1,50<br />

0,61<br />

0,14<br />

LIMO<br />

26,00<br />

18,72<br />

24,30<br />

15,80<br />

SETE LAGOAS<br />

W-ll-2<br />

30-85<br />

11,66<br />

47,75<br />

0,41<br />

0,74<br />

13,21<br />

0,90<br />

26.50<br />

0,24<br />

0,24<br />

0,075<br />

•<br />

ARGILA<br />

41,20<br />

47,80<br />

46,50<br />

47,40<br />

W-11-3<br />

85-115<br />

9,99<br />

47,82<br />

0,38<br />

0,72<br />

12,60<br />

0,90<br />

23,61<br />

1,33<br />

0,065<br />

0,161<br />

TEXTURA<br />

BG<br />

BG<br />

BG<br />

BG<br />

V-4-1<br />

ARGILA<br />

NATURAL<br />

0-10<br />

14,02<br />

58,25<br />

0,617<br />

0,0021<br />

7,72<br />

0,01<br />

17,14<br />

0,563<br />

2,054<br />

0,122<br />

32,80<br />

20,75<br />

16,36<br />

0,20<br />

pH<br />

S©<br />

2,90<br />

1,20<br />

1,70<br />

1,55<br />

AGUA KC1<br />

5,00<br />

4,70<br />

5,15<br />

5,55<br />

I. E.<br />

79,00<br />

43,00<br />

35,00<br />

99,00<br />

BELO HORIZONTE<br />

| V-4-2<br />

10-46<br />

12,98<br />

58,20<br />

0,112<br />

0,0027<br />

7,72<br />

0,007<br />

18,90<br />

0,297<br />

1,185<br />

0,086<br />

PERDA<br />

AO<br />

RUBRO<br />

14,02<br />

12,98<br />

12,70<br />

12,50<br />

V-4-3<br />

46-140<br />

6,65<br />

52,51<br />

0,394<br />

0,0012<br />

8,40<br />

0,008<br />

19,58<br />

0,333<br />

2,133<br />

0,103<br />

J


230<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Vê-se que o teor de silica é mais elevado nos solos do Instituto<br />

Agronômico de Belo Horizonte do que nos da Estaçâo Experimental<br />

de Sete Lagoas. Aquele assentado no complexo cristalino e êste no<br />

siluriano, rochas menos ricas desta substância. Entretanto, os teores<br />

de câlcio, magnésio, alumïnio, titânio, fósforo e ferro sâo mais elevados<br />

no solo da Estaçâo Experimental de Sete Lagoas.<br />

A relaçâo Carbono para Nitrogênio, C/N como é conhecida, é caracterïstica<br />

de cada tipo de solo. Em vârios solos, estudamos a relaçâo<br />

C/N, com o objetivo de se poder comparar estes dados com os encontrados<br />

em outras partes do globo. Encontramos, com média de<br />

urn bom numero de amostras estudadas, relaçâo C/N igual a 8,9 com<br />

variaçâo de 7,4 a 13,5.<br />

VAGELER, citado por ALBAREDA (15), dâ como resultados de seus<br />

estudos em solos tropicais de regiöes ümidas, uma relaçâo C/N variâvel<br />

entre 8 a 12, para camada superficial. Estes dados, säo comparâveisaos<br />

encontrados em solos de Minas Gérais.<br />

Dos trabalhos de RÜSSEL (6), REMISOV (37) e ALBAEEDA (15), retiramos<br />

os dados abaixo, relaçâo C/N de alguns solos de diversos<br />

païses :<br />

Solos C/N<br />

Minas Gérais 9,9<br />

Podsol 6,9<br />

Solos florestais 8,0<br />

Cinzentos 9,7<br />

Chernozien 9,7<br />

Chernozien de Avov 6,2<br />

Chernozien de Ucrânia ... 7,6<br />

Média da Russia 11,4<br />

Solos C/N<br />

Siberia 13,6<br />

Solos pardos 6,8<br />

Solos de Sudào 12,6<br />

Sul da Africa 15,0<br />

Transwal 14,4<br />

Siäo 11,4<br />

Yowa (U.S.A.) 12-13<br />

Também um estudo de relaçâo C/N nas diversas seccöes do perfil<br />

foi mostrado no quadro de resultados apresentados, e outro objetivo<br />

näo tivemos sinäo o de estabelecer as correlaçoes entre estes dados<br />

os que mostraremos no decorrer dêste^ trabalho.<br />

WAKSMAN e STEVENS (1) elaboraram um esquema para anâlise<br />

aproximada da matéria orgânica do solo, fracionando-a pelo uso de<br />

vârios solventes, a saber:<br />

ÉTER — dissolvente de esterois, graxas e etc...<br />

ÄLCOOL — dissolvente de heterosides, résinas e etc...<br />

ÄGUA — dissolvente de acücares, proteinas, amido, taninos,<br />

âcido ürico, etc...<br />

HC1 a 2 % — dissolvente de hemicelulose.<br />

H2SO4 a 85 % — dissolvente de celulose.<br />

No residuo, determinam a lignina e proteina. Usamos êste método<br />

para o estudo de composiçâo da matéria orgânica do solo de<br />

nosso Estado, estudo este abrangendo os vârios horizontes dos perfis,<br />

tendo-se em vista a variaçâo das condiçôes do arejamento e portanto,<br />

da atividade dos microorganismos.<br />

No quadro que se segue, reunimos os dados obtidos pelo emprêgo<br />

do citado processo e os resultados foram calculados para a matéria<br />

orgânica total. Esta, foi determinada por via ümida (oxidaçâo por


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 231<br />

bicromato de potâssio), no material sêco ao ar. Os dados constantes<br />

da referida tabela säo sômente aproximados.<br />

c<br />

N<br />

C/N<br />

pH<br />

Eter<br />

H2O<br />

C2H5 OH<br />

.Hemicelulose<br />

Celulose<br />

Proteina<br />

JLignina<br />

(1)<br />

0-22 cm<br />

3,250<br />

0,274<br />

11,860<br />

4,61<br />

1,350<br />

5,050<br />

1,500<br />

3,890<br />

3,380<br />

37,700<br />

38,970<br />

(2)<br />

22-82 cm<br />

1,140<br />

0,154<br />

7,400<br />

4,48<br />

1,850<br />

2,110<br />

0,180<br />

1,900<br />

2,400<br />

21,900<br />

34,300<br />

(3)<br />

. PERFIL W-3<br />

82-130 cm 130-200 cm 290-340 cm<br />

1,010<br />

0,118<br />

8,560<br />

4,43<br />

0,900<br />

0,560<br />

0,420<br />

2,260<br />

0,900<br />

25,000<br />

47,000<br />

(4)<br />

0,390<br />

0,077<br />

10,640<br />

4,45<br />

1,210<br />

1.010<br />

0^090<br />

2,500<br />

2,500<br />

25,300<br />

46,600<br />

(5)<br />

0,390<br />

0,045<br />

8,660<br />

4,78<br />

• 0,640<br />

2,830<br />

0,620<br />

5,700<br />

5,300<br />

36,000<br />

45,100<br />

(1)<br />

0-22 cm<br />

2,630<br />

0,320<br />

3,300<br />

5,59<br />

2,000<br />

1,470<br />

0,900<br />

2,450<br />

4,300<br />

34,300<br />

45,400<br />

(2)<br />

22-82 em<br />

0,790<br />

0,138<br />

5,700<br />

4,51<br />

2,300<br />

3,660<br />

1,300<br />

2,350<br />

2,600<br />

36,700<br />

32,200<br />

Os resultados das anâlises apresentadas no quadro, embora com<br />

•dados aproximados, permitem tirar algumas conclusses.<br />

1) — Nâo se observa diferença qualitativa nos resultados da anâlise,<br />

pelo processo em questâo, porém, quantitativamente, os resultados<br />

variam nos vârios horizontes de um mesmo perfil.<br />

Estes resultados confirmam os trabalhos de WAKSMAN.<br />

c<br />

N<br />

C/N<br />

pH<br />

Éther<br />

H2O<br />

Alcool<br />

Hemieelulose<br />

Celulose<br />

Proteina<br />

Lignina<br />

(1)<br />

0-10 cm<br />

3,100<br />

0,233<br />

13,500<br />

5,0<br />

2,820<br />

4,480<br />

1,940<br />

4,340<br />

2,820<br />

27,000<br />

46,500<br />

(2)<br />

10-46 cm<br />

1,740<br />

0,143<br />

12,000<br />

4,7<br />

1,510<br />

3,260<br />

1,500<br />

3,470<br />

3,580<br />

30,300<br />

42,400<br />

PERFIL V-4<br />

(3)<br />

46-140 cm<br />

0,800<br />

0,076<br />

10,600<br />

5,15<br />

1,960<br />

2,890<br />

2,000<br />

6,600<br />

3,500<br />

36,400<br />

21,900<br />

(4)<br />

140-200 cm<br />

0,670<br />

0,056<br />

12,000<br />

5,55<br />

0,800<br />

2,840<br />

0,560<br />

—<br />

—<br />

31,900<br />

22,950<br />

A natureza quïmica do humus em vârios solos minerais "e em<br />

outros trabalhos do mesmo autor, com "A natureza quïmica do humus<br />

em perfil do solo Florestal de Mor_ em Keene New-Hamphire",<br />

onde o autor determinando a composiçao de alguns perfis do solo<br />

obteve os seguintes resultados:<br />

Natureza quimica da matéria orgânica em % de material sêco:<br />

(WAKSMATST — citado por QUERO — 72 —)<br />

Horizonte Éter H^O C2H5OH Hemieelulose Celulose Lignina Proteina<br />

3,21 1,88<br />

3,12 4,10<br />

1,54 2,38<br />

1,00 1,03<br />

2,25<br />

2,42<br />

1,08<br />

0,98<br />

8.00<br />

10,30<br />

8,70<br />

0,22<br />

14,18<br />

17,50<br />

17,94<br />

10,50


232<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

WATSON, citado por LUTZ e SCHANDLER (108), estudou a composiçâo<br />

quimica da matéria orgânica de solos florestais, até o Horizonte Br<br />

e os resultados obtidos constam do quadro que se segue.<br />

Composiçâo aproximada da matéria orgânica em um perfil d&<br />

solo florestal.<br />

Eter<br />

H2O<br />

Alcool<br />

Hemicelulose<br />

Celulose<br />

Lignina<br />

Proteina<br />

L<br />

6,7 '<br />

5,4<br />

6,1<br />

13,6<br />

13,7<br />

35,0<br />

6,1<br />

Ao<br />

F<br />

4,2<br />

5,1<br />

4,5<br />

11,7<br />

8,2<br />

45,9<br />

10,5<br />

H<br />

3,9<br />

4,1<br />

5,1<br />

10,6<br />

5,2<br />

49,5<br />

11,1<br />

Ai<br />

4,6<br />

4,7<br />

4,5<br />

9,9<br />

2,6<br />

50,0<br />

15,0<br />

A2<br />

3,4<br />

4,4<br />

1,8<br />

7,0<br />

1,0<br />

46,2<br />

17,5<br />

B<br />

1,0<br />

2,0<br />

0,5-<br />

3,8<br />

1,1<br />

32,3<br />

36,0<br />

Os resultados da fôlha anterior confirmam o noss oponto de vista,<br />

sobre a composiçâo quimica de matéria orgânica nos vârios horizontes.<br />

A quantidade de matéria orgânica solüvel solüvel em éter, âgua.<br />

e alcool, diminue com a profundidade.<br />

Hemicelulose e celulose diminuem com a profundidade, mas verificamos<br />

exceçôes a esta regra, em alguns horizontes.<br />

Segundo WATSON, citado por LUTZ e SCHANDLER — 108), a quantidade<br />

de lignina sempre diminue com a profundidade, mas näo podemos<br />

confirmar esta observaçâo de carâter gérai, porque verificamos que<br />

em alguns perfis a quantidade de lignina aumentou com a profundidade<br />

.<br />

E' mui to variâvel a quantidade de proteina nos vârios per f is, sem<br />

relaçâo com a profundidade.<br />

Esses resultados nos levam a supor haver urn acréscimo de lignina,<br />

de proteina na matéria orgânica do solo, com aumento da profundidade.<br />

Isto é devido, sem duvida, a maior resistência dessas substâncias<br />

à oxidaçâo e a açao dos microorganismos, fatores que de maneira<br />

mais energie a atuam sobre os demais constituintes da matéria<br />

orgânica. Esta parte da matéria orgânica é de dificil utilizaçâo, e, corn,<br />

o tempo, tende a aumentar percentualmente em relaçâo as outras<br />

partes.<br />

A coloraçâo dos extratos, etéreo, alcoólico e aquoso, diminue com.<br />

a profundidade, e em algumas amostras, por exemplo — W-34, W-35,<br />

em profundidade superior a 130 cm, apresentam-se incolores, e quando<br />

evaporado à sêco, dâo residuos brancos que expostos ao ar näo escurecem.<br />

BERZELIUS, MULLER, citados por WILLIAMS (136), e modernamente,<br />

este autor, fazem referêneias ao âcido crénico incolor, e baseadosneste<br />

trabalho estamos estudando a natureza dessas substâneias, assim<br />

como, os processos de sua formaçâo, o que sera óbjeto de um trabalho<br />

especial.<br />

GULLOWAY (35) realizou estudo sobre a composiçâo quimica, caracteristica<br />

morfológica e biológica dos "Raw Humus type" alcalinosi<br />

e âcidos.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 23*.<br />

Transcrevemos no quadro seguinte os resultados por êle obtido,<br />

comparando-os, ao mesmo tempo, com os resultados por nós obtidos:.<br />

Ster .. .<br />

Hemicelulose<br />

Proteina<br />

Celulose<br />

Cinzas •<br />

Lignina<br />

SOMA<br />

Estudado po5-<br />

Gulloway<br />

Alcalino<br />

0,31<br />

2,81<br />

2,47<br />

9,22<br />

14,67<br />

2,65<br />

38,52<br />

14,64<br />

85,11<br />

i<br />

Acido<br />

3,63<br />

5,67<br />

4,99<br />

7,26<br />

11,72<br />

6,37<br />

43,75<br />

4,55<br />

87,99<br />

V-i<br />

2,82<br />

4,48<br />

1,94<br />

4,34<br />

27,00<br />

2,82<br />

46,50<br />

89,90<br />

Nosso estudo<br />

W-3<br />

1,35<br />

5,05<br />

1,50<br />

3,89<br />

37,70<br />

3,38<br />

38,97<br />

97,64<br />

W-ll<br />

2,00<br />

1,47<br />

0,90<br />

2,41<br />

24,30<br />

4,30<br />

45,40<br />

Essa comparaçâo nos leva a admitir que a formaçâo de humus nos<br />

nossos solos é do tipo âcido.<br />

COMPOSIÇÂO QUÎMICA APROXIMADA DA MATÉRIA ORGÂNICA<br />

NA FRAÇÂO ARGILA<br />

A matéria orgânica humificada e mineralizada concentra-se em<br />

gérai na fraçâo argilosa, fato muito estudado.<br />

Na literatura consultada, achamos referências sobre o teor de carbono<br />

na fraçâo argila, porém, sobre a composiçâo quimica da matéria.<br />

orgânica na fraçâo argilosa, nâo encontramos dados.<br />

GELTZER, citado por HOPKINS (87), realizou estudos sobre a composiçâo<br />

da matéria 'orgânica na fraçâo argilosa. Segundo êle, o humus<br />

nâo é agregado da matéria orgânica total, mas somente a fraçâo<br />

combinada com a parte mineral do solo, formando agregados orgânominerais.<br />

Em 1950, ALESHIN e GRUPASHTNA (137) realizaram. estudos da matéria<br />

orgânica do solo coin auxilio do espectro fotômetro, em vârios<br />

solos inclusive terra vermelha, extrairam a matéria orgânica por<br />

HaOH e oxalato de sódio O,1N. Dividiram os coloides da matéria orgânica<br />

em duas partes, uma a que sai no primeiro ataque pelos solventes,<br />

e que existe na superficie dos coloides,<br />

e a outra que esta dentro dêsses coloides e que ^ ^<br />

é extraida após lavagem demorada do material ^ n<br />

prèviamente atacado por NaHO O,1N e depois <<br />

novamente atacado por esta soluçâo.<br />

Os mesmos autores apresentaram um es- .<br />

quema das ligaçôes dos compostos orgânicos,<br />

V Q ><br />

âcido humico com os alumosilicatos constituai- ^£<br />

tes de partes coloidal do solo: Q^<br />

80,70<br />

• / /<br />

c<br />

o* N<br />

i<br />

H<br />

•j<br />

'o xc-<br />

0 i<br />

H<br />

a


.234<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO BRASILEIEA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

As linhas pontilhadas sâo ligaçôes de hidrogênio.<br />

Nâo se encontrando, na literatura dados sobre a matéria orgânica<br />

retida na fraçâo argilosa, isto levou-nos a realizar estudos sobre este<br />

assunto. Näo dispondo de um dializador de Matson, utilizamos a argua<br />

obtida nos processus de anâlise mecânica, material que näo apre-<br />

.sen tasse condiçôes muito desejâveis.<br />

Como dispergente usamos principalmente NH4OH a 1 % e em<br />

alguns casos usamos carbonato de litio, quando tinhamos em mira<br />

dosar o N no material obtido.<br />

Reunimos na tabela seguinte os resultados obtidos.<br />

Composiçâo quimica aproximada da matéria orgânica na fraçâo<br />

argilosa (% da massa sêca do ar).<br />

C total<br />

N total<br />

C/N<br />

Eter<br />

Agua<br />

Alcool<br />

Hcmicelulose<br />

Celulose<br />

Proteina<br />

Lignina<br />

Solo<br />

3,25<br />

0,274<br />

11,86<br />

1,35<br />

5,05<br />

1,50<br />

3,89<br />

3,38<br />

37,70<br />

38,97<br />

W-3-1<br />

Argila<br />

3,24<br />

0,270<br />

11,86<br />

5,26<br />

2,21<br />

5,00<br />

1,30<br />

42,60<br />

43,70<br />

W-3-2<br />

Solo |<br />

1<br />

1,14<br />

0,154<br />

7,40<br />

1,85<br />

2,11<br />

0,18<br />

1,90<br />

2,40<br />

21,90<br />

34,30<br />

Argila,<br />

1,81<br />

0,135<br />

13,600<br />

1,62<br />

1,43<br />

3,34<br />

1,67<br />

23,36<br />

33,30<br />

Observaçâo: — Azoto e carbono foram determinados pelos métodos<br />

Kjeldahal e bicromato de potâssio, respectivamente, segundo técnica<br />

corrente nos laboratories solos.<br />

Vêse que a matéria orgânica da argila tem composiçâo semelhante<br />

a do solo natural. Na argila, encontram-.se maior proporçâo de<br />

quasi todos compostos orgânicos, avaliados pelo método aproximado<br />

de WAKMAN.<br />

No horizonte superior os elementos pesquisador encontram-se em<br />

maior proporçâo. Na superficie a atividade bacteriana é maior e os<br />

restos végétais, acham-se em maior proporçâo.<br />

INFLUÊNCIA <strong>DO</strong> CÂLCIO<br />

A adiçâo de câlcio sob a forma do CaO, Ca(OH)2 ou CaCO3, ao<br />

solo dâ origem a formaçâo de sais de câlcio dos âcidos orgânicos.<br />

SODASINVAN e SREENIASSAR (111), concluiram em seus estudos que<br />

os corretivos acima referidos podem flocular algumas partes do azoto<br />

orgânico da soluçâo do solo. Estas substâneias facilitam a decomposiçâo<br />

da matéria orgânica do solo, tornando o meio mais propicio ao<br />

desenvolvimento das bactérias.<br />

Sobre a influência da calagem na quantidade dos restos orgânicos<br />

•solûveis, hâ um trabalho de WAKSMAN e HUTCHINGS (117), eu ja con-<br />

•clusâo transcreveremos :<br />

"A calagem do solo provoca uma diminuiçâo das substâneias<br />

solûveLs em éter (extraidas de acôrdo com o esquema<br />

de WAKSMAN) e um aumento dos constituintes solûveis em<br />

âgua, nâo influindo na proporçâo dos constituintes das demais<br />

fraçôes".


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 235<br />

Transcrevemos, também, uma tabela organizada pelos citados<br />

investigadores, na quai os resultados sâo dados em porcentagens da<br />

matéria orgânica total do solo sêco ao ar:<br />

Solûvel em éter<br />

" " alcool<br />

" " âgua<br />

Hemicelulose<br />

Celulose<br />

Lignina<br />

Proteina<br />

SEM TKATAMENTO<br />

%<br />

5,67<br />

1,78<br />

1,84<br />

7,19<br />

3,64<br />

34,90<br />

34,61<br />

COM CAL<br />

Em trabalho que apresentamos na II Reuniâo de Ciência do Solo,<br />

sobre o titulo "CONTRIBUIÇÂO AO ESTU<strong>DO</strong> <strong>DO</strong> HUMUS BRASILEI-<br />

RO', estudamos detalhadamente o humus solûvel em âgua pelo método<br />

proposto por GEDROIZ, que consiste em oxidar o humus com<br />

KMnO4 e os resultados por nos obtidos nâo confirmam os resultados<br />

de WAKMAN e HUTCHINGS:<br />

Na tabela que se segue, mostraremos os resultados a que chegamos,<br />

nâo tecendo comentârios sobre os mesmos porque isto jâ foi objeto<br />

de trabalho a que jâ nos referimos.<br />

Arnos tra<br />

1.276<br />

1.277<br />

1.278<br />

1.279.<br />

1.280<br />

1.281<br />

Humus total<br />

%<br />

0,99<br />

4,40<br />

4,62<br />

5,26<br />

0,43<br />

1,83<br />

Humus<br />

solûvel em<br />

âgua<br />

%<br />

0,023<br />

0,029<br />

0,031<br />

0,031<br />

0,027<br />

0,028<br />

%<br />

0,74<br />

1,84<br />

3,58<br />

6,05<br />

2,45<br />

34,52<br />

34,48<br />

Humus solûvel em âgua %<br />

Solo + 3% CaO<br />

3 min. | 7 dias<br />

1<br />

0,0140<br />

0,0207<br />

0,0219<br />

0,0129<br />

0,0184<br />

0,0190<br />

0,0124<br />

0,0248<br />

0,0331<br />

0,0219<br />

0,0141<br />

0,0171<br />

Solo + 3% Ca(OH)2<br />

3 min. | 7 dias<br />

1<br />

0,0124<br />

0,0195<br />

0,0142<br />

0,0219<br />

0,0141<br />

0,0172<br />

0,0016<br />

0,0200<br />

0,0220<br />

0,0095<br />

0,0012<br />

0,0058<br />

WAKSMAN. isola o humus evaporando a sua soluçâo aquosa, pesando-o<br />

em seguida, enquanto GEDROIZ oxida a sua soluçâo por<br />

KMnO4 o que nos parece mais seguro.<br />

Por outro lado, as nossas experiências sobre a açao da cal foram<br />

feitas de modo diferente. Enquanto WAKSMAN USOU solo que sof reu<br />

açâo corretiva da cal hâ muitos anos, e comparou tais resultados<br />

obtidos com os dos solos que nâo sofreram tratamento. Nos simplesmente<br />

tratamos o solo com suspensào de cal durante très minutes


236<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

umas amostras e sete dias outros, dai termos chegado a conclusao diversa<br />

daqueles investigadores.<br />

WAKSMAN também nâo levou em consideraçâo o efeito dos microorganismos<br />

do solo que deviam ter agido melhor nos solos tratados<br />

com câlcio, nos quais houve por certo maior transformaçâo ds restos<br />

orgânicos.<br />

FÓSFORO NA MATÉRIA ORGÂNICA<br />

Nâo esta bem esclarecido as formas sob as quais o fósforo se encontra<br />

no solo, havendo, entretanto, abundante literatura sobre este<br />

assunto.<br />

SHOREY da fraçâo da matéria orgânica<br />

âcido nucleico, isolou purina e pirimidina.<br />

que denominou fraçâo-<br />

WRENSHALL è KIBBIM também separaram a fraçâo âcido nucleico<br />

e segundo êles, 65 % do fósforo orgânico total esta compreendido nesta<br />

fraçâo.<br />

Jâ PREVIOSLY e AUTEM acham que a fraçâo âcido nucleico encerra<br />

sômente uma pequena proporçâo de fósforo do solo.<br />

WRENSHALL, DYER e SMITH verificaram que nucleotidos e âcidos.<br />

nucléicos, sâo decompostos quando adicionamos à cultura e mareia.<br />

FITINA foi mencionada por SCHREINER como uma das possiveis formas<br />

de fósforo no solo. Esta substância tem sido objeto de pesquisa.<br />

no solo (YOSHIDA — 112).<br />

WILLIAMS citado por ROBINSON (123) julga que a maior parte do<br />

fórforo, dos solos âciaos é solûvel em NaOH, a parte nâo solüvel é<br />

provàvelmente apatita.<br />

DAVRISCHEW citado por MAINWALD (38), especialmente nos solos<br />

da Russia, realizou estuaos sobre o fósforo solüvel em 1 % de NaOH.<br />

Atacou o solo por NaOH a 1 %. O filtrado foi acidulado para precipitaçâo<br />

dos insoiüveis em âcido e em seguida determinado o P2O5 no<br />

f iltrado e no precipitado. Os resultados constam do quadro abaixo —<br />

P2OD em mg por 100 g de solo.<br />

Total de P2O5 em soluçâo<br />

no NaOH a 1%<br />

No f iltrado<br />

No precipitado<br />

Chernosien<br />

Samara<br />

0,59<br />

0,35<br />

0,24<br />

Podsol de<br />

Moscou<br />

0,87<br />

0,27<br />

0,59<br />

Solo de Suchum<br />

Para nós os mais valiosos sâo os da terra de Suchum, sul do Câucaso,<br />

regiâo que mais se assemelha aos solos tropicais, sâo solos vermelhos<br />

lateritizados.<br />

Também YASHIDA (112) aplicou método semelhante ao de Devrischewa<br />

a solos do Japâo e estudou a parte do P2O5 solüvel em NaOH a<br />

1 % no f iltrado âcido obtido dosou fósforo orgânico e inorgânico. Os;<br />

dados constam da tabela seguinte:<br />

0,84<br />

0,35<br />

0,46


Honokoa<br />

Kowa<br />

Solo<br />

Da Universidade<br />

ANAIS DA TERCEIRA REÜNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 237<br />

F2O0 no extrato<br />

NaOH<br />

164<br />

196<br />

423<br />

P2O5 no alfa<br />

humus<br />

12<br />

8<br />

2<br />

Total<br />

152<br />

188<br />

421 •<br />

P2O3 no filtrado âcido<br />

Inorgânico | Orgânico<br />

Conclue-se dos dados acima que a quasi totalidade de P2O5 soluvel<br />

no NaOH encontra-se no filtrado âcido. j<br />

Nâo é possivel comparar o P2O5 solûvel em NaOH de vârios solos,<br />

pois hâ grandes diferenças entre êles.<br />

DE TURK (132), para solos de Ilinois (USA) determinou que o<br />

fósforo orgânico, de solos pobres em matéria orgânica, représenta 30 %<br />

do fósforo solüvel em NaOH. YOSHIDA, achou diferenças nos très solos<br />

examinados. No solo da Universidade o fósforo orgânico représenta<br />

aproximadamente 10 % de fósforo solüvel em NaOH, enquanto para<br />

o solo de Honokoa êle représenta mais ou menos 64 % e nos solos de<br />

Kowa aproximadamente 65 % .<br />

Procuramos comparar o fósforo solüvel em NaOH a 2 % com o<br />

fósforo extraido com soluçâo a 10 % de âcido cloridrico a quente.<br />

O solo foi atacado por NaOH fiitrado, neutralizado por H2SO4 e<br />

separado o alfa humus. (WAKSMAN) . O fósforo na soluçâo alcalina,<br />

no precipitado e no filtrado âcido do alfa humus, foi dosado e os re-<br />

-sultados comparados com o fósforo solüvel em âcido cloridrico a 10 %.<br />

N.° amostra<br />

2.763<br />

2.797<br />

2.799<br />

2.803<br />

2.804<br />

% de P2O5 solüvel<br />

0,0279<br />

0,0159<br />

0,0198<br />

0,0100<br />

0,0640 -<br />

% de P2O5 no<br />

alfa humus<br />

0,0054<br />

0,0034<br />

0,0062<br />

0,0050<br />

0,0020<br />

% P2O5 no fil-<br />

• trado âcido<br />

0,0225<br />

0,0125<br />

C,0136<br />

0,0050<br />

0,0620<br />

55<br />

62<br />

358<br />

97<br />

126<br />

36<br />

% P2O1 solûvel<br />

em HCI a 10%<br />

Os resultados por nós obtidos mostram que o fósforo no alfa humus<br />

esta em menor proporçâo do que no filtrado âcido.<br />

O fósforo dissolve-se em maior proporçâo no HCI do que no NaOH,<br />

entretanto, na amostra 2.804 aaçâo disolvente das soluçôes sobre o<br />

fósforo foi a mesma.<br />

Pensamos que o fósforo sob a forma de nucleoproteina pode ser<br />

îsolado da seguinte maneira: o solo é prèviamente extraido com éter de<br />

petróleo, em seguida, tratado por uma soluçâo diluida de sulfato fér-<br />

Tico e depois com uma soluçâo de NaOH. Julgamos que o fósforo que<br />

passa em soluçâo no NaHO, acha-se sob a forma de nucleproteina.<br />

Pelo método descrito, encontramos 0,0029 % de fósforo solüvel em<br />

TSTaOH em solo de Minas Gerais, tendo 0,23 % de fósforo total.<br />

YOSHIDA (112) nâo conseguiu isolar do extrato alcalino do solo,<br />

âcido nucléico, mas sim inositol combinado com uma molécula de<br />

écido fosfórico que obteve em estado cristalino, parecendo ao referido<br />

0,119<br />

0,108<br />

0,109<br />

0,058<br />

0,061


238<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

ïnvestigador que este âcido inositol fosfórico, acha-se no solo sob a.<br />

forma de sal de amônio, representando o fósforo ligado ao inositol, uma<br />

parte de fósforo orgânico do solo.<br />

PODEK ADSORVENTE DA MATÉRIA ORGÂNICA<br />

PURI (126), em seu modernissimo trabalho escreve: "O humus de<br />

solo, solüvel em alcalis, constitue um grupo de substâneia distinta<br />

do resto da matéria orgânica".<br />

A mais importante propriedade comum dêste grupo é que seus<br />

membros como acidoides, exibem propriedades âcidas, e seus sais sâo<br />

altamente dispersaveis em âgua.<br />

ALESHIN e GUPASHINA (137) realizaram extenso estudo sobre a<br />

influência de sais de sódio na solubilidade da matéria orgânica do solo><br />

e chegaram a mesma conclusâo de PURI.<br />

PURI (126), realizou estudos sobre a influência de alguns compostos<br />

de sódio na solubilidade da matéria orgânica, chegando a conclusâo<br />

de que havia sensivel diferença e que a extraçâo é mais eficiente<br />

quando empregamos NaOH a 70°C. Em nossos trabalhos, seguimos<br />

esta indicaçâo.<br />

Hâ muito que se conhece o processo de extraçâo da matéria orgânica<br />

por alcalis, e inûmeros processos sâo baseados nesta propriedade.<br />

Entretanto, esta extraçâo nâo nos permite ter uma idéia sobre<br />

o carbono solüvel e insolüvel porque cada método nos conduz a resultado<br />

diferente. assim, pode-se obter 20 % a 31,7 % para o carbono<br />

insolüvel a 61 % a 80 % para o carbono solüvel.<br />

GILLAM (109), realizou estudos sobre o poder adsorvente da matéria<br />

orgânica da fraçâo alfa humus. Separou alfa humus tratando<br />

o solo com NaOH a 5 % e em seguida precipitou-o corn âcidos minerais<br />

e estudou o seu poder adsorvente.<br />

Nos seguimos uma orientaçâo um pouco diferente. Extraimos o<br />

humus com NaOH a 2 %, aquecemos a soluçâo até 70°C e precipitamos<br />

o alfa humus, com âcidos minerais, ora com H2SO4 ora com HC1.<br />

Usamos âcido sulfürico quando determinamos carbono no filtrado e<br />

no alfa humus. Assim determinamos o carbono, azoto e a capacidade<br />

de troca nos solos natural, no alfa humus e na soluçâo.<br />

Para determinaçâo da capacidade de troca o material foi lixiviado<br />

com NH4C1 ou HC1 0,5N, saturado corn acetado de câlcio e lavadocom<br />

âgua para eliminar o excesso de cal O câlcio fixado foi deslocado<br />

por CH3COO.NH4 e determinado volumètricamente na soluçâo.<br />

Estas experiências foram realizadas em todo o perfil até 200 cm<br />

de profundidade e, na fraçâo argilosa.<br />

Os resultados acham-se reunidos na tabela abaixo:<br />

Relaçâo C/N e capacidade de troca no perfil W-3, em % do solo<br />

sêco ao ar.<br />

Material<br />

Argila W-3-2<br />

Solo W-3-1...<br />

" W-3-2...<br />

" W-3-3...<br />

» W-3-4...<br />

" W-3-5...<br />

C<br />

1,81<br />

3,25<br />

1,14<br />

1,01<br />

0,82<br />

0,39<br />

Soio natural<br />

1<br />

0,135 | 13,0<br />

0,274 11,8<br />

0,154 7,4<br />

0,118 8,7<br />

0,077 10,6<br />

0,045 8,7<br />

0,037<br />

0,006<br />

0,010<br />

0,016<br />

0,014<br />

C<br />

0,852<br />

1,41<br />

1,48<br />

0,85<br />

0,49<br />

0,16<br />

Wo alfa humus<br />

N C/N<br />

1<br />

0,034 25,0<br />

0,114 1 12,3<br />

0,095 15,6<br />

0,009<br />

0,008 1 —<br />

Traç. I —<br />

Comp<br />

sort.<br />

0,1189<br />

0,0785<br />

0,0909<br />

0,0250<br />

Trag.<br />

C<br />

No<br />

0,594<br />

0,590<br />

0,545<br />

0,240<br />

0,180<br />

Trag.<br />

filtrado<br />

N<br />

0.114<br />

0,107<br />

0,024<br />

0,020<br />

0,017<br />

Os dados mostrados na tabela acima apresentada, dispensa qualquer<br />

explicaçâo.<br />

C/N<br />

5.9<br />

5,9<br />

22,6<br />

12,0<br />

10,6


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 239-<br />

Muito interessante é a observaçâo da coloraçao do filtrado. Este<br />

é muito mais colorido na superficie e quasi incolor (amarelo claro)<br />

em grande profundidade.<br />

VAGELER (19), em solos das zonas subtropicais, observou que o<br />

humus das camadas inferiores apresentam-se incolor, fato que nos<br />

também constatamos. A coloraçao dépende da quantidade de matéria<br />

orgânica e dos processas de oxido-reduçâo.<br />

No filtrado do alfa humus, contendo âcido fulvico de Sven Oden,,<br />

determinamos o nitrogênio, carbono e fósforo.<br />

No horizonte W-3-2, também determinamos açûcares redutores,.<br />

seguindo micrométodo do A.O.A.C. (23), éncontrando 1,72 % de açûcares<br />

redutores, enquanto a determinaçâo do solo, segundo o esquema<br />

de WAKSMAN, encontramos 1,9 % de Hemicelulose e 2,4 % de celulose.<br />

ùltimamente PONOMAREVA (129) estabeleceu urn método para separar<br />

os constituintes do âcido fûlvico, âcido crénico e apocrénico, e<br />

ainda determinando a composiçâo elementar dêsses âcidos.<br />

Acido apocrénico<br />

Cvnzas<br />

5,4<br />

3,9<br />

C<br />

50,4<br />

44,6<br />

H<br />

5,0<br />

5,1<br />

O<br />

42,1<br />

48,1<br />

N<br />

2,5<br />

2,2<br />

pH<br />

3,26<br />

2,80<br />

Capacidade de<br />

troca ME %<br />

PURI (126) determinou a temperatura na quai a matéria orgânica<br />

do solo é destruida, chegando a conclusâo que o ponto critico é<br />

a mais ou menos a 400°C.<br />

15-<br />

14 -<br />

^12.<br />

J/nfluêncla da temperatura na destruiçdo<br />

da rncttéria oroânica. no solo.<br />

io -<br />

'o ô -<br />

«y<br />

»-6-I<br />

4 -<br />

2-<br />

I<br />

10O<br />

2OO 3OO •4OO 5OO<br />

T&rrfpetcitara. am<br />

700<br />

500


240<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Aplicamos o processo de PUBI, com amostras do solo W-3-1, determinamos<br />

os seguintes pontos:<br />

Perda de peso da amostra sêca do ar :<br />

100°C 3,12 %<br />

200°C 8,80 %<br />

300°C 10,85 %<br />

400°C 14,50 %<br />

500°C 14,95 %<br />

Acima de 600°Ç, a perda de peso foi muito pequena apresentando<br />

•este solo coloraçâo vermelha e sem indicios de matéria orgânica. Concluimos<br />

que o ponto critico encontra-se entre 400- a 500°Ç, mais proximo<br />

de 400°C.<br />

EXTRAÇÂO <strong>DO</strong> AZOTO <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> POR VÂEIOS SOLVENTES<br />

Segundo WAKSMAN (36), o azoto solüvel em âgua nâo é proteico,<br />

este solubiliza-se em HCI e H2SO4.<br />

Submetemos o solo a açâo de âgua, âcido cloridrico a 2 % e a âcido<br />

sulfûrico a 85 %, e nas soluçôes obtidas determinamos o azoto pelo<br />

método KJEHLDAHL:<br />

Dissolvente<br />

Solo<br />

Solûvel em âgua<br />

Solûvel em CHI a 2%<br />

Solüvel em HjSOi a 85%<br />

N % da terra<br />

sêca ao ar<br />

0,1350<br />

0,0350<br />

0,0440<br />

0,0293<br />

N % proteico na<br />

terra sêca ao ar<br />

0,0275<br />

0,0183<br />

Aproximadamente 80 % do azoto total, foi extraido pelos solventes<br />

"mencionados.<br />

TANTNOS<br />

Estudando os trabalhos de MÀIWALD (38), sobre matéria orgânica<br />

•do solo, fomos levados a pesquisar taninos nos nossos solos. Para isto,<br />

tratamos o solo com alcool etilico a temperatura de banho-maria, e o<br />

extrato alcóolico obtido, foi evaporado, o residuo tratado com éter eti-<br />

"lic e em seguida com âgua. A soluçâo obtida por filtraçâo, foi concentrada<br />

em banho-maria; adicionamos (CH3COO)2Bb, tendo havido for-<br />

"maçâo de um pequeno precipitado. Infelizmente, a pequena quantidade<br />

de precipitado obtido nâo nos permitiu realizar um mais detalhado estudo.<br />

PROTEINAS SOLÙVEIS EM ÂGUA<br />

RUSSEL (6) afirma que nos solos nâo existem proteinas solûveis<br />

em âgua. WAKSMAN (36), cita o trabalho de SMUK, O quai menciona<br />

ter encontrado em zonas de terras lateritizadas da Russia, que 19,1 %<br />

do N total é solûvel em âgua.<br />

Procuramos verificar nos nossos solos, a presença de proteinas solûveis<br />

em âgua. Para isso, tratamos 200 g de terra com 500 ml de âgua<br />

fria durante 24 a 38 horas, e no extrato aquoso, claro mas com leve<br />

opalecência, adicionamos Na2CO3 e levamos a ebuliçâo, da quai foi man-<br />

;tida até o destilado nâo dava coloraçâo com reativo de NESSELER. Em


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 241<br />

seguida adcionamos ao extrato KMnO4 alcalino e prosseguimos a ebuliçâo.<br />

O destilado foi recebido em vârios tubos de ensaio aos quais se adicionou<br />

reativo de NESSELER. Comparados, com um tubo idêntico contendo<br />

âgua distilada e a mesma quantidade de reativo de NESSELER, näo<br />

apresentaram coloraçâo que nos levasse a admitir a presença, no distilado,<br />

de NH4OH, a nâo ser, em traços insignifiantes.<br />

Procuramos, também, separar as proteinas solûveis, adicionando<br />

ao extrato aquoso, âcido tricloro acético. O precipitado obtido foi recolhido,<br />

lavado e submetido ao processo de KJEHLDAHL. OS resultados<br />

foram um pouco mais significativos do que no primeiro processo, acima<br />

citado, mas nâo de molde a nos permitir afirmar, de modo peremptório,<br />

a presença de proteinas solûveis no solo.<br />

Encetamos no laboratório da Divisâo de Quimica Agricola, o estudo<br />

qualitativo dos constituintes da matéria orgânica do solo, e citamos<br />

alguns dêsses constituintes identificados :<br />

1) Esterois — isolados da fraçâo éter, sulfürico e éter etilico por<br />

processos empregados no estudo das substâncias graxas, tendo sido<br />

obtidos cristais dessas ubtâncias graxas, tendo sido obtidos cristais dessas<br />

substâncias;<br />

2) Vârios âcidos graxos foram isolados das fraçôes éter sulfürico<br />

c éter etilico, assim como da soluçâo alcalina diluida, resultante do<br />

tratamento do solo por alcalis. Foram isolados o ââcido esteârico, oxiesteâfico<br />

e palmitico, assim, como âcido de peso molecular inferior, de<br />

odor intenso, parecendo-nos tratar de capróico;<br />

3) Taninos foram isolados por métödos j referidos em outro local;<br />

4) Da fraçâo éter de petróleo, por evaporaçâo é retomada do residuo<br />

por éter sulfûrico anidro obtivemos um residuo, o quai oxidado,<br />

deu reaçâo do anion fósforico o que nos levou a admitir que este fósforo<br />

acha-se ligado a algum lipoide fosfarado. Resultado idêntico foi<br />

obtido seguindo-se uma marcha indicada por WATIEZ — STERNON.<br />

5) Outro fósforo que nos pareceu pertencer a nucleo-proteina ou<br />

fosfo-proteina foi isolado conforme indicamos em outro local;<br />

6) Da fraçâo alcoólica, obtivemos cristais de uma substância de<br />

açâo redutora sobre o Fehling e dando a reaçâo de MOLISH, cujo poder<br />

redutor näo sofreu alteraçâo quando a sua soluçâo acidificada foi mantida<br />

em banho-maria, parecendo-nos tratar de um açûcar redutor simples;<br />

7) Proteinas solûveis em âgua, conforme métodos indicados em<br />

outro local;<br />

5) Outro fósforo que nos pareceu pertencer a nucleo-proteina ou<br />

fosfo-proteina foi isolado conforme indicamos em outros local;<br />

6) Da fraçâo alcóolica, obtivemos cristais de uma substância de<br />

açâo redutora sobre o Fehling e dando a reaçâo de MOLISH, cujo poder<br />

redutor näo sofreu alteraçâo quando a sua soluçâo acidificada foi mantida<br />

em banho-maria, parecendo-nos tratar de um açûcar redutor<br />

simples;<br />

7) Proteinas solûveis em âgua, conforme métodos indicados em.<br />

outro local;<br />

8) Procuramos verificar fenois livres nos solos, havendo para<br />

isso empregado vârios processus indicados na literatura ou modificados<br />

por nos, mas sempre obtivemos resultados negativos.<br />

Investigadores como SMUK, SCHREINER é SHOREY para a separaçâo<br />

de compostos orgânicos do solo usaram quantidades grandes de solo,<br />

30 quilos mais ou menos, ao passo que nossas condiçôes de laboratório,<br />

nâo nos permitiu trabalhar com quantidades superiores a 200 gramas.<br />

A teoria da lignina-humus de WAKSMAN, tem sido criticada ùltimamente<br />

por cientistas europeus, principalmente russos. Julgam que


242 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

em conseqüência de récentes estudos, a teoria da lignina-humus, nâo<br />

pode ser aplicada à formaçâo do humus no solo. Por exemplo — Ko-<br />

NONOwa, citado por SMUK (124), realizou durante vinte anos estudos<br />

sobre etapas da decomposiçâo das plantas nâo só com auxilio do microscópio<br />

corao por métodos quimicos, demonstrando que a formaçâo<br />

de humus no solo se inicia muito antes da decomposiçâo dos.tecidos<br />

végétais que possuem lignina. Verificou ainda que em primeiro lugar<br />

forma-se humus nos tecidos que se achàm próximos das células parênquimatosas<br />

e que este produto de decomposiçâo tem estrutura quimica<br />

muito parecida com a do âcido hümico e quimciamente se relaciona<br />

a pirocatequina ou a âcidos delà derivados.<br />

TURIN é de opiniâo que o âcido fülvico é o resultado da condensaçâo<br />

de âcidos urônicos e hidratados de carbono juntos a produtos<br />

de decomposiçâo dos compostos albuminoidicos.<br />

DRAGUNOW, concluiu de suas investigaçôes que o humus é o resultado<br />

da condensaçâo de heterociclicos de peso molecular variado, os<br />

quais podem ser separados devido suas diferentes solubilidades.<br />

ALEXANDROVA mostrou que o âcido fûlvico só se forma na primeira<br />

etapa da formaçâo do humus.<br />

SHMTJK (124) concluiu de suas investigaçôes que o âcido hümico<br />

tem grupos carboxilicos e nûcleos benzóicos com radicals laterais,<br />

grupos fenólicos, hidroxilicos e metoxilicos mas nâo possue grupos aldeidicos<br />

ou cetônicos livres.<br />

INFLUÊNCIA DA MATÉRIA ORGÂNICA NA FERTILIDADE <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> • '<br />

E' de grande importância o papel que desempenha a matéria orgânica<br />

na fertilidade do solo e os resultados que conhecemos de inümeras<br />

experiências evidenciam o seu valor.<br />

Vârios sâo os pontos de vista em que pode ser estudada a matéria<br />

orgânica:<br />

1) Como fonte de nütrientes;<br />

2) A dependência dos microorganismos da sua quantidade;<br />

3) O seu papel de fixadora por adsorçâo dos importantes elementos<br />

do solo, que se perderam por lixiviaçâo, caso ela nâo estivesse<br />

presente;<br />

4) Sua fixaçâo pelo câlcio que atua como elemento fixador, neutralizando<br />

e floculando a matéria orgânica • apos a sua decomposiçâo<br />

impedindo assim, o seu arrastamento para as camadas inferiores do<br />

solo;<br />

5) O papel da matéria orgânica na modificaçâo da estutura do<br />

solo; .<br />

6) A cor da matéria orgânica promovendo a absorçâo e condensaçâo<br />

da energia solar; .<br />

7) Sua açâo de fornecedora de âcidos orgânicos e inorgânicos,<br />

capazes de facilitar a solubilizaçâo de elementos nutritivos ûteis aos<br />

végétais e etc.<br />

A matéria orgânica como fonte de nutrientes é por demais conhecida.<br />

E é, por esta virtude somente, que a maioria de nossos agricultores<br />

a aproveita, quer incorporando ao solo os rësiduos végétais,<br />

quer aplicarido em suas lavouras es'têrco de curraï, compostos ou outros<br />

restos da indüstria agricola!<br />

A matéria orgânica como alimento e ambiente a vida dos microorganismos,<br />

ficou bem estudada no capitulo 3.° e outros, desta contribuiçâo.<br />

O seu papel fixador de elementos nutritivos solubilizados no solo,<br />

por adsorçâo, tem um valor prâtico extremamente alto e, experiências<br />

jâ por demais conhecidas mostram a diferença de adubaçâo quimica<br />

com sais solûveis em presença e na ausência de matéria orgânica adi-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 243<br />

cionada ao solo. Os sais solûveis nâo encontrando coloides orgânicos<br />

em abundância, ou mesmo com material orgânico capaz de os absolver,<br />

ou sâo consumidos pela planta ou sâo arrastados para o sub-solo,<br />

quando nâo fixados no complexo.<br />

A açâo do câlcio como fixador da matéria orgânica, jâ foi estudada<br />

por este laboratório e mereceu capitulo especial em nossa publicaçâo<br />

— "O CALCIO NA AGRICULTURA" — (2). Os dados por nós<br />

colhidos estâo a indicar que mais de 90 % de nossos solos necessitam<br />

de correçâo de acides.<br />

A matéria orgânica humificada, eu jas micelas possuem carga negativa,<br />

tem esta carga neutralizada pelos ions de câlcio e sua micela,<br />

portanto, flöculada e impedido o seu arrastamento para o subsolo por<br />

lixiviaçâo.<br />

A matéria orgânica contribue para dar ao solo uma estrutura ' esponjosa,<br />

melhorando o seu arejamento, facilitanào a penertaçâo e a<br />

fixaçâo de âgua e dos elementos nutritivos.<br />

RÜSSEL (6) constatou em experiências realizadas em Rothamsted,<br />

a grande influência que a matéria orgânica exerce no regime da âgua<br />

do solo. Tomando dois talhöes com quantidades de elementos nutrificantes,<br />

a urn dêles adicionou como adubaçâo orgânica, estêrco, enquanto<br />

ao outro, nada adicionou. O desenvolvimento das plantas nêsse<br />

Ultimo talhâo foi inferior ao do primeiro, principalmente devido a<br />

falta de umidade retirada no solo, o que impedia que as plantas recebessem<br />

os elementos minerais necessârios sao seu desenvolvimento.<br />

Verificou ainda o citado autor que o solo enriquecido com matéria orgânica,<br />

no periodo sêco, ainda, tinha mais très a quatro por cento de<br />

âgua que o solo testemunha.<br />

Reproduzimos a segùir o grâfico mostrado por RÜSSEL (16), felacionando<br />

a umidade com o tempo, em talhôes adubados ou nâo com<br />

estêrco:<br />

30<br />

•n<br />

I 20<br />

S<br />

—• —<br />

f/<br />

• 0/ ^4<br />

/J \ \ \ A \<br />

Jun. Jul. A g. Set. Out. Nov. Dez. Jan. Mar. Ahr. Maio<br />

-I9I3<br />

I9I4-<br />

Curvas mostrando a porcentagem de umidade em dois solos de experimentos<br />

vizinhos um dos quais recebe, anualmente estêrco enquanto o outro näo.<br />

(Campo de Rothamsted)<br />

Vê-se que o solo mais rico em matéria orgânica manteve-se sempre<br />

com teor de umidade mais elevado e que esta, em ambos os casos<br />

\


244<br />

ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> BRASILËIRA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

variou nas diversas épocas do ano. No periodo mais sêco na Europa,<br />

de Julho a agôsto, esta diferença atingiu a 100 % ROEMER e SCHEFFER,<br />

citado por HERRERA (50), também realizaram experiências durante<br />

très anos, sobre a influência do estêrco no regime da âgua no solo,em<br />

camadas a 30 e 60 cm de profundidade. a seguir os resultados encontrados<br />

:<br />

Profundidade 30 cm 60 cm<br />

Adubaçâo com estêrco 19,88 19,79<br />

Adubaçâo seiri estêrco 18,79 19,33<br />

Diferença + 1,09 + 0,46<br />

Toneladas por hectare 32,70 13,80<br />

F. MARTIM, citado por HERRERA (50), obteve os mesmos resul tados<br />

na camada de solo de 25 cm de profundidade, em canteiros adubados<br />

com adubaçâo verde, e a diferença a seu favor, foi de 26,1 toneladas<br />

por hectare.<br />

Sobre o mesmo assunto BAVER (81), realizou uma série de experiências<br />

e os resultados obtidos estâo resumidos no quadro que se<br />

segue :<br />

Solo argiloso<br />

Solo<br />

Areia de quartzo<br />

Turf a compacta<br />

Turf a<br />

Turf a vermelha<br />

Solo argiloso -f- turf a 1:1..<br />

Solo argiloso ••;• turfa 4:1..<br />

Areia + turfa 1:1<br />

Areio + turfa 4:1<br />

Cap. hidrica<br />

(•wmwL. maxima)<br />

1.0057<br />

44,30<br />

28,30<br />

374<br />

289<br />

114<br />

57,30<br />

89,10<br />

47,80<br />

Umidade<br />

equivalente<br />

20.20<br />

166<br />

122<br />

110<br />

1,40<br />

31<br />

21,60<br />

12,70<br />

5,60<br />

Po


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 245<br />

A matéria orgânica melhora a estrutura do solo, ora ligando solos<br />

muito soltos, ora abrindo os solos muito pesados.<br />

Êste fato por nós conhecido e aplicado, tem sua comprovaçâo em<br />

BAVER (81) que cita experiências delLMEtfiEw, MARSHAL, NORTON, WIL-<br />

LIAMS, SOKOLOVSKY, BERTRAMSON, RHODES e outros todos mostrando<br />

como a matéria orgânica influe na estrutura do solo.<br />

Da inspecçao dos resultados de milhares de anâlises realizadas<br />

pela Divisâo de Quimica Agricola, em solos provenientes de tôdas as<br />

zonas, ficou evidenciado a pobreza dos referidos solos, em todo Estado<br />

de Minas Gérais, de matéria orgânica, relativamente aos solos de outros<br />

paises. A conservaçâo da matéria orgânica dos nossos solos é problema<br />

de grande importância. Os restos végétais incprporados ao solo sâo ràpidamente<br />

decompostos, pouco contribuindo para a formaçâo da réserva<br />

de humus.<br />

Transcrevemos o que dissseram CAMARGO e VALEGER (82) sobre o<br />

assunto:<br />

"Junta-se a isso a circunstância de ocorrer nos solos tropicais<br />

e subtropicais sob a influência de temperatura muito.<br />

elevada a superficie do solo nâo protegida contra os raios solares<br />

e os grâus de umidade temporàriamente altos, uma decomposiçâo<br />

muito ràpida da substância orgânica, quer se ja<br />

de humus natural, quer seja da adubaçâo orgânica de qualquer<br />

espécie administrada'\<br />

Ainda do mesmo autor, transcrevemos:<br />

1 "As anâlises. do Institute Agronômico de Campinas mostram<br />

que, por exemplo, na formaçâo caiuâ, em dois anos de<br />

cultura apenas o teor decresceu em 95 %. A questâo até que<br />

ponto cooperaram nessa intensa decomposiçâo do humus,<br />

além dos fatores microbiológicos, as influências foto quimica,<br />

talvez processo de oxidaçâo catalizada pelos hidróxidos de<br />

ferro e titânio, nâo pode ser considerada como definitivamente<br />

esclarecida, requerendo ainda, pesquisas expérimentais".<br />

Infelizmente, nos nâo temos outros dados sobre a perda da matéria<br />

orgânica em outras formaçôes geológicas, mas talvez esta nâo<br />

seja tâo grande como na formaçâo caiuâ, mas deve ser sempre grande.<br />

Torna-se necessârio portanto estudar métodos para compensar<br />

estas perdas, além disso os terrenos mineiros sâo pobres em elementos<br />

necessârios ao desenvolvimento dos végétais e a pràtica de adubaçâo<br />

nâo é ainda muito generalizada. Esta, quando feita, limita-se quasi<br />

que exclusivamente ao uso de adubos quimicos, que embora contribuindo<br />

para o aumento das colheitas, nâo contribuem para a conservaçâo<br />

da matéria orgânica no solo.<br />

CAMARGOS e VAGELER (82), referindo-se ao emprêgo de adubos artificiais,<br />

dizem:<br />

"A adubaçâo puramente artificial de um solo esgotado de<br />

substâncias orgânicas (excetuando-se os barros vermelhos dos<br />

climas muito ûmidos) näo produz nos trópicos resultado<br />

duradouro, sem que haja conservaçâo do humus".<br />

Résulta com o correr dos tempos, das terras cultivadas um empobrecimento<br />

gradativo da matéria orgânica e conseqüentemente mineralizaçâo<br />

do solo. Torna-se necessârio o emprêgo de prâticas que contribuam<br />

para o aumento da matéria orgânica de nossos solos. Näo<br />

podemos deixar de pensar sèriamente na prâtica das adubaçôes verdes


246 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO BRASJLEIRA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

com leguminosas e nas adubaçôes com estêrco ou com outros residuos<br />

orgânicos.<br />

Com estas prâticas, introduzimos no solo uma massa considerâvel<br />

de substâncias orgânicas, aptâ a ser trabalhada pelos microorganismos,<br />

facilitando a proliferaçâo dêsses e modificando de maneira favorâvel,<br />

como jâ ficou dito, até as propriedades fisicas do solo.<br />

As diferenças entre os adubos verdes e o estêrco podem ser resumidas<br />

da seguinte maneira: Os végétais ingeridos pelos animais,<br />

sofrem nos tubos digestivos dêstes uma profunda alteraçâo, possuindo<br />

as suas dejeçôes, composiçâo qualitativa e quantitativa diferentes das<br />

substâncias ingeridas.<br />

Na prâtica agricola, essas dejeçôes permanecem nas esterqueiras<br />

onde sâo submetidas a processus microbianos, sofrendo uma avançada<br />

decomposiçâo. Quando adicionadas ao solo os processus microbianos<br />

continuam e só entâo a matéria orgânica se encontra em condiçôes de<br />

contribuir para a vida dos végétais.<br />

A composiçâo quimica da massa proveniente da adubaçâo verde,<br />

é muito diferente da dos estêrcos provindos dos animais.<br />

Todos os elementos de que se constituem os végétais sâo restituidos<br />

ao solo, arhbiente em que se efetua a açâo dos microorganismos.<br />

A composiçâo quimica de uma planta dépende da idade. As mais<br />

jovens sâo mais ricas em elementos mais assimilâveis, nas mais yelhas,<br />

predominam os tecidos mais lignificados, de difïcil decomposiçâo.<br />

HASELHOFF e BLANK (71) fizeram um estudo comparativo dos elementos<br />

nutrificantes do estêrco e do adubo verde.<br />

Vemos que a adubaçâo verde fornece ao solo, quantidades quasi<br />

équivalentes de elementos nutrientes do que o estêrco e em aigus casos,<br />

quantidades um pouco maior.<br />

ESTÊRCO<br />

A composiçâo do estêrco varia muito assim como é muito variâvel<br />

a quantidade produzida por diferentes animais.<br />

Segundo HALFF, citado por HASELHOFF e BLANK (71), a quantidade<br />

média de estêrco produzida por diferentes animais domésticos é a<br />

seguinte :<br />

Cavalo 90, boi 140, carneiro 9, porco 20, durante um ano por<br />

100 quilos de peso vivo.<br />

A composiçâo quimica dos escrementos de animais domésticos<br />

varia muito, e de acôrdo com os dados coligidos em CUNHA (62), SALT-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 247<br />

, SCHOLLENBERG (80), apresentamos a seguir analyses de esclementos<br />

de animais domésticos mais comuns:<br />

Agua %<br />

Mat. org. %<br />

Azoto %<br />

PîOe %<br />

K;O %<br />

Bovino<br />

69,70<br />

16,61<br />

0,48<br />

0,75-0,25<br />

0,50-0,55<br />

•<br />

Cavalo<br />

65,34<br />

19,16<br />

0,80-0,61<br />

0,25-0,30<br />

0,50-0,56<br />

Ovelha<br />

61,60<br />

34,50<br />

0,82<br />

0,21<br />

1,50<br />

Aves<br />

56,70<br />

39,00<br />

1,70<br />

1,60<br />

0,90<br />

1<br />

Carneiro<br />

A velocidade de decomposiçâo do estêrco varia com diversos fatores,<br />

dentre os quais a temperatura. Decompondo-se nas altas temperaturas<br />

e se conservando nas regiôes mais frias.<br />

WAKSMAN e colaboradores (100), estudando o assunto, chegaram<br />

a conclusâo de que é a 50 a 65°C que o meio se torna mais propicio a<br />

decomposiçâo, grâu térmico, este, favorâvel a vida bacteriana.<br />

Hâ, no entante, nestas condiçoes perdas sensiveis de azoto se prâticas<br />

nâo forem observadas para preservâ-lo.<br />

Jâ a 75°C, hâ um impedimento no desenvolvimento dos microorganismos<br />

causando com isso urn decréscimo de decomposiçâo da matéria<br />

orgânica.<br />

A composiçâo quimica do estêrco proveniente de uma espécie animal<br />

varia, pois ela dépende da alimentaçâo, condiçoes do animal, etc.<br />

Do trabalho de LYON e BUCKMAN (53), transcrevemos a tabela<br />

abaixo, onde se vê as variaçôes das quantidades, e das percentagens<br />

dos principals componentes* das dejeçôes sólidas e liquidas, frescas,<br />

dos principals animais domésticos.<br />

H2O N% P2O3% K2O%<br />

( Sólido 80 %<br />

CAVALO ( Urina 20 %<br />

( Complete ....<br />

( Sólido 70 %<br />

VACA ( Urina 30 %<br />

( Complete<br />

( Urina . 33 %<br />

CARNEIRO ( Urina 33 %<br />

( Completo ....<br />

( Sólido 60 %<br />

PORCO ( Urina 40 %<br />

( Completo ....<br />

GALINHA ( Completo . . ..<br />

75<br />

90<br />

78<br />

H2O<br />

85<br />

92<br />

86<br />

H2O<br />

85<br />

85<br />

68<br />

H2O<br />

87<br />

97<br />

87<br />

H2O<br />

55<br />

0,55<br />

1,35<br />

0,70<br />

N%<br />

0,48<br />

1,00<br />

0,60<br />

N%<br />

1,35<br />

1,35<br />

0,95<br />

N %<br />

0,55<br />

0,40<br />

0,50<br />

N% . P2O5%<br />

1,00<br />

0,30<br />

0,25<br />

P2OS%<br />

0,20<br />

0,15<br />

P2O5%<br />

0,05<br />

0,05<br />

0,35<br />

P2O5%<br />

0,50<br />

0,10<br />

0,35<br />

0,80<br />

1,00<br />

0,30<br />

1,00<br />

0,40<br />

1,25<br />

0,55<br />

K2O%<br />

0,10<br />

1,35<br />

0,45<br />

K2O%<br />

2,10<br />

2,10<br />

1,00<br />

K2O%<br />

0,40<br />

0,45<br />

0,40<br />

K2O%<br />

0,40


248 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> "<br />

WAKSMAN e STARKE Y (16) fracinaram a matéria rgânica do estêrco<br />

pelo emprëgo de disolventes e reativos convenientemente escolhidos,<br />

estudanao assim, de modo aproximado a composiçao do esterco- novo,<br />

com 192 dias e com 290 dias. Os resultados por êles obtidos, constam<br />

da tabela transcrita a seguir:<br />

COMPONENTES QUIMICOS<br />

Parte solüvel em être sulfûrico<br />

Parte solûvel era âgua...<br />

Hemicelulose<br />

Celulose<br />

Lignina<br />

Proteina bruta . :<br />

Cinzas . :<br />

Estérco de carneiro<br />

Sólidos<br />

Fresco<br />

2,83<br />

24,92<br />

18,46<br />

18,72<br />

20,60<br />

17,21<br />

FOR CENTO DA MATÉRIA SÊCA<br />

Liquides<br />

120 dias<br />

2,58<br />

17,89<br />

7,31<br />

12,77<br />

27,31<br />

19,23<br />

Estêrco de cavalo<br />

sólidos<br />

Fresco<br />

1,89<br />

5,58<br />

23,52<br />

27,46<br />

14,23<br />

6,81<br />

9,11<br />

290 dias<br />

Da inspeçâo da tabela transcrita, verifica-se que a quantidade de<br />

Hemicelulose e Celulose diminue com o tempo de decomposiçâo, enquanto<br />

que a Lignina e proteina bruta, aumentam.<br />

A Hemicelulose é fàcilmente atacada pelos microorganismos, com<br />

produçâo de âgua, gâs carbônico e libertaçâo de energia, a quai, em<br />

parte, é aproveitada pelos microorganismos. A Celulose, embora menos<br />

enèrgicamente, é também atacada pelos microorganismos.<br />

De acôrdo com WAKSMAN, as proteinas podem formar com a Lignina<br />

um complexo ficando assim, sob uma forma muito resistente ao<br />

ataque pelos microorganismos, exigindo a transformaçâo dêsse azoto<br />

protetico em nitrico, muito mais tempo. Outra parte do azoto serve<br />

para a formaçâo das células dos microorganismos, e este azoto é muito<br />

mais dinâmico.<br />

Na prâtica agricola, o estêrco é empregado fresco, mas deixado algum<br />

tempo acumulado a f im de sofrer a fermentaçâo que modifica<br />

a natureza de muitos dos seus primitivos constituintes.<br />

O trabalho dos enzimas do tubo digestivo do animal que o produziu<br />

é continuado pelos microorganismos, havendo a formaçâo de<br />

intimeras outras substâncias como âcidos, alcoois e etc., que podem<br />

ainda reagir entre si, com formaçâo de novas substâncias.<br />

Ao lado de açôes microbianas, hâ reaçôes quimicas intimamente<br />

a elas ligadas.<br />

O estudo complète dessas transformaçôes e das substâncias resultantes<br />

é naturalmente dificil, mas em relaçâo a alguns component<br />

tes, êle tem sido feito.<br />

DECOMPOSIÇÂO <strong>DO</strong> ESCREMENTO LIQUI<strong>DO</strong><br />

A urina é muito rica em azoto, o quai se encontra sob a forma<br />

de uréia-, âcido hipürico, e âcido ürico, podendo alguns destes constituintes,<br />

fàltar na urina de alguns animais.<br />

0,95<br />

5,71<br />

12,67<br />

5,97<br />

18,43<br />

16,38<br />

19,32


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 249<br />

A decomposiçao microbiana da urina é muito râpida. O seu azoto<br />

transforma-se em amoniaco, havendo produçâo de gas carbônico, que<br />

pode desprender-se na atmosfera sob a forma gasosa.<br />

A urina, sob a açâo das bactérias, desdobra-se da seguinte maneira:<br />

/NH2<br />

O = CO2 2 NHS<br />

produz gâs carbônico e amoniaco os quais podem reagir dando carbonato<br />

de amônio.<br />

2 NH3 + CO2 + H2O<br />

amônio (NH4)2 CO;! + CO2<br />

H2O<br />

(NHO2 COo ou bicarbonate de<br />

CO3<br />

O pH da ürina é aproximadamente 7, quando as reaçôes acima<br />

mencionadas se processam, o pH sobe podendo haver perda de amoniaco<br />

e essa perda pode ser parte controlada, mas de modo completo,<br />

ainda nâo foi conseguido.<br />

Pode-se para isso, recorrer métodos principals:<br />

a) Emprêgo de antisseticos, como aldeido fórmico, sulfato de<br />

cobre, de zinco ou ainda cloropicrina. Estas substâncias diminuem a<br />

atividade das bactérias, impedindo o aumento de seu numero;<br />

b) Emprêgo de substâncias capazes de fixar o amoniaco, transformando-o<br />

em formas mais ou menos fixas. Estas substâncias sâo<br />

em gérai de carâter âcido, produzem um aumento de acides.<br />

A elevaçâo da temperatura influe na velocidade da decomposiçao<br />

da uréia. Nos paises de clima Mo, onde a temperatura desce abaixo<br />

de 0°C, em certas épocas, a perda de azoto é menor.<br />

Em nosso pais, com uma temperatura média acima de 20°C, esta<br />

perda é muit ornais acentuada.<br />

Varias sâo as substâncias empregadas como fixadores de NH3.<br />

Âcido sulfûrico, âcido fosfôrico, superfosfato, gesso, kaininta, turfae<br />

etc... As substâncias enumeradas sâo de carâter âcido, com exceçâo<br />

. da kainita.<br />

LEMERMANN citado por HASELHOFF e BLAK (71), estudou a eficiência<br />

de yârios fixadores do azoto da urina e os resultados de sua experiência,<br />

encontramos no quadro abaixo:<br />

Ac. sulfûrico<br />

FIXA<strong>DO</strong>RES<br />

Bissulfato de sódio<br />

Superfosfatos<br />

PERDA DE AZOTO EM PORCENTOS<br />

Depois de<br />

30 dias<br />

REAÇÂO DA URINA DEPUIS<br />

28 85<br />

• 23,91<br />

16,37<br />

Alcalina<br />

Depois de<br />

62 dias<br />

48,30<br />

31,69<br />

27,28<br />

»O USO DE CONSERVA<strong>DO</strong>RES<br />

Depois de<br />

30 dias<br />

0<br />

0<br />

Âcida<br />

Depois de<br />

62 dias<br />

0<br />

0


250 ANAIS DA TERCEIRA REÜNIÄO - <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

A perda em meio âcido, é nula, e em meio alcalino, mostrou-se<br />

mais eficiente o superfosfato.<br />

GERLACH citado por HASELHOFF e BLANK (71), estudou a influência<br />

do pH na conservaçâo do azoto da urina, e concluiu que em meio<br />

âcido, êle se conserva melhor. s resultados de suas experiências estâo<br />

resumidas no quadro abaixo:<br />

Sem superfosfato<br />

Com superfosfato<br />

(Reaçâo âcida)<br />

POKCENTO<br />

t<br />

DE AZOTO PERDI<strong>DO</strong><br />

SU dias<br />

71 «fo<br />

0 %<br />

•<br />

15i dias<br />

Outros pesquisadores, realizaram experiências corn aldeido fórmïco<br />

para a conservaçâo do N da urina. GERLACH, empregou soluçôes<br />

a 0,5 % e RIPPERT de 2 a 3 %, obtendo ambos bons resultados.<br />

A açâo do aldeido fórmico é dupla. Diminue a atividade bacterianaeao<br />

mesmo tempo fixa o amoniaco com formaçâo de urotropina<br />

(Hexametilano tetramina)<br />

90 %<br />

6 HCOH + 4 NH3 N- CH.. -N<br />

\CH- — N -CH»//<br />

\ I /<br />

CHo | CH,<br />

Usam-se processos idênticos para conservar o azoto do estêrco.<br />

A fixaçâo do azoto por âcidos minerais, dâ-se de acôrdo com a<br />

reaçâo.<br />

Por exemplo, com âcido sulfûrico:<br />

H2SO4 (NH4) 2 CO2 (NH4)2.SO4 + H2O + CO2<br />

Para êsse fim foram estudados os âcidos sulfüricos, fosfórico e<br />

cloridricö.<br />

Também foram experimentados com sais de âcidos fortes, como<br />

clorêto de câlcio, nitrato de câlcio e sulfato:<br />

(NH4) CO2 + CaSO4<br />

4 %<br />

• ((NH4)2 SO4 + CaCO3<br />

Segundo HASELHOFF e BLANK (71), sulfato de câlcio em pequenas<br />

doses nâo dâ resultado seguro, mas em doses grandes dâ bons resultados.<br />

Melhores resultados sâo os obtidos pelo emprêgo de misturas, por<br />

exemplo, sulfato de câlcio e superfosfato:<br />

2CaSO4<br />

CaH,i-(PO4)2 + 2(NH4)2CO3 .-<br />

2 (NH4) 2SO4 + 4H2O + 2CO2<br />

(Ca3 (PO4)2<br />

De acôrdo com a reaçâo acima, o f osf ato monocâlcico séria transforrqado<br />

em tri-câlcico, mais dificil de ser assimilado, exigindo do solo,


ANAIS DÀ TERCEIRA REUKIÂO. <strong>BRASILEIRA</strong> DÉ CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 251<br />

a açâo do' CO2 para a sua transformaçâo em uma forma mais assimila<br />

vel .<br />

Ca3(POé)2 + 2H2CO3<br />

Ca2H2(PO4)2 + Ca(HCO3):<br />

A kainita pode dar algum resultado quando empregada em grandes<br />

doses, tornando o seu emprêgo pouco econômico.<br />

A turf a fixa o azoto, devido a sua natureza absorvente de gases.<br />

Ela é constituida dos restos végétais de decomposiçâo dificil.<br />

O ESTÊRCO<br />

O estêrco possue todos os elementos necessarios ao desenvolvimento<br />

da planta. Interesando-nos de modo particular, o seu azoto. Este<br />

pode ser dividido em dois grupos:<br />

1) O azoto proteico, das proteinas que atravessaram incólumes,<br />

o aparelho digestivo do animal, portanto, muito resistente.<br />

2) O azoto de proteinas alteradas tecidos dos microorganismos,<br />

vivos ou mortos que se encontram no estêrco.<br />

LOHNIS citado por HASELHOLFF e BLANK (71), estudou a distribuiçâo<br />

do azoto no estêrco mais palha e no estêrco mais palha mais urina,<br />

frescos e fermentados. Os resultados acham-se consignados na<br />

tabela seguinte:<br />

AZOTO NO ESTERCO<br />

Solüvfcl<br />

EM % <strong>DO</strong> N TOTAL<br />

Sólido +<br />

Fresco<br />

85-86,2<br />

6,1- 7,4<br />

7,6- 7,7<br />

palha<br />

Fermentado<br />

76,8-83,2<br />

7,9-10,1<br />

8,9-13,1<br />

Sólido + pal ha + urina<br />

Fresco<br />

45,1-51,6<br />

15,2-17,2<br />

32,6-37,7<br />

Fermentado<br />

62,4-67,1<br />

8,2- 9,5<br />

23,4-29,4<br />

Vê-se que com adiçâo a porcentagem de azoto solûvel aumentou,<br />

porém, após a fermentaçâo, enquanto no primeiro caso houve acréscimo<br />

da forma solûvel, naturalmente à custa da insolüvel, no segundo,<br />

houve um aumento da porcentagem da parte insolüvel e diminuiçâo<br />

das formas solüveis por perda ou pela sua transformaçâo na forma<br />

insolüvel.<br />

DECOMPOSIÇÂO <strong>DO</strong>S HIDRATOS DE CARBONO E LIGNINA <strong>DO</strong> ESTÊRCO<br />

Encontram-se no estêrco Hemicelulose e celulose, junto com algumas<br />

proteinas, lignina, sendo esta ultima ligada inteiramente à proteinas,<br />

e portanto, de dificil decomposiçâo pelos microorganismos.<br />

A temperatura atua na velocidade da decomposiçâo da celulose e<br />

hemicelulose. Com aumento da temperatura esta decomposiçâo se<br />

processa mais ràpidamente, tanto aervbiamente como anaerobiamente.<br />

A decomposiçâo destas substâncias no estêrco se processa de maneira<br />

idêntica à decomposiçâo da celulose e hemicelulose no solo, conforme<br />

tratamos no capitulo IV. Entretanto, no estêrco o numero de<br />

microorganismos é muito maior, daï a decomposiçâo se processar com<br />

mais rapidez. Os produtos finais sâo os mesmos; no processo anaerobio,<br />

metana, gâs carbônico, hidrogênio e, no aerobio, gâs carbônico<br />

e âgua.


252 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

A reaçâo d omeio, como é natural, também influe na mancha do<br />

processo de decomposiçâo.<br />

BENGTOSSON e BARTHEL, citado por HERRERA (50), estudaram a<br />

decomposiçâo da matéria do estêrco em solos âcidos e neutros e os<br />

resultados constam da tabela seguinte:<br />

Inicial = nula....<br />

Depois de 1 ano...<br />

Depois de 2 anos..<br />

Depois de 3 anos..<br />

Depois de 4 anos..<br />

c .<br />

organico<br />

0<br />

55<br />

58<br />

69<br />

71<br />

Solos '<br />

pH 7<br />

Celulose<br />

0<br />

95<br />

97<br />

98<br />

100<br />

teutros<br />

a 8,11<br />

Fentoses<br />

0<br />

83<br />

88<br />

93<br />

92<br />

Lignina<br />

0<br />

36<br />

46<br />

36<br />

63<br />

C<br />

organico<br />

0<br />

28<br />

31<br />

42<br />

50<br />

Solos dcidos<br />

pH 5,: ! a 5,5<br />

Celulose<br />

0<br />

79<br />

75<br />

79<br />

89<br />

Pentcses<br />

0<br />

61<br />

63<br />

69<br />

76<br />

Lignina<br />

Nos solos neutros, adecomposiçâo processou-se com muito mais<br />

rapidez do que nos solos âcidos. Lignina que se caracteriza pela sua<br />

resistência à decomposiçâo, foi melhor degradada nos solos neutros,<br />

embora em menor proporçâo do que os demais elementos.<br />

Nota-se que a experiência foi realizada no laboratório onde a temperatura,<br />

durante os quatro anos, manteve-se entre 20 e 22°C. As<br />

conclusôes desta experiência nâo podem ser extendidas diretamente<br />

aos solos, ond o regime de âgua é outro, e as variaçôes de temperatura<br />

maiores, mas nos dâ uma idéia da marcha da decomposiçâo da matéria<br />

orgânica do estêrco. E' provâvel que nos nossos solos a decomposiçâo<br />

da matéria orgânica do estêrco se "processa ainda com mais<br />

rapidez tendo-se em vista o regime de âgua e as variaçôes de temperaturas.<br />

DECOMPOSIÇÂO <strong>DO</strong>S COMPOSTOS AZOTA<strong>DO</strong>S <strong>DO</strong> ESTÊRCO<br />

No estêrco a decomposiçâo microbiana das proteinas pode ser<br />

aeróbia ou anaeróbia com produçâo de substâncias mais simples: indol,<br />

escatol, mercaptanas (RSH), gâs sulfidrico,, aminas, e etc., havendo<br />

assim formaçâo de novas substâncias azotadas.<br />

.Uma parte do azoto 20 a 30 %, como mostrou SALTER (80), é oxidado<br />

a âcido nitrico. O estêrco é, portante, séde de processus de nitrificaçâo,<br />

mas ao mesmo tempo ha também processos de denitrificaçâo,<br />

com formaçôes de azoto elementar.<br />

A denitrificaçâo se processa, segundo HASELHOFF e BLANK (71),<br />

de acôrdo com as seguintes equaçôes:<br />

2NH3 NHO, NH4NO2 N2 2H2O<br />

CO(NH2)2 + 2HNO >) CO2 -(- 3H2O -f N2<br />

O amoniaco, libertado na decomposiçâo dos amino âcidos, proveniente<br />

da hidrólise das proteinas, entra ëm reaçâo com o âcido nitroso,<br />

formada pela oxidaçào de NH3 em uma das etapas do processo<br />

de nitrificaçao:<br />

2NH.3 3O2 -») 2 HNOo + 2H2O<br />

Entrando em reaçâo com amoniaco forma nitrito de amônio em<br />

seguida se decompôe com libertaçâo de azoto.<br />

0<br />

13<br />

20<br />

22<br />

37


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 253<br />

Também o âcido nitroso reage com uréia ainda existente com<br />

formaçâo de azoto elementar e gas carbônico.<br />

A elevaçâo da temperatura como na decomposiçâo da urina, favorece<br />

essas reaçôes. SALTER (80), verificou que entre 50 a 70°C, em<br />

condiçôes aeróbias a perda de azoto é muito râpida e o mesmo fato<br />

foi verificado por JENSEN.<br />

O movimento do ar na superficie do estêrco e urina no periodo de<br />

fermentaçâo favorece rnuito a perda de azoto. JENSEN, HECK, MAR-<br />

CHER constataram experimentalmente este fato.<br />

HECK, citado por SALTER (80) estudou a influência da perda de<br />

azoto com a temperatura, arejamento e tempo, simultâneamente, e<br />

os resultados de seus estudos constam da tabela:<br />

TEMPO E TEMPERATURA<br />

12 horas a 20° C<br />

36<br />

3,5 dias " " "<br />

7 ' "<br />

7 dias a 20°C 2 mais 24 horas<br />

a 80°C<br />

PORCENTAGENS <strong>DO</strong> AZOTO ORIGINAL, PERDI<strong>DO</strong><br />

Azeto amoniacal<br />

Ar parado<br />

15,2<br />

46,0<br />

63,9<br />

71,3<br />

95,0<br />

Força do<br />

vento<br />

8,5 milhas<br />

49,4<br />

61,0<br />

70,0<br />

73,0<br />

95,0<br />

" Azoto total<br />

Ar parado<br />

7,7<br />

23,4<br />

.32,0<br />

36,2<br />

48,2<br />

Força do<br />

vento<br />

8,5 milhas<br />

A 80°C o movimento do ar nâo influe .na perda de azoto.<br />

Em outras temperaturas o movimento do ar aumenta muito essa<br />

perda.<br />

MARCHER, citado por HASELHOFF e BLANK (71) estudou durante<br />

136 dias a pérda de azoto e outros elementos nitrificantes em esterqueiras<br />

fechadas e abertas, chegando aos resultados seguintes:<br />

Peso do estêrco<br />

Peso do est. sêco<br />

Azoto total<br />

Azoto proteico<br />

Azoto de amidas<br />

Azoto amoniacal<br />

Acido nîtrico<br />

Potassa<br />

Acido fosfórico<br />

Pechada<br />

48.384,00 kg<br />

14.615,00 "<br />

0,608 %<br />

69,990 %<br />

9,200 %<br />

17,300 %<br />

3,600 %<br />

C.456 %<br />

0,890 %<br />

E S T E B Q U E I R A<br />

A perda de azoto foi maior na esterqueira aberta.<br />

Aberta<br />

52.728,00 kg<br />

11.600,00 "<br />

0,554 %<br />

77,900 %<br />

7,700 %<br />

10,100 %<br />

4,300 %<br />

0,385 %<br />

0,680 %<br />

25,1<br />

30,9<br />

35,6<br />

37,3<br />

48,3


254 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

HASELHOFF e BLANK (71), verificaram que a perda normal de azoto<br />

em um bom armazenamento do estêrco varia de 15 a 20 % e em<br />

condiçôes pouco convenientes de armazenamento, ela pode ser duas ou<br />

mais vezes maior. Do exposto, conclue-se que é necessârio cuidados especiais<br />

no armazenamento do estêrco, quer na fase de decomposiçâo<br />

quer posteriormente, antes de ser incorporado ao solo.<br />

LYTTELTON e BUKMANN (75) verificaram que dez toneladas de<br />

estêrco adicionadas à terra podem fornecer de 9 a 11 milhöes de quilos<br />

calorias.<br />

A influência do estêrco no aumento da produçâo tem sido positiva,<br />

segundo experiências realizadas näo só nos Estados Unidos ou<br />

em paises da Europa, como as jâ inûmeras realizadas em nosso pais.<br />

O efeito de adubaçôes orgânicas tem sido muito grande, principalmente<br />

quando aplicadas juntamente com adubos quimicos ou corretivos<br />

calcarios.<br />

Resultados surprendentes sâo os observados em terras vermelhas<br />

do Triângulo Mineiro e do Oeste do Estado de Minas e, näo menores<br />

sâo os verificados nos solos da zona Central de Minas ou nos massapés<br />

da zona da Mata e do Sul de Minas.<br />

CAR<strong>DO</strong>SO e ARAUJO (91), estudando o efeito de adubaçôes com o<br />

algodoeiro, mostra os resultados obtidos com a aplicaçâo de estêrco<br />

de curral (20 t/ha) em canteiros onde hâ 2 anos, vinha .sendo estudado<br />

o efeito residual de festilizantes minerais, N P K, isoladamente<br />

e em suas combinaçôes .<br />

45/46<br />

309<br />

375<br />

336<br />

483 .<br />

328<br />

389<br />

436<br />

.282<br />

EFEITO RESIDUAL <strong>DO</strong><br />

46/47<br />

292<br />

426<br />

396<br />

• - . 586<br />

384<br />

378<br />

499<br />

286 .<br />

N. P. K (Kg/ha)<br />

Adubaçâo cam<br />

Matéria orgânica<br />

Sâo fora de düvida, convincentes os efeitos da matéria orgânica,<br />

quer atuando sózinha quer completando os adubos minerais.<br />

Também resultados obtidos ' na mesma Estaçâo Experimental,<br />

mostram, ARAUJO et al (2), nos quais veêm-se os resultados benéficos<br />

da matéria orgânica aplicada juntamente com corretivo, calcârio.<br />

Após o sexto ano de estudo do efeito residual do corretivo, observando-se<br />

que as produçôes estavam muito baixa, aplicaram uniformemente<br />

distribuidos sobre tôda a area experimental, estêrco de<br />

curral a base de 20 t/ha. O resultado se fez sentir, como se esperava,<br />

a produçâo média anteriormente de 385 kg passou a 795 kg/ha.<br />

FAGUNDES et al (131) estudandp adubaçâo de fumo na zona da<br />

Mata em Minas Gérais, salientam o papel da matéria orgânica no au-<br />

47/48<br />

706<br />

852<br />

802<br />

916<br />

950<br />

926<br />

836<br />

44«<br />

48/49<br />

392<br />

538<br />

458<br />

620<br />

549<br />

478<br />

455<br />

439


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

mento da produçâo. A adiçâo do estêrco de curral sómente ou em<br />

conj unto coin fertilizantes minerais, aumentam significativamente a<br />

prouuçao.<br />

Os quadros a seguir, organizados pelos au tores jâ citados, mostram<br />

claramente esta afirmativa.<br />

000<br />

111<br />

222<br />

022<br />

122<br />

222<br />

202<br />

212<br />

222<br />

220<br />

221<br />

222<br />

ADDBAÇÂO COMPLETA (N P K)<br />

Sem estêrco<br />

Kg/ha<br />

765<br />

3.340<br />

3.826<br />

<strong>DO</strong>SES DE NITROGftNIO<br />

2.026<br />

3.612<br />

3.826<br />

<strong>DO</strong>SES DE FÖSFORO<br />

1.097<br />

2.926<br />

3.826<br />

<strong>DO</strong>SES DE POTASSIO<br />

2.210<br />

' 4.027<br />

3.826<br />

Com estêrco (10 t/ha)<br />

Kg/ha<br />

1.872<br />

4.202<br />

4.856<br />

2.779<br />

3.871<br />

4.856<br />

3.475<br />

4. Col<br />

Os numéros do quadro acima bem falam do valor da matéria orgânica<br />

na cultura do fumo e pôem em evidência o efeito do estrume de<br />

curral isoladamente e associado aos elementos minerais, em conjunto<br />

e em suas combinaçôes.<br />

ADUBAÇÂO VEKBE<br />

A adubaçâo verde é realizada pelo enterrio de végétais geralmente<br />

leguminosas, plantas que além de fornecerem a massa verde, fixam o<br />

azoto m simbiose com os microorganismos.<br />

Constituem as leguminosas, a mais abundante e econômica fonte<br />

de matéria orgânica de que se pode utilizar o lavrador, para a restauraçâo<br />

de suas terras.<br />

De um modo gérai, os testos das colheitas — palhas, caules, raizes<br />

e etc., também tem o mesmo destino, mas estes restos sâo constituidos<br />

de elementos de dificil decomposiçao, principalmente lignina e<br />

celulose, nâo sendo prôprïamente uma adubaçâo verde.<br />

Antigamente, era a adubaçâo verde preconizada por uns e combatida<br />

por outros, passando por fases de grande aceitaçâo e de abandono.<br />

SCHULZ-LUPITZ, na Alemanha foi um dos primeiros a reconhecer<br />

o seu valor como melhorador do solo. Posteriormente, HELERIEGEL deu<br />

a primeira explicaçâo cientifica da açâo da adubaçâo verde.<br />

4.856<br />

4.7C5<br />

4.856<br />

255


256 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Sobre o papel das bactérias na adubaçâo verde, hâ inümeros trabalhos<br />

publicados. Dentre êles salientam-se os trabalhos clâssicos de<br />

BEIJEBINCK, NOBBE e HILTNER. .<br />

Entre nós, ùltimamente, tem surgido alguns bons trabalhos sobre<br />

a adubaçâo verde, como os de DUTEA (92), MENDES (61), CUNHA (62),<br />

CORKÊA (63), BRANDÂO (64), <strong>DO</strong>ROFEEFF (65) e (66), KIEHL (85), SET-<br />

ZER (85), GRANATO (93), etc...<br />

A adubaçâo verde é uma prâtica muito econômica. A cultura do<br />

vegetal empregado requer pouco dispêndio e a matéria orgânica e o<br />

azoto incorporado ao solo sâo em grande quantidade.<br />

<strong>DO</strong>ROFEEFF (65), afirma que o valor do azoto da adubaçâo verde<br />

é muito alto Por exemplo, se dermos ao azoto do salitre do Chile o<br />

valor 100, o valor do azoto da adubaçâo verde é de 70 %, enquanto<br />

que o valor do azoto do estêrco do curral é somente de 45 %.<br />

-HASELHOFF e BLANK (71), fizeram experiências para o estudo da<br />

quantidade de gâs carbônico em miligramas que sai de uma camada<br />

de terra de 23 cm de espessura, durante um e tres anos em canteiros<br />

adubados com estêrco, serradela, ervilha e trevo vermelho. Os resultados<br />

constam da tabela abaixo:<br />

Tempo<br />

Durante<br />

Durante<br />

dp.<br />

1<br />

2<br />

experïência,<br />

ano<br />

anos<br />

Testemunha<br />

33,40<br />

138,51<br />

Estêo'co<br />

66,82<br />

179,74<br />

Serradela<br />

50,00<br />

195,61<br />

Adubo com<br />

Ervilha<br />

38,90<br />

179,96<br />

Trevo<br />

vermelho<br />

49,50<br />

168,25<br />

Logo no primeiro ano, verificou-se urn aumento de CO2 em relaçâo<br />

à testemunha em todos canteiros, porém, o disprendimento de CO2<br />

no canteiro com estêrco foi maior do que nos demais. Ja no terceiro<br />

ano, a quantidade de COq dispendida do canteiro com estêrco e dos<br />

com adubaçâo verde, foram quasi iguais.<br />

E' uso indicado enterràr o adubo verde quando o vegetal começa<br />

a florescer.<br />

TENNEY, citado por WAKSMAN (36), estudou a variaçâo da composiçâo<br />

quimica das plantas com idade. O quadro abaixo reune suas<br />

observaçôes.<br />

Planta com 35 cm<br />

de altura<br />

Antes de começar<br />

a ramif icaçâo ...<br />

Antes da floraçâo.<br />

Na planta em plena<br />

maturidade ..<br />

COMPOSIÇAO QUtMICA DAS PLANTAS EM PORCENTOS DA MATÉRIA SECA<br />

Gorduras<br />

e cêras<br />

2,60<br />

2,60<br />

1,70<br />

1,26<br />

Soluvel<br />

em H2O<br />

34,24<br />

22,74 •<br />

18,16<br />

9,90<br />

Pentosanas<br />

16,60<br />

21,18<br />

22,71<br />

22,90<br />

Celulose<br />

68,06<br />

26,95<br />

30,59<br />

36,90<br />

Lignina<br />

9,90<br />

11,80<br />

18,00<br />

17,10<br />

Azoto<br />

total<br />

2,50<br />

1,76<br />

1,01<br />

0,24<br />

Cinzas<br />

7,66<br />

5,90<br />

4,90<br />

3,90


ANAIS DA TEECEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 257<br />

Vê-se que as substâncias de fâcil decomposiçâo, como as solüveis<br />

em âgua, predominam no vegetal novo, enquanto que ,com a idade,<br />

vai havendo aumento de celulose e lignina, material de dificil decomposiçâo.<br />

Na época da floraçâo, embora a lignina e celulose hajam<br />

aumentado, relativamente as substâncias de fâcil decomposiçâo, a<br />

grande massa vegetal produzida compensa esta menor facilidade de<br />

decomposiçâo no solo.<br />

Pelo exame do quadro, da fôlha, da pagina anterior, vê-se, tendo<br />

em vista exclusivamente a composiçâo quantitativa do vegetal, que<br />

o momento mais favorâvel ao enterriio séria quando o vegetal atingisse<br />

35 cm de altura, mas nesta época a sua massa é ainda pequena.<br />

Segundo <strong>DO</strong>ROFEEFF (65), sâo as seguintes as quantidades em kg<br />

por hectare, inclusive raizes, de massa produzida pelas leguminosas<br />

mais comumente usadas entre nos.<br />

1 mes de idade ..<br />

2 meses de idade<br />

A !> y> jj<br />

Feijäo<br />

de porco<br />

2.340 1.420<br />

19.000<br />

— 17.600<br />

Mucuna Mucuna<br />

prêta branca<br />

820<br />

20.000<br />

Ervilha<br />

de vaca<br />

1.400<br />

18.000<br />

Vê-se que a época mais conveniente para o enterrio dépende do<br />

vegetal, e a observaçâo desta circunstância é de mâxima importância<br />

para o agricultor. Assim, o feijäo de porco e ervilha de vaca aos dois<br />

meses jâ podem ser incorporados ao solo, enquanto que as mucunas<br />

só aos quatro meses.<br />

CAR<strong>DO</strong>SO e ARAUJO (88) apresentam no quadro abaixo resultados<br />

obtidos em ensâios de competiçâo e leguminosas, realizadas na Estaçâo<br />

Experimental de Sete Lagôas, nêste Estado, no quai pode-se<br />

observar o bom comportamento tanto das sojas como das cow-peas,<br />

usadass como adubo verde.<br />

PP.ODUÇSO DE MASSA VERDE EM Kg/ha.<br />

Sojas kg/ha Cow-peas kg/ha<br />

Otootan 13.083<br />

Biloxi 11.783<br />

Yandra ^ 10.078<br />

Avoyeles 9.372<br />

Japônica 9.228<br />

Mamouth 8|352<br />

Oscarocito 19.416<br />

Black 14.445<br />

Potomac 13.520<br />

Eerly-black 11.439<br />

Early-red 8.611<br />

Os mesmos autores, ainda apresentam dados de massa produzfida<br />

por mucuna e feijäo de porco, leguminosas que nas condiçôes de Sete<br />

Lagoas — solos pobress — produzem massa verde nu mtotal de mais<br />

de 20 t/ha.<br />

A fixaçâo do N atmosférico por meio destas leguminosas é acentuada,<br />

isto revelado pela grande quantidade de nódulos formados, principalmente<br />

em terrenos onde anteriormente se fez uma calagem.


258 ANAIS DA TERCEIRA REUTïIÂO BRASîuEIRA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Em elementos nutrificantes N P K, a adubaçâo verde é muito<br />

rica e, em alguns casos mais rica do que o próprio estêrco.<br />

<strong>DO</strong>ROFEEFF (65), CUNHA (62), SALTER (80) e KIEHL (86), fornecem<br />

dados que nos permitem fazer uma tabela comparativa das diversas<br />

leguminosas, empregadas na adubaçâo verde, com estêrco produzido<br />

por vârios animais.<br />

entos<br />


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 259<br />

Achamos, porém, que uma generalizaçâo assimpara todo Brasil<br />

nâo é possïvel devido a nossa diversidade de clima e solo.<br />

A adubaçâo_ verde, beneficia de modo gérai a todos os terrenos,<br />

mas especialmente aos arenosos que säo, em sua maioria, pobres em<br />

matéria orgânica.<br />

•A adubaçâo verde, beneficia de modo gérai a todos os terrenos,<br />

mas especialmente aos arenosos que säo, em sua maioria, pobres em<br />

matéria orgânica.<br />

Em inümeras experiências realizadas tem se constatado a benêfica<br />

influência da adubaçâo verde no melhoramento da estrutura do<br />

solo.<br />

SOKOLOVSKY, WILLIAMS e ILMENJEW, citados por BAVER (81), na<br />

Russia, realizaram vârios trabalhos, demonstrando os efeitos da adubaçâo<br />

verde no melhoramento da estrutura do solo.<br />

Mostra o referido autor, o efeito de varias culturas sobre o aumen'to<br />

das particulas maiores de 0,25 mm.<br />

HELTEZER, citado por BAVER (81), verificou o benéefico efeito da<br />

alfafa, quer aumentando a matéria orgânica, quer melhorando a estrutura<br />

do solo.<br />

MENDES (61) ,'estudando a influência da adubaçâo verde, na cultura<br />

do milho no Estado de Säo Paulo, obteve os seguintes resultados:<br />

Com adubaçâo Sem adubaçâo Aumento<br />

verde kg/ha . verde kg/ha<br />

Milho amarelo 24.260 20.800 3.460<br />

Milho catete 15.780 13.080 2.700<br />

Milho roxo 26.480 18.440 8.040<br />

Ohservaçâo: — Os pesos indicados, por hectare, somam colmos, fôlhas,<br />

pachas, sabugos e grâos de milho.<br />

Torna-se, mais uma vez, bem patente, escreve o referido experimentador,<br />

os efeitos benéficos das adubaçôes e, se o maior aumento é,<br />

vrificado como é natural, na parte menos aproveitâvel da planta, (colmo,<br />

palha, fôlhas das espigas), nâo é menos verdade que houve aumento<br />

sensivel de grâos.<br />

A matéria orgânica no solo, quer como fonte de nutrientes, como<br />

alimento enérgético dos microorganismos, como melhoradora da estrutura<br />

ou como solubilizadora indireta de elementos minerais indispensâveis<br />

as plantas cultivadas, desempenha papel limitante de produçâo<br />

econômica e mtôda e qualquer exploraçao agricola, e, por isso<br />

nâo desconhecermos é que tanto nos preocupamos em escrever sobre<br />

ela o que mais completo nos parece.<br />

Nosso objetivo, portanto, foi o de tornar mais claro, o porque, esta<br />

matéria orgânica incorporada ao solo, é tâo importante à agricultura.<br />

RESUMO<br />

CONTRIBUIÇÂO AO ESTU<strong>DO</strong> DA MATÉRIA ORGÂNICA NOS <strong>SOLO</strong>S DE<br />

MINAS GERAIS<br />

O presente trabalho que consideramos como uma monografia,<br />

esta dividido em seis partes:<br />

Primeira — INTRODUÇAO E HISTÓRICO. — Finalidade e objetivo<br />

do trabalho, retrospecto bibliogrâfico sobre o estudo da


260 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

. matéria orgânica e do humus, desde VALERIUS e ACHAR<br />

no século XVII, até aos pesquisadores modernos.<br />

Segunda — MÉTO<strong>DO</strong>S USA<strong>DO</strong>S PARA O ESTU<strong>DO</strong> DA MATÉRIA OR-<br />

GÂNICA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong>. — Apresentamos os métodos conhecidos<br />

para o estudo da matéria orgânica do solo, e como<br />

detalhes, os de fracionamento.<br />

Relacionamos ainda, nesta parte, os compostos orgânicos,<br />

até hoje conhecidos, encontrados na matéria orgânica<br />

do solo.<br />

Terceiro — OS MICROORGANISMOS <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong>. — Apresentamos<br />

urn resumo necessârio ao conhecimento dos microorganismos<br />

que vivem no solo, estudo este que possibilita a<br />

compreensâo do papel dêstes microorganismos na decomposiçâo<br />

da matéria orgânica do solo.<br />

Quarta — PROCESSOS DE DECOMPOSIÇÂO <strong>DO</strong>S COMPOSTOS<br />

ORGÂNICOS <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong>. — Inicialmente, relacionamos<br />

as principais substâncias encontradas nos végétais e animais,<br />

material êsse que incorporado ao solo sera trans-<br />

'" formado e constituirâ a mattéria orgânica do solo e posteriormente<br />

o seu humus.<br />

Tratamos do mecanismo do processo de humificaçao,<br />

e a seguir, estudamos separadamente a decomposiçâo dos<br />

hidratos de carbono, da hemicelulose, celulose, lignina,<br />

proteïnas, glucideoss, âcidos graxos e dos compostos orgânicos<br />

do fósforo.<br />

Estudamos ainda, nesta parte, os fenois e os taninos,<br />

como elementos importantes na formaçâo do humus do<br />

solo.<br />

Falamos da fixaçào simbiótica do Nitrogênio, apresentamos<br />

um estudo especial do ciclo do Nitrogênio no<br />

solo, estudando ainda a amonificaçâo, a nitrificaçâo e a<br />

denitrif icaçâo.<br />

v<br />

Quinta — COMPOSIÇÂO QUÎMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA. —<br />

Apresentamos de inicio, um estudo pedológico completo<br />

solo, no quai foram feitas as pesquisas na matéria orgânica<br />

.<br />

Segundo WAKSMAN, estudamos a matéria orgânica<br />

em très perfis de solo, sempre comparando estes dados<br />

com os dos solos clâssicos estudados na Europa e na America<br />

do Norte.<br />

Estudamos a matéria orgânica e o humus nos diferentes<br />

horizontes de urn perfil até très métros de profundidade.<br />

O âcido fülvico e o alfa humus, com o objetivo<br />

de verificar sua relaçâo com os compostos orgânicos do<br />

fósforo. Tratamos da composiçâo quïmica da matéria orgânica<br />

na fraçâo argila.<br />

Relacionamos os âcidos orgânicos do humus, separado<br />

e identificados em nosso laboratório.<br />

Estuda-se a influência do câlcio sobre os elementos<br />

constituintes da matéria orgânica, bem como o poder<br />

adsorvente desta. Verifica-se experimentalmente à influência<br />

da temperatura na destruiçâo da matéria orgânica,<br />

chegando-se a conclusâo que o ponto critico esta<br />

pouco além de 400°C. Por ultimo, faz-se ligeiro estudo<br />

sobre as proteinas solüveis na âgua.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNÇIA Dp <strong>SOLO</strong> 261<br />

Sexta — INFLUÊNCIA DA ADUBAÇAO ORGANICA NO MELHO-<br />

RAMENTO <strong>DO</strong>. <strong>SOLO</strong>. — Apresentamos dados e observaçôes<br />

do comportamento de nossos solos em face a matéria<br />

orgânica que se lhe adiciona e mostramos dados do<br />

valor do estêrco de curral como propiciador de melhores<br />

produçôes.<br />

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SOBRE A FORMAÇAO DE FeO EM CONDICÖES ANAE-<br />

RÓBIAS EM ALGUNS <strong>SOLO</strong>S <strong>DO</strong> ESTA<strong>DO</strong><br />

DE MINAS GERAIS<br />

WILSON ALVES DE ARAUJO<br />

WLADIMIR ILCHENKO<br />

FELIX EDUARD ERNST SEILER<br />

A dinâmica dos processos de formaçâo dos solos dépende das estaçôes<br />

do ano. Ela é a soma de todos os fatores pedogenéticos, destacando-se,<br />

entre êles, os processos biológicos e os fatores climâticos, que<br />

determinam a direçâo e a intensidade dos acontecimentos no solo.<br />

A intensidade ou a ausencia do arejamento dos solos, esta sujeita,<br />

em grande parte, as variaçôes do tempo. A chuva ou a sêca détermina<br />

a predominância de um ou de outro dos processos de decomposiçâo<br />

da matéria orgânica do solo. Em tempo de chuva, existe a possibilidade<br />

de ö solo estar saturado de âgua e, como esta e o ar säo<br />

antagônicos, nêste tempo, nos solos predominam condicöes anaeróbias,<br />

com os seus processos biológicos caracteristicos.<br />

WILLIAMS (1), caracteriza os processos anaeróbios da decomposiçâo<br />

da matéria orgânica do solo, da seguinte maneira: — Todo o<br />

oxigênio é eliminado em forma de CO2. O carbono libertado pode,<br />

com H, formar CH4. Mas, visto que sempre hâ mais H do que C, o H<br />

excedente pode-se ligar ao P ou ao S, formando PH3 ou SH2. H e N<br />

que nâo se ligaram a outros elementos, deixam o solo, em estado elementar.<br />

As bactérias anaeróbias nâo podem tirar o O do CO2, elas<br />

utilizam primeiramente, o oxigênio da matéria orgânica do solo. Esgotado<br />

este, as bactérias anaeróbias atacam as substâncias inorgânicas<br />

em busca do oxigênio necessario à sua vida. Mas, nem tôdas as substâncias<br />

inorgânicas cedem fàcilmente o seu oxigênio. Daï, a seleçâo<br />

natural das substâncias inorgânicas que é regida pela facilidade decrescente<br />

da cedência do seu oxigênio. Compostos inorgânicos tipicos<br />

que cedem fàcilmente o seu oxigênio as bactérias anaeróbias sâo os<br />

sulfatos, os nitratos, Fe2O3 e MnO2, em ordern de facilidade decrescente<br />

da cedência de oxigênio.<br />

JARKOV, KULAKOV e KANRICHEV (2) constataram que as bactérias<br />

anaeróbias reduzem primeiramente os sulfatos e os nitratos. E' só<br />

depois de esgotados estes é que se pode formar FeO pela reduçao de<br />

Fe2O3.<br />

Estes processos de reduçao ocorrem principalmente nas càmadas<br />

mais baixas. Mas, em tempo de chuva, sâo fréquentes também nos<br />

horizontes mais próximos da superficie, quando o solo se acha saturado<br />

de âgua. Grande influência sobre os processos de reduçao exercem,<br />

além das condicöes anaeróbias, a temperatura, a quantidade de<br />

matéria orgânica e outros fatores.


266 ANAIS DA TERCEIRA RETTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

AFANASIEV, citado por WILUAMS (1), encontrou no comêço da primavera,<br />

FeO no Podsol de urn chapadâo, situado na linha divisória<br />

de âgua.<br />

Isto nos


CONCLUSSES:<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 267<br />

Os resultados obtidos indicam:<br />

Primeiro — A possibilidade de formaçâo de FeO em condicöes<br />

anaeróbias, nas terras estudadas;<br />

Segundo — que a solubilidade do FeO formado é sempre maior<br />

em H2O -f- CO2, excetuando-se o solo da amostra n.° 3.385;<br />

Terceiro — que numa grande maioria das amostras tratadas, com<br />

os diferentes extradores, a maior quantidade de FeO encontrada foi<br />

no 7.° dia após o inicio do estado anaeróbio.<br />

RESUMO<br />

Os autores estudaram a formaçâo de FeO em condicöes anaeróbias,<br />

em cinco solos.<br />

Verificaram a possibilidade da formaçâo de FeO em nossas terras<br />

e apresentaram os resultados obtidos.<br />

Em tempo de chuva existe a possibilidade de formaçâo de FeO<br />

nos horizontes mais altos que, mais tarde, provàvelmente, se transformarâo<br />

em Fe2O3.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

1 — WILLIAMS, R. — Pedologia — Moscou — 1949— (Em lingua russa).<br />

2 — JARKOV, S. P., KULAKOV, E. B. e KAURICHEV, I. S. — Formaçâo de FeO<br />

em solos podsólicos — Revista: Pedologia n.° 8 — 1950 — Moscou —<br />

(Em lingua russa).


SOBRE TRANSFORMAÇOES DE FOSFATO EM DIFERENTES<br />

<strong>SOLO</strong>S <strong>DO</strong> ESTA<strong>DO</strong> DE MINAS GERAIS<br />

WILSON ALVES DE ARAUJO<br />

WLADIMIR ILCHENKO<br />

FELIX EDUARD ERNST SEILER<br />

(Da Divisäo de Quimica Agrîcola)<br />

CONSIDERAÇÔES PRELIMINARES<br />

O fósforo, como o nitrogênio, é urn elemento de grande importância<br />

na alimentaçâo das plantas.<br />

A quantidade desses elernentos, que as plantas necessitam para<br />

o seu desenvolyimento normal, encontra-se tanto no solo como nos<br />

adubos a êle adicionados, nas formas orgânica e inorgânica.<br />

Até agora pensavamos que o fósforo util as plantas era só o dos<br />

ions H2PO4 e HPO4. Entretanto, ultimamentet, SOKOIJOV (1) mostrou<br />

que existe a possibilidade de as plantas o extrairem de algumas formas<br />

orgânicas, como por exemplo, as dos glicerofosfatos, e a de alguns<br />

âcidos nucléicos, o que se dâ, porém, sómente depois de uma hidrólise.<br />

Disto podemos concluir que a velocidade do aproveitamento esta em<br />

funçâo do grau da hidrólise.<br />

Outras formas de fósforo existem no solo. Assim, temos a forma<br />

tetravalente do fósforo (CHWOLSON, (2) e JELLINEK, (3). Segundo So-<br />

KOIJOV, (1) esta é, provàvelmente, a mais necessâria e util à agricultura.<br />

SYRKIN e DYATKINA (51) indicam as seguintes formulas espuemâticas<br />

do fósforo tetravalente:<br />

O—<br />

O—<br />

A estrutura atômica do fósforo tetravalente normal é a seguinte:<br />

ls 2 2s 2 2p G 3s 2 3p. 3<br />

Esquemâticamente representado, temos :<br />

K<br />

L<br />

M<br />

S P<br />

r 4r<br />

4 T i<br />

f i<br />

1<br />

t i<br />

Os 3 electrônios P da camada M sâo os responsaveis pela trivalência<br />

do fósforo comum. Pela perda de um electrônio 3s, forma-se o<br />

fósforo tetravalente e pela excitaçâo de um electrônio S da camada M,<br />

1<br />

t i<br />

l


270 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

pode-se obter o fósforo pentavalente, que passarâ a ter, como estrutura<br />

atômica, a seguinte:<br />

Is 2 2s 2 2p 6 3s 1 3p 3 4s 1 .<br />

Lsto é compreensivel, considerando-se que na progressäo do Sistema<br />

Periódico, sempre aparecem primeiramente os electrônios "s", e<br />

só depois é que os electrônios "d", da camada imediatamente anterior,<br />

começam a tornar o seu lugar.<br />

Näo podemos estar certos, entretanto, de que a ordern de formacäo<br />

das camadas no caso do fósforo pentavalente, seja a mesma do<br />

potâssio, que é o primeiro elemento com um electrônio "s". E' possivel,<br />

também, que um dos dois electrônios 3s se desloque para 3d, o<br />

que daria, igualmente o fósforo pentavalente (vide RICE, (56), por<br />

exemplo). Contudo, pouco séria ganho pelo fato de ser possivel a formaçâo<br />

do fósforo pentavalente independentemente de recorrer à intervençâo<br />

de um electrônio 4s porque outro fator, que é a energia necessâria<br />

à deslocaçâo de um electônico, entra no problema — a energia<br />

de ligaçâo interatômica, provàvelmente o fator dominante.<br />

Para demonstrar mais ainda a complexidade da situaçâo, deyemos<br />

apontar o seguinte. Devido à sua posiçâo no sistema periódico<br />

dos elementos, o fósforo pode formar ions positivos, aproximando-se<br />

da estrutura do gas nobre Neon, formando o ion P 3 + (PF5 ou P2O5<br />

por exemplo), ou completando a estrutura do gâs Argon, formando o<br />

ion P 3 — (NNa3P por exemplo).<br />

Mais ainda se complica a situaçâo, quando pensamos na interferência<br />

do aluminio. O hidróxido de àluminio, que é uma das substâncias<br />

que mais contribuem para a retrogradaçâo do fósforo, pode dissociar-se<br />

de duas maneiras, porque a força de atraçâo entre Al 3 +e O 2 —<br />

é perfeitamente comparâvel à existente entre O 2 — H+ (JELLENEK (3)<br />

— Vol. 5).<br />

Ainda devemos acrescentar que o âcido fosfórico é uni âcido tribâsico.<br />

As très constantes de dissociaçâo sâo: Kx = 8,0 X 10—3<br />

K2 = 7,5 x 10— 8 e K3 = 5 X 10— 13 ; a temperatura é de 20°C, segUndO<br />

KOLTHOFF.<br />

Pensando na complexidade de sistemas, que é o solo, podemos<br />

compreender as divergências existentes entre os pontos de vista de<br />

alguns autores e avaliar as dificuldades que se opôem à elucidaçâo<br />

compléta das interrelaçôes solo-adubos-planta.<br />

Tnrinvin .pnfteror>s__


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 271<br />

Com êste ultimo valor nos aproximamos do limite de sensibilidade<br />

dos medidores de radioatividade.<br />

Interessante é mencioriar aqui que, dos elementos mais importantes<br />

na adubaçâo, o nitrogênio, o potâssio e o fósforo, sômente o<br />

ultimo presta-se a estudos através da radioatividade. Vejamos: dos<br />

dois isótopos radioativos do nitrogênio, o N 13 é sem valor, pratico, em<br />

conseqüência da sua vida curta, pois o seu periodo de semi-transformaçâo<br />

é de 9,93 minutos, e o N 15 , embora estâvel, é raro e excessivamente<br />

dispendioso para experimentaçâo em grande escala. Resta o<br />

potâssio. O isótopo radioativo K 42 é de utilidade limitada em virtude,<br />

tarribém, da sua vida relativamente curta. Seu periodo de semitransformaçâo<br />

é de 12,4 horas. Com o isótopo P 32 jâ se obtiveram resultados<br />

positivos. Entre outros, citamos os trabalhos de STANFORD e colaboradores<br />

(42) e FREAR D.E.H. (54). Estes resultados justificam a<br />

esperança de que, num futuro proximo, descubram-se os caminhos<br />

pelos quais transita nas plantas o fósforo contido nos adubos e existente<br />

no solo, bem como as transformaçôes que sofrem os fosfatos e<br />

as condiçôes necessârias e ótimas para uma adubaçâo econômica e<br />

eficiente.<br />

Retrogradaçao de fosfatos em gérai<br />

Grande parte dos fosfatos solüveis em âgua sofre, no solo, transformaçôes<br />

que os tornam insolüveis ou pouco aproveitâveis pelas plantas,<br />

ocorrência essa sobejamente conhecida. BOBKOV (4) constatou que,<br />

em solos da Russia, sômente 10 a 20 % dos superfosfatos adicionados<br />

ao solo säo üteis as plantas; a outra parte, 80-90 %, sofre uma retrogradaçao.<br />

HECK (5) examinou a mesma questâo em solos laterizados,<br />

chegando a idêntica conclusâo.<br />

A retrogradaçao do fósforo no solo é assunto bem estudado; nâo<br />

esta, porém, bem esclarecida a velocidade da retrogadaçâo. E, como a<br />

literatura pouco ou nada oferece a respeito, estudamos a retrogradaçao<br />

do fósforo em funçâo do tempo, em alguns solos do Estado de<br />

Minas Gérais.<br />

O valor do pH é um fator importante que nos pode mostrar em<br />

que formas os fosfatos se retrogradam. Por exemplo, em solos âcidos,<br />

formam-se principalmente aluminio-ferro-fosfatos, ao passo que em<br />

solos saturados de câlcio, prédomina a formaçâo de câlcio-magnésiofosfatos.<br />

ASKEV, citaçâo de ROBINSON (6) e THORNTON (7), estudando a înfluência<br />

do pH na quantidade do fósforo retrogrado, constatou, também,<br />

a variaçâo da forma rétrograda, em funçâo do grau de acidez.<br />

Mostrou que a retrogradaçao maxima se da com pH de 3,5 a 5,5, conforme<br />

o tipo do solo. PURI (8) mostra que, se a retrogradaçao em um<br />

determinado solo com pH=2,5 é de 14,5 %, com pH=3,9, ela sera<br />

de 100 %.<br />

PURI (8), FRAPS (9) e BARTHOLOMEW (10) demonstraram que o<br />

pH também exerce influência sobre a solubilidade do fósforo retrogradado,<br />

bem como sobre os fosfatos de ferro e aluminio. Realizamos, em<br />

nosso laboratório, estudos sobre a influência do pH na solubilidade dös<br />

fosfatos do solo, estendendo tais estudos aos fosfatos de aluminio e<br />

ferro quimicamente puros, em funçâo do pH.<br />

Nossa base teórica foi a seguinte: a âgua do solo pode, em maior<br />

ou menor escala, hidrolisar o fósforo, produzindo formas estâveis de<br />

fosfatos. Um solo saturado de câlcio, por exemplo, pode produzir hidroxilapatia.<br />

)m s'olos âcidos, entretanto, sobressaem, em primeiro<br />

lugar, as formas bâsicas do tipo R2O3 fosfato. Segundo os autores<br />

supra citados, a solubilidade dos fosfatos dépende do pH do solo e,<br />

portarito, variando o pH podemos regular a solubilidade e, desta ma-


272 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

neira, chegar a uma conclusâo certa sobre a natureza dos fosfatds do<br />

solo. Empregamos o seguinte método: agitaçâo de 10 gramas de solo<br />

eêco ao ar, durante duas horas, em 500 ml de soluçôes aciduladas de<br />

pH 6, 5,5, 5, 4,5, 4 e 3,5; filtraçâo e determinaçâo do P2O5 dissolvido.<br />

A tabela n.°. 1 dâ os resultados obtidos em miligramas por quilograma<br />

de solo ou da substância citada.<br />

Esta tabela mostra que: l.°) a solubilidade do fosfato de ferro<br />

é maior que a do fosfato de aluminio; 2.°) a curva de solubilidade do<br />

fosfato de ferro é uma reta, o que indica ser a solubilidade pràticamente<br />

constante; 3.°) a curva de solubilidade do fosfato de aluminio<br />

se divide em duas re tas, a primeira apresentando solubilidade no intervalo<br />

de pH de 6 até 5 e a segunda, de pH de 4,5 a 3,5.<br />

NUMERO<br />

DA<br />

AMOSTRA<br />

Solo n.o 3385 ....<br />

Solo n.o 1288<br />

Solo n.o 3027<br />

Fosfato de Al ....<br />

Fosfato de Fe ....<br />

6,0<br />

32,5<br />

6,2<br />

31,0<br />

4300<br />

11800<br />

TABELA<br />

P2O5 em mg — 1 kg<br />

5,5<br />

20,00<br />

2,5<br />

17,0<br />

4100<br />

11300<br />

N.o 1<br />

5,0<br />

PH<br />

12,00<br />

1,5<br />

11,5<br />

4100 |<br />

11300 |<br />

1<br />

• 4,5<br />

14,00<br />

1,7<br />

18,0<br />

3250<br />

11400<br />

4,0<br />

14,00<br />

1,0<br />

10,0<br />

3200<br />

11000<br />

3,5<br />

47,0<br />

1,0<br />

17,5<br />

3200<br />

11000<br />

A terra 1288 apresenta uma solubilidade decrescente de pH 6<br />

até 4, transformando-se a curva em uma reta, a partir dêste limite.<br />

SoKOLOv (1), baseado em experiências de BOBKOV e MASLOVA, constatou<br />

que a,solubilidade dos fosfatos do tipo R2O3, no solo, é, no comêço,<br />

constante até um pH de cêrca de 4, crescendo a solubilidade à<br />

medida que êste diminui. Nossas experiências com fosfatos de ferro<br />

e de aluminio puros deram resultados diferentes dos encontrados pelos<br />

au tores jâ citados.<br />

Constatada a influência do pH sobre a solubilidade dos fosfatos,<br />

realizamos estudos sobre a sua solubilidade em âgua com CO2, em<br />

n,s N_âcidQ_aciiico_ejem_0^N HC1, adotando o seguinte método: agitamos<br />

10 g de solo sêco ao ar nas soluçôes referidas, na reiaçao de<br />

1:50; filtramos e determinamos o P2O5 nos filtrados e nos residuos.<br />

Na tabela n.° 2 encontram-se os resultados obtidos.<br />

NUMERO<br />

DA<br />

AMOSTRA<br />

1288<br />

3027<br />

3521<br />

3518<br />

3385<br />

TABELA N.o 2<br />

Solubilidade em % do P2O5 total<br />

H2O + CO2 | 0,5N CH3COOH I 0,5N HC1 Residuo<br />

0,07<br />

0,16<br />

0,1<br />

0,09<br />

0,9<br />

Estes resultados mostram que a solubilidade dos fosfatos, em<br />

nossos solos, é muito reduzida e variavel para uma mesma soluçâo ex-<br />

0,3<br />

1,6<br />

0,4<br />

0,4<br />

27,0<br />

I<br />

5,8<br />

6,1<br />

17,7<br />

2,4<br />

8,8<br />

94,0<br />

90,7<br />

81,9<br />

96,3<br />

62,2


ANAIS DA TERCEIBA RETJNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 273<br />

tratora. Para os resultados obtidos na amostra 3385, nâo temos explicaçâo.<br />

CHIBIKOV (48 classifica os fosfatos em 5 grupos, segundo a sua<br />

solubilidade.<br />

1° grupo: — Solüvél em H2 O+CO2<br />

Todos os fosïatos alcalinos e amoniacais, os fosfatos äcidos, como<br />

Mg HP04, Ca HP04, Mga (P04)2 e uma parte de Ca3 (PO4)2.<br />

im ""<br />

2.° Grupo: — Solüvel em 1/2 N âcido acético.<br />

• Ca3 (P04)2, uma parte das fosforitas e apatitas e Al P04.<br />

3.° grupo: — Sólüvel em 1/2 N HC1<br />

Fosforitas e apatitas, Al P04, Fe, P04 e Fitina<br />

4P grupo: — Solüvel em 3N NH4 OH<br />

Nucleoproteidas e outros compostos fosfatados do âcido hümico.<br />

6.° grupo: — Insolüvel<br />

Fosfatos de titânio e fosfato da rocha mâe.<br />

O autor, de que estamos ^ratando; estudou a composiçâo dos fosfatos<br />

na terra vermelha e constatou que 34 % dos fosfatos aplicados<br />

ao solo pertencem ao grupo III e 66 % säo fosfatos insolüveis em<br />

1/ N HC1.<br />

A opiniäo de DMITRENKO (49), técnico que estudou os principals<br />

tipos de solos da Ucrânia, diverge da de CHIRIKO. Acha êle que podemos<br />

classificar as formas do fósforo no solo em apenas dois grupos:<br />

1.°) fosfatos solüveis em âcido citrico — fosfatos de câlcio, aluminio<br />

e ferro; 2.°) fosfatos solüveis em âcido acético a 3 % — fosfatos de<br />

câlcio. Em âcido acético a 3 %, os fosfatos de aluminio só säo parcialmente<br />

solüveis e os de ferro, pràticamnete insoluveis.<br />

PRINCE e BEAR (11) e O'BRIEN e OBENSHAIN (12), estudando a<br />

formaçâo do fosfato de câlcio e de magnésio em solos tratados com<br />

cal, acharam que os referidos sais säo bastante solüveis, constituindo<br />

uma boa fonte de fósforo para as plantas. DAVIS e BREWER (13) constataram<br />

igualmente a influência benéfica da cal sobre a absorçâo do<br />

fósforo. NAKAIDSE (14), e ZALKIND (15) mostram nos seus trabalhos<br />

que a calagem de terras vermelhas de pH 6 aumenta a mobilidade<br />

dos fosfatos de 10,14 % até 18,59 %, em consequência da coagulaçào<br />

de Al (OH)3 e Fe (OH)3, no solo.<br />

AUSTIN, citado por GEHRING (16), realizou um estudo sobre a retrogradaçâo<br />

do fósforo no solo, em presença do câlcio, mostrando<br />

que a reaçao âcido fosfórico — câlcio, so nolo, termina com a formaçâo<br />

de Ca H PO4, e näo com a de Ca HPO4, e näo com a de<br />

Ca3 (PO4)2, insolûvel.<br />

Abordaremos êsse assunto em outra parte dêste trabalho.<br />

A composiçâo mecânica do solo, o carâter dos colóides e dos minerais<br />

do solo influem, também, na retrogradaçao do fósforo.<br />

RÜSSEL (17) mostra que a substituiçao do fósforo retrogradado,<br />

é râpida em solos arenosos e lenta nos argilosos.<br />

A influência de minerais sobre a retrogradaçao do fósforo Dor<br />

exemplo, Caolinita, Montmorrilonita, Gdetitta, etc., foi estudada<br />

iguamente, por muitos autores.<br />

BRADFIELD, SEARSETH e STEELE (18), BLACK, PIERRE e ALLA WAY (19,<br />

VOLK (20), HASEMAN, BROWN e WHITT (21), LAW (22), FORD (23) e


274 AN ATS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

outros, provaram a possibilidade da fixacäo do fósforo por minerais<br />

do solo. HASEMAN, BROWN e WHITT (21) esclareceram o mecanismo<br />

da fixacäo do fósforo. BLACK, PIREE e ALLA WAY (19) constataram a<br />

possibilidade da substituiçâo de OH da Caolinitat, por fosfatos e a<br />

reaçâo dos fosfatos com aluminio livre.<br />

Desde os trabalhos de METZGEN (24), é conhecida a influência da<br />

quantidade de R2O3 sobre a retrogradaçâo do fósforo no solo.<br />

Conforme mostram os resultados constantes da TABELA seguinte,<br />

verificando o mesmo fato.<br />

NUMERO<br />

DA<br />

AMOSTBA<br />

3294<br />

3385<br />

3027<br />

1288<br />

3518<br />

3522<br />

3521<br />

FeîOa<br />

%<br />

1,01<br />

1,19<br />

4,79<br />

5,98<br />

19,56<br />

20,57<br />

22,16<br />

AI2O3<br />

%<br />

1,58<br />

3,49<br />

1,42<br />

8,40<br />

21,88<br />

23,00<br />

22,12<br />

R2O3<br />

%<br />

2,59<br />

4,68<br />

6,21<br />

14,30<br />

41,44<br />

43,57<br />

44,28<br />

TABELA N.° 3<br />

H3PO1<br />

Fósforo retrogradado em miligramas de<br />

P2O5 por 100 gramas de terra<br />

1 hora<br />

10,4<br />

136,8<br />

62,8<br />

606,0<br />

796,0<br />

1137,0<br />

1230,0<br />

Super<br />

148,0<br />

159,5<br />

120,4<br />

1092,0<br />

1332,0<br />

1606,0<br />

1535,0<br />

H3PO4<br />

247<br />

278<br />

—<br />

1065<br />

1280<br />

1657<br />

1728<br />

7 dias<br />

Super<br />

__<br />

740<br />

—<br />

3239<br />

4088<br />

4319<br />

4124<br />

14<br />

HsPO.<br />

339<br />

406<br />

240<br />

1584<br />

—<br />

—<br />

Elias'<br />

Super<br />

CHANDLER (25), explica que o tratamento da argila com o fim de<br />

extrair os seus sesquióxidos, diminui a sua capacidade de permutaçâo<br />

de bases nos solos com baixo teor de matéria orgânica, mas, rico<br />

em óxidos livres de aluminio e de ferro. Igualmente METZGEN (24 e<br />

26) constatou que a eliminaçâo dos óxidos livres de aluminio e de<br />

ferro diminui a capacidaae ae Iix^^'0~do~fósforo7~n:o intervalu de pH<br />

de 5 a 6, 7, e que o R2O3 é responsavel pela fixaçâo do fósforo, nâo influindo<br />

nas formas fàcilmente solûveis.<br />

PERKINS, WAGNER e KING (27) esclarecem que a composiçâo quimica<br />

dos minerais do solo e a fixaçâo do fósforo, estâo em relaçâo com<br />

o tamanho das particulas. Assim, quando estas diminuem, a relaçâo<br />

SiO2 R2O3 também, diminui e, igualmente, a fixaçao do fósforo.<br />

Bentre os diversos estudos feitos em nosso laboratório sobre questôes<br />

ligadas aos fosfatos e sua retrograçao tentaremos 'a explicar, no<br />

decorrer desta exposiçâo, questôes seguintes:<br />

1 — quai a curva da retrogradaçâo?<br />

; 2 — quai a curva da retrogradaçâo em funçâo do tempo?<br />

3 — quai a explicaçâo teórica do fato que formas retrogradadas<br />

possam ser ûteis as plantas depois de decorrido um ano ou mesmo<br />

mais? 4 — quai a influência do cation ligado ao anion PO4?<br />

5 — como varia a retrogradaçâo nas diferentes profundidades?<br />

6 — quai a influência que exerce a saturaçâo total do complexo<br />

sortivo do solo com Ca, Na, K, NH4 e H, sobre a qualidade da retro-<br />

1156<br />

840<br />

4296<br />

5840<br />

6240<br />

6000


1 bora<br />

TEMPO<br />

<strong>DO</strong><br />

TRATAMENTO<br />

1 dia . . . .<br />

7 dlas<br />

14 dias<br />

Calcinado<br />

N a t u r a l . . . .<br />

TEMPO<br />

<strong>DO</strong><br />

TRATAMENTO<br />

1 hcra<br />

1 dia<br />

7 dias<br />

14 dias<br />

Calcinade. . . .<br />

N a t u r a l . . . .<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 275<br />

TABELA 4<br />

P:Os PIXA<strong>DO</strong> EM MILIGRAMAS POR 100 GRAMAS DE TERRA<br />

BELO HORIZONTE<br />

Super<br />

163,83<br />

449-.09<br />

740,45<br />

1155,91<br />

845,49<br />

3385<br />

pH 6,9<br />

56,015<br />

H3PO4<br />

159,48<br />

190,05<br />

278,23<br />

405,94<br />

367,72<br />

BELO HORIZONTE<br />

Super<br />

148,00<br />

240,79<br />

338,99<br />

130,09<br />

TABELA 4 (continuaçâo)<br />

3294<br />

pH 6,2<br />

95,95<br />

HsPOi<br />

104,00<br />

136,93<br />

247,52<br />

228,00<br />

3706,87<br />

Super<br />

SETE LAGÔAS<br />

573,93<br />

2109,32<br />

3239,64<br />

4296,55<br />

3706,87<br />

PIOE PIXA<strong>DO</strong> EM MILIGRAMAS POR 100 GRAMAS DE TERRA<br />

Super<br />

1332,76<br />

3220,00<br />

4888,67<br />

5840,00<br />

PATOS<br />

3521<br />

pH 6,3<br />

820,42<br />

HaPOi<br />

796,20<br />

1280,96<br />

Super<br />

1505,28<br />

3140,00<br />

4124,28<br />

6000,00<br />

PATOS<br />

3518<br />

pH 5,8<br />

366,40<br />

H3PO4<br />

1230.88<br />

1728,03<br />

Super<br />

1605,85<br />

3260,00<br />

4319,31<br />

6240,00<br />

PATOS<br />

3522<br />

pH 6,1<br />

HsPO*<br />

1137,17<br />

1657,25<br />

•<br />

1288<br />

pH 6,1<br />

Super<br />

176,74<br />

HaPOi<br />

639,93<br />

1153,91<br />

JEQTJITIBÄ<br />

120,46<br />

238,56<br />

820,00<br />

3027<br />

pH 6,2<br />

694,43 1 38,22<br />

1<br />

1665,03<br />

1583.75<br />

1311,67<br />

H3PO4<br />

62,87<br />

110,97<br />

240,00<br />

gradaçâo? Na tentativa de responder a estas seis questöes, fizemos<br />

em nosso laboratório tuna série de estudos.<br />

•t<br />

Influência do tempo sobre a retrogradaçâo de fosfatos solûveis<br />

1<br />

Método: — Tratar, em frasco de Erlemeyer de 250 ml, 10 gramas<br />

de solo sêco ao ar com O, IN H3 PO4 ou com quantidade equivalente<br />

de um extrato aquoso de superfosfato, durante uma hora, no findo<br />

de sete a catorze dias, respectivamente. Lavar até a eliminaçâo total<br />

dos fosfatos da soluçâo reagente. Determinar, o P2O5 total no residuo.<br />

O solo calcinado sof reu um tratamento de uma hora. A calcinaçâo<br />

procedeu-se a 400°C, segundo PURRI (8), o quai diz que a esta temperatura,<br />

tôda a matéria orgânica é destruida. No solo natural determinamos<br />

o P2O5. Na tabela n.° 4 estâo os resultados dêste trabalho.


276 ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Baseados nos resultados desta tatbela, podemos concluir o seguinte:<br />

1.° — as formas solüveis de fosfato, sejam elas provenientes<br />

do âcido fosfórico livre ou ligadas a cations, retrogradam-se no solo.<br />

2.° — a retrogradaçâo é, atté a saturaçâo, uma reaçâo de tempo.<br />

SCHAPIRO, citado por SCHMUK (50), constatou que, decorridos<br />

10 dias após a adubaçâo com superfosfato, no solo só se encontra<br />

1,2 % de âcido fosfórico total, contido no superfosfato adicionado ao<br />

mesmo %<br />

3.° — Nos solos calcinados, a retrogradaçâo é maior. Isto, podemos<br />

explicar, pelo fato de a calcinaçâo destruir a matéria orgânica<br />

ligada as micelas do solo, tornando-as aptas à fixaçâo do fósforo.<br />

4.° — Tanto os solos naturais como os calcinados necessitam,<br />

para a compléta eliminaçâo dos fosfatos näo retrogrados e provenientes<br />

de superfosfatos, de 5 a 10 vezes mais tempo do que para as provenientes<br />

do âcido fosfórico. O mesmo observaram SIEIJNG e BASS (28).<br />

5.° — A fixaçâo do fósforo no solo é um processo complexe De<br />

um lado a reaçâo do fósforo com os cations, e, do utro, as reaçôes<br />

de permutaçâo ou de troca.<br />

A retrogradaçâo do fósforo nos diferentes Horizontes do solo<br />

Nossos estudos que concordam com os de ROMINE e METZGEN (29)<br />

mostram que a retrogradaçâo ocorre em todos os horizontes do solo.<br />

A tabela N.° 5, resultante de nossos estudos, élucida este fato.<br />

NUMERO<br />

DA<br />

AMOSTRA<br />

3294<br />

3295<br />

3296<br />

3297<br />

3298<br />

3385<br />

3386<br />

3389<br />

3390<br />

3391<br />

3392<br />

3393<br />

Profundidade<br />

em cm.<br />

0 --<br />

16<br />

, 16 --<br />

28<br />

28 --<br />

48<br />

48 --<br />

78<br />

78 --<br />

105<br />

0 --<br />

15<br />

15 --<br />

31<br />

31 -<br />

- 47<br />

47 --<br />

72<br />

72 --<br />

125<br />

135 --<br />

176<br />

176 --<br />

200<br />

Perfil<br />

Perfil<br />

TABELA N.° 5<br />

Solo natural<br />

P2O5 em mg.<br />

por 100 g. de<br />

solo<br />

V-5<br />

V-10<br />

95,95<br />

17,66<br />

13,18<br />

5,24<br />

2,67<br />

56,01<br />

31,01<br />

21,00<br />

18,00<br />

21,00<br />

18,00<br />

14,00<br />

P2O5 fixado em mg. por 100 g.<br />

de solo<br />

Soluçao aquosa<br />

de superfosfato-hora<br />

148,0<br />

114,0<br />

84,0<br />

17,5<br />

39,0<br />

163,83<br />

134,00<br />

150,00<br />

149,00<br />

169,00<br />

101,00<br />

68,00<br />

0.1N HsPO»<br />

1 hora<br />

104,0<br />

82,5<br />

55,62<br />

14,76<br />

12,95<br />

159,48<br />

130,00<br />

108,00<br />

112,00<br />

89,00<br />

74,00<br />

62,00


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 277<br />

A influenciez, dos cations sobre a retrogradaçâo do fósforo.<br />

Também esta questâo foi por nós estudada. Nestas experiências<br />

usamos soluçoes O,1N dos seguintes sais: K2HPO4, (NH4)2 HPO4 (NH4)<br />

H2PO4, H3PO4 KH2PO4 e extrato aquoso de superfosfato, sob o seguinte<br />

método. Saturaçâo de 10 g. de solo sêco ao ar, nas respectivas<br />

soluçoes durante uma hora; filtraçâo, lavagem e determinaçâo de<br />

P2O5 no residuo. Na tabela n.° 6 estâo os resultados obtidos em miligramas<br />

por 100 gramas de solo.<br />

Os resultados dêste trabalho indicam que a influência da natureza<br />

do cations varia de um solo para outro. Um semo cation, ora<br />

favorece ora nâo a retrogradaçâo do fósforo, o que importa é o solo<br />

e suas propriedades fïsicas e quimicas.<br />

Influência da saturaçâo total do complexo sortivo corn os cations H,<br />

Na, K Ca e NHJt sobre a fixaçâo do fósforo<br />

Método: — Tratar, com O, IN HCl, 10 g. de solo sêco ao ar,<br />

NUMERO<br />

DA<br />

AMOSTRA<br />

3385<br />

1288<br />

3027<br />

3294<br />

HaPO<<br />

159,48<br />

639,93<br />

62,87<br />

104,00<br />

KH2PO4<br />

66,00<br />

330,00<br />

90,00<br />

153,00<br />

TABELA N.° 6<br />

Mg. de P2O5 em 100 g. de solo<br />

KJHPOJ<br />

50,00<br />

376,00<br />

90,00<br />

127,2<br />

(KHi) H=P( 3. (Kft)!HPO,<br />

53,00<br />

396,00<br />

92,00<br />

161,60<br />

73,00<br />

414,00<br />

84,00<br />

124,00<br />

Superfosfatc<br />

163,00<br />

573,00<br />

120,00<br />

148,00<br />

até a saturaçâo total com H. Lavagem. Saturaçâo do solo assim preparado<br />

com O,IN H3PO4. Lavagem. Determinar P2O5 no residuo. A<br />

tabela n.° 7 dâ os resultados em miligramas de P2O5 por 100 gramas<br />

de solo. Acrescentamos à tabela o solo natural, tratado corn O,IN<br />

H3PO4 1 hora.<br />

NUMERO<br />

DA<br />

AMOSTRA<br />

3294<br />

1288<br />

3027<br />

H<br />

695<br />

665<br />

126<br />

TABELA N.° 7<br />

P2O5 mg % flxado em soles tratados com:<br />

Ca<br />

620<br />

695<br />

124<br />

Na<br />

639<br />

695<br />

122<br />

K<br />

665<br />

700<br />

124<br />

Na<br />

—<br />

665<br />

108<br />

Solo natural<br />

104,00<br />

639,93<br />

Esta tabela mostra que os cations entre si pouca ou nenhuma influência<br />

sensivel, exercem, mas, a fixaçâo do fósforo nos solos por<br />

êles tratados é sempre maior do que o do solo natural.<br />

62,87


278 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

A prâtica de adubaçâo élucida que o superfosfato nâo só da bons<br />

resultados no primeiro ano, como também possui efeito residual.<br />

Por que o fósforo retrogadado, proveniente de superfosfatos, também<br />

dâ bons resultados?<br />

CATANI (30), baseado na literatura (NAGAOKA, 1904; TRUOG, 1916;<br />

ELLET, 1918, LICHTENWALNER, 1923; WILLEY e GOR<strong>DO</strong>N, 1923), escreve:<br />

"os fosfatos, quer admitindo-os absorvidos aos óxidos de ferro, aluminio<br />

etc., quer combinados quimicamente ao Fe, Al etc., sâo perfeitamente<br />

assimilâveis pelas plantas".<br />

DEAN, citado por NORMAN (47), escreve que o conceito da utilidade<br />

dos fosfatos bâsicos de R2O3, ainda nâo foi abandonado.<br />

HECK (5) mostrou que o aproveitamento do fósforo pela panta<br />

pode ser dividido em très partes. 1.° — Fósforo ràpidamente assimilâvel,<br />

como Ca3(PO4)2; 2.° — fósforo moderadamente assimilâvel, como<br />

Al PO4 e 3.° — o fósforo dificilmente assimilâvel, como o Fe PO4 e<br />

Al2 (OH) s (PO4.<br />

WILLIAMS, citado por ROBINSON (6), opina, que o fósforo fixado<br />

por certas arguas é relativamente pouco assimilâvel. Em solos âcidos<br />

o fósforo é, principalmente, preciptado como fosfato de ferro e de aluminio,<br />

os quais sâo relativamente pouco assimilâveis pelas pantas.<br />

SCARSET (53) estudou o mecanismo da retençâo do fósforo por arguas<br />

de H, Na, e Ca, e dâ o esquema seguinte a argila de H e pH = 3.<br />

H — O<br />

H — O — SI — O\<br />

I \<br />

O A1OH Ligaçao aninônia<br />

H — O — SI — O/<br />

H-i<br />

Na ausência de ferro, o Po4 dissocia-se do complexo nas soluçôes e,<br />

em sua presença, fosfatos de ferro insolûveis sâo formados e precipitados.<br />

Estudos mais adiantados mostraram que os fosfatos de aluminio<br />

nâo possibilitam um crescimento normal das plantas.<br />

BLAIR, CONNOR, HASTWELL, MATTHEI MC LEAN, GILBERT, MIRASOL e<br />

WRIGTTH, citados WRIGTH (31), constatam que a precipitaçâo do fósforo<br />

pelo aluminio do solo, é responsâvel pelo mau crescimento das<br />

plantas e, CONNOR, MC GEORGE e PIERRE, citados ainda por WRIGTH (31)<br />

mostram que o aluminio précipita o fósforo "nas plantas, törnando-as<br />

inaptas aos processos normais do metabolismo.<br />

RÜSSEL (32) explica que o fósforo fixado em condiçôes âcidas, é<br />

täo firmemerite ligado, que se torna dificilmente recuperâvel pelas<br />

plantas e por âcidos fracos.<br />

MATTHEI (35), que realizou urn estudo sobre o aproveitamento<br />

da fosforita pelas plantas, escreve: "Se o âcido fosfórico fixado pelos<br />

carbonatos de câlcio ou de magnésio, é mais assimilâvel pelas plantas<br />

do que quando se combina com o óxido de ferro ou com o de aluminio<br />

é porque 0 fosfato de câlcio é uma combinaçâo fraca ou lentamente<br />

soluvel". Esta é a razâo dos resultados maus obtidos com 0<br />

superfosfato, em solos sem cal.<br />

OBOLENSKAJA (45) ericontrou, em solo virgem, até 35 mg. de aluminio<br />

ativo por 100 gramas de solo e constatou que a adiçao de uma<br />

quantidade P2O5 equivalente ao alum|nio ativo, nâo eliminou o efeito<br />

toxico do ultimo.


ANAIS BA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 279<br />

GUSÈV (4), depois de estudos de vârios anos, constatou que a<br />

Vivianita, finamente pulerizada, pode servir de adubo, mas, sómente<br />

em solos âcidos ë, também, só no 2.° ou no 3.° àno depois da japlicaçao.<br />

No Brasil, os experimentos de adubaçâo com apatitas e com fosfato<br />

de aluminio, têm mostrado que estes fertilizantes nâo aumentam<br />

satisfatoriamente a produçâo.<br />

Aveia<br />

PLANTA<br />

Fagopyrum esculento<br />

Nabo . ..<br />

Milho . .<br />

Cevada .<br />

Alfafa . .<br />

Trevo . .<br />

Millet . .<br />

Seradela<br />

§<br />

S.<br />

100<br />

100<br />

100<br />

100<br />

100 I<br />

100<br />

100<br />

100 j<br />

100<br />

•a .2<br />

Fosfato<br />

Alumîr<br />

94,6<br />

88,0<br />

96,4<br />

56,3<br />

104,7<br />

78,6<br />

84,2<br />

86,7<br />

787,<br />

TABELA N.o 8<br />

Fosfato<br />

tricàlci<br />

70,5<br />

70,1<br />

76,2<br />

26,8<br />

62,2<br />

99,2<br />

64,5<br />

38,4<br />

90,4<br />

I<br />

Fosfato<br />

férrico<br />

79,9<br />

32,5<br />

23,4<br />

40,3<br />

133,5<br />

93,6<br />

68,9<br />

103,8<br />

111,7<br />

Fosfato<br />

ferroso<br />

82,9<br />

• 63,3<br />

61,5<br />

19,3<br />

79,7<br />

28,1<br />

23,6<br />

31,0 )<br />

28,2<br />

o<br />

'S<br />

•2<br />

Fosfato<br />

minera<br />

(Rock)<br />

9,1<br />

70,0<br />

46,8<br />

10,0<br />

25,8<br />

38,3<br />

6,1<br />

4,1<br />

3,2<br />

Fosfato<br />

magné<br />

21,3<br />

15,5<br />

7,1<br />

26,7<br />

16,0<br />

49,9<br />

Fosfato<br />

manga<br />

76,4<br />

125,3<br />

Em Minas Gérais, desde 1947, vem sendo conduzido pela rêde de<br />

Estaçôes Experimentais do Ministério da Agricultura e da Secretaria<br />

da Agricultura, um piano de calagem e adubaçâo fosfatada, usando o<br />

soja como planta teste.<br />

Estudando-se, no presente caso, somente o efeito do superfosfato,<br />

aplicado na presença e na ausência de cal, temos os resultados médios<br />

de 3 colheitas; as dos anos agricolas 1947/48, 1948/49 e 1949/50, reunidos<br />

na tabela seguinte, cujos resultados näo exigem explicaçoes.<br />

NOME DA ESTÀÇAO<br />

Belo Horizonte<br />

Lavras<br />

Bete Lagoas<br />

Agua Limpa<br />

Carmo da Mata<br />

Pltangui<br />

Superfosfato<br />

Sem cal<br />

1540<br />

254<br />

253<br />

971<br />

1050<br />

1087<br />

TABELA<br />

Superfosfato<br />

+ cal<br />

,1720<br />

312<br />

533<br />

1319<br />

1292<br />

1259<br />

Aumento<br />

Kg/Ha<br />

180<br />

58<br />

280<br />

348<br />

242<br />

172<br />

Aumento<br />

%<br />

20,8<br />

4,2<br />

73,8<br />

51.7<br />

11.7<br />

23,8<br />

110,8<br />

35,8<br />

23,0<br />

15,8


280 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

(34) realizou experiências com diversos fosfatos er os comparou<br />

ao superfosfato, considerando-os como 100 %, de acôrdo com<br />

a tabela n.° 8.<br />

Esta tabela literalmente copiada do autor acima referido, mostra<br />

que as diversas formas de fósforo reagem de maneira diferente, para<br />

uma mesma planta e que urn fosfato, também, pode ser mais ou<br />

menos assimilado por plantas diferentes. InfeUzmente as experiencias<br />

de que temos conhecimento, em nosso pais, nâo confirmam os<br />

lisongeiros resultados obtidos por COLIJNGS.<br />

Adubando-se o solo com superfosfato, nós adicionamos a êle sais<br />

de fósforo, muito complexos. A tabela n.° 10, mostra a composiçao<br />

de um superfosfato de fabricaçâo alemä, na quäl, pode-se observar<br />

a sua complexidade quimica.<br />

Ca (&.PCM:. H=O 24,72 %<br />

Hs PO4 4,14 %<br />

Ca HPO4 0,42 %<br />

Fe P4 .. 0,26 %<br />

AI PO« 0,79 %<br />

H2O de cristalizacäo .... 3,72 %<br />

H:O (unidade) 9,72 %<br />

TABELA N.o 10<br />

Cas (PO.); 0,44 %<br />

Ca SO4.2H2O 50,54 %<br />

Mg SO4 0,48 %<br />

Ca Pe2 2,60 %<br />

SiO2 ' 0,44 %<br />

Alcalis 0,70 %<br />

Matéria orgânica 0,97 %<br />

Usando-se superfosfato como adubo, nós adicionamos, ao mesmo<br />

tempo, sulfato de câlcio ao solo. Sais do âcido fosfórico, présentes<br />

no superfosfato, hidrolisam-se a 4/7 do fosfato bicâlcio pode sodubilizar.<br />

A parte restante transforma-se, provàvelmente, em hidroxil-<br />

-apatita, Ca5 (PO4)3 OH. Como formula estrutural de didroxil-apatita,<br />

damos a seguinte:<br />

op<br />

/l\<br />

\r/<br />

o o o<br />

Ca<br />

— Ca<br />

O<br />

P<br />

i<br />

/P\<br />

— o o o<br />

1<br />

Ca<br />

OH<br />

— Ca<br />

O 99<br />

P<br />

|<br />

/P\<br />

— O O O<br />

\y<br />

Ca<br />

A hidroxil-apatita é, no solo, uma combinaçâo muito estâvel. Â<br />

hidrólise do fosfato bicâlcio, formando hidroxil-apatita, é a que expomos,<br />

abaixo:<br />

7 CaHPO4+H2( -2 Ca(H2PO4)2+Cag(PO4)3.OH<br />

Dos superfosfatos, uma parte solüvel é aproveitada pelas plantas,<br />

outra perde-se por lixiviaçâo e uma ultima transforma-se em CaHPO4.<br />

Os sais do tipo R2O3PO4 podem ligar-se as formas ativas de R2OS,<br />

formando sais neutros como o FePO4 e o A1PO4 ou mais bâsicos, nas


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 281<br />

formas de Fe2 (OH)3 PO4 e AL, (OH)3 PO4. Os sais neutros no solo<br />

podem hidrolisar-se formando Vavelita, 4 O1PO4 A1(OH)3. 9H2O e<br />

Beranita, 4Fe PO4. 3 Fe(OH) 8H2O.<br />

Para evitar a retrogradaçâo râpida do fósforo, devemos distribuir<br />

o superfosfato em pequenos sulcos ou covas, e nâo semeâ-lo por igual,<br />

sobre tôda a ârea.<br />

Esta maneira de distribuiçâo dâ as plantas a possibilidade de<br />

aproveitar em maior quantidade de fosfatos solüveis, sem o perigo de<br />

uma retrogradaçâo râpida.<br />

SOKOLOV (1) realizou um estudo extenso sobre a questâo do grau<br />

da moagem ou granulaçâo que se deve usar, nos superfosfatos.<br />

Seus resultados constam da tabela n.° 11.<br />

Superfosfato<br />

Finamente pulverizado<br />

Granulado<br />

Plnamente pulverizado<br />

Granulado<br />

TABELA N.° 11<br />

Distribuiçâo<br />

Bern misturados com<br />

com os solos<br />

Em sulcos ou covas na<br />

profundidade de 4 cm.<br />

P-Os abscrvido<br />

0,4 mg<br />

5,3 mg<br />

8,8 mg<br />

25,7 mg<br />

Esta tabela mostra a superioridade da forma granulada sobre a<br />

moagem fina, o que se explica pelo retarcïamento da retrogradaçâo da<br />

forma granulada.<br />

Além disso, adotando-se uma distribuiçâo em sulcos ou em covas,<br />

a retrogradaçâo do fósforo é mais lenta, permanecendo por mais tempo<br />

na forma meta-estâvel, forma esta intermediâria nos processus de retrogradaçâo,<br />

isto é, transitória entre os fosfatos solüveis e insolûveis,<br />

porém ainda assimilâvel pelas plantas.<br />

MICHAEL e KUHN (46) constataram, igualmente, a supremacia do<br />

superfosfato, granulado sobre o superfosfato çomum, finamente pulverizado,<br />

salientando, além dö efeito imediato, a sua açao prolongada.<br />

Em solos âcidos podemos empregar outros adubos fosfatados mais<br />

baratos do que o superfosfato, como a farinha de ossos e as fosforitas.<br />

Mas, como o fósforo destas substâncias nelas se encontra em formas<br />

pouco solüveis, a adubaçâo deve anteceder bastante o plantio.<br />

KASKELKOV (36) publicou os resultados de estudos d osolo, apôs<br />

25 anos de aplicaçâo da fosforita visando a correçao de acidez do<br />

solo, o melhoramento de suas bases permutâveis e a elevaçâo do teor<br />

do fósforo assimilâvel.<br />

Os seus resultados, na tabela n.° 12, da pagina seguinte, em miliequivalente<br />

para 100 gramas de solo, mostram que sômente grandes<br />

quantidades de fosforita proporcionam alguns resultados.<br />

O autor trabalhou em solos inicialmente nâo muito âcidos nem<br />

desbasificados, fato que talvez tenha colaborado para que os resultados<br />

da fosforita, apôs 25 anos no solo, nâo proporcionasse os resultados<br />

que se poderia esperar.<br />

A possibilidade do emprêgo da fosforita e msolos âcidos foi estudada<br />

por GOLUBEV (4)". Êle pelo grâfico abaixo transcrito, mostra


282 ANAIS DA TERCEIHA REUNlSO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CTÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

a zona em que a fosforita pode ser tâo eficaz ou mais do que os fosfatos<br />

soluveis. Lsto ocorre quando o indice de saturaçâo é inferior a 50.<br />

Näo possuimos experiências proprias sobre o assunto, porém, as<br />

que conhecemos, realizadas em diversas partes do pais, näo confirmaram<br />

o trabalho de GOLUBEV.<br />

MENDES (37), em trabalhos "muito bem conduzidos com farinha<br />

de ossos. em solos do Estado de Säo Paulo, concluiu: — "A farinha<br />

de ossos mostrou-se tâo ativa desde o inicio, como o superfosfato e o<br />

Renaniafosfato, revelando no final de contas, superioridade de resultados<br />

sobre ambos. Na terra roxa, pelo menos, e em nosso clima, a<br />

farinha de ossos pode se tornar täo assimilävel, desde logo, como o<br />

superfosfato e o Renaniafosfato".<br />

Para aumentar o efeito das formas pouco soluveis dos adubos<br />

fosfatados, näo so o pH tem importância, como também as formas<br />

dos adubos azotados. PRIANISHNUCOV (38), que estudou durante 40 anos<br />

a questäo das formas dos adubos azotados, escreve:' — "para aumentar<br />

o efeito de adubos fosfatados pouco soluveis é preciso o emprêgo de<br />

adubos azotados fisiolôgicarnente âcidos, e só na forma amoniacal.<br />

Esta questäo pode ser interpretada da seguinte maneira. Quando<br />

adubamos com o sulfato de amônio, fertilizante de reaçâo fisiológica<br />

âcida, hâ possibilidade de serem atacadas as formas pouco soluveis dos<br />

fosfatos. PBIANISHNIKO,, citaçâo de MAXTMOV (39), chega mesmo a<br />

afirmar "las raices de los céréales puedem disolver fosfatos rocosos solidos,<br />

unicamente cuando estan en presencia de nitrógeno al estado<br />

de sulfato amónico".<br />

Quando empregamos adubos fisiolôgicamente neutros, como o<br />

Na NO3, as plantas se utilizaräo do nitrogênio, libertando cations<br />

alcalinos. Estes neutralizam os âcidos formados pelas raizes das plantas<br />

ou os que se encontram no solo, nenhuma ajuda trazendo, portanto,<br />

para a solubilizaçâo dos fosfatos .<br />

PsOs<br />

Kg/ha<br />

0<br />

45<br />

135<br />

270<br />

540<br />

11<br />

5,01<br />

5,02<br />

5,02<br />

4,58<br />

4,43<br />

Hldrolitica<br />

Parcelas<br />

12<br />

4,72<br />

4,47<br />

4,26<br />

4,16<br />

3,91<br />

ACIDEZ<br />

13<br />

4,31<br />

4,47<br />

4,54<br />

4,47<br />

4,23<br />

TABELA 12<br />

11<br />

1,24<br />

1,24<br />

1,10<br />

0,86<br />

0,60<br />

Trocâvel<br />

Parcelas<br />

12<br />

0,88<br />

0,81<br />

0,63<br />

0,57<br />

0,50<br />

13<br />

1.17<br />

1.10<br />

1,22<br />

1,06<br />

1,04<br />

11<br />

5,59<br />

5,65<br />

6,88<br />

7.31<br />

7,17<br />

S<br />

ME %<br />

Parcelas<br />

12<br />

6,18<br />

6,80<br />

6,72<br />

7,31<br />

7,00<br />

13<br />

6,81<br />

6,83<br />

6,82<br />

6,39<br />

6,77


PîO5<br />

Kg/ha<br />

0<br />

45<br />

135<br />

270<br />

540<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUN1ÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 283<br />

11<br />

10,60<br />

10,67<br />

10,70<br />

11,39<br />

11,60<br />

T<br />

ME %<br />

Farcelas<br />

12<br />

10,90<br />

11,27<br />

10,98<br />

10,96<br />

10,91<br />

TABELA 12 (contlnuaçâo)<br />

13<br />

10,92<br />

11,30<br />

11,36<br />

10,86<br />

11,00<br />

11<br />

52,7<br />

52,9<br />

57,1<br />

61,5<br />

61,8<br />

V<br />

%<br />

Parcelas<br />

12 13<br />

56,7 | 60,5<br />

60,3<br />

61,2<br />

62,0<br />

64,2<br />

60,4<br />

60,0<br />

• 58,8<br />

61,5<br />

11<br />

2,49<br />

2,56<br />

3,21<br />

4,08<br />

5,62<br />

PsO*<br />

(Sol. HC1 0,2H)<br />

ME %<br />

Parcelas<br />

.12 13<br />

WILLIMS (43), VOLK (20) e FADGE (40), confirmam a opiniäo de<br />

PBIANISHNTKOU.<br />

GOMES DE FREITAS (41) tem uma opiniäo completamente diferente,<br />

que vem de encontro a todos os resultados dos estudos classicos.<br />

Na pagina 115, êle escreve: — "alguns sais, como o NaNOs<br />

e Na Cl, podem auxiliar a solubilizaçao do fosfato tricâlcico". Esta<br />

opiniâo séria muito interessante, se o autor documentasse o seu trabalho.<br />

Infelizmente, em seu trabalho näo constam experiências feitas,<br />

que provem o conceito emitido.<br />

SCHARRER e SCHREIBER (44), recentemente, realizaram experiências<br />

com très tipos de solos para estudar o efeito dos ions Cl e SO4<br />

sobre os fosfatos, constatando que quantidades crescentes do Na Cl reduzem,<br />

gradativamente, a assimilabilidade do âcido fosfórico.<br />

Para estudar o efeito do A1PO4 e do FePO4 e a influência da forma<br />

do nitrogênio sobre êles, fizemos as seguintes experiências: cinco<br />

séries de vasos com areia lavada recebera ma adubaçâo que se segue:<br />

l. a série Superfosfato + NH4NO3 % K2SO4<br />

2. a série A1PO4+(NH42)SO4<br />

3. a série AlPO4+NaNO3<br />

4. a série FePO4+(NH3)TSO4<br />

5. a série FePO4-i-NaNO3<br />

As plantas (arroz) que receberam como adubo A1PO4 e Na NO3,<br />

desenvolveram-se mal e mostraram uma coloraçâo acentuadamente<br />

amarelada.<br />

A tabela seguinte, resume os resultados da anâlise das plantas<br />

sêcas a 110°C.<br />

3,00<br />

3,28<br />

3,94<br />

5,46<br />

5,25<br />

1<br />

2,15<br />

2,00<br />

2.00<br />

2,93<br />

2,78


284 ANAIS DA TERCEIRA. REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

N.° DA SÉRIE<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

P2O5<br />

(planta total)<br />

0,471 %<br />

0,560 %<br />

0,250 %<br />

0,265 %<br />

0,238 %<br />

TABELA N.° 13<br />

AI2O3<br />

(raizes)<br />

0,035 %<br />

0,066 %<br />

0,314 %<br />

—<br />

—<br />

pH<br />

(final no vaso)<br />

A côr amarela das plantas da série n.° 3 deve ser atribuida à tôxicos<br />

do aluminio na forma de A1(OH)3. O ion NA+, proveniente da<br />

dissociaçâo do NaNO3, forma em meio neutro ou alcalino, Na(OH)<br />

que, por sua vez, ataca o A1PO4., formando A1(OH)3.<br />

Em relaçâo aos resultados ns. 2 e 4, tratamento do solo com<br />

fosfato de aluminio e fosfato de ferro, em presença de sulfato de amônio,<br />

nâo vimos explicaçôes para a maior quantidade de fósforo assimilado<br />

nêste primeiro caso. O aspecto da vegetaçâo, conforme ilustram<br />

as fotos • apresentados, é idêntico, nâo traduzindo, portante, a<br />

diferença verificada na absorçâo de fósforo.<br />

No final do trabalho, mostraremos fotografias que ilustram bem<br />

a nossa ultima experiência.<br />

RESUMO<br />

Em consideraçôes preliminares, apresentam-se alguns dados fisicos-quimicos,<br />

referentes ao fósforo, sua estrutura atômica, Valencias<br />

e algo sobre os isótopos radio-ativos.<br />

Sobre retrogradaçâo dos fosfatos, estudam-se a influência do pH,<br />

sua solubilidade em âcidos O,5N, a classificaçâo dos fosfatos, segundo<br />

a sua solubilidade, a influência de calagem sobre a assimilabilidade dos<br />

fosfatos pelas plantas e a influência dos coloides e minerais. A seguir<br />

vêm estudos sobre a relaçâo existente entre R2O3 e a retrogradaçâo dos<br />

fosfatos.<br />

Apresentam-se resultados de experiências e estudos sobre a influência<br />

do tempo na retrogradaçâo de fosfatos solûveis, chegando-se<br />

a conclusâo que 0 tempo é fator importante no processamento dessa<br />

reaçâo. Constatou-se, também, que hâ retrograçâo em todos os horizontes<br />

de um mesmo perfil.<br />

A influência dos cations H,+ K, + Na, + Ca,++ e NH± 4, sobre<br />

a retrogradaçâo dos fosfatos é estudada, de resultados de trabalhos<br />

próprios sâo apresentados, concluindo-se que os referidos cations nenhuma<br />

influência sensivel exercem.<br />

Em outra parte, discutem-se e explicam-se a utilidade dos fosfatos<br />

retrogradados e o efeito das calagens, apresentando, também,<br />

resultados de experiências em campo.<br />

Compara-se o superfosfato com outros fosfatos, a adubaçâo em<br />

sulcos ou covas com a distribuiçâo uniforme e, a fosforita com a farinha<br />

de ossos.<br />

Estuda-se, por ultimo, a influência da forma do nitrogênio (fisiologicamente<br />

âcido ou neutro), descrevem-se as experiências realizadas,<br />

apresentam-se os resultados obtidos e ilustraçôes fotogrâficas,<br />

que juntamos a este.<br />

4,6<br />

4,6<br />

6,7<br />

5,6<br />

6,2<br />

1


Série de vasos mostrando o desenvolvimento do arroz plantado em vasos com areia lavada<br />

v e adubados conforme especif icaçâo abaixo : '<br />

Vaso ! — Superfosfato + Nitrato de Amônio + Sulfato de Potâssio — Testemunha.<br />

Vaso 2 — Fosfato de Aluminio + Sulfato de Amônio. '<br />

Vaso 3 — Fosfato de Aluminio + Nitrato de Sódio.<br />

Vaso 4 — Fosfato de Ferro + Sulfato de Amônio.<br />

Vaso 5—Fosfato de Ferro + Nitrato de Sódio<br />

Vaso 6 — Apatita.<br />

iJetalhe do experimento. mostrando o efeito fertilizante do Fosfato de Aluminio aplicado<br />

juntamente com o Sulfato de Amônio e o Nitrato de Sódio.<br />

Vê-se, claramente, o melhor efeito do Fosfato de Aluminio quando aplicado junto ao Sulfato<br />

de Amônio.


•••••••r '••<br />

Detalhe do experimento, mostrando o efeito dos Fosfatos de Ferro e de Alumïnio, aplicados<br />

juntamente com Nitrato de Sódio. Nâo se observa diferença sensîvel entre os tratamentos ; as<br />

plantas tiveram crescimento anormal e com coloraçâo amarelada.'<br />

Detalhe do experimento, mostrando o efeito dos Fosfatos de Ferro e de Aluminio, aplicados<br />

juntamente com Sulfato de Amônio. Nâo se observa diferença entre os tratamentos; as<br />

plantas cresceram normalmente.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 287<br />

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Este trabalho foi apresentado à 3. a <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA<br />

<strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong>, realizada em Recife, em agôsto de 1951.


ÉMPRÊGO <strong>DO</strong> EFEITO DE PROTECÄO NA DETERMINACÄO<br />

DA SUPERFICIE ATIVA DE CORRETIVO (*)<br />

INTRODUCÄO<br />

A. KRUTMAN<br />

S. KRUTMAN<br />

Do I. P. A. e da E. E. Curado<br />

Quando desejamos aplicar urn corretivo para diminuir a acidez<br />

do solo, precisamos conhecer 2 indices que caracterizam o mesmo sob<br />

bases comerciais, sâo êles P. N. T. (poder neutralizante total) e a<br />

dimensäo das particulas.<br />

Acerca desta ultima propriedade, sabemos que a mensuraçâo é<br />

feita com jogo de peneiras. Urn calcâreo é considerado pulverizado,<br />

quando passa inteiramente numa peneirä de 10 meshes (10 malhas<br />

por polegada linear) e 50 % passa através da peneira de 100 meshes.<br />

Vârios pesquizadores BEAR, ABLEN, SALTE, MORGAN, mostraram que<br />

a reaçao docarbonato de câlcio nos solos é funçâo da superficie exposta<br />

(1) BARNES (1946) tomando como pontó de partida o fato que<br />

ocorre quando tratamos particulas de carbonato de câlcio — com âcido<br />

oxâlico, onde ha formaçâo de uma pelïcula protetora de oxalato de<br />

câlcio, na superficie de contacto, da fase âcido oxjilico e fase carbonato<br />

de câlcio.<br />

Tomando como referenda esta propriedade, desenvolveu o referido<br />

autor, uma técnica, que permite apreciar, a superficie ativa de um<br />

calcâreo. Mais tarde BARNES extendeu a técnica aos compostos de câlcio,<br />

tais como gêsso e apatita.<br />

MATERIAL<br />

No presente trabalho, nosso objetivo é apreciar o comportamento<br />

da farinha de ostra e calcâreo, diante do método por nos proposto que<br />

é uma variante simplificada do de BARNES.<br />

Os materials estudados foram obtidos em Paulista. Determinamos<br />

a alcalinidade total. Separamos a farinha de ostras em varias fraçôes,<br />

com auxilio de peneiras. Os calcâreos sâo caracteristicos de 2 camadas<br />

,amarelha e cinzenta dos sedimentos terciârios da costa ao Norte<br />

do Refice (2). Durante os trabalhos ocorreu-nos a lembrança de introduzir<br />

um fator que séria diretamente proporçional à superficie ativa<br />

do calcâreo, e traria grande simplificaçâo nos trabalhos analiticos, evitando<br />

a necessidade de uma soluçâo de concentraçâo conhecida.<br />

Convencionamos chamâ-lo de Fator de Superficie ou F. S. Faz<br />

parte ainda de nosso propósito correlacioriar o fator de superficie com<br />

o comportamento no campo dos corretivos, que infelizmnte nâo chegamos<br />

a executar. No entanto, julgamos, em face dos resultados, que a<br />

superficie ativa tem um sentido mais amplo que o diâmetro das<br />

mesmas.<br />

O termo efeito de proteçâo deve-se a Feigl que o empregou pela 1.» vez para uma<br />

identificaçâo d'o paladio.


290<br />

ANAIS DA TERCEIRA RET7NIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

MÉTO<strong>DO</strong><br />

Determinaçâo do fator de superficie<br />

Pesar um grama do material. Passar para um Erlnmeyer de 250 ml<br />

Adicionar 5 ml de (COOH) 2 saturado e deixar em repouso por 1 h 40 m.<br />

Adicionar 45ml de âgua destilada. Agitar o Erlenmeyer. Filtrar em<br />

papel Watmann de fi ta azul. Tome do f iltrado uma aliquota de 25 ml.<br />

Adicionar 5 ml. de âcido sulfurico concentrado e titular com KMnO4<br />

0,1 N. Realisar uma prova em branco. Chamando A ml de KMnO4 consumidos<br />

no ensaio, denominando de !B ml de KMnO4 consumidos na<br />

prova em branco, calculamos o fator de superficie usando a formula:<br />

F. S. =<br />

B x 10<br />

Como jâ mencionamos submetemos a farinha de ostra e calcâreos<br />

a determinaçâo da alcalidade total (A.O. A. C. 3.3 Neutralisation<br />

value ( e expressamos os resultados em CaCO3 %4<br />

Marinha de ostra Calcâreo amarelo Calcâreo cinzento<br />

CaCog % 88,25 82,76 75,03<br />

Resultados: — As anâlises foram efetuadas em duplicatas figurando<br />

no quadro apenas os valores médios.<br />

Material<br />

Farinha de outra<br />

" " "<br />

" " "<br />

" " "<br />

" " "<br />

Calcâreo amarelo<br />

Calicâero cinzento<br />

2,5 ml da aliquota<br />

da prova em branco<br />

Dimensao<br />

4-3 mm<br />

3-2 mm<br />

2-1 mm<br />

1-0,5 mm<br />

>0,5 mm<br />

° >0,5 mm<br />

>0,5 mm<br />

ml de KMnO4O,l.N.<br />

25,60<br />

21,17<br />

15,08<br />

13,90<br />

13,10<br />

23,30<br />

9,00<br />

59,46<br />

Fator de sup<br />

23,22<br />

28,09<br />

39,43<br />

42,78<br />

45,38<br />

25,52<br />

60,06<br />

Conclusäo: Da apreciaçâo dos resultados obtidos tem-se que<br />

1) Apezar de apresentarem dimensôes idênticas o calcâreo cinzento<br />

é superior à familia de ostra e esta por sua vez melhor que o<br />

calcâreo amarelo, em superficie ativa.<br />

2) A variante apresentada mantem concordância com a dimensao<br />

das particulas, para material da mesma origem como no caso<br />

da farinha de ostra (Estrutura semelhante).<br />

3) O câlculo do fator de superficie que exprime a superficie ativa da<br />

amostra em numero abstrato, independe do conhecimento da concentraçâo<br />

da soluçâo de KMn04.<br />

4) O fator de superficie independe da riquesa em carbonato de câlcio.<br />

Resumo: — Os autores propôem uma variante do método de BAR-<br />

NES que utilisa o efeito de proteçâo para medir superficie de compostos<br />

de câlcio.<br />

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA<br />

1 — EARL E. BARNES — A new method for estimating the surface of liming<br />

materials and other insoluble calcium compounds. Soil Science 63:285-287.<br />

(1947)<br />

2 — LUCIANO JACQUES DE MORAIS — Estudos geológicos no Estado de Pernambuco.<br />

Do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil, 100 pgs. 18-18, 1928. Boletim<br />

n.° 32.<br />

3 — FRITZ FEIGL — J. Chem. Ind. (1938) 175.


I I I COM I SSÂO<br />

MICROBIOLOGIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong>


TESTE DE FERMENTAÇÂO EXPONTÂNEA EM <strong>SOLO</strong>S<br />

RICOS E POBRES EM FÓSFORO — NOTA PRÉVIA<br />

CLOVIS FERNANDES<br />

Estaçâo Experimental cfo Curado.<br />

Institute Agronômico do Nordeste.<br />

Récif e-Pernambuco-Brasil.<br />

O autor separou em 2 grupos 20 amostras de solo, sendo 10 correspondentes<br />

a experimentos que nâo responderam à adubaçâo fosfatada<br />

e 10 eu jas respostas for am acima de 29 toneladas por hectare.<br />

Depois de colocar 1 centimetros cübico de cada amostra em tubos<br />

de ensaiq, for am adicionados 12 ml do seguinte meio nutritivo a cada<br />

tubo:<br />

MgSO4.7H20 0,500 g.<br />

KC1 0,500 g.<br />

FeSO4.7H20 0,010 g.<br />

NaNO3 2,000 g.<br />

Sacarose 30,000 g.<br />

Urea : 5,000 g.<br />

CaCO3 30,000 g.<br />

Mo. e Va. . Traços.<br />

H20 1000 ml.<br />

Postos os tubos em incubaçâo a 28°C, dentro de 72 horas, os solos<br />

que nâo responderam à adubaçâo fosfatada apresentavam-se com alta<br />

fermentaçâo e grande desprendimento de gaz. Fig. 1.<br />

Os solos que responderam à adubaçâo fosfatada nâo apresentavam<br />

praticamente qualquer fermentaçâo, a quai só se iniciou vârios dias<br />

depois. Fig. 2. Após adicionar 1 mg de P2O5 a cada tubo de baixa<br />

fermentaçâo, esta se inicia dentro de 24 horas.<br />

A figura 3 nos mostra 6 tubos de cada grupo tratados pelo azul de<br />

bromotimol. Os da direita permaneceram com a côr azul correspondente<br />

ao pH inicial do meio nutritivo. (7,2) Os da esquerda apresentavam<br />

uma côr amarelo-esverdeada denunciando uma baixa de pH com<br />

consumo do carbonato de câlcio determinado pelos âcidos produzidos<br />

na fermentaçâo.<br />

O exame microseópico dos tubos de alta fermentaçâo revelou uma<br />

dominâneia de Clostridium e longos bacilos em cadeia. Após alguns<br />

dias hâ grande oeorrêneia de infusórios ciliados e amebas.<br />

Nos tubos sem fermentaçâo nâo foi notada praticamente a presença<br />

de micro-organismos.


294<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Esta prova coincide perfeitamente com o teste de esporulaçâo do<br />

Arpergillus, isto é, nos solos onde se produziu alta fermentaçao expontânea,<br />

o Aspergillus frutifica com intensidade desde o quarto dia após<br />

a inoculaçâo. Nos solos correspondentes à baixa fermentaçao o Aspergillus<br />

só esporula entre 6.° e o 10.° dias.<br />

Os experimentos em que se basearam as provas desta nota prévia<br />

foram realisados pela Secçao de Quimica da Estaçâo Experimental do<br />

Curado, sob a direçâo técnica do Dr. Estevam Strauss.<br />

Recife, 16 de juJho de 1951.<br />

Figura 1<br />

Fermentagâo expontânea em solos ricos em fôsforo<br />

Figura 2<br />

Fermentaçao expontânea em solos pobres em fôsforo


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 295<br />

Figura 3<br />

Teste de fermentaçâo expontânea em solos ricos e pobre.3 em fósforo


ESTU<strong>DO</strong>S SOBRE INOCULAÇAO DE SEMENTES DE LEGU-<br />

MINOSAS REALIZA<strong>DO</strong>S PELO INSTITUTO AGRONÔMICO<br />

DE SÄO PAULO<br />

I — INTRODUÇAO<br />

Eng. Agr.° JOSÉ GOMES DA SILVA<br />

(Institute Agronômico do Estado)<br />

Em 1947 iniciamos, no Institute Agronômico do Estado de Säo<br />

Paulo, um projeto visando o estudo, nas nossas condicöes, da inoculaçâo<br />

de sementes de leguminosas com bactérias fixadoras de nitrogênio.<br />

As causas que determinaram a realizaçâo dêsse projeto f or am as<br />

seguintes:<br />

1.. O grande numero de pedidos de culturas puras recebido todos<br />

os anos de lavradores do Estado.<br />

2. A falta de nódulos observada no Estado de Säo Paulo, em<br />

plantas de soja (Glycine max (L). MERRILL) e feijoeiro (Phaseolus<br />

vulgaris L. ), parecia ser fator limitante no rendimento dessas culturas.<br />

3. Com a introduçâo da rotaçâo de culturas nas nossas prâticas<br />

agricolas, tornou-se desejâvel que a leguminosa, incluida no programa<br />

de rotaçâo, pudesse desempenhar a sua açâo de planta fixadora de<br />

nitrogênio, de maneira mais eficiente possivel.<br />

4. A inoculaçâo de sementes é prâtica generalizada nos paises<br />

de agricultura adiantada.<br />

Além dessas razôes, resultados animadores jâ tinham sido obtidos<br />

em Campinas, em 1934, com a inoculaçâo de alfafa, tendo o autor praticado<br />

a inoculaçâo do solo (2), operaçâo cara e de dificil execuçâo.<br />

Atualmente, graças ao progresso que a indûstria de inoculantes comerciais,<br />

realizou nos Ultimos anos, existem no mercado culturas puras<br />

destinadas ao tratamento de sementes; êsses inoculantes, muito eficientes,<br />

de custo reduzido e fâcil aplicaçâo, säo, na origem, prèviamente<br />

submetidos a testes.<br />

II OBJETIVO<br />

Os estudos realizados tiveram por objetivo:<br />

1. Estudar a importância agronômica da aplicaçâo de bactérias<br />

fixadoras de nitrogênio as sementes de leguminosas:<br />

a. No aumento de produçao das culturas de leguminosas<br />

b. Na composiçâo dos grâos e do feno<br />

c. No rendimento da cultura subséquente<br />

2. Submeter a testes a qualidade dos inoculantes importados.<br />

3. Submeter a testes, as culturas de Rhizobium da nossa coleçào<br />

e as que recebemos de outros laboratorios, selecionando-as de acôrdo<br />

çom a sua capacidade de fixar nitrogêneio atmosférico.


298 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

III — RESULTA<strong>DO</strong>S EXPERIMENTAIS<br />

1. Importância agronômica da inoculagäo :<br />

Os resultados do ensaio da inoculaçâo de solo, cultivado com alfafa,<br />

jâ mencionado (2)~ vâo aqui relatados, pelo f a to de constituirem<br />

o primeiro trabalho experimental sobre o assunto, no Brasil.<br />

Quadro 1. Ensaio de inoculaçâo e adubaçâo em alfafa. Campinas.<br />

1931/34<br />

Calcârio<br />

TRATAMENTOS<br />

Calcârio + fôsf. + inoculaçâo<br />

Produçâo de feno<br />

Média de 15 cortes<br />

K/Ha<br />

212<br />

347<br />

4S7<br />

504<br />

Custo dos traiamentos<br />

Cr$<br />

265,00<br />

665,00<br />

765,00<br />

995,00<br />

Custo de do quilo<br />

feno<br />

Cr$<br />

Em 1947-48 foram instalados quatre ensaios de inoculaçâo de<br />

soja em quatro diferentes tipos de solo do Estado de Sâo Paulo. Os<br />

ensaios plantados na terra roxa misturada de Campinas e em terra<br />

massapé de Mocóca nâo deram resultados significatives. Em Pindorama<br />

(terra arenosa) e em Ribeirâo Preto (terra roxa), hpuve aumento<br />

estatisticamente significativo, resultante da aplicaçâo de culturas<br />

de Rhizobium. Os resultados cönstam no quadro 2.<br />

Grâos (Kg/Ha)<br />

Proteîna (%) .<br />

Quadro 2. Ensaio de inoculaçâo de soja. 1947-48<br />

PIN<strong>DO</strong>RAMA<br />

Inoculaçâo \ Testemunha<br />

1.560 I 1.560<br />

43,39 I 40,65<br />

I<br />

0,115<br />

0,127<br />

0,117<br />

0,105<br />

REBEIRÄO PRETO<br />

Inoculaçâo i Testemunha<br />

Vê-se, por ai, que, além do aumento de produçâo de grâos, houve<br />

também um aumento do teor de proteîna.<br />

A influência que a aplicaçâo de inoculante tern no rendimento da<br />

cultura subséquente pode ser apreciada pelos dados do quadro 3, que<br />

resume très ensaios em que entram diversos inoculantes.<br />

Quadro 3 Produçâo de milho em rotaçâo com soja inoculada e nâo<br />

inoculada. 1948-49<br />

TRATAMENTOS<br />

Milho após soja tratada c/inoculante I 2.718<br />

Idem, idem, inoculante 2 1 2.750<br />

Idem, idem, inoculante 3 I ' 2.810<br />

Idem, idem, sem inoculaçâo 2.250<br />

1.540<br />

45,39<br />

1.230<br />

41,02<br />

PRODUÇÂO DE MILHO EM Kg/ha.<br />

Mocóca Pindorama i Rib. Prêto<br />

I<br />

2.280<br />

2.300<br />

2.490<br />

1.980<br />

570<br />

720<br />

880<br />

540


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 299<br />

2. Teste de inoculantes importados:<br />

Um estudo detalhado da açâo do inoculante comercial americano,<br />

"Urbana Humus Inoculator", para soja, que tem sido vendido em Sâo<br />

Paulo, foi. publicado em 1949 (3). .<br />

3. Seleçao de estirpes de "Rhizobium" de elevada capaddade de<br />

fixaçâo de nitrogênio:<br />

Visando melhorar a qualidade das culturas distribuidas temos<br />

realizado testes nos quais estirpes de Rhizobium. de diferentes origens<br />

sâo postas em competiçao, a fim de se selecionarem aquelas de maior<br />

capacidade de fixaçâo de nitrogênio. Êsses testes sâo realizados tanto<br />

na estufa como no campo. Nos ensaios na estufa, a 'leguminosa é<br />

cultivada em areia esterilizada, molhada com a soluçâo nutritiva de<br />

CRONE; as plantas depois do florescimento sâo colhidas e o têor de<br />

nitrogênio da matéria sêca é determinado. Essa técnica é descrita<br />

por ALLEN (1) .<br />

A variabilidade na capacidade de fixaçâo de nitrogênio das diferentes<br />

estirpes é muitq grande, conformé se pode ver pelo quadro<br />

abaixo, que resume os resultados de uma experincia "feita com 10 estirpes<br />

de Rhizobium phaseoli em associaçâo com feijoeiro da variedade<br />

"Chumbinho".<br />

Quadro 4. Capacidade de fixaçâo de nitrogênio de estirpes de Rhizobium<br />

phaseoli, em simbiose com Phaseolus vulgaris, var.<br />

"chumbinho"<br />

316c8 — a ..<br />

398 — b ...<br />

C — 13 ....<br />

396<br />

C — 136 ...<br />

404<br />

401<br />

402<br />

395<br />

407<br />

Testemunha<br />

i • MATÉRIA SÊCA POR VASO<br />

mg<br />

4,335<br />

4,155<br />

3,958<br />

4,005<br />

4,042<br />

3,701<br />

3,873<br />

3,242<br />

2,888<br />

3,169<br />

1,830<br />

%<br />

2,55<br />

2,60<br />

2,69<br />

2,59<br />

2,56<br />

2,57<br />

2,42<br />

2,47<br />

2,74<br />

2,48<br />

1,32<br />

NITROGÊNIO<br />

mg pot vaso<br />

110,542<br />

108,030<br />

106,470<br />

103,729<br />

103,457<br />

95,116<br />

43,726<br />

80,077<br />

79,131<br />

78,492<br />

24,156<br />

Paralelamente aos testes de estufa, estâo sendo conduzidos ensaios<br />

de competiçao de estirpes em condiçôes de campo. As estirpes que se<br />

mostrarem mais eficientes em ambas as condiçôes serâo entâo utilizadas<br />

para os nosos ensaios de inoculaçâo e entrarâo na composiçâo<br />

dos inoculantes a serem distribuïdos aos lavradores.<br />

IV. RESUMO<br />

Resultados animadores foram obtidos pelo Instituto Agronômico<br />

do Estado de Sâo Paulo com a aplicaçâo de bactérias fixadoras de ni-


300 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

trogênio as culturas de alfafa e soja. Novos ensaios estao em andamento<br />

visando estudar essa prâtica para as culturas de feijoeiro, amendoim,<br />

Crotalaria juncea e feijâo de porco.<br />

O Instituto Agronômico tem distribuido regular quantidade de<br />

culturas puras de Rhizobium para as mais diversas leguminosas. Nos<br />

Ultimos meses foi distribuida uma quantidade de inoculante suficiente<br />

para o tratamento de quase 10.000 quilos de sementes.<br />

O Instituto Agronômico pôe à disposiçâo dos interessados, para<br />

fins expérimentais, as culturas da sua coleçâo de Rhizobium.<br />

V. LITER ATURA CITADA<br />

1 — ALLEN, O.N. Experimentx in Soil Bacteriology. Burgess Publ. Co. 1949.<br />

2 — CUBA, PAULO. Elementos para a formaçâo de um alfafal. Bol. Inst. Agron.<br />

Est. S. Paulo. 6:1-9. Fig. 1-4. 1936<br />

3 — SILVA, J. G. DA. Testes com um inoculante comercial para soja. Bol. Soc.<br />

Bras. Agron. XI: 39-44. 1949.


NOTA PRELIMINAR SOBRE A DETERMINAÇAO BIOLÓGICA<br />

<strong>DO</strong> S EM <strong>SOLO</strong>S POR MEIO DE ASPERGILLUS NIGER<br />

INTRODUÇAO<br />

E. MALAVOLTA,<br />

F. GALLI<br />

I.R. NOGUEIRA<br />

Escp. Sup. Ag. «Luiz de Queiroz»,<br />

Piracicaba, Sâo Pauïo,.<br />

Os métodos microbiológicos para avaliaçâo da fertilidade do solo<br />

sâo baseados no principio de que os elementos nutritivos, principalmente<br />

nitrogênio, fósforo e potâssio que sâo necessârios para o crescimento<br />

normal das plantas superiores sâo exigidos também pelos<br />

microorganismos; entâo, inoculando bactérias e fungos no solo em<br />

estudo podemos, através do desenvolvimento conseguido pelos organismos,<br />

obter uma informaçâo sobre a réserva do solo em elementos<br />

assimilâveis.<br />

O uso de A. niger como indicador biológico foi primeiramente sugerido<br />

por BUTKEWITSCH (1909) na Russia. Seu trabalho, entretanto,<br />

nâo recebeu atençâo até 1928 quando BENECK e SODING usaram o principio<br />

para determinar deficiências de fósforo e potâssio em solos comparando<br />

o crescimento do micélio em meio nutritivo lïquido contendo<br />

quantidades conhecidas de fósforo e potâssio com o crescimento<br />

verificado em meio nutritivo ao quai haviam sido adicionadas pequenas<br />

quantidades de solo. O método foi mais tarde desenvolvido<br />

em bases quantitativas por NIKLAS e colaboradores (1930, a, b, 1932,<br />

1936) para P, K e Mg: foi verificada boa concordância entre os resultados<br />

do método de A. niger e o de NEUBAUER-SCHNEIDER.<br />

O método de NIKLAS foi modificado por MEHLICH et al. (1933). No<br />

ano seguinte, MEHLICH et al. (1934) apresentaram o método da plaça<br />

de Cunninghamella aplicâvel a P sômente; os diâmetros das colônias<br />

de Cunninghamella crescendo em plaças contendo quantidades crescentes<br />

de P seguem a equaçâo de MITSCHERLJCH por interpolaçâo na<br />

quai podemos determinar a quantidade de P assimilâvel que o solo<br />

possui.<br />

Em 1938, 1939-40, MULDER modificoü a técnica de NIKAS para fazer<br />

determinaçôes quantitativas de cobre e magnésio assimilâveis dos<br />

solos.<br />

(Para uma revisâo mais detalhada da literatura, ver VANDECA-<br />

VEYE, 1948, pp. 215-227) .<br />

A presente contribuiçâo nos foi indiretamente sugerida pelo trabalho<br />

de RIPPEL (mencionado por WAKSMAN e STARKEY, 1931, p. 169)<br />

concernente ao râpido desaparecimento dos sulfatos durante o crescimento<br />

de A. niger num. meio orgânico.<br />

Material e métodos. Foram feitos alguns ensaios preparatories<br />

para escolher o tipo e a quantidade de meio nutritivo, as quantidades


302 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

de S, o periodo de incubaçâo, etc.. Foi selecionado finalmente o meio<br />

de MULDER (1938) levemente modificado.<br />

Glucose<br />

KNO3<br />

K9HPO4<br />

MgCl2.6HoO<br />

FeCl3.6H,O<br />

ZnClo.HoO<br />

MnClo.4H,O<br />

(NH4)6 Mo7024..4HoO<br />

CuCl2.2H2O<br />

Distilled water<br />

50,0<br />

5,0<br />

2,5<br />

0,933<br />

'0,05<br />

0,001<br />

0,0026<br />

0,001<br />

0,0007<br />

1,000<br />

gm<br />

gm<br />

gm<br />

gm<br />

gm<br />

gm<br />

gm<br />

gm<br />

gm<br />

ml<br />

40 ml de soluçâo nutritiva eram adicionados a uma série de baloes de<br />

Erlenmyer de 125 ml. O enxofre era adicionado com Na2SO4.10 H2O<br />

nas seguintes proporçôes: nihil, 100, 200, 300, 400, 500, 600, 800, 1000,<br />

1500 e 2000 y calculados com S elementar. Amostras em duplicata<br />

de 2 solos bem diferentes, uma terra roxa de bôa fertilidade e um<br />

solo arenoso pobre eram adicionados ao meio nutritivo sem enxofre.<br />

as soluçôes nutritivas eram esterilizadas em autoclave a 105°C. durante<br />

30 minutos. Entâo, a soluçâo em cada frasco era inoculada com<br />

0,5 ml de uma densa suspensâo de esporos preparada lavando o crescimento<br />

de 5 dias de idade de 4 tubos de cultura de A. niger (linhagem<br />

isolada na E.S.A. "Luiz de Queiroz", Piracicaba, S. Paulo, Brasil).<br />

As culturas eram incubadas a 35°C. durante 5 dias. No f im desse<br />

meiro a 70-90°C. durante 12 hrs. e depois a 90-100°C. por uma hr.<br />

Resultados e discussâo. Na tabela seguinte. sâo apresentados as<br />

entidades de S adicionadas ao meio e os pesos correspondentes do<br />

célio observados num ensaio em duplicata:<br />

meio nutritivo + Y S<br />

nihil<br />

100<br />

200<br />

300<br />

400<br />

500<br />

600<br />

800<br />

1000<br />

1500<br />

2000<br />

5 g. "terra rocha"<br />

5 g. solo arenoso<br />

peso do<br />

44<br />

234<br />

362<br />

447<br />

579<br />

640<br />

710<br />

780<br />

840<br />

820<br />

785<br />

182<br />

123<br />

micélio sêco<br />

50<br />

223<br />

365<br />

479<br />

568<br />

640<br />

680<br />

783<br />

824<br />

800<br />

770<br />

174<br />

127<br />

— mg.<br />

Tomando as quantidades de S como abcissa e os pesos do micélio<br />

como ordenadas, obtemos duas curvas que lembram claramente as<br />

curvas que se obtem desenvolvendo a equaçâo logaritmica de MITS-<br />

CHERLICH (1930), i.e., deste tipo<br />

y = A [ 1 -^ 10—°( x + to ) ]<br />

onde y é 0 peso de micélio conseguido com a quantidade x de S no<br />

meio, A é o mâximo crescimento possivel nas condiçôes expérimentais,<br />

c é o fator de eficâcia, béa quantidade de S presente na suspensâo<br />

de esporos. Aplicando-se o método dos quadrados minimos aos dados


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 303<br />

acima (PIMENTEL-GOMES e MALAVOLTA, 1949, PIMENTE-GOMES, 1950,<br />

NOGUEIRA, 1950, PIMENTEL-GOMES e NOGUEIRA, 1951), obtemos as<br />

equaçôes :<br />

y = 919 [ 1 — i0-°- 00097 ( x + 25 . 441 ) ] (1)<br />

y = 922 [1 10—0,0010(x + 19,960) ] (2)<br />

que, por interpolaçâo, dâo a quantidade de S assimilâvel do solo desde<br />

que se conheça o peso do micélio sêco obtido em meio nutritivo ao<br />

quai foi adicionada uma porçâo de 5 g de solo. (Ver Figs. 1 e 2). .<br />

A tabela seguinte mostra como a interpolaçâo é bôa.<br />

E Q U A Ç Ô E S<br />

•y = 919 [ 1-10 -0.00097 (x+25,441) ] = 922 f 1—10~ 0 ' 0010 (x+19,960) ]<br />

X<br />

Y<br />

0<br />

200<br />

400<br />

600<br />

800<br />

1000<br />

1500<br />

2000<br />

Observado<br />

50<br />

365<br />

568<br />

680<br />

783 "<br />

824<br />

800<br />

770<br />

y (mg).<br />

Calculado<br />

50,7<br />

363,7<br />

563,8<br />

691,8<br />

773,7<br />

826,1<br />

888,6<br />

908,5<br />

X<br />

Y<br />

0<br />

200<br />

400<br />

600<br />

800<br />

1000<br />

1500<br />

2000<br />

Observado<br />

44<br />

362<br />

579<br />

710<br />

780<br />

840<br />

820<br />

785<br />

y (mg).<br />

Calculado<br />

Para quantidades de enxofre maiores que 1000 Y> i.e., 1500 e<br />

2000 y hâ grandes diferenças entre os valores observados e calculados<br />

provàvelmente devido a efeitos tóxicos das grandes quatidades de enxofre;<br />

çomo sabemos, a primeira aproximaçâo da equaçâo de Mrrs-<br />

CHERLicH nâo prevê êsse caso; como é licito näo esperar quantidades<br />

tâo grandes de S assimilâvel em solos normais nâo tentamos a interpolaçâo<br />

com a segunda aproximaçâo da formula de MITSCHERLICH.<br />

A diferença entre os dois valores de c calculados é desprezivel de<br />

modo que a interpolaçâo poderâ ser feita com qualquer das equaçôes,<br />

indiferentemente.<br />

Como existem diferenças tâo acentuadas no crescimento do fungo<br />

nos solos examinados e uma regularidade tâo impressionante nas<br />

curvas de crescimento podemos esperar conclusöes üteis comparando<br />

os dados obtidos da maneira descrita com os resultados de ensaios de<br />

vegetaçâo, trabalho que se acha presentemente emdamento.<br />

RESUMO E CONCLUSÖES<br />

O crescimento de A. niger — medido pelo peso do micélio sêco —<br />

no meio de MULDER a que foi adicionado S em doses crescentes, segue<br />

a equaçâo de MITSCHERLICH. Por outro lado hâ grande diferença no<br />

41,8<br />

369,2<br />

574,8<br />

704,0<br />

785,1<br />

836,0<br />

895,1<br />

913,6


304 ANAIS DA TERCEIRA REtTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

crescimento do fungo quando o S é fornecido apenas pela réserva do<br />

solo posto no meio nutritive Assim, hä a possibilidade de se determinar<br />

por interpolaçâo — como é feito no método da plaça de Cunninghamella<br />

de Mehlich para fósforo — a quantidade de S assimilâvel<br />

que o solo possui.<br />

SUMMARY<br />

Aspergillus niger growth — as measured by the dry weight of<br />

mycelium pads — in MULDER,S medium with increasing amounts of<br />

S follows MITSCHERLICH',s equation. On the other hand there is great<br />

difference in the growth of the fungus when sulfur is supplied only<br />

by the soil placed in the nutritive medium. Hence, there is the possibility<br />

of determining by interpolation — as in MEHLICH'S Cunninghamella<br />

plaque method for phosphorus — the supply of available<br />

sulfur in soils.<br />

LITERATÜRA CITADA<br />

BENECKE, W. und H. SODDING. 1928. Beitrage zum Ausbau der microbiologischen<br />

Boden analyse. Ztschr. Pflanzenernahr.., Düngung, u. Bodenk. (A)<br />

10: 129-159.<br />

BÜTKEWITSCH, W. 1909. Die Kultur des Schimmelspilzes Aspergillus niges als<br />

mittel Zur Bodenuntersuchung. Zhur. Opytn. Agron. Russian Jour. Landw.<br />

10: 136-141.<br />

MEHLICH, A., E. TRUOG and E. B. FRED. 1933. The Aspergillus niger method<br />

of measuring available potassium in soil. Soil Sei. 35:259-279.<br />

MEHLICH, A., E. B. FRED and E. TUROG. 1934 The Cunninghamella plaque method<br />

of measuring available phosphorus in soil. Soil Sei. 35s 445-461.<br />

MITSCHERLICH, E. A. 1930. Die Bestimmung des Dungerbedurfnisses des Bodens<br />

Dritte Auflage. Verlagsbuchhandlung Paul Parey, Berlin.<br />

MULDER, E.G. 1938. Over de beteekenis van koper voor den groei van planten,<br />

pp. 38-43. Diss. Landbouwhoogeschool, Wageningen, Holland.<br />

MULDER, E.G. 1939-1940. On the use of microorganisms in measuring a deficiency<br />

of copper, magnesium, and molybdenum in soils. Antony van Leeuwenhoek<br />

6: 99-109.<br />

NIKLAS, H. und H. POSCHENRIEDERL 1932. Die Ausfuhrung der Aspergillus Methode<br />

zur Prüfung auf Kali. Ernähr. Pflanze. 28s 86-88.<br />

NIKLAS, H. und H. POSCHENRIEDER. 1936. Zuz Festellung der Magnesia Dungebedurftigkeit<br />

und Magnesia — Dungewirkung im Boden mittels Aspergülusniger.<br />

Bodenk. u. Pflanzenernahr. 1:235-247.<br />

NIKLAS, H., H. POSCHENRIEDER und J. TRISCHLER. 130-a.Eine neue microbiologische<br />

Methode zur Festellung der Dungebedurftigkeit der Boden. Ztschr.<br />

Pflanzenernahr.. Düngung, u. Bodenk. (A) 18:129-157.<br />

NIKLAS, H., H. POSCHENRIEDER und J. TRISCHLER. 1930-b. Die Kultur des Schimmelspilzes<br />

Aspergillus niger zur biochemischen Bestimmung der Kali und<br />

Phosphorsaurebedurftigkeit der Boden. Ernähr. Pflanze 26:97-103.<br />

NOGUEIRA, IZAIAS RANGEL. 1950. Sobre uma propriedade de aquacäo utilizada<br />

para interpolaçâo da Lei de Mitscherlich. An. 7sc. Sup. Agr. "Luiz de Queiroz"<br />

7:105-108.<br />

NOGUEIRA, IZAIAS RANGEL. 1950. A téenica da soluçâo das equaçôes relativas à<br />

interpolaçâo da Lei de Mitscherlich pelo método dos quadrados minimos.<br />

An. Esc. Sup. Ag. "Luiz de Queiroz" 7: 109-113.<br />

PIIMENTEL GOMES, FREDERICO e EuRÎPEDES MALA VOLTA. 1949. Aspectos matemâticos<br />

e estatisticos da Lei de Mitscherlich. An. Esc. Sup. Ag. "Luiz de Queiroz"<br />

6: 193-229.<br />

PIMENTEL GOMES, FREDERICO. 1950. A Lei de Mitscherlich e a anâlise da variância<br />

em experiências de adubaçâo. In press.<br />

PIMENTEL GOMES, FREDERICO e IZAIAS RANGEL NOGUEIRA. 1951. Tabelas de polinômios<br />

para interpolaçâo da equaçâo de Mitscherlich. In press.<br />

VANDECAVEYE, S.C. 1948. In Diagnostic techniques for soils and crops, pp.<br />

199-230. Publ. by the American Potash Institute. Washington, D.C.<br />

WAKSMAN, SELMAN A. and ROBERT L. STARKEY. 1931. The soil and microbe.<br />

John Wiley and Sons, Inc., New York.<br />

199-230. Publ. bey the American Potash Institute, Washington, D.C.


E<br />

'S f<br />

824<br />

800<br />

783<br />

770<br />

680<br />

568<br />

365<br />

SO<br />

840<br />

ezo<br />

70S<br />

780<br />

710<br />

579<br />

"• 362<br />

44<br />

/<br />

/ ô<br />

Growth curve of Aspergillus niger with incrgoclng omounts of Sulfur<br />

- / * y = 919 035[i-10- 00009701 25.441) I<br />

**<br />

200 400 600 GOO 1,000<br />

y<br />

Su!*ur in Y of elemental S<br />

Fis. 1<br />

\<br />

1,500 Z.COO<br />

Growth curve of Aspergillus niger with increasing amounts of Sulfur<br />

200 4O0 600 aoo 1,000<br />

y = 922 [i-io" 00010 """- 9601 ]<br />

Sulfur infof elemental S<br />

fig. 2<br />

',500 2,000


INFLUÊNCIA DA COBERTURA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> SOBRE<br />

SUA FLORA MICROBIANA<br />

A. BARCELLOS FAGUNDES<br />

JOHANNA <strong>DO</strong>BEREINER<br />

Do Servigo Nacional de Pesquisas<br />

Agronômicas<br />

Foi iniciado, em 1940, pelas Secçôes de Horticultura e de Solos, do<br />

antigo Instituto de Experimentaçâo Agricola, um experimento objetivando<br />

o estudo das influências exercidas, por diversos tipos de cobertura<br />

do terreno, em um pomar de laranjeiras Bahia, sobre as condiçôes<br />

do solo e o desenvolvimento das fruteiras.<br />

As observaçoes colhidas neste experimento, desde a época de sua<br />

instalaçâo, relativas ao crescimento das ârvores e sua produçâo, bem<br />

como sobre as variaçoes dos teores de umidade, matéria orgänica e bases<br />

permutâveis do solo, sob a influência dos tratamentos, serâo objeto de<br />

um estudo posterior.<br />

O presente trabalho tem por objetivo considerar as variaçoes verificadas<br />

nos numéros de bactérias do solo sob a influência dos diferentes<br />

tipos de cobertura vegetal empregados.<br />

CONDIÇOES EXPERIMENTAIS<br />

O experimento esta sendo conduzido em uma elevaçâo suave do terreno<br />

da Estaçao Experimental Central do Instituto de Ecologia e Experimentaçâo<br />

Agricola, na Baixada de Sepetiba.<br />

O solo é de origem arqueana e se caracteriza por uma secçâo superficial<br />

(0-20cm) de terra arenosa, castanho claro-acinzentado, com<br />

um teor regular de matéria orgänica, pH entre5.0 e 5.5, e teor relativamente<br />

baixo em bases permutâveis, seguida por secçôes de terra franca<br />

e terra argilosa, de coioraçâo castanho-avermelhada, pobres em matéria<br />

orgänica, com pH entre 4.5 e 5.0 e de baixo teor em bases permutaveis.<br />

A drenagem é boa (1).<br />

O solo fora ocupado por urn laranjal, destruido por uma queimada<br />

em 1939. Em 1940 foi lavrado para plantio do atual experimento de<br />

cobertura.<br />

O clima é de savana, tipo Aw segundo a classificaçâo de KOPPEN (3),<br />

com precipitaçôes anuais de 1200 a 1300mm e a ocorrência de um periodo<br />

sêco, de Junho a Agosto, com precipitaçôes mensais inferiores a<br />

40mm. As temperaturas médias oscilam entre 27° (no verâo) e 20° (no<br />

inverno).<br />

O experimento consta de seis tratamentos representatives das seguintes<br />

condiçôes de cobertura do solo.<br />

A. Solo limpo, por meio de capinas mensais feitas a enxada.<br />

Nas parcelas correspondentes a este tratamènto têm se verificado<br />

sinais de erosâo, apesar de ser muito suave o déclive.


308 ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

B. Vegetaçâo expontânea ceifada, mensalmente, com segadeira.<br />

Em virtude do corte periódico, verificou-se, desde o inicio do<br />

experimento, a predominancia de gramineas nas parcelas correspondentes<br />

a este tratamento.<br />

C. Cobertura por Stizolóbium deerringianum Bort. A vegetaçâo<br />

desta leguminosa, no verâo, dâ uma abundante massa verde e<br />

cobre bem o solo. No inverno, porém, morre a maior parte das<br />

plantas, ficando o solo parcialmente desprotegido.<br />

D. Cobertura por Indigofera endecaphyla Jacq. A cobertura por<br />

esta leguminosa nâo é permanente. Sof re muito com a invasäo<br />

de ervas adventicias e, embora résista ao inverno, desaparece<br />

ocasionalmente, tornando necessârio novo plantio.<br />

E. Cobertura por Calopogonium mucuuoides Desv. Esta leguminosa<br />

cobre plenamente o solo no verâo mas, no inverno, sofre,<br />

como o Stizolóbium, deixando o terreno parcialmente desprotegido<br />

.<br />

F. Cobertura por Centrosema gubescens Benth. Esta leguminosa<br />

produz abundante vegetaçâo e cobre totalmente o solo, tanto<br />

no verâo como no inverno, constituindo, portanto, uma proteçâo<br />

permanente.<br />

Em Maio, Junho e Julho de 1951 procedeu-se à determinaçâo dos<br />

numéros de bactérias nos solos de 4 parcelas de cada tratamento. As<br />

amostras foram colhidas em dois pontos de cada parcela e, em cada<br />

ponto, a duas profundidades, 10cm e 30cm respectivamente. A deterrninaçâo<br />

dos numéros de bactérias foi feita pelo método de plaças.<br />

50g de cada amosträ, logo após a colheita, fora, agitadas, durante dez<br />

minutos com 50ml à de âgua fervida, procedendo-se, depois, a diluiçâo<br />

até 1:100.000 da qual foram inocuiadas 4 plaças. O meio de cultura<br />

usâda foi o agar albuminado,'n.° 5 de FRED e WAKSMAN (2). As plaças<br />

foram incubadas à temperatura do laboratório, sendo a contagem feita<br />

5 dias após a inoculaçâo.<br />

RESULT A<strong>DO</strong>S E DISCUSSÄO<br />

No Quadro 1 säo apresentadOs os valores médios das contagens das<br />

quatro plaças correspondentes a cada parcela.<br />

Estes resultados indicam grandes variaçoes de numéros de organismo<br />

sem diferentes parcelas do mesmo tratamento e, em menor escala,<br />

diferenças entre numéros encontrados nas amostras colhidas nas<br />

duas psoiçôes da mesma parcela.. Estas diferenças devem ser atribuidas<br />

näo só à flutuaçâo usual nos numéros de microorganismos do mesmo<br />

solo, de local para local, mas ainda ao diferente grau de proteçâo oferecido<br />

pela mesma leguminosa em direntes pontos da mesma parcela,<br />

e em diferentes parcelas do mesmo tratamento.<br />

Apesar destas flutuaçôes, contudo ,duas indicaçôes de ordern gérai<br />

resul tam do exame dos dados do quadro.<br />

Em primeiro lugar, verifica-se que o numero de bactérias encontracLas<br />

nas parcelas cobertas de vegetaçâo é superior ao das parcelas capinadas.<br />

Em segundo lugar, constata-se que, à profundidade do 10cm,<br />

o numero de bactérias por grama de solo é^maior do que à profundidade<br />

de 3.0cm, com duas exceçôes. Essa diferença é maior nas parcelas em<br />

que é mais densa a cobertura do solo. É minima nas parcelas capina<br />

das .Foi neste tratamento, no ponto II das parcelas A da l. a ' e 3. a séries,<br />

que se verificaram as exceçôes acima mencionadas. Ali os numéros<br />

foram de 400.000 e 250.000, respectivamente, a 30cm de profundidade<br />

contra. 350.000 e 200.ÖÖO, respectivamente, a 10cm,. Na ultima série


ANAIS DA TERCEIRA REÜNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> SOEO 309<br />

(amostras colhidas em 6-7-51) acentua-se considéravelmente a diferença<br />

entre os numéros de bactérias a 10 e 30cm. Havia chovido nos dias<br />

anteriores à çolheita de amostras, mas a umidade havia sido retida pela<br />

secçâo superficial do solo, nâo se fazendo sentir os efeitos da chuva à<br />

profundidade de 30cm. É possivel que a deficiência de umidade na<br />

secçâo inferior tenha contribuido para acentuar o seu deficit de microorganismo<br />

sem relaçâo à secçâo superficial.<br />

Nas parçelas cobertas de vegetaçâo, os numéros mais baixos se<br />

verificaram nos casos de Indigo}era endecaphyla Jacq. e de Stizolobium<br />

deerringianum Bort, onde ocorreram também muitas falhas de<br />

vegetaçâo.<br />

Os numéros mais altos foram encontrados nas parçelas cobertas<br />

por Centrosema pubescens Benth. e Calopogonium mucunoides Desv.<br />

Na primeira, a média dos numéros de bactérias por grama de solo foi<br />

de 4.182.000, a 10 cm de profundidade, e 1.726.000, a 30 cm de profundidade<br />

.<br />

Na segunda (Calopogonium), estes numéros foram de 2.830.000 e<br />

1.275.0000, respectivamente. .<br />

Os numéros de bactérias encontrados nas parçelas cobertas de<br />

gramineas (vegetaçâo ceifada) ocupam uma posiçâo intermediâria,<br />

sendo inferiores aos das parçelas com Centrosema e Colopogonium, e<br />

superiores aos das parçelas de Indigofera e Stizolobium.<br />

Sâo bem conhecidas as limitaçôes do método de plaça para determinaçâo<br />

do numero de bactérias do solo: Além da natural heterogegeneidade<br />

e da considerâvel flutuaçâo que esta heterogeneidade détermina<br />

na atividade microbiana, de ponto para ponto do mesmo solo,<br />

sob as mesmas condiçôes de clima e de cobertuda vegetal, vereficamse<br />

neste método limitaçôes, dévidas a seletividade do meio e das condiçôes<br />

de cultura empregados. Nas condiçôes de cultura adotadas no<br />

presente trabalho desenvolvem-se apenas os microorganisrrîos aerôbios<br />

e heterotróficos. Mas nem todos os aeróbios heterotróficos conseguiräo<br />

desenvolver-se no meio de cultura usado. Por este motivo e ainda<br />

porque a disperçâo total das células, porventura floculadas ou absorvidas<br />

pelo complexo coloidal do solo, sera dificilmente atingida durante<br />

o periodo relativamente curto de agitaçâo que precedeu as diluiçôes,<br />

os numéros de bactérias encontrados devem ser inferiores<br />

ao numero real de aeróbios heterotróficos realmente existentes naquele<br />

substrato.<br />

Apesar das réservas que devem inspirar estas limitaçôes, a probabilidade<br />

de que elas atuem num sentido comum em tôdas as amostras<br />

estudadas e a constância das diferenças verificadas, permitem<br />

tirar algumas indicaçôes dos resultados expérimentais, os quais, digase<br />

de passagem, estâo plenamente conformes com os conceitos firmados<br />

em estudos conduzidos em outras regiôes (4).<br />

Assim, podemos admitir que, nas condiçôes do experimento, os<br />

numéros de bactérias heterotróficas nos solos nüs säo inferiores aos<br />

dos solos cobertos de vegetaçâo erbâcea e que, outras condiçôes sendo<br />

uniformes, estes numéros sâo mais altos quando a cobertura é mais<br />

densa.<br />

Podemos ainda, nas mesmas condiçôes, admitir que na secçâo<br />

superficial estes microorganismos säo mais abundantes do que nas<br />

secçôes inferiores e que estas diferenças sâo mais pronunciadas nos<br />

solos cobertos de vegetaçâo do que nos solos nus/<br />

Estes estudos serâo continuados através da determinaçâo de<br />

outros indices da atividade microbiana sob as condiçôes expérimentais<br />

indicadas, bem como da investigaçâo das influências exercidas<br />

pelos tra tarnen tos sobre os fatores da fertilidade do solo.<br />

Os au tor es desejam expressar aqui o seu reconhecimento ao AgrÔnomo<br />

Waldemar Mendes e aos seus colaboradores na Secçâo de Solos


1» série<br />

29-5-51<br />

2* série<br />

15-6-51<br />

3» série<br />

27-6-51<br />

4» série<br />

6-7-51<br />

TATAMENTOS<br />

Locais<br />

QUADRO I<br />

Numeros de baciérias (expressox em milharesj em amostras colhidas a 8 profundidades em 2 locaAs de coda parcela<br />

. . 10 cm<br />

30 cm<br />

10 cm<br />

30 cm<br />

.... 10 cm<br />

30 cm<br />

.... 10 cm<br />

30 cm<br />

A — Solo Ivmpo<br />

I II<br />

520<br />

200<br />

1.500<br />

1.050<br />

750<br />

250<br />

500<br />

- 420<br />

350<br />

400<br />

1.000<br />

800<br />

200<br />

250<br />

620<br />

200<br />

B — Vegetaçâo<br />

ceifada<br />

1.970<br />

I II<br />

420<br />

•<br />

3.300<br />

2.550<br />

1.350<br />

600<br />

5.570<br />

1.120<br />

•<br />

4.450<br />

920<br />

5.250<br />

1.600<br />

1.420<br />

1.280<br />

2.320<br />

1.300<br />

C — Stizolobium<br />

deewrvngvmum<br />

4.420<br />

I II<br />

750<br />

• 1.500<br />

1.100<br />

550<br />

220<br />

2.200<br />

470<br />

2.200<br />

650<br />

1.900<br />

1.000<br />

1.600'<br />

900<br />

1.270<br />

670<br />

D — Indigofera<br />

etuiecwphyla<br />

1.650<br />

1.400<br />

2.800<br />

1.000<br />

2.750<br />

I II<br />

850<br />

4.020<br />

770<br />

1.250<br />

1.120<br />

3.300<br />

1.500<br />

1.200<br />

500'<br />

3.800<br />

750<br />

E — Calopogonmm<br />

mucuno'ktes<br />

4.150<br />

1.000<br />

4.500<br />

2.800<br />

2.100<br />

I II<br />

480<br />

2.670<br />

950<br />

2.020<br />

1.270<br />

1.700<br />

1.150<br />

3.020<br />

1.700<br />

2.470<br />

850<br />

•<br />

F — Centrosema<br />

pubescens<br />

2.320<br />

800<br />

5.500<br />

1.500<br />

2.550<br />

920<br />

7.020<br />

3.670<br />

I II<br />

3.470<br />

1.870<br />

5.600<br />

2.800<br />

1.950<br />

1.780<br />

. 5.050<br />

470


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 311<br />

do Institute de Ecologia e Experimentaçâo Agricolas pela assistência<br />

prestada na coleta de amostras de solo e no desenvolvimento dos trabalhos<br />

expérimentais.<br />

RESUMO<br />

Foram feitas, pelo método de plaças, determinaçôes de numéros<br />

de bactérias em amostras colhidas, a 10 cm e a 30 cm de profundidade,<br />

em parcelas de um expérimente de cobertura do solo.<br />

Nestes experimento, em execuçâo desde 1940, estâo representadas<br />

as seguintes condiçôes de superficie do terreno: capinado, vegetaçâo<br />

expontânea ceifada, cobertura de Stizolobium deeringianum<br />

Bort., de Calopogonium mucunoides Desv., de Centrosema pubescens<br />

Benth. e de Indigofera endecaphyla Jacq.<br />

Os numéros de bactérias encontradas na parcela capinada sâo<br />

inferiores aos numéros encontrados, em profundidade correspondentes,<br />

nas parcelas cobertas de vegetaçâo.<br />

Os numéros encontrados a 10cm de profundidade foram superiores<br />

aos das amostras de 30cm. A diferença entre os numéros fornecidos<br />

pelas amostras "-retiradas das duas profundidades foi menor<br />

no caso do solo limpo do que no solo coberto por vegetaçâo.<br />

Nas parcelas cobertas, os numéros maiores foram encontrados<br />

nos casos de Centrosema pubescens Benth. e Calopogonium mucunoides<br />

Desv., onde a vegetaçâo era a mais densa. Apresentaram numéros<br />

menores as parcelas cobertas por Stizolobium deeringianum Bort,<br />

e Indigofera endecaphyla Jacq., em cuja vegetaçâo ocorreram maiores<br />

percentagens de falhas.<br />

— SUMMARY —<br />

Numbers of bacteria were determined by the plate method, in<br />

soil samples collected at depths of 10 and 30cm, from the plots of an<br />

experiment about the influence of vegetables covers on orchard soil.<br />

The treatments of this experiment represent the following types of<br />

soil cover: clean, grass sod, Stizolobium deeringianum, Calopogonium<br />

mucunoides, Centrosema pubescens and Indigofera endecaphyla.<br />

Bacterial numbers were found to be lower in the clean cultivated<br />

crops than at corresponding dephs of plots protected by vegetable<br />

covers. Numbers found at 10cm depth were higher than at 30cm.<br />

The differences between the numbers found at the two depths were<br />

smaller in the case of the clean cultivated soil than in the soils protected<br />

by vegetable covers.<br />

The largest numbers were found in the Centrosema and Calopogonium<br />

plots, where the plant cover showed the highest density.<br />

— REFERÊNCIAS —<br />

1 — FAGUNDES, A. B. C. DEL NEGRO L. VETTORI e F. RAMOS — Contribuiçâo ao<br />

estudo dos solos da aBixada de Sepetiba. — Anais I Reuniâo Brasileira<br />

de Ciência do Solo, 1947, pâgs. 393- | 526.<br />

2 — FRED, E.B. e S.A. WAKSMAN — Laboratory Manual of General Microbiology<br />

'Mac GTaw-Hill, New York, 1928.<br />

3 — HAUWITZ, B. e J. M. AUSTIN — Climatology — Mac Graw-Hill, New York,<br />

1944.<br />

4 — WAKSMAN, SL4L — Principles of soil Microbiology 2nd Edition Williams<br />

& Wilkins Co., Baltimores, 1932.


IV COM I SSÄO<br />

FERTILIDADE <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong>


ADUBAÇAO MINERAL EM BACIA DE IRRIGAÇAO<br />

F. E. DE SOUSA MELO<br />

(Agrônomo)<br />

D. N. O. C. S.<br />

O regime de cultura intensiva, a que se acham submetidos os solos<br />

das bacias de irrigaçâo dos açudes do Nordeste, regimen este que, em<br />

alguns setores, se processa a cêrca de 3 lustros, estâ-nos trazendo,<br />

como era de esperar, a exaustaçâo dp solo.<br />

Ocorrências de queda de produçao foram bem f ocalizadas pelo<br />

agrônomo Clodoaldo Carvalho, Chef e da Secçâo de Agronomia do Institute<br />

José Augusto Trindade, em seu relatório, referente ao ano de<br />

1949. Dados colhidos nêste relatório nos mostram que a produçao<br />

de arroz (variedade matâo e pratâo) foi baixa, numa média de 1.572<br />

quilos, por Ha., numa cultura de 3,7914 Ha.; atribui o autor esta pequena<br />

produçao ao estado de relativo esgotamènto das terras. Numéros<br />

mais convincentes nos dâ a cultura do milho. Aquêle agrônomo<br />

apresenta dois quadros interessantes; o primeiro refere-se à produçao<br />

de milho, no ano de 1949. que correspondeu a uma média de<br />

1.342 quilos por hectare, numa cultura abrangendo uma ârea de<br />

18,4396 Ha., em que foram cultivadas as variedades "catete" e "amarelào";<br />

o segundo traz a produçao média, em quilos/Ha,, dêste cereal,<br />

no periodo de 1942 a 1949, para o quai faz aquêle técnico o seguinte<br />

comentârio: "A nossa produçao de milho, em média por Ha., subiu,<br />

consideràvelmente, de 1942 até 1945, para cair, logo em seguida, a<br />

indices assustadoramente baixos"; e acrescenta mais adiante: "Desde<br />

1946, aliâs, que tivemos a nossa atençao despertada para êsse fato,<br />

jâ pela diminuiçâo do tamanho da espiga (êsse fenômeno foi deveras<br />

bem evidente), jâ pelo consequente abaixamento nos dados de produçao,<br />

após a colheita do ano".<br />

Julgamos, pois, uma necessidade imediata, iniciarmos os primeiros<br />

ensaios de adubaçâo, ensaios estes que vinham sendo protelados,<br />

em vista dos constantes trabalhos de reconhecimento agrológicos e<br />

anâlises de solos, de natureza inadiâvel, que vimos fazendo, com o<br />

fim.de atender estudos complementares das bacias de irrigaçâo em<br />

funcionamento e a estudos preliminares, para a execuçâo de futuras<br />

obras de irrigaçâo. Trabalhos desta natureza, jâ tivemos oportunidade<br />

de apresentar à l. a e 2. a Reuniöes Brasileira da Ciência do Solo.<br />

CONDIÇÔES DE AMBIENTE<br />

Eddficas — Os solos da bacia de irrigaçâo do açude pûblico Sao<br />

Gonçalo (Instituto José Augusto Trindade), onde fizemos os expérimentes,<br />

sâo de origem_ terciâria, provàvelmente cretâcea, e quaternâria,<br />

sendo as formaçoes oriundas dêste ultimo prédominantes, em<br />

extensâo.<br />

Os ensaios foram localizados em aluviôes depositados pelo rio<br />

Piranhas; estes solos sâo bastante heterogênios, como se verificou no<br />

estudo agrológico feito nesta bacia. A drenagem, apesar de ser mais<br />

freqüentemente déficiente, atinge, os dois extremos. Sua topografia


316 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

é, geralmente, plana, ou, ligeiramente, ondulada. Os jiados. analilticos<br />

dêstes aluviöes sâo muito yariâveis (vide "Estudo Agrológico da Bacia<br />

de Irrigaçâo do Acüde Püblico Sâo Gonçalo", na Paraiba, do autor<br />

— Anais da l. a Reuniâo Brasileira de Ciência do Solo). As anâlises<br />

nos dâo as seguintes médias, para as bases trocâveis, corn relaçâo à<br />

camada arâvel, em ME por 100g. de solo: Câlcio, 9,25; magnésio,<br />

3,14; sódio, 1,59; manganez, 0,36; potâssio, 0,25.. Para o fósforo assimilâvel,<br />

apresentou uma média de 23 miligramos por 100g. de solo<br />

e, para o azote;. ,68,5. O tëor da- matéria orgâriica varia, mais frequentemente,<br />

entre os limites de 1 a 2 %. Hâ predominância dos<br />

solos limo-barrento, limo-argiloso e limosos (classificaçâo internacional),<br />

e o coéficiente de dispersâo é muito variâvel, chégando a extremos<br />

de argila muito dispersa, nos solos alcalinos e salgados, a<br />

arguas com bom grau de floculaçâo, nos Aluviöes récentes e férteis.<br />

Fizemos analyses de amostras de solos, retidadas das camadas<br />

arâvel de cada bloco dos dois ensâios, cujos resultados acham-se reunidos,<br />

no quadro 1.<br />

Climàticas — O açude S. Gonçalo esta localizado na regiâo semiârida<br />

do Nórdeste, e o çlima, caracteriza-se por uma estâçâo invernosa<br />

curta, de 3 a 5 meses, com uma precipitaçâo média anual de 100 a<br />

800 mimj e um periodo de 7 a 9 meses de estiagem. Esta estaçâo invernosa<br />

falta, periodicamente, Pcasionando à sêcà e-v flagelo climatico<br />

conhécido do Nordeste brasileiro. A temper'atura média, no ano<br />

de 1950, variou entre 27°C, no meio do anp, a 37°C, no fim do ano;<br />

a maior média das mâximas foi de 37°,5, no fim do ano, el4°,4, no<br />

meiö do ano. '<br />

PLANO EXPERIMENTAL<br />

Resolvemos inïciar os nossos trabàlhos expérimentais de adubaçao,<br />

pela minerai, com o 'fim de conhecermos, principalmente, o element»<br />

ou elementos faltantês, entre os chamados nobres, bem como a formula<br />

mais adequàda' para cada caso. Cônquanto nâo possamos, provàvelmente,<br />

empregar o adubo minerai, em larga escala, na produçâo de<br />

gêneros alimentîcios, dado o preç'o élevado do mesmo, poderembs,<br />

uma vez cbnhecidos os elementos faltantês, procurar suprir estes, em<br />

outras fontes mais accessiveis. •<br />

. Executamos dpis ensaios, um, com o milho e putro, com o tomate;<br />

foi empregado, para ambos, o sistema de "blocos ao acaso",<br />

com 5 tratamentos — NPK, NP. NK, PK e testenlunha, sendo 7 repetiçôes<br />

para o ensaio do milho e, 8, para o de tomate. Um esquema<br />

do experimento desta cultura, encontra-se no quadro n.° 2.<br />

Baseado em dados analiticos dos solos e observaçôes culturais,<br />

resolvemos empregar a formula 8-8-12, para o milho e, 8-15-12, para<br />

o tomate.<br />

Os adubos empregados foram os seguintes: Salitre do Chile granulado<br />

com 15,5% de N, superfosfato de câlcio corn 18 % de P205<br />

e, Cloreto de potâssio com 50 % de K2O. Dada a natureza peculiar<br />

dos solos da bacia de irrigaçâo, com referência a tendência de salinizaçâo<br />

e alcalinizaçâo, devido as condiçôes de ambiente (climàticas e<br />

geológicas), séria, provàvelmente, mais indicado, o, emprêgo de sulfato<br />

de amônio; emvez de riitrato de sódio e,' o sulfato de potâssio, em<br />

vez de cloreto de potâssio. "Eram, entretanto, aquêles, os adubos que<br />

tinhamos em mâo, no momento do inicio dos trabalhos. Sera, sem<br />

dùvida, de interesse, uma vez comprovado, sob o ponto de vista econômico,<br />

o emprego da adubaçao minerai,, em larga escala, nos solos<br />

em que trabalhamos, a organizaçâo de pianos expérimentais, no, sentido.de<br />

definirmos ..a.açâodos adubos chamados "basicos"^^^^ Salitre<br />

db Chile, Escöria de Thomas; carbonate de potâssio, etc., em.'con-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 317<br />

traposiçâo com os chamados "âcidos" — Sulfato de amônio, superfosfàto,<br />

cloreto de potâssio, sulfato de potâssio, etc.<br />

Anâlise estatistica — A "anâlise de variance", foi feita pelo método<br />

do quadrado da variâvel. Para limite de significaçâo, adotou-se<br />

o teste de F, com a probabilidade de 5 %.<br />

A precisâo do experimento, foi avaliada, calculando-se o coeficiente<br />

de variaçào, pela seguinte formula:<br />

VC =<br />

y variante do êrro X 100<br />

média<br />

ENSAIO COM A CULTURA <strong>DO</strong> MILHO<br />

Histórico<br />

Este ensaio, foi licalizado, num talhâo, nas proximidades da Séde<br />

da Secçâo de Agronomia, à margem esquerda do sangradouro do<br />

âçude, em solo de Aluviâo Fluvial, onde, hâ 8 anos, se cultiva milho.<br />

Cada parcela da experiência, foi constituida de 8 fileiras, espaçadas<br />

de 1 metro e, com 23 métros de comprimento; à distância, entre<br />

as plantas, foi de 25 cms., de forma que, cada filera, era constituida<br />

de 92 plantas. Por ocasiâo da colheita, as parcelas de 184m 2 , foram<br />

reduzidas para 80m 2 , com a eliminaçâo de 2 fileiras, de cada lado e,<br />

de uma faixa, de metro e meio, nas bordas restantes (correspondente<br />

a 6 plantas, em cada extremidade das fileiras).<br />

O preparo do solo foi feito, de 10 a 12 de março de 1950, a marcaçâo<br />

do ensaio a 13, e o plantio a 14 do mesmo mes. Houve 2 replantas,<br />

uma a 27 de março e outra a 10 de abril; e 3 tratos culturais,<br />

a 28 de março, 13 de abril e 8 de maio. A contagem do stand gérai<br />

da experiência for feita a 22 de março. Cultivamos o milho "catete";<br />

pretendiamos usar o milho hibrido, o que nâo fizemos para nâo prejudicar<br />

trabalhos de auto-fecundaçâo, em andamento, na Secçâo de<br />

Agronomia<br />

A dose de adubaçâo minerai foi dividida em duas partes iguais,<br />

que foram distribuidas nos dias 1.° de abril e 13 de maio. Estas duas<br />

aplicaçôes foram feitas em pequenos sulcos, abertos com cultivadores<br />

de horta, distante 10 cms e com'6 cms. de pröfundidade, uma vez<br />

de um lado e, outra, de outro, de cada uma das fileiras.<br />

A distribuiçâo das chuvas, em Sâo Goriçalo, no'primeiro semestre<br />

do ano de 1950, acha-se no quadro n.° 3. Devido a irregularidade de<br />

precipitaçâo, fomos obrigados a fazer 4 irrigaçoes: a l. a , hos dias 11<br />

e 12 de maio, na dose de 645m3; a 2. a , nos dias 25 e 26 de maio na<br />

dose de 645m 3 ; a 3. a , nos dias 8 e 9 de julho, na dose de 629m3, e a<br />

4. a , nos dias 14 e 15 do mesmo mês, na dose de 630m 3 por Ha. Foram<br />

usados medidores tipp "Venturi" e sifäo, para a mediçâo da âgua.<br />

A colheita foi feita no dia 26 de julho. *<br />

RESULT A<strong>DO</strong>S E DISCUSSÄO<br />

A produçâo em quilos, por parcela de 80m 2 ; consta do quadro n.° 4.<br />

O coeficiente de yariaçâo (CV) foi de 28,5 %, muito elevado.- O<br />

stand gérai da. experiência atingiu 18,8 %..<br />

Encontrarrios os dados da "anâlise da variante" no quadro numéro<br />

5. Nêste podemos verificar que o ensaio foi altamente significante,<br />

segundo o critério do "indice F".


318 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Fizemos a determinaçâo da menor diferença significativa; para<br />

isto, determinamos o "êrro standard" da média, que foi de 1,78, e o<br />

"êrro standard" da diferença entre as médias, que foi de 2,51692. Com<br />

o emprêgo da tabela "t", de FICHER, determinamos, por f im, a menor<br />

diferença significativa, para os limites de P-O,01, que foi de 7 quilos,<br />

e P-O,05, que foi de 5 quilos (em numéros redondos).<br />

'G<br />

Foto n.v 1<br />

Ensâio de milho — Vista parcial da experiência<br />

Foto n.« 2<br />

Ensâio de milho — Vista parcial da experiência, mostrando os canaletes de irrigaçâo<br />

Âr


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 319<br />

Foto n.» 3<br />

Ensâio de milho — Uma parcela que recebeu adubaçâo compléta (8-8-12)<br />

Foto n.o 4<br />

Ensâio de milho — Uma parcela testemunha<br />

No quadro n.° 6, na coluna de ordern de mérito, podemos constatar<br />

a seguinte colocaçâo dos tratamentos, com relaçâo à melhor<br />

produçâo: — 1.°, NP; 2.°, NPK; 3.° NK; '4.°, PK; e 5.°, testemunha.<br />

As très primeiras formulas, obtivéram diferenças significativas, em<br />

relaçâo à testemunha, sendo que as duas primeiras foram altamente


320 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO BRASILEIRÀ DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

significativas. Verifica-se, pois, que o adubo nitrogenado respondeu<br />

plenamente; a açâo do adubo fosfatado pode ser atribuida ao acaso<br />

e nâo se verificou efeito do adubo potâssico.<br />

No quadro n. 7, encontramos o rendimento econômico Ai podemos<br />

verificar que a adubaçâo minerai empregada foi uma operaçâo<br />

anti-econômica, pois as parcelas que nâo levaram adubo foram as que<br />

obtiveram melhor rendimento. Foi incluida uma taxa de 400 cruzeiros<br />

por Ha, para a despesa de preparo e aplicaçâo do adubo no<br />

campo.<br />

ENSAIO COM A CULTURA <strong>DO</strong> TOMATE<br />

(Histórico)<br />

Este ensaio foi localizado em talhào proximo ao prédio de distnbuiçaode<br />

hortaliças na Secçâo de Hörti-Pomi-Sivicultura em solo<br />

de aluvisao fluvial, onde se vêm cultivando hortaliça, hâ alguns anos.<br />

Cada parcela da experiência era constituida de uma fileira corn<br />

12 métros de comprimento, com espaçamento de 1 metro entre fileiras<br />

e ces. Uma fileira de proteçao separava as fileiras das parcelas<br />

Por ocasiao da colheita, foi eliminada uma planta em cada extremidade<br />

da fileira da parcela, ficando esta constituida de 10 plantas<br />

ocupando uma ârea de 10m 2 . y '<br />

O preparo do solo foi feito nos dias 29 e 30 de junho de 1950 a<br />

marcaçao e transplants das mudinhas se deram nos dias 4 e 5 de<br />

1<br />

ÄiX?T ete S1!X S dC replantl °<br />

W âri to<br />

m ^ A f^ubaçâo mineral foi realizada numa ünica aplicaçâo no dia<br />

10 de julho, em pequenos sulcos abertos corn cultivadores de horta<br />

da mesma maneira como foi feito no ensaio do milho<br />

Foto -n.» 5<br />

Ëhsâio de milho - Uma parcela que recebeu tratamento 0-8^12 (sem nitrogênio)


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 321<br />

Foto n.« t><br />

Ensâio de milho — Mira colocada no limite de duas parcelas, uma testemunha<br />

e outra que recebeu a formula 8-8-0<br />

De 5 a 14 de julho, a irrigaçâo das mudinhas foi feita com regadores.<br />

A partir do dia 15, começamos a irrigar pelos cariais, em sulcos,<br />

no pé da planta, em periodos de 4 em 4 dias, empregando 120m 3 por<br />

Ha, aproximadamente, em cada irrigaçâo.<br />

A variedade de tomate empregado foi a pan-américa. No principio<br />

de agôsto, a cultura em plena frutificaçâo, e a de 27 de novembro,<br />

achava-se no término da mesma.<br />

Observou-se alguns casos de infestaçâo de nematoide.<br />

RESULTA<strong>DO</strong>S E DISCUSSÄO<br />

A produçâo, em grs., por parcela de 10m 2 , consta do quadro n.° 8.<br />

O coeficiente de variàçâo foi de 27,5 %, quasi tâo elevado quanto<br />

o do experimento anterior.<br />

No quadro n.° 9 encontramos os dados da "anâlise da variance".<br />

Nêle, verificamos que o ensaio foi significante, segundo o critério do<br />

"indice F". Fizemos a determinaçâo da menor diferença significativa;<br />

para este fim, determinamos o "êrro standard" da média, que foi<br />

de 2.877, e o "êrro standard" da diferença entre as médias, que foi<br />

de 4.068,078. Com o emprego da tabela "t", de FISCHER, determinamos.enfim,<br />

a menor diferença significativa, para os limites de P-O,01,<br />

que foi de 11.240 grs., e P-O,05, que foi de 8.397 grs.<br />

Na coluna de ordern de mérito, no quadro n.° 10, verificamos<br />

ser a seguinte a colocaçâo dos tratamentos, com relaçâo à melhor<br />

produçâo: 1.°, NPK; 2.° NP; 3.°, PK; 4.° NK, e 5.°, testemunha.<br />

Podemos chegar à seguinte conclusao, a respeito da diferença de<br />

produçâo dos tratamentos, com relaçâo à testemunha: A formula<br />

8-15-12 foi a ünica que obteve diferença significativa; o tratamento,<br />

que se seguiu, em maior produçâo, foi o 8-15-0, que, apesar de ter<br />

dado uma diferença elevada, nâo foi significante. Os tratmentos<br />

0-15-12 e 8-0-12 apresentaram muito pequenas diferenças.


322 ANAIS DA TERCEIRA REUKIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE <strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

No quadro n. 11, encontramos o rendimento èconômico.' Nele<br />

verificamos que o tratamento 8-15-12 continua a ocupar o primeiro<br />

lugar, na coluna de ordern de mérito. Ai temos uma indicaçâo de<br />

que o adubo minerai pode ser empregado econômciamente, na produçâo<br />

de otomate, naturalmente se usarmos formulas adequadas de<br />

adubaçâo, nos solos depauperados da bacia de irigaçâo.<br />

Consideramos, naquêle quadro, o preço de 2 cruzeiros para o<br />

quilo de tomate, e incluimos no preço do adubo a despesa de 400 cruzeiros<br />

por Ha., para seu preparo e aplicaçao.<br />

CONCLUSÖES<br />

Os ensaios, que descrevemos, apresentaramu m coeficiente de<br />

variaçâo (CV) elevado, comprometendo, de um certo modo, a precisâo<br />

dos expérimentes. Pode ser apontado, entre as causas provâveis<br />

dêste fato, a heterogeneidade dos aluviöes de Sâo Gonçalo, como podemos<br />

verificar no quadro n.° 1, de anâlise de amostra de solos dos<br />

blocos dos experimentos, e pequenas irregularidades que se pode observar<br />

na topografia dos talhôes expérimentais, e que nâo deixaram de<br />

afetar, de um certo modo, a perfeita distribuiçâo da âgua de irrigaçao,<br />

nas parcelas dos ensaios.<br />

O expérimente do milho foi altamente significante, indicando<br />

ser o nitrogênio o elemento f al tante. As formulas que deram diîerenças<br />

siginificativas, com relaçâo à testemunha ,foram em ordern de<br />

grandeza, NP, NPK e NK.<br />

O ensaio de tomate foi significante, sendo a formula NPK a unica<br />

que respondeu.<br />

Os resultados dêstes ensaios servem, ainda, para reforçar a afirmativa,<br />

jâ referida acima, de que os aluviöes de Sâo Gonçalo sâo heterogêneos,<br />

tornando-se dificil generalizar, dentro da bâcla de irrigaçao,<br />

sobre a falta dêste ou daquêle elemento.<br />

Devemos possuir dados anal|ticos e experiências estritamente<br />

locais, para orientar os trabalhos de adubaçâo, em cada caso.<br />

Quanto à parte econômica da aplicaçao do adubo mineral, o ensaio<br />

do milho nos mostra ser anti-econômica tal operaçâo, nas atuais<br />

condiçôes; porém, com referência ao tomate, nos indica que o adubo<br />

minerai pode ser empregado econômicamente, naturalmente se usarmos<br />

formulas adequadas. em adubaçâo, nos solos depauperados da<br />

bacia de irrigaçao.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

O autor agradece a colaboraçâo do agrônomo Clodoaldo de Oliveira<br />

Carvalho e do técnico-agrïcola Nivaldo Alves Barbosa, respectivamente<br />

Chefe da Secçâo de Agronomia e Horti-Pomi-Silvicultura, bem<br />

como dos agrônomos e quimicos da Secçâo de Solos e Laboratório.<br />

RESUMO<br />

Em vista do regimem de cultura intensiva, a que se acham submetidos,<br />

os solos das bacias de irrigaçao dos açudes püblicos do Nordeste,<br />

e de se ter verificado, com dados numéricos, ocorrências de queda de<br />

produçâo, resolvemos iniciar ensaios preliminares de adubaçâo minerai,<br />

nas terras irrigäveis, com o f im de conhecermos os elementos<br />

faltantes, no solo, dentre os chamados nobres.<br />

Dois ensaios foram executados em terras do Instituto. José Auguste<br />

Trindade, sendo um com o milho, e outro com o tomate. Para este<br />

foi empregada a formula 8-15-12 e, para aquêle, a formula 8-8-12.<br />

Os tratamentos foram NPK, NP, NK, PK e testemunha, com 7 repe-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 323<br />

tiçôes para o milho e 8 para o tomate. Usou-se o sistema de "blocos<br />

ao acaso".<br />

Trabalhamos com os seguintes adubos: Salitre do Chile, superfosfato<br />

e cloreto de potâssio.<br />

O ensaio do milho foi altamente significante, sendo o nitrogênio<br />

0 elemento f al tan te. As formulas que deram diferenças significativas,<br />

com relaçâo à testemunha, foram em ordern de grandeza: NP, NPK e<br />

NK.<br />

O ensaio do tomate foi significante, sendo a formula NPK a ûnica<br />

que respondeu.<br />

Ambos apresentaram urn êrro experimental elevado, cujas causas<br />

principals parecem ser a — heterogeneidade do solo e o nivelarriento,<br />

pouco adequado, dos talhôes para os trabalhos de irigaçâo.<br />

Os quadros de rendimento econômico nos mostram que o emprêgo<br />

do adubo minerai é anti-econômico para o milho, e nos indicam<br />

que o referido adubo pode ser empregado econômicamente, para o<br />

tomate, naturalmente se usarmos formulas adéquadas, para casa caso.<br />

Os resultados dos dois experimentos nos däo uma indicaçâo de<br />

que os aluviôes de Sâo Gonçalo sâo heterogêneos, tornando-se dificil<br />

generalizar, dentro da bacia de irrigaçao, sobre a falta dêste ou daquêle<br />

emento.<br />

SUMMARY<br />

The author presented results of corn and tomato fertilizer experiments,<br />

with irrigation, conducted at the José Auguste Trindade<br />

Institute.<br />

In corn experiment, was employed the formula 8-8-12- and, in<br />

tomato experiment, the formula 8-15-12. The treatments were NPK,<br />

NP, NK, PK and no manure, with seven replication for corne and,<br />

eight, for tomato. The "randomized blok" design, was employed.<br />

The manures applicated, were calcium superfosfate, Chile mitrate<br />

and potassium chloride.<br />

The corn experiment, was highly significant; the formulas with<br />

significant difference, in relation no manure treatment, were, in order<br />

of produtiori, NP, NPK and NK. The influence of mitrate, was great.<br />

The tomato experiment, was significant. The NPK formula was.<br />

the only, that was significant, in relation the no manure treatment.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

1 — Estudo Agrológico da Bacia de Irrigaçao do Açude Pûfolico S. Gonçalo, na<br />

Paraiba (Anais da Primeira Reuniâo Brasileira de Ciência do Solo — 1850),<br />

do autor.<br />

2 — Statistical Tecnhique in Agricultural Research — (Paterson — 1939.<br />

3 — Experimentaçâo Agricola — Noçôes sobre o método de Fischer — Renato<br />

Gonçalves Martins (Boletim do Ministério da Agricultura, março de 1946) .<br />

•<br />

Fortaleza, 29 de Maio de 1951.<br />

FRANCISCO EDMUN<strong>DO</strong> DE SOUZA MELLO


55<br />

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1.740<br />

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1<br />

1.817<br />

t<br />

CO


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 325<br />

1<br />

4<br />

3<br />

2<br />

5<br />

3<br />

2<br />

1<br />

5<br />

4<br />

5<br />

3<br />

2<br />

1<br />

4<br />

2<br />

4<br />

3<br />

5<br />

1<br />

QUADRO 2<br />

ESQUEMA DA EXPERIÊNCIA DE TOMATE<br />

Bloco 1<br />

— T<br />

— NP<br />

— NE<br />

— PK<br />

— NPK<br />

Bloco 3<br />

— NK<br />

— PK<br />

— T<br />

— NPK<br />

— NP<br />

Bloco 5<br />

— NPK<br />

— NK<br />

— PK<br />

— T<br />

— NP<br />

Bloco 7<br />

— PK<br />

— NP<br />

— NK<br />

— NPK<br />

»p<br />

i<br />

3<br />

4<br />

1<br />

2<br />

5<br />

2<br />

1<br />

4<br />

3<br />

5<br />

3<br />

4<br />

1<br />

5<br />

2<br />

1<br />

5<br />

2<br />

4<br />

3<br />

Blcco 2<br />

— NK<br />

— NP<br />

— T<br />

— PK<br />

— NPK<br />

Bloco 4<br />

— PK<br />

— T.<br />

— NP<br />

— NK<br />

— NPK<br />

Bloco 6<br />

— NK<br />

— NP<br />

— T<br />

— NPK<br />

— PK<br />

Bloco 8<br />

— T<br />

— NPK<br />

— PK<br />

— NP<br />

— NK


326 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Janeiro<br />

MESES<br />

Fevereiro<br />

Marco<br />

Abril<br />

Malo<br />

Junho<br />

Julho<br />

TRATAMENTOS<br />

1 (0-0-0)<br />

2 (0-8-12)<br />

. 3 (8-0-12)<br />

•4 (8-8-0)<br />

5 (8-8-12)<br />

VARIAÇÔKS DEVIDAS<br />

A<br />

Totais<br />

Replicaçôes<br />

Tratamentos<br />

Ërro<br />

QUADRO 3<br />

DA<strong>DO</strong>S METEOROLÓGICOS DE JANEIRO A JULHO DE 1950<br />

Maxima<br />

média<br />

C°<br />

36.9<br />

35.3<br />

31.8<br />

31.2<br />

30.8<br />

32.1<br />

33.8<br />

TEMFERATURA<br />

Minima<br />

média<br />

C°<br />

22.7<br />

21.9<br />

21.5<br />

21.4<br />

19.7<br />

18.7<br />

14.4<br />

QUADRO 4<br />

TEMPERATURA<br />

MÉDIA<br />

29.1<br />

30.1<br />

27.4<br />

28.8<br />

27.0<br />

27.4<br />

28.7<br />

HITMIDADE<br />

RELATIVA<br />

MÉDIA<br />

61.0<br />

65.5<br />

82.0<br />

80.4<br />

70.7<br />

59.6<br />

55.8<br />

ENSAIO <strong>DO</strong> MILHO = PRODUÇAO DAS PARCELAS<br />

1<br />

17.4<br />

15.4<br />

17.0<br />

23.2<br />

27.6<br />

2<br />

7.0<br />

17.2<br />

13.0<br />

24.0<br />

23.0<br />

R E P L I C A C Ö E S<br />

3 | .<br />

6.6<br />

10.6<br />

14.8<br />

18.0<br />

19.0<br />

9.0<br />

19.4<br />

13.6<br />

19.2<br />

20.0<br />

QUADRO 5<br />

5<br />

9.0<br />

5.4<br />

18.0<br />

17.0<br />

17.6<br />

6<br />

23.6<br />

9.0<br />

26.8<br />

27.0<br />

12.0<br />

7<br />

9.0<br />

11.0<br />

18.0<br />

22.0<br />

18.8<br />

ENSAIO <strong>DO</strong> MILHO = ANALISE DA VARIANCE<br />

SOMA<br />

<strong>DO</strong>S<br />

QUADRA<strong>DO</strong>S<br />

1.259,31<br />

204,16<br />

523,09<br />

532,06<br />

GRAUS<br />

DE<br />

LIBERDADE<br />

34<br />

6<br />

4<br />

24<br />

VARIANCES<br />

130,77<br />

22,17<br />

Achado<br />

5,90<br />

PRECIPITAÇÂO<br />

m. m.<br />

42.7<br />

82.5<br />

237.2<br />

187.7<br />

3.1<br />

2.5<br />

PRODUÇAO<br />

MEDIA <strong>DO</strong>S<br />

TRATAMENTOS<br />

POR PARCELA<br />

INDICE F<br />

11.6<br />

13.6<br />

17.3<br />

21.5<br />

19.7 "~<br />

Teàrico<br />

0,05 — 2,78<br />

0,01 — 4,22


TRATAMENTO<br />

1 - (0-0-0)<br />

2 --<br />

(0-8-12)<br />

3 --<br />

(8-0-12)<br />

4 --<br />

(8-8-0)<br />

5 --<br />

(8-8-12)<br />

TRATAMENTO<br />

1 (0-0-0)<br />

2 (0-8-12)<br />

3 (8-0-12)<br />

4 (8-8-0)<br />

5 (8-8-12)<br />

ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 327<br />

QUADRO 6<br />

ENSAIO <strong>DO</strong> MILHO = RENDIMENTO MEDIO<br />

PRODUÇÂO POE<br />

HECTARE<br />

(quilo)<br />

1.450<br />

1.575<br />

2.162<br />

2.687<br />

2.462<br />

RELAÇÂO EM % DE CADA<br />

PRODTJÇÂO COMPARADA À<br />

TESTEMTJNHA 100 %<br />

QUADRO 7<br />

100<br />

108,6<br />

141,1<br />

185,3<br />

169,8<br />

ENSAIO <strong>DO</strong> MILHO = RENDIMENTO EGONOMICO<br />

VALOR <strong>DO</strong><br />

ADUBO<br />

APLICA<strong>DO</strong><br />

3.429.30<br />

4.036,20<br />

4.540,30<br />

5.802,90<br />

PRODUÇÂO<br />

MÉDIA POR<br />

HECTARE<br />

1.450<br />

1.575<br />

2.162<br />

2.687<br />

2.462<br />

VALOR DAS<br />

COLHEITAS<br />

(2,40 O<br />

quilo)<br />

3.480,00<br />

3.780,00 |<br />

5.188,80 1<br />

6.448,80 |<br />

5.908,80<br />

DIFERENÇA ENTRE<br />

RENDIMENTO E<br />

VALOR <strong>DO</strong><br />

ADUBO APLICA<strong>DO</strong><br />

3.480,00<br />

350,70<br />

1.152,60<br />

1.908,50 I<br />

105,90<br />

ORDEM<br />

DE<br />

MÉBITO<br />

5<br />

4<br />

3<br />

1<br />

2<br />

ORDEM<br />

DE<br />

MÉRITO<br />

l.o<br />

4.0<br />

3.0<br />

2.0<br />

5.0


1 (0-0-0)<br />

QUADRO 8<br />

TRATAMENTO<br />

2 (0-15-12)<br />

3 (8-0-12)<br />

4 (8-15-0)<br />

5 (8-15-12)<br />

Totais :<br />

Replicaçôes<br />

Tratamento<br />

Erro<br />

QUADRO 9<br />

VARIAQÖES DEVIDAS<br />

a<br />

1<br />

10.500<br />

26.880<br />

36.610<br />

17.800<br />

36.720<br />

2<br />

17.005<br />

16.230<br />

21.680<br />

22.987<br />

27.210<br />

E N S Â I O D O T O M A T E : P R O D U Ç A O D A S P A R C E L A S<br />

3<br />

49.950<br />

58.910<br />

24.920<br />

43.660<br />

58.340<br />

REPLI<br />

4<br />

56.440<br />

46.610<br />

45.390<br />

52.040<br />

70.600<br />

C A Ç Ö E S<br />

5<br />

22.400<br />

12.845<br />

17.820<br />

30.710<br />

16.410<br />

6<br />

18.790<br />

16.460<br />

20.690<br />

25.890<br />

26.330<br />

E N S A I O <strong>DO</strong> T O M A T E : A N A L I S B DA V A R I A N C E<br />

SOMA <strong>DO</strong>S QUADROS<br />

9.106.326.005<br />

6.487.478.180<br />

762.197.407<br />

1.856.650.418<br />

GRAUS DK<br />

LJBERDADE VARIANCES<br />

39<br />

7<br />

4<br />

28<br />

190.549.352<br />

66.308.943<br />

7<br />

16.915<br />

9.790<br />

21.110<br />

19.900<br />

21.260<br />

8<br />

17.750<br />

25.410<br />

21.910<br />

38.375<br />

42.270<br />

INDICE F<br />

'- PRODUÇAO MÉDIA<br />

<strong>DO</strong>S<br />

TRATAMENTOS<br />

POR PARCELA<br />

Achado I ' Teórico<br />

_J<br />

2,87<br />

26.220<br />

26.642<br />

26.274<br />

31.420<br />

37.392<br />

P.—0,05=2,71<br />

P.—0,01=4,07


QUADRO 10<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

TRATAMENTO<br />

(0-0-0)<br />

(0-15-12)<br />

(8-0-12)<br />

(8-15-0)<br />

(8-15-12)<br />

QUADRO 11<br />

TRATAMENTO<br />

1 (0-0-0)<br />

2 (0-15-12)<br />

3 (80-12)<br />

4 (8-15-0)<br />

5 (8-15-12)<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 329<br />

ENSÂIO DE TOMATE : RENDIMENTO MÉDIO<br />

PRODUÇÂO POR<br />

HECTARE<br />

(quilo)<br />

26.220<br />

26.642<br />

26.274<br />

31.420<br />

27.392<br />

RELAÇÂO EM % DE CADA<br />

PRODUÇÂO COMPARADA À<br />

TESTEMUNHA — 100%<br />

100<br />

101,6<br />

100,2<br />

119,8<br />

142,6<br />

ENSAIO DE TOMATE : RENDIMENTO EC0NOMIC0<br />

PRODUÇÂO<br />

MÉDIA POR<br />

HECTARE<br />

(quilo)<br />

26.220<br />

26.642<br />

26.274<br />

31.420<br />

37.392<br />

VALOR <strong>DO</strong><br />

ADUBO<br />

APLICA<strong>DO</strong><br />

Cr$<br />

4.973,70<br />

4.036,20<br />

6.084,70<br />

7.347,30<br />

VALOR DA<br />

COLHEITA<br />

(2,00 o quilo)<br />

Cr$<br />

52.440,00<br />

53.284,00<br />

52.548,00<br />

62.840,00<br />

74.784,00<br />

DIFERENÇA ENTRE<br />

RENDIMENTO E<br />

VALOR <strong>DO</strong> ADUBO<br />

APLICA<strong>DO</strong><br />

Cr$<br />

52.440,00<br />

48.310,30<br />

48.511,80<br />

56.755,30<br />

67.436,70<br />

ORDEM<br />

DE<br />

MÉRITO<br />

5<br />

3<br />

4<br />

2<br />

1<br />

ORDEM<br />

DE<br />

MÉRITO<br />

3.°<br />

5.0<br />

4.o<br />

2.o<br />

l.o


UM EXEMPLO DE UTILIZAÇAO <strong>DO</strong>S NOVOS MÉTO<strong>DO</strong>S<br />

DA LEI DE MITSCHERLICH<br />

1. INTRODUCÄO<br />

FREDERICO PIMENTEL GOMES<br />

Kscola Superior de Agricultura «Luiz de<br />

Queiroz», Universidade de S. Paulo.<br />

Pesquisas récentes sobre os metodos estatisticos apropriados à<br />

utilizaçâo da lei de MITSCHERLICH conduziram a uma modificacäo täo<br />

radical no uso dessa lei, que se torna necessârio um longo trabalho<br />

de divulgaçâo antes que aquêles métodos possam ter uso generalizado.<br />

Entre outras dificuldades a vencer, hâ a resoluçâo, tediosa e demorada,<br />

de equaçôes de grau elevado, que só se tornarâo fâceis de resolver<br />

quando a tabulaçâo de funçôes apropriadas, que se esta fazendo atualmente,<br />

estiver terminada e divulgada.<br />

Este trabalho tem por fim, apenas, mostrar como a aplicaçao,<br />

cientificamente conduzida, da lei de MITSCHERLICH, em experiências<br />

apropriadas, pode dar resultados mui to mais preciosos e completos<br />

sobre a necesidade de adubaçâo de um solo do que os métodos correntes<br />

de anâlise estatïstica.<br />

2. A EXPERIÊNCIA ANALISADA<br />

Os dados estudados por nos foram-nos gentilmente cedidos pelo<br />

Dr. GLAUCO PINTO VIEGAS, do Institute Agronômico de Campinas.<br />

Trata-se de uma experiência de adubaçâo fosfatada de algodâo realizada<br />

em Terra Roxa no ano agricola de 1943/44. Utilizaram-se parcelas<br />

de 16,5 2 , que receberam, tôdas elas, salitre-do-Chile na dose de<br />

20 kg de N por hectare, e cloreto de potâssio, na proporçâo de 30 kg<br />

de K 2 por hectare. As doses de 0,40, 80 e 120 kg de P 2 O 5 por hectare,<br />

sob a forma de superfosfato, foram utilizadas nos tratamentos. Fizeram-se<br />

seis repetiçôes. Os dados obtidos constam do quadro seguinte:<br />

<strong>DO</strong>SES DE PÖSFORO<br />

0 '.<br />

40<br />

80 •<br />

120<br />

9,96<br />

1,24<br />

1,36<br />

2,37<br />

5,93<br />

1,53<br />

2,00<br />

2,59<br />

1,78<br />

8,90<br />

, Produçao em kg/16,5 m?<br />

0,75 .<br />

1,71<br />

2,00<br />

2,09<br />

6,55<br />

0,85<br />

1,53<br />

2,25<br />

2,00<br />

6,63<br />

0,52<br />

1,75<br />

1,76<br />

2,51<br />

6,54<br />

0,84 .<br />

1,41 .<br />

2,34<br />

2,37<br />

6,96


332<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

A equaçâo obtida foi<br />

y __ 2,906 [1 10—0.004627 (X + 35,26) ]<br />

Com essa equaçâo calculamos os valores esperados que aparecem<br />

no quadro segumte:<br />

0<br />

40<br />

<strong>DO</strong>SES DE FÔSFORO<br />

80 :<br />

120 :<br />

Observado (médias)<br />

0,908<br />

1,607<br />

2,050<br />

2,353<br />

A anâlise dà variância deu o seguinte resultado:<br />

CAUSA DE VARIAÇXO<br />

Blocos ••<br />

Tratamento<br />

Residuos<br />

Total<br />

Soma dos quadrados<br />

1,3169<br />

7,0877<br />

1,0009<br />

9,4055<br />

Grau de liberdade<br />

5<br />

3<br />

15<br />

23<br />

Esperado<br />

0,910<br />

1,603<br />

2,055<br />

2,350<br />

QxMdrado média<br />

0,2634 •<br />

• 2,3626 •••<br />

0,0667<br />

Adotamos a convencäo de indicar com um asterisco a sienificaçâo<br />

para o limite, de 5 % com dois asteristicos a significaçao no caso<br />

de 1%, e très asteristicos, no caso de 0,1 %.<br />

A correlaçao pela lei de MITSCHERLICH nos permite desdobrar ainda<br />

em duas partes a variância atribuida a tratamentos, como se vê a<br />

seguir:<br />

CAUSA DE VARIAÇÂO<br />

Desvios da curva de<br />

Mitscherlich<br />

Correlaçao pela lei do<br />

Mitscherlich<br />

Tratamentos<br />

Grau de liberdade<br />

1<br />

2<br />

3<br />

Soma dos quadrados<br />

0,000324<br />

7,077376<br />

7,087700<br />

Qu&drado médio<br />

0,000324<br />

3,5387 •••<br />

2,3626 •*•<br />

A variância atribuida aos desvios da curva de MITSCHERIJCH, embora<br />

bem menor que a variância residual, delà nâo difere significativamente.<br />

Verifica-se logo que a equaçâo de MITSCHEKLICH se adapta ôtimamente<br />

aos dados. Admitamos o preço de Cr$ 6,00, por quilo de al-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 333<br />

godâo em caroço e o preço de Cr§ 7,50 por quilo de P 2 O 3 sob a forma<br />

üe superfostato e poderemos calcuiar a adubaçao mais conveniente<br />

(PiMENTEL GOMES e MALAVOLTA (1949 a), pags. 7-9).<br />

A formula dada no trabalho acima indicado foi:<br />

ft logo e<br />

log = log A — c( x + b)3<br />

se _<br />

~ • • *<br />

onde ƒ é urn fator maior que urn, que tornaremos igual a 1, 5, t é o<br />

custo da unidade de elemento fertilizante, s é o preço da unidade do<br />

produto agricola obtido, x é a quantidade de aüubo a ser usada,<br />

e = 2,718, e A, b, c sâo paramétras da equaçao de MITSCHERLICH.<br />

Por transformaçôes algébricas fâceis obtemos logo<br />

1 A s c<br />

x = log b,<br />

c ft log e<br />

ou ainda, se substituirmos ƒ por 1,5 e log e pelo seu valor 0,4343,<br />

1 A s c<br />

x = log H 0,18612) — b.<br />

c t<br />

Para aplicar esta formula, é preciso antes obter o parâmetro A<br />

em quilos por hectare. A equaçâo fica, entâo,<br />

Logo<br />

y = 1761,2 [ 1 10—0,004627 (x + 35,26) ]<br />

1 1761,2 X 6 X 0,004627<br />

x = 1- 0,18612) — 35,26<br />

0,004627 7,5<br />

== 180,9 kg de P 2 O 5 por hectare.<br />

Como a adubaçao usada nâo foi além de 120 kg de P 2 O 5 por hectare<br />

verifica-se logo que as doses deveriam ter sido maiores, por exemplo,<br />

0,80, 160 e 240 kg de P 2 O 3 por hectare. O valor de B == 35,26 kg de<br />

P 23 por hectare, excessivamente baixo, nos mostra que o solo é muito<br />

pobre em fósforo. O valor de c, que équivale a 0,4627 se adotarmos,<br />

como MITSCHERLICH, O quintal-métrico como unidade, aproxima-se<br />

bastante do valor 0,60, por êle obtido, e indica boa reaçâo do solo à<br />

adubaçao fosfatada.<br />

No caso de se utilizar a dose aconselhada de 180,9 kg de P 2 O r><br />

por hectare, além da adubaçao nitrogenada e potâssica nas doses indicadas,<br />

a produçâo de algodâo em caroço, em condiçoes anâlogas,<br />

sera de cêrca de 2,615 quilos por parcelas de 16,5m 2 , isto é, aproximadamente,<br />

1584 quilos por hectare, contra 551, apenas, da testemunha.<br />

:<br />

3. COMPARAÇÂO COM OUTRAS EXPERIÊNCIAS<br />

Sendo A expresso em. quilos de algodâo em caroço por hectare<br />

e b em quintais-métricos de P 2 O 5 , também por hectare, a equaçao<br />

obtida para a experiênçia realizada em Terra Roxa em 43/44 é<br />

y = 1761,2 [ 1 — 10- 0 ' 4627 < x + 35 - 26 ) ]


334<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

No mesmo ano, experiências anâlogas em outros lugares deram,<br />

nas mesmas unidades, os seguintes resultados:<br />

a) Em Rocinha,<br />

b) Ibitinga,<br />

y — 1519,4 [1 10—0.9146 (X + 1,1189); ]<br />

c) Em Orlândia<br />

y = 2870,9 [ 1 10" 0,1659(x + 3,0482); ]<br />

y = 2300,6 [1 10—0.9083 (X + 0,4986) ] _<br />

Verifica-se fàcilmente, fazendo-se x = 0, que a produçâo calculada<br />

para a testemunha représenta apenas 31 % da produçâo maxima<br />

A no caso de Terra Rocha, 90 %, no caso de Rocinha, 65 %, no<br />

Orlândia e 69 % em Ibitinga. O teôr em P 2 O 5 é de 0,3526 quintais<br />

métricos por hectare em Terra Rocha, 1,1189, em Rocinha, 3,0482,<br />

em Ibitinga e 0,4986, em Orlândia. Conclui-se pois que o solo estudado<br />

em Terra Roxa é paupérrimo em fósforo assimilâvel, ao passo que o<br />

de Ibitinga é relativamente rico. A adubaçâo fosfatada poderâ elevar<br />

bastante a produçâo em Ibitinga e Orlândia e, especialmente, em<br />

Terra Roxa. Em Rocinha, apesar de urn baixo teor de fósforo assimilâvel<br />

no solo, a testemunha alcança 90 % de A, o que sugere a<br />

existência de um fator limitativo mais importante, talvez âgua ou<br />

um elemento menor.<br />

A adubaçâo mais conveniente jâ vimos que é de uns 180 quilos<br />

de P 2 O 5 por hectare em-Terra Roxa. Câlculos anâlogos indicam como<br />

aconselhâvel o uso de cêrca de 23 quilos de P 2 O 5 por hectare em Rocinha,<br />

uns 105 quilos em Orlândia e uns 157 quilos em Ibitinga.<br />

Séria conveniente investigar a causa do baixo valor de c em Ibitinga,<br />

que indica mau aproveitamento do adubo fosfatado.<br />

RESUMO<br />

Este trabalho tem por fim demonstrar como a aplicaçâo, cientificamente<br />

conduzida, da lei de MITSCHERLICH em experiências apropriadas<br />

pode dar resultados muito mais precisos e completos sobre<br />

a necessidade de adubaçâo de um solo do que os métodos correntes<br />

de anâlise estatïstica.<br />

O Autor analisa detalhadamente, com o auxüio da lei de MITS-<br />

CKERLICH, aplicada pelo método dos quadrados minimos, equivalente<br />

ao da maxima verossimilhança, uma experiência de adubaçâo fosfatada<br />

de algodäo realizada em Terra Roxa, S. P. Os dados expérimentais<br />

foram gentilmente cedidos pelo Dr. GLAUOO PINTO VIEGAS, do<br />

Institute Agronômico de Campinas. A anâlise da variância demonstrou<br />

que a lei de MITSCHERLICH se adapta ôtimamente aos dados da<br />

experiência. A equaçâo obtida é<br />

1761,2 1Q—04627 (X + 0,3526) ]<br />

onde A = 1761,2 esta expresso em quilos por hectare e b = 0,3526<br />

quintais de P 2 O 5 por hectare. O'valor de c é bastante proximo do que<br />

foi determinado por MITSCHERLICH, e demonstra bom aproveitamento<br />

do adubo fosfatado. O valor de b é baixo, o que indica que o solo é<br />

pobre em fósforo


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE <strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 335<br />

A adubaçâo mais econômica, calculada para o preço de Cr§ 6,00<br />

por quilo de algodâo em caroço e Cr!jj> 7,50 por quilo de P 2 O 5 sob a<br />

forma de superfosfato, foi de cêrca de 180 quilos de P 2 O 5 por hectare,<br />

muito acima da dose mâxima utilizada na experiência, que nâo foi<br />

além de 120 quilos por hectare. Com o preço atual, grandemente majorado,<br />

do algodâo, a dose econômicamente aconselhâvel sera ainda<br />

maior.<br />

Com o uso de 180 quilos pe P 2 O 5 por hectare, a produçâo de algodâo<br />

no caso em estudo séria equivalente a 1584 quilos por hectare,<br />

contra 551, apenas, da testemunha.<br />

Também se mostram alguns dos resultados obtidos com a aplicaçâo<br />

da lei de MITSCHERLICH a experiências anâlogas realizadas em<br />

Rocinha, Ibitinga e Orlândia.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

1 — PIMENTEL GOMES, FREDERICO e EURÎPEDES MALA VOLTA (1949) a) — Consideraçôes<br />

Matemâticas sobre a Lei de Mitscherlich. Piracicaba.<br />

2 — PIMENTEL GOMES, FREDERICO e EURÎPEDES MALA VOLTA (1949 b) — ASpectOS<br />

Matemâticos e Estatisticos da Lei de Mitscherlich. Piracicaba.<br />

3 — PIMENTEL GOMES, FREDERICK) AVTEjQ — A Lei de Mitscherlich e a Anâlise<br />

da Variânça em Experiências de Adubaçâo. Piracicaba.<br />

4 — PIMENTEL GOMES, FREDERICO (1950 b) — The Interpolation of Mitscherlich's<br />

First Appoach Law and the Analysis of Variance in Experiments<br />

with Fertilizers. Trabalho apresentado e aprovado no "VIII Congrès International<br />

des Industries Agricoles", realizado em Bruxelas, de 9 a 15 de<br />

julho de 1950.


336<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

5E6UND0 DA<strong>DO</strong>S PlUVIOMETRICOi <strong>DO</strong> l.A.A-<br />

Kigura 1


EXPERIMENTOS DE ADUBAÇAO NA ZONA CANAVIEIRA<br />

DE PERNAMBUCO<br />

(Resultados obtidos nas safras 1947/48 a 1950/51)<br />

ESTEVAM STRAUSS<br />

I. A. IM. — Estaçâo Experimental de Curado<br />

INTRODUÇÂO<br />

Ao ser iniciado o trabalho experimental de adubaçâo na zona<br />

canavieira de Pernambuco, em 1945, pela Estaçâo Experimental de<br />

Curado, o foi com o objetivo de encontrar uma maneira prâtica pela<br />

quai os plantadores de cana pudessem orientar-se na adubaçâo e demai<br />

tratos de seus canaviais, a fim de obterem o mâximo proveito do<br />

capital empregado.<br />

O piano de trabalho, foi apresentado de maneira sumaria no relatório<br />

daquele ano, da Secçâo de Quïmica, como se segue:<br />

"... o nosso programa de trabalho consistirâ na realisaçâo do<br />

"maior numero possivel de experimentos de adubaçâo nos di-<br />

"ferentes tipos de solos da zona canavieira, procedendo âo lado<br />

"destes à anâlise dos solos correspondentes, variando os mé-<br />

"todos analiticos sobre as mesmas amostras e fazendo-se ao<br />

"mesmo tempo o diagnóstico folhear. A fim de que os expe-<br />

"rimentos possam ser comparados entre si, sera empregado o<br />

"mesmo piano, com as mesmas" doses de adubos, plantada a<br />

"mesma variedade e instalado um pluviometro em cada expe-<br />

"rimento.<br />

"Um programa dessa natureza é perfeitamente exequîvel,<br />

"desde que disponhamos de pessoal e material suficiente.<br />

"Qualquer tentativa de soluçâo unilateral sera um desper-<br />

"dicio de tempo e dinheiro. É preferivel realisar um trabalho<br />

"mais caro e mais vultuoso, mas cujas probabilidades de su-<br />

"cesso sâo maiores. A lavoura canavieira pode dispender em<br />

"experimentos e pesquizas, muitas vezes mais do que tem feito<br />

, "até agora, desde que a orientaçâo dada aos trabalhos inspire<br />

"a confiança das entidades interessadas.<br />

. "Os experimentos poderâo fornecer dados imediatos que<br />

"nos permitirâo, se bem que empiricamente, orientar de uma<br />

"maneira mais racional as adubaçoes.<br />

"A pesquiza quimica, feita paralelamente, poderâ levar-nos<br />

"a uma soluçâo mais cientifica e râpida do problema da. for-<br />

"mulaçâo dos adubos para cada tido de solo ou cada ârea de<br />

• "cultura".


338 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

A nossa finalidade bâsica era de encontrar a expressäo da relaçâo<br />

entre os fatores que condicionam a produçâp da cana e a magnitude<br />

dessa produçâo. Inicialmente a nossa pesquiza teve que limitar-se ao<br />

problema mais premente, que era o de determinar as reaçôes dos très<br />

elementos principals empregados na adubaçâo; azoto, fósforo e potâssio,<br />

no maior numero possivel de condiçôes de solo, topografia, precipitaçao,<br />

etc.<br />

Essas reaçôes sâo determinadas diretamente nos experimentos, distribuidos<br />

em tôda a zona canavieira do Estado de Pernambuco, analisando-se<br />

paralelamente os solos de cada experimento, a fim de caracterisar<br />

as suas condiçôes fisicas, quimicas e, quando possivel, biológicas.<br />

Uma vez colhidos os resultados de um grande numéro de experimentos<br />

ao longo de varias safras e nas mais variadas condiçôes locais,<br />

e, devidamente caracterisadas essas condiçôes, dihporemos de uma série<br />

de dados que nos permitirâo, com uma segurança cada vez maior, orientar<br />

a produçâo numa linha econômica.<br />

A nossa meta é a organisaçâo de tabelas, por meio das quais o agrônomo<br />

poderâ caracterisar as condiçôes do solo no campo, por simples<br />

observaçâo local, complementada por algumas anâlises râpidas e econômicas<br />

que poderâo ser feitas no laboratório de qualquer usina, razoavelmente<br />

aparelhado e, determinar o melhor tratamento e adubaçâo<br />

a ser empregado.<br />

Os obstaculos que encontramos para atingir essa meta säo inumeros,<br />

e muitos dificeis de transpôr. O tempo, certamente é o maior obstâculo.<br />

As observaçôes exigem pela sua propria natureza, tempo suficiente<br />

para serem concluidas, e nâo hâ meio de eliminar esse fator.<br />

Se bem que seja impossivel eliminar o fator tempo, podemos fazer com<br />

que ele renda o mâximo, multiplicando o numero de observaçôes.<br />

Temos orientado o nosso programa no sentido de obter a maior<br />

eficiência dos recursos limitados de que dispomos, atacando inicialmente<br />

os problemas de maior importância econômica.<br />

Ós resultados obtidos depois de apenas cinco anos de experimentaçâo<br />

,uma parte dos quais apresentamos no presente trabalho, sâo<br />

bastante animadores.<br />

Outro obstâculo, é o pessimisme por parte de muitos dos nossos<br />

agricultures com referêneia a traballios dessa natureza. Quando se<br />

animam a cooperar no piano experimental, geralmente desejam resultados<br />

imediatos, nâo se conformando em esperar pela conclusâo do<br />

téenico, que nâo poderâ fazê-lo conscientemente, antes de dispor de um<br />

numéro suficiente de resultados que lhe permitam uma margem razoâvel<br />

de segurança.<br />

A grande variabilidade dos solos da zona canavieira de Pernambuco,<br />

dévida principalmente à sua topografia extremamente acidentada, impede<br />

que se possm tirar conclusôes merecedoras de confiança com um<br />

numéro pequeno de experimentos. Cada experimento représenta apenas<br />

as reaçôes da cana à adubaçâo nas condiçôes partciulares de solo e<br />

clima em que foi realisado'. Experimentos realisados em solos idênticos<br />

em duas safras com condiçôes meteorológicas diferentes, podem âpresentar<br />

diferenças sensiveis na reaçâo.<br />

Generalisar o resultado de um experimento, por mais bem executado<br />

que seja, para condiçôes de solo e safra diferentes das que<br />

lhe säo peculiares, é cometer um erro dos mais grosseiros. Por outro<br />

lado, um grande numéro de experimentos realisados dentro de um<br />

mesmo piano mas sujeitos as mais variadas condiçôes locais, como citamos<br />

anteriormente, parece-nos o ûnico caminho sâdio para encontrar-se<br />

a verdadeira soluçâo do problema da adubaçâo. Tal caminho só<br />

poderâ ser trilhado com sucesso, com a cooperaçâo dos maiores inte-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 339<br />

ressados, que nâo os plantadores de cana, sejam usineiros, banguezeiros<br />

ou fornecedores. Felizmente temos contado com essa cooperaçâo,<br />

se ma qual teria sido impossivel o nosso trabalho.<br />

Queremos deixar consignado aqui o nosso agradecimento a todos,<br />

os que têm confiado no nosso trabalho, animando-o e dando a sua<br />

coperaçâo.<br />

Queremos consignar também. o nosso agradecimento à dedicaçâa<br />

de nossos auxiliares diretos, os executor es em grande parte das tarefas<br />

mais ârduas dêste trabalho, em suas diferentes fases:<br />

Abelardo Costa<br />

Alberto de Morais Vasconcelos<br />

Carlos de Amorim Pontual<br />

Constantino Pontual Gomes" Ferreira<br />

Edison de Santa Cruz Oliveira<br />

Francisco de Assis Ramalho<br />

José Francisco de Pontes<br />

Joäo Adolfo Cordeiro Pessoa<br />

Maria Celeste da Silva<br />

Sarah Krutman<br />

Stenio Jayme Galväo<br />

II — ESQUEMA EXPERIMENTAL<br />

Nos experimentos apresentados no presente trabalho, foi adotadoo<br />

esqàuema fatorial 3x3x3, cuja descriçâo e anâlise detalhada, encontra-se<br />

no trabalho de F. YATES, "The design and Analysis of Factorial<br />

Exçeriments" (1937, Imperial Bureau of Soil Science — Technical<br />

Communication n.° 35 — Harpenden).<br />

Daremos resumidamente uma descriçâo desse esquema.<br />

Nos experimentos em questäo, procuramos determiriar as deficiências<br />

dos solos estudados, nos très principals elementos empregados na<br />

adubaçâo — Azoto, Fósforo e Potâssio — com referência à cultura da<br />

cana de açucar.<br />

Cada um dos elementos foi empregado em très niveis, sendo o primeiro,<br />

zéro, ou seja, apenas a quantidade jâ existente no solo. O segundo<br />

nivel correspondeu a uma dosagem de 60 kg/ha de azoto (N),<br />

âcido fosfórico (P2O5) ou potassa (K2O). O terceiro nivel, correspondeu<br />

a uma dosagem dupla, ou seja, de 120 kg/ha de cada um dos elementos<br />

(*).<br />

Os très niveis dos très elementos, combinados très a très, (3x3<br />

x 3) nos dâo 27 combinaçôes, que constituiram as formulas empregadas<br />

nos experimentos.<br />

Cada formula é representada simbolicamente por 3 numéros, dos<br />

quais o primeiro représenta a dosagem de azoto, o segundo de âcido<br />

fosfórico e 'o terceiro, de potassa, conforme a prâtica usual.<br />

Os numéros correspondem a "unidade" do elemento em questäo,<br />

considerando-se como unidade, de elemento nutritivo 1 por cento, na<br />

base de uma tonelada de adubo, ou seja, no sistema métrico, 10 kg do<br />

elemento. A formula 6-12-6 corresponde, portanto à aplicaçâo de uma<br />

tonelada por hectare de uma mistura contendo 6 % de azoto, 12 % de<br />

âcido fosfórico e 6 % de potassa, ou sejam, respectivamente 60, 120 e<br />

60 kg/ha dos très elementos.<br />

Nos nossos experimentos, empregados como fonte de azoto, o Nitrato<br />

de Sódio, ou Salitre do Chile, com 15 a 16 % de azoto (N), como<br />

(*) Elemento aqui nâo é empregado no sentido quimico da palavra, mas como componente<br />

da formula de adubaçâo.


340<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

fonte de fósforo, o Superfosfato com cerca de 20 % de âcido fosfórico<br />

(P2O5) e como fonte de potâssio, o Cloreto de Potâssio, ou Muriatho, com<br />

69 a '62 % de potassa (K2O).<br />

Com estes adubos nâo é possivel fazer uma formula 12-12-12, pois<br />

seriam necessârios 800 kg de Nitrato, 600 de Superfosfato e 200 de<br />

Cloreto, que somam 1.600 kg. Uma tonelada dessa mistura tem a formula<br />

7,5-7,5-7,5. Aplicar 1.600 kg de 7,5-7,5-7,5 équivale aplicar<br />

1.000 kg de 12-12-12. Para facilidade apresentaçâo e interpretaçâo das<br />

formulas, consideramos em todos os casos como se fossem aplicados<br />

1.000 kg/ha da formula apresentada.<br />

No quadro abaixo damos a distribuiçâo das 27 formulas:<br />

0-0- 0<br />

6-0- 0<br />

12-0- 0<br />

0-0- 6<br />

6-0- 6<br />

12-0- 6<br />

0-0-12<br />

6-0-12<br />

12-0-12<br />

0-6- 0<br />

6-6- 0<br />

12-6- 0<br />

0-6- 6<br />

6-6- 6<br />

12-6- 6<br />

0-6-12<br />

. 6-6-12<br />

12-6-12<br />

0-12- 0<br />

6-12- 0<br />

12-12- 0<br />

0-12- 6<br />

6-12- 6<br />

12-12- 6<br />

0-12-12<br />

6-12-12<br />

12-12-12<br />

Muitas das formulas apresentadas podem parecer absurdas e, na<br />

realidade é pouco provâvel que amais sejam empregadas na prâtica,<br />

entretnto a sua presença no conjunto é absolutamente indispensâvel<br />

por dois motivos: primeiro, porque quem vai executar um experimento<br />

nâo pode supor "a priori' que tal ou quai formula é absurda, tôdas as<br />

Mpóteses devem ser igualmente experimentadas; segundo, porque a sua<br />

presença é necessâria para que possamos interpretar devidamnte todos<br />

os efeitos dos très elementos, como veremos adiante.<br />

Por meio desse conjunto de frmulas, podemos determinar com precisâo<br />

o efeito médio de cada dosagem de cada urn do selemenots, independentemente<br />

do efeito dos outros dois. Dispomos de 3 grupos de 9<br />

frmulas, contendo cada grupo, um dos elementos sempre no mesmo<br />

ni vel, enquanto que os dois outros elementos variam uniformemente<br />

nos 3 grupos. No quadro acima, verificamos que o fósforo na primeira<br />

colona encontra-se sempre no nivel 0, na segunda no ni vel 6 e na terceira,<br />

no nivel 12. O azoto e o potâssio encontram-se uniformemente<br />

distribuidos nas 3 colunas. Temos, por exemplo, sucessivamente nas 3<br />

colunas, as formulas 6-0-6, 6-6-6 e 6-12-6 ou 0-0-12, 0-6-12 e 0-12-12,<br />

verifica-se que que dentro de cada grupo de 3 formulas na mesma<br />

linha, variou apenas o fósforo.<br />

Se, em lugar das formulas, colocarmos as producöes correspondentes,<br />

o confronto das médias das 3 colunas nos darâ a medida do efeito<br />

do fósforo, independentemente dos efeitos do azoto e do potâssio, pois<br />

o efeito desses dois elementos foi o mesmo nas 3 clunas.<br />

Chamand de P?, P3 e P2 as producöes médias correspondentes a<br />

cada um dos tres niveis de fósforos, teremos que o aumento médio de<br />

produçâo obtido pela aplicaçâo de 60 kg/ha de P2OS ou sejam 300 kg/ha<br />

de Superfosfato, é igual a<br />

Pi — Po<br />

e o aumento médio devido à aplicaçâo da dosagem dupla de fósforo<br />

sera de<br />

P2 —Po<br />

Da mesma forma podemos grupar as formulas de modo que as<br />

tres colunas representem as variaçôes dévidas ao azoto, independente-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 341<br />

mente do fósforo e do potâssio ou as variaçôes do potâssio, independentemente<br />

do azoto e do fósforo.<br />

Sucede, porém, que nem sempre o efeito total proveniente da aplicaçâo<br />

de uma determinada formula de adubaçâo, corresponde à soma<br />

dos efeitos isolados de cada um dos très elementos. Muitas vezes<br />

acontece que um elemento aplicado na presença de outro, tem o seu<br />

efeito ampliado ou reduzido. Chama-se a este efeito interaçâo dupla.<br />

No primiro caso a interaçâo foi positiva, isto é, os dois elementos<br />

aplicados simultaneamente provocaram um aumento de produçâo<br />

maior do que a soma do saumentos provocados por cada um dos elementos<br />

aplicado isoladamente. No segundo caso diz-se que a interaçâo<br />

é negativa, porque o efeito total foi menor do que a som'a dos efeitos<br />

parciais.<br />

O nosso esquema experimental 3x3x3 permite-nos determinar<br />

com facilidade o valor dessas interaçôes, conforme exporemos.<br />

Aplicando tres elementos, temos très interaçôes:<br />

Azoto x Fósforo<br />

Azoto x Potâssio<br />

Fósforo x Potâssio<br />

Se quizermos medir a interaçâo azoto x fósforo (N x P) temos que<br />

dispor as nossas formulas segundo o quadro abaixo:<br />

Sem azoto<br />

No<br />

6 unidades N<br />

Ni<br />

12 unidades N<br />

N,<br />

Sem Fósforo 6 unidades P2O3 12 unidades P2O3<br />

Po Pi P2<br />

0-0- 0<br />

0-0- 6<br />

0-0-12<br />

6-0- 0<br />

6-0- 6<br />

6-0-12<br />

12-0- 0<br />

12-0- 6<br />

12-0-12<br />

0-6- 0<br />

0-6- 6<br />

0-6-12<br />

6-6- 0<br />

6-6- 6<br />

6-6-12<br />

12-6- 0<br />

12-6- 6<br />

12-6-12<br />

0-12- 0<br />

0-12- 6<br />

0-12-12<br />

6-12- 0<br />

6-12- 6<br />

6-12-12<br />

12-12- 0<br />

12-12- 6<br />

12-12-12<br />

Nesse quadro, venios que o grupo de 3 formulas no canto à esquerda<br />

corresponde à ausência de azoto e fósforo (No Po) aparecendo<br />

apenas o potâssio nos tres niveis, nos quais aparece em todos os 9 grupos.<br />

Se substituirmos cada um dos grupos de 3 formulas pela respectiva<br />

média de produçâo, eliminaremos o efeito do potâssio, pois foi<br />

igual para todos os grupos. Confrontando as très médias da primeira<br />

lina, P0N0, PiN0 e P2N0, teremos o efeito do fósforo na ausência do<br />

azoto; na segunda linha P0Nt, PiN], e P2Ni teremos o efeito do fósforo na<br />

presença d e6 unidades de azoto e na terceira linha teremos o efeito<br />

do fósforo na presença de 12 unidades de azoto.^<br />

Podenrse fazer dois outros quadros nos quais se mede as interaçôes<br />

azoto x potâssio e fósforo x potâssio.<br />

A produçâo correspondente à aplicaçâo de uma determinada formula<br />

sera igual à soma da testemunha com os aumentos devidos à<br />

aplicaçâo de cada elemento isoladamente, mais os efeitos das interaçôes<br />

.


342 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIËNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Quanto à medida do.valor numérico das interaçoes aconselhamos<br />

a leitura dos trabalhos especialisados citados na bibliografia.<br />

A descriçâo feita acima, do esquema experimental, foi uma tentativa<br />

de exposiçâo do mecanismo do experimento fatorial, numa linguagem<br />

accessivel a pessôas näo familiarisadas com a técnica experimental.<br />

O experimento fatorial te ma grande vantagem de fornecer o mâximo<br />

de informaçôes com um custo reduzido.<br />

".. .a eficiência com a quai se possam empregar recursos li-<br />

"mitados, é capaz de ser aumentada consideravelmente pelo<br />

"planejamento cuidadoso do programa experimental, e nao hé.<br />

"nada na natureza do trabalho cientifico que exija que o era-<br />

"pate de capital para atingir a finalidade desejada deve ser, de<br />

"qualquer modo, feito com menos rigor ou escrüpulo do que se<br />

"se tratasse de urn negócio. O desperdicio de recursos cien-<br />

"tificos numa experimentaçâo futil, foi imensa em muitos cam-<br />

"pos, no passado". (R. A. FZ'SHER — The Design of Experiments)<br />

.<br />

O experimento fatorial sendo mais eficiente, sob o ponto de vista<br />

técnico, tem, entretanto, a desvantagem de ser menos compreensivel<br />

para o leigo. Tal nâo se dâ num experimento em que sâo confrontadas<br />

determinadas formulas, em numero limitado, com quatro ou mais replicaçôes.^O<br />

emprego de urn numero limitado de formulas, implica na<br />

suposiçâo de que as demais formulas possiveis, com as mesmas dosagens<br />

dos elementos, assim como as interaçoes nâo tem interesse. Limitai:<br />

deliberadamente o numero de obervaçôes possiveis sem economia<br />

material e de trabalho técnico, sômente com a finalidade de facilitar a<br />

interpretaçâo por leigos, interessados nos resultados, näo nos parece<br />

uma politica sadia, principalmente na situaçâo da lavoura canavieira<br />

de Pernambuco, onde o trabalho experimental esta ainda na sua infância<br />

É preferïvel aumentar o numero de informaçôes possiveis, com os<br />

recursos disponiveis, conformando-se o agricultor interessado, em aceitar<br />

as conclusses do técnico, certo de que o capital e o esforço empregados<br />

na execuçao do experimento, o foram com a maior eficiência.<br />

III — TÉCNICA EXPERIMENTAL<br />

No presente capitulo descreveremos a execuçao, no campo, dos expérimentas<br />

cujo esquemji foi apresentado no capitulo anterior.<br />

O primeiro passo na execuçao de uni experimento é a escolha de uma<br />

ârea adequada. O solo deve ser o mais uniforme possivel, tanto nas<br />

suas condiçôs fïsicas como na topografia. Deve-se tanto quanto possvel<br />

evitar solos com manchas e com depressôes ou elevaçôes dentro da<br />

area, ao mesmo tempo esta deve ser representativa dos solos a studar.<br />

Tendo-se em vista que apenas uma fraçâo de 25 a 30 % das areas<br />

de platio das fazenda sou engenhos säo plantados anualmente, näo se<br />

torna muito fâcil, em zonas acidentadas como a zona canavieira de<br />

Pernambuco, a escolha de areas adequadas à execuçao de expérimentes.<br />

Necessitamos para um experimento simples, de 27 parcelas, uma<br />

ârea minima de 110 por 30 métros, sendo que nos terrenos inclinados<br />

a maior dimensäo fica no sentido das curvas de nïvel.<br />

Ao iniciarmos os experimentos, usamos parcelas com uma ârea<br />

util d elOO métros quadrados. Em vista da dificuldade em conseguir-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 343<br />

mos areas adequadas nas dimensöes necessârias, reduzimos a ârea util<br />

a 50m2 a partir dos expérimentas plantados em 1948. Verificamos que<br />

nâo houve reduçâo na precisâo dos resultados ,isto, em vista da area<br />

total ser mais homogênea.<br />

As parcelas empregadas atualmente sâo constituidas por 6 sulcos<br />

de 10 métros de comprimento com um distanciamento de 1,25m entre<br />

os sulcos. Por ocasiäo da colheita, sâo desprezados dois sulcos das extremidades,<br />

ficando a ârea util de 4 x 1,25 m x 10 m = 50 m2.<br />

A profundidade dos sulcos varia com a natureza do terreno, segundo<br />

a experiência local.<br />

Uma vez preparado o terreno, locadas as parcelas e abertos os sulcos,<br />

procede-se à mistura dos adubos.<br />

Para cada experimento é organisada uma tabela com os numéros<br />

das parcelas, as formulas correspondentes, e o peso de cada um dos componentes<br />

e areia lavada. A cada mistura é adicionada uma quantidade<br />

de areia a fim de que o volume a distribuir no campo seja uniforme,<br />

de 200 cm 3 , por metro de sulco, ö que facilita uma distribuiçâo uniforme.<br />

Os sacos vâo para o campo apenas com o numero da parcela. Fazse<br />

a distribuiçâo dos sacos nas parcelas correspondentes, e procede-se<br />

à conferência antes de iniciar-se a adubaçâo.<br />

Antes de distribuir-se o adubo, sâo distribuidos os rebolos. na razäo<br />

de 25 rebolos de 3 gemas por sulco. O numero de rebolos opde variar<br />

ligeiramente de experimento para experimento, mas é mantido sempre<br />

o mesmo dentro de cada experimento. O sëu nümero edpende, naturalmente,<br />

do tamanho médio da semente.<br />

Em todos os expérimentes foi plantada a variedade P. O. J. 28,78,<br />

considerada como padräo, escolhendo-se semente boa, de preferência<br />

cana-planta.<br />

Uma vez distribuida a semente, ou simultanearnente, os sulcos säo<br />

marcados de metro em metro com uma vara com a extremidade aguçada,<br />

a fim de garantir uma distribuiçâo uniforme dos adubos.<br />

Usa-se uma medida de 200 cm 3 para cada metro de sulco.<br />

Terminada a distribuiçâo dos adubos, recolhem-se os sacos vazies,<br />

aproveitando-se para fazer nova conferência.<br />

Os sulcos sâo cohertos logo após a distribuiçâo dos adubos, a fim<br />

de defendê-los da schuvas, que säo fréquentes na época de plantio.<br />

Após o plantio, os experimentos sâo entregues aos cuidados do<br />

administrador da propriedade, devidamente instruido quanto aos tratamentos<br />

a serem dispensados.<br />

Periodicamente o'-s'experimentos säo visitados por um técnico da<br />

Secçâo, dependendo a fréquênciadessas visitas das facilidade sde transporte<br />

e tempo disponivel. Infelizmente, o numéro de viistas tem sido<br />

menor do que o que séria a desejar, por falta de pessoal e meios de<br />

transporte em numéro suficiente.<br />

Ao chegar a época da colheita, säo cortadas apena sas quatro fileiras<br />

centrais de cada parcela, segundo o sistema empregado usualmente<br />

nas propriedades, a cana amarrada em feixes, sendo as canas<br />

de cada parcela pesadas sepradamente, no campo, para o que utilisamos<br />

uma balança de suspensäo com capacidade de 1.250 kg e sensibilidde<br />

de 1 kg. Nas fotografias pode-se observar o equipamento utilisado<br />

na pesagem dos experimentos.


344 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

M \ - 1K.H<br />

CSTAÇÂO SUPERIMINTIU OC CUR40O<br />

 61 quimc*<br />

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PECUVIDADE<br />

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Piano tSpico de experimento<br />

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EirimntNto mios.41<br />

gliNi - Ni <strong>DO</strong> CARno<br />

ENG' - LIHEIR»<br />

PLUNTIO tM lS-J-41<br />

TOP tNCOSti


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA »O <strong>SOLO</strong> 345<br />

De cada parcela é tirado um feixe de cinco canas inteiras, que<br />

sâo remetidas para o laboratório para serem analisadas.<br />

Extrl-se o caldo de cada amostra numa moenda de laboratório,<br />

fazendo-se as determinacöes de sacarose e pureza. O fator da moenda<br />

para sacarose n can é conhecido, tendo sido determinado no laboratório<br />

da Estaçâo. Durante a colheita, um quimico acompanha a turma><br />

ficando encarregado das nâlises no laboratório da usina.<br />

Os resultados das anâlises de cana sera apresentado em outro trabalho.<br />

IV — CRITÉRIO A<strong>DO</strong>TA<strong>DO</strong> NA INTERPRETACÄO <strong>DO</strong>S<br />

RESULTA<strong>DO</strong>S<br />

Ao lançarmos um experimento de adubaçâo numa determinada<br />

area, sabemos que o solo nâo é homogên eo. Procuramos sempre areas<br />

com a menor occurrência possivel de irregularidades, mas como nâo é<br />

possivel determinar por um exame superficial as condiçôes do solo<br />

dentro de uma ârea, nunca chegamos à perfeiçâo de conseguir uma<br />

ârea absolutamente uniforme.<br />

O que nos intéressa num experimento é a determinaçâo da influência<br />

que possam ter os diferentes tratamentos confrontados, sobre a<br />

produçâo e a qualidade da cana. Além dessa influência, que queremos<br />

medir, como o maior rigor possivel, existe o fator inevitâvel da heterogenidade<br />

do solo, pequenas diferenças na qualidade das sementes, ataque<br />

de insetos e fungos e outros pequenos acidentes que ocorrem normalmente<br />

durante o desenvolvimento da planta, afetando com maior<br />

ou mënor intensidade a sua produçâo e qualidade. O efeito total dessas<br />

' influências nâo controlâveis e que podem afetar de maneira diferente<br />

as parcelas do experimento, sâo denominadas erro experimental.<br />

Nâo se trata de erro no sentido comum da palavra, pois nâo é,<br />

normalmente devido à impericia do experimentador, mas a causas fortuitas,<br />

absolutamente normais na agricultura, e cuja influência poderâ<br />

afetar em maior ou meno rescala os resultados do experimento.<br />

Ao ser projetado e executado um experimento, procura-se fazê-lo<br />

de modo a reduzir ao minimo a possibilidade de influência dos fatores<br />

de erro.<br />

Após a colheita do experimento, podemos, por intermédio da anâlis<br />

eestatistica, determinar até a que ponto os fatores de erro afetaram<br />

os resultados.<br />

A anâlise estatïstica nosinforma com todo o rigor, a probabilidade<br />

de que um determinado efeito observado se ja devido ao erro experimental,<br />

e nâo ao tratamento ao quai tentamos atribuir a causa. Quanto<br />

menor fôr a probabilidade de erro, tanto maior sera a probabilidde de<br />

que a nossa hipótese (de que o efeito observado foi devido ao tratamento)<br />

seja correta. Se medirmos as probabilidades em porcentos, teremos<br />

que, para uma probabilidade de erro de 40 por cento, teremos<br />

60 por cento de probabilidade de que a nossa hipótese esteja correta.<br />

Esta probabilidade é considerada insuficiente para que confiemos no<br />

resultado experimental.<br />

Consideramos um resultado como merecedor de confiança, quando<br />

a probabilidade de erro fôr menor do que 5 por cento ou 1 em 20.<br />

Chamamos a esse resultado de estatisticamente significativo. Quando<br />

a probabilidade de erro fôr menor do que urn por cento, consideramos<br />

o resultado altamente significativo.<br />

A anâlise estatistica proporciona ao experimentador o grau de confiança<br />

que poderâ depositar em seus resultados.


346 ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Dos mùitos valores determinados pela anâlise estatistica, os de<br />

maior interesse para o leigo sâo o "erro padräo da média" e a "diferença<br />

minima significativa entre duas médias".<br />

O erro padräo da uma medida para mais ou para menos do erro<br />

na avaliaçâo dessa média. A probabilidade da média real estar entre<br />

os limites compreendidos entre a média calculada mais ou menos o<br />

erro padrâo é de cerca de 68 por cento. Assim, se apresentarmos uma<br />

média — 67,83 + 0,49, significa que temos 68 por cento de certeza<br />

que o valor real da média esta compreendido entre 67,34 e 68,32. Se tomarmos<br />

o duplo do erro padräo, a probabilidade sera de cerca de 95<br />

por cento; assim, no exemplo acima, podemos garantir com 95 por<br />

cento de certeza que o valor real esta compreeridido entre 66,85 e 68,81.<br />

A diferença minima significativa représenta a menor diferença que<br />

deve existir entre dusa médias, para que possamos ter mais de 95 por<br />

cento de certeza de que sâo diferentes, isto é menos de 5 por cento<br />

de probabilidad ede que a diferença seja devido ao erro experimental<br />

riäo ao efeito que se esta estudando.<br />

Variando o erro experimental,, é natural que a diferença minima<br />

significativa também varie.<br />

Exemplifiquemos o caso: No Experimento n.° 33 observamos as seguintes<br />

médias: Sem azoto 84,4 t/ha; Com 6 unidades de azoto, 75,7<br />

t/ha; com 12 unidades de azoto, 90,2 t/ha; sem fósforo 53,1 t/ha; com<br />

6 unidades de âcido fosfórico 98,7 t/ha; com 12 unidades 108,5 t/ha;<br />

sem potâssio 80,6 t/ha; com 6 unidades de potâsiso 88,6 t/ha; com 12<br />

unidades 91,0. A diferença minima significativa é de 5,4 t/ha.<br />

A diferença entre as médias sem azoto e com 6 unidades, foi de<br />

1.3 t/ha, inferior à diferença minima significativa, o que näo nos permite<br />

garantir que o aumento foi devido à aplicaçâo do adubo. Para<br />

a dosagem dupla, a diferença entre as médias foi de 5,8 t/ha, portanto,<br />

significativa. Para o fósforo, a diferença entre as medidas sem<br />

fósforo e com 6 unidades e entre 6 e 1.2 unidades foi, respectivamente<br />

de 45,6 e 9,8 t/ha, ambas significativas. Para o potâssio, as diferenças<br />

entre 0 e 6 e entre 6 e 12 unidades, foram respectivamente de 8,0 e<br />

3.4 t/ha, a primeira significativa.<br />

A conclusâo dessa anâlise é de que a açâo do azoto só foi sensivel<br />

na dosagem dupla; a dosagem simples de fósforo provocou um aumento<br />

grande, o aumento obtido pela dosagem dupla em relaçâo à<br />

simples, ainda foi significative»; a dosagem simples de potâssio provocou<br />

um aumento significativo, enquanto que o aumento obtido com a dosagem<br />

dupla nâo foi significativamente superior ao primeiro.<br />

Nâo cabe no presente trabalh oentrar em detalhes sobre a marcha<br />

do câleulo estatistico. Desejamos apenas dar uma idéia do critério<br />

adotado na interpretaçâo dos resultados, ao mesmo tempo em que prevenimos<br />

o leitor menos familiarisado com a interpretaçâo d eresultados<br />

expérimentais contra o erro que poderâ cometer, involuntariamente,<br />

na comparaçao de médias, cuja diferença nâo seja significativa.<br />

V — LOCALIZAÇÂO <strong>DO</strong>S EXPERIMENTOS<br />

(LOCAL, CLIMA, <strong>SOLO</strong> e TOPOGRAFIA)<br />

No quadro a seguir damos a localizaçâo dos experimentos apresentados<br />

no presente trabalho, com as datas de plantio e a topografia.<br />

Para o significado dos simbolos topogrâficos, vêr o texto adiante.


N.o<br />

7 9<br />

10<br />

12<br />

13<br />

18<br />

20<br />

21<br />

23<br />

24<br />

25<br />

26<br />

27,<br />

-28<br />

29<br />

30<br />

31<br />

•32<br />

33<br />

34<br />

35<br />

36<br />

38<br />

39<br />

41<br />

44<br />

46<br />

47<br />

48<br />

49<br />

50<br />

51<br />

52<br />

53<br />

56<br />

57<br />

58<br />

59<br />

61<br />

62<br />

64<br />

65<br />

66<br />

67<br />

68<br />

69<br />

70<br />

71<br />

72<br />

J3<br />

77<br />

78<br />

79<br />

81<br />

81<br />

82<br />

83<br />

•84<br />

85<br />

89<br />

91<br />

92<br />

94<br />

96<br />

99<br />

100<br />

102<br />

103<br />

104<br />

105<br />

106<br />

107<br />

113<br />

114<br />

115<br />

116<br />

117<br />

118<br />

120<br />

121<br />

122<br />

123<br />

ANAIS<br />

USINA<br />

Roçadinho<br />

Sta. Tehezinha<br />

Sta. Tehezinha<br />

Cachoeira Lisa<br />

Cacâu<br />

Treze de Maio<br />

Roçadinho<br />

Sta. Terezinha<br />

Bulhôes<br />

Cachoeira Lisa<br />

Catende<br />

Aliança<br />

Olho JJâgua<br />

Mussurépe<br />

Bom Jesus<br />

Sâo José<br />

Massauassü<br />

Uniâo e Indüstria<br />

Crauatâ<br />

Treze de Maio<br />

Sta. Terezinha<br />

Cacaü<br />

Sto Inâcio<br />

Uniâo e Indüstria<br />

Uniâo e Indüstria<br />

Uniäo e Indüstria<br />

Aliança<br />

Alianäa<br />

Olho Dâgua<br />

Cruangi<br />

Mussurépe<br />

Petribu<br />

Petribu<br />

Barra<br />

Cachoeira Lisa<br />

Sta. Terezinha<br />

Sta. Terezinha<br />

Sta. Terezinha<br />

Sta. Terezinha<br />

Sta. Terezinha<br />

Sta. Terezinha<br />

Catende<br />

Catende<br />

Catende<br />

Roçadinho<br />

Uniâo e Indüstria<br />

Uniâo e7 Indüstria<br />

Uniào e Indüstria<br />

Uniäo e Indüstria<br />

Uniâo e Indüstria<br />

Uniäo e Indüstria<br />

Uniäo e Indüstria<br />

Uniâo e Indüstria<br />

Uniao e Indüstria<br />

Uniâo e Indüstria<br />

Uniäo e Indüstria<br />

Uniâo e Indüstria<br />

Uniâo e Indüstria<br />

Uniâo e Indüstria<br />

Cacaü<br />

Central Barreiros<br />

Bulhöes<br />

Central Barreiros<br />

José Rufino<br />

Bulhöes<br />

Estaçâo Experimental<br />

de Curado<br />

Roçadinho<br />

N. S. do Carmo<br />

Aliança<br />

N. S. do Carmo<br />

N. S. do Carmo<br />

Aliança<br />

Uniäo e Indüstria<br />

Central Barreiros<br />

Serra Grande<br />

Massauassû<br />

Massauassü •<br />

Massauassû<br />

Grauatâ<br />

Sào José<br />

Sâo José<br />

Central Barreiros<br />

DA TERCEIRA REUNIÂO<br />

ENGENHO<br />

Roçadinho<br />

Tamatiâo<br />

Porto de Fôlha<br />

Alto<br />

Aldeia<br />

Fâbrica Marinho<br />

Entroncamento<br />

Tigre<br />

Bulhôes<br />

Cachoeira Lisa<br />

Bêla Aurora<br />

Brejo<br />

Olho Dâgua<br />

Mussurépe<br />

Born Jesus<br />

Piedade<br />

Noruega<br />

Aurora<br />

Caxangâ<br />

Japaranduba<br />

Javari<br />

Castelo<br />

Sto. Inâcio<br />

Serra Nova<br />

Garra<br />

Hatateiras<br />

Sete Paus<br />

Sete Paus<br />

Olho Dâgua<br />

Genipapo<br />

S. Bernardo<br />

Petribu<br />

Fortaleza<br />

Barra<br />

Alegre<br />

Sta. Tereza<br />

Abacate<br />

Abacate<br />

Bom Mirar<br />

Pelo Dia<br />

Prosperidade<br />

Ouricuri<br />

Boa Vista<br />

Alegre<br />

Roçadinho<br />

Batateiras<br />

Garra<br />

Mariquita<br />

Kefresco<br />

Recreio i<br />

Pilôes<br />

Jundiâ Assü<br />

Serra Nova<br />

Jundiâ Mirim<br />

Onça<br />

Bonfim<br />

Bondade<br />

Contendas<br />

Limeira<br />

Burarema<br />

Manguinho<br />

Bulhöes<br />

Linda Flôr<br />

Trapiche<br />

Bulhôes<br />

Roçadinho<br />

Camassari<br />

Brejo<br />

Limeira<br />

Cachoeira<br />

Vasante<br />

Contendas<br />

Linda Flôr<br />

Voltas<br />

Campo Alegre<br />

Pedra<br />

Arariba de Baixo<br />

Gameleira<br />

Piedade<br />

Araripe<br />

Tentugal<br />

•<br />

<strong>BRASILEIRA</strong> DE CIËNCIA<br />

MUNIclPIO<br />

Catende<br />

Agua Prêta<br />

C. Leopoldina, AI.<br />

Gameleira<br />

Rio Formoso<br />

Palmares<br />

Catende<br />

Porto Cal vo, Al.<br />

Jaboatâo<br />

Gameleira<br />

Catende<br />

Aliança<br />

També<br />

Paudalho<br />

Cabo<br />

Igarassü<br />

Escada<br />

Escada<br />

Canhotinho<br />

Palmares<br />

Porto Calvo, Al.<br />

Rio Formoso<br />

Cabo<br />

Escada<br />

Amaragi<br />

Escada<br />

Aliança<br />

Aliança<br />

També<br />

Timbauba<br />

Paudalho<br />

Paudalho<br />

Paudalho<br />

Vicência<br />

Gameleira<br />

Agua Prêta<br />

Porto Calvo. Al.<br />

Fôrto Calvo, Al.<br />

ÄEfiia Prêta<br />

Porto Calvo, Al.<br />

Porto Calvo, Al.<br />

Catende<br />

Patende<br />

Catende<br />

Catende<br />

Escada<br />

Amaragi<br />

Escada<br />

Escada<br />

Escada<br />

Amaragï<br />

Vitória Sto. Antâo<br />

Escada<br />

Escada<br />

Escada<br />

Escada<br />

Amaragi<br />

Escada<br />

Escada<br />

Rio Formoso<br />

Barreiros<br />

Jaboatâo<br />

Barreiros<br />

Cabo<br />

Jaboatâo<br />

Recife<br />

Catende<br />

Vitória de S. Antào<br />

Aliança<br />

Vitória de S. Antâo<br />

Vitória de S. Antâo<br />

Aliança<br />

Escada;<br />

Barreiros<br />

S. José da Lage<br />

Escada<br />

Escada<br />

Escada<br />

Canhotinho<br />

Igarassü<br />

Igarassü<br />

Barreiros<br />

<strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

DATA<br />

29/7/46<br />

25/7/46<br />

27/7/46<br />

14/8/46<br />

18/7/46<br />

28/8/46<br />

20/6/47<br />

4/7/47<br />

15/7/47<br />

10/7/47<br />

12/7/47<br />

14/6/47<br />

22/7/47<br />

23/7/47<br />

26/7/47<br />

2/8/47<br />

9/8/47<br />

12/8/47<br />

28/8/47<br />

16/8/47<br />

14/8/47<br />

30/8/47<br />

2/9/47<br />

3/9/47<br />

4/9/47<br />

5/9/47<br />

16/7/48<br />

16/7/48<br />

17/7/48<br />

20/7/48<br />

27/7/48<br />

28/7/48<br />

30/7/48<br />

5/8/48<br />

4/8/48<br />

7/8/48<br />

8/8/48<br />

8/8/48<br />

9/8/48<br />

10/8/48<br />

10/8/48<br />

9/8/48<br />

10/8/48<br />

10/8/48<br />

11/8/48<br />

6/8/48<br />

6/8/48<br />

5/8/48<br />

10/8/48<br />

10/8/48<br />

18/8/48<br />

18/8/48<br />

19/8/48<br />

20/8/48<br />

19/8/48<br />

20/8/48<br />

25/8/48<br />

20/8/48<br />

27/8/48<br />

25/8/48<br />

2/9/48<br />

1/9/48<br />

11/9/48<br />

20/9/48<br />

16/9/48<br />

29/11/48<br />

7/7/49<br />

14/7/49<br />

15/7/49<br />

15/7/49<br />

15/7/49<br />

16/7/49<br />

12/8/49<br />

18/9/49<br />

23/8/49<br />

2/9/49<br />

2/9/49<br />

2/9/49<br />

9/9/49<br />

20/9/49<br />

22/9/49<br />

24/9/49<br />

TOP.<br />

347<br />

V<br />

II<br />

V<br />

II<br />

III<br />

I II'<br />

II<br />

IV<br />

V II<br />

II<br />

VIII<br />

III<br />

VIII<br />

VI<br />

IV<br />

IV<br />

IV<br />

II<br />

III<br />

IV<br />

VIII<br />

I<br />

II<br />

VII<br />

IV<br />

V<br />

VI<br />

VI<br />

IV<br />

IV<br />

VIII<br />

VI<br />

IV<br />

II<br />

II<br />

I<br />

IV<br />

IV<br />

I II<br />

IV<br />

VI<br />

II<br />

III<br />

I II<br />

VI<br />

V III<br />

II<br />

I III<br />

II<br />

V II<br />

• vi<br />

III<br />

II<br />

III<br />

IV<br />

VIII<br />

VIII<br />

VIII<br />

VIII<br />

II<br />

1 I<br />

II<br />

I II<br />

II<br />

VIII<br />

VI<br />

II<br />

1 II<br />

1 I<br />

III<br />

III<br />

1 II<br />

| VIII<br />

| VIII<br />

VIII


348 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Os numéros que faltam na relaçâo anterior, correspondem aos experimentos<br />

perdidos por varias causas.<br />

Os experimentos de 1 a 6 foram plantados em 1945 e abandonados<br />

os resultados por deficiências do piano experimental.<br />

Os experimentos ns. 8, 19 e 119, obedeceram a um piano diferente,<br />

razâo pela quai seus resultados näo säo incluidos no présenta trabalho.<br />

Os experimentos ns. 7, 9, 10, 12, 13, 15, 18, 25 e 100, além das 27<br />

parcelas obdecendo ao piano descrito, tiveram outras tantas com as<br />

mesmas formulas, porém com calagem e alguns com calagem e adubaçâo<br />

verde. No presente trabalho incluimos apenas os resultados das<br />

27 parcelas sem calagem. Em trabalho à parte sera estudado o efeito<br />

da calagem nesses experimentos.<br />

Ao lado dos experimentos de n.° 46 a 99 foi feita uma competiçâo<br />

de adubos fosfatados, com 15 parcelas, cujos resultados serâo âpresentados<br />

à parte.<br />

V — CONDIÇÔES GERAIS<br />

A zona da mata (canavieira) de Pernambuco pode .ser dividida a.<br />

grosso modo em, duas sub-zonas, Norte e Sul, sendo a îinha divisória<br />

aproximadamente à estrada de ferro que parte de Recife em direçâo<br />

a Vitória de Santo Antäo.<br />

A zona Norte é em gérai mais sêca, sujeita a periodos mais longos<br />

de estiagem, os solos mais razos e a topografia menos acidentada<br />

que a zona Sul. A côr dos solos das encostas varia entre vermelho e<br />

castanho escuro, sendo os primeiros geralmente ligados à topografia.<br />

mais acidenatda.<br />

A zona Sul é mais humida, possuindo solos de fertilidade mais<br />

baixa qu eno Norte; entretanto, devido as suas condiçôes fisicas geralmente<br />

melhores, maior profundidade e condiçôes climâticas mais favorâveis<br />

à cana, reagem_muito bem à adubaçâo, o que permite melhores<br />

colheitas nesta zona. Os solos de encosta variam emcoloraçâo<br />

do amarelo para o vermelho, sendo mais fréquentes os primeiros.<br />

No mapa que.acompanha o presente trabalho, damos a localisaçâo<br />

aproximadà dos experimentos, como também as isoiétas aproximadas,<br />

calculadas segundo as normais publicadas no Boletim Estatistico do<br />

Instituto do Açucar e do Alcool. Somo hâ sômente urn numero reduzido<br />

de estaçôes com precipitaçôes normais determinadas, as curvas<br />

säo apenas aproximaçôes, publicadas com o fito de dar um aidéia da<br />

distribuiçâo da precipitaçâo pluviométrica na zona da mata.<br />

Quanto à temperatura, dispomos apenas dos dados das estaçôes<br />

de Olinda e Tapacurâ, esta ultima situada entre Morenos e Paudalho (vêr<br />

o mapa). Para Olinda a temperatura média é de 25,7° e Tapacurâ 24,2.<br />

As humidades relativas médias säo respectivamente 83,2 e 82,4 por<br />

cento.<br />

Acham-se localisados na zona Norte os experimentos de numéros:<br />

26, 27, 28, 30, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 104, 107, 121 e 122. Os demais<br />

experimentos, em numero de 66 acham-se localisados na zona Sul.<br />

<strong>SOLO</strong>S — Ainda näo foi feito um estudo pedológico completo dos<br />

solos desta zona, pois devido à falta de pessoal suficiente, limitamos<br />

nosso trabalho aos estudos de fertilidade.<br />

A maior parte dos solos dos experimentos é derivada de gneisses,<br />

granitos e pegmäticos, sendo alguns da zona litorZnea, especialmente<br />

os da Usina Central Barreiros ao Sul e Säo José, ao Norte, derivados<br />

da Série das Barreiras.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 349<br />

Na tabela I damos os resultados de algumas determinaçoes feitas<br />

sobre amostras do solo superficial (0 a 20/25 cm) das areas dos experimentos.<br />

Os dados compreendem: argüa %, pH em ägua 1:2, hidroggênio<br />

permuta vel, azoto total, carbono, âcido fosfórico tottal, e<br />

assmilävel pelo método da Hawaiian Sugar Planter's Association<br />

Extraçâo com HO 0,5 N) e extrido pelo KOH 0,5 N. Ainda nâo foram'<br />

completadas as determinaçoes de bases pemutâveis, por deficiência<br />

do fotometro de chama, motivo pelo quai nâo as podemos incluir no<br />

presente trabalho.<br />

TOPOGRAFIA :A f im de indicar a situaçâo topogrâfica dos experimentos,<br />

fizemos uma tentativa de classificaçâo topogrâfica.<br />

Dividimos os terrenos em quatro grupos. O primeiro compreende<br />

os terrenos muito acidentados, denominando-o de "montanhoso", com<br />

tres classes: .<br />

Classe I: Alto dos morros (Orä)<br />

Classe II: Meia encosta (Ladeira)<br />

Classe III: Aba do morro ou pé da leira.<br />

O segundo grupo compreende os morros mais baixos e mais arredondados,<br />

ou "colinas", com duas classes:<br />

Classe IV: Parte superior das colinas<br />

Classe V: Abas das colinas<br />

O terceiro grupo compreende os terrenos ondulados, com uma<br />

«lasse :<br />

Classe VI: Ondulado<br />

O quarto grupo compreende o sterrenes baixos e relativamente<br />

pianos, com duas classes:<br />

Classe VII: Terrenos relativamente pianos, formando taboleiros<br />

em seguimento ao pé dos morros )C1. Ill ou V), mais altos que as<br />

vârzeas e nâo suôeitos a inundaçâo. Formaçâo coluvial.<br />

Cdasse VIII: Vârzeas (Aluviôes).<br />

Na figura 3 apresentamos esquematicamente a classificaçâo topogrâfica<br />

adotada. .


350 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong>


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 351<br />

TABBLA I<br />

ANÂLJSES DE <strong>SOLO</strong>S <strong>DO</strong>S EXPERIMENTOS<br />

EXPTO.<br />

N.«<br />

7 9<br />

10<br />

12<br />

13 -<br />

18<br />

20<br />

21<br />

23<br />

24<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

29<br />

30<br />

31<br />

32<br />

33<br />

34<br />

35<br />

36<br />

39<br />

41<br />

44<br />

46<br />

47<br />

48<br />

49<br />

50<br />

51<br />

52<br />

53<br />

56<br />

57<br />

58<br />

59<br />

61<br />

62<br />

64<br />

65<br />

66<br />

67<br />

68<br />

69<br />

70<br />

71<br />

72<br />

73<br />

77<br />

78<br />

79<br />

80<br />

81<br />

82<br />

83<br />

84<br />

85<br />

89<br />

91<br />

92<br />

94<br />

96<br />

99<br />

100<br />

102<br />

103<br />

105<br />

106<br />

107<br />

114<br />

115<br />

116<br />

117<br />

118<br />

120<br />

121<br />

122<br />

123<br />

<strong>SOLO</strong><br />

N.o<br />

566<br />

460<br />

454<br />

525<br />

488<br />

17<br />

470<br />

432<br />

'301<br />

494<br />

438<br />

371<br />

369<br />

393<br />

116<br />

543<br />

607<br />

508<br />

536<br />

299<br />

430<br />

490<br />

510<br />

514<br />

520<br />

367<br />

366<br />

365<br />

368<br />

390<br />

389<br />

388<br />

370<br />

528<br />

448<br />

450<br />

428<br />

434<br />

424<br />

232<br />

444<br />

442<br />

446<br />

478<br />

373<br />

394<br />

396<br />

375<br />

377<br />

406<br />

408<br />

410<br />

413<br />

414<br />

379<br />

416<br />

381<br />

383<br />

492<br />

464<br />

474<br />

468<br />

486<br />

476<br />

260<br />

331<br />

341<br />

342<br />

343<br />

334<br />

339<br />

344<br />

347<br />

349<br />

348<br />

351<br />

546<br />

544<br />

354<br />

ARGILA<br />

%<br />

16,9<br />

33,4<br />

28,2<br />

31,7<br />

22,7<br />

32,2<br />

40,5<br />

28,7<br />

25,1<br />

16,3<br />

24,2<br />

30,9<br />

16,2<br />

10,3<br />

30,5<br />

7,4<br />

34,4<br />

34,6<br />

27,6<br />

11,8<br />

17,9<br />

20,5<br />

37,7<br />

36,9<br />

22,0<br />

25,5<br />

11,4<br />

16,8<br />

. 21,6<br />

18,8<br />

13,9<br />

32,9<br />

14,1<br />

18,5<br />

32,8<br />

27,2<br />

29,8<br />

20,9<br />

25,5<br />

30,0<br />

28,2<br />

30,9<br />

24,5<br />

24,3<br />

21,5<br />

38,3<br />

37,0<br />

14,5<br />

21,0<br />

34,5<br />

35,6<br />

39,7<br />

n 26,6<br />

33,5<br />

26,5<br />

34,7<br />

14,5<br />

33,5<br />

2,15<br />

16,3<br />

32,6<br />

31,7<br />

37,9<br />

36,8<br />

35,5<br />

27,2<br />

26,6-<br />

24,2<br />

25,0<br />

13,3<br />

35,6<br />

23,3<br />

25,1<br />

24,3<br />

22,0<br />

35,0<br />

23,8<br />

16,5<br />

64,0<br />

PH<br />

5,5<br />

4,5<br />

5,0<br />

5,0<br />

4,9<br />

4,6<br />

4,6<br />

4,8<br />

5,5<br />

5,7<br />

5,8<br />

5,5<br />

6,1<br />

6,8<br />

5,5<br />

5,6<br />

4,9<br />

5,0<br />

4,2<br />

5,0<br />

5,3<br />

4,7<br />

4,2<br />

4,9<br />

4,8<br />

5,3<br />

5,9<br />

6,6<br />

6,1<br />

5,5<br />

5,2<br />

5,2<br />

5,5<br />

5,0<br />

5,0<br />

5,5<br />

4,9<br />

5,0<br />

5,0<br />

5,3<br />

4,9<br />

4,7<br />

5,1<br />

5,1<br />

4,7<br />

4,8<br />

5,2<br />

5,7<br />

' 4,8<br />

5,0<br />

5,0<br />

4,5<br />

4,8<br />

4,9<br />

4,8<br />

4,9<br />

5,5<br />

5,0<br />

4,7<br />

5,4<br />

5,4<br />

4,6<br />

4,9<br />

5,3<br />

5,1<br />

5,0<br />

5,1<br />

5,1<br />

5,0<br />

5,5<br />

4,7<br />

5,6<br />

5,5<br />

5,4<br />

4,8<br />

5,0<br />

5,4<br />

1 5,4<br />

5,7<br />

1<br />

H<br />

PERM.<br />

ME/lOOg<br />

7,75<br />

4,82<br />

4,15<br />

7,42<br />

4,70<br />

2,70<br />

1,05<br />

8,90<br />

3,05<br />

3,55<br />

2,95<br />

4,55<br />

3,70<br />

4,15<br />

3,92<br />

4,45<br />

3,30<br />

3,60<br />

4,15<br />

6,75<br />

3,35<br />

3,75<br />

3,10<br />

4,25<br />

3,85<br />

5,75<br />

4,30<br />

4,65<br />

4,10<br />

5,00<br />

3,65<br />

3,50<br />

4,15<br />

5,25<br />

6,45<br />

5,50<br />

5,60<br />

N<br />

TOTAIi<br />

mg/100g<br />

69<br />

130<br />

128<br />

112<br />

83<br />

122<br />

132<br />

108<br />

123<br />

70<br />

102<br />

147-<br />

93<br />

- 102<br />

112<br />

45<br />

80<br />

128<br />

147<br />

77<br />

126<br />

81<br />

• 156<br />

141<br />

77<br />

118<br />

97<br />

98<br />

171<br />

182<br />

102<br />

220<br />

100<br />

89<br />

110<br />

128<br />

140<br />

104<br />

115<br />

136<br />

108<br />

83<br />

89<br />

94<br />

103<br />

175<br />

120<br />

108<br />

88<br />

109<br />

117<br />

147<br />

126<br />

137<br />

103<br />

135<br />

108<br />

128<br />

98<br />

100<br />

122<br />

105<br />

117<br />

126<br />

164<br />

136<br />

150<br />

132<br />

145<br />

98<br />

140<br />

134<br />

108<br />

161<br />

104<br />

150<br />

90<br />

56<br />

285<br />

C<br />

mg/100g<br />

920<br />

1810<br />

1500<br />

1130<br />

1090<br />

960<br />

1720<br />

1470<br />

1375<br />

865<br />

1160<br />

1240<br />

860<br />

1065<br />

1405<br />

350<br />

1300<br />

1490<br />

800<br />

1560<br />

1020<br />

1605<br />

1645<br />

910<br />

1140<br />

1030<br />

1080<br />

1590<br />

2380<br />

1220<br />

2650<br />

1050<br />

865<br />

1190<br />

1220<br />

1695<br />

1405<br />

1200<br />

1760<br />

1095<br />

980<br />

925<br />

950<br />

1025<br />

2125<br />

1175<br />

860<br />

800<br />

1265<br />

1275<br />

1610<br />

1450<br />

1520<br />

1005<br />

1425<br />

780<br />

1165<br />

1265<br />

1360<br />

1380<br />

1180<br />

1190<br />

1230<br />

1300<br />

1070<br />

1580<br />

1430<br />

1470<br />

660<br />

1460<br />

1280<br />

1020<br />

1740<br />

1065<br />

1760<br />

1025<br />

680<br />

2970<br />

P2O5<br />

TOTAL<br />

mg/100g<br />

74,11 '<br />

62,56<br />

91,43<br />

68,33<br />

38,88<br />

107,80<br />

55,82<br />

91,43<br />

47,16<br />

25,98<br />

76,04<br />

60,63<br />

51,01<br />

51,01<br />

37,53<br />

66,41 .<br />

96,25<br />

46,20<br />

39,46<br />

90,47<br />

28,87<br />

23,10<br />

75,07<br />

44,27<br />

58,71<br />

64,48<br />

53,90<br />

48,11<br />

76,03<br />

49,08<br />

231,00<br />

37,43<br />

156,88<br />

187,68<br />

124,16<br />

197,31<br />

135,71<br />

121,27<br />

79,88<br />

167,47<br />

205,97<br />

87,58<br />

462,00<br />

P2Oü<br />

EXT. HCe<br />

0.5 N<br />

mg/100g<br />

0,61<br />

1,02<br />

0,82<br />

0,32<br />

0,79<br />

0,79<br />

0,58<br />

0,58<br />

0,60<br />

1,65<br />

2,51<br />

0,67<br />

1,30<br />

36,01<br />

4,87<br />

0,34<br />

0,93<br />

0,36<br />

0,76<br />

0,65<br />

0,74<br />

0,42<br />

0,32<br />

0,63<br />

0,50<br />

0,60<br />

1,10<br />

13,23<br />

2,50<br />

1,04<br />

1,96<br />

0,92<br />

2,03<br />

0,55<br />

0,71<br />

0,59<br />

0,68<br />

0,60<br />

0,51<br />

0,66<br />

0,63<br />

0,54<br />

0,90<br />

6,63<br />

1,10<br />

1,16<br />

0,31<br />

5,40<br />

0,56<br />

0,36<br />

0,31<br />

0,31<br />

0,67<br />

0,69<br />

0,72<br />

0,38<br />

1,51<br />

0,57<br />

0,78<br />

0,98<br />

0,37<br />

0,86<br />

1,22<br />

0,93<br />

4,10<br />

1,52<br />

0,39<br />

0,66<br />

1,08<br />

0,77<br />

0,50<br />

0,76<br />

0,99<br />

0,36<br />

0,39<br />

2,63<br />

0,67<br />

0,48<br />

50,71<br />

P2O5<br />

EXT. KOH<br />

0.5 N<br />

mg/100g<br />

18,48<br />

22,71<br />

26,56<br />

24,25<br />

18,86<br />

29,70<br />

19,25<br />

21,94<br />

42,30<br />

26,18<br />

46,20<br />

33,88<br />

11,43<br />

20,40<br />

34,65<br />

20,02<br />

19,80<br />

13,47<br />

16,55<br />

46,20<br />

33,88<br />

31,18<br />

29,45<br />

20,02<br />

40,50<br />

16,42<br />

15,97<br />

22,13<br />

34,65<br />

16,74<br />

27,72<br />

23,87<br />

33,52<br />

19,25<br />

29,06<br />

31,95<br />

27,45<br />

27,33<br />

25,41<br />

87,75<br />

15,00<br />

50,82<br />

53,13<br />

34,65<br />

67,76<br />

39,27<br />

51,30<br />

30,80<br />

38,11<br />

42,75<br />

13,47<br />

15,78<br />

23,48<br />

43,50<br />

59,29<br />

64,68<br />

21,56<br />

25,65<br />

23,55<br />

25,49<br />

19,63<br />

38,50<br />

21,72<br />

32,34<br />

10,78<br />

17,42<br />

25,41<br />

37,34<br />

21,56<br />

228,69


352 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

VI — RESULTA<strong>DO</strong>S EXPERIMENTAIS<br />

No presente capitulo apresentaremos os resultados da colheita dos<br />

expérimentas relacionados no capitulo anterior.<br />

Para cada experimento säo dadas as médias de produçâo para os<br />

très niveis dos très elementos, as diferenças significativas entre essas<br />

médias e também a média gérai.<br />

A produçâo por parcela e a anâlise estatistica compléta, säo apresentados<br />

no apêndice.<br />

Primeiramente säo apresentados os resultados de cana-planta, em<br />

seguida os de sóca e ressóca.<br />

Dâ-se apenas o numero de ordern de cada experimento, conforme<br />

a relaçâo do capitulo anterior; No représenta a produçâo sem azoto,<br />

~Ni a produçâo com 6 unidades ou 60-kg/ha de azoto e N2 a produçâo<br />

com 12 unidades; Po, Pi, P2, respectivamente as produçôes sem fósforo,<br />

com 6 e 12 unidades de âcido fosfórico (P2O5); Ko, Ki, K2, respectivamente<br />

as produçôes sem potâssio, com 6 e 12 unidades de potassa<br />

(K2) ; em seguida säo apresentadas as diferenças minimas significativas<br />

para um ni vel de erro de 5 por cento (D. M. S. 0.05) e urn por<br />

cento (D._M. S. 0.01), sendo as diferenças entre médias maiores que<br />

a primeira, significativas e maiores que a segunda, altamente significativas<br />

(Vêr Capitulo IV — Critério Adotado na Interpretacäo dos Resultados)<br />

; na ultima coluna é dada a média gérai dos experimento<br />

com o respectivo erro padräo (Vêr Capitulo IV), estas médias servem<br />

para comparaçâo dos experimentos entre si.


«!<br />

CAN<br />

1<br />

a<br />

a<br />

03<br />

0Oi<br />

03 co<br />

PH •<br />

CUft<br />

S<br />

Q<br />

O «<br />

H<br />

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O<br />

I<br />

CQ<br />

s<br />

Q<br />

CQ<br />

D.M<br />

o<br />

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0,01<br />

iß<br />

0,0<br />

sa<br />

ncoNOHO<br />

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+1+1+1+1+1+1<br />

«>«os os too<br />

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H<br />

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<<br />

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<<br />

w<br />

I—I<br />

Hi<br />

X<br />

03<br />

O<br />

î<br />

3 o -<br />

COOiOnOCO«C^»HCOI>NOCOiOCOOCDeOii 0.*0 f CO<br />

CSC^IHcocoo•-l»-l^lL»^,c*iö>*Hca C^CNIOCDinootqc^o^ co»-^<br />

+1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 -f l +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1 +1<br />

co i-T co o co co" f-ï" cd" cd io o" o> •* oo" co" o" co ad «o io" cd in co" »H" W O CO T-î"int> o o i<br />

SD t~ CO ^* CO<br />

CflCMCD^CSI<br />

os ooi p ^co oo^os CT_COOÏ io co<br />

os cN*cios co'cdç: *<br />

^iOlOTt


O<br />

a,<br />

O OQ<br />

I<br />

g<br />

3<br />

s §<br />

M<br />

CN IO «H CD ^ CN *H<br />

O5 O O5 "tf C^ ' l * ^<br />

«CNrHf-ÎCTCO'tN<br />

+1+1+1+1+1+1+1<br />

cô" t- co* ^ co co" co"<br />

^ ^ 00 T" 1 t" "3 O<br />

eoooinco iqoi<br />

-*" co" o" os CN" (N<br />

»H ï-t ÏH »H CN »H<br />

(N t-OCDCO C0_CO<br />

O t" CO tOiH t^O<br />

^ •* 00 t-i t- IO O<br />

o CTO o co_io as<br />

ie iß odoV" c^"<br />

co •* co *-t t- m o<br />

CO Ci O5 CO ^ 03 00<br />

*# CO 00 T-* t- CD O<br />

»H i-t<br />

t- t-^c- ©^Ô<strong>DO</strong>^OS<br />

OS t* CO ^"r-î 05*10<br />

Tji^eoHt-ioo .<br />

©C<strong>DO</strong>COCNt^CO<br />

o" •* o" co" -«"cDt>t-cJ5io"coco"a5co"cD<br />

C0-*IOIOCOCO^IOCOT-)O51OWCMCOOÏ00<br />

10 ÎD"I> IOVHWVHO"»«» 10 OOCD^H<br />

cococotoo^^incDCNOcocNco^cSc»<br />

o o 00 co ^ ^ 1-1 CD 10^ t-^tH co Nine<br />

' * C O<br />

i q q<br />

CO" ^ Co't- Où" OO" CO" IO •*" CO* CO ^ E- O Oï CD*<br />

ço^iommco^^iOHOscococo^cN<br />

»H<br />

A


RESULTA<strong>DO</strong>S EXPERIMENTAIS = PRODUCÖES EM TONELADAS POR HECTARE = MEDIAS POR EXPERIMENTO = SÔCAS<br />

N.o No Ni Po Pa Ki<br />

7<br />

9<br />

10<br />

12<br />

13<br />

20 §<br />

21 §<br />

24 §<br />

25 §<br />

26 §<br />

27 §<br />

28 §<br />

30 §<br />

31 §<br />

32 §<br />

33 §<br />

35 §<br />

36 §<br />

38 §<br />

39 §<br />

41 §<br />

44 §<br />

31,5<br />

51,1<br />

35,9<br />

10,6<br />

48,5<br />

21,6<br />

26,5<br />

40,3<br />

58,8<br />

39,5<br />

28,7<br />

31,6<br />

15,0<br />

31,1<br />

22,3<br />

38,7<br />

21,7<br />

9,3<br />

9,4<br />

24,4<br />

55,6<br />

37,6<br />

34,5<br />

49,1<br />

38,9<br />

16,3<br />

52,4<br />

31,3»<br />

24,5<br />

51,6»<br />

64,4<br />

43,4<br />

34,3<br />

28,3<br />

15,9<br />

33,2<br />

30,7*<br />

39,4<br />

20,7<br />

15,1»<br />

10,4<br />

21,3<br />

56,7<br />

48,8»<br />

32,2<br />

48,1<br />

42,2<br />

11,5<br />

53,3<br />

26,8<br />

29,1<br />

53,9»<br />

73,1*<br />

43,4<br />

31,5<br />

26,8<br />

18,1<br />

32,5<br />

32,0*<br />

40,4<br />

28,4<br />

16,6*<br />

13,0<br />

31,9*<br />

59,4<br />

53,4»<br />

i<br />

30,8<br />

40,2<br />

42,7<br />

10,6<br />

46,3<br />

10,5<br />

16,7<br />

43,5<br />

64,7<br />

37,0<br />

29,5<br />

28,7<br />

12,8<br />

24,1<br />

23,8<br />

23,2<br />

1,7<br />

4,1<br />

10,1<br />

13,3<br />

46,3<br />

44,7<br />

31,9<br />

50,8*<br />

35,3<br />

11,0<br />

51,6<br />

28,2*<br />

26,3*<br />

51,7<br />

68,1<br />

43,0<br />

33,2<br />

27,1<br />

19,2*<br />

34,7*<br />

30,8*<br />

41,4*<br />

26,9*<br />

16,3*<br />

12,2<br />

24,1*<br />

59,9*<br />

45,9<br />

SAFRA 1948/49 (SÔCA)<br />

35,5<br />

57,4*<br />

39,0<br />

16,8<br />

56,3«<br />

32,2<br />

45,7<br />

35,1<br />

7,4<br />

50,3<br />

SAFRA 1949/50 (SÖCA)<br />

41,1"<br />

37.1"<br />

50,6<br />

63,5<br />

46,2*<br />

31,8<br />

30,9<br />

17 0<br />

38,0*<br />

30,4*<br />

53,9"<br />

42,2"<br />

20,6*<br />

10,4<br />

40,1"<br />

65,4*<br />

49,3<br />

27,8<br />

21,6<br />

48,8<br />

66,4<br />

41,7<br />

27,8<br />

33,8<br />

17,7<br />

29,9<br />

25,7<br />

37,9<br />

21,7<br />

9,3<br />

12,2<br />

24,6<br />

47,8<br />

45,3<br />

32,5<br />

54,2<br />

42,2<br />

14,2<br />

51,4<br />

23,3<br />

28,2<br />

44,0<br />

68,1<br />

46,6<br />

30,9<br />

32,8<br />

16,5<br />

33,2<br />

27,7<br />

40,0<br />

23,8<br />

12,6<br />

8,9<br />

25,6<br />

56,7*<br />

48,1<br />

33,5<br />

48,4<br />

39,7<br />

16,7*<br />

52,7<br />

28,5<br />

30,3<br />

53,1<br />

61,8<br />

37,9<br />

35,8<br />

20,1<br />

14,7<br />

34,5<br />

31,6<br />

40,5<br />

25,3<br />

19; 1"<br />

16,6<br />

27,4<br />

67,0"<br />

46,4<br />

D.M.S.<br />

0.05<br />

5,0<br />

9,9 |<br />

7,9<br />

1,9<br />

7,8<br />

9,9<br />

7,0<br />

9,0<br />

8,5<br />

9,3<br />

7,6<br />

10,7<br />

4,8<br />

7,2<br />

6,4<br />

4,6<br />

11,2<br />

4,4<br />

3,7<br />

7,1<br />

8,3<br />

5,2<br />

/<br />

D.M.S.<br />

0.01<br />

1 •<br />

1 6,8<br />

13,5<br />

10,8<br />

10,8<br />

10,6<br />

13,4 .<br />

9,7<br />

12,5<br />

11,7<br />

12,7<br />

10,5<br />

14,8<br />

6,7<br />

10,0<br />

8,8<br />

6,4<br />

12,5<br />

6,1<br />

5,1<br />

9,9<br />

11,4<br />

7,1<br />

1<br />

!<br />

MÉDIA GERAL<br />

32,7 ± 0,99<br />

49,5 -+• 1,97<br />

39,0 + 1,57<br />

39,0 •+• 1,57<br />

12,8 ± 1,54<br />

51,4 •+• 1,96<br />

26,6 -f- 1,34<br />

26,7 -4- 1,73<br />

48,6 ± 1,62<br />

65,5 ± 1,85<br />

42,1 ±1,45<br />

28,9 ± 2,04<br />

16,3 ± 0,93<br />

32,3 ± 1,38<br />

28,3 -t- 1,22<br />

39,5 ± 0,89<br />

23,6 •+• 2,15<br />

13,7 -4- 0,85<br />

10,9 ± 0,71<br />

25,9 -t- 1,37<br />

57,2 ± 1,58<br />

46,6 ± 0,99<br />

OBSERVAÇAO : * — Significativo em relacäo ao nivel 0<br />

" — Signlficativo em relaç&o ao nivel'1'<br />

§ — Foi feita aplicaçâo de nitrato em cobertura nas sócas, corn a dosagem de 30 kg/ha de Azoto (N) para Ni e 60 kg/ba para N», a metade<br />

da dosagem empregada na planta. As datas de aplicaçâo säo dadas em outro quadro, adlante.


ci<br />

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RESULTA<strong>DO</strong>S EXPERIMENTAIS = PRODUCÖES EM TONELADAS POR HECTARE = MEDIAS POR EXPERIMENTO = RESSÖCAS<br />

NUMERO No Ni N2 Ki<br />

7 §<br />

9 §<br />

10 §<br />

12 §<br />

13 §<br />

20 §<br />

26 §<br />

27 5<br />

32 §<br />

33 §<br />

39 § _<br />

41 §<br />

44 §<br />

21,2<br />

14,2<br />

18,8<br />

4,7<br />

23,3 .<br />

: 18,0<br />

43,9<br />

53,7<br />

4,0<br />

,' 17,3<br />

12,5<br />

16,9<br />

8,3<br />

30,3'<br />

15,8<br />

27,7°<br />

8,0<br />

26,7<br />

, 15,2<br />

49,5<br />

51,0<br />

4,9<br />

! 17,1<br />

13,1<br />

15,4<br />

12,3<br />

30,6*<br />

14,6<br />

29,8*<br />

7,1<br />

33,4*<br />

15,0<br />

' 49,5<br />

54,2<br />

, 3,6<br />

[ 16,0<br />

22,2"<br />

; 16,5<br />

8,5<br />

25,7 -<br />

11,2<br />

23,4<br />

5,2<br />

25,7<br />

12,9<br />

42,0<br />

52,7<br />

3,9<br />

8,3<br />

4,4<br />

13,7<br />

10,9<br />

27,3<br />

13,7<br />

25,3<br />

5,5<br />

28,5<br />

11,8<br />

48,4<br />

56,1<br />

3,8<br />

' 16,6*<br />

13,7*<br />

15,2<br />

10,5<br />

' SAFRA 1949/50 (RESSÖCA)<br />

29,5<br />

19,8"<br />

27,6*<br />

9,1*<br />

29,2<br />

26,8<br />

14,7<br />

, 22,9<br />

3,1<br />

27,6<br />

SAFRA 1950/51 (RESSÖCA)<br />

23,7"<br />

52,4*<br />

. 50,2<br />

' 4,8<br />

. 25,5"<br />

29,8"<br />

19,9*<br />

7,7<br />

18,1<br />

47,8<br />

48,3<br />

2,5<br />

15,8<br />

15,2<br />

11,5<br />

7,6<br />

27,0<br />

16,1<br />

26,7<br />

' 7,7°<br />

1<br />

27,7<br />

13,4<br />

. 50,2<br />

' 57,1<br />

5,4*<br />

' 16,8<br />

15,8<br />

16,8<br />

12,7<br />

28,3<br />

13,8<br />

26,7<br />

9,0*<br />

28,1<br />

16,7<br />

44,8<br />

53,6<br />

4,6*<br />

1 17,8<br />

16,9<br />

. 20,5*<br />

8,8<br />

D.M.S.<br />

0.05<br />

5,7<br />

4,3<br />

3,9<br />

5,4<br />

5,3<br />

10,1<br />

8,6<br />

14,0<br />

1,1<br />

3,0<br />

6,0<br />

5,5<br />

4,3<br />

D.M.S.<br />

0.01<br />

7,7<br />

5,9<br />

5,3<br />

7,3<br />

7,2<br />

14,1<br />

11,9<br />

19,4<br />

1,5 '<br />

4,1<br />

8,2<br />

7,6<br />

5,9<br />

MÉDIA GERAL<br />

27,4 ± 1,12<br />

14,9 ± 0,86<br />

25,4 ± 0,77<br />

6,6 ± 1,07<br />

27,8 ± 1,05<br />

16,1 ± 1,95<br />

•' '47,6 ± 1,65<br />

• 53,0 ± 2,68<br />

' 4,2 ± 0,21<br />

16,8 ± 0,56<br />

16,0 ± 1,14<br />

• 16,3 ± 1,05<br />

9,7 ± 0,82<br />

OBSERVAÇÔE: * — Significative» em relaçâo ao nivel 0.<br />

" — Significativo em relaçâo ao nivel 1. .<br />

§ — Foi feita aplicaçâo de nitrato em cobertura nas ressoeas, com dosagem de 30 kg/ha de Azoto (N) para Ni e 60 kg/ha para Ns, a metade<br />

da dosagem empregada na planta. As datas de aplicaçâo säo dadas em outro quadro, adiante.<br />

;


ANÀIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIÀ <strong>DO</strong> SOtO 359<br />

Fig. 4


360 . . ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

VII — DISCUSSÄO <strong>DO</strong>S RESULTA<strong>DO</strong>S<br />

Na capitulo anterior apresentamos as produçôes médias correspondentes<br />

aos efeitos principais de todos os experimentos. No apêndice<br />

constam os resultados completos, onde podem ser estudados também<br />

os efeitos das interaçôes.<br />

Discutiremos separadamente os resultados de 3 grupos de experimentos<br />

:<br />

1.° — Encostas da Zona Sul, com 59 experimentos.<br />

2.° — Encostas da Zona Norte, com 11 experimentos.<br />

3.° — Varzeas, com 12 experimentos.<br />

O estudo dos experimentos em con junto apresenta uma série de<br />

dificuldades com relaçâo à anâlise estatistica, principalmente devido<br />

à grande dispersâo da variance do erro. O solo da zona canavieira de<br />

Pernambuco é extremamente heterogêneo, como era de se esperar pela<br />

sua geomorfologia. O numero de variâveis que afetam a resposta do<br />

experimento é muito grande, dificultando qualquer conclusâo de ordern<br />

gérai.<br />

Reeen temen te encontramos um areferência biblogrâfica, e conseguimos<br />

o trabalho: F. YATES and W. G. COCHRAN — The Analysis<br />

of Groups of Experiments — 1938 — Journal of Agricultural Scince<br />

28:556". O método de anâlises é o que se adapta ao nosso caso, entretan<br />

to nâo nos foi possivel complétât em tempo as anâlises para juntar<br />

ao presente trabalh'o. Pretendemos fazê-lo logo em seguida, porém, os<br />

intéressa dos têm à mâo todos os elementos.<br />

O numero de experimentos em encostas da zona Sul, jâ nos permite<br />

chegar a algumas conclusöes de ordern gérai.<br />

Discussäo dos resultados do 1° Grupo: A variaçâo dos resultados<br />

na cana-planta foi ampla, com uma distribuiçâo aproximadamente<br />

normal, conforme se pode observar na figura 4 onde apresentamos a<br />

distribuiçâo das respostas à aplicaçâo de N, P2O5 e K2 nos niveis mais<br />

altos (120 kg/ha). Apresentamos as distribuiçôes po'r ordern de mérito<br />

e as curvas normais de frequência das respostas, calculadas pelo<br />

; desvio padrâo das mesmas.<br />

O aumento médio observado para o fósforo foi de 24,27 t/ha de<br />

cana, para o azoto 8,20 t/ha e para o potâssio 6,84 t/ha, com desvios<br />

padroes respectivamente de 17,4 — 8,86 e 7,25 toneladas por hectare.<br />

A simples inspecçâo do grâfico révéla a acentuada carência em<br />

fósforo dos solos desse grupo, com respostas à adubaçâo fosfatada variando<br />

entre — 2 e 93 toneladas por hectare. As respostas ao azoto e<br />

ao potâsiso variaram menos atingingo também valores mais baios, respectivamente<br />

entre — 10 e 32 toneladas por hectare para o azoto e<br />

— 7 e 28 toneladas por hectare para o potâssio.<br />

Pelo estudo dos experimentos desta zona, obsèrvamos uma certa<br />

correlaçâo entre as respostas e a situaçâo topogrâfica, principalmente<br />

com relaçâo ào fósforo e ao azoto. Analisando os experimentos de


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 361<br />

cana-planta desse grupo, e calculando as respostas médias para os<br />

tres elementos, obtivemos os seguintes resultados:<br />

Classe<br />

I Ms<br />

II Mr<br />

III Mi<br />

IV Cs<br />

V Ci<br />

VI O,<br />

i^<br />

TONELADAS POR HECTARE<br />

Ni<br />

4,52<br />

'"'4,64<br />

1,73<br />

7,46<br />

10,00<br />

8,78<br />

N2<br />

8,82<br />

7,18<br />

5,13<br />

8,51<br />

1,57<br />

4,78<br />

Aumentos<br />

Pi<br />

25,22<br />

18,52<br />

14,58<br />

19,30<br />

14,40<br />

5,44<br />

.com:<br />

P2<br />

37,21<br />

24,23<br />

19,56<br />

23,39<br />

15,70<br />

6,56<br />

Ki<br />

4,15<br />

5,28<br />

2,89<br />

3,31<br />

6,51<br />

3,28<br />

K2<br />

4,69<br />

6,17<br />

5,03<br />

6,40<br />

7,77<br />

3,38<br />

Esses resultados carecem todavia de anâlise estatistica para avaliarmos<br />

os erros da estimativa; éntretanto parecem indicar fora de<br />

düvida que os terrenos mais altos e mais acidentados säo mais pobres<br />

em fósforo, ao passo qu ese dâ o in verso para o azoto. A influência<br />

da topografia sobre as respostas ao potâssio nâo parece ser muito<br />

marcada.<br />

Com relaçâo ao azoto notamos uma correlaçâo entre a resposta à<br />

adubaçâo azotada e o teôr em argila do solo, tendendo os solos mais<br />

argilsos (de encostas) a serem mais ricos em azoto. O coeficiente de<br />

correlaçâo obtido entre a resposta à adubaçâo azotada e o inverso do<br />

teôr em argila foi estatisticamente significativo. Por outro lado, examinados<br />

os solos das diferentes classes topogrâficas, observa-se que o<br />

teôr medio em argila baixa à medida que o solo torna-se mais piano e<br />

mais baixo, excluindo-se as vârzeas.<br />

Quanto ao fósforo obtivemos algumas correlaçoes significativas entre<br />

as respostas à adubaçâo e dosagens feitas em laboratórios por métodos<br />

quimicos e biológicos, cujos resultados säo apresentados em trabalhos<br />

à parte.<br />

Quanto ao potâsiso ainda carecemos de elementos com referência<br />

as anâlises de solos, conforme citamos anteriormente, de modo que nâo<br />

nos é possivel ainda determinar correlaçoes possiveis entre os métodos<br />

de laboratórios, sejam anâlises de solos ou métodos biológicos, e as<br />

respostas dos expérimentes.<br />

Quanto ao estudo geral das interaçôes observadas e também com<br />

referência aos resultados obtidos nas sócas, se ja o efeito residual de<br />

fósforo e potâssio seja o efeito das dosagens em cobertura de azoto,<br />

ainda se acha incompleto, näo podendo ser incluido no presente trabalho.<br />

Os resultados apresentados no capïtulo VI e no Apêrîdice permitem<br />

o estudo individual dos experimentos, estando feita a anâlise estatistica<br />

,isoladamente para plantas e sócas. Falta ainda a anâlise conjunt<br />

e o estudo da correlaçâo entre as respostas em planta e sóca para<br />

o strê selementos e suas interaçôes.<br />

Discussâo dos resultados do'2° Grupo: O resultado dos experimentos<br />

deste grupo, ou seja, das encostas da Zona Norte, ainda é insuficiente,<br />

pelo seu numero reduzido, para se chegar a qualquer conclusao<br />

exata.<br />

Os resultados indicam geralmente respostas muito baixas, sendo<br />

muitas negativas, ao azoto e potâssio, com médias para Ni, de 0,77 t/ha,<br />

para N2, de — 0,45 t/ha, para Ki, de — 0,37 t/ha e para K2 de — 3,09


362 » ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

t/ha. As respostas médias ao fósforo, se bem que baixas, foram geralmente<br />

positivas, sendo para Pi, de 4,0 t/ha e para P2, de 6,27 t/ha.<br />

O fator limitante nesta zona, indubitàvelmente é a âgua, o que justifica<br />

a frequência com que os adubos salinos, do tipo do nitrato de<br />

sódio e cloreto de potâssio dâo resultados negativos.<br />

Discussäo dos resultados do 3° Grupo: Os experimentos realisados<br />

e mvârzea e colhidos com sucesso sâo também em numero relativamente<br />

reduzido, dificultando qualquer conclusâo, mesmo tendo em<br />

vista a variaçâo dos solos que dependem da origem do saluviôes, natureza<br />

ou tipo dos cursos dâguga, distância do solo ao curso dâgua, etc.<br />

Os efeitos médios observados nos experimentos desse grupo, para os<br />

trê selementos foram, para Ni, aumento de 7,07 t/ha; para N2, de 13,82<br />

t/ha; para Pi, de 4,93 t/ha; para P2, de 4,92 t/ha; para Ki, de 2,53<br />

t/ha e para K2, de 7,29 t/ha.<br />

Esses resultados parecem indicar que as vârzeas sâo mais carentes<br />

em azoto do que nos outros dois elementos.<br />

VIII — CONCLUSÔES<br />

Dos resultados obtidos até o presente nos experimentos de adubaçâo<br />

obedecendo ao piano fatorial, que vem sendo adotado pela Secçâo<br />

de Quimica da Estaçâo Experimental de Curado, com resultados colhidos<br />

nas safras de 1947/48, 48/49, 49/50 e 50/51, abrangendo 82 de<br />

cana-planta, 57 de sóca, 15 de ress6ca e 1 de 4. a folha, podemos até ao<br />

presente tirar algumas conclusôes parciais para o grup o de experimentos<br />

realisados nas encostas da Zona Sul.<br />

O fósforo mostrou-se o elemento mais importante para a adubaçâo<br />

dos solos desse grupo. A topografia parece ter uma influência marcante<br />

sobre a fertilidade do solo, principalmente no que se réfère ao<br />

azoto e ao fósforo, .sendo os terrenos mais acidentados relativamente<br />

mais ricos em azoto e mais pobres em fósforo.<br />

Aanâlise estatistica conjunta dos experimentos ainda esta inconv<br />

pleta, daï nâo ser mais possivel tirar-se conclusôes mais seguras.<br />

Em trabalho que deverâ complementar o presente, cuja finalidade<br />

foi mais a de apresentar os resultados dos experimentos colhido saté<br />

a safra 1950/51, apresentaremos as conclusôes que o sresultados permitam.<br />

IX — SUMARY<br />

The results of sugar cane fertilizer experiments in the State of<br />

Pernambuco, dene by the Estaçâo Experimental de Curado in cooperation<br />

with cane planters.<br />

The design was the 33 factorial with partial confounding and a<br />

single replication.<br />

The levels used where 0 — 60 — 120 kg/ha of N, P2O5 and K2O. N<br />

beiegn applied as Sodium Nitrate, P as Superphosphate and K as<br />

Potassium Chloride.<br />

The results include experiments from the 1947/48 to the 1590/51<br />

milling seasons. There are 82 results of plant cane, 57 of 1st. ratoon,<br />

13 of 2nd ratoon and on of 3d. ratoon.<br />

Results are only partially discussed, for the statistical analysis of<br />

different grouping of experiments is still unfinished.<br />

Experiments indicate that hill soils from the southern section of<br />

the sugar cane growing zone of Pernambuco are very low in available<br />

phosphorus. There seems to be a corerlation between topography and<br />

the response to Nand P. Higher soils responding better to P and lower<br />

soils to N.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 363<br />

Obras Consultadas:<br />

X — BIBLIOGRAFIA<br />

FISHER, R. A. — Statistical Methods for Research Workers — 1944 — Oliver and<br />

Boyd Ltd. London.<br />

FISHER, R. A. — The Design of Experiments — 1947 — Oliver and Boyd Ltd.<br />

London.<br />

FISHER, R. A. and F. YATES — Statistical Tables for Biological, Agricultural and<br />

Medical Research — 1948 — Oliver and Boyd. London.<br />

GOULDEN, C. H. — Methods qf Statistical Analysis — 1939 — John Wiley & Sons<br />

Inc., New York.<br />

JENNY, H. — Factors of Soil Formation — 1941 — McGraw Hill — New York.<br />

PATTERSON, D. D. — Statistical Tecnique in Agricultural Research — 1939 —<br />

McGraw Hill. New York.<br />

SNEDEOOR, G. W. — Statistical Methods — 4th edtn. 1946 — The Iowa State<br />

College Press — Ames, Iowa.<br />

STRAUSS, E. — Adubaçâo da Cana de Açucar em Pernambuco — Tése Apresentada<br />

ao Primeiro Congresso Açucareiro Nacional — 1950 — Boletim da<br />

S. A. I. C. de Pernambuco XVII-I, 16.<br />

YATES, F. — The Design and Analysis of Factorial Experiments — 1937 — Tech.<br />

Com. n.° 37 — Imp. Bur. Soil Science.<br />

YATES, F. and W. G. OOCHRAN — The Analysis of Groups of Experiments — 1948<br />

— Jour: Agric. Science 28: 556.


A P E N D I C E<br />

Neste apêndice apresentamos os resultados de todos os experimentos<br />

do piano fatorial 3 3 colhidos até a safra 1950/51.<br />

Para detalhes da anâlise estatistica, vêr:<br />

F. Yates — THE DESIGN AND ANALYSIS OF FACTORIAL EXPERI-<br />

MENTS — Tech. Com. n.° 35 — Imp. Bur. Soil Science. 1937.


M.A. — C.N.É.P.A.' — S.N.P.A. — ESTAÇÀO EXPERIMENTAL DE CURA<strong>DO</strong> — * SECÇAO DE QUIMICA — ESPERIMENTO DE ADUBAÇAO<br />

Usina Roçadinho — Engenho Roçadinha — Plantio 29-7-46 — Colheita 29-11-47<br />

N.» 7 s/cal — Cana t/ha — Safra: 47-48 — Planta — Zona Sul — Top. -5-<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K.<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2 Ko<br />

K,<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

Pa<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

49.6<br />

51.5<br />

54.4<br />

69.8<br />

70.4<br />

67.2<br />

68.0<br />

77.3<br />

57.4<br />

•<br />

155.5<br />

207.4<br />

202.7<br />

187.4<br />

199.2<br />

179.0<br />

565.6<br />

No<br />

29.6<br />

24.2<br />

31.1<br />

33.5<br />

.34.7<br />

33.1<br />

35.4<br />

30.3<br />

31.7<br />

84.9<br />

101.3<br />

97.4<br />

98.5<br />

89.2<br />

95.9<br />

283.6<br />

Ni<br />

74.3<br />

62.3<br />

72.3<br />

58.9<br />

79.7<br />

76.3<br />

69.1<br />

72.9<br />

85.4<br />

208.9<br />

214.9<br />

227.4<br />

202.3<br />

214.9<br />

234.0<br />

651.2<br />

N,<br />

N2<br />

43.6<br />

70.2<br />

64.0<br />

66.7<br />

73.6<br />

72.7<br />

81.6 •<br />

73.0 .<br />

88.7 o<br />

177.8<br />

213.0<br />

243.3<br />

191.9<br />

216.8<br />

225.4<br />

634.1<br />

P X K<br />

167.5<br />

184.0<br />

190.7<br />

195.4<br />

223.7<br />

216.2<br />

218.7<br />

223.2<br />

231.5<br />

542.2<br />

635.3<br />

673 4<br />

581.6<br />

630.9<br />

638.4<br />

1 850.9 .<br />

i<br />

MEDIAS<br />

No 62.8<br />

Ni 72.3<br />

N2 70.4<br />

Po 60.2<br />

Pi 70.6<br />

P2 74.8<br />

Ko 64.6<br />

Ki 70.1<br />

K2 70.9<br />

X 68.5<br />

Zi 640.8<br />

Z2 621 4<br />

Zi 588.7 .<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ERRO<br />

y x '<br />

D cP<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

3.013.07<br />

154.07<br />

'16.24<br />

439.76<br />

956.30<br />

56:02<br />

3.12<br />

208.46<br />

27.90<br />

146.30<br />

9.01<br />

995.89<br />

129.895.71<br />

126.882.62<br />

8 15<br />

19.9 %<br />

5% 1%<br />

8.2 11.3<br />

Usina Roçadinho — Engenho Roçadinho — Plantio 29-7-46 — Colheita 9-11-48<br />

N.« 7 s/cal — Cana t/ha — Saïra: 48-48 — Sóca — Zona Sul — Top. -5-<br />

•27.8<br />

39.0<br />

38.8<br />

29:3<br />

41.8<br />

23.9<br />

40.0<br />

30.1<br />

39.6<br />

105.6<br />

95.0<br />

109.7<br />

97.1<br />

110.9<br />

102.3<br />

310.3<br />

N2<br />

26.9<br />

30.4<br />

29.3<br />

30.4<br />

29.9<br />

30.3<br />

36.8<br />

32.5<br />

43.6 •<br />

•<br />

86.6<br />

90.6<br />

112.9<br />

94.1<br />

92.8<br />

103.2<br />

290.1<br />

P x K<br />

84.3<br />

93.6<br />

99.2<br />

93.2<br />

106.4 .<br />

' 87.3<br />

112.2<br />

92.9<br />

114.9 •<br />

277.1<br />

286.9<br />

320.0<br />

289.7<br />

292.9<br />

301.4<br />

884.0<br />

MEDIAS<br />

No 31.5<br />

Ni 34.4<br />

N2 32.2<br />

Po 30.8<br />

Pi 31.9<br />

P2 35.5<br />

Ko 32.2<br />

Ki 32.5<br />

K2 38.,!)<br />

X 32.7<br />

Zi 318.0<br />

Z2 267 2<br />

Zj .298.8.<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

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P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

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0 D P<br />

C. V. .<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

. •<br />

688.65<br />

146.22<br />

2.35 .<br />

40.73<br />

102.24<br />

.10.05<br />

7.60<br />

0.52<br />

15.87<br />

11.41<br />

12.40<br />

339.26<br />

29.631.46<br />

28.942.81<br />

4 8<br />

14.5 % ..<br />

5% 1%<br />

4.8 6.6<br />

G.L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 11<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 • 1<br />

1 1<br />

1 |<br />

1<br />

1<br />

V<br />

66.39<br />

OBSERVAQÖES<br />

V<br />

15 22.62<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

6.6«<br />

14.4«<br />

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Ki<br />

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P2<br />

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K,<br />

Kj<br />

No<br />

19.1<br />

17.7<br />

20.4<br />

24.5<br />

23.7<br />

20.9<br />

22.6<br />

20.2<br />

22.2 -<br />

57.2<br />

69.1<br />

65.0<br />

66.2<br />

61.6<br />

63.5<br />

191.3<br />

No<br />

25.2<br />

16.0<br />

50.5<br />

34.1<br />

30.8<br />

25.9<br />

29.7<br />

21.7<br />

24.8<br />

91.7<br />

90 8<br />

76.2<br />

89.0<br />

68.5<br />

101.2<br />

258.7<br />

Ni<br />

33.1<br />

30.1<br />

32.2<br />

26.3<br />

32.7<br />

27.8<br />

29.2<br />

29.5<br />

31.9<br />

95.4<br />

86.8<br />

90.6<br />

88.6<br />

92.3<br />

91.9<br />

272.8<br />

o Ni<br />

Usina Roçadinho — Engenho Roçadinho — Plantio 29-7-46 — Colheita 22-12-49<br />

N.» 7 s/cal — Cana t/ha — Safra: 49-50 — Ressóca — Zona Sul — Top. -5-<br />

Usina<br />

N.» 7<br />

31.7<br />

56.1<br />

32.1<br />

35.1<br />

37.9<br />

31.0<br />

30.6<br />

25.6<br />

41.0<br />

119.9<br />

104 0<br />

97l2<br />

97.4<br />

119.6<br />

104.1<br />

321.1<br />

N2<br />

21.1<br />

28.3<br />

29.0<br />

27.8<br />

30.3<br />

31.7<br />

37.7<br />

30.7<br />

38.8<br />

78.4<br />

89.8<br />

107.2<br />

86.6<br />

89.3<br />

99.5<br />

275.4<br />

P x K<br />

73.3<br />

76.1<br />

81.6<br />

78.6<br />

86.7<br />

80.4<br />

89.5<br />

80.4<br />

92.9<br />

231.0<br />

245.7<br />

262.8<br />

241.4<br />

243.2<br />

254.9<br />

739.5<br />

MÉDIAS<br />

No 21.2<br />

Ni<br />

N2<br />

30.3<br />

30.6<br />

Po 25.7<br />

Pi 27.3<br />

Pa 29.2<br />

Ko 26.8<br />

Ki 27.0<br />

KÎ 28.3<br />

X 27.4<br />

BLOCOS<br />

Zi 249.2<br />

Z2 238 5<br />

251.8<br />

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C EFEITOS<br />

.TOTAL<br />

BLOCOS<br />

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S. Q.<br />

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11.04<br />

392.93<br />

115.28<br />

56.18<br />

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36.75<br />

20.28<br />

2.00<br />

168.99<br />

21 069.57<br />

20 254.08<br />

3 4<br />

12.3 %<br />

5% 1%<br />

3.4 4.7<br />

Roçadinho — Engenho Rocad.vn.ho — Plcmtxo 29-7-46 — Colheita 4-12-50<br />

s/cal — Cana t/ha — Safrs1:<br />

50-51 — l.» Fôlha — Zona1<br />

Sul — Top. -5-<br />

N2<br />

23.4<br />

31.7<br />

33.1<br />

25.6<br />

29.8<br />

25.2<br />

34.0<br />

33.9<br />

43.6<br />

88.2<br />

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111.5<br />

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101.9<br />

280.3<br />

P x K<br />

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94.8<br />

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81.2<br />

109.4<br />

299.8<br />

275 4<br />

284^9<br />

269.4<br />

283.5<br />

307.2<br />

860.1<br />

MÉDIAS<br />

No 28.7<br />

Ni 35.7<br />

1 N2 31.1<br />

Po 33.3<br />

Pi 30.6<br />

P2 31.6<br />

Ko 29.9<br />

Ki 31.5<br />

K2 34.1<br />

X 31.8<br />

BLOCOS<br />

Z, 274.3<br />

Z2 260.1<br />

Zs 325.7<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊKRO<br />

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C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

1 909.93<br />

264.70<br />

25.92<br />

197.22<br />

12.33<br />

21.28<br />

79.38<br />

1.70<br />

125.45<br />

3.74<br />

34.34<br />

1 143.87<br />

29 308.89<br />

27 398.96<br />

8.73<br />

27.4 %<br />

5% 1%<br />

8.8 12.1<br />

G. L.<br />

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11.27<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

76.25<br />

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— Zona Sul<br />

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23.7<br />

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118.7<br />

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96.3<br />

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148.9<br />

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14.1<br />

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17.6<br />

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91.7<br />

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158.9<br />

179.3<br />

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39.2<br />

42.0<br />

65.2<br />

19.5<br />

51.5<br />

75.4<br />

146.4<br />

Usina Cachoeira Lisa — Engenho Alto — Plantio 14-8-46 — Colheita 15-2-48<br />

N.° 12 sl/ca — Cana t/ha —. safra: 47-48 — Planta — Zona Sul — Top. -2-<br />

N2<br />

19.9<br />

15.1<br />

35.1<br />

43.7<br />

46.9<br />

73.5<br />

49.6<br />

80.2<br />

70.7<br />

70.1<br />

164.1<br />

200.5<br />

113.2<br />

142.2<br />

179.3<br />

434.7<br />

P X K<br />

58.1<br />

103.5<br />

99.5<br />

111.3<br />

160.9<br />

161.3<br />

106.6<br />

195.6<br />

198.4<br />

261.1<br />

423.5<br />

500.6<br />

276.0<br />

450.0<br />

459.2<br />

1.185.2<br />

.<br />

MÉDIAS<br />

No 37.7<br />

Ni 45.7<br />

N2 48.3<br />

Po 29.0<br />

Pi 47.0<br />

P2 55.6<br />

Ko 30.7<br />

Ki 50.0<br />

K2 51.0<br />

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BLOCOS<br />

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D. M. S.<br />

S. Q.<br />

13.475.05<br />

2.012.85<br />

504.56<br />

42.84<br />

3.186.68<br />

134.74<br />

1.864.56<br />

502.94<br />

1.945.65<br />

255.76<br />

211.68<br />

2.812.79<br />

65.500.94<br />

52.025.89<br />

13 7<br />

31.2 %<br />

5 % 1 %•<br />

13.7 19.0<br />

Usina Cachoeira Lisa — Qngenho Alto — Plantio 14-8-46 — Colheita 5-2-49<br />

N.o 12 s/cal — Cana t/ha — Safra: 48-49 — Sôca — Zona Sul — Top. -2-<br />

N*<br />

3.1<br />

2.0<br />

14.0<br />

7.7<br />

9.8<br />

10.3<br />

14.3<br />

20.2 •<br />

22.4<br />

19.1<br />

27.8<br />

56.9<br />

25.1<br />

32.0<br />

46.7<br />

103.8<br />

P X K<br />

18.6<br />

29.5<br />

47.5<br />

22.2<br />

32.9<br />

43.7<br />

25.7<br />

65.9<br />

59.3<br />

95.6<br />

98.8<br />

150.9<br />

66.5<br />

128.3<br />

150.5<br />

345.3<br />

MÉDIAS<br />

No 10.6<br />

Ni 16.3<br />

Na 11.5<br />

Po 10.6<br />

Pi 11.0<br />

Pa 16.8<br />

Ko 7.4<br />

Ki 14.2<br />

Ko 16.7<br />

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BLOCOS<br />

Zi 83.8<br />

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EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

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C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.570.83<br />

620.31<br />

4.20<br />

163.28<br />

169.89<br />

44.28<br />

392.00<br />

29.04<br />

178.64<br />

19.00<br />

1.84<br />

948.35<br />

6.986.83<br />

4.416.00<br />

7.95<br />

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5 % 1 %<br />

7.9 11.0<br />

G. L.<br />

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3.6<br />

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3.7<br />

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2.4<br />

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1.6<br />

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1.9<br />

3.7<br />

4.6<br />

2.4<br />

1.2<br />

42.1<br />

No<br />

80.9<br />

60.6<br />

81.6<br />

93.6<br />

115.1<br />

105.8<br />

98.5<br />

116.5<br />

91.8<br />

223.1<br />

314.5<br />

313.1<br />

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292.2<br />

285.5<br />

850.7<br />

Ni<br />

5.5<br />

0.4<br />

3.7<br />

0.6<br />

4.0<br />

22.4<br />

3.5<br />

23.3<br />

8.5<br />

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3.7<br />

0.6<br />

4.0<br />

22.4<br />

3.5<br />

71.9<br />

Ni<br />

81.0<br />

115.2<br />

80.5<br />

87.9<br />

84.6<br />

88.1<br />

88.6<br />

82.5<br />

129.3<br />

276.7<br />

260.6<br />

300 4<br />

257.5<br />

282.3<br />

297.9<br />

837.7<br />

Usina Cachoeira Lisa — ungenno<br />

N.° 12 s/cal — Cana t/ha — Safra: 49-50 — Ressóca — Zona Sul — Top. 2-2<br />

N2<br />

0.4<br />

1.8<br />

14.1<br />

2.1<br />

6.6<br />

3.4<br />

7.0<br />

12.2<br />

16.8<br />

16.3<br />

14.1<br />

2.1<br />

6.6<br />

3.4<br />

7.0<br />

64.4<br />

P X K<br />

9.5<br />

17.5<br />

19.7<br />

6.4<br />

15.2<br />

28.2<br />

11.7<br />

37.1<br />

33.1<br />

46.7<br />

19.7<br />

6.4<br />

15.2<br />

28.2<br />

11.7<br />

178.4<br />

MÉDIAS<br />

No 4.7<br />

Ni 8.0<br />

7.1<br />

N2<br />

Po 5.2<br />

Pi 5.5<br />

P2 9.1<br />

Ko 3.1<br />

Ki 7.7<br />

K2 9.0<br />

~X~ 6.6<br />

BLOCOS<br />

Zi 39.5<br />

Z2 105.7<br />

Z3 33.2<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

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D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

1.108.78<br />

358.46<br />

27.63<br />

25.76<br />

68.83<br />

15.57<br />

158.42<br />

17.80<br />

74.50<br />

37.45<br />

10.45<br />

313.91<br />

2.287.54<br />

1.178.76<br />

4.57<br />

69.1 %<br />

5 % 1 %<br />

4.6 6.4<br />

Usina Cucaû — Engenho Aldeia — Plantio 18-7-46 — Colheita 3-1-48<br />

N.° s/cal — Cana t/ha — Safra: 47-48 •— Planta — Zona Sul — Top. -3-<br />

N2<br />

52.2<br />

101.7<br />

103.6<br />

91.2<br />

125.0<br />

85.3<br />

127.0<br />

91.0<br />

114.6<br />

257.5<br />

301.5<br />

332 6<br />

270.4<br />

317.7<br />

303.5<br />

891.6<br />

!<br />

P X K<br />

214.1<br />

277.5<br />

265.7<br />

272.7<br />

324.7<br />

279.2<br />

314.1<br />

290.0<br />

342.0<br />

757.3<br />

876.6<br />

946 1<br />

800.9<br />

892.2<br />

886.9<br />

2.580.0<br />

MÉDIAS<br />

No 94.5<br />

Ni 93.1<br />

N2 99.1<br />

Po 84.1<br />

Pi 97.4<br />

P2 105.1<br />

Ko 89.0<br />

Ki 99.1<br />

Ki 98.5<br />

X 95.6<br />

BLOCOS<br />

Wi 991 2<br />

W2 854.3<br />

Wi 734.5<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ERRO<br />

2 x2<br />

c<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

9.337.67<br />

3.666.24<br />

92.93<br />

82.88<br />

1.980.30<br />

45.92<br />

410.88<br />

172.80<br />

18.50<br />

35.36<br />

46.80<br />

2.785.06<br />

2'55.871.00<br />

246.533 33<br />

13 62<br />

14.2<br />

5 % l %<br />

13.7 18.9<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26<br />

2 '<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

V<br />

179.23<br />

20.93<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

15 185.67<br />

OBSERVAÇOES<br />

P<br />

8.6**<br />

7.6*<br />

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10.7**


Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

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K2<br />

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P2<br />

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Ki<br />

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Po Ko<br />

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K*<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2<br />

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Ki<br />

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No<br />

62.3<br />

35.8<br />

31.9<br />

49.4<br />

49.1<br />

66.8<br />

37.7<br />

44.7<br />

59.3<br />

130.0<br />

165.3<br />

141.7<br />

149.4<br />

129.6<br />

158.0<br />

437.0<br />

No<br />

27.4<br />

26.4<br />

42.5<br />

31.9<br />

37.9<br />

21.4<br />

30.4<br />

32.9<br />

34.2<br />

96.3<br />

91.2<br />

97.5<br />

89.7<br />

97.2<br />

98.1<br />

285.0<br />

Ni<br />

45.2<br />

69.9<br />

36.5<br />

40.5<br />

55.1<br />

35.8<br />

70.8<br />

56.4<br />

61.6<br />

151.6<br />

131.3<br />

188.8<br />

156.4<br />

181.4<br />

133.9<br />

471.7<br />

Ni<br />

18.5<br />

34.0<br />

36.7<br />

25.0<br />

32.0<br />

26.4<br />

33.4<br />

32.1<br />

37.2<br />

89.2<br />

83.4<br />

102.7<br />

76.9<br />

98.1<br />

100.3<br />

275.3<br />

Usina Cucaû — Engenho Aldeia — Plantio 18-7-46 — Colheita 19-1-49<br />

N.° 13 s/cal — Cana t/ha — Safra: 48-49 — Sóca — Zona Sul — Top. -3-<br />

N2<br />

34.5<br />

50.5<br />

50.6<br />

41.7<br />

59.4<br />

67.1<br />

70.4<br />

41.5<br />

64.5<br />

135.6<br />

168.2<br />

176.4<br />

146.6<br />

151.4<br />

182.2<br />

480.2<br />

P X K<br />

142.0<br />

156.2<br />

119.0<br />

131.5<br />

163.6<br />

169.7<br />

178.9<br />

142.6<br />

185.4<br />

417.2<br />

464.8<br />

506.9<br />

452.4<br />

462.4<br />

474.1<br />

1 388.9<br />

MÉDIAS<br />

No 48.5<br />

Ni 52.4<br />

N2 53.3<br />

Po 46.3<br />

Pi 51.6<br />

P2 50.3<br />

Ko 50.3<br />

Ki 51.4<br />

& 52.7<br />

~X 51.4<br />

BLOCOS<br />

Wi 526.1<br />

W2 412.8<br />

W3 450.0<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

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P"<br />

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C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.092.23<br />

741.18<br />

103.68<br />

12.71<br />

447.00<br />

0.56<br />

26.16<br />

0.16<br />

70.57<br />

60.75<br />

72.52<br />

2.556.93<br />

75.538.27<br />

71.446.04<br />

13.1<br />

25.4 %<br />

5 % 1 %<br />

13.1 18.1<br />

Usina Cucaû — Engenho Aldeia — Plantio 18-7-46 — Colheita 22-12-49<br />

N.° 13 — Cana t/ha — Safra: 49-50 — Ressóca s/cal — Zona Sul — Top. -3-<br />

N2 .<br />

36.2<br />

25.1<br />

37.4<br />

41.3<br />

33.2<br />

37.0<br />

40.2<br />

33.6<br />

44:2<br />

98.7<br />

111.5<br />

118.0<br />

117:7<br />

91.9<br />

118.6<br />

328.2<br />

P x K<br />

82.1<br />

85.5<br />

116.6<br />

98.2<br />

103.1<br />

84.8<br />

104.0<br />

98.6<br />

115.6<br />

231.6<br />

256.6<br />

262.8<br />

284.3<br />

287.2<br />

317.0<br />

888.5<br />

MÉDIAS<br />

No 31.7<br />

Ni 30.6<br />

N2 36.5<br />

Po 31.6<br />

Pi 31.8<br />

Pi 35.3<br />

Ko 31.6<br />

Ki 31.9<br />

K* 35.2<br />

"X" 27.8<br />

BLOCOS<br />

Wi 370.3<br />

W2 210.1<br />

Ws 170.6<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

3.835.24<br />

2.485.35<br />

464.10<br />

16.44<br />

54.08<br />

6.54<br />

1.38<br />

0.08<br />

68.64<br />

12.00<br />

33.33<br />

693.30<br />

24.724.16<br />

20.888.92<br />

6.8<br />

24.5 %<br />

5 % 1 %<br />

6.8 9.4<br />

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G. L.<br />

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170.46<br />

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K2<br />

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Ki<br />

Po<br />

Pi<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

4.2<br />

15.0<br />

4.7<br />

16.3<br />

11.4<br />

27.8<br />

31.9<br />

33.5<br />

49.0<br />

23.9<br />

56.0<br />

114.4<br />

52.4<br />

60.4<br />

81.5<br />

194.3<br />

No<br />

40.1<br />

5.7<br />

11.8<br />

8.6<br />

2.8<br />

15.9<br />

21.7<br />

19.5<br />

35.8<br />

57.6<br />

27.3<br />

77 0<br />

70.4<br />

28.0<br />

63.5<br />

161.9<br />

Usina Roçadinho — ,Hngenho Entroncamento — Plamtio 20-6-47 — Colheita 23-12-49<br />

N.o 20 — Cana t/ha"— Safra 49/50 — Sóca — Zona Sul — Top. -2-<br />

Ni<br />

28.8<br />

3.2<br />

15.3<br />

35.8<br />

34.1<br />

40.5<br />

49.9<br />

32.9<br />

41.7<br />

47.3<br />

110.4<br />

124.5<br />

114.5<br />

70.2<br />

97.5<br />

282.2<br />

•Ni<br />

N2<br />

12.4<br />

2.5<br />

8.2<br />

31.7<br />

28.7<br />

26.7<br />

39.4<br />

48.3<br />

43.0<br />

23.1<br />

87.1<br />

130.7<br />

83.5<br />

79.5<br />

77.9<br />

240.9<br />

P x K<br />

45.4<br />

20.7<br />

28.2<br />

83.8<br />

74.7<br />

95.0<br />

121.2<br />

114.7<br />

133.7<br />

94.3<br />

253.5<br />

369.6<br />

250.4<br />

210.1<br />

256.9<br />

717.4<br />

No<br />

Ni<br />

N2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

X<br />

Wi<br />

W2<br />

Ws<br />

MÉDIAS<br />

BLOCOS<br />

21.6<br />

31.3<br />

26.8<br />

10.5<br />

28.2<br />

41.1<br />

27.8<br />

23.3<br />

28.5<br />

26.6<br />

217.7<br />

232.2<br />

267.5<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

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T> P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

5.896.90<br />

145.79<br />

120.64<br />

309.12<br />

4.210.56<br />

34.40<br />

2.35<br />

140.49<br />

24.36<br />

100.34<br />

73.50<br />

735.35<br />

24.958.48<br />

19 061.58<br />

7 0<br />

26.3 %<br />

5% 1%<br />

7.0 9.7<br />

Usina Roçadinho — Engenho Entroncamento — Plantio 20-6-47 — Colheita 14-12-50<br />

N.° 20 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Ressóca — Zona Sul — Top. -2-<br />

15.0<br />

6.4<br />

4.2<br />

12.5<br />

9.1<br />

23.4<br />

28.6<br />

12.1<br />

25.2<br />

25.6<br />

45.0<br />

65 9<br />

56.1<br />

27.6<br />

52.8<br />

136.5<br />

N2<br />

3.6<br />

28.7<br />

0.7<br />

16.0<br />

9.5<br />

7.4<br />

17.0<br />

26.5<br />

26.1<br />

33.0<br />

32.9<br />

69.6<br />

36.6<br />

64.1<br />

34.2<br />

1 135.5<br />

P x K<br />

58.7<br />

40.8<br />

16.7<br />

37.1<br />

21.4<br />

46.7<br />

67.3<br />

58.1<br />

87.1<br />

116.2<br />

105.2<br />

212.5<br />

163.1<br />

120.3<br />

150.5<br />

433.9<br />

MÉDIAS<br />

No 18.0<br />

Ni 15.2<br />

N2 15.0<br />

Po 12.9<br />

Pi 23.6<br />

P2 23.6<br />

Ko 18.1<br />

Ki 13.4<br />

K2 16.7<br />

X 16.1<br />

BLOCOS<br />

Xi 160.6<br />

X2 135.8<br />

X3 137.5<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

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c. v.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.854.44<br />

42.65<br />

38.72<br />

11.02<br />

515.20<br />

259.16<br />

8.82<br />

98.68<br />

24.65<br />

1.69<br />

318.27<br />

1.535.59<br />

9.827.37<br />

6.972.93<br />

10 0<br />

62.8 %<br />

5% 1%<br />

10.1 14.1<br />

G. L. V<br />

26 2<br />

1 11<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

15 49.02<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 11<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

OBSERVACÖES<br />

F<br />

V F<br />

102.37<br />

OBSERVACÖES<br />

6.3»<br />

8.6«


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K2<br />

1 No<br />

42.3<br />

76.3<br />

26.3.<br />

60.6<br />

56.6<br />

63.8<br />

58.9<br />

67.2<br />

71.3<br />

144.9<br />

181.0<br />

197.4<br />

161.8<br />

200.1<br />

161.4<br />

523.3<br />

1 1 No<br />

20.1<br />

21.7<br />

4.4<br />

24.5<br />

15.7<br />

24.1<br />

17.3<br />

38.0<br />

72.4<br />

46.2<br />

64.3<br />

127.7<br />

61.9<br />

75.4<br />

100.9<br />

238.2<br />

Ni<br />

53.3<br />

19.2<br />

48.6<br />

42.7<br />

8».2<br />

37.2<br />

74.7<br />

101.3<br />

75.9<br />

121.1<br />

163.1<br />

251.9<br />

170.7<br />

203.7<br />

161.7<br />

536.1<br />

Ni<br />

12.5<br />

6.5<br />

26.3<br />

11.0<br />

40.2<br />

24.1<br />

34.7<br />

34.0<br />

31.6<br />

45.3<br />

75.3<br />

100.3<br />

58.2<br />

80.7<br />

82.0<br />

220.9<br />

Usina S to. Terezimha — Engenho Tig e — Plantio 4-7-47 - Colheita 9-2-49<br />

N.o 21 — Cana t/ha — Safra : 48/49 — Planta — Zona Sul — Top. -2-<br />

1<br />

N2<br />

30.4<br />

67.6<br />

87.8<br />

73.8<br />

60.7<br />

73.3<br />

67.1<br />

86.0<br />

92.8<br />

1<br />

P x K<br />

126.0<br />

163.1<br />

162.7<br />

177.1<br />

207.8<br />

174.3<br />

200.7<br />

254.5<br />

240.0<br />

185.8<br />

207.8<br />

451.8<br />

551.9<br />

245.9 695.2<br />

171.3 503.8<br />

214.3<br />

253.9<br />

618.1<br />

577.0<br />

639.5 |<br />

1<br />

1 698.9<br />

1<br />

1 MÉDIAS<br />

No<br />

Ni<br />

Ns<br />

Po<br />

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Pï<br />

Ko<br />

Ki<br />

KJ<br />

X<br />

Wi<br />

W2<br />

"W3<br />

BLOCOS<br />

58.1<br />

59.6<br />

71.0<br />

50.2<br />

61.3<br />

77.2<br />

56.0<br />

68.7<br />

64.1<br />

62.9<br />

614 0<br />

469.3<br />

615.6<br />

EFEITOs<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

• N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

J\. XT'<br />

K"<br />

NP<br />

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PK<br />

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2 X2<br />

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D. P<br />

c. v'.<br />

D. M. S.<br />

i<br />

S. Q.<br />

10.939.49<br />

1.568.31<br />

750.13<br />

152.01<br />

3.291.30<br />

34.57<br />

297.68<br />

447.21<br />

4.81<br />

574.08<br />

0.56<br />

O CIO OO<br />

O . O-Lo .00<br />

117.838.05<br />

IHR 898 5R<br />

15 96<br />

23.3 %<br />

5% 1%<br />

16.02 22.19<br />

Usina Sta. Terezvnha — Engenho Tigre — Plamtio 4-7-47 — Colheita 23-11-49<br />

N.o 21 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Sóca — Zona Sul — Top. -2-<br />

N2<br />

5.4<br />

29.6<br />

23.7<br />

36.0<br />

32.6<br />

28.5<br />

33.2<br />

35.5<br />

37.3<br />

58.7<br />

97.1<br />

106.0<br />

74.6<br />

97.7<br />

89.5<br />

261.8<br />

P X K<br />

38.0<br />

57.8<br />

54.4<br />

71.5<br />

88.5<br />

76.7<br />

85.2<br />

107.5<br />

141.3<br />

150.2<br />

236.7<br />

334.0<br />

194.7<br />

233.8<br />

272.4<br />

720.9<br />

MÉDIAS<br />

No 26.5<br />

Ni 24.5<br />

N2 29.1<br />

Po 16.7<br />

Pi 26.3<br />

P2 37.1<br />

Ko 21.6<br />

Ki 28.2<br />

K3 30.3<br />

X 26.7<br />

BLOCOS<br />

Wj 286.3<br />

WÎ 155.9<br />

W3 278.7<br />

EFEITOS<br />

TOTA<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

. NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q..<br />

5.017.32<br />

1.190.43<br />

30.94<br />

62.72<br />

1.876.80<br />

2.16<br />

335.41<br />

30.37<br />

97.47<br />

48.40<br />

131.34<br />

1.211.28<br />

24.265.35<br />

19.248.03<br />

9.0<br />

33.7 %<br />

5% 1%<br />

9|0 12.0<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 K<br />

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G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 111<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

595.21<br />

80.75<br />

OBSERVAÇÛES<br />

•<br />

F<br />

12.9"<br />

F<br />

7-7.«<br />

23.2"


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K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

16.8<br />

27.2<br />

59.0<br />

50.0<br />

49.8<br />

46.9<br />

43.6<br />

33.8<br />

35.8<br />

103.0<br />

146.7<br />

113.2<br />

110.4<br />

110.8<br />

141.7<br />

362.9<br />

No<br />

79.6<br />

69.3<br />

90.0<br />

76.7<br />

83.2<br />

72.6<br />

55.0<br />

103.5<br />

80.6<br />

238.9<br />

232.5<br />

239.1<br />

211.3<br />

256.0<br />

.243.2<br />

710.5<br />

Usina Cachoeira Lisa — Engenho Cachoeira Lisa — Plantio 10-7-4' -> Colheita 13-1-5C<br />

N.« 24 — Cana t/ha — Safra : 49-50 — Sôca — Zona Su 1 — Top. -5-<br />

Ni<br />

50.2<br />

48.4<br />

43.9<br />

36.1<br />

50.2<br />

69.9<br />

57.2<br />

52.9<br />

56.0<br />

142.5<br />

156.2<br />

166.1<br />

143.5<br />

151.5<br />

169.8<br />

464.8<br />

Ni<br />

94.9<br />

90.8<br />

. 73.9<br />

74.0<br />

101.7<br />

10O.O<br />

97.5<br />

96.9<br />

117.4<br />

259.6<br />

275.7<br />

311.8<br />

266.4<br />

289.4<br />

291.3<br />

847.1<br />

N2<br />

55.6<br />

49.3<br />

41.4<br />

73.7<br />

34.1<br />

54.7<br />

55.7<br />

50.3<br />

70.2<br />

146.3<br />

162.5<br />

176.2<br />

185.0<br />

133.7<br />

166.3<br />

485.0<br />

P x K<br />

122.6<br />

124.9<br />

144.3<br />

159.8<br />

134.1<br />

171.5<br />

156.5<br />

137.0<br />

162.0<br />

391.8<br />

465.4<br />

455.5<br />

438.9<br />

396.0<br />

477.8<br />

1.312.7<br />

MÉDIAS<br />

No 40.3<br />

Ni 51.6<br />

N2 53.9<br />

Po 43.5<br />

Pi 51.7<br />

P2 50.6<br />

Ko 48.8<br />

Ki 44.0<br />

K2 53.1<br />

X 48.6<br />

BLOCOS<br />

Wi 369.2<br />

W2 518.6<br />

Wi 424.9<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

S X2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.274.59<br />

1.266.77<br />

828.24<br />

123.62<br />

225.42<br />

129.13<br />

84.08<br />

287.96<br />

32.34<br />

208.33<br />

21.87<br />

1.066.83<br />

68.096.11<br />

63.821.52<br />

8.4<br />

17.3 %<br />

5% 1%<br />

8.5 11.7<br />

Usina Catenae — Engenho Bêla Aurora — Plantio 12-7-47 — Colheita 9-11-48<br />

N.» 25 — Cana t/ha — Safra: 48-49 — Planta s/cal — Zona 3ul — Top. -2-<br />

N2<br />

98.6<br />

98.6<br />

99.3<br />

128.2<br />

100.0<br />

99.7<br />

102.4<br />

114.9<br />

99.4 ,<br />

296.5<br />

327.9<br />

316.7<br />

329.2<br />

313.5<br />

298.4<br />

941.1<br />

P x K<br />

273.1<br />

258.7<br />

263.2<br />

278.9<br />

284.9<br />

272.3<br />

254.9<br />

315.3<br />

297.4<br />

795.0<br />

836.1<br />

867.6<br />

806.9<br />

858.9<br />

832.9<br />

2.4ya. 1<br />

MÉDIAS<br />

No 78.9<br />

Ni 94.1<br />

N2 104.6<br />

Po 88.3<br />

Pi 92.9<br />

P2 96.4<br />

Ko 89.6<br />

Ki 95.4<br />

K2 92.5<br />

X 92.5<br />

BLOCOS<br />

i Yi 874.1<br />

Y2 884 9<br />

Ya 739.7<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 Xj<br />

c D P<br />

C.'V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

6.764.59<br />

1.454.19<br />

2.954.24<br />

33.60<br />

292.82<br />

1.70<br />

37.55<br />

112.66<br />

33.33<br />

228.81<br />

327.60<br />

1.288.09<br />

238.005.39<br />

231.240.80<br />

9 26<br />

10.0 %<br />

5% 1%<br />

9.3 12.9<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 11<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

633.38<br />

71.12<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

727.09<br />

85.87<br />

OBSERVAÇOES<br />

•<br />

F<br />

8.9"<br />

11.6"<br />

F<br />

8.5'<br />

34.4"


Po K,<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

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Ki<br />

K2<br />

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Ko<br />

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Ki<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

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Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

K,<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

61.9<br />

47.1<br />

70.4<br />

50.6<br />

72.6<br />

59.7<br />

42.3<br />

77.1<br />

47.5<br />

179.4<br />

182 9<br />

166] 9<br />

154.8<br />

196.8<br />

177.6<br />

529.2<br />

No<br />

36.9<br />

33.4<br />

43.4<br />

45.4<br />

46.1<br />

32.6<br />

26.1<br />

48.9<br />

36.7<br />

113.7<br />

124.1<br />

111.7<br />

108.4<br />

128.4<br />

112.7<br />

349.5<br />

Ni<br />

Usvna Catenae — Engenho Bêla Aurora -—<br />

Plantio - 12-7-47 - Colheita 14-12-4E<br />

N.» 25 — Cana t/ha — Safra : 49-50 — Sóca s/ca) — Zona 3ul — Top. -2-<br />

78.2<br />

68.5<br />

46.0<br />

50.8<br />

65.9<br />

70.6<br />

75.2<br />

51.4<br />

73.5<br />

—<br />

192.7<br />

187.3<br />

2oo!i<br />

204.2<br />

185.8<br />

190.1<br />

580.1<br />

Ni<br />

N2<br />

74.3<br />

70.7<br />

65.5<br />

92.7<br />

84.4<br />

65.9<br />

72.0<br />

75.6<br />

57.1<br />

210.5<br />

243 0<br />

204] 7<br />

239.0<br />

230.7<br />

188.5<br />

658.2<br />

P x K<br />

214.4<br />

186.3<br />

181.9<br />

194.1<br />

222.9<br />

196.2<br />

189.5<br />

204.1<br />

178.1<br />

582.6<br />

613 2<br />

571Ï7<br />

598.0<br />

613.3<br />

556.2<br />

1.767.5<br />

No<br />

Ni<br />

N2<br />

Po<br />

Pi<br />

p2<br />

K,<br />

Ki<br />

Ks<br />

X<br />

Yi<br />

Y2<br />

Ya<br />

MÉDIAS<br />

58.8<br />

64.4<br />

73.1<br />

64.7<br />

68.1<br />

63.5<br />

66.4<br />

68.1<br />

61.8<br />

65.5<br />

Bl ocos<br />

630.1<br />

624 3<br />

513.1<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOOOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

' K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2i ÄS<br />

C<br />

D P<br />

c.' v!<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.244.57<br />

966.23<br />

924.50<br />

13.70<br />

6.60<br />

96.26<br />

97.06<br />

97.06<br />

3.74<br />

447.74<br />

37.10<br />

1.554.58<br />

199.950.35<br />

115.705.78<br />

10.18<br />

5% i% °<br />

10.2 14.1<br />

Usvna Catenae — Engenho Bêla Aurora — Plantio 12-7-47 — - Colheita 29-11-50<br />

N.» 25 — Cana t/ha "— Safra : 50-51 — Ressóca s/cal — Zona Sul — Top. -2-<br />

46.8<br />

46.2<br />

34.8<br />

34.3<br />

44.3<br />

46.0<br />

47.3<br />

48.7<br />

53.1<br />

127.8<br />

124.6<br />

149.1<br />

N2<br />

59.6<br />

52.6<br />

47.7<br />

64.2<br />

48.7<br />

50.4 •<br />

P x K<br />

143.3<br />

132.2<br />

125.9<br />

143.9<br />

139.1<br />

129.0<br />

53.0 126.4<br />

58.3 I 155.9<br />

39.9 I 129.7<br />

159.9<br />

163.3<br />

151.2<br />

128.4<br />

139.2<br />

133.9<br />

176.8<br />

159.6<br />

138.0<br />

401.5 474.4<br />

401.4<br />

412.0<br />

412.0<br />

413.6<br />

427.2<br />

384.6<br />

1.225.4<br />

MÉDIAS<br />

No 38.8<br />

Ni 44.6<br />

N2 52.7<br />

Po 44.6<br />

Pi 45.8<br />

P2 45.8<br />

Ko 45.9<br />

Ki 47.5<br />

K2 42.7<br />

X 45.4<br />

BLOCOS<br />

Yi 429.4<br />

Y- 437 9<br />

Ys 358.1<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

S X2<br />

c<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.061.06<br />

426.82<br />

866.67<br />

8.09<br />

6.24<br />

2.08<br />

46.72<br />

58.49<br />

3.74<br />

15.48<br />

35.71<br />

591.02<br />

57.676.06<br />

55.615.00<br />

6 28<br />

13.8 %<br />

5% 1%<br />

6.3 8.7<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

103.63<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

213.41<br />

39.40<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

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K2<br />

No<br />

41.6<br />

27.7<br />

26.4<br />

54.6<br />

44.9<br />

46.8<br />

45.0<br />

60.2<br />

47.6<br />

95.7<br />

146.3<br />

152.8<br />

141.2<br />

132.8<br />

120.8<br />

394.8<br />

No<br />

98.3<br />

90.6<br />

99.6<br />

100.7<br />

76.1<br />

97.9<br />

96.0<br />

109.8<br />

108.9<br />

288.5<br />

274.7<br />

314.7<br />

295.0<br />

276.5<br />

306.4<br />

877.9<br />

Ni<br />

47.2<br />

44.0<br />

42.0<br />

53.8<br />

53.4<br />

50.8<br />

53.3<br />

48.8<br />

52.4<br />

133.2<br />

158.0<br />

154.5<br />

154.3<br />

146.2<br />

145.2<br />

445.7<br />

Usina Aliança — Engenho Bréjo — Plantio 14-6-47 — Colheita 21-11-50<br />

N.° 26 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Refsóca — Zona Norte — Top. -2-<br />

N2<br />

48.7<br />

68.5<br />

32.4<br />

39.2<br />

53.2<br />

38.6<br />

47.0<br />

51.2<br />

66.5<br />

149.6<br />

131.0<br />

164.7<br />

134.9<br />

172.9<br />

137.5<br />

445.3<br />

P X K<br />

137.5<br />

140.2<br />

100.8<br />

147.6<br />

151.5<br />

136.2<br />

145.3<br />

160.2<br />

166.5<br />

378.5<br />

435.3<br />

472.0<br />

430.4<br />

451.9<br />

403.5<br />

1.285.8<br />

MÉDIAS<br />

No 43.9<br />

Ni 49 5<br />

N2 49.5<br />

Po 42.0<br />

Pi 46.4<br />

P2 52.4<br />

Ko 47.8<br />

Ki 50.2<br />

Ks 44.8<br />

X 47.6<br />

BLOCOS<br />

Yi 405.0<br />

Y2 448.3<br />

Ya 432.5<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

2 x2<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.510.17<br />

106.69<br />

141.68<br />

48.73<br />

485.68<br />

22.44<br />

40.20<br />

90.43<br />

147.00<br />

44.08<br />

279.36<br />

63.742.82<br />

61.232.65<br />

8.58<br />

18.0 %<br />

5 % 1 %<br />

8.6 11.9<br />

Usina Olho d'Agua — Engenho Olho d'Agua — Plantio 22-7-47 — Colheita 29-11-48<br />

N.° 27 — Cana t/ha — Safra: 48/49 — Planta — Zona Norte — Top. -8-<br />

Ni<br />

95.9<br />

104.8<br />

98.5<br />

95.9<br />

137.7<br />

118.3<br />

82.8<br />

94.1<br />

109.5<br />

299.2<br />

351.9<br />

286.4<br />

274.6 .<br />

336.6<br />

326.3<br />

937.5<br />

N2<br />

71.2<br />

101.9<br />

113.8<br />

94.1<br />

127.8<br />

128.6<br />

97.7<br />

118.8<br />

127.3<br />

286.9<br />

350.5<br />

343.8<br />

263.0<br />

348.5<br />

369.7<br />

981.2<br />

P X K<br />

265.4<br />

297.3<br />

311.9<br />

290.7<br />

341.6<br />

344.8<br />

276.5<br />

322.7<br />

345.7<br />

874.6<br />

977.1<br />

944.9<br />

832.6<br />

961.6<br />

1.002.4<br />

2.796.6<br />

MÉDIAS<br />

No 97.5<br />

Ni 104.2<br />

N2 109.0<br />

Po 97.2<br />

Pi ir8.6<br />

P2 105.0<br />

Ko 92.5<br />

Ki 106.8<br />

Ka 111.4<br />

X 103.6<br />

BLOCOS<br />

Wi 955.5<br />

W2 903.3<br />

•Wi 937.8<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

N"<br />

NP<br />

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C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

6.502.27<br />

156.61<br />

592.82<br />

4.69<br />

274.56<br />

336.00<br />

1.601.78<br />

144.06<br />

78.54<br />

756.84<br />

42.94<br />

2.513.43<br />

296.167.88<br />

289.665.61<br />

129.4<br />

12.49%<br />

5 % 1 %<br />

13.0 18.0<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

[<br />

V<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

15 167.56<br />

OBSERVAÇOES<br />

P<br />

F<br />

6.6*<br />

9.5**<br />

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Ki<br />

K2<br />

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Ki<br />

K2<br />

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Ki<br />

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Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

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Pi Ko<br />

Ki<br />

KÎ<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

KÎ<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

• Ko<br />

Ki<br />

K»<br />

No<br />

28.0<br />

13.1<br />

33.7<br />

24.4<br />

25.4<br />

30.0<br />

37.2<br />

29.8<br />

36.7<br />

74.8<br />

79.8<br />

103.7<br />

89.6<br />

68.3<br />

100.4<br />

258.3<br />

No<br />

42.3<br />

62.9<br />

54.0<br />

51.6<br />

65.9<br />

68.0<br />

28.7<br />

65.8<br />

44.3<br />

159.2<br />

185.5<br />

138.8<br />

122.6<br />

194.6<br />

166.3<br />

483.5<br />

Usina Olho d'Agua — Engenho Olho d'Agua —<br />

N.o 27 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Sôca Zona Norte — Top. -8-<br />

Ni<br />

36.4<br />

33.6<br />

34.8<br />

30.0<br />

42.2<br />

44.7<br />

16.3<br />

35.9<br />

34.9<br />

104.8<br />

116.9<br />

87.1<br />

82.7<br />

111.7<br />

114.4<br />

308.8<br />

Ni<br />

N2<br />

8.9<br />

41.5<br />

35.7<br />

33.1<br />

36.7<br />

32.3<br />

35.7<br />

19.7<br />

39.9<br />

86.1<br />

102.1<br />

95.3<br />

77.7<br />

97.9<br />

107.9<br />

283.5<br />

P x K<br />

73.3<br />

88.2<br />

104.2<br />

87.5<br />

104.3<br />

107.0<br />

89.2<br />

85.4<br />

111.5<br />

265.7<br />

298.8<br />

286.1<br />

250.0<br />

277.9<br />

322.7<br />

850.6<br />

MÉDIAS<br />

No 28.7<br />

Ni 34 3<br />

N2 31.5<br />

Po 29.5<br />

Pi 33.2<br />

P2 31.8<br />

Ko 27.8<br />

Ki 30.9<br />

Kî 35.8<br />

~X 31.5<br />

BLOCOS<br />

Wi 294.4<br />

W2 327.8<br />

Ws 228.4<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

-<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊBRO<br />

c<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

• S. Q.<br />

1.986.27<br />

568.59<br />

35.28<br />

106.40<br />

23.12<br />

38.84<br />

293.62<br />

5.29<br />

32.34<br />

31.36<br />

6.16<br />

845.27<br />

28.783.32<br />

26.797.05<br />

7 51<br />

23.8 %<br />

5 % 1 %<br />

7.5 10.4<br />

Usina Olho d'Agua — Engenho Olho d'Agua — Plantio 22-7-47 — Colheita 12-1-51<br />

N.° 27 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Ressóca — Zona Sul — Top. -8-<br />

70.9<br />

67.3<br />

46.3<br />

35.8<br />

32.9<br />

65.3<br />

48.0<br />

37.2<br />

55.7<br />

184.5<br />

134.0<br />

140.9<br />

154.7<br />

137.4<br />

167.3 •<br />

459.4<br />

N2<br />

53.3<br />

56.1<br />

21.4<br />

65.2<br />

68.0<br />

51.9<br />

39.0<br />

57.8<br />

75.3<br />

130.8<br />

185.1<br />

172.1<br />

157.5<br />

181.9<br />

148.6<br />

488.0<br />

P X K<br />

166.5<br />

186.3<br />

121.7<br />

152.6<br />

166.8<br />

185.2<br />

115.7<br />

160.8<br />

175.3<br />

474.5<br />

504.6<br />

451.8<br />

434.8<br />

513.9<br />

482.2<br />

1.430.9<br />

MÉDIAS<br />

No 53.7<br />

Ni 51.0<br />

N2 54.2<br />

Po 52.7<br />

Pi 56.1<br />

P2 '50.2<br />

Ko 48.3<br />

Ki 57.1<br />

Ki 53 6<br />

If 53.0<br />

BLOCOS<br />

Wi 463.3<br />

W2 518.6<br />

Wa 449.0<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

K'<br />

P"<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

D. c P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

5.239.39<br />

300.25<br />

1.12<br />

51.43<br />

28.62<br />

124.82<br />

127.26<br />

227.34<br />

317.24<br />

230.56<br />

908.28<br />

2.922.47<br />

81.071.79<br />

75.832.40<br />

13.96<br />

26.3 %<br />

5 % 1 %<br />

14.0 19.4<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1 1111<br />

1<br />

15<br />

V<br />

284.29<br />

56.35<br />

OBSERVAÇÔES<br />

V<br />

194.83<br />

OBSERVAÇÔES<br />

P<br />

P<br />

5.0*<br />

5.2'<br />

4.7*


Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi- Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

KÎ<br />

" Pi Ko<br />

Ki<br />

P2<br />

K2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kz<br />

N»<br />

76.8<br />

77.9<br />

57.5<br />

49.6<br />

67.2<br />

23.4<br />

89.5<br />

95.2<br />

45.6<br />

212.2<br />

140.2<br />

230.3<br />

215.9<br />

240.3<br />

126.5<br />

582.7<br />

No<br />

37.5<br />

33.9<br />

21.1<br />

23.1<br />

39.3<br />

9.9<br />

41.0<br />

54.7<br />

24.4<br />

92.5<br />

72.3<br />

120.1<br />

101.6<br />

127.9<br />

55.4<br />

284.9<br />

Ni<br />

Vsina Mussurépe — Engenho 'Mussurêpe — Plantio 23-7-47 — Colheita 30-11-4Ô<br />

N.o 28 — Cana t/ha — Safra: 47/48 — Planta — Zona Norte — Top. -3-<br />

44.6<br />

88.5<br />

44.0<br />

73.4<br />

41.9<br />

78.8<br />

78.0<br />

" 35.8<br />

38.4<br />

177.1<br />

194.1<br />

152.2<br />

196.0<br />

166.2<br />

161.2<br />

523.4<br />

Ni<br />

19.8<br />

43.1<br />

15.8<br />

34.9<br />

25.2<br />

39.9<br />

38.7<br />

17.5<br />

19.8<br />

78.7<br />

100.0<br />

76.0<br />

93.4<br />

85.8<br />

75.5<br />

254.7<br />

•<br />

N2<br />

114.4<br />

49.4,<br />

14.1<br />

28.1<br />

75.9<br />

43.7<br />

61.2<br />

60.6<br />

52.3<br />

177.9<br />

147.7<br />

174.1<br />

203.7<br />

185.9<br />

110.1<br />

499.7<br />

P x K<br />

235.8<br />

215.8<br />

115.6<br />

151.1<br />

185.0<br />

145.9<br />

228.7<br />

191.6<br />

136.3<br />

567.2<br />

482.0<br />

556.6<br />

615.6<br />

592.4<br />

397.8<br />

1.605.8<br />

MÉDIAS<br />

No 63.0<br />

Ni 58.1<br />

N2 55.5<br />

Po 66.3<br />

Pi 53.5<br />

P2 61.8<br />

Ko 68.4<br />

Ki 65.8<br />

Ka 44.2<br />

X 59.5<br />

BLOCOS<br />

Xi 497 1<br />

X2 418.5<br />

Xs 690.2<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

. N'<br />

- N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

c<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

1<br />

S. Q.<br />

14.735.60<br />

4.343.95<br />

382.72<br />

23.46<br />

6.26<br />

472,88<br />

2.635.38<br />

544.03<br />

39.96<br />

1.47<br />

64.40<br />

6.221.09<br />

110.239.06<br />

95 503'46<br />

20 4<br />

34.3 %<br />

5 % 1 %<br />

2.13 29.5<br />

N.° 28 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Sóca — - Zona Norte — Top. -3-<br />

N2<br />

60.5<br />

18.8<br />

8.0<br />

17.2<br />

38.2<br />

16.0<br />

31.8<br />

24.7<br />

26.0<br />

87.3<br />

71.4<br />

82.5<br />

109.5<br />

81.7<br />

50.0<br />

241.2<br />

P X K<br />

117.8<br />

95.8<br />

44.9<br />

75.2<br />

102.7<br />

65.8<br />

111.5<br />

96.9<br />

70.2<br />

258.5<br />

243.7<br />

278.6<br />

304.5<br />

295.4<br />

180.9<br />

780.8<br />

No<br />

Ni<br />

N2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

K,<br />

K2<br />

X<br />

MÉDIAS<br />

31.6<br />

28.3<br />

26.8<br />

28.7<br />

27.1<br />

30.9<br />

33.8<br />

32.8<br />

20.1<br />

28.9<br />

BLOCOS<br />

Xi 236.0<br />

X2 199.5<br />

345.3<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

2i -"-2<br />

C<br />

D. P.<br />

C V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.392109<br />

1.279.13<br />

106.09<br />

5.17<br />

22.44<br />

45.75<br />

848.72<br />

205.73<br />

87.48<br />

14.74<br />

83.21<br />

1.693.63<br />

26.971.66<br />

22.579.57<br />

10.6<br />

36 7 %<br />

5 % 1 %<br />

10.7 14.8<br />

-<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

V<br />

414.73<br />

OBSERVAÇÔES<br />

V<br />

639.56<br />

OBSEEVAÇOES<br />

F<br />

. 6.3*<br />

F<br />

5.7*<br />

7.5*


te<br />

sox W PK<br />

W<br />

CO<br />

B<br />

O CO [— CO O G<br />

^* tH MÜH<br />

CNCM OH<br />

CÛ CÛ PU<br />

CN CO-* CO CO CD<br />

I^OHOM<br />

CM OS TH IO<br />

CM<br />

OS O rH<br />

CO COCO<br />

CM CM CM<br />

O©iH CO ^ rH HlCH<br />

OC-OS COOO O CO rH<br />

CDCOCO O CO TJ4 iß O CO<br />

m co os t-co m cococo<br />

www<br />

Oü<br />

CM CD OS rH OS t><br />

c-coo c-co o<br />

CO iß in CM CM OS<br />

3VH rHO CM W CN<br />

OS CO CO<br />

COO t-<br />

CO Iß rH<br />

OCOCO COOSCO<br />

OS CM OS OS CM CM<br />

•^ rt tO ^* IH CO<br />

rH CM TH CM rH<br />

CO-tft- COOrH.<br />

CM Iß OS rH CM t-<br />

O t- CO CN ^ Iß<br />

cucuo«


Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi KO<br />

KI<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

10.2<br />

12.7<br />

7.4<br />

20.0<br />

16.8<br />

16.0<br />

22.4<br />

30.3<br />

52.8<br />

52.2<br />

52.6<br />

42.0<br />

40.7<br />

135.3<br />

. No<br />

25.8<br />

45.4<br />

46.2<br />

36.9<br />

53.9<br />

54.7<br />

54.4<br />

53.2<br />

56.7<br />

117.4<br />

145.5<br />

164.3<br />

H7.1<br />

152.5<br />

157.6<br />

427.2<br />

Ni<br />

14.8<br />

11.3<br />

7.8<br />

23.5<br />

17.2<br />

23.6<br />

8.6<br />

13.5<br />

22.5<br />

33.9<br />

64.3<br />

44.6<br />

46.9<br />

42.0<br />

53.9<br />

142.8<br />

Ni<br />

37.9<br />

48.1<br />

42.4<br />

39.9<br />

57.2<br />

76.7<br />

53.7<br />

65.0<br />

62.6<br />

128.4<br />

173.8 o<br />

181.3<br />

131.5<br />

170.3<br />

181.7<br />

483.5<br />

Usina Säo José — - Bngenha Piedade — Plantio 2-8 ?47 — Colheira 11-11-49<br />

N.o 30 — Cana t/ha — Safra 49/50 — Sóca -—<br />

Zona Norte — Pop. -6-<br />

N2<br />

21.3<br />

24.0<br />

5.8<br />

16.5<br />

22.3<br />

16.8<br />

22.3<br />

18.4<br />

15.5<br />

51.1<br />

55.6<br />

56.2<br />

60.1<br />

64.7<br />

38.1<br />

* 162.9<br />

P x K<br />

46.3<br />

48.0<br />

21.0<br />

60.0<br />

56.3<br />

56.4<br />

53.3<br />

44.4<br />

55.3<br />

115.3<br />

172.7<br />

153.0<br />

159.6<br />

148.7<br />

132.7<br />

441.0<br />

MÉDIAS<br />

No 15.0<br />

Ni 15.9<br />

N2 18.1<br />

Po 12.8<br />

Pi 19.2<br />

P2 17.0<br />

Ko 17.7<br />

Ki 16.5<br />

K2 14.7<br />

X 16.3<br />

BLOCOS<br />

Zi 128.3<br />

Z2 160.4<br />

Z3 152.3<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

• K'<br />

K"<br />

NP<br />

INK<br />

PK<br />

ÊBKO<br />

2 X2<br />

c<br />

D. P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

778.92<br />

61.92<br />

42.32<br />

2.04<br />

78.96<br />

110.08<br />

40.20<br />

0.48<br />

23.52<br />

8.50<br />

62,10<br />

347.90<br />

7.981.92<br />

7 203 00<br />

4 81<br />

29. %<br />

5% 1%<br />

4.83 6.69 .<br />

Usina Massauassû — Engenho Noruega — Plantio 9-8-47 — Colheita 26-1-49<br />

N.° 31 — Cana t/ha — Safra: 48/49 — Planta — Zona Sul — Top. -4-<br />

N2<br />

37.9<br />

45.2<br />

49.2<br />

36.1<br />

62.3<br />

72.1<br />

52.0<br />

60.4<br />

81.1<br />

132.3<br />

190.5<br />

193.5<br />

146.0<br />

167.9<br />

202.4<br />

516.3<br />

P x K<br />

101.6<br />

138.7<br />

137.8<br />

132.9<br />

173.4<br />

203.5<br />

160.1<br />

178.6<br />

200.4<br />

378.1<br />

509.8<br />

539.1<br />

394.6<br />

490.7<br />

541.7<br />

1.427.0<br />

MÉDIAS<br />

No 47.5<br />

Ni 53.7<br />

N2 57.4<br />

Po 42.0<br />

Pi 56.6<br />

P2 59.9<br />

Ko 43.8<br />

Ki 54.5<br />

K2 60.2<br />

X 52.8<br />

BLOCOS<br />

Xi 453.0<br />

X2 477.9<br />

Xa 496.1<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRBO<br />

2 X2<br />

c<br />

D P<br />

C.' V.'<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.083.39<br />

104.03<br />

441.04<br />

10.23<br />

1.440.05<br />

194.18<br />

1.202.13<br />

37.67<br />

17.04<br />

21.06<br />

1.40<br />

614.56<br />

79.502.98<br />

75 41Q "ïq<br />

6.40<br />

21,1 %<br />

5% 1%<br />

6.43 8.90<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 1<br />

• 1<br />

• 1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

- 1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 11111<br />

1 1<br />

1<br />

15<br />

....<br />

V<br />

23.19<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

40.97<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

4.7'<br />

'. ..<br />

F<br />

10.8«<br />

35.1"<br />

4.7*<br />

29.3"


Po Ko<br />

Ki<br />

K:<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

18.0<br />

25.1<br />

33.0<br />

37.7<br />

38.3<br />

33.7<br />

31.4<br />

26.8<br />

35.7<br />

76.1<br />

109.7<br />

93.9<br />

87.1<br />

90.2<br />

102.4<br />

279.7<br />

No<br />

39.5<br />

36.6<br />

39.7<br />

34.9<br />

43.1<br />

45.6<br />

44.1<br />

54.7<br />

58.6<br />

116.1<br />

123.6<br />

157.4<br />

118.5<br />

134.7<br />

143.9<br />

397 1<br />

Ni<br />

24.1<br />

• 27.6<br />

21.0<br />

Usina MassaAiassû — Engenho Noruega — Plamtio 9-8-47 — Colheita 3-3-50<br />

,N.° 31 — Cana t/ha — Safrà: 49/50 — Sóca — Zona Sul — Top. -4-<br />

r<br />

24.1<br />

31.2<br />

40.5<br />

34.5<br />

47.8<br />

48.4<br />

72.7<br />

95.8<br />

130.7<br />

82.7<br />

106.6<br />

109.9<br />

299.2<br />

Ni<br />

N2<br />

15.5<br />

24.0<br />

28.7<br />

46.9<br />

31.6<br />

28.3<br />

29.1<br />

46.8<br />

41.4<br />

68.2<br />

106.8<br />

117.3<br />

91.5<br />

102.4<br />

98.4<br />

292.3<br />

P x K<br />

57.6<br />

76.7<br />

82.7<br />

107.7<br />

101.1<br />

102.5<br />

95.0<br />

121.4<br />

125.5<br />

217.0<br />

312.3<br />

341.9<br />

261.3<br />

299.2<br />

310.7<br />

871.2<br />

MÉDIAS<br />

. No 31.1<br />

Ni 33.2<br />

Ni 32.5<br />

Po 24.1<br />

Pi 34.7<br />

P2 38.0<br />

Ko 29.9<br />

Ki 33.2<br />

K2 34.5<br />

X 32.3<br />

BLOCOS<br />

Xi 266 3<br />

X2 316.3<br />

Xa 288.6<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

Q<br />

D P<br />

C. V.<br />

r>. M. s.<br />

S. Q.<br />

2.120.58<br />

139.42<br />

8.82<br />

12.90<br />

866.66<br />

79.94<br />

135.57<br />

12.91<br />

81.64<br />

5.88<br />

2.43<br />

774.41<br />

30.231.30<br />

28 110 72<br />

7 2<br />

22.3 %<br />

5% 1% •<br />

7.2 10.0<br />

Usvna Uniâo e Industriel — Emgenho Aurora — PVwitia 12-8-47 — Colheita 21-11-4J<br />

N.° 32 — Cana t/ha — Safra: 48/49 — Planta — Zona Sul — Top. -4-<br />

54.9<br />

46.8<br />

53.7<br />

58.3<br />

60.9<br />

79.5<br />

56.1<br />

59.4<br />

48.9<br />

155.4<br />

198.7<br />

164.4<br />

169.3<br />

1 67.1<br />

t».'2.1<br />

518 5<br />

NJ<br />

43.8<br />

45.4<br />

65.2<br />

53.1<br />

65.1<br />

65.9<br />

61.1<br />

77.5<br />

66.4<br />

154.4<br />

184.1<br />

205.0<br />

158.0<br />

188.0<br />

197.5<br />

543 5<br />

•<br />

P x K<br />

138.2<br />

129.1<br />

158.6<br />

146.3<br />

169.1<br />

191.0<br />

161.3<br />

191.6<br />

173.9<br />

425.9<br />

506.4<br />

526.8<br />

445.8<br />

489.8<br />

523.5<br />

1 459 1<br />

MÉDIAS<br />

No 44.1<br />

Ni 57.6<br />

N2 60.4<br />

Po 47.3<br />

Pi 56.3<br />

P2 58.5<br />

Ko 49.5<br />

Ki 54.4<br />

K2 58.2<br />

X 54.0<br />

BLOCOS<br />

Yi 519.4<br />

Y2 466.4<br />

Y3 473 3<br />

EFEITOS S. Q.<br />

TOTAL 3.535.11<br />

BLOCOS<br />

184.51<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

1.190.72<br />

172.09<br />

565.60<br />

66.89<br />

335.40<br />

1.97<br />

7.20<br />

16.56<br />

5.07<br />

989.10<br />

82.385.95<br />

78.850.84<br />

8.02<br />

14.84<br />

1 K


Po Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K*<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K*<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

K,<br />

K*<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

Jr*2<br />

Ko<br />

Ki<br />

R,<br />

No<br />

21.5<br />

22.2<br />

21.3<br />

17.1<br />

22.3<br />

20.9<br />

21.8<br />

23.5<br />

-30.6<br />

65.0<br />

60.3<br />

75.9<br />

60.4<br />

68.0<br />

72.8<br />

201.2<br />

No<br />

3.7<br />

4.9<br />

4.9<br />

0.9<br />

4.4<br />

4.0<br />

3.1<br />

6.3<br />

4.0<br />

13.5<br />

9.3<br />

13.4<br />

7.7<br />

15.6<br />

12.9<br />

36.2<br />

Ni<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Aurora, — Plantio 12-8-47 -<br />

N.° 32 — (Jana t/na — barra: 4a/öu — Sóca — Zona Sul<br />

19.4<br />

26.1<br />

32.0<br />

40.2<br />

33.8<br />

42.2<br />

27.0<br />

27.2<br />

28.4<br />

77.5<br />

116.2<br />

82.6<br />

86.6<br />

87.1<br />

102.6<br />

276.3<br />

Ni<br />

1.9<br />

„ 4.1<br />

6.1<br />

N,<br />

20.8<br />

19.7<br />

31.1<br />

24.7<br />

31.1<br />

45.3<br />

39.0<br />

43.6<br />

32.5<br />

71.6<br />

101.1<br />

115.1<br />

84.5<br />

94.4<br />

108.9<br />

287.8<br />

P x K<br />

61.7<br />

68.0<br />

84.4<br />

82.0<br />

87.2<br />

108.4<br />

87.8<br />

94.3<br />

91.5<br />

214.1<br />

277.6<br />

273.6<br />

231.5<br />

249.5<br />

284.3<br />

765.3<br />

MÉDIAS 1<br />

No 22.3<br />

Ni 30.7<br />

32.0<br />

N2<br />

Po 23.S<br />

Pi 30.8<br />

30.4<br />

P2<br />

Ko 25.7<br />

Ki 27.7<br />

31.6<br />

K2<br />

X 28.3<br />

BLOCOS<br />

Yi 269 1<br />

Y2 247.5<br />

Y3 248.7<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

C<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

Colheita 24-1-50<br />

- Top. -4-<br />

S. Q.<br />

1.698.97<br />

32.75<br />

416.64<br />

74.91<br />

196.68<br />

84.37<br />

154.88<br />

5.23<br />

88.56<br />

12.00<br />

30.08<br />

23.390.97<br />

21.692.00<br />

6 3<br />

22.3 %<br />

5% 1%<br />

6.4 8.8<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Aurora — PUuntio 12-8-47 - Colheita 2-2-51<br />

N.o 32 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Ressóca — Zona Su! — Top. -4-<br />

2.3<br />

6.9<br />

6.4<br />

3.4<br />

7.7<br />

5.5<br />

12.1<br />

15.6<br />

16.6<br />

7.6<br />

18.7<br />

18.0<br />

44.3<br />

N2<br />

1.5<br />

4.6<br />

3.2<br />

2.0<br />

3.7<br />

3.9<br />

4.2<br />

5.9<br />

3.3<br />

9.3<br />

9.6<br />

13.4<br />

7.7<br />

14.2<br />

10.4<br />

32.3<br />

P x K<br />

7.1<br />

13.6<br />

14.2<br />

5.2<br />

15.0<br />

14.3<br />

10.7<br />

19.9<br />

12.8<br />

34.9<br />

34.5<br />

43.4<br />

23.0<br />

48.5<br />

41.3<br />

112.8<br />

MÉDIAS<br />

No 4.0<br />

Ni 4.9<br />

N2 3.6<br />

Po 3.9<br />

Pi 3.8<br />

P2 4.8<br />

Ko 2.5<br />

Ki 5.4<br />

K2 4.6<br />

X 4.2<br />

BLOCOS<br />

Yi 37.1<br />

Y* 39.1<br />

Y3 36.6<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 2C2<br />

D. cP.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

74.41<br />

0.39<br />

0.84<br />

7.48<br />

4.01<br />

.1.60<br />

. 18.60<br />

19.60<br />

1.47<br />

0.52<br />

2.08<br />

17.62<br />

•545.66<br />

471.25<br />

1.08<br />

25.8 %<br />

5% 1%<br />

1.09 1.50<br />

G. L.<br />

26<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

V<br />

G. L. V<br />

26<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

OBSERVAÇOES<br />

15 1.17<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

10.3"<br />

4.9*<br />

F<br />

6.4»<br />

15.9«<br />

16.9"


6<br />

or<br />

m<br />

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HHHHHHrirtH<br />

COCO t- CO 00 CO CO »H Tf CD ••# Ira<br />

OÙrH t-


Po Ko<br />

K,<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pa Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po<br />

Pi<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K*<br />

Pa Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Po<br />

Pi<br />

Pa<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

No<br />

8.5<br />

7.8<br />

12.8<br />

15.2<br />

20.4<br />

19.0<br />

25.8<br />

22.4<br />

24.3<br />

29.1<br />

54.6<br />

•72.5<br />

49.5<br />

50.6<br />

56.1<br />

156.2<br />

No<br />

32.1<br />

48.5<br />

45.3<br />

49.9<br />

66.7<br />

68.2<br />

47.3<br />

43.3<br />

63.9<br />

125.9<br />

184.8<br />

154.5<br />

129.3<br />

158.5<br />

177.4<br />

465.2<br />

Ni<br />

6.1<br />

6.3<br />

6.8<br />

17.1<br />

22.9<br />

17.0<br />

23.7<br />

24.0<br />

30.5<br />

19.2<br />

57.0<br />

78.2<br />

46.9<br />

53.2<br />

- 54.3<br />

154.4<br />

Usina Crauatâ — Engenho Caaxmgä — Plantio 28-8-47 — Colheita 24-1-51<br />

N.« 33 — Cana t/ha — Safra: 50-51 — Ressóoa — Zona Sul — Top. -4-<br />

Na<br />

13.1<br />

7.6<br />

5.7<br />

12.8<br />

10.3<br />

15.2<br />

20.3<br />

29.8<br />

29.1<br />

26.4<br />

38.3<br />

79.2<br />

46.2<br />

47.7<br />

50.0<br />

143.9<br />

P xK<br />

27.7<br />

21.7<br />

25.3<br />

45.1<br />

53.6<br />

51.2<br />

69.8<br />

76.2<br />

83.9<br />

i4.T<br />

149.9<br />

229.9<br />

142.6<br />

151.5<br />

160.4<br />

454.5<br />

MÉDIAS<br />

No 17.3<br />

Ni 17.1<br />

Na 16.0<br />

Po 8.3<br />

Pi 16.6<br />

P2 25.5<br />

Ko 15.8<br />

Ki 16.8<br />

Ki 17.8<br />

X 16.8<br />

BLOCOS<br />

Zi 152.8<br />

Z2 130.7<br />

Z3 171.0<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 e**<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

1.618.94<br />

90.50<br />

8.40<br />

1.40<br />

1.338.16<br />

0.42<br />

17.60<br />

0.00<br />

7.36<br />

0.65<br />

22.68<br />

131.77<br />

9.269.69<br />

7.650.75<br />

2.96<br />

17.6 %<br />

5% 1%<br />

2.97 4.12<br />

Usina Treze de Maio — Engenho Japwranduba — Plantio 16-8-47 — Colheita 16-12-4«<br />

N.« 34 — Cana t/ha — Safra: 48-49 — Planta — Zona Sul — Top. -2-<br />

Ni<br />

42.7<br />

45.4 .<br />

65.2<br />

64.1<br />

66.5<br />

55.6<br />

63.8<br />

72.4<br />

79.7<br />

153.3<br />

186.2<br />

215.9<br />

170.6<br />

184.3<br />

200.5<br />

555.4<br />

Na<br />

37.3<br />

45.0<br />

58.2<br />

54.5<br />

61.4<br />

57.1<br />

72.6<br />

79.8<br />

77.8<br />

140.5<br />

173.0<br />

230.2<br />

164.4<br />

186.2<br />

193.1<br />

543.7<br />

P x K<br />

112.1<br />

138.9<br />

168.7 '<br />

168.5<br />

194.6<br />

180.9<br />

183.7<br />

195.5<br />

221.4<br />

419.7<br />

544.0<br />

195.5<br />

•464.3<br />

529.0<br />

571.0<br />

1.564.3<br />

MÉDIAS 1<br />

!<br />

No 51.7<br />

Ni 61.7<br />

N2 60.4<br />

Po 46.6<br />

Pi. 60.4<br />

P2 66.7<br />

Ko 51.6<br />

Ki 58.8<br />

K2 63.4<br />

X 57.9<br />

BLOCOS<br />

Zi 516.4<br />

Z2 525.2<br />

522.7<br />

Z3<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 Xa<br />

C<br />

D P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.513.16<br />

10.36<br />

342.34<br />

198.09<br />

1.818.04<br />

90.67<br />

632.49<br />

15.34<br />

311.10<br />

31.36<br />

29.76<br />

1.033.61<br />

95.138.27<br />

90.625.11<br />

83.0<br />

14.3 %<br />

5% 1%<br />

83.3 115.4<br />

G. D.<br />

26<br />

2 111111111<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 111111<br />

1<br />

V | F<br />

1<br />

45.25<br />

8.78<br />

OBSERVACÖES<br />

V<br />

15 68.90<br />

OBSERVACÖES<br />

•<br />

5.1°<br />

152.4»«<br />

F<br />

5.0«<br />

26.3"<br />

9.2** -


Po Ko<br />

K,<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Ps Ko<br />

K,<br />

KL<br />

Po<br />

P=<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Po K,<br />

Ki "<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki •<br />

K2<br />

PÎ Ko<br />

Ki -<br />

K.<br />

Po<br />

ftft Ko<br />

Ki<br />

KÎ<br />

No<br />

19.2<br />

9.4<br />

2.6<br />

76.0<br />

94.0<br />

88.2<br />

92.0<br />

107.6<br />

124.2<br />

31.2<br />

258 2<br />

323.8<br />

187.2<br />

211.0<br />

215.0<br />

613.2<br />

No<br />

2.9<br />

0.9<br />

0.7<br />

31.0<br />

29.2<br />

16.5<br />

38.4<br />

36.4<br />

39.2<br />

4.5<br />

76.7<br />

114.0<br />

72.3<br />

66.5<br />

E6.4<br />

195.2<br />

Ni<br />

Usina Sta. Terezinha — Engenho Javari — Plantio 14-8-47 — Colheita 10-2-49<br />

N.? 35 - - Cana t/ha — Safra: 48-49 — Planta — Zona Sul — Top. -3-<br />

8.4<br />

15.8<br />

7.4<br />

8.8<br />

81.4<br />

120.6<br />

105.8<br />

108.2<br />

96.6<br />

31.6<br />

210 8<br />

310.6<br />

123.0<br />

205.4<br />

224.6<br />

553.0<br />

N,<br />

»<br />

15.4<br />

7.6<br />

33.0<br />

112.8<br />

111.4<br />

84.6<br />

104.6<br />

111.4<br />

110.4<br />

56.0<br />

308 8<br />

326.4<br />

232.8<br />

230.4<br />

228.0<br />

691.2<br />

P X K<br />

43.0<br />

32.8<br />

43.0<br />

197.6 .<br />

286.8<br />

293.4<br />

302.4<br />

327.2<br />

331.2<br />

118.8<br />

777 8<br />

• 960.8<br />

543.0<br />

646.8<br />

667.6<br />

1.857.4<br />

MÉDIAS<br />

No 68.1<br />

Nj 61.4<br />

N2 76.8<br />

Po 13.2<br />

Pi 86.4<br />

Pa 106.7<br />

Ko 60.3<br />

Ki 71.9<br />

K2 74.2<br />

X 68.8<br />

BLOCOS<br />

Yi 736.8<br />

Y2 569.4<br />

Y3 551.2<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

S- x2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

53.616.36<br />

2.325.97<br />

338.00<br />

728.93<br />

39.386.88<br />

4.195.86<br />

862.50<br />

127.58<br />

41.07<br />

88.56<br />

59.12<br />

5.451.89<br />

181.391.72<br />

127.775.36<br />

190.6<br />

27.7 %<br />

5% 1%<br />

19.1 26.5<br />

Usina. Sta. Terezinha — Engenho Javari — Plantio 14-8-47 — Colheita 24-11-49<br />

N.« 35 — Cana t/ha — Safra: 49-50 — Sóca — Zona Sul — Top. -3-<br />

0.2<br />

1.7<br />

0.1<br />

0.1<br />

17.2<br />

44.7<br />

46.2<br />

37.5<br />

39.0<br />

2.0<br />

62.0<br />

122.7<br />

46.5<br />

56.4<br />

83.8<br />

186.7<br />

N.<br />

0.3<br />

4.7<br />

3.7<br />

31.1<br />

50.6<br />

21.6<br />

45.2<br />

35.9<br />

62.5<br />

8.7<br />

103.3<br />

143.6<br />

76.6<br />

91.2<br />

87.8<br />

255.6<br />

P X K<br />

3.4<br />

7.3<br />

4.5<br />

62.2<br />

97.0<br />

82.8<br />

129.8<br />

109.8<br />

140.7<br />

15.2<br />

242.0<br />

380.3<br />

195.4<br />

214.1<br />

228.0<br />

637.5<br />

MÉDIAS<br />

No 21.7<br />

Ni 20.7<br />

N2 28.4<br />

Po 1.7<br />

Pi 26.9<br />

P2 42.2<br />

Ko 21.7<br />

Ki ' 23.8<br />

Ki 25.3<br />

X 23.6<br />

BLOCOS<br />

Y, 234 6<br />

Yi 196 0<br />

Y3 206.9<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 Xi<br />

C<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

10.006.35<br />

88.00<br />

202.67<br />

110.94<br />

7.405.44<br />

145.05<br />

59.04<br />

. 0.43<br />

53.76<br />

61.20<br />

8.00<br />

1.871.82<br />

25.058.43<br />

15.052.08<br />

11.2<br />

47.4 %<br />

£% 1%<br />

11.2 15.5<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 11<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 11<br />

1<br />

15<br />

V<br />

363.45<br />

OBSERVAQÖES<br />

V<br />

124.78<br />

OBSERVAÇOES<br />

.. . v<br />

F<br />

108.4"*<br />

11.5**<br />

F<br />

59.3"


Po Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Pi Ko<br />

" Ki<br />

Ka<br />

Pa Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po<br />

•p.<br />

Pa<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

K,<br />

Ki<br />

P2 Ko<br />

\ K,<br />

Ki<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

8.6<br />

13.5<br />

26.3<br />

33.4<br />

47.2<br />

57.9<br />

25.5<br />

37.8<br />

70.7<br />

48.4<br />

138 5<br />

134.0<br />

67.5<br />

98.5<br />

154.9<br />

320.9<br />

No<br />

2.8<br />

1.4<br />

4.6<br />

11.4<br />

10.1<br />

16.7<br />

6.5<br />

9.7<br />

21.0<br />

8.8<br />

38.2<br />

37.2<br />

20.7<br />

21.2<br />

42.3<br />

84.2<br />

Ni<br />

23.5<br />

16.7<br />

35.0<br />

53.4<br />

32.4<br />

77.8<br />

32.0<br />

68.8<br />

77.4<br />

75.2<br />

163 6<br />

178.2<br />

108.9<br />

117.9<br />

190.2<br />

417.0<br />

N,<br />

3.4<br />

3.6<br />

9.4<br />

16.6<br />

8.9<br />

21.6<br />

11.6<br />

27.0<br />

33.9<br />

16.4<br />

47.1<br />

72.5<br />

31.6<br />

39.5<br />

64.9<br />

136.0<br />

Usina Cucaû —<br />

N.« 33 — Cana<br />

N2<br />

17.5<br />

7.3<br />

35.0<br />

42.9<br />

76.9<br />

71.5<br />

51.2<br />

51.4<br />

70.0<br />

59.8<br />

191 3<br />

172.6<br />

111.6<br />

135.6<br />

176.5<br />

423.7<br />

Engenho Castelo — Plwntio 30-8-47 — Coiheita 20-1-49<br />

t/ha — Safra : 48-49 — Planta Zona Sul Top -4-<br />

P x K<br />

49.6<br />

37.5<br />

96.3<br />

129.7<br />

156.5<br />

207.2<br />

108.7<br />

158.0<br />

218.1<br />

183.4<br />

493 4<br />

484.8<br />

288.0<br />

352.0<br />

521.6<br />

1.1B1.6<br />

•<br />

MÉDIAS<br />

N» 35.6<br />

N!<br />

N2<br />

46.3<br />

47.1<br />

Po 20.4<br />

Pi 54.8<br />

P2 53.9<br />

Ko 32.0<br />

Ki 39.1<br />

K2 57.9<br />

X 43.1<br />

Xi 413.7<br />

X2 359.5<br />

Xa 388.4<br />

EFEITOS | S. Q.<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÈRRO<br />

S Xs<br />

C<br />

D. P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

13.177.80<br />

163.44<br />

587.10<br />

148.01<br />

5.046.77<br />

1.879.74<br />

3.031.60<br />

206.51<br />

61.65<br />

42.18<br />

327.60<br />

1.683.20<br />

63.152.41<br />

49.974.61<br />

10 60<br />

24.5 %<br />

5% 1%<br />

10.6 14.7<br />

Usina Cucaû — Engenho Castelo — Plantio 30-8-47 — Coiheita 10-1-50<br />

N.» 36 — Cana t/ha — Safra: 49-50 — Sóca — Zona Sul — Top. -4-<br />

N2<br />

2.9<br />

1.8<br />

7.4<br />

6.8<br />

25.8<br />

28.9<br />

21.7<br />

25.5<br />

28.4<br />

12.1<br />

61.5<br />

75.6<br />

31.4<br />

53.1<br />

64.7<br />

149.2<br />

P x K<br />

9.1<br />

6.8<br />

21.4<br />

34.8<br />

44.8<br />

67.2<br />

39.8<br />

62.2<br />

83.3<br />

37.3<br />

146.8<br />

185.3<br />

83.7<br />

113.8<br />

171.9<br />

369.4<br />

MÉDIAS<br />

No 9.3<br />

Ni 15.1<br />

N2 16.6<br />

Po 9.3<br />

Pi 12.6<br />

P2 19.1<br />

Ko 4.1<br />

Ki 16.3<br />

K2 20.6<br />

X 13.7<br />

Xi 139.3<br />

X2 110.5<br />

X3 119.6<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.553.41<br />

48.17<br />

234.72<br />

27.60<br />

1.216.88<br />

93.37<br />

432.19<br />

14.51<br />

102.66<br />

11.40<br />

81.12<br />

290.79<br />

7.607.34<br />

5.053.93<br />

4.4<br />

32.0 %<br />

5% 1%<br />

4.4 6.1<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1 11<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

112.21<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

19.38<br />

OBSERVAÇOES<br />

•<br />

i» o*m»*z<br />

F<br />

5.2"<br />

45.0"<br />

16.7"<br />

27 0"<br />

F<br />

12.1»*<br />

62.8"<br />

22.3"<br />

5.3"<br />

4.2*


Po Ko<br />

Ki<br />

Kî<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P! - Ko<br />

Ki<br />

Kz<br />

Po<br />

Pi<br />

Pî<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kz<br />

Ko Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

KÎ<br />

P: Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

Ko<br />

Ki<br />

K*<br />

No<br />

36.2<br />

36.6<br />

29.6<br />

27.5<br />

33.8<br />

37.9<br />

39.4<br />

37.0<br />

26.9<br />

102.4<br />

99.2<br />

103.3<br />

103.1<br />

107.4<br />

94.4<br />

304.9<br />

No<br />

11.8<br />

51.0<br />

13.2<br />

21.2<br />

36.1<br />

14.3<br />

37.6<br />

42.9<br />

58.3<br />

76.0<br />

71.6<br />

138.8<br />

70.6<br />

130.0<br />

"85.8<br />

286.4<br />

Ni<br />

44.9<br />

46.7<br />

18.2<br />

51.0<br />

65.4<br />

36.0<br />

44.5<br />

59.3<br />

50.9<br />

109.8<br />

152.4<br />

154.7<br />

140.4<br />

171.4<br />

105.1<br />

416.9<br />

Usina Sto. Inâcîo •— Engenho Sto. Inûcio — Plantio 2-9-47 — Colheita 10-1-49<br />

N.° 38 — Cana t/ha — Safra: 48/49 — Planta — Zona Sul — Top. -8-<br />

N2<br />

38.5<br />

46.1<br />

58.7<br />

62.3<br />

70.2<br />

52.6<br />

55.1<br />

46.2<br />

45.5<br />

143.3<br />

185.1<br />

146.8<br />

155.9<br />

162.5<br />

156.8<br />

475.2<br />

P x K<br />

119.6<br />

129.4<br />

106.5<br />

140.8<br />

169.4<br />

'126.5<br />

139.0<br />

142.5<br />

123.3<br />

355.5<br />

436.7<br />

404.8<br />

' 399.4<br />

441.3<br />

356.3<br />

1.197.0<br />

MÉDIAS<br />

«No 33.9<br />

Ni<br />

N2<br />

46.3<br />

52.8<br />

Po 39.5<br />

Pi 48.5<br />

Pa 45.0<br />

Ko 44.4<br />

Ki 49.0<br />

K2 39.6<br />

X 44.3<br />

BLOCOS<br />

Wi 443.7<br />

W2 396.4<br />

Wa 356.4<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.099.02<br />

424.14<br />

1.611.22<br />

53.40<br />

135.02<br />

236.88<br />

103.20<br />

298.21<br />

0.56<br />

7.68<br />

0.56<br />

1.228.15<br />

57.166.02 -<br />

53.067.00<br />

90.48<br />

20.4<br />

5 % 1 %<br />

9.08 12.58<br />

Usina Uniâo c Indûstria — Engenho Serra Nova — Plantio 3-9-47 — Colheita 25-11-48<br />

N.° 39 — Cana t/ha — Safra: 48/49 — Planta — Zona Sul — Top. -1-<br />

Ni<br />

10.1<br />

27.2<br />

19.5<br />

29.0<br />

22.4<br />

34.2<br />

54.9<br />

41.5<br />

57.9<br />

56.8<br />

85.6<br />

154.3<br />

94.0<br />

91.1<br />

111.6<br />

296.7<br />

N2<br />

46.5<br />

12.5<br />

16.6<br />

46.8<br />

43.9<br />

42.6<br />

55.0<br />

67.0<br />

57.3<br />

75.6<br />

133.3<br />

179.3<br />

'<br />

148.3<br />

123.4<br />

116.5<br />

388.2<br />

i<br />

P X K<br />

68.4<br />

90.7<br />

49.3<br />

97.0<br />

102.4<br />

91.1<br />

147.5<br />

151.4<br />

173.5<br />

208.4<br />

290.5<br />

472.4<br />

312.9<br />

344.5<br />

313.9<br />

971.3<br />

MÉDIAS<br />

No 31.8<br />

Ni<br />

N2<br />

33.0<br />

43.1<br />

Po 23.1<br />

Pi 32.3<br />

Pi 52.5<br />

Ko 34.8<br />

Ki 38.3<br />

K2 34.9<br />

X 36.0<br />

BLOCOS<br />

Wi 298.6<br />

W2 289.3<br />

Ws 383.4<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

2 X2<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

; 7.729.80<br />

597.50<br />

575.73<br />

122.10<br />

. 3.872.00<br />

184.45<br />

0.05<br />

72.65<br />

139.40<br />

184.08<br />

169.50<br />

• 1.813.33<br />

42.671.41<br />

34.941.61<br />

11.00<br />

30.6 %<br />

5 % 1 %<br />

11.0 15.3<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

V<br />

81.87<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

120.88<br />

OBSERVAÇOES<br />

P<br />

19.7**<br />

F<br />

4.8*<br />

32.0**


Po Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Po<br />

Pi<br />

Ps<br />

Ko<br />

Ki<br />

KÎ<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Ps KO<br />

KI<br />

IG<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

No<br />

16.7<br />

14.4<br />

12.6<br />

12.6<br />

13.8<br />

41.8<br />

26.2<br />

40.0<br />

41.6<br />

43.7<br />

68.2<br />

107.8<br />

55.5<br />

68.2<br />

96.0<br />

219.7<br />

No<br />

8.6<br />

3.9<br />

4.5<br />

6.3<br />

9.6<br />

• 17.4<br />

14.2<br />

14.7<br />

33.7<br />

17.0<br />

33.3<br />

62.6<br />

29.1<br />

28.2<br />

55.6<br />

112.9<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Serra Nova — Plantio 3-9-47<br />

N.° 39 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Sóca — Zona Sul -<br />

Ni<br />

5.8<br />

11.3<br />

10.8<br />

13.5<br />

35.3<br />

12.9<br />

40.8<br />

17.5<br />

43.5<br />

27.9<br />

61.7<br />

101.8<br />

60.1<br />

64.1<br />

67.2<br />

191.4<br />

Nj<br />

14.8<br />

12.1<br />

21.5<br />

32.2<br />

29.8<br />

25.4<br />

59.0<br />

56.2<br />

36.2<br />

48.4<br />

87.4<br />

151.4<br />

106.0<br />

98.1<br />

83.1<br />

287.2<br />

P x K<br />

37.3<br />

37.8<br />

44.9<br />

58.3<br />

78.9<br />

80.1<br />

126.0<br />

113.7<br />

121.3<br />

120.0<br />

217.3<br />

361.0<br />

221.6<br />

230.4<br />

246.3<br />

698.3<br />

MÉDIAS<br />

No 24.4<br />

Ni 21.3<br />

N2 31.9<br />

Po 13.3<br />

Pi 24.1<br />

P2 40.1<br />

Ko 24.6<br />

Ki 25.6<br />

K2 27.4<br />

"X" 25.9<br />

BLOCOS<br />

Wi 277.1<br />

W2 169.3<br />

Wa 251.9<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ËRRO<br />

c<br />

D P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Serra Nova — Plantio 3-9-47<br />

N.° 39 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Ressóca — Zona Sul<br />

Ni<br />

1.4<br />

4.4<br />

2.7<br />

13.6<br />

18.7<br />

6.1<br />

31.0<br />

13.2<br />

27.2<br />

8.5<br />

38.4<br />

71.4<br />

46.0<br />

36.3<br />

36.0<br />

118.3<br />

N2<br />

5.5<br />

2.8<br />

6.3<br />

16.4<br />

19.4<br />

15.8<br />

39.6<br />

55.8<br />

38.5<br />

14.6<br />

51.6<br />

133.9<br />

61.5<br />

78.0<br />

60.6<br />

200.1<br />

P X K<br />

15.5<br />

11.1<br />

13.5<br />

36.3<br />

47.7<br />

39.3<br />

84.8<br />

83.7<br />

, 99.4<br />

40.1<br />

123.3<br />

267.9<br />

136.6<br />

142.5<br />

152.2<br />

431.3<br />

MÉDIAS<br />

No 12.5<br />

Ni<br />

Ns<br />

13.1<br />

22.2<br />

Po 4.4<br />

Pi 13.7 .<br />

P2 29.8<br />

Ko 15.2<br />

Ki 15.8<br />

& 16.9<br />

X 16.0<br />

BLOCOS<br />

Wi 151 2<br />

W2 106.7<br />

W. 173.4<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

, BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

c<br />

D P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

- Colheita 19-1-50<br />

Top. -1-<br />

S. Q.<br />

5.781.83<br />

706.62<br />

253.12<br />

285.21<br />

3.226.72<br />

39.87<br />

33.90<br />

0.93<br />

126.10<br />

334.96<br />

12.60<br />

761.80<br />

23.841.93<br />

18.060.10<br />

7.13<br />

27.5 %<br />

5 % 1 %<br />

7.15 9.91<br />

- Colheita 31-1-51<br />

Top. -1-<br />

S. Q.<br />

4.820.18<br />

256.37<br />

422.43<br />

108.09<br />

2.882.93<br />

69.81<br />

13.52<br />

0.26<br />

452.64<br />

62.56<br />

22.96<br />

528.61<br />

11.709.79<br />

6 889 61<br />

5 94<br />

37.2 %<br />

5 % 1 %<br />

5.96 8.25<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

50.78<br />

OBSERVAÇÔES<br />

V<br />

35.24<br />

OBSERVACÖES<br />

F<br />

5.0*<br />

5.6*<br />

63.5**<br />

F<br />

6.6*<br />

12.0*<br />

81.8**<br />

12.8**


Po Ko<br />

Ki<br />

Kz<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K,<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K:<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K:<br />

Ps Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

P3<br />

Pi<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

No<br />

24.9<br />

46.7<br />

58.2<br />

40.7<br />

84.7<br />

67.9<br />

66.4<br />

53.8<br />

106.0<br />

129.8<br />

193.3<br />

226.2<br />

132.0<br />

185.2<br />

232.1<br />

549.3<br />

No<br />

24.6<br />

51.6<br />

64.0<br />

39.8<br />

76.7<br />

50.6<br />

60.4<br />

54.2<br />

77.4<br />

140.2<br />

167.1<br />

192.0<br />

124.8<br />

182.5<br />

192.0<br />

499.3<br />

Usina Uniäo e Indûstria — Engenho Garra — Plantio 4-9-47 — Colheita 23-11-48<br />

N.° 41 — Cana t/ha — Safra:. 48/49 — Planta — Zona Sul — Top. -2-<br />

NJ<br />

44.7<br />

40.1<br />

47.4<br />

83.3<br />

61.5<br />

84.1<br />

28.5<br />

80.7<br />

77.4<br />

132.2<br />

228.9<br />

186.6<br />

156.5<br />

182.3<br />

208.9<br />

547.7<br />

Ni<br />

NJ<br />

47.0<br />

31.0<br />

52.1<br />

56.3<br />

84.7<br />

81.3<br />

72.6<br />

79.3<br />

77.9<br />

130.1<br />

222.3<br />

229.8<br />

175.9<br />

195.0<br />

211.3<br />

582.2<br />

P X K<br />

116.6<br />

117.8<br />

157.7<br />

180.3<br />

230.9<br />

233.3<br />

167.5<br />

213.8<br />

261.3<br />

392.1<br />

644.6<br />

642.6<br />

464.4<br />

562.5<br />

652.3<br />

1.679.2<br />

MÉDIAS<br />

No 61.0<br />

Ni 60.8<br />

N2 64.7<br />

Po 43.6<br />

Pi 71.6<br />

P2 71.4<br />

Ko 51.6<br />

Ki 62.5<br />

K* 72.5<br />

~X 62.2<br />

BLOCOS<br />

Zi 449.2<br />

Z2 612.3<br />

Zs 617.7<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊBBO<br />

2 X2<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

11.162.58<br />

2.037.89<br />

60.13<br />

24.13<br />

3.486.12<br />

1.202.57<br />

1.961.46<br />

1.28<br />

0.90<br />

348.84<br />

231.44<br />

2.506.82<br />

115.596.38<br />

104.433.80<br />

120.00<br />

19.29<br />

5 % 1 %<br />

13.0 18.0<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Garra — Plantio 4-9-47 — Colheita 25-1-50<br />

N.o 41 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Sóca — Zona Sul — Top. -2-<br />

56.1<br />

45.5<br />

35.9<br />

63.3<br />

47.8<br />

78.3<br />

30.5<br />

65.1<br />

87.9<br />

137.5<br />

189.4<br />

183.5<br />

149.9<br />

158.4<br />

202.1<br />

510.4<br />

NJ<br />

39.7<br />

32.2<br />

67.2<br />

43.5<br />

62.9<br />

76.0<br />

72.4<br />

74.4<br />

66.0<br />

139.1<br />

182.4<br />

212.8<br />

155.6<br />

169.5<br />

209.2<br />

534.3<br />

P X K<br />

120.4<br />

129.3<br />

167.1<br />

146.6<br />

187.4<br />

204.9<br />

163.3<br />

193.7<br />

231.3<br />

416.8<br />

538.9<br />

588.3<br />

430.3<br />

510.4<br />

603.5<br />

1.544.0<br />

MÉDIAS<br />

No 55.5<br />

Ni 56.7<br />

N2 59.4<br />

Po 46.3<br />

Pi 59.9<br />

P2 65.4<br />

Ko 47.8<br />

ICi 56.7<br />

Ki 67.0<br />

X 57.2<br />

BLOCOS<br />

Zi 385.3<br />

Z2 570.8<br />

Zs 587.9<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

ÊRRO<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

7.383.76<br />

2.805.54<br />

68.05<br />

3.04<br />

1.634.01<br />

97.88<br />

1.662.72<br />

3.04<br />

39.96<br />

15.41<br />

1.163.31<br />

95.677.68<br />

88 293.92<br />

8.2<br />

14.3 %<br />

5 % 1 %<br />

8.3 11.4<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

1<br />

. V<br />

1.402.77<br />

67.75<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

167.12<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

20.7**<br />

24.1**<br />

24.5**<br />

F<br />

20.8**<br />

7.2»<br />

11.7**


Po Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

K,<br />

Ka<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

K,<br />

Ks<br />

P* Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

No<br />

1.8<br />

16.5<br />

27.9<br />

10.0<br />

30.2<br />

9.3<br />

18.0<br />

7.3<br />

31.6<br />

46.2<br />

49.5<br />

56.9<br />

29.8<br />

54.0<br />

68.8<br />

152.6<br />

No<br />

14.6<br />

24.8<br />

46.8<br />

27.8<br />

24.6<br />

36.8<br />

40.7<br />

48.4<br />

44.0<br />

86.2<br />

89.2<br />

133.1<br />

83.1<br />

97.8<br />

127.6<br />

308.5<br />

N,<br />

Usina UniOo e Indûstria — Engenho Garra — Plantio 4-9-47 — Colhetta 22-11-51<br />

N.o 41 — Cana t/ha — Safra: 50-51' — Ressóca — Zona Sul — Top. -2-<br />

15.8<br />

17.4<br />

3.6<br />

22.6<br />

4.6<br />

11.9<br />

1.9<br />

25.4<br />

35.1<br />

36.8<br />

39.1<br />

62.4<br />

40.3<br />

47.4<br />

50.6<br />

138.3<br />

Na<br />

8.4<br />

5.0<br />

27.0<br />

5.6<br />

18.1<br />

24.9<br />

19.2<br />

27.0<br />

13.3<br />

40.4<br />

48.6<br />

59.5<br />

33.2<br />

50.1<br />

65.2<br />

148.5<br />

P x K<br />

26.0<br />

38.9<br />

58.5<br />

38.2<br />

52.9<br />

46.1<br />

39.1<br />

59.7<br />

80.0<br />

123.4<br />

137.2<br />

178.8<br />

103.3<br />

151.5<br />

184.6<br />

439.4<br />

MÉDIAS<br />

No 16.9<br />

Ni 15.4<br />

N2 16.5<br />

Po 13.7<br />

Pi 15.2<br />

P2 19.9<br />

Ko 11.5<br />

Ki 16.8<br />

Ks 20.5<br />

X 16.3<br />

BJJOCOS<br />

ZI 52.4<br />

Z2 175 5<br />

Za 211.5<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

! i D. M. S.<br />

! 1<br />

Usina Uniäo e Indûstria — Engenho Batateiras — Plantio 4-9-47 —<br />

N.» 44 — Cana t/ha — Safra: 48-49 — Planta — Zona Sul<br />

Ni<br />

48.2<br />

55.4<br />

36.7<br />

58.3<br />

49.8<br />

55.5<br />

67.8<br />

58.7<br />

54.8<br />

140.3<br />

163.6<br />

181.3<br />

174.3<br />

163.9<br />

147.0<br />

485.2<br />

N2<br />

67.2<br />

54.8<br />

37.1<br />

68.4<br />

56.1<br />

43.6<br />

70.7<br />

69.4<br />

57.7<br />

159.1<br />

168.1<br />

197.8<br />

206.3<br />

180.3<br />

138.4<br />

525.0<br />

P X K<br />

130.0<br />

135.0<br />

120.6<br />

154.5<br />

129.5<br />

135.9<br />

179.2<br />

176.5<br />

156.5<br />

385.6<br />

420.9<br />

512.2<br />

463.7<br />

442.0<br />

413.0<br />

1.318.7<br />

MÉDIAS<br />

No 34.3<br />

N, 53.9<br />

N2 58.3<br />

Po 42.8<br />

Pi 46.8<br />

Pa 56.9<br />

Ko 51.5<br />

Ki 49.1<br />

Ki 45.9<br />

X 48.8<br />

BLOCOS<br />

Yi 436.8<br />

Y- 444 9<br />

Y', 437.0<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊBRO<br />

C<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.575.20<br />

1.546.76<br />

0.93<br />

11.11<br />

170.50<br />

14.31<br />

367.20<br />

4.22<br />

5.88<br />

4.08<br />

5.88<br />

444.33<br />

9.726.02<br />

7.150.82<br />

5.44<br />

33.4 %<br />

5% 1%<br />

5.5 7.6<br />

Colheita 20-11-48<br />

— Top. -7-<br />

S. Q.<br />

5.789.65<br />

4.74<br />

2.604.02<br />

347.06<br />

890.42<br />

58.07<br />

142.81<br />

0.98<br />

5.60<br />

1.053.75<br />

14.74<br />

667.46<br />

70.195.93<br />

64.406.28<br />

6.67<br />

13.7 %<br />

5% 1%<br />

6.7 9.3<br />

G. L.<br />

-<br />

26 2<br />

1<br />

1 111<br />

1 .<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 111<br />

1<br />

15<br />

V<br />

773.38<br />

59.62<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

26.1«<br />

5.7«<br />

V F<br />

44.49 i<br />

OBSERVAÇOES<br />

12.4**<br />

58.5«<br />

20.0«<br />

23.7«


Po Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

Kz<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kî<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Kî<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pa Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

Pa<br />

Ko<br />

Ki<br />

K*<br />

No<br />

28.7<br />

36.5<br />

41.9<br />

34.7<br />

32.2<br />

39.6<br />

40.9<br />

45.4<br />

39.0<br />

107.1<br />

106 5<br />

125.3<br />

104.3<br />

114.1<br />

120.5<br />

338.9<br />

No<br />

7.9<br />

10.5<br />

9.8<br />

10.9<br />

8.0<br />

6.9<br />

9.2<br />

10.0<br />

1.6<br />

28.2<br />

25.8<br />

20.8<br />

28.0<br />

28.5<br />

18.3<br />

74.8<br />

Usina, Uniâo<br />

N.« 44<br />

N,<br />

43.2<br />

53.9<br />

47.3<br />

43.1<br />

44.2<br />

57.8<br />

48.4<br />

52.8<br />

49.0<br />

144.4<br />

145 1<br />

150.2<br />

134.7<br />

150.9<br />

154.1<br />

439.7<br />

e Indûstria. - EngBnho Batateiras — Plantio 5-9-47 --<br />

Colheita 20-1-50<br />

— Cana t/ha — Safra : 49-50 — Sóca — Zona Sul — Top. -7-<br />

N2<br />

54.8<br />

55.8<br />

40.0<br />

• 57.7<br />

52.5<br />

51.8<br />

56.6<br />

59.8<br />

51.6<br />

150.6<br />

162.0<br />

168^0<br />

169.1<br />

168.1<br />

143.4<br />

480.6<br />

P x K<br />

126.7<br />

146.2<br />

129.2<br />

135.5<br />

128.9<br />

149.2<br />

145.9<br />

158.0<br />

139.6<br />

402.1<br />

413.6<br />

443.5<br />

408.1<br />

433.1<br />

418.0<br />

1.259.2<br />

No<br />

N2<br />

Po<br />

Pi<br />

p2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

X<br />

Y,<br />

Yj<br />

MÉDIAS<br />

37.6<br />

48.8<br />

53.4<br />

44.7<br />

45.9<br />

49.3<br />

45.3<br />

48.1<br />

46.4<br />

46.6<br />

BLocos<br />

417.5<br />

422 6<br />

419 ]l<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ËRRO<br />

2 X2<br />

c<br />

D C. V. P<br />

D. M. S.<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Batateiras — Plantio 5-9-47<br />

N.» 44 — Cana t/ha — Safra: 50-51 — Ressóca — Zona Sul<br />

N,<br />

8.7<br />

18.5<br />

15.4<br />

7.0<br />

19.4<br />

12.3<br />

1.1<br />

20.5<br />

7.6<br />

42.6<br />

38.7<br />

29.2<br />

16.8<br />

o 58.4<br />

35.3<br />

110.5<br />

N2<br />

12?3<br />

5.7<br />

9.6<br />

7.5<br />

16.4<br />

5.8<br />

4.1<br />

5.8<br />

9.7<br />

27.6<br />

29.7<br />

19.6<br />

23.9<br />

27.9<br />

25.1<br />

76.9 |<br />

1<br />

P x K<br />

28.9<br />

34.7<br />

34.8<br />

25.4<br />

43.8<br />

25.0<br />

14.4<br />

36.3<br />

18.9<br />

98.4<br />

.94.2<br />

69.6<br />

68.7<br />

114.8<br />

78.9<br />

262.2<br />

MÉDIAS<br />

No 8.3<br />

Ni 12.3<br />

N2 8.5<br />

Po 10.9<br />

Pi 10.5<br />

P2 7.7<br />

Ko 7.6<br />

Ki 12.7<br />

Ks 8.8<br />

X 9.7-<br />

BLOCOS<br />

Yi 72.3<br />

Y2 82 0<br />

Ya 107.9<br />

KFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D.M. S.<br />

S. Q. I<br />

1.870.11<br />

1.51<br />

1.115.50<br />

66.44<br />

95.23<br />

6.26<br />

5.45<br />

29.78<br />

0.05<br />

146.30<br />

6.45<br />

397.14<br />

60.595.46<br />

58.725.35<br />

5.1<br />

10.9 %<br />

5% 1%<br />

5.2 7.1<br />

Colheita 4-2-51<br />

Top. -7-<br />

S. Q.<br />

630.37<br />

75.27<br />

0.24<br />

88.93<br />

46.08<br />

7.70<br />

' 5.78<br />

124.51<br />

0.03<br />

9.90<br />

0.16<br />

271.77<br />

3.176.62<br />

2.546.25<br />

4.25<br />

43.7 %<br />

5% 1%<br />

4.3 5.9<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

a. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

26.47<br />

OBSERVAÇOES<br />

*<br />

V<br />

18.11<br />

OBSKRVAÇOES<br />

F<br />

42. l«<br />

5.5«<br />

F<br />

6.9*


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K,<br />

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K2<br />

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Pi<br />

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Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

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Ki<br />

KJ<br />

Po<br />

p,<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

No<br />

22.0<br />

19.3<br />

10.4<br />

24.6 .<br />

25.2<br />

28.2<br />

12.6<br />

20.6<br />

27.8<br />

59.2<br />

65.1<br />

66.4<br />

59.2 ,<br />

65.1 •<br />

66.4<br />

190.7<br />

No<br />

31.1<br />

15.1<br />

12.6<br />

14.9<br />

17.9<br />

27.3<br />

9.9<br />

27.9<br />

20.1<br />

58.8<br />

60.1<br />

57.9<br />

55.9<br />

60.9<br />

60.0<br />

176.8<br />

Usina Aliança — Engenho<br />

47 — Cana t/ha —<br />

N,<br />

11.4<br />

16.7<br />

14.7<br />

37.8<br />

29.2<br />

27.8<br />

38.6<br />

32.6<br />

42.8<br />

87.8<br />

78.5<br />

85.3<br />

87.8 ,<br />

78.5 •<br />

85.3<br />

251.6<br />

N,<br />

8.7<br />

23.0<br />

22.4<br />

18.4<br />

43.4<br />

37.8<br />

33:6<br />

34.2<br />

8.8<br />

60.7<br />

100.6<br />

69.0<br />

60.7 ,<br />

100.6 '<br />

69.0<br />

230.3<br />

Usina Aliança — Engenho<br />

N.« 47 --<br />

Cana t/ha<br />

Ni<br />

9.0<br />

25.8<br />

11.2<br />

33.1<br />

17.2<br />

23.0<br />

32.0<br />

22.4<br />

44.7<br />

46.0<br />

- 73.3<br />

74.1<br />

65.4<br />

78.9<br />

218.4<br />

N,<br />

9.7<br />

15.9<br />

33.2<br />

16.2<br />

29.8<br />

29.3<br />

33.5<br />

29.5<br />

22.7 !<br />

58.8<br />

75.3<br />

85.7<br />

•59.4<br />

75.2<br />

85.2<br />

219.8<br />

P<br />

Bréjo (Arenoso)<br />

Safra : 49-50 —<br />

x K<br />

42.1<br />

59.0<br />

47.5<br />

80.8<br />

97.8<br />

93.8<br />

84.8<br />

87.4<br />

79.4<br />

207.7<br />

220 ! 7<br />

207.7<br />

244.2<br />

220.7<br />

672.6<br />

Sete Paus<br />

— Safra:<br />

P x K<br />

49.8<br />

56.8<br />

57.0<br />

64.2<br />

64.9<br />

79.6<br />

75.4<br />

79.8<br />

87.5<br />

163.6<br />

242] 7<br />

189.4<br />

201.5<br />

224.1<br />

615.0<br />

No<br />

Ni<br />

Po<br />

Pi<br />

Ko<br />

Ki<br />

K3<br />

X<br />

w,<br />

W3<br />

MÉDIAS<br />

BLC [X)S<br />

— Plantio 16-7-48 —<br />

Planta — Zona Norte<br />

21.2<br />

27.9<br />

25.6<br />

16.5<br />

30.3<br />

27.9<br />

23.1<br />

27.1<br />

24.5<br />

24.9<br />

267.5<br />

170.2<br />

234.9<br />

EKEITOS<br />

TOTAL<br />

ELOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK |<br />

PK | 1<br />

ÊRRO |<br />

2 X2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

Colheita 20-10-49<br />

— Top. -5-<br />

S. Q.<br />

2.798.11<br />

545.04<br />

87.12<br />

125.13<br />

589.38<br />

387.21<br />

9.38<br />

66.67<br />

14.52<br />

0.10<br />

9.72<br />

963.84<br />

19.553.32<br />

16.755.21<br />

8 01<br />

32.0 %<br />

5% 1%<br />

8.04 11.14<br />

(Arenoso) — Plantio 16-7-45 — Colheita 16-11-50<br />

50-51 — Sóca — Zona Norte — Top. -5-<br />

No<br />

Ni<br />

N,<br />

Po<br />

Pi<br />

Pj<br />

Ko<br />

K,<br />

Ks<br />

X<br />

Wi<br />

Wi<br />

MÉDIAS<br />

19.6<br />

24.3<br />

24.4<br />

18.2<br />

23.2<br />

27.0<br />

21.0<br />

22.4<br />

24.9<br />

22.8<br />

BL1OCOS<br />

286.4<br />

149 6<br />

179.0<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K' i<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 'Xs<br />

C<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.196.07<br />

1.152.35<br />

102.72<br />

29.92<br />

347.60<br />

2.28<br />

66.89<br />

2.04<br />

64.40<br />

39.24<br />

2.00<br />

386.63<br />

16.204.40<br />

14.008.33<br />

5 08<br />

22.3 % •<br />

5% 1%<br />

5.09 7.06<br />

G. L. | V<br />

1<br />

26 2<br />

' 1 1111111<br />

1<br />

15 i 64.25<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

9.2"<br />

6.0'<br />

G. L. | V | F<br />

1 1<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

576.17 22.3"<br />

25.77<br />

OBSERVAÇOES<br />

13.5"


Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

p2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P*<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

57.2<br />

65.4<br />

42.0<br />

50.6<br />

48.2<br />

61.6<br />

51.8<br />

74.2<br />

63.4<br />

164.6<br />

160.4<br />

189.4<br />

159.6<br />

187.8<br />

167.0<br />

514.4<br />

No<br />

51.3<br />

57.9<br />

48.3<br />

54.7<br />

59.0<br />

64.6<br />

63.0<br />

81.8<br />

54.8<br />

157.5<br />

178.3<br />

199.6<br />

169.0<br />

198.7<br />

167.7<br />

535.4<br />

Usina Olho> d'Âgua — Bngenho Olho d'Âgua — Plantio 17-7-48 — Colheita 18-10-49<br />

N.° 48 — »Jana t/ha — bâfra: 49/00 — Planta — üona Norte — Top. -6-<br />

Ni<br />

53.0<br />

66.0<br />

89.6<br />

67.6<br />

71.6<br />

52.4<br />

77.8<br />

51.4<br />

70.4<br />

208.6<br />

191.6<br />

199.6<br />

198.4<br />

189.0<br />

212.4<br />

599.8<br />

Ni<br />

Ns<br />

78.0<br />

85.6<br />

65.8<br />

54.8<br />

59.4<br />

45.8<br />

80.4<br />

78.0<br />

54.6<br />

229.4<br />

160.0<br />

213.0<br />

213.2<br />

22d.O<br />

166.2<br />

602.4<br />

P x K<br />

188.2<br />

217.0<br />

197.4<br />

173.0<br />

179.2<br />

159.8<br />

210.0<br />

203.6<br />

188.4<br />

602.6<br />

512.0<br />

602 0<br />

571.2<br />

599.8<br />

540.6<br />

1.716.6<br />

MÉDIAS<br />

No 57.1<br />

Ni 66.6<br />

N2 66.9<br />

Po 66.9<br />

Pi 56.9<br />

P2 66.9<br />

Ko 63.5<br />

Ki 66.6<br />

K2 60.6<br />

X 63.5<br />

BLOCOS<br />

w, cn2 6<br />

Wi 493.8<br />

Wa 62Ü.2<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

v X2<br />

c<br />

D P<br />

C. V.<br />

T>. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.247.55<br />

1.041.63<br />

430.22<br />

173.81<br />

0.02<br />

604.00<br />

36.40<br />

126.97<br />

141.45<br />

246.61<br />

79.05<br />

1.414.23<br />

113.385.16<br />

109.137 61<br />

9 71<br />

15.3<br />

5% 1%<br />

9.7 13.5<br />

Usina Olho d'Âgua — Engenhevro Olho d'Âgua — Plantio 17-7-48 — Colheita 9-11-50<br />

N.° 48 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Sóca — Zona Norte — Top. -6-<br />

59.1<br />

68.7<br />

65.5<br />

67.6<br />

66.0<br />

60.4<br />

67.9<br />

64.2<br />

76.4<br />

193.3<br />

194.0<br />

208.5<br />

194.6<br />

198.9<br />

202.3<br />

595.8<br />

N2<br />

85.0<br />

77.4<br />

71.9<br />

65.3<br />

63.8<br />

65.9<br />

79.9<br />

80.2<br />

60.8<br />

234.3<br />

195.0<br />

220.9<br />

230.2<br />

221.4<br />

198.6<br />

650.2<br />

P x K<br />

195.4<br />

204.0<br />

185.7<br />

187.6<br />

188.8<br />

190.9<br />

210.8<br />

226.0<br />

192.0<br />

285.1<br />

567.3<br />

629.0<br />

593.8<br />

619.0<br />

568.6<br />

1.781.4<br />

MÉDIAS<br />

No 59.5<br />

Ni 66.2<br />

Na 72.2<br />

Po 65.0<br />

Pi 63.0<br />

P2 69.9<br />

Ko 66.0<br />

Ki 68.8<br />

K2 63.2<br />

X 66.0<br />

BLOCOS<br />

Wi 626.0<br />

Wz 557.5<br />

Wa 597.9<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x*<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.314.79<br />

263.48<br />

732.16<br />

0.66<br />

107.06<br />

117.04<br />

35.28<br />

105.84<br />

256.68<br />

76.50<br />

6.90<br />

613.19<br />

119.847.60<br />

117.532.81<br />

6.39<br />

9.7 %<br />

5% 1%<br />

6.42 8.89<br />

» • -<br />

26 2<br />

1<br />

1 111<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

;<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 111<br />

V<br />

94.28<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

40.87<br />

OBSERVAQOES<br />

F<br />

4.6'<br />

6.4*<br />

F<br />

17.9*'<br />

6.3«


\<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Px Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

K,<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

•<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

WWW<br />

[ No<br />

51.0<br />

49.2<br />

48.6<br />

46.6<br />

53.8<br />

56.6<br />

42.2<br />

28.4<br />

41.8<br />

148.8<br />

157.0<br />

112.4<br />

139.8<br />

131.0<br />

147.0<br />

418.2<br />

No<br />

39.3<br />

43.4<br />

46.5<br />

34.6<br />

43.4<br />

49.8<br />

27.8<br />

20.0<br />

21.9<br />

129.2<br />

127.8<br />

69.7<br />

101.7<br />

106.8<br />

118.2<br />

32G.7<br />

Ni<br />

Usina. Cruangi — Engenho GenipOpo — Plcuntio 20-7-48 — Coïheita 1Ô-1Ô-<br />

N.° 49 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Planta — Zona Norte — Top. -6-<br />

68.8<br />

36.6<br />

42.0<br />

49.3<br />

60.8<br />

52.2<br />

43.6<br />

37.5<br />

32.0<br />

147.4<br />

162.3<br />

113.1<br />

161.7<br />

134.9<br />

126.2<br />

422.8<br />

Ni<br />

N2<br />

28.6<br />

50.6<br />

27.8<br />

26.4<br />

66:4<br />

44.4<br />

71.4<br />

19.5<br />

55.8<br />

107.0<br />

137.2<br />

146.7<br />

126.7<br />

136.5<br />

128.0<br />

390.9<br />

P X K II MÉDIAS II EFEITOS<br />

148.4<br />

136.4<br />

118.4<br />

122.3<br />

181.0<br />

153.2<br />

157.2<br />

85.4<br />

129.6<br />

403.2<br />

456.5<br />

372.2<br />

427.9<br />

402.8<br />

401.2<br />

1.231.9<br />

Usina Cruangl — Engemho Genipapo -<br />

N.° 49 — Cana t/ha — Safra: 5U/51<br />

52.9 .<br />

40.8<br />

31.8<br />

49.1<br />

52.1<br />

43.6<br />

38.3<br />

33.9<br />

31.8<br />

125.5<br />

144.8<br />

104.0<br />

140.3<br />

126.8<br />

107.2<br />

374.3<br />

N2<br />

27.9<br />

52.6<br />

20.1<br />

32.8<br />

59.6<br />

36.4<br />

67.0<br />

27.7<br />

51.8<br />

100.6<br />

128.8<br />

146.5<br />

127.7<br />

139.9<br />

108.3<br />

375.»<br />

P X K<br />

120.1<br />

136.8<br />

98.4<br />

116.5<br />

155.1<br />

129.8<br />

133.1<br />

81.6<br />

105.5<br />

355.3<br />

401.4<br />

320.2<br />

369.7<br />

373.5<br />

333.7<br />

1.076.9<br />

1<br />

No 46.5<br />

Ni 47.0<br />

N2 43.4<br />

Po 44.8<br />

Pi 50.7<br />

P2 41.3<br />

Ko 47.5<br />

Ki 44.7<br />

K2 41.6<br />

X 45.6<br />

BLOCOS<br />

Xi 419,5<br />

X2 435.9<br />

Xs 376.5<br />

MÉDIAS<br />

No 36.3<br />

Ni 41.6<br />

N2 41.8<br />

Po 39.5<br />

Pi 41.6<br />

P2 35.6<br />

Ko 41.1<br />

Ki 41.5<br />

K2 37.1<br />

X 39.9<br />

BLOCOS<br />

Wi 377.5<br />

W2 385.3<br />

W3 314.1<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

'P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

c<br />

D. P.<br />

D. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

• 4.621.70<br />

209.13<br />

41.40<br />

24.68<br />

53.38<br />

350.64<br />

39.60<br />

10.24<br />

482.60<br />

2.61<br />

0.48<br />

3.406.94<br />

60.828.27<br />

56.206.57<br />

15.1<br />

33.0<br />

5% . 1%<br />

15.1 20.9<br />

Plantio 20-7-48 — Coïheita 14-11-50<br />

Sóca — Zona Norte — Top. -6-<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

3.820.64<br />

338.88<br />

134.48<br />

39.18<br />

68.44<br />

300.09<br />

72.00<br />

35.20<br />

925.76<br />

107.40<br />

2.90<br />

1.796.31<br />

42.952.35<br />

46.772.99<br />

10.94<br />

27.4 %<br />

5% 1%<br />

11.0 . 15.2<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

15<br />

G.L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

V<br />

227.12<br />

OBSERVAÇÔES<br />

15 119.75<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

F<br />

7.73*


Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Ps Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

Ps<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K><br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kz<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

24.6<br />

16.1<br />

16.4<br />

19.9<br />

30.2<br />

25.3<br />

29.6<br />

31.9<br />

18.0<br />

57.1<br />

75.4<br />

79.5<br />

74.1<br />

78.2<br />

59.7<br />

212.0<br />

No<br />

20.2<br />

.. 15.9<br />

16.8<br />

21.6<br />

32.2<br />

25.6<br />

27.4<br />

30.6<br />

43.2<br />

52.9<br />

79.4<br />

101.2<br />

69.2-<br />

78,1<br />

85.6<br />

233.5<br />

Ni<br />

13.6<br />

17.2<br />

14.4<br />

22.7<br />

28.5<br />

31.2<br />

29.1<br />

35.1<br />

27.7<br />

45.2<br />

82.4<br />

91.9<br />

65.4<br />

80.8<br />

73.3<br />

219.5<br />

Ni<br />

26.0<br />

18.8<br />

21.6<br />

29.6<br />

23.6<br />

24.2<br />

34.2<br />

29.2<br />

25.8<br />

66.4<br />

77.4<br />

89.2<br />

89.8<br />

71.6<br />

71.6<br />

233.0<br />

Usina Mussuréve —<br />

N.° 50 — Cana<br />

N2<br />

25.1<br />

6.5<br />

21.3<br />

22.7<br />

26.1<br />

22.2<br />

23.6<br />

21.1<br />

12.7<br />

52.9<br />

71.0<br />

57.1<br />

71.4<br />

53.7<br />

56.2<br />

181.3<br />

Eiigenho Sâo Bernardo — Plantio 27-7-48 — Colheita 8-11-49<br />

t/ha — Safra: 49/50 — Planta — Zona Norte — Top. -4-<br />

P x K<br />

63.3<br />

39.8<br />

52.1<br />

65.3<br />

84.8<br />

78.7<br />

82.3<br />

88.1<br />

58.4<br />

155.2<br />

228.8<br />

228.8<br />

210.9<br />

212.7<br />

189.2<br />

612.8<br />

MÉDIAS<br />

No 23.3<br />

Ni 24.4<br />

N2 20.1<br />

Po 17.2<br />

Pi 25.4<br />

p2 54.4<br />

Ko 23.4<br />

Ki 23.6<br />

Kj 21.0<br />

X 22.7<br />

BLOCOa<br />

Wi 220.4<br />

W2 198.0<br />

Wo 194.4<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

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c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

1.204.95<br />

44.10<br />

52.36<br />

38.67<br />

300.94<br />

100.31<br />

26.16<br />

11.85<br />

27.60<br />

0.05<br />

13.44<br />

589.47<br />

15.lld.24<br />

13.908.29<br />

6-27<br />

27.6<br />

5% 1%<br />

6.3 8.7<br />

Usina Petribû — Engemho Petribû — Plantia<br />

N. 0 28-7-48 — Colheita 27-10-49<br />

51 — Cana t/ha — Safra : 49/50 — Planta — Zona Norte — Top. -4-<br />

Nj<br />

10.9<br />

21.6<br />

26.0<br />

31.2<br />

33.6<br />

38.0<br />

36.0<br />

23.2<br />

37.2<br />

58.5<br />

102.8<br />

96.4<br />

78.1<br />

78.4<br />

101.2<br />

257.7<br />

P x K<br />

57.1<br />

56.3<br />

64.4<br />

82.4<br />

89.4<br />

87.8<br />

97.6<br />

83.0<br />

106.2<br />

177.8<br />

259.6<br />

286.8<br />

237.1<br />

228.7<br />

258.4<br />

724.2<br />

MÉDIAS<br />

No 25.9<br />

Ni 25.9<br />

N2 28.6<br />

Po 1.97<br />

Pi 28.8<br />

P2 31.9<br />

Ko 26.3<br />

Ki 25.4<br />

K2 28.7<br />

X 26.8<br />

BLOCOS<br />

Wi 246.2<br />

W2 245.8<br />

Ws 232.2<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

C<br />

C. V.<br />

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S. Q.<br />

1.459.09<br />

14.11<br />

32.53<br />

11.76<br />

660.05<br />

55.21<br />

25.20<br />

26.89<br />

9.01<br />

3.74<br />

0.14<br />

620.45<br />

20.883.74<br />

19.424.65<br />

6 4<br />

24.0<br />

5% 1%<br />

6.5 8.9<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

OBSERVACÖES<br />

V<br />

41.36<br />

OBSERVAÇ0E3<br />

F<br />

7.6°<br />

F<br />

15.9'


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40.3<br />

43.5<br />

34.8<br />

29.8<br />

37.9<br />

29.7<br />

33.7<br />

44.5<br />

48.6<br />

118.6<br />

97 4<br />

126.8<br />

103.8<br />

125.9<br />

113.1<br />

342.8<br />

No<br />

34.2<br />

26.4<br />

57.6<br />

36.6<br />

44.0<br />

36.4<br />

46.6<br />

32.0<br />

43.0<br />

118.2<br />

117.0<br />

121.6<br />

117.4<br />

102.4<br />

137.0<br />

356.8<br />

Usina Sta. Terezinha — Engenho Sta.<br />

Tereza — Plantio 7-8-48 — Colheita 17-1-51<br />

N.« 57 — Cana t/ha — Safra: 50-51 — Sóca — Zona Sul — Top. -2-<br />

Ni<br />

33.4<br />

43.1<br />

38.5<br />

55.7<br />

52.4<br />

36.6<br />

38.0<br />

50.0<br />

51.9<br />

115.0<br />

144 7<br />

139.9<br />

127.1<br />

145.5<br />

127.0<br />

399.6<br />

' Na<br />

32.6<br />

44.5<br />

42.7<br />

51.7<br />

43.5<br />

42.9<br />

63.7<br />

42.2<br />

54.9<br />

119.8<br />

138 1<br />

160.8<br />

148.0<br />

130.2<br />

140.5<br />

418.7<br />

P x K<br />

106.3<br />

131.1<br />

116.0<br />

137.2<br />

133.8'<br />

109.2<br />

. 135.4<br />

136.7<br />

155.4<br />

353.4<br />

380 2<br />

427! 5<br />

378.9<br />

401.6<br />

380.6<br />

1.161.1<br />

No<br />

Ni<br />

N2<br />

Po<br />

Pi<br />

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Ki<br />

Ka<br />

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WJ<br />

MÉDIAS<br />

38.1<br />

44.4<br />

46.5<br />

42.1<br />

44.6<br />

42.3<br />

39.3<br />

42.2<br />

47.5<br />

IOCOS<br />

43.0<br />

415.1<br />

377.5<br />

368.5<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

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C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

1.885.45<br />

135.79<br />

320.04<br />

26.32<br />

305.04<br />

7.78<br />

0.16<br />

35.36<br />

89.65<br />

23.52<br />

8.84<br />

932.95<br />

51.817.05<br />

49.931.60<br />

7 89<br />

18.3 %<br />

5% 1%<br />

7.9 11.0<br />

Usina Sta . Terezinha —- Engenho Abacate kArg.) — Plantio 8-8- 18 — Colheita 22-11-49<br />

N.» 58 — Cana t/ha — Safra: 49-50 — Planta — Zona Sul — Top. -2-<br />

Ni<br />

57.2<br />

48.2<br />

32.4<br />

42.8<br />

45.8<br />

62.0<br />

35.6<br />

71.4<br />

63.2<br />

137.8<br />

150.6<br />

170.2<br />

135.6<br />

165.4<br />

157.6<br />

458.6<br />

Na<br />

25.4<br />

51.8<br />

59.0<br />

63.0<br />

49.4<br />

52.6<br />

52.0<br />

49.6<br />

69.8<br />

136.2<br />

165.0<br />

171.4<br />

140.4<br />

150.8<br />

181.4<br />

472.6<br />

P x K<br />

116.8<br />

126.4<br />

149. J<br />

142.4<br />

139.2<br />

151.0<br />

134.2<br />

153.0<br />

176.0<br />

392.2<br />

432.6<br />

463.2<br />

393.4<br />

418.6<br />

476.0<br />

1.288.0<br />

MÉDIAS<br />

No 39.6<br />

Ni 50.9<br />

Na 52.5<br />

Po 43.6<br />

P! 48.1<br />

Pa 51.5<br />

Ko 43.7<br />

Ki 46.5<br />

Ka E2.9<br />

X 47.7<br />

Wi 417.2<br />

Wa 523.4<br />

Wa 347.4<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 Xa<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.186.67<br />

1.745.42<br />

744.98<br />

142.75<br />

280.05<br />

1.78<br />

379.04<br />

19.20<br />

84.27<br />

38.16<br />

7.68<br />

743.34<br />

65.629.04<br />

61.442.37<br />

7 04<br />

14.7 %•<br />

5% 1%<br />

7.07 9.79<br />

G. L.<br />

26 2<br />

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1<br />

1<br />

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1 1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1 1111<br />

1<br />

15<br />

V<br />

62.19<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

872.71<br />

49.55<br />

OBSERVAÇOES<br />

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K2<br />

No<br />

49.3<br />

32.2<br />

57.5<br />

46.0<br />

47.7<br />

45.2<br />

57.5<br />

27.5<br />

53.9<br />

139.0 .<br />

138.9<br />

138.9<br />

152.8<br />

107.4<br />

156.6<br />

416.8<br />

No<br />

26.0<br />

18.8<br />

28.8<br />

46.6<br />

54.4<br />

63.2<br />

62.4<br />

63.7<br />

67.0<br />

73.6<br />

164.2<br />

193.1<br />

135.0<br />

136.9<br />

159.0<br />

430.9<br />

Vsina Sta. Terezinha — Engenho Abacate (argïlosó). — Planiio 8-8-4<br />

N.° 58 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Sóca — Zona Sul<br />

Ni<br />

89.1<br />

66.5<br />

52.7<br />

54.3<br />

57.4<br />

68.1<br />

36.4<br />

76.9<br />

80.7<br />

208.3<br />

179.8<br />

194.0<br />

179.8<br />

200.8<br />

201.5<br />

582.1<br />

Ni<br />

61.5<br />

62.5<br />

81.8<br />

74.9<br />

67.6<br />

74.9<br />

71.6<br />

62.3<br />

73.6<br />

205.8<br />

217.4<br />

207.5<br />

208.0<br />

192.4<br />

230.3<br />

630.7<br />

P X K<br />

199.9<br />

161.2<br />

192.0<br />

175.2<br />

172.7<br />

188.2<br />

165.5<br />

166.7<br />

208.2<br />

553.1<br />

536.1<br />

540.4<br />

540.6<br />

500.6<br />

588.4<br />

1.629.6<br />

MÉDIAS<br />

No 46.3<br />

Ni<br />

N2<br />

64.7<br />

70.1<br />

Po 61 4<br />

Pi 59.6<br />

P2 60.0<br />

Ko 60.1<br />

Ki 55.6<br />

K2 65.4<br />

IT 60.3<br />

BLOCOS<br />

Wi 544.5<br />

Wa 607.8<br />

Ws 477.3<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

p'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

— Öolheita i7-i-Bi<br />

- Top. -2-<br />

S. Q.<br />

6.184.81<br />

946.40<br />

2.541.84<br />

252.20<br />

8.96<br />

8.40<br />

126.93<br />

302.46<br />

0.27<br />

28.52<br />

213.36<br />

1.755.47<br />

104.540.22<br />

98.355.41<br />

10 8<br />

17.9 %<br />

5 % 1 %<br />

10.9 15.0<br />

Usina Sta. Tèrezinha — Engenho Abacate (Patrocînio) — Plantio 8-8-48 — Colheita 23-11-49<br />

N.° 59 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Planta — Zona Sul — Top. -1-<br />

Ni<br />

19.7<br />

25.4<br />

45.8<br />

49.9<br />

66.6<br />

59.5<br />

61.0<br />

55.9<br />

61.5<br />

90.9<br />

176.0<br />

178.4<br />

130.6<br />

149.9<br />

166.8<br />

445.3<br />

Na<br />

31.7<br />

21.5<br />

30.3<br />

51.6<br />

59.3<br />

64.9<br />

58.6<br />

78.1<br />

77.1<br />

83.5<br />

175.8<br />

213.8<br />

141.9<br />

158.9<br />

172.3<br />

473.1<br />

P x K<br />

77.4<br />

65.7<br />

104.9<br />

148.1<br />

180.3<br />

187.6<br />

182.0<br />

197.7<br />

205.6<br />

248.0<br />

516.0<br />

585.3<br />

407.5<br />

443.7<br />

498.1<br />

1.349.3<br />

MÉDIAS<br />

No 47.9<br />

Ni 49.5<br />

N2 52.6<br />

Po 27.5<br />

Pi 57.3<br />

65.0<br />

P2<br />

Ko 45.3<br />

Ki 49.3<br />

K* 55.3<br />

X 50.0<br />

. BLOCOS<br />

Wi 437.9<br />

W2 430.9<br />

Ws 480.5<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

2 x2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

8.473.52<br />

160.15<br />

98.93<br />

3.33<br />

6.320.62<br />

731.15<br />

456.02<br />

6.14<br />

9.72<br />

3.41<br />

1.26<br />

682.79<br />

75.903.53<br />

67.430.01<br />

6.75<br />

13.4 %<br />

5 % 1 %<br />

6.8 9.4<br />

G. L.<br />

26<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 11<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26<br />

V 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

V<br />

117.03<br />

OBSEBVAÇOES<br />

V<br />

OBSEBVAÇOES<br />

F<br />

21.7**<br />

" F<br />

138.9***<br />

16.1**<br />

10.0**


Po Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

PI KO<br />

&<br />

K2<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

p2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

KÎ<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

K,<br />

K»<br />

No<br />

42.6<br />

27.8<br />

52.4<br />

63.8<br />

59.6<br />

61.0<br />

63.8<br />

80.5<br />

62.7<br />

122.8<br />

184.4<br />

207 .,0<br />

170.2<br />

167.9<br />

176.1<br />

514.2<br />

No<br />

30.7<br />

34.8<br />

33.3<br />

35.6<br />

39.6<br />

39.8<br />

48.5<br />

64.1<br />

52.6<br />

98.8<br />

115.0<br />

165.2<br />

114.8<br />

138.5<br />

125.7<br />

379.0<br />

Usina Sta. Terezinha — Engenho Abacate (Patrocinlo) — Plantio 8-8-48 — Colheita 18-1-51<br />

N.° 59 — Cana t/ha — S&fra: 50/51 — Sóca — Zona Sul — Top. -1-<br />

Ni<br />

46.0<br />

52.2<br />

45.9<br />

64.2<br />

65.1<br />

67.1<br />

56.6<br />

74.3<br />

73.3<br />

144.1<br />

196.4<br />

204.2<br />

166.8<br />

191.6<br />

186.3<br />

.544.7<br />

N2<br />

74.3<br />

33.5<br />

33.9<br />

55.5<br />

65.2<br />

70.8<br />

f 77.4<br />

82.4<br />

89.4<br />

141.7<br />

191.5<br />

249.2<br />

207.2<br />

181.1<br />

194.1<br />

582.4<br />

P X K<br />

162.9<br />

113.5<br />

132.2<br />

183.5<br />

189.9<br />

198.9<br />

197.8<br />

237.2<br />

225.4<br />

408.6<br />

572.3<br />

660.4<br />

544.2<br />

540.6<br />

556.5<br />

1.641.3<br />

MÉDIAS<br />

N„ 57.1<br />

Ni 60.5<br />

N2 64.7<br />

Po 45.4<br />

Pi . 63.6<br />

P2 73.4<br />

Ko 60.5<br />

Ki 60.1<br />

K2 61.8<br />

"x" 60.8<br />

BT.OCOS<br />

Wi 550.3<br />

W2 541.6<br />

Wa 549.4<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊKEO<br />

S x2<br />

c<br />

D P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

6.201.55<br />

5.09<br />

258.40<br />

0.96<br />

3.522.40<br />

105.84<br />

8.40<br />

7.04<br />

45.24<br />

30.08<br />

283.24<br />

1.934.86<br />

105.974.35<br />

99 .772.80<br />

11.36<br />

18.7 %<br />

5 % 1 %<br />

11.4 15.8<br />

Usina Sta. Terezinha — Engenho Bom Mirar — Plantio 9-8-48 — Colheita 24-11-49<br />

N.° 61 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Planta — Zona Sul — Hop. -4-<br />

Ni<br />

46.2<br />

22.1<br />

37.8<br />

49.7<br />

47.7<br />

46.1<br />

32.5<br />

60.1<br />

62.7<br />

106.1<br />

143.5<br />

155.3<br />

128.4<br />

129.9<br />

146.6<br />

404.9<br />

N2<br />

32.5<br />

29.2<br />

47.5<br />

21.0<br />

62.7<br />

70.8<br />

53.1<br />

57.1<br />

66.9<br />

109.2<br />

154.5<br />

177.1<br />

106.6<br />

149.0<br />

185.2<br />

440.8<br />

P x K<br />

109.4<br />

86.1<br />

118.6<br />

106.3<br />

150.0<br />

156.7<br />

134.1<br />

181.3<br />

182.2<br />

314.1<br />

413.0<br />

497.6<br />

349.8<br />

417.4<br />

457.5<br />

1.224.7<br />

MÉDIAS<br />

No 42.1<br />

Ni<br />

N2<br />

45.0<br />

49.0<br />

Po 34.9<br />

Pi 45.9<br />

P2 55.3.<br />

Ko 38.9<br />

Ki 46.4<br />

K2 50.8<br />

X 45.3<br />

BLOCOS<br />

Wi 432.4<br />

W2 390.9<br />

Wa 401.4<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.985.85<br />

103.46<br />

212.18<br />

1.85<br />

1.870.69<br />

3.78<br />

644.40<br />

8.93<br />

0.33<br />

381.94<br />

126.10<br />

1.632.19<br />

60.537.33<br />

55 551 48<br />

10.43<br />

22.96%<br />

5 % 1 %<br />

10.5 14.5<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1 |<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

*<br />

V<br />

ion QQ<br />

OBSBRVAÇÔES<br />

V<br />

937.23<br />

108.81<br />

OBSERVAÇOES<br />

•<br />

F<br />

27.3**<br />

F<br />

17.2**<br />

5.9*


- -<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

KÎ<br />

Pi KO<br />

KÎ<br />

K:<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Kt<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

Kz<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

35.6<br />

39.5<br />

37.9<br />

37.7<br />

39.8<br />

40.8<br />

49.5<br />

63.5<br />

49.2<br />

113.0<br />

118.3<br />

162.2<br />

122.8<br />

142.8<br />

127.9<br />

393.5<br />

No<br />

23.3<br />

15.2<br />

33.6<br />

35.9<br />

55.4<br />

38.7<br />

53.2<br />

38.6<br />

30.6<br />

72.1<br />

130.0<br />

122.4<br />

112.4<br />

109.2<br />

102.9<br />

324.5<br />

t/sina Sta. Teresinha — Engenho Mom. Mirar — Plantio 9-8-48 — Colheita<br />

N.° 61 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Sóca — Zona Sul — Top. -4-<br />

Ni<br />

66.2<br />

27.0<br />

40.7<br />

68.7<br />

52.7<br />

45.1<br />

39.4<br />

56.1<br />

56.6<br />

133.9<br />

166.5<br />

152.1<br />

174.3<br />

135.8<br />

142.4<br />

452.5<br />

Ni<br />

N2<br />

42.2<br />

45.7<br />

80.8<br />

33.9<br />

66.3<br />

84.4<br />

61.0<br />

66.9<br />

66.9<br />

168.7<br />

184.6<br />

194.8<br />

137.1<br />

178.9<br />

232.1<br />

548.1<br />

P x K<br />

144.0<br />

112.2<br />

159.4<br />

140.3<br />

158.8<br />

170.3<br />

149.9<br />

186.5<br />

172.7<br />

415.6<br />

469.4<br />

509.1<br />

434.2<br />

457.5<br />

502.4<br />

1.394.1<br />

MÉDIAS<br />

No 13.7<br />

Ni 50.3<br />

N2 60.9<br />

Po 46.2<br />

Pi 52.1<br />

Pj 56.6<br />

Ko 48.2<br />

Ki 50.8<br />

K2 55.8<br />

X 51.6<br />

BLOCOS<br />

Wi 500 3<br />

W2 441.1<br />

W3 452.7<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

Usina Sta. Terezinha — Engenho Bélo Dia — Plantio 10-8-48 —<br />

N.° 62 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Planta — Zona Sul<br />

22.8<br />

24.5<br />

26.4<br />

34.3<br />

36.5<br />

38.5<br />

38.7<br />

58.8<br />

38.8<br />

73.7<br />

109.3<br />

136.3<br />

95.8<br />

119.8<br />

103.7<br />

319.3<br />

•<br />

N2<br />

24.9<br />

26.8<br />

18.6<br />

46.1<br />

46.1<br />

29.5<br />

45.7<br />

48.3<br />

38.0<br />

70.3<br />

121.7<br />

132.0<br />

116.7<br />

121.2<br />

86.1<br />

324.0<br />

P X K<br />

71.0<br />

66.5<br />

78.6<br />

116.3<br />

138.0<br />

106.7<br />

137.6<br />

145.7<br />

107.4<br />

216.1<br />

361.0<br />

390.7<br />

324.9<br />

350.2<br />

292.7<br />

967.8<br />

MÉDIAS<br />

No 36.0<br />

Ni<br />

N2<br />

35.5<br />

36.0<br />

Po 24.0<br />

Pi 40.1<br />

P2 43.4<br />

Ko 36.1<br />

Ki 38.9<br />

K2 32.5<br />

~X~ 35.8<br />

BLOCOS<br />

Wi 308.6<br />

W2 373.2<br />

Vf a 286.0<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ERRO<br />

2 X2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

5.795.60<br />

218.70<br />

1.327.84<br />

24.80<br />

485.68<br />

3.68<br />

258.40<br />

8.64<br />

44.46<br />

673.50<br />

4.56<br />

2.745.34<br />

77.777.63<br />

71.982.03<br />

13.5<br />

26.2 %<br />

5 % 1 %<br />

13.6 18.8<br />

Colheita 23-11-49<br />

— Top. -4-<br />

S. Q.<br />

3.263.73<br />

455.10<br />

0.01<br />

1.82<br />

1.693.62<br />

245.76<br />

57.60<br />

126.96<br />

10.83<br />

37.10<br />

119.07<br />

515.86<br />

37.953.98<br />

34.690.25<br />

5.86<br />

16.4<br />

5 % 1 %<br />

5.89 8.15<br />

G. L.<br />

26<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

183.02<br />

OBSERVAÇÔES<br />

G. L. V<br />

1<br />

26 |<br />

2<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

11^<br />

10<br />

OBSERVAÇOES<br />

P<br />

7.3*<br />

P<br />

49.2**<br />

7.1*


Po Ko<br />

Ki<br />

K«<br />

Pi Ko '<br />

Ki<br />

K2<br />

Ps Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

p2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ri<br />

Pu Ko<br />

Ki<br />

Kî<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

•<br />

No<br />

5.3<br />

5.8<br />

17.0<br />

13.3<br />

35.2<br />

4.6<br />

36.8<br />

10.0<br />

9.3<br />

28.1<br />

43.1<br />

56.1<br />

55.4<br />

51.0<br />

30.9<br />

137.3<br />

No<br />

53.8<br />

40.4<br />

37.2<br />

40.0<br />

47.0<br />

53.0<br />

28.0<br />

39.4<br />

59.0<br />

131.4<br />

140.0<br />

126.4<br />

121.8<br />

126.8<br />

149.2<br />

397.8<br />

Ni<br />

Usina Sta. Terezinha — Èngenho Bélo bia — Planiio 10-8-48 — Colheita 17-i-êl<br />

N.° 62 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Sôca — Zona Sul — Top. -4-<br />

12.8<br />

6.5<br />

22.1<br />

17.8<br />

4.3<br />

39.3<br />

16.4<br />

32.3<br />

14.8<br />

41.4<br />

61.4<br />

63.5<br />

47.0<br />

43.1<br />

76.2<br />

166.3<br />

Ni<br />

37.6<br />

29.2<br />

40.4<br />

39.4<br />

33.6<br />

63.6<br />

42.4<br />

33.2<br />

43.0<br />

107.2<br />

136.6<br />

118.6<br />

119.4<br />

96.0<br />

147.0<br />

362.4<br />

N2<br />

29.0<br />

19.9<br />

22.8<br />

29.6<br />

19.6<br />

6.6<br />

37.7<br />

25.6<br />

29.6<br />

71.7<br />

55.8<br />

92.9<br />

96.6<br />

65.1<br />

59.0<br />

220.4<br />

P X K<br />

47.1<br />

32.2<br />

61.9<br />

60.7<br />

59.1<br />

50.5<br />

90.9<br />

67.9<br />

53.7<br />

141.2<br />

170.3<br />

212.5<br />

198.7<br />

159.2<br />

166.1<br />

524.0<br />

MÉDIAS<br />

No 15.2<br />

Ni 18.5<br />

N2 24.5<br />

Po 15.7<br />

Pi 18.9<br />

P2 23.6<br />

Ko 22.1<br />

Ki 17.7<br />

K2 18.4<br />

X 19.4<br />

BLOCOS<br />

Wi 139 1<br />

W2 252.5<br />

Wa 132.4<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

3.278.22<br />

1.012.16<br />

383.64<br />

11.66<br />

282.42<br />

3.17<br />

59.04<br />

39.86<br />

3.85<br />

14.30<br />

225.33<br />

1.242.79<br />

13.447.70<br />

10.169.48<br />

9.1<br />

46.9 %<br />

5 % 1 %<br />

9.1 12.6<br />

Usina Sta. Terezinha — Engenho Javari — Plantio 11-8-48 — Colheita 24-11-49<br />

N.° 63 — Cana t/ha — Safra: .... — Planta — Zona Sul — Top. -5-<br />

• N2<br />

72.4<br />

43.2<br />

48.6<br />

53.2<br />

48.6<br />

38.0<br />

42.0<br />

39.4<br />

55.6<br />

164.2<br />

139.8<br />

137.0<br />

167.6<br />

131.2<br />

142.2<br />

441.0<br />

1<br />

P x K<br />

163.8<br />

112.8<br />

126.2<br />

132.6<br />

129.2<br />

154.6<br />

112.4<br />

112.0<br />

157.6<br />

402.8<br />

416.4<br />

382.0<br />

408.8<br />

354.0<br />

438.4<br />

1.201.2<br />

MÉDIAS<br />

No 44.2<br />

Ni 40.3<br />

N2 49.0<br />

Po 44.7<br />

Pi 46.3<br />

P2 42.4<br />

Ko 45.4<br />

Ki 39.3<br />

K2 48.7<br />

X 44.5<br />

BLOCOS<br />

Wi 397.0<br />

W2 398.6<br />

Ws 405.6<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

2 x2<br />

C<br />

D P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.793.47<br />

4.65<br />

103.68<br />

240.67<br />

24.03<br />

42.67<br />

48.67<br />

358.83<br />

41.07<br />

232.32<br />

571.32<br />

56.233.52<br />

53.440.05<br />

9 66<br />

1.95<br />

5 % 1 %<br />

8.69 12.04<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1 |<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

V<br />

306.08<br />

82.85<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

15 75.03<br />

OBSERVAÇOES<br />

•<br />

F<br />

F<br />

6.1*<br />

4.6<br />

4.8*<br />

7.6*


Po Ko<br />

K,<br />

Ka<br />

Pi Ko •<br />

Ki<br />

. - KÎ<br />

Pa Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po<br />

Pa<br />

Ko<br />

Ki<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Ft K»<br />

Ki<br />

Ka<br />

Pa Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po<br />

Pi<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

No<br />

27.0<br />

14.8<br />

14.8<br />

67.4<br />

61.4<br />

69.0<br />

71.2<br />

78.6<br />

80.4<br />

56.6<br />

197 8<br />

165.6<br />

154.8<br />

164.2<br />

484.6<br />

No<br />

23.0<br />

28.4<br />

27.2<br />

45.4<br />

40.8<br />

41.3<br />

49.9<br />

44.4<br />

41.3<br />

78.6<br />

127.5 •<br />

135.6<br />

118.3<br />

113.6<br />

109.8<br />

341.7<br />

Usina Sta. Terezvnha, — Engenho Prosperidade — flantio<br />

N.« 64 — Cana t/ha — Safra: 49-50 — .Planta — Zona Sul — Top. -1-<br />

28.8<br />

34.0<br />

11.8<br />

77.8<br />

72.0<br />

78.8<br />

78.4<br />

90.6<br />

77.6<br />

74.6<br />

228 6<br />

246.6<br />

185.0<br />

196.6<br />

168.2<br />

549.8<br />

N,<br />

23.5<br />

35.6<br />

26.6<br />

40.9<br />

48.6<br />

41.2<br />

40.7<br />

51.8<br />

44.8<br />

85.7<br />

130.7<br />

137.3<br />

105.1<br />

136.0<br />

112.6<br />

353.7<br />

20.4<br />

25.2<br />

29.8<br />

63.8<br />

70.6<br />

64.6<br />

85.8<br />

82.2<br />

85.6<br />

75.4<br />

199 0<br />

253.6<br />

170.0<br />

178.0<br />

180.0<br />

528.0<br />

P x K<br />

76.2<br />

74.0<br />

56.4<br />

209.0<br />

204.0<br />

212.4<br />

235.4<br />

251.4<br />

243.6<br />

206.6<br />

625 4<br />

730.4<br />

520.6<br />

529.4<br />

512.4<br />

1.562.4<br />

No<br />

Ni<br />

Na<br />

Po<br />

Pi<br />

Pu<br />

Ko<br />

Ki<br />

X<br />

Wi<br />

Wa<br />

W3<br />

Usina Catenae — Engenho Ouricurl<br />

N.» 65 — Cana t/ha — Safra: 49-50<br />

Na<br />

27.2<br />

32.4<br />

28.3<br />

40.3<br />

40.6<br />

53.0<br />

51.6<br />

27.8<br />

61.3<br />

87.9<br />

133.9<br />

140.7<br />

119.1<br />

100.8<br />

142.6<br />

362.5<br />

P x K<br />

73.7<br />

96.4<br />

82.1<br />

126.6<br />

130.0<br />

135.5<br />

142.2<br />

124.0<br />

147.4<br />

252.2<br />

392.1<br />

413.6<br />

342.5<br />

350.4<br />

365.0<br />

1.057.9<br />

MÉDIAS<br />

53.8<br />

61.1<br />

58.7<br />

22.9<br />

69.5<br />

81.1<br />

57.8<br />

58.8<br />

56.9<br />

57.9<br />

550.2<br />

520.2<br />

492.0<br />

MÉDIAS<br />

No 38.0<br />

Ni 39.3<br />

Nj 40.3<br />

Po 28.0<br />

Pi 43.6<br />

Pj 45.9<br />

Ko 38.0<br />

Ki 38.9<br />

Ka 40.5<br />

X 39.2<br />

oco<br />

Wi 350.5<br />

W2 339 0<br />

W3 368.4<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOOOS<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 Xa<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

18.102.16<br />

188.24<br />

140.16<br />

15.242.58<br />

1.823.52<br />

3.73<br />

12.33<br />

1.76<br />

65.33<br />

65.33<br />

509.04<br />

108.513.04<br />

90.410.88<br />

5.82<br />

10.0 %<br />

5% 1%<br />

5.85 8.10<br />

Plantio 9-8-48 — Colheita 16-12-49<br />

Planta — Zona Sul — Top. -II-<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 Xa<br />

c D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.695.05<br />

48.78<br />

24.03<br />

0.20<br />

1.447.22<br />

259.61<br />

28.12<br />

0.84<br />

1.47<br />

85.33<br />

0.85<br />

798.60<br />

44.145.13<br />

41.450.08<br />

7.3<br />

18.6 %<br />

5% 1%<br />

7.3 10.1<br />

CJ<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 111111<br />

1<br />

V<br />

15 33.93<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 111<br />

1<br />

1<br />

15<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

53.24<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

449.2*•<br />

53.7"<br />

F<br />

27.2**<br />

4.9»


P. Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Pi Ko<br />

ICi<br />

Kj<br />

Pa Ko<br />

Kl<br />

Ks<br />

Po<br />

P,<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Pi Ko<br />

Kj<br />

K2<br />

PJ KO<br />

KI<br />

&<br />

Po<br />

Pi<br />

Pu<br />

Ko<br />

Ki<br />

KJ<br />

No<br />

44.1<br />

54.1<br />

47.2<br />

50.0<br />

48.9<br />

53.9<br />

51.1<br />

61.0<br />

54.7<br />

145.4<br />

152.8<br />

166.8<br />

145.2<br />

164.0<br />

155.8<br />

465.0<br />

No<br />

22.7<br />

28.0<br />

31.7<br />

35.1<br />

35.0<br />

42.0<br />

41.6<br />

42.8<br />

50.2<br />

82.4<br />

112.1<br />

134.6<br />

99.4<br />

105.8<br />

123.9<br />

329.1<br />

Ni<br />

• 70.9<br />

58.3<br />

53.1<br />

54.0<br />

70.9<br />

60.4<br />

52.4 '<br />

58.6<br />

73.0<br />

182.3<br />

185.3<br />

184.0<br />

177.3<br />

187.8<br />

186.5<br />

551.6<br />

N.<br />

Usina Catenae — Engenho Ouricuri — Plantio 9-8-48<br />

N.? 65 — Cana t/ha — Safra: 50-51 — Sóca — Zona<br />

Usina<br />

N.9<br />

30.9<br />

26.4<br />

36.2<br />

48.1<br />

49.1<br />

46.8<br />

39.2<br />

47.6<br />

62.7<br />

93.5<br />

144.0<br />

149.5<br />

118.2<br />

123.1<br />

145.7<br />

387.0<br />

N2<br />

54.3<br />

59.2<br />

46.1<br />

53.5<br />

63.9<br />

64.2<br />

61.5<br />

34.5<br />

74.6<br />

159.6<br />

181.6<br />

170.6<br />

169.3<br />

157.6<br />

184.9<br />

511.8<br />

P X K<br />

169.3<br />

171.6<br />

146.1<br />

157.5<br />

183.7<br />

178.5<br />

165.0<br />

154.1<br />

202.3<br />

487.3<br />

519 7<br />

521.4<br />

491.8<br />

509.4<br />

527.2<br />

1.528.4<br />

MÉDIAS<br />

No 51.7<br />

Ni 61.3<br />

N2 56.9<br />

Pi 57.7<br />

Po 54.1<br />

P2 57.9<br />

Ko 54.6<br />

Ki 56.6<br />

K2 58.6<br />

X 56.6<br />

BLOCOS<br />

WI 515.8<br />

W2 524.4<br />

W3 488.2<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

•xrt<br />

K.<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊREO<br />

2 x.<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

Colheita 30-11-50<br />

Sul — Top. -2-<br />

S. Q.<br />

2.229.53<br />

79.48<br />

121.68<br />

295.86<br />

64.60<br />

17.45<br />

69.62<br />

0.00<br />

9.01<br />

2.08<br />

78.54<br />

1.491.21<br />

88.748.28<br />

86.518.76<br />

9.97<br />

17.6 %<br />

5% 1%<br />

10.0 13.9<br />

Catende — Engenho Bôa Vista — Plantio 10-8-48 — Colheita 15-12-49<br />

66 — Cana t/ha — Safra: 49-50 — Plantai<br />

— Zona Sul — Top. -4-<br />

N2<br />

34.4<br />

22.0<br />

23.0<br />

62.8<br />

49.1<br />

54.0<br />

P x K<br />

88.0<br />

76.4<br />

90.9<br />

146.0<br />

133.2<br />

142.8<br />

49.4<br />

130.2<br />

54.0<br />

144.4<br />

51.4 | 164.3<br />

79.4<br />

165.9<br />

154.8<br />

146.6<br />

125.1<br />

128.4<br />

400.1<br />

255.3<br />

422.0<br />

438.9<br />

364.2<br />

354.0<br />

398.0<br />

1.116.2<br />

MÉDIAS<br />

No 36.6<br />

Ni 43.0<br />

N2 44.4<br />

Po 28.4<br />

Pi 46.9<br />

P2 48.8<br />

Ko 40.5<br />

Ki 39.3<br />

K2 44.2<br />

X 41.3<br />

HT OPftCÏ<br />

Wi 366.2<br />

W2 369.8<br />

Ws 380.2<br />

•<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

3.538.99<br />

11.75<br />

280.05<br />

37.17<br />

1.782.72<br />

415.56<br />

63.46<br />

54.41<br />

44.85<br />

151.94<br />

81.12<br />

525.96<br />

49.683:52<br />

46.144.53<br />

5.92<br />

14.3 %<br />

5% 1%<br />

5.9 8.2<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1.<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

99.41<br />

OBSBRVAÇOES<br />

V<br />

35.06<br />

OBSEEVAÇOES<br />

F<br />

F<br />

8.0'<br />

53.4«<br />

11.8**<br />


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OS CO<br />

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Po Ko<br />

K,<br />

Ka<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

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Po Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

"Pi Ko<br />

Ki<br />

KJ<br />

PJ Ko<br />

Ki<br />

VU<br />

Po<br />

Pi<br />

P*<br />

Ko<br />

Ki<br />

KÎ<br />

No<br />

33.9<br />

34.7<br />

25.7<br />

26.1<br />

62.5<br />

39.6<br />

28.9<br />

33.6<br />

35.8<br />

94.3<br />

128.2<br />

98.3<br />

88.9<br />

130.8<br />

101.1<br />

320.8<br />

No<br />

34.8<br />

32.7<br />

29.5<br />

31.0<br />

31.4<br />

34.7<br />

45.0<br />

22.8<br />

37.0<br />

97.0<br />

97.1<br />

104.8<br />

110.8<br />

86.9<br />

101.2<br />

298.9<br />

Ni<br />

20.0<br />

31.7<br />

28.0<br />

28.8<br />

28.8<br />

34.7<br />

19.1<br />

30.0<br />

28.3<br />

79.7<br />

92.3<br />

77.4<br />

67.9<br />

90.5<br />

91.0<br />

249.4<br />

Ni<br />

Usina Catenae — Engenho Alegre — Plantio 10-8-48 — Colheita 1-12-50<br />

N.« 67 — Cana t/ha — Safra: 50-51 — Sóca — Zona Sul — Top. -6-<br />

N2<br />

29.7<br />

36.9<br />

37.5<br />

22.4<br />

37.1<br />

36.6<br />

26.1<br />

28.5<br />

34.8<br />

104.1<br />

96.1<br />

89.4<br />

78.2<br />

102.5<br />

108.9<br />

289.6<br />

P x K<br />

83.6<br />

103.3<br />

91.2<br />

77.3<br />

128.4<br />

110.9<br />

74.1<br />

92.1<br />

98.9<br />

278.1<br />

316.6<br />

265.1<br />

235.0<br />

323.8<br />

301.0<br />

859.8<br />

MÉDMS<br />

No 35.6<br />

Ni 27.7<br />

N2 32.2<br />

Po 30.9<br />

Pi 35.2<br />

P2 29.4<br />

Ko 26.1<br />

Ki 36.0<br />

K2 33.4<br />

X 31.8<br />

BLOCOS<br />

Wi 296.6<br />

W2 295.9<br />

Wi 267.3<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

S Xa<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

1<br />

S. Q.<br />

1.725.11<br />

62.11<br />

54.08<br />

230.64<br />

9.38<br />

150.00<br />

242.00<br />

230.64<br />

29.14<br />

28.52<br />

24.65<br />

663.95<br />

29.104.96<br />

27.379.85<br />

6.65<br />

20.9 %<br />

5% 1%<br />

6.7 9.2<br />

Usina Roçadvnho — Engenho Roçadinho — Plantio 11-8-48 — Colheita 16-12-49<br />

N.» 68 — Cana t/ha — Safra: 49-50 — Planta Zona Sul — Top. -2-<br />

30.8<br />

36.2<br />

28.6<br />

38.8<br />

29.5<br />

36.4<br />

32.0<br />

39.9<br />

40.2<br />

95.6<br />

104.7<br />

112.1<br />

101.6<br />

105.6<br />

105.2<br />

312.4<br />

N2<br />

29.7<br />

33.6<br />

30.0<br />

39.0<br />

35.3<br />

43.7<br />

36.0<br />

39.3<br />

47.3<br />

93.3<br />

118.0<br />

122.6<br />

104.7<br />

108.2<br />

121.0<br />

333.9<br />

P x K<br />

95.3<br />

102.5<br />

88.1<br />

108.8<br />

96.2<br />

114.8<br />

113.0<br />

102.0<br />

124.5<br />

285.9<br />

319.8<br />

339.5<br />

317.1<br />

300.7<br />

327.4<br />

945.2<br />

MÉDIAS<br />

No 33.2<br />

Ni 34.7<br />

N2 37.1<br />

Po 31.8<br />

Pi 35.5<br />

P2 37.7<br />

Ko 35.2<br />

Ki 33.4<br />

K, 36.4<br />

X 35.0 '<br />

Wi 308.8<br />

Wi 332.9<br />

Ws 303.5<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

801.82<br />

54.56<br />

68.05<br />

1.19<br />

159.60<br />

3.74<br />

5.89<br />

34.40<br />

38.52<br />

55.90<br />

29.14<br />

350.83<br />

33.890.82<br />

33.089.00<br />

4.83<br />

13.8 %<br />

5% 1%<br />

4.8 6.7<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 1 11111<br />

1<br />

15<br />

V<br />

44.26<br />

OBSERVAÇOES<br />

G. L. | V<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

15 23.38<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

5.2«<br />

5.2«<br />

5.2'<br />

F<br />

6.8'<br />

-


Po Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Vi-- Ko<br />

Ki<br />

K,<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Po<br />

P><br />

Pî<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

-<br />

No<br />

27.9<br />

22.5<br />

18.4<br />

18.5<br />

24.6<br />

22.8<br />

23.3<br />

15.0<br />

27.7<br />

68.8<br />

65.9<br />

66.0<br />

69.1<br />

62.1<br />

68.9<br />

200.7<br />

No<br />

41.4<br />

46.8<br />

43.8<br />

89.7<br />

54.2<br />

54.4<br />

79.4<br />

57.6<br />

62.1<br />

132.0<br />

198.3<br />

199.1<br />

210.5<br />

158.6<br />

160.3<br />

529.4<br />

Ni<br />

Usina Roçadvnho — Engenho Roçadinho — Pla


Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

F2<br />

Ko<br />

Ki<br />

KJ<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

P8<br />

Ko<br />

Ki<br />

KJ<br />

Po<br />

Pi<br />

Pa<br />

Ko<br />

Ki<br />

K=<br />

No<br />

8.4<br />

17.2<br />

35.8<br />

51.2<br />

62.8<br />

49.4<br />

64.0<br />

60.2<br />

80.2<br />

61.4<br />

163.4<br />

204.4<br />

123.6<br />

140.2<br />

165.4<br />

429.2<br />

No<br />

4.1<br />

15.4<br />

30.3<br />

39.3<br />

51.3<br />

39.4<br />

53.6<br />

42.4<br />

• 69.9<br />

49.8<br />

130.0<br />

165.9<br />

97.0<br />

109.1<br />

139.6<br />

345.7<br />

Vsina Uniâo e Indûstria — Engenlio Garra — Plamtio 6-8-48 — Colheita 11-11-49<br />

N.o 70 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Planta — Zona Sul — Top. -1-<br />

Ni<br />

27.0<br />

11.0<br />

19.2<br />

45.4<br />

63.6<br />

' 60.8<br />

58.6<br />

83.0<br />

74.8<br />

57.2<br />

169.8<br />

216.4<br />

131.0<br />

157.6<br />

154.8<br />

443.4<br />

Ni<br />

' N2<br />

23.6<br />

31.6<br />

16.8<br />

54.0<br />

65.0<br />

50.4<br />

64.6<br />

71.0<br />

87.2<br />

72.0<br />

169.4<br />

222.8<br />

142.2<br />

167.6<br />

154.4<br />

464.2<br />

P x K<br />

59.0<br />

59.8<br />

71.8<br />

150.6<br />

191.4<br />

160.6<br />

187.6<br />

214.2<br />

242.2<br />

190.6<br />

502.6<br />

643.6<br />

396.8<br />

465.4<br />

474.6<br />

1.336.8<br />

MÉDIAS<br />

No 47.7<br />

Ni 49.3<br />

Na 51.6<br />

Po 21.2<br />

Pi 55.8<br />

P2 71.5<br />

Ko 44.1<br />

Ki 51.7<br />

Ka 52.7<br />

X 49.5<br />

BLOCOS<br />

Wi 395.6<br />

W2 506.2<br />

Wi 435.0<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

©. M. S..<br />

S. Q.<br />

13.895.63<br />

698.30<br />

68.05<br />

0.81<br />

11.400.50<br />

541.50<br />

336.26<br />

65.35<br />

5.07<br />

73.01<br />

148.40<br />

558.38<br />

80.U82.08<br />

66.186.45<br />

6.1C<br />

12.3<br />

5% 1%<br />

6.12 8.48<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Garra — Plantio 6-8-48 — Colheita 22-2-51<br />

N.o 70 — Cana t/ha — Safra : 50/51 — Sóca — Zona Sul — Top. -1-<br />

26.6<br />

12.8<br />

19.4<br />

28.1<br />

52.4<br />

38.5<br />

42.6<br />

67.3<br />

54.8<br />

58.8<br />

119.0<br />

164.7<br />

97.3<br />

132.5<br />

112.7<br />

342.5<br />

N2<br />

17.8<br />

22.0<br />

13.4<br />

29.7<br />

45.2<br />

36.4<br />

42.6<br />

50.9<br />

59.6<br />

53.2<br />

111.3<br />

153.1<br />

90.1<br />

118.1<br />

109.4<br />

317.6<br />

P x K<br />

48.5<br />

50.2<br />

63.1<br />

97.1<br />

148.9<br />

114.3<br />

138.8<br />

160.6<br />

184.3<br />

161.8<br />

360.3<br />

483.7<br />

184.4<br />

359.7<br />

361.7<br />

1.005.8<br />

MÉDIAS<br />

No 38.4<br />

Ni 38.0<br />

N2 35.3<br />

Po 18.0<br />

P! 40.0 '<br />

P2 53.7<br />

Ko 31.6<br />

Ki 40.0<br />

K2 40.2<br />

X 37.2<br />

BLOCOS<br />

Wi 282.8<br />

W2 378.9<br />

Wi 344.1<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

7.790.11<br />

256.07<br />

43.86<br />

8.72<br />

5.750.64<br />

104.44<br />

331.96<br />

99.49<br />

21.87<br />

45.24<br />

79.56<br />

772.26<br />

45.2-8.02<br />

37.467.91<br />

7.17<br />

19.2 %<br />

5% 1%<br />

7.2 10.0<br />

G. L.<br />

2<br />

26<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1111<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

• 1 1<br />

15<br />

V F<br />

OBSERVAÇÔES<br />

306.3 e *<br />

14.5**<br />

9.0'*<br />

v ! *<br />

263.03<br />

51.48<br />

OBSERVAQSES<br />

0<br />

5.1'<br />

111.8 0< °<br />

6.4»


Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

.f 2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

PJ KO<br />

KI<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

15.2<br />

57.6<br />

12.0<br />

49.8<br />

40.6<br />

40.6<br />

48.4<br />

60.2<br />

49.4<br />

84.8<br />

131.0<br />

158.0<br />

113.4<br />

158.4<br />

102.0<br />

373.8<br />

No<br />

' 21.7<br />

43.0<br />

15.3<br />

63.2<br />

30.2<br />

42.9<br />

50.4<br />

69.4<br />

40.5<br />

80.0<br />

136.3<br />

160.3<br />

135.3<br />

142.6<br />

98.7<br />

376.6<br />

Usima Uniâo e Indûstria — Etngenho Mwriquita — Pl&ntio 5-8-48 — Colheita. 16-11-49<br />

N.° 71 — Cana t/ha — riafra: 49/50 — Planta — Zona Sul — Top. -2-<br />

Ni<br />

20.8<br />

36.3<br />

13.4<br />

47.4<br />

76.8<br />

48.6<br />

60.2<br />

66.0<br />

45.8<br />

70.5<br />

172.8<br />

172.0<br />

128.4<br />

179.1<br />

107.8<br />

415.3<br />

N2<br />

30.2<br />

19.0<br />

23.6<br />

55.2<br />

41.8<br />

ti.O<br />

71.0<br />

60.8<br />

68.2<br />

72.8<br />

151.0<br />

200.0<br />

156.4<br />

121.6<br />

145.8<br />

423.8<br />

P X K<br />

66.2<br />

112.9<br />

49.0<br />

152.4<br />

159.2<br />

143.2<br />

179.6<br />

' 187.0<br />

163.4<br />

228.1<br />

454.8<br />

530.0<br />

398.2<br />

459.1<br />

355.6<br />

1.212.9<br />

No<br />

Ni<br />

N2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

X<br />

MÉDIAS<br />

BLOCOS<br />

41.5<br />

46.1<br />

47.1<br />

25.3<br />

50.5<br />

58.9<br />

44.2<br />

51.0<br />

39.5<br />

44.9<br />

Wo 381.9<br />

W2<br />

Wi<br />

378.8<br />

452.2<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

EURO<br />

C<br />

D. P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

8.834.05<br />

382.93<br />

138.88<br />

. 20.17<br />

5.063.53<br />

425.04<br />

100.82<br />

500.51<br />

243.00<br />

5.00<br />

8.00<br />

1.959.04<br />

63.320.21<br />

54.486.16<br />

11 43<br />

25.4 %<br />

5% 1%<br />

11.47 15.89<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Mariquita — Plantio 5-8-48 — Cctheita 21-2-51<br />

N.° 71 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Sóca — Zona Sul — Top. -2-<br />

Ni<br />

27.6<br />

50.2<br />

13.5<br />

48.5<br />

76.6<br />

74.9<br />

54.6<br />

55.8<br />

38.2<br />

91.3<br />

200.0<br />

148.6<br />

130.7<br />

182.6<br />

126.6<br />

439.9<br />

N2<br />

34.9<br />

17.1<br />

36.7<br />

56.4<br />

31.6<br />

39.9<br />

77.6<br />

39.3<br />

38.0<br />

88.7<br />

127.9<br />

154.9<br />

168.9<br />

88.0<br />

114.6<br />

371.5<br />

P x K<br />

84.2<br />

110.3<br />

65.5<br />

168.1<br />

138.4<br />

157.7<br />

182.6<br />

164.5<br />

116.7<br />

260.0<br />

464.2-<br />

463.8<br />

434.9<br />

413.2<br />

339.9<br />

1.188.0<br />

MÉDIAS<br />

No 41.8<br />

Ni 48.9<br />

N2 41.3<br />

Po 28.9<br />

Pi 51.6<br />

P2 51.5<br />

Ko 48.3<br />

Ki 45.9<br />

Ki 37.8<br />

X 44.0<br />

BLOCOS<br />

Wi 416 8<br />

W, 365.7<br />

Ws 405.5<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK 1<br />

ÊRBO<br />

c<br />

D p<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

1<br />

S. Q.<br />

8.512.44<br />

160.10<br />

1.44<br />

321.20<br />

2.307.46<br />

775.20<br />

501.38<br />

49.30<br />

11.04<br />

26.10<br />

185.65<br />

60.784.44<br />

52 272 00<br />

16 68<br />

37.9 %<br />

5% 1%<br />

16.7 23.2<br />

G. L.<br />

2<br />

26<br />

1<br />

• 1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

2<br />

26<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

130.60<br />

OBSERVAÇÔES<br />

V<br />

278.23<br />

OBSERVAÇÔES<br />

1<br />

38.8"<br />

F<br />

8.3'


Po Ko<br />

Ki<br />

K,<br />

PI KO<br />

KI<br />

Ki<br />

PJ KO<br />

KI<br />

Ks<br />

Po<br />

Pi<br />

PJ<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Po Ko<br />

K,<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

K,<br />

Kj<br />

PJ KO<br />

K,<br />

KJ<br />

Po<br />

p,<br />

Pj<br />

Ko<br />

Ki<br />

K><br />

No<br />

45.6<br />

.45.2<br />

43.3<br />

35.0<br />

46.5<br />

55.3<br />

52.5<br />

50.0<br />

41.8<br />

134.1-<br />

136.8<br />

144.3<br />

133.1<br />

141.7<br />

140.4<br />

415.2<br />

No<br />

53.0<br />

42.8<br />

36.2<br />

37.3<br />

42.7<br />

60.5<br />

60.2<br />

56.3<br />

41.6<br />

132.0<br />

140 5<br />

158.1<br />

150.5<br />

141.8<br />

138.3<br />

430.6<br />

Usina Uni&o e Indüstria<br />

N.« — Cana t/ha<br />

N!<br />

44.4<br />

46.5<br />

46.6<br />

42.9<br />

44.3<br />

57.8<br />

42.4<br />

59.3<br />

63.6<br />

137.5<br />

145.0<br />

165.3<br />

129.7<br />

150.1<br />

168.0<br />

447.8<br />

N2<br />

52.6<br />

77.1<br />

66.1<br />

66.8<br />

65.9<br />

44.6<br />

61.3<br />

66.4<br />

82.5<br />

195.8<br />

177.3<br />

210.2<br />

180.7<br />

209.4<br />

193.2<br />

583.3<br />

Engenho Refresco — Plantio 10-8-48<br />

Safra: 49-50 — Planta — Zona Sul<br />

P X K MÉDIAS<br />

142.6<br />

168.8<br />

156.0<br />

144.7<br />

156.7<br />

157.7<br />

156.2<br />

175.7<br />

187.9<br />

467.4<br />

459.1<br />

519.8<br />

443.5<br />

501.2<br />

501.6<br />

1.446.3<br />

No 46.1<br />

Ni 49.7<br />

Nj 64.8<br />

Po 51.9<br />

Pi 51.0<br />

P2 57.7<br />

Ko 49.3<br />

Ki 55.7<br />

Ki 55.7<br />

X 53.6<br />

Wi 497.2<br />

Wi 530.2<br />

W3 418.9<br />

EFBrros<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

2<br />

ÊRRO<br />

c<br />

Xi<br />

D. C. P. V.<br />

D. M. S.<br />

Usina Uniâo e Indüstria — Engeriho Refresco — Plantio 10-8-48<br />

N.» 72 — Cana t/ha — Safra: 50-51 — Sóca — Zona Sul<br />

Ni<br />

51.4<br />

36.7<br />

41.7<br />

31.6<br />

51.3<br />

43.4 •<br />

45.1<br />

45.6<br />

51.9<br />

129.8<br />

126 3<br />

142.6<br />

128.1<br />

133.6<br />

137.0<br />

398.7<br />

49.6<br />

73.6<br />

52.7<br />

58.7<br />

43.0<br />

39.7<br />

46.7<br />

57.9<br />

92.2<br />

175.9<br />

141 4<br />

196.8<br />

155.0<br />

174.5<br />

184.6<br />

514.1<br />

P x K<br />

154.0<br />

153.1<br />

130.6<br />

127.6<br />

137.0<br />

• 143.6<br />

152.0<br />

159.8<br />

185.7<br />

437.7<br />

408 2<br />

497.5<br />

433.6<br />

449.9<br />

459.9<br />

1.343.4<br />

MÉDIAS<br />

No 47.8<br />

Ni 44.3<br />

N2 57.1<br />

Po 48.6<br />

Pi 45.3<br />

P2 55.3<br />

Ko 48.2<br />

Ki 50.0<br />

K2 51.1<br />

X 49.7<br />

Wj 432.4<br />

W2 504 0<br />

Wj 407.0<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCO<br />

N'<br />

N"<br />

P' »<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 Xj<br />

C<br />

T> P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

Colheita 26-10-49<br />

Top. -6-<br />

S. Q.<br />

3.628.26<br />

726.20<br />

1.569.86 ,<br />

196.08<br />

152.54<br />

88.16<br />

187.53<br />

60.80<br />

1.47<br />

2.25<br />

27.90<br />

615.47<br />

81.101.73<br />

77.473.47<br />

6.40<br />

11.9 %<br />

5% 1%<br />

6.43 8.90<br />

— Colheita 24-1-51<br />

— Top. -6-<br />

S. Q.<br />

4.116.65 .<br />

565.25<br />

387.34<br />

401.80<br />

198.66<br />

261.36<br />

38.42<br />

0.73<br />

2.25<br />

145.60<br />

271.70<br />

1.843.54<br />

70.958.26<br />

66.841.61<br />

11 1<br />

22.3 %<br />

5% 1%<br />

11.1 15.4<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 '<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1 1<br />

1 1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

41.03<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

122.90<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

38.3"<br />

4.7'<br />

4.6°<br />

F


Po Ko<br />

Kt<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

KJ<br />

P2 Ko<br />

K,<br />

KJ<br />

Po<br />

Pi<br />

P»<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Po<br />

Pi<br />

Pi<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

No<br />

26.8<br />

40.2<br />

33.2<br />

50.6<br />

38.8<br />

64.0<br />

49.0<br />

54.9<br />

46.6<br />

100.2<br />

153.4<br />

150.5<br />

126.4<br />

133.9<br />

143.8<br />

404.1<br />

No<br />

26.3<br />

44.1<br />

36.6<br />

43.7<br />

48.1<br />

48.9<br />

50.6<br />

37.9<br />

42.5<br />

107.0<br />

140.7<br />

131.0<br />

120.6<br />

130.1<br />

128.0<br />

378.7<br />

Ni<br />

Uniäo e IndüstrUt. — Engeriho Recreio — Plantio 10-8-48 — Colheita 25-10-49<br />

N.« 73 — Cana t/ha — Safra: 49-50 — Planta — Zona Sul — Top. -5-<br />

33.4<br />

26.8<br />

31.6<br />

60.4<br />

63.6<br />

56.2<br />

53.2<br />

78.0<br />

52.2<br />

91.8<br />

180.2<br />

183.4<br />

147.0<br />

.168.4<br />

140.0<br />

455.4<br />

Usina,<br />

Ni<br />

43.2<br />

30.8<br />

39.1<br />

52.1<br />

41.0<br />

44.2<br />

40.1<br />

68.6<br />

34.7<br />

113.1<br />

137.3<br />

143.4<br />

135.4<br />

140.4<br />

118.0<br />

393.8<br />

N2<br />

39.0<br />

26.0<br />

27.0<br />

67.4<br />

73.6<br />

67.6<br />

74.8<br />

75.4<br />

68.8<br />

92.0<br />

208.6<br />

219.0<br />

181.2<br />

175.0<br />

163.4<br />

519.6<br />

Uniäo e Indûstna —<br />

N.« 73 — Cana t/ha<br />

N2<br />

42.4<br />

29.9<br />

30.9<br />

44.7<br />

73.3<br />

54.5<br />

.55.8<br />

66.0<br />

51.3<br />

103.2<br />

172.5<br />

173.1<br />

142.0<br />

169.2<br />

136.7<br />

448.8<br />

P x K<br />

99.2<br />

93.0<br />

91.8<br />

178.4<br />

176.0<br />

187.8<br />

177.0<br />

208.3<br />

167.6<br />

284.0<br />

542.2<br />

552.9<br />

454.6<br />

477.3<br />

447.2<br />

1.379.1<br />

P<br />

1<br />

MÉDIAS<br />

No 44.9<br />

Ni 50.6<br />

N2 57.7<br />

Po 31.5<br />

Pi 60.2<br />

Ps 61.4<br />

Ko 50.5<br />

Ki 53.0<br />

Ki 49.7<br />

X 51.1<br />

BLOCOS<br />

Wi 460.5<br />

W2 450.8<br />

Wa 467.8<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

S x2<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

7.535.65<br />

16.16<br />

741.12<br />

3.09<br />

4.017.06<br />

1.134.38<br />

3.04<br />

51.63<br />

490.24<br />

103.25<br />

33.00<br />

975.35<br />

77.977.01<br />

70.441.36<br />

8.06<br />

15.8 %<br />

5% 1%<br />

8.09 11.21<br />

Engenho Recreio — Plantio 10-8-48 — Colheita 25-1-51<br />

— Safra : 50-51 — Sóca — Zona Sul — Top. -5-<br />

x K<br />

111.9<br />

104.8<br />

106.6<br />

140.5<br />

162.4<br />

147.6<br />

146.5<br />

172.5<br />

128.5<br />

323.3<br />

450.5<br />

447.5<br />

398.9<br />

439.7<br />

382.7<br />

221.3<br />

No<br />

Ni<br />

N2<br />

Po<br />

Pi<br />

p2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K»<br />

X<br />

Wi<br />

Wi<br />

MÉDIAS<br />

Buoms<br />

42.1<br />

43.7<br />

49.9<br />

35.9<br />

50.0<br />

49.7<br />

44.3<br />

48.8<br />

42.5<br />

45.2<br />

390.7<br />

417.2<br />

413.4<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

S X2<br />

C<br />

D p<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

3.450.06<br />

45.62<br />

273.00<br />

29.48<br />

856.98<br />

313.92<br />

14.58<br />

177.12<br />

175.56<br />

13.44<br />

13.44<br />

1.536.92<br />

58.693.53<br />

55.243.47<br />

10 1<br />

22.3 %<br />

5% 1%<br />

10.2 14.1<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

65.02<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

102.46<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

11.4"<br />

61.8**<br />

17.4**<br />

F<br />

8.4*


Po Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki .<br />

Ks<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Po<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po<br />

Pj<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

N,<br />

37.2<br />

25.2<br />

39.4<br />

30.6<br />

51.6<br />

45.2<br />

49.8<br />

30.4<br />

55.4<br />

101.8<br />

127 4<br />

135.6<br />

117.6<br />

107.2<br />

140.0<br />

364.8<br />

No<br />

28.4<br />

22.5<br />

42.9<br />

25.9<br />

46.0<br />

37.7<br />

33.9<br />

24.8<br />

38.3<br />

93.8<br />

109 6<br />

97!o<br />

88.2<br />

93.3<br />

118.9<br />

300.4<br />

Usina Uniâo 0 Indûstria — Eng&nho Pilôes — Plantio 18-8-4!<br />

N.9 77 --<br />

Cana t/ha — Safra : 49-50 — Planta — Zona Sul<br />

Ni<br />

26.4<br />

39.4<br />

49.2<br />

46.8<br />

52.8<br />

55.8<br />

42.4<br />

54.8<br />

61.6<br />

115.0<br />

155 4<br />

158.8<br />

115.6<br />

147.0<br />

166.6<br />

429.2<br />

Nj<br />

22.8<br />

40.8<br />

55.0<br />

41.8<br />

39.4<br />

52.0<br />

51.4<br />

59.0<br />

47.4<br />

118.6<br />

133 2<br />

157.8<br />

116.0<br />

139.2<br />

154.4<br />

409.6<br />

P xK<br />

86.4<br />

105.4<br />

143.6<br />

119.2<br />

143.8<br />

153.0<br />

143.6<br />

144.2<br />

164.4<br />

335.4<br />

416 0<br />

452.2<br />

349.2<br />

393.4<br />

461.0<br />

1.203.6<br />

No<br />

Ni<br />

N2<br />

Po<br />

Pi<br />

Pa<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

X<br />

Wi<br />

w2<br />

MÉDIAS<br />

40.5<br />

47.7<br />

45.5<br />

37.3<br />

46.2<br />

50.2<br />

38.8<br />

43.7<br />

51.2<br />

44.6<br />

406.4<br />

407 8<br />

389.4<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 Xa<br />

C<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

Colheita 8-11-49<br />

— Top. -3-<br />

S. Q.<br />

2.972.59<br />

23.31<br />

111.50<br />

130.67<br />

757.90<br />

36.51<br />

694.40<br />

10.14<br />

2.43<br />

21.33<br />

110.41<br />

1.073.99<br />

56.626.40<br />

53.653.81<br />

8 46<br />

19.0 %<br />

5% 1%<br />

8.5 11.8<br />

Usina Uni&o e Indûstria — Engenho Pilôes — Plantio 18-8-48 - - Colheita 31-1-51<br />

N.9 77 — Cana t/ha — Safra: 50-51 — Sóca — Zona Sul<br />

— Top. -3-<br />

Ni<br />

26.7<br />

34.0<br />

40.6<br />

34.1<br />

39.4<br />

51.4<br />

28.9<br />

33.2<br />

53.0<br />

101.3<br />

124.9<br />

115.1<br />

89.7<br />

106.6<br />

145.0<br />

341.3<br />

N,<br />

25.7<br />

41.6<br />

52.7<br />

17.6<br />

30.4<br />

49.4<br />

47.6<br />

38.9<br />

46.5<br />

120.0<br />

97 4<br />

133.0<br />

90.9<br />

110.9<br />

148.6<br />

350.4<br />

P x K<br />

80.8<br />

98.1<br />

136.2<br />

77.6<br />

115.8<br />

138.5<br />

110.4<br />

96.9<br />

137.8<br />

315.1<br />

331.9<br />

341.1<br />

268.8<br />

310.8<br />

412.5<br />

992.1<br />

MÉDIAS<br />

No 33.4<br />

Ni<br />

N2<br />

37.9<br />

38.9<br />

Po 35.0<br />

Pi 36.9<br />

P2 37.9<br />

Ko 29.9<br />

Ki 34.5<br />

Ka 45.8<br />

X 36.7<br />

BLOCOS<br />

Wi 342.7<br />

W2 339 8<br />

W3 309.6<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

c<br />

D C.V. P<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.542.97<br />

74.67<br />

138.88<br />

18.72<br />

37.55<br />

1.06<br />

1.147.20<br />

66.00<br />

8.00<br />

60.75<br />

65.33<br />

924.81<br />

38.997.13<br />

36.454.16<br />

7 85<br />

21.4 %<br />

5% 1%<br />

7.88 10.92<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

71.59<br />

OBSERVAÇOES<br />

"V<br />

61.65<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

10.6*»<br />

9.7* 4<br />

F<br />

18.6««


Po Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Pa Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po<br />

Pj<br />

Pa<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Pj Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

Pa<br />

Ko 8<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

61.2<br />

53.2<br />

53.1<br />

55.2<br />

84.2<br />

81.3<br />

72.2<br />

76.2<br />

84.6<br />

167.5<br />

220 7<br />

233.0<br />

188.6<br />

213.6<br />

219.0<br />

621.2<br />

No<br />

61.2<br />

67.6<br />

47.5<br />

58.9<br />

75.5<br />

70.3<br />

63.8<br />

57.7<br />

71.2<br />

176.3<br />

204.7<br />

192.7<br />

183.9<br />

200.8'<br />

189.0<br />

573.7<br />

S<br />

Usina Uniäo e Indüstna Engenho , Tundid Assû — Plantio 18-8-48<br />

N.« 78 --<br />

Cana t/ha — Safra: 49-50 — Planta — Zona Sul<br />

N,<br />

52.5<br />

50.1<br />

53.1<br />

70.3<br />

72.9<br />

71.7<br />

76.8<br />

74.7<br />

81.8<br />

155.7<br />

214 9<br />

233! 3<br />

199.6<br />

197.7<br />

206.6<br />

603.9<br />

Na<br />

51.7<br />

67.2<br />

65.8<br />

74.8<br />

87.2<br />

74.2<br />

87.2<br />

100.6<br />

72.3 |<br />

184.7<br />

236 2<br />

260!l<br />

213.7<br />

255.0<br />

212.3<br />

681.0<br />

P x K<br />

165.4<br />

170.5<br />

172.0<br />

200.3<br />

244.3<br />

227.2<br />

236.2<br />

251.5<br />

238.7<br />

507.9<br />

671 8<br />

726A<br />

601.9<br />

666.3<br />

637.9<br />

1.906.1<br />

No<br />

Ni<br />

Na<br />

Po<br />

Pi<br />

Pa<br />

Ko<br />

K,<br />

Ka<br />

X<br />

Wi<br />

Wj<br />

w.<br />

MÉDIAS<br />

69.0<br />

67.1<br />

75.7<br />

56.4<br />

74.6<br />

80.7<br />

66.9<br />

74.0<br />

70.9<br />

70.6<br />

WJUö<br />

666.1<br />

622.7<br />

622.3<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 Xa<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

— Colheita 4-11-49<br />

— Top. -2-<br />

S.-Q.<br />

4.581.71<br />

110.37<br />

198.66<br />

165.03<br />

2.652.34<br />

221.23<br />

72.00<br />

159.47<br />

8.16<br />

84.27<br />

1.40<br />

908.78<br />

139.145.31<br />

134.563.60<br />

7.78<br />

11.0 %<br />

5% 1%<br />

7.81 10.82<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Jundiâ Assû — Plantio 18-8-48 — Colheita 2-2-51<br />

N.« 78 — Cana t/ha — Safra: 50-51 — Sóca — Zona Sul — Top. -2-<br />

Ni<br />

64.0<br />

56.5<br />

57.6<br />

60.2<br />

72.3<br />

68.5<br />

66.4<br />

54.4<br />

69.0<br />

178.1<br />

201.0<br />

189.8<br />

190.6<br />

183.2<br />

195.1<br />

568.9<br />

Na<br />

70.1<br />

75.7<br />

80.8<br />

65.4<br />

79.4<br />

65.5<br />

78.4<br />

88.4<br />

68.7<br />

226.6<br />

210.3<br />

235.5<br />

213.9<br />

243.5<br />

215.0<br />

672.4<br />

P x K<br />

195.3<br />

199.8<br />

185.9<br />

184.5<br />

227.2<br />

204.3<br />

208.6<br />

200.5<br />

208.9<br />

581.0<br />

616.0<br />

618.0<br />

588.4<br />

627.5<br />

599.1<br />

1.815.0<br />

MÉDIAS<br />

No 63.7<br />

Ni 63.2<br />

Na 74.7<br />

Po 64.5<br />

Pi 68.4<br />

Pa 68.7<br />

Ko 65.4<br />

Ki 69.7<br />

Ka 66.6<br />

X 67.2<br />

WI 613.5<br />

W: 583 5<br />

Ws 618.0<br />

EPBITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS.<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 Xa<br />

c<br />

D P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.148.47<br />

78.17<br />

541.20<br />

217.20<br />

76.05<br />

20.16<br />

6.36<br />

84.37<br />

4.68<br />

1.33<br />

7.84<br />

1.111.11<br />

124.156.80<br />

122.008.33<br />

8 61<br />

12.8 %<br />

5% 1%<br />

8.64 11.97<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

60.58<br />

OBSERVAÇOES<br />

G. L. V<br />

26 2<br />

1 11111<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15 74.07<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

43.8"<br />

F<br />

7.3«


Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Pa Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po<br />

Pi<br />

Pa<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Pa Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po<br />

Pi<br />

Pa<br />

Ko<br />

Kt<br />

Ka<br />

No<br />

9.8<br />

21.3<br />

26.0<br />

35.6<br />

28.8<br />

40.1<br />

36.5<br />

23.1<br />

52.2<br />

57.1<br />

104.5<br />

111.8<br />

' 81.9<br />

73.2<br />

118.3<br />

273.4<br />

No<br />

10.6<br />

15.4<br />

15.6<br />

41.4<br />

37.3<br />

27.6 •<br />

26.3<br />

20.0<br />

20.3<br />

41.6<br />

106.3<br />

66.6<br />

78.3<br />

72.7<br />

63.5<br />

214.5<br />

Usina Uniäo e Indûstria — Engenho Serra Nova — Plantio 19-8-48<br />

N.° 79 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Planta — Zona Sul<br />

Ni<br />

18.!<br />

24.4<br />

29.1<br />

40.0<br />

48.3<br />

33.3<br />

34.3<br />

48.3<br />

19.7<br />

71.6<br />

121.6<br />

102.3<br />

92.4<br />

121.0<br />

' 82.1<br />

295.5<br />

Na<br />

13.6<br />

38.7<br />

39.9<br />

23.9<br />

29.0<br />

34.2<br />

37.9<br />

30.9<br />

32.3<br />

92.2<br />

87.1<br />

101.1<br />

75.4<br />

98.6<br />

106.4<br />

280.4<br />

P X K<br />

41.5<br />

84.4<br />

95.0<br />

99.5<br />

106.1<br />

107.6<br />

108.7<br />

102.3<br />

104.2<br />

220.9<br />

313.2<br />

315.2<br />

249.7<br />

292.8<br />

306.8<br />

849.3<br />

MÉDIAS<br />

No 3.04<br />

Ni 32.8<br />

Na 31.1<br />

Po 24.5<br />

Pi 34.8<br />

Pa 35.0<br />

Ko 27.7<br />

Ki 32.5<br />

Ka 34.1<br />

~X 31.4<br />

BLOCOS<br />

Wi 263.9<br />

W 285.9<br />

Wa 299.5<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊERO<br />

2 Xa<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

Colheita 3-11-49<br />

Top. -1-<br />

S. Q.<br />

2.806.09<br />

•71.71<br />

2.72<br />

25.63<br />

494.02<br />

151.01<br />

181.13<br />

15.68<br />

174.80<br />

2.43<br />

280.33<br />

1.406.63<br />

29.521.29<br />

26.715.20<br />

9.68<br />

30.8 %<br />

5 % 1 %<br />

9.72 13.46<br />

Usina Uniäo e Indûstria — Engenho Serra Nova — Plantio 19-8-48 — Colheita 30-1-51<br />

N.° 79 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Sóca — Zona Sul --<br />

Top. -1-<br />

Ni<br />

17.0<br />

24.8<br />

14.0<br />

26.0<br />

22.0<br />

32.2<br />

31.3<br />

68.8<br />

36.2<br />

55.8<br />

80.2<br />

136.3<br />

74.3<br />

115.6<br />

82.4<br />

272.3<br />

Na<br />

8.6<br />

14.2<br />

25.2<br />

11.8<br />

35.2<br />

34.4<br />

26.6<br />

28.4<br />

65.3<br />

48.0<br />

81.4<br />

120.3<br />

47.0<br />

77.8<br />

124.9<br />

249.7^<br />

P X K<br />

36.2<br />

54.4<br />

54.8<br />

79.2"<br />

94.5<br />

94.2<br />

84.2<br />

117.2<br />

121.8<br />

145.4<br />

267.9<br />

323.2<br />

199.6<br />

266.1<br />

270.8<br />

736.5<br />

MÉDIAS<br />

No 23.8<br />

Ni 30.2<br />

Na 27-. 7<br />

Po 16.1<br />

Pi 29.8<br />

Pa 35.9<br />

Ko 22.2<br />

Ki 29.6<br />

Ka 30.1<br />

X 27.3<br />

BLOCOS<br />

Wi 232.2<br />

Wa 288.5<br />

Wa 215.8<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

D. P.<br />

D. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

5.444.53<br />

323.11<br />

68.83<br />

119.70<br />

1.756.26<br />

83.62<br />

281.63<br />

70.72<br />

186.44<br />

716.10<br />

30.08<br />

1.808.04<br />

25.534.65<br />

20.090.08<br />

11.0<br />

40.0 %<br />

5 % 1 %<br />

11.0 15.3<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1 K<br />

15 .<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

QQ HH<br />

öö .77<br />

OBSERVAÇÔES<br />

V<br />

120.53<br />

OBSERVAÇOES<br />

P<br />

5.3*<br />

P<br />

14.6**<br />

5.9*


Po Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

PI KO<br />

KI<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K:<br />

Po<br />

Pi<br />

PJ<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Pa Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po<br />

Pi<br />

Pa<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

No<br />

43.8<br />

41.4<br />

30.9<br />

36.0<br />

58.6<br />

45.8<br />

50.2<br />

53.5<br />

48.4<br />

116.1<br />

140.4<br />

152.1<br />

130.0<br />

153.5<br />

125.1<br />

408.6<br />

No<br />

47.7<br />

33.9<br />

20.1<br />

30.0<br />

32.7<br />

39.3<br />

31.2<br />

50.6<br />

34.8<br />

101.7<br />

102.0<br />

116.6<br />

108.9<br />

117.2<br />

94.2<br />

320.3<br />

Ni<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Onça — Plantio 19-8-48 — Golheita<br />

N.° 80 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Planta — Zona Sul — Top. -2-<br />

48.6<br />

28.6<br />

53.8<br />

48.2<br />

65.4<br />

66.4<br />

47.2<br />

56.1<br />

70.0<br />

131.0<br />

180.0<br />

173.3<br />

144.0<br />

150.1<br />

190.2<br />

. 484.3<br />

Ni<br />

N2<br />

53.4<br />

61.2<br />

42.8<br />

61.1<br />

59.0<br />

67.4<br />

59.8<br />

67.2<br />

85.8<br />

157.4<br />

187.5<br />

212.8'<br />

174.3<br />

187.4<br />

196.0<br />

557.7<br />

P x K<br />

145.8<br />

131.2<br />

127.5<br />

145.3<br />

183.0<br />

179.6<br />

157.2<br />

176.8<br />

204.2<br />

— 404.5<br />

507.9<br />

538.2<br />

448.3<br />

491.0<br />

511.3<br />

1.450.6<br />

MÉDIAS<br />

No 45.4<br />

Ni 53.8<br />

N2 62.0<br />

Po 44.9<br />

Pi 56.4<br />

P2 59.8<br />

Ko 49.8<br />

Ki 54.5<br />

K: 56.8<br />

"X" 53.7<br />

BLOCOS<br />

Wi 451.5<br />

W2 518.9<br />

Ws 480.2<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.202.94<br />

254.23<br />

1.235.04<br />

0.11<br />

993.09 •<br />

98.96<br />

220.50<br />

9.30<br />

31.36<br />

58.96<br />

355.34<br />

946.05<br />

82.137.76<br />

77.934.82<br />

7.94<br />

14.8 %<br />

5 % 1 %<br />

7.97 11.04<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Onça — Plantio 19-8-48 — Colheita 1-2-51<br />

N.° 80 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Sóca — Zona Sul — Top. -2-<br />

48.9<br />

38.0<br />

65.5<br />

42.0<br />

66.8<br />

79.8<br />

30.2<br />

57.0<br />

57.6<br />

152.4<br />

188.6<br />

144.8<br />

121.1<br />

161.8<br />

202.9<br />

485.8<br />

N2<br />

40.1<br />

51.6<br />

56.0<br />

72.0<br />

76.1<br />

80.7<br />

54.7<br />

69.1<br />

77.9<br />

147.7<br />

228.8<br />

201.7<br />

166.8<br />

196.8<br />

214.6<br />

578.2<br />

P X K<br />

136.7<br />

123.5<br />

141.6<br />

144.0<br />

176.6<br />

199.8<br />

116.1<br />

176.7<br />

170.3<br />

401.8<br />

S19.4<br />

463.1<br />

296.8<br />

475.8<br />

511.7<br />

1.384.3<br />

MÉDIAS<br />

No 35.6<br />

Ni 54.0<br />

N» 64.2<br />

Po 44.6<br />

Pi 57.7<br />

P. 51.4<br />

Ko 44.1<br />

Ki 52.9<br />

Ka 56.8<br />

"x" 51.3<br />

BLOCOS<br />

Wi 462.0<br />

Wa 471.2<br />

Ws 451.1<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

•y X2<br />

Q<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

s. Q.<br />

8.041.68<br />

22.50<br />

3.695.13<br />

98.95<br />

208.76<br />

560.02<br />

733.44<br />

34.40<br />

127.40<br />

325.52<br />

202.54<br />

2.033.02<br />

79.015.25<br />

70.973.57<br />

11.64<br />

22.7 %<br />

5 % 1 %<br />

11.6 16.1<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 ^<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

]<br />

V "<br />

63.07<br />

OBSERVAÇÔES<br />

V<br />

135.53<br />

OBSERVAÇÔES<br />

F<br />

19.6**<br />

15.7**<br />

P<br />

27.3**<br />

5.4*


Po Ko<br />

Ki<br />

K?<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

K,<br />

&<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Po<br />

Pi<br />

P*<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

No<br />

27.6<br />

37.7<br />

69.6<br />

51.7<br />

69.9<br />

46.7<br />

58.5<br />

51.6<br />

57.2<br />

134.9<br />

168.3<br />

167.3<br />

137.8<br />

159.2<br />

173.5<br />

470.5<br />

No<br />

21.5<br />

17.9<br />

22.8<br />

25.6<br />

32.3<br />

22.4<br />

21.2<br />

26.0<br />

22.7<br />

62.2<br />

80.3<br />

69.9<br />

68.3<br />

76.2<br />

67.9<br />

212.4<br />

Usina Uniäo e Industriel — Engenho Jundiâ Mirim — Plantio 20-8-48 — C0lhe.Ua 4-11-49<br />

N.° 81 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Planta — Zona Sul - - Top. -3- _<br />

Ni<br />

56.8<br />

48.6<br />

74.2<br />

53.6<br />

68.5<br />

47.2<br />

69.9<br />

67.0<br />

72.9<br />

179.6<br />

169.3<br />

209 8<br />

180.3<br />

184.1<br />

194.3<br />

558.7<br />

N2<br />

72.0<br />

72.2<br />

38.5<br />

73.7<br />

75.8<br />

79.8<br />

61.6<br />

84.2<br />

• 64.0<br />

182.7<br />

229.3<br />

209 8<br />

207.3<br />

232.2<br />

182.3<br />

621.8<br />

P X K<br />

156.4<br />

158.5<br />

182.3<br />

179.0<br />

214.2<br />

173.7<br />

190.0<br />

202.8<br />

194.1<br />

497.2<br />

566.9<br />

586 9<br />

525.4<br />

575.5<br />

550.1<br />

1.651.0<br />

MÉDIAS<br />

No 52.3<br />

Ni 62.1<br />

N2 69.1<br />

Po 55.2<br />

Pi 63.0<br />

P2 - 65.2<br />

Ko 58.4<br />

Ki 63.9<br />

KJ 61.1<br />

X 61.1<br />

BLOCOS<br />

Wi 476.9<br />

W2 578.9<br />

W3 595.2<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊREO<br />

2 X2<br />

D. cP.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

5.149.03<br />

913.50<br />

1.271.76<br />

11.67<br />

447.00<br />

45.75<br />

33.89<br />

105.56<br />

2.34<br />

307.04<br />

39.60<br />

1.970.92<br />

106.104.62<br />

100.955.59<br />

11.46<br />

18.8 %<br />

5 % 1 %<br />

11.5 15.9<br />

Usina Uniäo e Indûstria — Engenho Jundiâ Mirim — Plantio 20-8-48 - - Colheita 31-1-51<br />

N.° 81 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Sóca — Zona Sul — Top. -3-<br />

Ni<br />

25.6<br />

25.0<br />

43.8<br />

28.0<br />

40.1<br />

12.1<br />

27.8<br />

27.6<br />

36.6<br />

94.4<br />

80.2<br />

92.0<br />

81.4<br />

92.7<br />

92.5<br />

266.6<br />

N2<br />

42.4<br />

39.2<br />

20.7<br />

38.1<br />

41.7<br />

56.5<br />

35.4<br />

59.7<br />

21.5<br />

102.3<br />

136.3<br />

116.6<br />

115.9<br />

140.6<br />

98.7<br />

355.2<br />

P X K<br />

89.5<br />

82.1<br />

87.3<br />

91.7<br />

114.1<br />

91.0<br />

84.4<br />

113.3<br />

80.8<br />

258.9<br />

296.8<br />

278.5<br />

265.6<br />

309.5<br />

259.1<br />

834.2<br />

MÉDIAS<br />

No 23.6<br />

Ni 29.6<br />

N2 39.5<br />

Po 28.8<br />

Pi 33.0<br />

Ps 30.9<br />

Ko 29.5<br />

Ki 34.4<br />

Ki 28.8<br />

X 30.9<br />

BLOCOS<br />

Wi 257.3<br />

W2 240.4<br />

W3 336.5<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

D. P. .<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S.Q.<br />

3.406.47<br />

584.94<br />

1.132.88<br />

21.91<br />

21.34<br />

58.48<br />

2.34<br />

164.67<br />

3.63<br />

23.52<br />

0.16<br />

1.392.60<br />

29.180.16<br />

25.773.69<br />

9.63<br />

31.2 %<br />

5 % 1 %<br />

9.7 13.4<br />

G. L.<br />

26<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1 1<br />

1<br />

. 1<br />

15<br />

G. L.<br />

26<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

131.39<br />

OBSERVAÇÔES<br />

V<br />

92.84<br />

OBSEHVAÇÔES<br />

P<br />

9.7**<br />

P<br />

12.2**


Po Ko<br />

K,<br />

K.<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K><br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

19.0<br />

38.8<br />

39.6<br />

45.4<br />

51.8<br />

58.8<br />

41.8<br />

54.8<br />

60.0<br />

97.4<br />

156.0<br />

156.6<br />

106.2<br />

145.4<br />

158.4<br />

410.0<br />

No<br />

27.9<br />

42.5<br />

63.4<br />

46.4<br />

56.0<br />

62.0<br />

42.6<br />

68.5<br />

66.8<br />

133.8<br />

164.4<br />

177.9<br />

116.9<br />

167.0<br />

102.2<br />

476.1<br />

Usina Uniäo e I-ndûstria — Engenho Bonfim — Plantio 20-8-48 — Colheita 28-10-49<br />

N.° 82 — Cana t/ha — öatra: 49/50 — Planta — Zona Sul — Pop. -5-<br />

Ni<br />

41.0<br />

28.8<br />

49.0<br />

43.2<br />

62.2<br />

72.8<br />

49.6<br />

56.5<br />

57.6<br />

118.8<br />

178.2<br />

163.7<br />

133.8<br />

147.5<br />

179.4<br />

460.7<br />

N2<br />

46.8<br />

54.5<br />

44.0<br />

67.0<br />

55.0<br />

64.8<br />

58.2<br />

61.0<br />

78.0<br />

145.3<br />

186.0<br />

197.2<br />

172.0<br />

170.5<br />

86.0<br />

528.5<br />

P x K<br />

106.8<br />

122.1<br />

132.6<br />

155.6<br />

169.0<br />

195.6<br />

149.6<br />

172.3<br />

195.6<br />

361.5<br />

520.2<br />

517.5<br />

412.0<br />

463.4<br />

523.8<br />

1.399.2<br />

MÉDIAS<br />

No ' 45.5<br />

Ni 51.2<br />

N2 58.7<br />

Po 40.2<br />

Pi 57.8<br />

P2 57.5<br />

Ko 45.8<br />

Ki 51.5<br />

K2 58.2<br />

X 51.8<br />

BLOCOS<br />

Wi 419 4<br />

W2 503.0<br />

W. 476.8<br />

j<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

c<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S. ,<br />

S. Q.<br />

4.292.33<br />

496.30<br />

780.12<br />

5.42<br />

1.352.00<br />

482.41<br />

694.40<br />

1.50<br />

4.44<br />

121.60<br />

34.00<br />

410.14<br />

76.801.98<br />

72.509 65<br />

5 13<br />

9.9 %<br />

5% 1%<br />

5.24 7.27<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Bonfim — Plantio 20-8-48 — Colheita 1-2-51<br />

N.o 82 — Cana t/ha — Safra : 50/51 — Sóca — Zona Sul — Top. -5-<br />

Ni<br />

45.6<br />

53.0<br />

55.4<br />

39.9<br />

59.2<br />

62.0<br />

51.6-<br />

50.7<br />

.FD.8<br />

154.0<br />

161.1<br />

167.1<br />

137.1<br />

162.9<br />

182.2<br />

482.2<br />

N2<br />

56.5<br />

71.9<br />

68.4<br />

73.4<br />

61.1<br />

63.6<br />

54.2<br />

75.8<br />

87.2<br />

196.8<br />

198.1<br />

217.2<br />

184.1<br />

208.8<br />

219.2<br />

612.1<br />

P X K<br />

130.0<br />

167.4<br />

187.2<br />

159.7<br />

176.3<br />

187.6 ><br />

148.4<br />

195.0<br />

218.8<br />

484.6<br />

523.6<br />

562.2<br />

438.1<br />

538.7<br />

593.6<br />

1.570.4<br />

MÉDIAS<br />

No 52.9<br />

Ni 53.6<br />

N2 68.0<br />

Po 53.8<br />

Pi 58.2<br />

P2 62.5<br />

Ko 48.7<br />

Wi 59.8<br />

K2 65.9<br />

X 58.2<br />

BLOCOS<br />

Wi 499.8<br />

W2 552.8<br />

Wa 517.8<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.190.85<br />

161.41<br />

1.027.55<br />

283.82<br />

334.54<br />

0.00<br />

1.343.34<br />

38.67<br />

46.80<br />

134.67<br />

14.52<br />

805.53<br />

95.529.96<br />

91.339 11<br />

7.33<br />

12.6 %<br />

5% 1%<br />

7.3 12.2<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

•<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 1<br />

1 1111<br />

1 11<br />

15<br />

V 1 F<br />

27.34 |<br />

OBSERVAÇÔES<br />

V<br />

53.70<br />

OBSERVAÇOES<br />

28.5"<br />

49.4"<br />

17.6"<br />

25.4"<br />

F<br />

19.1"<br />

5.3'<br />

6.2'<br />

25.0"


Po Ko<br />

Ki<br />

K*<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Pa Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po<br />

Pi<br />

p2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pî Ko<br />

Ki<br />

Ka<br />

Po<br />

Pi<br />

Ps<br />

Ko<br />

'Ki<br />

Ka<br />

No<br />

18.8<br />

47.4<br />

22.6<br />

46.2<br />

34.2<br />

56.2<br />

46.2<br />

67.9<br />

73.7<br />

88.8<br />

136.6<br />

187.8<br />

111.2<br />

149.5<br />

152.5<br />

413.2<br />

No<br />

19.7<br />

38.0<br />

15.6<br />

39.3<br />

32.6<br />

62.2<br />

34.7<br />

51.0<br />

46.2<br />

73.3<br />

134.1<br />

131.9<br />

93.7<br />

121.6<br />

124.0<br />

339.3<br />

Usina Uniäo e Indûstria — Engenho Bondode — Plantio 25-8-48 - Colheita 10-11-49<br />

N.° 83 — Cana t/ha — Satra: 49/50 — Planta — Zona Sul - Top. -2-<br />

Ni<br />

18.0<br />

32.6<br />

40.6<br />

51.6<br />

61.6<br />

49.6<br />

79.4<br />

56.0<br />

67.2<br />

91.2<br />

162.8<br />

202.6<br />

149.0<br />

150.2<br />

157.4<br />

456.6<br />

Na<br />

36.4<br />

36.0<br />

38.2<br />

51.2<br />

57.0<br />

49.2<br />

64.4<br />

70.2<br />

74.6<br />

110.6<br />

157.4<br />

209.2<br />

152.0<br />

163.2<br />

162.0<br />

477.2<br />

P X K 1<br />

73.2<br />

116.0<br />

101.4<br />

149.0<br />

152.8<br />

155.0<br />

190.0<br />

194.1<br />

215.5<br />

290.6<br />

456.8<br />

599.6<br />

412.2<br />

462.9<br />

471.9<br />

1.347.0<br />

MÉDIAS<br />

No 45.9<br />

Ni 50.7<br />

Ni 53.0<br />

Po 32.3<br />

Pi 50.7<br />

Pa 66.6<br />

Ko 45.8<br />

Ki 51.4<br />

Ka 52.4<br />

X 49.9<br />

BLOCOS<br />

Wi 453.9<br />

Wa 388.4<br />

Ws 504.7<br />

1<br />

BPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÈHRO<br />

2 X2<br />

D. P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

7.470.13<br />

755.43<br />

227.55<br />

9.63<br />

5.304.50<br />

10.14<br />

198.00<br />

32.21<br />

0.01<br />

81.64<br />

1.84<br />

849.18<br />

67.2UU.33<br />

74.670.46<br />

7.52<br />

15.4 %<br />

5% 1%<br />

7.55 10.46<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Bondode — Plantio 25-8-48 — Colheita 23-2-51<br />

N.° 83 — Cana t/h — Safra : 50/51 — Sóca — Zona Sul —Top. -2-<br />

Ni<br />

16.8<br />

33.2<br />

46.0<br />

35.4<br />

46.3<br />

40.1<br />

52.8<br />

49.9<br />

51.1<br />

-96.0<br />

121.8<br />

153.8<br />

105.0<br />

129.4<br />

137.2<br />

371.6<br />

N2<br />

30.2<br />

33.4<br />

37.9<br />

45.6<br />

49.6<br />

41.9<br />

56.7<br />

48.4<br />

52.6<br />

101.5<br />

137.7<br />

157.7<br />

132.5<br />

131.4<br />

132.4<br />

396.3<br />

P X K<br />

66.7<br />

104.6<br />

99.5<br />

120.3<br />

128.5<br />

144.2<br />

144.2<br />

149.3<br />

149.9<br />

270.8<br />

393.0<br />

443.4<br />

331.2<br />

382.4<br />

393.6<br />

1.107.2<br />

MÉDIAS<br />

No 37.7<br />

Ni 41.3<br />

Na 44.0<br />

Po 30.1<br />

Pi 43.7<br />

Pa 49.3<br />

Ko 36.8<br />

Ki 42.5<br />

Ka 43.7<br />

X 41.0<br />

BLOCOS<br />

Wi 396.8<br />

Wa 321.3<br />

Ws 389.1<br />

EFBITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

S Xa<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

B.Q.<br />

3.565.42<br />

383.57<br />

180.50<br />

1.06<br />

1.655.04<br />

95.46<br />

216.32<br />

29.62<br />

0.48<br />

77.01<br />

61.20<br />

48.968.82<br />

45.403.40<br />

7.59<br />

18.5 %<br />

5% 1%<br />

7.6 10.5<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1 1111<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 111<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

V<br />

56.61<br />

OBSERVAÇÔBS<br />

V<br />

57.67<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

93.7"<br />

F<br />

28.7"


s<br />

HHririHHrtriri<br />

"co i>cV cô^ti "rtiHöö<br />

CO 00 OS t"QH<br />

OSCOOS OOOH OiOC-<br />

ONO<br />

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" • "0O5<br />

ÜSg<br />

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iO^ 00<br />

MINN<br />

1


Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Kj,<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K:<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

25.8<br />

32.6<br />

54.2<br />

33.2<br />

35.0<br />

52.0<br />

43.0<br />

42.2<br />

48.4<br />

112.6<br />

120.2<br />

133.6<br />

102.0<br />

109.8<br />

154.6<br />

366.4<br />

No<br />

26.7<br />

26.4<br />

56.0<br />

16.4<br />

8.9<br />

23.0<br />

32.3<br />

38.9<br />

19.7<br />

109.1<br />

48.3<br />

90 9<br />

75.4<br />

74.2<br />

98.7<br />

248.3<br />

Usina<br />

Ni<br />

54.0<br />

54.2<br />

25.6<br />

55.8<br />

70.4<br />

63.4<br />

43.8<br />

46.4<br />

45.8<br />

133.8<br />

189.6<br />

136.0<br />

153.6<br />

171.0<br />

134.8<br />

459.4<br />

Uniâo e Indûstria —<br />

N. 0 ' 85 — Cana t/ha<br />

N2<br />

36.2<br />

61.6<br />

63.4<br />

73.4<br />

49.0<br />

42.4<br />

59.6<br />

40.2<br />

57.4<br />

161.2<br />

164.8<br />

157.2<br />

169.2<br />

150.8<br />

163.2<br />

483.2<br />

Engenho<br />

— Safra:<br />

P x K<br />

116.0<br />

148.4<br />

143.2<br />

162.4<br />

154.4<br />

157.8<br />

146.4<br />

128.8<br />

151.6<br />

407.6<br />

474.6<br />

426.8<br />

424.8<br />

431.6<br />

452.6<br />

1.309.0<br />

Limeirc — Plantio 27-8-48 --<br />

Colheita 27-10-49<br />

49/50 -—<br />

Planta — • Zona Sul — Top. -3-<br />

No<br />

Ni<br />

N2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

MÉDIAS<br />

"x"<br />

Wi<br />

Wa<br />

40.7<br />

51.0<br />

53.7<br />

45.3<br />

52.7<br />

47.4<br />

47.2<br />

47.9<br />

50.3<br />

48.5<br />

BLOCOS<br />

447.8<br />

488.4<br />

372.8<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP .<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 c X =<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.148.67<br />

764.33<br />

757.90<br />

88.69<br />

20.48<br />

244.06<br />

42.93<br />

3.74<br />

52.08<br />

286.16<br />

40.33<br />

1 R4.7 Q7<br />

J. É OTT 1 , y /<br />

67.610.92<br />

63.462.25<br />

11.10<br />

22.9 %<br />

5 % 1 %<br />

11.14 15.43<br />

Usina Uniâo e Indûstria — Engenho Limeira — Plantio 27-8-48 — Colheita 25-1-51<br />

N.° 85 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Sóca — Zona Sul — Top. -3-<br />

Ni<br />

34.5<br />

22.6<br />

24.9<br />

54.0<br />

36.0<br />

65.1<br />

17.5<br />

20.3<br />

19.6<br />

82.0<br />

155.1<br />

57 4<br />

106.0<br />

78.9<br />

109.6<br />

294.5<br />

Ns<br />

26.0<br />

60.3<br />

21.3<br />

46.7<br />

31.9<br />

36.0<br />

49.1<br />

50.1<br />

50.5<br />

107.6<br />

114.6<br />

149 7<br />

121.8<br />

142.3<br />

107.8<br />

371.9<br />

P x K<br />

87.2<br />

109.3<br />

102.2<br />

117.1<br />

76.8<br />

124.1<br />

98.9<br />

109.3<br />

89.8<br />

298.7<br />

318.0<br />

298 0<br />

303.2<br />

295.4<br />

316.1<br />

914.7<br />

MÉDIAS<br />

No 27.6<br />

Ni 32.7<br />

N2 41.3<br />

Po 33.2<br />

Pi 35.3 •<br />

P2 33.1<br />

Ko 33.7<br />

Ki 32.8<br />

K2 35.1<br />

X 33.9<br />

BLOCOS<br />

Wi 287.1<br />

W2 374.6<br />

W3 253.0<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊREO<br />

2 X2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

5.984.49<br />

874.28<br />

848.72<br />

18.02<br />

0.02<br />

28.60<br />

9.24<br />

15.04<br />

303.00<br />

115.94<br />

48.40<br />

3.723.23<br />

36.972.49<br />

30.988.00<br />

15.75<br />

46.5 %<br />

5 % 1 %<br />

15.8 21.9<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 R<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

1 9Q 1 Q<br />

X£iO . J.S7<br />

OBSEBVAÇÔES<br />

V<br />

248.21<br />

OBSERVAÇOES<br />

P<br />

6.1*<br />

P


Po Ko<br />

Ki<br />

fc<br />

Pi Ko<br />

K,<br />

• Ki<br />

P2 Ko<br />

K,<br />

K: •<br />

Po<br />

Pi<br />

Ps<br />

K,<br />

Ki<br />

Kj<br />

Po Ko<br />

K,<br />

Ks<br />

"Pi Ko<br />

Ki<br />

Kj-<br />

PJ KO<br />

K,<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P:<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

No<br />

15.7<br />

29.8<br />

20.6<br />

30.4<br />

46:3<br />

66.3<br />

43.8<br />

37.5<br />

46.6<br />

66.1<br />

143.0<br />

127.9<br />

89.9<br />

' 113.6<br />

133.5<br />

337.0<br />

No<br />

2.3<br />

9,3<br />

2.4<br />

7.1<br />

12.5<br />

30.9<br />

20.2<br />

18.8<br />

18.7<br />

14.0<br />

50.5<br />

57.7<br />

29.6<br />

40.6<br />

52.0<br />

122.2<br />

Ni<br />

15.4<br />

24.6<br />

76.6<br />

28.4<br />

60.5<br />

59.8<br />

45.6<br />

54.1<br />

56.8<br />

116.6<br />

148.7<br />

156.5<br />

89.4<br />

139.2<br />

193.2<br />

421.8<br />

N '<br />

3.4<br />

4.0<br />

56.2<br />

6.5<br />

40.4<br />

23.6<br />

19.6<br />

20.4<br />

25.5<br />

63 ;6<br />

70.5<br />

65.5<br />

29.5<br />

64.8<br />

105.3<br />

199.6<br />

Usina Cucaû — Engenho Burarema — Plantio 25-8-48 — Colheita 23-12-49<br />

N.° 89 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Planta — Zona Sul — Top. -2-<br />

N2<br />

44.6<br />

23.6<br />

18.8<br />

47.9<br />

66.5<br />

41.4<br />

43.5<br />

44.6<br />

66.9<br />

87.0<br />

155.8<br />

155.0<br />

136.0<br />

134.7<br />

127.1<br />

397.8<br />

P X K<br />

• 75.7<br />

78.0<br />

116.0<br />

106.7<br />

173.3<br />

167.5<br />

132.9<br />

136.2 .<br />

170.3<br />

169.7<br />

447.5<br />

439.4<br />

315.3<br />

387.5<br />

4531.8<br />

1.156.6<br />

MÉDIAS<br />

No 37.4<br />

Ni 46.9<br />

N2 44.2<br />

Po 30.0<br />

Pi 49.7<br />

P2 48.8<br />

Ko 35.0<br />

Ki 43.0<br />

KJ 50.4<br />

IT 42.8<br />

BLOCOS<br />

Wi 358 1 '<br />

W2 378.4<br />

Wa 420.1<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

c<br />

D P.<br />

V. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

7.645.71<br />

222.04<br />

205.36<br />

219.22<br />

1.599.89<br />

639.98<br />

1.065.68<br />

0.65<br />

3.20<br />

229.68<br />

0.78<br />

Q . ^»Oî* .Ol<br />

57.191.02<br />

15.18<br />

15.18<br />

35.5 %<br />

5 % 1 %<br />

15.2 21.1<br />

Usina Cucaû — Engenho Burarema — Plantio 25-8-48 — Colheita 9-12-50<br />

N.° 89 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Sóca — Zona Sul — Top. -2-<br />

N2<br />

24.4<br />

5.7<br />

2.2<br />

19.4<br />

28.2<br />

11.5<br />

22.4<br />

21.1<br />

37.9<br />

32.0<br />

59.1<br />

81.4<br />

65.9<br />

55.0<br />

51.6<br />

172.5<br />

P X K<br />

29.8<br />

19.0<br />

60.8<br />

33.0<br />

81.1<br />

66.0<br />

62.2<br />

60.3<br />

82.1<br />

109.6<br />

180.1<br />

204.6<br />

125.0<br />

160.4<br />

208.9<br />

494.2<br />

MÉDIAS<br />

No 13.6<br />

Ni 22.2 .<br />

Na 19.2<br />

Po 12.2<br />

Pi 20.0<br />

P2 22.7<br />

K3 13.9<br />

Ki 17.8<br />

Ki 23.2<br />

"X~ 18.3<br />

BLOCOS<br />

Wi 140.8<br />

W2 145.5<br />

Wa 208.0<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N',<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ËRRO<br />

2 cx.<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

4.494.14<br />

312.75<br />

140.56<br />

202.23<br />

501.39<br />

39.18<br />

391.07<br />

3.18<br />

2.71<br />

112.24<br />

10.27<br />

0 7 I 7ft f\R<br />

4.1IO.OD<br />

13.543.49<br />

9.049.35<br />

13.61<br />

74.4 %<br />

5 % 1 %<br />

13.7 18.9<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 5<br />

13<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 11<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1 t\<br />

V<br />

OQfl R9<br />

«OU•DA<br />

OBSERVAÇOES<br />

P<br />

V F<br />

1 OR oi<br />

OBSERVAÇOES<br />

1<br />

6.9*<br />

4.6*


Po Ko<br />

Ki<br />

KL-<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

PJ KO<br />

KI<br />

Ks<br />

Po<br />

Pi<br />

Pï<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K*<br />

Pj Ko<br />

Ki<br />

K:<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

&<br />

No<br />

7.9<br />

23.1<br />

25.6<br />

39.2<br />

39.4<br />

65.3<br />

70.5<br />

70.7<br />

53.2<br />

56.6<br />

143.9<br />

194.4<br />

117.6<br />

133.2<br />

144.1<br />

394.9<br />

No<br />

30.4<br />

33.6<br />

26.1<br />

36.4<br />

19.4<br />

36.5<br />

26.5<br />

26.4<br />

38.5<br />

90.1<br />

92.3<br />

91.4<br />

93.3<br />

79.4<br />

101.1<br />

273.8<br />

Usina Central Barreiros — Engenho Manguinho — Plantio 2-9-48 — Colheita 15-12-49<br />

N.° 91 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Planta — Zona Sul - - Top. -3-<br />

Ni<br />

28.2<br />

14.3<br />

55.8<br />

39.1<br />

41.8<br />

51.0<br />

69.8<br />

62.7<br />

68.4<br />

98.3<br />

131.9<br />

200.9<br />

137.1<br />

118.8<br />

175.2<br />

431.1<br />

Ni<br />

21.4<br />

19.9<br />

35.8<br />

39.5<br />

49.8<br />

37.9<br />

36.3<br />

34.2<br />

66.2<br />

77.1<br />

127.2<br />

136.7<br />

97.2<br />

103.9<br />

139.9<br />

341.0<br />

N,<br />

27.0<br />

18.2<br />

21.8<br />

46.9<br />

48.3<br />

58.2<br />

78.4<br />

65.6<br />

86.6<br />

67.0<br />

153.4<br />

230.6<br />

152.3<br />

132.1<br />

166.6<br />

451.0<br />

Px K<br />

63.1<br />

55.6<br />

103.2<br />

125.2<br />

129.5<br />

174.5<br />

218.7<br />

199.0<br />

208.2<br />

221.9<br />

429.2<br />

625.9<br />

407.0<br />

384.1<br />

485.9<br />

1.277.0<br />

MÉDIAS<br />

No 43.9<br />

Ni 47.9<br />

Ns 50.1<br />

Po 24.6<br />

Pi 47.7<br />

Pa 69.5<br />

Ko 45.2<br />

Ki 42.7<br />

Ki 54.0<br />

X 47.3<br />

BLOCOS<br />

Wi 414.2<br />

Wa 429.1<br />

Vf 3 433.7<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

11.883.09<br />

23.09<br />

174.84<br />

4.92<br />

9.067.55<br />

2.08<br />

345.84<br />

287.97<br />

55.47<br />

12.40<br />

213.36<br />

1.695.57<br />

72.280.46<br />

60.397.37<br />

10.63<br />

22.4<br />

5 % 1 %<br />

10.7 14.8<br />

Usina Bulhôes — Engenho Bulhôes — Plantio 1-9-48 — Colheita 28-12-49<br />

N. 0 92 — Cana t/ha — Safra: 49/50 — Planta — Zona Sul — Top. -4-<br />

N2<br />

28.2<br />

33.4<br />

40.9<br />

39.5<br />

42.5<br />

46.9<br />

65.5<br />

34.5<br />

27.8<br />

102.5<br />

128.9<br />

127.8<br />

133.2<br />

110.4<br />

115.6<br />

359.2<br />

P X K<br />

80.0<br />

86.9<br />

102.8<br />

115.4<br />

111.7<br />

121.3<br />

128.3<br />

95.1<br />

132.5<br />

269.7<br />

348.4<br />

355.9<br />

323.7<br />

293.7<br />

356.6<br />

974.0<br />

"MÉDIAS<br />

No 30.4<br />

Ni<br />

N2<br />

37.9<br />

39.9<br />

Po 30.0<br />

Pi 38.7<br />

P3 39.5<br />

Ko 36.0<br />

Ki 32.6<br />

Ks 39.6<br />

X 36.1<br />

BLOCOS<br />

Wi 367.8<br />

W2 266.2<br />

Ws 340.0<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

D. cP.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

3.398.36<br />

612.66<br />

405.17<br />

4'4.47<br />

412.80<br />

93.88<br />

60.13<br />

159.83<br />

48.00<br />

53.76<br />

28.83<br />

38.534.50<br />

35.136.14<br />

9.93<br />

27.4 %<br />

5 % 1 %<br />

9.97 13.81<br />

G. L.<br />

26<br />

2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 11<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 11<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

113.04<br />

OBSERVAÇÔES<br />

F<br />

V F<br />

OBSERVAÇÔES<br />

80.2**


Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Kj<br />

K2<br />

Ps Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Po<br />

p,<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

P3 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

No<br />

17.3<br />

17.8<br />

23.0<br />

17.7<br />

17.4<br />

20.9<br />

18.0<br />

16.9<br />

25.7<br />

58.1<br />

56 0<br />

60.6<br />

53.0<br />

52.1<br />

69.6<br />

174.7<br />

No<br />

106.1<br />

•113.3<br />

110.1<br />

122.0<br />

91.3<br />

111.6<br />

96.1<br />

112.5<br />

125.9<br />

329.5<br />

324 9<br />

334.5<br />

324.2<br />

317.1<br />

347.6<br />

988.9<br />

Ni .<br />

13.2<br />

18.9<br />

19.5<br />

13.8<br />

28.7<br />

14.8<br />

18.6<br />

18.4<br />

22.8<br />

51.6<br />

57 3<br />

59.8<br />

45.6<br />

66.0<br />

57.1<br />

168.7<br />

Usina<br />

Ni<br />

93.4<br />

110.0<br />

122.5<br />

108.1<br />

128.3<br />

111.3<br />

119.9<br />

99.4<br />

107.1<br />

325.9<br />

347 7<br />

326.4<br />

321.4<br />

337.7<br />

340.9<br />

1.000.0<br />

Usma Bulhöes — Engenho Bulhöes — Plantio 1-9-48 — Colheita 8-1-51<br />

N.« 92 — Cana t/ha — Safra: 50-51 — Sóca — Zona Sul — Top. -4-<br />

N2<br />

20.9<br />

20.4<br />

15.3 •<br />

21.3<br />

16.5<br />

10.8<br />

23.0<br />

23.2<br />

19.1<br />

56.6<br />

48 6<br />

65.3<br />

65.2<br />

60.1<br />

45.2<br />

170.5<br />

P x K<br />

51.4<br />

57.1<br />

57.8<br />

52.8<br />

62.6<br />

46.5<br />

59.6<br />

58.5<br />

67.6<br />

166.3<br />

161 9<br />

185.7<br />

163.8<br />

178.2<br />

171.9<br />

513.9<br />

MÉDIAS<br />

No 19.4<br />

Ni 18.7<br />

Ns 18.9<br />

Po 18.5<br />

Pi 18.0<br />

P2 20.6<br />

Ko 18.2<br />

Ki 19.8<br />

K2 19.1<br />

X 19.0<br />

BLOCOS<br />

W, 165.4<br />

W2 165.6<br />

Wi 182.9<br />

EFKITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊREO<br />

2 Xs<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

Central Barreiros — Engenho > 'jimAa Flôr — Plantio 11-9-4 8<br />

Ns 94 — Cana t/ha — ' Safra: 49-50 — Planta — Zona Sul<br />

N2<br />

124.3<br />

128.4<br />

138.7<br />

110.9<br />

118.4<br />

124.1<br />

109.0<br />

128.4<br />

124.1<br />

391.4<br />

353 4<br />

362.0<br />

344.2<br />

375.7<br />

386.9<br />

1.106.8<br />

P x K<br />

323.8<br />

351.7<br />

371.3<br />

341.0<br />

338.0<br />

347.0<br />

325.0<br />

340.8<br />

357.1<br />

1.046.8<br />

1 026 0<br />

1.022.9<br />

989,8<br />

1.030.5<br />

1.075.4<br />

3.095.7<br />

No<br />

Ni<br />

N2<br />

Po<br />

p2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K,<br />

X<br />

W,<br />

W2<br />

MÉDIAS<br />

109.9<br />

111.1<br />

123.0<br />

116.3<br />

114.0<br />

113.6<br />

110.0<br />

114.5<br />

119.5<br />

114.6<br />

jOCOS<br />

1.021.5<br />

965 0<br />

1.109^2<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO |<br />

V y,<br />

C<br />

D P<br />

C.' V.'<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

397.78<br />

22.42<br />

0.98<br />

1.12<br />

20.90<br />

14.72<br />

3.64<br />

7.93<br />

3.20<br />

111.63<br />

0.21<br />

211.03<br />

10.179.01<br />

9.781.23<br />

3.75<br />

19.7 %<br />

5% 1%<br />

3.8 5.2<br />

— Colheita 14-12-49<br />

— Top. -8- '<br />

S. Q.<br />

3.574.15<br />

1.173.23<br />

772.24<br />

169.61<br />

31.73<br />

5.80<br />

407.07<br />

0.36<br />

98.61<br />

31.04<br />

19.76<br />

864.73<br />

358.513.35<br />

354.939.20<br />

7 6<br />

6Ï6 %<br />

5% 1%<br />

7.6 10.5<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 11<br />

1<br />

1 11<br />

1<br />

15<br />

G . L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 111111<br />

1<br />

15<br />

V<br />

14.06<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

57.64<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

7.9*<br />

F<br />

13.4'<br />

7.1»


Po Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

Ps<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K,<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Kî<br />

Pz Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Po<br />

Pi<br />

Pj<br />

Ko<br />

K,<br />

K*<br />

t<br />

No<br />

29.5<br />

38.8<br />

45.6<br />

45.6<br />

26.9<br />

43.4<br />

43.9<br />

45.0<br />

53.2<br />

113.9<br />

115 9<br />

142.1<br />

119.0<br />

110.7<br />

142.2<br />

371.9<br />

No<br />

38.9<br />

75.8<br />

64.6<br />

77.1<br />

80.5<br />

69.8<br />

51.4<br />

68.7<br />

59.3<br />

179.3<br />

227.4<br />

179.4<br />

167.4<br />

225.0<br />

193.7<br />

586.1<br />

Usiaia Central<br />

N.« 94<br />

Ni<br />

41.1<br />

45.9<br />

42.7<br />

48.6<br />

49.0<br />

50.3<br />

43.0<br />

44.3<br />

38.4<br />

129.7<br />

147 9<br />

125.7<br />

132.7<br />

139.2<br />

131.4<br />

403.3<br />

Ni<br />

Barreiros<br />

— Cana<br />

N2<br />

62.1<br />

57.8<br />

54.5<br />

53.0<br />

52.2<br />

56.0<br />

49.7<br />

59.0<br />

53.3<br />

174.4<br />

161.2<br />

162.0<br />

164.8<br />

169.0<br />

163.8<br />

497.6<br />

— Engenho Lvnda Flôr — jPlantio<br />

11-9-48<br />

t/ha — Safra : 50-51 — Sóca — Zona Sul<br />

P x K<br />

132.7<br />

142.5<br />

142.8<br />

147.2<br />

128.1<br />

149.7<br />

136.6<br />

148.3<br />

144.9<br />

418.0<br />

425 0<br />

429] 8<br />

416.5<br />

418.9<br />

437.4<br />

1.272.8<br />

No<br />

Ni<br />

N2<br />

Po<br />

Pi<br />

Ko<br />

Ki<br />

K*<br />

X<br />

Wi<br />

W3<br />

MÉDIAS<br />

41.3<br />

44.8<br />

55.3<br />

46.4<br />

47.2<br />

47.7<br />

46.3<br />

46.5<br />

48.6<br />

»COS<br />

47.1<br />

407.2<br />

416 2<br />

449! 4<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

" PK<br />

ÊRRO |<br />

2 X2<br />

C<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

— Colheita<br />

— Top. -8-<br />

S. Q.<br />

1.751.03<br />

109.78<br />

877.80<br />

73.27<br />

7.73<br />

0.13<br />

24.27<br />

4.80<br />

137.40<br />

48.80<br />

0.27<br />

590.44<br />

61.751.76<br />

60.000.73<br />

6 27<br />

13.3 %<br />

5% 1%<br />

6.3 8.7<br />

Usina José Rufino — Engenho Trapiche — Plantio 20-9-48. — Colheita 13-1-50<br />

N.« 96 — Cana t/ha — Safra: 49-50 — Planta — Zona Sul — Top. -8-<br />

66.5<br />

79.7<br />

75.2<br />

52.4<br />

68.6<br />

41.7<br />

92.1<br />

81.0<br />

77.3<br />

221.4<br />

162.7<br />

250.4<br />

211.0<br />

229.3<br />

194.2<br />

634.5<br />

N2<br />

97.6<br />

74.3<br />

95.7<br />

79.2<br />

95.9<br />

81.4<br />

77.8<br />

78.9<br />

87.7<br />

267.6 '<br />

256.5<br />

244.4<br />

254.6<br />

249.1<br />

264.8<br />

768.5<br />

Px K<br />

203.0<br />

229.8<br />

235.5<br />

208.7<br />

245.0<br />

192.9<br />

221.3<br />

228.6<br />

224.3<br />

668.3<br />

646.6<br />

674.2<br />

633.0<br />

7^3.4<br />

652.7<br />

1.989.1<br />

| MÉDIAS<br />

No 65.1<br />

Ni 70.5<br />

N2 85.4<br />

Po 74.2<br />

Pi 71.8<br />

P2 74.9<br />

Ko 70.3<br />

K, 78.1<br />

Ki 72.5<br />

X 73.7<br />

Wi 656.2<br />

w, «2fi 9<br />

Wi 706.0<br />

BFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x><br />

C<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

5.977.30<br />

355.38<br />

1.848.32<br />

135.69<br />

1.93<br />

45.01<br />

21.56<br />

271.58<br />

156.24<br />

21.40<br />

72.52<br />

3.047.47<br />

152.515.03<br />

146.537.73<br />

14 2<br />

19.3 %<br />

5% 1%<br />

14.3 19.8<br />

6-12-50<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 11<br />

1<br />

15<br />

V<br />

39.36<br />

OBSEEVAÇOES<br />

G. L. V<br />

1<br />

26 2<br />

1 111<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15 203.16<br />

OBSEBVAÇÔES<br />

F<br />

22.3"<br />

F<br />

9.1*»


6<br />

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K2<br />

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Ki<br />

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Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

p2<br />

Ko •<br />

Ki<br />

K2<br />

N.<br />

16.7<br />

31.8<br />

18.0<br />

10.2<br />

13.8<br />

35.2<br />

37.3<br />

39.4<br />

28.5<br />

66.5<br />

59.2<br />

105.2<br />

64.2<br />

85.0<br />

81.7<br />

230.9<br />

No<br />

226.1<br />

129.8<br />

201.5<br />

184.9<br />

176.6<br />

221.2<br />

205.9<br />

232.0<br />

223.0<br />

557.4<br />

582.7<br />

660.9<br />

616.9<br />

538.4<br />

645.7<br />

1.801.0<br />

Ni<br />

16.1<br />

29.8<br />

43.6<br />

26.8<br />

9.3<br />

30.9<br />

35.9<br />

27.1<br />

48.5<br />

89.5<br />

67.0<br />

111.5<br />

78.8<br />

66.2<br />

123.0<br />

268.0<br />

Usvna Bulhöes —<br />

N.« 99 — Cana<br />

N,<br />

52.2<br />

39.0<br />

48.7<br />

23.3<br />

31.1<br />

43.8<br />

34.2<br />

49.1<br />

25.2<br />

139.9<br />

98.2<br />

108.5<br />

109.7<br />

119.2<br />

117.7<br />

346.6<br />

Engenho Bulhôes — Plantio 16-9-48 — Colheita 3-1-51<br />

t/ha — Safra : 50-51 — Sóca — Zona Sul — Top. -8-<br />

P x K<br />

85.0<br />

100.6<br />

110.3<br />

60.3 É<br />

54.2<br />

109.9<br />

107.4<br />

115.6<br />

102.2<br />

295.9<br />

224.4<br />

325.2<br />

252.7<br />

270.4<br />

322.4<br />

845.5<br />

MÉDIAS<br />

No 25.6<br />

Ni 29.8<br />

Na 38.5<br />

Po 32.9<br />

Pi 24.9<br />

P2 36.1<br />

Ko 28.1<br />

Ki 30.0<br />

K2 35.8<br />

X 31.3<br />

BLOCO3<br />

Wi 310.4<br />

W2 230.7<br />

Wa 304.4<br />

EFBITOS S. Q.<br />

TOTAL 3.871.66<br />

BLOCOS<br />

437.77<br />

N'<br />

N" .. •<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

0 743.69<br />

31.89<br />

47.69<br />

549.76<br />

269.89<br />

21.78<br />

409.50<br />

7.52<br />

77.52<br />

ÊRRO | Ol.274.65<br />

c<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

30.348.33<br />

26.476.67<br />

9.22<br />

5% 1%<br />

29.4 %<br />

9.2 12.8<br />

Estaçâo Experimental de Curado — Plantio 29-11-48 — Colheita 3-2-50<br />

N.« 100 s/Cal — Cana t/ha — Safra: 40-50 — Planta — Zona Centro —: Top.<br />

Ni<br />

201.7<br />

230.6<br />

201.4<br />

223.0<br />

185.2<br />

261.9 .<br />

243.1<br />

195.3<br />

196.2<br />

633.7<br />

670.1<br />

634.6<br />

667.8<br />

611.1<br />

659.5<br />

1.938.4<br />

N2<br />

250.0<br />

240.8<br />

213.1<br />

211.6<br />

218.6<br />

222.9<br />

195.4<br />

226.4<br />

231.0<br />

703.9<br />

653.1<br />

652.8<br />

657.0<br />

685.8<br />

667.0<br />

2.009.8<br />

P x K<br />

677.8<br />

601.2<br />

616.0<br />

619.5<br />

580.4<br />

706.0 •<br />

644.4<br />

653.7<br />

650.2<br />

1.895.0<br />

1.905.9<br />

1.948.3<br />

1.941.7<br />

1.835.3<br />

1.972.2<br />

5.749.2<br />

MÉDIAS<br />

No 100.. 0<br />

Ni 107.7<br />

N2 111.6<br />

Po 105.3<br />

Pi 105.9<br />

P2 108.2<br />

Ko 107.9<br />

Ki 102.0<br />

K2 109.6<br />

X 1Ü6.5<br />

BLOO03<br />

Wi 1.051.9<br />

W2 1.012.9<br />

Wu 1.000.3<br />

Xi 843.0<br />

XJ 754.2<br />

Xs 1.086.9<br />

tl-EITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

S X2<br />

c<br />

D P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q..<br />

20.820.20<br />

9.443.88<br />

1.211.04<br />

40.33<br />

78.91<br />

9.19<br />

25.84<br />

548.10<br />

995.88<br />

14.73<br />

190.41<br />

8.261.89<br />

632.918.36<br />

612.098.16<br />

14.0<br />

13.1 %<br />

5% 1%<br />

9.8 13.1<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 111<br />

1<br />

1<br />

V<br />

15 84.97<br />

G. L.<br />

53 5<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1 11<br />

1<br />

39<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

1.888.78<br />

211.84<br />

OBSEBVACÖBS<br />

F<br />

8.7»°<br />

6.5°<br />

4.8*<br />

F<br />

8.9"<br />

5.7*<br />

4.7°


Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

I


Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

Jpg<br />

Ko<br />

K,<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Kn<br />

No<br />

16.4<br />

28.8<br />

12.2<br />

46.3<br />

52.9<br />

44.9<br />

63.8<br />

52.0<br />

54.2<br />

57.4<br />

144.1<br />

170.0<br />

126.5<br />

133.7<br />

111.3<br />

371.5<br />

No<br />

41.5<br />

64.5<br />

34.0<br />

71.8<br />

54.0<br />

46.3<br />

65.4<br />

55.8<br />

85.7<br />

140.0<br />

172.1<br />

206.9<br />

178.7<br />

174.3<br />

166.0<br />

519.0<br />

Usina N. S. do Camno — Engenho Camasscvri — Plwntio 14-7-49 — Coîheita 22-11-50<br />

N.o 1Ü3 — Cana t/ha — Salra: 50/51 — Planta — Zona Sul — Top. -1-<br />

Ni<br />

11.6<br />

10.9<br />

10.8<br />

44.2<br />

57.0<br />

51.7<br />

74.0<br />

68.4<br />

73.6<br />

33.3<br />

152.9<br />

216.0<br />

129.8<br />

136.3<br />

136.1<br />

402.2<br />

Ni<br />

28.4<br />

19.1<br />

85.8<br />

52.4<br />

63.4<br />

53.6<br />

87.7<br />

71.7<br />

46.5<br />

133.3<br />

169.4<br />

205.9<br />

168.5<br />

154.2<br />

185.9<br />

508.6<br />

Na<br />

11.4<br />

18.2<br />

16.2<br />

58.4<br />

46.4<br />

. 60.2<br />

61.6<br />

82.0<br />

68.4<br />

45.8<br />

165.0<br />

212.0<br />

131.4<br />

146.6<br />

144.8<br />

422.8<br />

P x K<br />

39.4<br />

57.9<br />

39.2<br />

148.9<br />

156.3<br />

156.8<br />

199.4<br />

202.4<br />

196.2<br />

136.5<br />

462.0<br />

598.0<br />

387.7<br />

416.6<br />

392.2<br />

1.196.5<br />

MÉDIAS<br />

No 41.3<br />

Ni 47.0<br />

N2 47.0<br />

Po 15.2<br />

Pi 51.3<br />

P2 66.4<br />

Ko 43.1<br />

Ki 46.3<br />

K2 43.6<br />

X 44.3<br />

BLOCOS<br />

Wi 366.2<br />

W2 405.6<br />

W. 424.7<br />

1<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

MiKKO<br />

c<br />

2 D. P. X2<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

13.820.14<br />

197.76<br />

146.20<br />

1.88<br />

11.832.34<br />

665.00<br />

1.12<br />

52.60<br />

239.41<br />

68.16<br />

0.75<br />

53.022.67<br />

66.842.«1<br />

6.40<br />

14.4 %<br />

5% 1%<br />

6.4 8.9<br />

Usina Aliança — Engenho Bréio — Plantio î15-7-49<br />

— Coîheita 15-11-50<br />

N.° 104 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Planta — Zona Norte — Top. -2-<br />

N2 .<br />

88.8<br />

34.2<br />

24.0<br />

48.6<br />

49.2<br />

79.3<br />

44.4<br />

86.6<br />

65.5<br />

147.0<br />

177.1<br />

196.5<br />

181.8<br />

170.0<br />

168.8<br />

520.6<br />

P x K<br />

158.7<br />

117.8<br />

143.8<br />

172.8<br />

166.6<br />

179.2<br />

197.5<br />

214.1<br />

197.7<br />

420.3 .<br />

518.6<br />

609.3<br />

529.0<br />

498.5<br />

520.7<br />

1.548.2<br />

MÉDIAS<br />

No 57.7<br />

Ni 56.5<br />

N2 57.8<br />

Po 46.7<br />

Pi 57.6<br />

P2 67.7<br />

Ko 58.8<br />

. Ki 55.4<br />

K2 57.8<br />

X 57.3<br />

BLOCOS<br />

Wi 713.6<br />

W2 455.4<br />

Wa 379.2<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

c<br />

S. Q.<br />

10.842.85<br />

6.825.82<br />

0.14<br />

9.29<br />

1.984.50<br />

1.06<br />

3.82<br />

51.43<br />

25.23<br />

0.00<br />

19.00<br />

1.922.56<br />

99.617.78<br />

SR 774. QS<br />

D. P. | 11.32<br />

C. V. | 19.7 %<br />

5% 1%<br />

D. M. S. 11.4 17.7<br />

G. L.<br />

2<br />

26<br />

1 11<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1 1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

4u .yy<br />

OBSERVAÇÔES<br />

V<br />

3.412.91<br />

128.17<br />

OBSERVAÇÔES<br />

F<br />

288.7""<br />

16.2"<br />

5 8*<br />

F<br />

26.6"<br />

15.5**


Po Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Ps Ko<br />

Ki<br />

Ks .<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Ps Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

No<br />

18.1<br />

45.2<br />

31.8<br />

64.2<br />

50.1<br />

83.2<br />

61.6<br />

74.9<br />

72.6<br />

95.1<br />

197.5<br />

209.1<br />

143.9<br />

170.2<br />

187.6<br />

501.7<br />

No<br />

66.7<br />

35.7<br />

18.5<br />

76.6<br />

71.1<br />

72.9<br />

80.2<br />

91.4<br />

. 96.9<br />

120.9<br />

220.6<br />

268.5<br />

223.5<br />

198.2<br />

188.3<br />

610.0<br />

Usina N. S. do Carmo — Engenho Limeira — Plwntio 15-7-49 — Colheita 23-11-50<br />

N.° 105 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Planta — Zona Sul — Pop. -2-<br />

Ni<br />

38.7<br />

15.7<br />

30.4<br />

55.9<br />

65.3<br />

69.0<br />

95.0<br />

81.8<br />

66.8<br />

84.8<br />

190.2<br />

243.6<br />

189.6<br />

162.8<br />

166.2<br />

518.6<br />

Ns<br />

21.5<br />

20.4<br />

22.5<br />

61.9<br />

91.4<br />

85.6<br />

68.0<br />

97.8<br />

65.0<br />

64.4<br />

238.9<br />

230.8<br />

151.4<br />

209.6<br />

173.1<br />

534.1<br />

P X K<br />

78.3<br />

81.3<br />

84.7<br />

182.0<br />

206.8<br />

237.8<br />

224.6<br />

254.5<br />

204.4<br />

244.3<br />

626.6<br />

683.5<br />

484.9<br />

542.6<br />

526.9<br />

1.554.4<br />

MÉDIAS<br />

No 55.7<br />

Ni 57.6<br />

N2 59.3<br />

Po 27.1<br />

Pi 69.6<br />

P2 75.9<br />

Ko 53.9<br />

Ki 60.3<br />

K2 58.5<br />

X 57.6<br />

BLOCOS<br />

Wi 496.5<br />

W2 480.3<br />

WJ 577.6<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

16.431.88<br />

603.96<br />

58.32<br />

0.03<br />

10.716.48<br />

1.960.83<br />

98.00<br />

99.76<br />

228.81<br />

40.33<br />

58.96<br />

105.919.26<br />

89.487.38<br />

13.08<br />

22.7 %<br />

5% 1%<br />

13.1 18.2<br />

Usina N. S. do Carmo — Engenho Cochoelra — Plamtio 15-7-49 — Colheita 23-11-50<br />

N.o 106 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Planta — Zona Sul — Top. -2-<br />

Ni<br />

22.9<br />

19.1<br />

21.6<br />

63.1<br />

65.8<br />

72.6<br />

79.2<br />

87.4<br />

90.3<br />

63.6<br />

201.5<br />

256.9<br />

165.2<br />

172.3<br />

184.5<br />

522.0<br />

N2<br />

20.0<br />

22.5<br />

47.7<br />

100.5<br />

112.0<br />

89.2<br />

83.2<br />

84.3<br />

92.1<br />

90.2<br />

301.7<br />

259.6<br />

203.7<br />

218.0<br />

229.0<br />

651.5<br />

P x K<br />

109.6<br />

77.3<br />

87.8<br />

240.2<br />

248.9<br />

234.7<br />

242.8<br />

263.1<br />

279.3<br />

274.7<br />

723.8<br />

785.0<br />

592.4<br />

589.3<br />

601.8<br />

1.783.5 •<br />

MÉDIAS<br />

No 67.8<br />

Ni 58.0<br />

Ni 72.4<br />

Po 30.5<br />

Pi 80.4<br />

P2 27.2<br />

Ko 65.8<br />

Ki 65.5<br />

Ks 66.9<br />

X 66.0<br />

BLOCOS<br />

Wi 646.8<br />

Ws 567.8<br />

Wa 569.3<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BI/JCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

2 X2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

21.965.19<br />

449.06<br />

95.68<br />

876.04<br />

14.467.00<br />

2.786.41<br />

4.90<br />

4.50<br />

39.60<br />

305.02<br />

285.18<br />

2.651.80<br />

139.775.27<br />

117.810.08<br />

13.30<br />

20.1 %<br />

5% 1%<br />

13.3 18.5<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 111111<br />

1<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1 1<br />

1 1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

176.78<br />

OBSEBVAÇOES<br />

F<br />

62.6"<br />

11.5**<br />

F<br />

4.9*<br />

81.8*"<br />

15.8"


• • • -<br />

Po<br />

Pi<br />

p3<br />

Po<br />

Pi<br />

p2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

• P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

37.0<br />

36.8<br />

42.0<br />

28.1<br />

45.7<br />

47.2<br />

49.1<br />

36.2<br />

47.5<br />

115.8<br />

121.0<br />

132.8<br />

114.2 '<br />

118.7<br />

136.7<br />

369.6<br />

No<br />

52.2<br />

43.6<br />

45.7<br />

49.8<br />

54.9<br />

36.7<br />

50.7<br />

26.0<br />

29.6<br />

141.5<br />

141.4<br />

' 106.3<br />

152.7<br />

124.5<br />

112.0<br />

389.2<br />

'Ni<br />

34.6<br />

32.0<br />

32.4<br />

50.3<br />

42.5<br />

40.0<br />

31.0<br />

42.3<br />

37.5<br />

99.0<br />

132.8<br />

110.8<br />

115.9<br />

116.8<br />

109.9<br />

342.6<br />

Usina Aliança — Engenho Vasante — Plantio 16-7-49 — Colheita 22-11-50<br />

N.° 107 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Planta — Zona Norte — Top'. -8-<br />

N2'<br />

28.9<br />

45.1<br />

39.9<br />

34.4<br />

36.8<br />

32.2<br />

45.8<br />

35.4<br />

46.8<br />

113.9<br />

103.4<br />

128.0<br />

109.1<br />

117.3<br />

118.9<br />

345.3<br />

Usina Uniâo e Industriel — Engenho Contendas (enxada) — Plantio 12-8-49 — Colheita 8-11-50<br />

N .° 113-A — Cana t/ha — Safra : 50/51 — PlantaL<br />

— Zona Sul — - Top. -6-<br />

Ni<br />

44.0<br />

46.9<br />

52.9<br />

44.3<br />

57.8<br />

27.6<br />

43.7<br />

48.6<br />

56.7<br />

143.8<br />

129.7<br />

149.0<br />

132.0<br />

153.3<br />

137.2<br />

422.5<br />

N2<br />

38.2<br />

65.4<br />

61.0<br />

27.2<br />

46.3<br />

82.3<br />

31.6<br />

47.9<br />

51.3<br />

164.6<br />

156.0<br />

130.8<br />

97.0<br />

159.6<br />

194.8<br />

451.4<br />

| P x K<br />

100.5<br />

113.9<br />

114.3<br />

112.8<br />

125.0<br />

119.4<br />

125.9<br />

113.9<br />

131.8<br />

328.7<br />

357.2<br />

371.6<br />

339.2<br />

352.8<br />

365.5<br />

1.057.5<br />

P x K<br />

134.4<br />

155.9<br />

159.6<br />

121.3<br />

159.0<br />

146.8<br />

126.0<br />

122.5<br />

137.6<br />

449.9<br />

427.1<br />

386.1<br />

381.7<br />

437.4<br />

444.0<br />

1 263.1<br />

No<br />

Ni<br />

N2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Wi<br />

Ws<br />

No<br />

Ni<br />

N2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

X<br />

Wl<br />

W2<br />

Wa<br />

MÉDIAS<br />

41.1<br />

38.1<br />

38.4<br />

36.5<br />

39.7<br />

41.3<br />

37.7<br />

39.2<br />

40.6<br />

39.2<br />

BLOCOS<br />

362.7<br />

380.0<br />

314.8<br />

MÉDIAS<br />

BLOCOS<br />

43.2<br />

46.9<br />

50.1<br />

50.0<br />

47.4<br />

42.9<br />

42.4<br />

48.6<br />

49.3<br />

46.8<br />

401.7<br />

415.4<br />

446.0<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS 1<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÉRRO<br />

2 X,<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

V X2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

1.092.44<br />

253.50<br />

32.80<br />

16.33<br />

102.24<br />

3.68<br />

38.42<br />

0.01<br />

0.70<br />

13.44<br />

5.20<br />

42.511.19<br />

41.418 75<br />

6 46<br />

16.5 %<br />

5 % 1 %<br />

6.5 9.0<br />

S. Q.<br />

4.145.69<br />

114.32<br />

214.93<br />

9.36<br />

226.13<br />

6.13<br />

215.63<br />

44.64<br />

0.16<br />

159.85<br />

15.19<br />

3.148.35<br />

63.235.37<br />

59.089.68<br />

14.5<br />

31.0 %<br />

5 % 1 %<br />

14.5 20.1<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1 11<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

•M<br />

V F<br />

OBSERVAÇOES<br />

v P<br />

OBSEBVAÇOES<br />

-<br />

••!•


Po Ko<br />

Ki<br />

K-.<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

K:<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

Ki<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

K.<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

&<br />

P2 Ko<br />

Ki<br />

Kj<br />

P,<br />

Pi<br />

Pi<br />

Ko<br />

K,<br />

KÎ<br />

No<br />

74.3<br />

50.4<br />

23.9<br />

75.6<br />

52.7<br />

65.6<br />

27.0<br />

53.4<br />

97.0<br />

148.6<br />

193.9<br />

177.4<br />

176.9<br />

156.5<br />

186.5<br />

519.9<br />

No<br />

32.3<br />

43.6<br />

38.9<br />

30.9<br />

60.0<br />

75.9<br />

39.4<br />

74.1<br />

77.3<br />

114.8<br />

166.8<br />

190.8<br />

102.6<br />

177.7<br />

192.1<br />

472.4<br />

Usina Uniâo e Industriel — Engenho Contendas — Plantio 12-8-49 — Colheita 8-11-50<br />

N.° 113-B — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Planta — Zona Sul — Top. -6-<br />

Ni<br />

47.3<br />

50.3<br />

26.9<br />

58.8<br />

53.0 •<br />

53.6<br />

46.4<br />

32.8<br />

44.3<br />

124.5<br />

165.4<br />

123.5<br />

152.5<br />

136.1<br />

124.8<br />

413.4<br />

N2<br />

65.2<br />

43.8<br />

87.8<br />

38.8<br />

68.3<br />

40.3<br />

*75.1<br />

80.2<br />

37.3<br />

196.8<br />

147.4<br />

192.6<br />

179.1<br />

192.3<br />

165.4<br />

536.8<br />

1<br />

P x K<br />

186.8<br />

144.5<br />

138.6<br />

173.2<br />

174.0<br />

159.5<br />

148.5<br />

166.4<br />

178.6<br />

469.9<br />

506.7<br />

493.5<br />

508.5<br />

484.9<br />

476.7<br />

1.470.1<br />

MÉDIAS<br />

Nu 57.8<br />

Ni<br />

N2<br />

45.9<br />

59.6<br />

Po 52.2<br />

Pi 56.3<br />

P2 54.8<br />

Ko 56.5<br />

Ki 53.9<br />

K2 53.0<br />

"x" 54.4<br />

BLOCOS<br />

Wi 577.9<br />

W2 357.2<br />

Wa 535.0<br />

! EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 c X '<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

Usina Central Barreiros — Engenho Linda Flôr — Plantio 18-8-49 -<br />

N.° 114 — Cana t/ha — Safra: 50/51 — Planta — Zona Sul<br />

Ni<br />

33.5<br />

49.4<br />

53.2<br />

45.7<br />

52.4<br />

74.4<br />

37.1<br />

74.0<br />

66.0<br />

136.1<br />

172.5<br />

177.1<br />

116.3<br />

175.8<br />

193.6<br />

485.7<br />

N2<br />

22.9<br />

54.5<br />

66.3<br />

47.7<br />

70.2<br />

57.6<br />

51.5<br />

58.6<br />

79.2<br />

143.7<br />

175.5<br />

189.3<br />

122.1<br />

183.3<br />

203.1<br />

508.5<br />

P X K<br />

88.7<br />

147.5<br />

158.4<br />

124.3<br />

182.6<br />

207.9<br />

128.0<br />

206.7<br />

222.5<br />

394.6<br />

514.8<br />

557.2<br />

341.0<br />

536.8<br />

588.8<br />

1.466.6<br />

MÉDIAS<br />

No 52.5<br />

Ni<br />

N2<br />

54.1<br />

56.5<br />

Po 43.8<br />

Pi<br />

P2<br />

57.2<br />

61.9<br />

Ko 37.9<br />

Ki 59.6<br />

Ki 65.4<br />

X 54.3<br />

BLOCOS<br />

Wi 531.4<br />

W2 501.6<br />

WJ 433.6<br />

EPEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

2 X2<br />

C<br />

D. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

9.330.97<br />

3.043.03<br />

15.87<br />

978.78<br />

30.94<br />

46.30<br />

56.18<br />

4.39<br />

90.75<br />

45.24<br />

510.91<br />

4.508.58<br />

89.375.19<br />

80.044.22<br />

17.3<br />

31.8 %<br />

•5 % 1 %<br />

17.4 24.1<br />

Colheita 5-12-50<br />

- Top. -2-<br />

S. Q.<br />

6.869.17<br />

558.41<br />

72.40<br />

1.67<br />

1.468.82<br />

112.08<br />

3.411.38<br />

382.93<br />

77.01<br />

6.02<br />

51.25<br />

86.532.70<br />

79.663.53<br />

8 43<br />

15.5 %<br />

5 % 1 %<br />

8.5 11.7<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

|<br />

|<br />

1<br />

1<br />

1<br />

|<br />

1<br />

1<br />

1<br />

V<br />

1.521.51<br />

300.57<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

279.20<br />

OBSEEVAÇÔES<br />

F<br />

F<br />

5.1*<br />

3.9*<br />

20.6**<br />

47.9**<br />

5.4*


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Pi Ko<br />

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Ki<br />

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Po Ko<br />

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Pi Ko<br />

K,<br />

Ks<br />

P2 Ko<br />

K,<br />

K2<br />

Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K,<br />

No<br />

47.9<br />

22.0<br />

57.9<br />

21.0<br />

74.5<br />

95.3<br />

54.6<br />

100.2<br />

47.7<br />

127.8<br />

190 8<br />

202.5<br />

123.5<br />

196.7<br />

200.9<br />

521.1<br />

No<br />

5.6<br />

12.4<br />

51.7<br />

37.9<br />

31.2<br />

28.1<br />

27.1<br />

36.1<br />

34.9<br />

69.7<br />

97.2<br />

98.1<br />

70.6<br />

79.7<br />

114.7<br />

265.0<br />

Ni<br />

5S.3<br />

86.8<br />

50.1<br />

69.3<br />

43.7<br />

59.9<br />

50.2<br />

68.1<br />

94.0<br />

195.2<br />

172 9<br />

212^3<br />

177.8<br />

198.6<br />

204.0<br />

580.4<br />

N.«<br />

Massauassû — Engenho Pedra — Plantio 2-9-49 — Colheita 14-12-50<br />

117 — Cana t/ha — Safra: 50-51 — Planta — Zona Sul — Top. -3-<br />

N2<br />

28.6<br />

45.3<br />

78.4<br />

80.4<br />

110.8<br />

58.3<br />

92.8<br />

43.5<br />

74.8<br />

152.3<br />

249 5<br />

211 il<br />

201.8<br />

199.6<br />

211.5<br />

612.9<br />

.<br />

•<br />

P x K<br />

' 134.8<br />

154.1<br />

186.4<br />

170.7<br />

229.0<br />

213.5<br />

197.6<br />

211.8<br />

216.5<br />

475.3<br />

613 2<br />

625^9<br />

503.1<br />

594.9<br />

616.4<br />

1.714.4<br />

MÉDIAS<br />

No " 57.9<br />

Ni 64.5<br />

N2 68.1<br />

Po 52.8<br />

Pi 68.1<br />

P2 69.5<br />

Ko 55.9<br />

Ki 66.1<br />

K2 68.5<br />

X 63.5<br />

OS<br />

Wi 775.5<br />

W- 573 8<br />

Wi 365.1<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

v x2<br />

C<br />

D P<br />

C.'V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

22.192.47<br />

16.865.48<br />

468.18<br />

13.30<br />

1.260.02<br />

290.27<br />

713.16<br />

91.52<br />

252.81<br />

381.94<br />

89.10<br />

1.766.69<br />

123.493.06<br />

101.350.59<br />

10 8<br />

17.0 %<br />

5% 1%<br />

10.9 15.1<br />

Usina Massauassû — Engenho Arariba de Baixo — Plantio 2-9-49 - Colheita 13-12-50<br />

N.« 118 — Cana t/ha — Safra: 50-51 — Planta — Zona Sul ç— Top.' -3-<br />

Ni<br />

14.3<br />

21.1<br />

7.8<br />

34.0<br />

43.7<br />

46.2<br />

36.4<br />

84,. 5<br />

51.1<br />

43.2<br />

123.9<br />

172.0<br />

84.7<br />

149.3<br />

105.1<br />

339.1<br />

N2<br />

8.8<br />

8.2<br />

12.9<br />

27.1<br />

39.2<br />

40.1<br />

43.7<br />

55.1<br />

47.0<br />

29.9<br />

106.4<br />

145.8<br />

79.6<br />

102.5<br />

100.0<br />

282.1<br />

P x K<br />

28.7<br />

41.7<br />

72.4<br />

99.0<br />

114.1<br />

114.4<br />

107.2<br />

175.7<br />

133.0<br />

142.8<br />

327.5<br />

415.9<br />

234.9<br />

331.5<br />

319.8<br />

886.2<br />

MÉDIAS<br />

No 29.4<br />

N, 37.7<br />

N2 31.3<br />

Po 15.9<br />

Pi 36.4<br />

P2 46.2<br />

Ko 26.1<br />

Ki 36.8<br />

K. 35.5<br />

X 32.8<br />

Wi 271.8<br />

- W2 37.3<br />

Wj 277.1<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 X2<br />

c D'. P.<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

8.557.99<br />

294.16<br />

16.24<br />

318.28<br />

4.143.53<br />

171.73<br />

400.44<br />

217.20<br />

638.02<br />

46.80<br />

26.70<br />

2.284.89<br />

37.645.04<br />

29.087.05<br />

12.3<br />

37.5 %<br />

5% 1%<br />

12.4 17.2<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1 1111<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

X<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

V<br />

8.432.74<br />

1<br />

1<br />

117.77 1<br />

OBSERVAÇOES<br />

V<br />

152.32<br />

OBSERVAÇOES<br />

F<br />

71 6***<br />

10.7'° '<br />

6.0*<br />

F<br />

27.2"»<br />

6.1*


Po Ko<br />

Ki<br />

KJ<br />

Pi Ko<br />

Ki<br />

Ks<br />

P2<br />

Ko<br />

Kj<br />

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Po<br />

Pi<br />

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Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

Po Ko<br />

Ki<br />

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Pi Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

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Po<br />

Pi<br />

P2<br />

Ko<br />

Ki<br />

K2<br />

No<br />

8.6<br />

13.8<br />

13.6<br />

38.0<br />

33.0<br />

35.8<br />

27.4<br />

28.6<br />

30.9<br />

36.0<br />

106.8<br />

86 9<br />

74.0<br />

75.4<br />

80.3<br />

229.7<br />

No<br />

19.3<br />

51.4<br />

26.0<br />

46.3<br />

22.7<br />

34.2<br />

18.1<br />

23.2<br />

66.2<br />

96.7<br />

103.2<br />

107.5<br />

83.7<br />

97.3<br />

126.4<br />

307.4<br />

Ni<br />

18.6<br />

33.4<br />

20.6<br />

27.2<br />

23.2<br />

27.9<br />

37.1<br />

46.7<br />

35.5<br />

72.6<br />

78.3<br />

119.3<br />

82.9<br />

103.3<br />

84.0<br />

270.2<br />

Ni<br />

36.2<br />

44.1<br />

53.1<br />

45.8<br />

78.5<br />

40.8<br />

48.2<br />

32.0<br />

66.5<br />

133.4<br />

165.1<br />

146.7<br />

130.2<br />

154.6<br />

160.4<br />

445.2<br />

Usina Grauatâ — Engenho Gamelewa, — Plantio 9-9-49 — Oolheita 25-1-51<br />

N.° 120 — Cana t/ha — Safra : 50/51 — Planta — Zona Sul — Top. -2-<br />

N2<br />

26.1<br />

21.0<br />

15.4<br />

27.4<br />

20.4<br />

28.4<br />

30.6<br />

35.5<br />

48.9<br />

62.5<br />

76.2<br />

115.0<br />

84.1<br />

76.9<br />

92.7<br />

253.7<br />

P x K<br />

53.3<br />

68.2<br />

49.6<br />

92.6<br />

76.6<br />

92.1<br />

95.1<br />

110.8<br />

115.3<br />

171.1<br />

261.3<br />

321 2<br />

241.0<br />

255.6<br />

257.0<br />

753.6<br />

MÉDIAS<br />

No 25.5<br />

Ni 30.0<br />

N2 28.2<br />

Po 19.0<br />

Pi 29.0<br />

Pa 35.7<br />

Ko 26.8<br />

Ki 28.4<br />

K2 28.5<br />

X 27.9<br />

BLOCOS<br />

Wi 235.5<br />

W2 264.5<br />

W3 253.6<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

c<br />

I). p<br />

C. V. j<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

2.434.31<br />

47.68<br />

32.00<br />

60.16<br />

1.251.66<br />

17.00<br />

14.22<br />

3.22<br />

0.21<br />

0.44<br />

47.60<br />

960.12<br />

23.468.12<br />

21 033 81<br />

8.00<br />

28.7 %<br />

5% 1%<br />

8.0 11.1<br />

Usina. Säo José — Engenho Traripe — PlamÀio 20-9-49 — Colheita 23-11-50<br />

N.°121 — Cana t/ha — Sofra : 50/51 — Planta — Zona Norte — Top. -2-<br />

N2<br />

50.8<br />

26.4<br />

32.5<br />

46.6<br />

50.6<br />

82.7<br />

42.0 '<br />

82.3<br />

58.4<br />

107.7<br />

179.9<br />

182.7<br />

139.4<br />

159.3<br />

173.6<br />

472.3<br />

P x K<br />

106.3<br />

121.9<br />

111.8<br />

138.7<br />

151.8<br />

157.7<br />

108.3<br />

137.5<br />

191.1<br />

339.8<br />

448.2<br />

436.9<br />

353.3<br />

411.2<br />

460.4<br />

1.224.9<br />

MÉDIAS<br />

No 34.1<br />

Ni 49.5<br />

Na 52.5<br />

Po 37.7<br />

Pi 49.8<br />

P2 48.5<br />

Ko 39.2<br />

Ki 45.7<br />

K2 51.1<br />

X 45.4<br />

BLOCOS<br />

Wi 358 2<br />

W2 307.2<br />

559.5<br />

W3<br />

EFEITOS<br />

TOTAL<br />

BLOCOS<br />

N'<br />

N"<br />

P'<br />

P"<br />

K'<br />

K"<br />

NP<br />

NK<br />

PK<br />

ÊRRO<br />

2 x2<br />

c<br />

D. P<br />

C. V.<br />

D. M. S.<br />

S. Q.<br />

8.819.52<br />

3.954.74<br />

1.510.66<br />

226.93<br />

523.80<br />

265.33<br />

637.24<br />

1.40<br />

322.40<br />

6.02<br />

500.52<br />

64.389.15<br />

55.569.63<br />

7 62<br />

16.8 %<br />

5% 1%<br />

7.6 10.6<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1<br />

1<br />

. 1<br />

1111<br />

1<br />

15<br />

G. L.<br />

26 2<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

1 1<br />

1<br />

1<br />

15<br />

•<br />

V<br />

64.00<br />

OBSERVACÖES<br />

V<br />

1.977.37<br />

58.03<br />

OBSERVACÖES<br />

F<br />

19.5"<br />

F<br />

34.l"<br />

26.0"<br />

9.0*»<br />

4.6'<br />

11.0**<br />

5.5*<br />

8.6*


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Mot


O EMPRÊGO <strong>DO</strong> CALCÂREO NA CORREÇÂO <strong>DO</strong>S <strong>SOLO</strong>S<br />

ACI<strong>DO</strong>S DA BAIXADA DE SEPETIBA<br />

OTTO LYRA SCHRADER, M. S. A.<br />

(Eng. Agrônomo)<br />

DYRCE PINTO PACCA DE SOUZA BRITO<br />

(Eng. Agrönomo)<br />

1. INTRODUCÄO<br />

Em prosseguimento ao estudo iniciado no ano de 1944 na Horta<br />

Experimental do Institute de Ecologia e Experimentaçâo Agricola, localisada<br />

na Baixada de Sepetiba no km. 47 da Estrada Rio-Sâo Paulo,<br />

o. quai jâ tivemos oportunidade de apresentar à 2. a Reuniäo Brasileira<br />

de Ciência do Solo realisada em Julho de 1949 na cidade de<br />

Campinas, voltamos para relatar as observaçôes feitas neste biênio<br />

referentes ao efeito residual da calagem na reacäo do solo e na cultura<br />

de beterraba, conforme as normas inicialmente estabelecidas.<br />

2. MATERIAL E MÉTO<strong>DO</strong>S<br />

Anteriormente apresentamos uma anâlise detalhada da natureza<br />

do solo que serviu a instalaçâo deste experimento, para depois justificar<br />

as razöes pela preferência da espécie horticola empregada<br />

como cultura inidicadora. O citado estudo consistiu no emprêgo do<br />

calcäreo para corrigir os solos âcidos, originalmente de pH = 5,5, em<br />

dosagens calculadas para.pH = 6,0, pH = 6,5 e pH = 7,0. Correspondeu<br />

à aplicaçâo de 95, 180 e 270 kg por hectare por centimetro de<br />

profundidade, respectivamente, e ainda multiplicamos pelo fator sugerido<br />

por CHRISTIANSEN e JENSEN (1), conhecido por "liming factor".<br />

O piano experimental foi rigorosamente observado, mantendo-se<br />

a ,mesma distribuiçâo das parcelas e a coleta periódica de amostras<br />

para determinaçâo da reacäo do solo.<br />

As épocas para o plantio da espécie acima citada foram sempre<br />

respeitadas, assim como controlado o rendimento das culturas anotando-se<br />

sempre o numero e peso dos pés colhidos em cada parcela.<br />

As observaçôes deste biênio referem-se as modificaçôes ocorridas<br />

na reacäo dos solos e nas produçôes de beterraba, conséquentes do<br />

efeito residual da calagem empregada.


446 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

3. DISCUSSÄO <strong>DO</strong>S RESULTA<strong>DO</strong>S<br />

Dos resultados obtidos neste Ultimo periodo pudemos verificar<br />

o seguinte:<br />

1) — Influencia da calagem no pH do solo: As médias de quatro<br />

determinaçôes levadas a efeito periodicamente nos solos de<br />

cada parcela estäo indicadas gràficamente na fig. n.° 1.<br />

pH<br />

75<br />

70<br />

ES<br />

EO<br />

is<br />

äQ<br />

FI6URA 1<br />

/s<br />

1344 •<br />

INDICES DE Remis EM PH <strong>DO</strong> SÜLO ms PRRCEIRS<br />

QUE RECEBERRM EHfE RENTES OO5/)6EHS DE OIL, B.C t D,<br />

EM COMPARAÇàa COM 0 TESTEHUtiäD. {R,<br />

194-5 . 1346 1947 1946 1949<br />

— " • .<br />

~ — • — -<br />

Observa-se na figura citada que nâo houve alteracöes significativas<br />

nos valores médios de pH nos Ultimos anos em comparaçâo com<br />

os anteriores, demonstrando assim a longa açâo residual do câlcâreo<br />

mantendo, pràticamente, até a presente data, os mesmos niveis atingidos.<br />

Confirmando os resultados colhidos anteriormente constatamos<br />

que:<br />

a) o emprêgo somente de tratos culturais pela drenagem, adubaçâo<br />

verde, aradura e cultivos, como foi feito nas parcelas<br />

testemunhas (linha A), é suficiente para o melhoramento<br />

das condicöes de acidês elevando o nïvel primitivo de pH = 5,5<br />

para pH = 6,2 e mantendo-se neste limite;<br />

b) os niveis de pH entâo atingidos graças as diversas dosagens<br />

de calcareo (linhas B, C e D), apresentaram-se mals ou<br />

menos estâveis provando que as quantidades aplicadas em<br />

1944, para cada caso, tiveram açâo residual até o presente;<br />

c) a estabilisaçâo daqueles diferentes valores de pH, acima dos<br />

, niveis esperados, confirma a nossa opiniâo de que é desnessârio<br />

para as condiçôes estudadas adotar-se na calagem o<br />

fator proposto por CRISTIANSEN e JENSEN (1), "liming factor".<br />

2) — Influencia da acidez .na Cultura da Beterraba. Os dados<br />

de produçâo da beterraba nestes periodos, indicados em quilogramas<br />

•<br />

° ' OUT.<br />

• s<br />

-r-i-<br />

1951


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 447<br />

por hectare, foram reunidos aos resultados dos anos anteriores para<br />

eieito ae melhor comparaçao.<br />

QUADRO N.O 1 — Rendimento da beterraba nas parcelas tratadas com calcâreo<br />

TRARAMENTOS<br />

A BC


448 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> BRASHEIRA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

O coeficiente de variaçâo para os tratamentos foi:<br />

CV. = V 19.328 X 2 X 100 = 5,8 %<br />

(a) 3336,31<br />

O coeficiente de variaçâo para anos x tratamentos, foi:<br />

CV. =<br />

(b)<br />

V 5.864 X 100<br />

1.668,16<br />

= 4,5 %<br />

A diferença minima significativa para os tratamentos =<br />

V 1Ü328 X 2 X8 X 2,447 = 1360 dag. == 787 kg/ha<br />

A anâlise da variância dos resultados colhidos nos Ultimos anos<br />

veio positivar a superioridade dos trafamentos C e D sobre os demais<br />

tratamentos. Estes tratamentos corresponderam as maiores dosagens<br />

de calcâreo e tiveram maior influência no rendimento da beterraba,<br />

visto elevarem o pH para um nivel de neutralidade tâo necessârio<br />

àquela espécie.<br />

CONCLUSÖES<br />

As observaçôes aqui expostas confirmam os resultados que apresentamos<br />

na primeira fase dêste estudo, nos seguintes aspectos:<br />

1) — ser imprescindivel o emprêgo da calagem para a râpida<br />

correçào dos solos âcidos da Baixada de Sepetiba, a f im de<br />

melhorar as suas condiçôes de fertilidade e produtividade;<br />

2) — que o emprêgo do calcâreo, nas condiçôes em questâo apresenta<br />

um efeito residual no solo por um periodo de sete<br />

anos sem variarem os valores do pH obtidos;<br />

3) — ser duvidosa a necessidade de se adotar o fator recomendado<br />

por CRISTIATSTSEN e JENSEN (1) nas dosagens das quantidades<br />

de calcâreo necessârias ao corretivo dos solos;<br />

4) — a cultura da beterraba confirma a sua sensibilidade as<br />

condiçôes de solo, tendo sido grandemente beneficiada com<br />

a calagem em vista das melhores produçôes ocorrerem nas<br />

parcelas cuja reaçâo apresentava-se em tôrno da neutra.<br />

Agradecimento<br />

Os au tores desejam expresar o seu reconhecimento a todos que<br />

o auxiliaram no desenvolvimento do presente estudo, com especial<br />

referenda aos seus colaboradores diretos da Horta Experimental do<br />

I.E.E.A.; aos técnicos da Secçâo de Fertilidade dos Solos do mesmo,<br />

pelas anâlises do solo; e aos componentes da Secçâo de Estatistica<br />

Experimental do S. N. P. A., na pessoa do Sr. Raul Edgard Kalckman.<br />

RESUMO<br />

Prosseguindo as observaçôes iniciadas no estudo apresentado à<br />

2. a Reuniâo Brasileira de Ciência do Solo, o autor estudou o efeito residual<br />

da calagem para a correçào dos solos âcidos da Baixada de<br />

Sepetiba e manteve a beterraba como cultura indicadora.<br />

Ficou confirmada a importância significativa do emprêgo do<br />

calcâreo para melhoria das condiçôes de fertilidade daqueles solos e


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 449<br />

Figura 2<br />

Aspecto geral do desenvolvimento da beterraba pelo efeito residual<br />

da calagem no ano de 1949<br />

Figura 3<br />

Cultura da beterraba no ano de 1950. Note-se a distinçâo entre os tratamentos<br />

que a sdosagens do mesmo deverâo limitar-se as necessidades detrminadas<br />

pelos métodos de laboratório tornando-se dispensâvel para<br />

ocaso citado o emprêgo do fator recomendado por CRISTIANSEN e<br />

JENSEN (1).<br />

O autor verificou que a cultura de beterraba em 1949 e 1950, como<br />

nos anos anterior es, apresentou o maior rendimento em solos com tendência<br />

a neutralidade, assim como constatou o efeito residual do calcâreo<br />

naquelas condiçôes por um periodo minimo de sete anos sem<br />

modificaçôes significativas nas reaçôes dos solos.


450 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

SUMMARY<br />

While continuing the same observation on the subject presented<br />

to the Second Brazilian Meeting of Soil Science, the authors have<br />

studied the residual effect of liming to correct the acid soils of the<br />

Baixada of Sepetiba and have maintained the cultivation of beets<br />

as indicator crop.<br />

The significant importance of this treatment to improve the fertility<br />

of those soils was confirmed, as well as the indication that the<br />

amount of lime to apply should be limited to the quantities determined<br />

by laboratory methods avoidin, in this case, to adopt the "liming<br />

factor" recomended by CHRISTIANSEN and JENSEN (1).<br />

The authors verified also that in 1949 and 1950 as inprevious<br />

years, the crops of beets showed higher yields under pH conditions<br />

around the neutral point, and that the residual effect of liming on<br />

those soils was active during seven years, at least, without any significant<br />

change in soil reaction.<br />

OBRAS CONSULTADAS<br />

1) CHRISTIANSEN, H. R. e JENSEN, S.T. — "On The Quantitative Determination<br />

of the Lime Requirement of the Soil". — Transactions of the Second<br />

Comission of the International Society of Soil Science. 1926:94-115 —<br />

Groningen, Holanda.<br />

2) MILER, E.C. — "Plant Physiology" — Mac-Graw-Hill, Second Edition<br />

N.Y 1938. U.S.A.


\<br />

INFLUÊNCIA DA INCORPORAÇAO DE VINHAÇA SÔBRE<br />

O TEÔR EM BASES TROCAVEIS <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

PROF. JAYME ROCHA DE ALMEIDA<br />

DR. GUI<strong>DO</strong> RANZANI<br />

DR. OCTAVIO VALSECCHI<br />

Em trabalhos anterior es (1,2) relatamos os resultados obtidos<br />

com a aplicaçâo de vinhaça sulfürica e nâo sulfûrica sobre a reaçâo<br />

e o poder de embebiçâo do solo. No presente, abordaremos a influência<br />

exercida pela vinhaça nâo sulfürica quando aplicada pura, e<br />

quando neutralizada pela cal até pH 7, sobre as reaçôes de dupla<br />

troca do solo arenoso que se preston ao 1.° ensaio (1).<br />

Segundo BAVER (3), a fraçâo orgânica da carnada superficial contribui<br />

aproximadamente com 30 a 60 % da capacidade de dupla troca<br />

apresentada pelo solo. MITCHELL (4), é de opiniâo que êsses valores estejam<br />

comprendidos entre 41 e 65 %. DEDROW e GILLAM (5) estabeleceram<br />

que, para os solos arenos, a capacidade de dupla troca é dévida<br />

principalmente à fraçâo orgânica neles contida.<br />

Com relaçâo ao material sólido e orgânico existente na vinhaça,<br />

era de se esperar uma melhoria no conteüdo em bases do solo arenoso<br />

por nós estudado. Essa premissa baseia-se na correlacäo existente<br />

entre pH e saturaçâo em bases como adiante veremos.<br />

Afim de possibilitar este estudo, achamos conveniente partir de<br />

duas séries de amostras, com porçôes équivalentes a 50 gr de terra<br />

fina e sêca a 110°C, passâda em peneira de 2 mm. Uma das séries de<br />

amostras (série A) foi submetida à anâlise sem tratamento prévio.<br />

A série B, foi mantida em muf la à tempera tura de 350-400°C. durante<br />

6 horas. Cada uma dessas séries comportou assim dois tipos de<br />

amostras: as de numéros 8-9-10-11 e 12 ref eren tes ao solo com incorporaçâo<br />

de vinhaça pura e, as de numéros 14-15-16-17 e 18 relativas<br />

aos solos que receberam aplicaçâo de vinhaça neutralizada pela cal<br />

a pH 7. As doses de vinhaça aplîcada por hectare constam do quadro<br />

n.° 1. O vaso numéro 20 servindo de testemunha unica para os dois<br />

tratamentos, nâo recebeu vinhaça.<br />

20 .<br />

8 .<br />

9 . •<br />

10 .<br />

11 . :<br />

12<br />

14 . .<br />

15 ..<br />

16 ..<br />

17 . .<br />

18<br />

o<br />

VASO N.o<br />

QUADKO I<br />

— DISTRIBUIÇAO<br />

Vinhaça<br />

Pura<br />

(em litros)<br />

50.000<br />

100 000<br />

250 000<br />

500 000<br />

1.000.000<br />

DAS <strong>DO</strong>SES DE<br />

Vinhaça<br />

Neutralizada<br />

(em litros)<br />

—<br />

50 000<br />

îon.ono<br />

250 000<br />

SO" 0^0<br />

1 000 000<br />

VINHAÇA<br />

Volume (ml) de<br />

Vimhaca p/ vaso<br />

.ou p/ 6 Kg. de terra<br />

0,0<br />

157<br />

314<br />

785<br />

1.570<br />

3.140<br />

157<br />

314<br />

785<br />

1.570<br />

3.140


452 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

O tratamento em mufla das amostras da série B, segundo MIT<br />

CHELL (4), nâo altera e nem destrói a capacidade de dupla troca inerente<br />

ao material mineral do solo. A f inalidade dessa queima é a de<br />

destruir a matéria orgânica natural do solo e aquela a êle incorporada<br />

pela vinhaça.<br />

A extraçâo foi efetuada como recomenda SCHÖLLENBERGER, isto<br />

é, pelo Acetato de Amônio normal a pH = 7. O valor T (capacidade<br />

de dupla troca), foi determinado segundo o método de BRADFIELD e<br />

ALLISON (6), e O valor S (bases trocâveis), pelo método de BRAY e WIL-<br />

LHITE (6).<br />

Os dados obtidos (quadro 2) revelam um grande aumento do<br />

teor em bases do solo resultante da incorporaçâo de vinhaça, com e<br />

sem neutralizaçâo pela cal. Em alguns casos, para as doses mais elevadas,<br />

os valores S ultrapassam os de T. E' estranho que o conteûdo<br />

em bases apresntado pelo solo revele-se nêsses casos, superior à capacidade<br />

de retençao do mesmo. Tal f a to nos levou à uma experiência<br />

em campo, delineada de tal modo a nos fornecer indicaçôes quanto<br />

à existência dos valores positivos da diferença S-T, e quanto à retençao<br />

do excedente em bases ocasionado pela incorporaçâo de doses<br />

elevadas de vinhaça. Nâo sabendo ao que atribuir êsses desvios dos<br />

conceitos atuais que temos dêsses valores, preferimos estudar aqui as<br />

relaçôes para "S" exclusivamente, nâo deixando contudo de registrar<br />

os "T" obtidos.<br />

20<br />

8<br />

9<br />

10 . :<br />

11<br />

11<br />

12<br />

20<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

QUADRO II — BASES TROCAVEIS E CAPACIDADE DE DUPLA TROCA<br />

DAS AMOSTRAS DA SÉRIE A<br />

AMOSTRA<br />

(Vaso n.°)<br />

m.e, de base por 100 g. de terra finttj sêca a UO^G<br />

Si<br />

1,65<br />

2,07<br />

2,47<br />

4,42<br />

7,77<br />

11,80<br />

1,67<br />

2,42<br />

3,72<br />

5,22<br />

6,92<br />

14,15<br />

Ti<br />

2,4<br />

2,4<br />

2,6<br />

2,6<br />

3,7<br />

3,8<br />

2,4<br />

2,9<br />

2,7<br />

2,7<br />

4,2<br />

3,4


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 453<br />

a) Valor es "S" dos tratamentos com vinhaça pur a (Série Â).<br />

Afim de verificarmos como estâo correlacionados o enriquecimento<br />

em bases e o volume de vinhaça pura aplicado por hectare, denominamos<br />

v = numero de 100.000 litros de vinhaça aplicado por Ha,<br />

y = conteüdo em bases, m.e. %, resultante no solo,<br />

ou, de acôrdo com os dados abaixo discriminados :<br />

VI<br />

0,0<br />

0,5<br />

1,0<br />

' 2,5<br />

5,0<br />

10,0<br />

2 v = 19,0<br />

y*<br />

1,67<br />

2,07<br />

2,47<br />

4,42<br />

7,77<br />

11,80<br />

2 y = 30,2<br />

Os câlculos estatisticos foram feitos nos moldes indicados por<br />

PIMENTES GOMES (7) obtendo-se,<br />

e, a eqiiaçâo de regressâo:<br />

Mas,<br />

yi = 1,716 + 1,047V!<br />

V (y)<br />

2 (v — v),<br />

B = 1,0475<br />

e, V(y) =<br />

(A).<br />

2 (y-y) ^ (1-r 2 )<br />

n — 2<br />

e, como: 2 (y-y) 2 = 80,3274, obtem-se para o coeficiénte de correlaçâo<br />

o valor,<br />

S (v-v) (y-y)<br />

ri = - .<br />

V 2 (v-v) 2 . 2 (y-y) 2<br />

Substituindo-se, teremos :<br />

donde,<br />

75,762<br />

72,327 X 80,327<br />

ri = 0,9939, altamente significante.<br />

r 2 ! = 0,98783721.<br />

1 — r 2 ! == 0,01216279.


454 ANAIS DA TERCEIRA REtTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Portante,<br />

e,<br />

V(yO =<br />

V(yi) = 0,244194<br />

0,24419<br />

72,327<br />

80,3274 X 0,01216279<br />

= 0.003376.<br />

Com a eqiiaçâo obtida calculou-se a reta de regressâo constante<br />

do grâfico 1 que, como disesmos, eqüaciona o enriquecimento em bases<br />

do solo com o volume de vinhaça pura a êle adicionado.<br />

b) Valores "S" dos tratamentos com vinhaça neutralizada a<br />

pH 7 (série A).<br />

Procedendo-se de maneira idêntica ao estudo feito para a vinhaça<br />

pura, obtivemos os seguintes resultados para os tratamentos com vinhaçaneutralizada<br />

:<br />

0,0<br />

0,5<br />

1,0<br />

2,5<br />

2,5<br />

10,0<br />

2 v = 19,0<br />

y»<br />

1,67<br />

2,42<br />

3,72<br />

5,22<br />

6,92<br />

14,15<br />

2 y = 34,10<br />

O coeficiente de regressâo obtido foi o seguinte:<br />

e, a equaçâo de repressâo,<br />

y2 = 1,913 — l,190v2<br />

b2 = 1,904<br />

(B).<br />

Como S (y-y) 2 == 104,0507 e o valor do coeficiente de correlaçâo<br />

teremos,<br />

To =<br />

V 72,327 X 104,05<br />

86,10<br />

r2 = 0,9925 altamente significante<br />

r 2 2 = 0,98505625<br />

1 — r 2 2 = 0,01494375


donde,<br />

Portante,<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 455<br />

V (y2) =<br />

V (y2) = 0,3886<br />

0,3886<br />

72,327<br />

104,04 X 0,01494<br />

= 0,005373 .<br />

A reta de regressäo correspondente à equçâo (B) costa do grâfico n.° 2.<br />

A>. significaçâo da diferença existente entre o coeficiente de regrssâo<br />

no caso da vinhaça pura e o mesmo coeficiente no caso da<br />

vinhaça neutralizada pela cal, voi verificada pelo êrro da diferença,<br />

da seguinte maneira:<br />

Substituindo-se,<br />

donde,<br />

Résulta dai que,<br />

donde,<br />

dif =t/ l bl<br />


456 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CTÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

s A experiência, nessas condiçôes, nâo permite concluir que haja diferença<br />

entre as duas equaçoes de regressao.<br />

No entanto, seguindo uma outra marcha, mais concentânea com<br />

a natureza da experiência, conseguimos provar que o aumento do valor<br />

S no caso da vinhaça neutralizada é significativamente maior que no<br />

caso da vinhaça pura. Para isso, calculamos as diferenças "d" entre<br />

os valores de yi e y2 e fizemos a anâlise de correlaçâo que é dada a<br />

seguir :<br />

V<br />

0,5<br />

1,0<br />

5,0<br />

2,5<br />

10,0<br />

2 v = 19,0<br />

d = yi — ys<br />

+ 4,35<br />

+ 1,25<br />

+ 0,80<br />

+ 0,80<br />

+ 2,35<br />

2 d = 3,90<br />

Nao consideramos a testemunha por ter sido a mesma nos dois casos.<br />

Achamos<br />

donde<br />

S (d-d) (v-v) = 18,825<br />

2 (d-d) 2 = 6,035 e S (v-v) 2 = 72,327<br />

Podemos, entâo, calcular o valor<br />

Consequentemente,<br />

18,825<br />

V 18,825 X 72,327<br />

z (r) =<br />

1<br />

L<br />

1 + r<br />

1 — r<br />

= 1,477 .<br />

S =<br />

1,477<br />

V 1/2<br />

= 2,088 ,<br />

significativo para o limite de 5 % de probabilidade.<br />

a) Série B.<br />

= 0,90 com nf=3.<br />

As porçôes de 50 gr de terra desta série foram queimadas à temperatura<br />

de 350-400°C. durante 6 horas.<br />

A extraçâo e determinaçâo dos valores S e T, foram feitas concomitantemente<br />

com os das amostras da série A. No quadro n.° 3,<br />

damos a relaçâo dos valores obtidos.


20 89<br />

10<br />

11<br />

20<br />

14<br />

15<br />

16<br />

17<br />

18<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 457<br />

QUADRO III — BASES TROCAVEIS E<br />

DAS AMOSTRAS<br />

AMOSTRA<br />

(Vaso n.o)<br />

0,125<br />

0,275<br />

0,225<br />

0,450<br />

0,750<br />

0,125<br />

0,825<br />

0,750<br />

0,625<br />

1,200<br />

3,650<br />

CAPACIDADE<br />

DA SERIE B<br />

T2<br />

1,0<br />

0,3<br />

0,3<br />

0,9<br />

1,1<br />

1,0<br />

0,7<br />

1,8<br />

1,3<br />

1,2<br />

1,5<br />

DE DUPLA<br />

Si<br />

— Ss<br />

1,445<br />

1,795<br />

2,245<br />

3,970<br />

7,020<br />

1,445<br />

1,595<br />

2,970<br />

4,595<br />

5,720<br />

10,500<br />

TROCA<br />

TO. e. de bases % gr. de terra fina e sêca, a 110°C<br />

Sa<br />

0,350<br />

0,800<br />

2,525<br />

5,575<br />

1,500<br />

1,525<br />

3,150<br />

4 275<br />

8,055<br />

Admitindo-se que os resultados S2 representam as bases dévidas<br />

ao material mineral do solo (evidentemente acrescidas da parte mineralizâvel<br />

contida na vinhaça), as diferenças St — Sz representam o<br />

numero de m.e. de bases por 100 gr de terra do material orgânico<br />

do solo acrescido daquele incorporado pela vinhaça.<br />

Si dêsses resultados obtidos com Sx — S2 tirarmos o valor correspondente<br />

da testemunha, obteremos os valores Ss, os quais, representam<br />

as bases incorporadas ao solo pela vinhaça exclusivamente.<br />

Fixando-se aqui a dose unitâria como 100.000 litros por Ha., verifica-se<br />

que, cada unidade de aplicaçâo, équivale um aumento de<br />

0,916 m.ede bases por 100 gr de terra, valor êsse proximo do verificado<br />

anteriormente com a série A de amostras.<br />

CONCLUSÖES<br />

1) A incorporaçâo de vinhaça pura ao solo determinou urn aumento<br />

significante de bases quarido medidas em m.e % gr de terra<br />

fina e sêca a 110°C. O valor de r obtido foi de 0,9939;<br />

2) O aumento de bases foi diretamente proporciorial à quantidade<br />

de vinhaça pura adcionada por hectare de terra;<br />

3) A dose de um milhâo de litros por hectare de vinhaça pura<br />

eqiiivaleu a um aumento aproximadamente de 7,5 vêzes o conteûdo<br />

original de bases do solo;<br />

4) A equaçâo que correlaciona o volume de vinhaça pura e o<br />

conteûdo em bases do solo foi,<br />

= 1,716 + 0,047Vl<br />

em que,<br />

Vi = numero de 100.000 litros de vinhaça pura aplicada por Ha.<br />

yi = m.e. de bases resultantes no solo pela aplicaçâo da vinhaça;<br />

5) Considerado o coeficiente angular fornecido pela eqiiaçâo de<br />

regressâo à cada 100.000 litros de vinhaça pura aplicadös por Ha. correspondeu<br />

uma elevaçâo, aproximadamente, de 1 m.e. de bases no<br />

solo; 6) A equaçâo que correlaciona o enriquecimento de bases no solo<br />

com a aplicaçâo de vinhaça neutralizada pela cal a pH 7 foi,<br />

y2 ==• 1,913 + l,190v2,


458 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

cuja diferença com aquela da vinhaça pura para as condiçôes de ensaio,<br />

nâo apresentou significância estatistica;<br />

. 7) Com o presente trabalho fica mais uma vez evidenciada pelos<br />

au tores a importância da vinhaça sobre as condiçôes fisico-quimicas<br />

do solo, atuando por seu conteüdo coloidal e orgânico, no sentido dum<br />

enriquecimento proporcional ao volume aplicado por unidade de ârea.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

1 — ALMEIDA, J. R., G: RANZANI e O. VALSECCHI — 1950 — Contribuition à<br />

l'étude de la vinasse dans l'Agriculture — Tèse au 8ème Cong, des Ind.<br />

Agricoles. Bruxelles-BELGIQUE.<br />

2 — ALMIDA, J.R., G. RANZANI e O. VALSECCHI — 1951 — L'empoli de la vinase<br />

dans l'Agriculture — Tèse au 2ème Congres Mondiale des Engrais —<br />

Roma, Italia.<br />

3 — BAVER, L.D. — 1930 — The effect of the organic matter upon several<br />

physical properties of the soil. Journ. Amer. Soc. Agron. 22:703.<br />

4 — MITCHELL, J. — 1932 — The origin, nature and importance of soil organic<br />

constituents -having bese-exchange properties. Journ. Amer. Soc. Agr.<br />

24:256.<br />

5 — TEDRCTW, J.C.F., e W.S. GILLAM. 1941 — Soil Science v. 51:223.<br />

6 —(PEPPER, C.S. — 1944 — Soil and Plants Analysis The University of Adelaid,<br />

Adelaide-Australia.<br />

7 — PIMENTEL GOMES, P. — 1950 — Notas sobre a Teoria da Correlaçâo —<br />

Mimeograf. Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" — Paracicaba<br />

— S. Paulo.


o<br />

<br />

O<br />

S O<br />

.O<br />

a><br />

Ë<br />

2<br />

Q)<br />

Q><br />

"O<br />

CP<br />

O<br />

O<br />

I<br />

a><br />

x><br />

a><br />

E<br />

ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 459<br />

SERIE A-VINHAÇA PURA<br />

Reta de regressâo e valores expérimentais<br />

3 4 5 6 7<br />

Litros por Ho x 100.000<br />

- 6RÂFIC0 I —<br />

SERIE A-VINHAÇA NEUTRALIZADA<br />

Reta de regressâo e volores expérimentais<br />

3 4 5 6 7<br />

Litros por Ho x 100.000<br />

— GRÂFICOII<br />

10


ADUBAÇÂO MINERAL PARA A BATATINHA —Solarium<br />

tuberosum L.<br />

Influência dos Elementos N, P e K em Solos Ricos em Matéria Orgânica<br />

do Vale do Paraiba (1)<br />

O. J. BOOCK<br />

Secçâo de Agrogeologia, Instituto Agronômico de Campinas<br />

A. KÜPPER<br />

Engenheiro agrônomo, Secçâo de Raîzes e Tubercules<br />

J. M. SALES<br />

Agrônomo Regional de Taubaté.<br />

1 — INTRODUCÄO<br />

Entre as muitas caracterïsticas ds solos que direta; ou indiretamente<br />

interferem no crescimento das plantas, temos os ejementos quimicos<br />

como nitrogênio, fósforo, potâssio, eâlcio, magnésio, manganês,<br />

enxôfre, ferro, etc., uns exigidos em menores quantidades. Estes elementos<br />

quimicos podem e sâo dosados normalmente no estudo do solo<br />

mas, para que este seja caracterizado no sentido da sua produtividade,<br />

torna-se necessârio nâo só conhecer a quantidade dos seus componentes<br />

como, principalmente, determinar as modificaçôes que nêle se<br />

processam. Nâo é a quantidade dos elementos nutritivos mas sim a<br />

sua natureza e suas reaçôes fisico-quimicas que determinam a produtividade<br />

de um terreno.<br />

Os teores em elementos nutritivos assimilâveis pelas plantas, existentes<br />

no solo, sâo constantemente modificados por reaçôes quimicas<br />

e biológicas. A totalidade dêsses processos e sua intensidade sâo denominadas<br />

"atividade do solo". No que se réfère as substâncias orgânicas,<br />

estas modificaçôes sâo conseqtiência, principalmente, dos microorganismos.<br />

Como o atual trabalho visa, principalmente, destacar<br />

o aumento de produçâo obtido em solos de baixada ricos em matéria<br />

orgânica, pela adiçâo de nitrogênio, fazemos um râpido apanhado<br />

sobre o processo de transformaçâo do nitrogênio total em nitrogênio<br />

assimilâvel pelas plantas, nas condiçôes de solo e clima do Vale do<br />

Paraiba do Sul.<br />

1.1. — MOBILIZACÄO <strong>DO</strong> NITROGÊNIO NA MATÉRIA ORGÂNICA<br />

DAS BAIXADAS<br />

Para êsse râpido estudo tomamos como exemplo as terras marginais<br />

ao rio Paraiba do Sul, onde levamos a efeito os nossos trabalhos<br />

expérimentais. E' de se notar que a época de plantio, nessa regiâo,<br />

difere completamente das épocas usuais de cultivo no Estado de Sâo<br />

Paulo, pois em conseqiiência da elevaçâo do nivel das âguas do rio<br />

Paraiba, que atravessa essas terras e que chega mesmo a inundâ-las,<br />

(1) Deixamos consignados aqui nossos agradecimentos ao Eng.« Agr.« Herculano L.<br />

do Prado, Chef e do Setor Agronômico de Taubaté, e aos Srs. Nicolau Surnin e Alvaro<br />

de Moura pela colaboraçâo prestada, e em cujas propriedades foram realizadas as nossas<br />

experiências.


462<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

o plantio nâo é viâvel em outras épocas, como nas do chamado periodo<br />

"das âguas" (plantio em agôsto-setembro e colheita em novembrodezsmbro),<br />

ou no "da sêca" (plantio em fevereiro-março e colheita<br />

"em maio-junho). Devido a êsse fato, sâo feitas ali culturas de arroz<br />

no periodo que vai de outubro a abril, e sömente após a colheita dêsse<br />

cereal e o preparo do terreno é que se pode plantar a batatinha. A<br />

cultura nessa época do ano permite a venda do produto quando hâ<br />

falta no mercado, alcançando, portanto, melhor preço. Além disso,<br />

pela localizaçâo do Vale, entre os dois maiores centros consumidores<br />

brasileiros — Säo Paulo e Rio de Janeiro, — torna-se fâcil a colocaçâo<br />

do produto. Como os terrenos dêsse Vale sâo muito pianos, êles permitem<br />

a execuçâo da irrigaçâo por infiltraçâo, que é feita, geralmente,<br />

com a âgua do rio Paraiba ou de seus pequenos afluentes, e com o<br />

auxilio de bombas.<br />

A anâlise dessas terras revelou-nos grande riqueza em matéria<br />

orgânica e em nitrogênio total. Isto se pode verificar comparando, no<br />

quadro 1, os resultados da anälise da terra do local das experiências<br />

com a de outra terra colhida em zona de altitude mais elevada, nâo<br />

de baixada — Capâo Bonito — onde se cultiva intensamente a batatinha.<br />

v<br />

QUADRO 1 — Identificaçâo quimica e sua interpretaçâo, e anâlise mecânica das amostras<br />

de terra n.«s 583 de Capâo Bonito e 1.154 de Taubaté.<br />

NUMERO DA<br />

ANÂLISE NA SECÇÂO<br />

DE AGKOGEOLOGIA<br />

583, de Capâo Bonito<br />

1.154, de Taubaté<br />

(Vale do Paraiba<br />

ACIDEZ<br />

pH int.<br />

5,34<br />

Acidez<br />

média<br />

4,65<br />

Acidez<br />

elevada<br />

TEOR TOTAL<br />

c<br />

%<br />

1,72<br />

teor<br />

alto<br />

20,35<br />

teor<br />

alto<br />

N<br />

%<br />

0,119<br />

teor<br />

médic<br />

0,780<br />

teor<br />

alto<br />

TEOR TROCÂVEL<br />

por 100 g de solo sêco a 110° C<br />

PO,<br />

c. mg<br />

0,30<br />

teor<br />

baixo<br />

5,76<br />

teor<br />

alto<br />

+<br />

K<br />

c. ms<br />

0,208<br />

teor<br />

médir<br />

0,332<br />

teor<br />

médic<br />

++<br />

Mg<br />

c. mg<br />

1.46<br />

teor<br />

baixo<br />

3,81<br />

teor<br />

médic<br />

++<br />

Ca<br />

c. mg<br />

0,81<br />

teor<br />

médic<br />

1,21<br />

teor<br />

alto<br />

++<br />

Mn<br />

c. mg<br />

0,031<br />

0,033<br />

ANÂLISE MECÂNICA<br />

Argile<br />

%<br />

16,0<br />

41,8<br />

Arexc<br />

grosse<br />

Pelos dados no quadro 1, constatamos que a amostra n. 1.154, de<br />

Taubaté, revelou ser quase sete vêzes mais rica em N total e quase<br />

doze vêzes mais rica em C total do que a amostra 583, de Capâo Bonito,<br />

onde a adubaçâo nitrogenada reage menos do que a fosfatada,<br />

de acôrdo com as nossas experiências. Sendo pois a amostra de Taubaté<br />

quase sete vêzes mais rica em N total do que a de n.° 583, caberâ<br />

perfeitamente a pergunta: necessitarâ de adubaçâo nitrogenada uma<br />

terra de baixada com uma riqueza tâo elevada em nitrogênio total ?<br />

E' o que procuraremos demonstrar mediante um estudo de ordern<br />

gérai e pelos resultados das experincias com batatinha ali instaladas<br />

com essa f inalidade.<br />

Pela simples eliminaçâo do excesso de âgua, é possïvel melhorarmos<br />

as condiçôes de vida dos microorganismos aeróbios, e permitir sua<br />

multiplicaçâo com grande rapidez, principalmente se modificarmos<br />

também o indice de acidez pela adiçâo de corretivos e se acrescentar-<br />

%<br />

21,0<br />

2,5<br />

Areia<br />

fina<br />

limo<br />

%<br />

63,0<br />

55,7


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> . 463<br />

mos adubos quimicos ou orgânicos. Para o seu crescimento e multiplicaçâo,<br />

as bactérias do solo, agentes da decomposiçâo dos restos végétais,<br />

usam o carbono como combustivel (elemento energético) e o nitrogênio<br />

como material de construçâo para seu organismo e produçâo<br />

dos intrincados compostos orgânicos que resultam da sua atividaüe.<br />

Pela anâlise n.° 1.154, verificamos que o terreno se caracteriza por<br />

grande quantidade de carbono (carbono x 1,72 = matéria orgânica)<br />

em relaçâo ao nitrogênio. Em outras palavras, apresenta uma larga<br />

C<br />

relaçâo , ou com referenda as bactérias, uma larga relaçâo com-<br />

N<br />

bustivel para material de construçâo. Como, pelo modo de formaçâo<br />

desta matéria orgânica, ela esta, em sua maior parte, em estado de<br />

dificil decomposiçâo, a libertaçào de nitrogênio é entâo lenta, e as<br />

bactérias, encontrando bastante carbono, no solo, yêem-se tolhidas no<br />

seu desenvolvimento pela falta de nitrogênio assimilâvel. As pequenas<br />

quantidades dêste elemento, que se subibilizam, sâo assimiladas<br />

àvidamente pelos microorganismos, fixando-os. Este nitrogênio nâo<br />

fica perdido para o solo, porque, com a morte das bactérias, sera transformado<br />

por outro tipo de microorganismos em amoniaco, nitrito e<br />

nitrato, que pderia ser aproveitado pelas plantas. Se, porém, a nova<br />

geraçâo de microorganismos encontrar ainda bastante combustivel,<br />

tomarâ novamente o nitrogênio libertado, com extraordinâria rapidez,<br />

exaurindo o N disponivel a um grau que poderâ prejudicar o crescimento<br />

das plantas. Dessa maneira sucedem-se as geraçôes de microorganismos,<br />

retomando pràticamente todo o nitrogênio libertado, enquanto<br />

existir combustivel em excesso, que é o carbono. Sômente<br />

C<br />

quando a matéria orgânica atingir uma relaçâo mais estreita<br />

N<br />

15<br />

do que e as outras condiçôes do solo forem favorâveis (tem-<br />

1<br />

peratura, umidade, sais minerais), teremos, pela morte e decomposiçâo<br />

dos microorganismos, um excesso de nitrogênio assimilâvel, porque<br />

nâo haverâ carbono suficiente para que estes sêres fixem novamente.<br />

todo o nitrogênio solubilizado que poderâ ser aproveitado pelas<br />

plantas ou sera perdido nas âguas de percolaçâo.<br />

Estas sâo as razôes teóricas que explicam a possibilidade de haver<br />

falta de nitrogênio em solos turfosos, mesmo quando apresentam alto<br />

teor em nitrogênio total. Essas concepçôes teóricas foram plenamente<br />

confirmadas pelos resultados expérimentais obtidos em terrenos de<br />

vârzea, nâo só entre nós "Vale do Paraiba" e que comentaremos a<br />

seguir", como em outros paises como os citados por TOMMASE (11)<br />

para a Itâlia, BEATTIE (2) para a America do Norte, TACKÊ (10),<br />

POPP (7), e SCHEFER (9) para a Alemnaha, KURIRAS (4), SMITH (8)<br />

para a Holanda, OGG e ROBERTSON (5) para a Escócia, OSVALD (6)<br />

para a Suécia, ect.<br />

Visto, de modo gérai, a mobilizaçâo do nitrogênio na matéria orgânica,<br />

das baixadas passaremos ao estudo de experiências de adubaçâo<br />

minerai, com batatinha, realizadas em Taubaté, em terras de<br />

baixadas, as margens do Rio Paraiba.<br />

2 — CARACTERÎSTICAS DAS EXPERIÊNCIAS E RESULTA<strong>DO</strong>S<br />

OBTI<strong>DO</strong>S<br />

Tôdas as experiências tiveram quatro repetiçoes; delineamento<br />

em "Blocos ao acaso", com espaçamentos de 80 centimetros entre linhas<br />

e de 35 centimetros entre as plantas nas linhas.


464<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUN1ÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

As adubaçôes por hectare foram calculadas na base de 80 quilos<br />

de nitrogênio, usando-se o sulfato de amônio, 120 quilos de âcido fosfórico,<br />

empregando-se superfosfato, e 60 quilos de óxido de potàssio,<br />

adubando-se com sulfato de potàssio. Os adubos foram colocados em<br />

sulcos abertos no mesmo dia do plantio da batatinha, e misturados<br />

intensamente com a terra.<br />

A variedade de batatinha empregada foi a "Parana Ouro", a<br />

mais comumente plantada na zona, tendo sido a cultura irrigada por<br />

infiltraçâo. Quanto ao tipo de solo, veja-se a anâlise numéro 1.154.<br />

Para podermos compreender melhor o desenrolar das experiências,<br />

dividiremos a matéria em très fases, de maneira que possamos<br />

verificar, em primeiro lugar, quai o elemento que maior influência<br />

exerceu na cultura da batatinha, em segundo, além da influência revelada<br />

para cada elemento, quais as doses mais recomendadas de nitrogênio,<br />

mantendo-se fixós o âcido fosfórico e o óxido de potàssio, e<br />

em terceiro quais as proporçôes de elementos mais îndicadas para composiçâo<br />

da formula de adubaçâo da batatinha em terras do valè do<br />

Paraiba.<br />

2.1 — EXPERIÊNCIA DE NUMERO 38, REALIZADA NA FAZENDA<br />

<strong>DO</strong> SR. NICOLAU SURNIN, EM TAUBATÉ<br />

A finalidade desta experiência foi verificar no tipo de solo estudado<br />

quai a influência nitrogênio, fósforo e potàssio, quando combinados<br />

entre si, em confronto com lotes sem adubar, para servirem<br />

como testemunha. Assim, foram estabelecidos os seguintes tratamentos.<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4 5<br />

Sem adubo — Testemunha<br />

Fósforo e potàssio, sem nitrogênio<br />

Nitrogênio e potàssio, sem fósforo<br />

Nitrogênio e fósforo, — sem potàssio<br />

Nitrogênio, fósforo e potàssio, completo<br />

A plantaçâo foi efetuada em 1.° de junho e a colheita em 5 de outubro<br />

de 1944.<br />

No decorrer da experiência foram anotados o "ctand" e o estado<br />

de vegetaçâo, tendo sido constatadas grandes diferenças no porte das<br />

plantas dos diversos tratamentos. Para podermos comparar este fato,<br />

foi estabelecido o critério de pontos, que variaram de 1, péssimo, a 5,<br />

ótimo(l).<br />

TRATAMENTO "Stand" relativo<br />

1 — Sem adubo 96 %<br />

2 — P K 94 %<br />

3 — N K 91 %<br />

4 — N P 94 %<br />

5 — NPK 93,%<br />

Pontos<br />

{médias de 4 repetiçôes)<br />

2,7<br />

2,9<br />

3,5<br />

4,4<br />

4,5<br />

Verifica-se que, muito embora o "stand" seja elevado para os tratamentos<br />

"sem adubo" e "fosforo-potâssio", sem nitrogênio", o desen-<br />

(1) Essas notas têm valor todo pessoal, e podem sofrer uma pequena oscilaçâo de uma<br />

pessoa para outra, razâo pela quai, para confronto das experiências, foram dadas pela<br />

mearaa pessoa.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 465<br />

volvimento das plantas foi bem pequeno e inferior àqueles tratamentos<br />

onde o nitrogênio estêve presente, Pràticamente nâo se notaram diferenças<br />

entre os lotes que receberam adubaçâo compléta e os adubos<br />

com nitrogênio fósforo, sem potâssio. A açâo do potâssio quase näo<br />

se fazia notar em relaçâo ao desenvolvimento da vegetaçâo. Ao efetuarmos<br />

a colheita em 5 de outubro do mesmo ano, constatamos que<br />

as melhores colheitas foram conseguidas nos tratamentos onde o nitrognio<br />

foi incluido. A falta dêsse elemento fêz cair a produçâo, que foi<br />

mais baixa que a do "testemunha" — sem adubar.<br />

O Quadro 2 mostra, em pormenores, os resultados obtidos, e por<br />

êle verifica-se que o nitrogênio foi um dos principals fatores, que regulou<br />

a produçâo.<br />

QUADRO 2 — Producöes de batatinha em toneladas por hectare, e diferenças<br />

relaçâo ao "testemunha"<br />

5 — NPK<br />

ADUBAÇAO<br />

4 N P . ....<br />

3 — N K<br />

1 — Testemunha — (sem adubo)<br />

2 — P K<br />

PRODUÇÂO<br />

t/ha<br />

14,3<br />

12,4<br />

11,9<br />

8,4<br />

8,2<br />

em<br />

DIFERENÇA OOM RELAÇÂO AO<br />

"TESTEMUTJHA" (SEM ADUBO) (1)<br />

Absoluta<br />

t/ha<br />

+ 5,9<br />

+ 4,0<br />

+ 3,5<br />

— 0,2<br />

(1) Diferença minima significativa para P —• 5% foi de 2.0 t/ha.<br />

Percentual<br />

%<br />

+ 70,35<br />

+ 47,13<br />

+ 4190<br />

— 2,20<br />

Fota-se aue a produçâo dos 1O+PS ave receberam "nitrogênio" —<br />

tratamentos n. Os 5, 4 e 3. foram stenificativamente suoeriores ao "sem<br />

adnbo. n.° 1, e do que recebeu apenas fósforo e po^assio, n.° 2. Este<br />

fato vem demonstrar que. embora a anâli.'e da terra tenha elevado teor<br />

de nitroffênio total — 0,780 %. êfse Flemento esta em estado de dificil<br />

assimilaçâo pelas plantas de batatinha.<br />

A anâiise estatistica revelou diferenças altamente sifnificativas<br />

en+re producöes (P — 1 % Test "F" Snedecor"> e nos permite concluir<br />

que o nitrosrênio, na presença dos outras dois elementos, foi o que mais<br />

influiu no aumento da produçâo, vindo. a seguir. o fósforo e, oor ultimo,<br />

o potâssio. A resüei f o dêsse fato, devemos esclarecer aue êsses resnltados<br />

diferem dos obtidos em muitas outras zona.s batateiras do Estado,<br />

porno, por exemnlo, em Cascata e Vargem Grande do Sul, na Serra r


466 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

2.2. — EXPERIÊNCIA N.° 40 — TAUBATÉ<br />

Esta experiencia também foi realizada na propiredade do Sr. Nicolau<br />

Surnin, e visamos com ela verificar quais as doses de nitrogênio<br />

mais indicadas para o plantio da batatinha naqueles terras, mantendo<br />

fixas s doses do fósforo e potâssio. Para tal f im, estabelecemos as combinacöes<br />

abaixo mencionadass, por onde se vê que tivemos um lote sem<br />

adubo, outros com fósforo e potâssio, sem nitrogênio, e outros com doses<br />

dêste ultimo elemento, e que foram subindo progressivamente até atingirem<br />

o dôbro da dose normal — tratamento n.° 8 —, calculada na<br />

base de 80quilo s de nitrogênio por hectare. Assim, tivemos os seguintes<br />

tratamentos:<br />

1 — sem adubar (testemunha)<br />

2 — Fósforo, potâssio (sem nitrogênio)<br />

3 — Fósforo, potâssio e 1/4 dose de nitrogênio<br />

4 — Fósforo, potâssio e 1/2 dose de nitrogênio<br />

5 — Fósforo, potâssio e 3/4 dose de nitrogênio<br />

6 — Fósforo, potâssio e 1 dose de nitrogênio (normal)<br />

7 — Fósforo, potâssio e 1 1/2 dose de nitrogênio<br />

8 — Fósforo, potâssio e 2 doses de nitrogênio<br />

A data do plantio foi a mesma da experiencia anterior, isto é, a 1.°<br />

de junho de 1944. Os protocolos de vegetaçâo mostraram haver acentuadas<br />

variaçôes entre as plantas de diferentes tratamentos. O "stand",<br />

embora bom, veio mostrar que os adubos, apesar de bem revolvidos com<br />

a terra, provocaram o apodrecimento de alguns tubérculos o que vem<br />

evidenciar que a maneira de aplicar os adubos nos sulcos nâo é das<br />

mais recomendadas. Este fato foi mais acentuado no caso do adubo<br />

nitrogenado, principalmente em doses elevadas como as aplicadas no<br />

tratamento 8 (dupla dose), o que pode ser visto pelos dados seguintes:<br />

Pontos<br />

TRATAMENTO "Stand" relativo (Média de 4 repetiçôes)<br />

1 — Sem adubo 96 % 2,7<br />

2' — P K 94 % 2,9<br />

3 — P K + 1/4 dose de N. 96 % 3,6<br />

4 — P K + 1/2 dose de N . 92 % 4,5<br />

5 — P K -f 3/4 dose de N. 92 % 4,7<br />

6 — P K + 1 dose de N .. 92 % 4,7<br />

7 — P K + 1 1/2 dose de N. 90 % 5,0<br />

8 — P K + 2 doses de N. 86 % 4.6<br />

Depreende-se dêsses resultados que os lotes adubados com doses<br />

elevadas de adubo nitrogenado tiveram cêrca de 8 por cento a mais de<br />

falhas do que aquêles que apenas receberam adubos fosfatados e potâssicos<br />

(tratamento n.° 2). Quanto ao desenvolvimento e uniformidade<br />

das plantas, observa-se, pelos pontos, o ótimo estado dos que receberam<br />

uma e meio dose de nitrogênio, muito embora os tratamentos<br />

meia, très quartos, uma e duas doses estivessem também, com bom<br />

aspecto.<br />

A influência do nitrogênio também aqui foi sensivël, confirmando<br />

os resultados da experiencia anterior. A sua ausência, embora estivessem<br />

presente o fósforo e o potâssio, reduziu o desenvolvimento das<br />

plantas. A relaçâo do desenvolvimento do tratamento "nâo adubado"


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 467<br />

para os adubados com fósforo e com potâssio, mas .sem nitrogênio,<br />

foi insignificante.<br />

Ao colhermos a experiência, obtivemos ótimas produçôes, principalmente<br />

nos lotes que receberam, além do fósforo e potâssio, o- nitrogênio.<br />

E' de todo interesse ressaltar aqui o importante papel desemp'enhado<br />

pelo N naquelas terras, pois o tratamento "PK" apesar<br />

de aprèsentar ótimo "stand" (94 %), produziu por area menos que o<br />

lote nâo adubado.<br />

QUADRO 3 — Produçôes por unidade de superficie e diferenças em relaçâo aos<br />

tratamentos adubados com fósforo e potâssio (tratamento n. 2)<br />

ADUBAÇAO<br />

6 — P K + 1 dose de nitrogênio<br />

5 — P K + % dose de nitrogênio<br />

7 —• P K + 1 % dose de nitrogênio<br />

8 — P K + 2 doses de nitrogênio<br />

3 — P K + % dose' de nitrogênio<br />

4 — P K + % dose de nitrogênio<br />

1 — Sem adubo<br />

2 — P K •<br />

PRODUÇÂO<br />

t/ha.<br />

16,2<br />

15,3<br />

14,7<br />

14,1<br />

13,5<br />

13,5<br />

11,2<br />

. 10,5<br />

DIFERENÇA SOBRE 0 TRATA-<br />

MENTO PK<br />

Absoluta (1)<br />

t/ha<br />

+ 5,7<br />

+ 4,8<br />

+ 4,2<br />

4 3,6<br />

4- 3,0<br />

4- 3,0<br />

4- 0,7<br />

(1) Diferença minima significativa para P = 5% = ± 2,6 t/ha.<br />

Percentual<br />

%<br />

.+ 54,3<br />

+ 45,7<br />

+ 40,0<br />

+ 34,3<br />

+ 28,6<br />

+ 28,6<br />

+ 6,7<br />

Por êsses dados se verifica que a base utilizada como normal &.<br />

calculada à razâo de 80 quilos de N por hectare (tratamento n.° 6),.<br />

foi a mais eficiente. Aliâs, essa dosagem, que é a padrâo da Secçâos<br />

de Raizes e Tubérculos, do Instituto Agronômico, foi baseada em resultados<br />

expérimentais (1) O emprêgo de très quartos de dose (60 kg<br />

de N por hectare) também trouxe resultados altamente compensadores.<br />

Considerando apenas as quatro doses uniformes de nitrogênio<br />

— 1/2, 1, 1 1/2 e 2 —, e mais a combinaçâo PK sem N, podemos explicar<br />

as variaçôes pela componente quadrâtica, isto é, uma parabola,<br />

descreve satisfatoriamente o fenômeno observado das produçôes, aumentando<br />

até atingir o mâximo na dose de 1 — dose normal —, para,<br />

decrescer em seguida. Na parte ascendente da linha compreendida<br />

entre 0 e 1, consideramos os intervalos 0, 1/2 3/4 e 1. Nestes intervalos<br />

o aumento de produçâo pode ser considerado como linear.<br />

Esta experiência veio indicar que apenas a aplicaçâo de adubos<br />

fosfatados e potâssicos em terars turf osas do Vale do Paraiba é contra,<br />

indicada. Torna-se necessârio incluir também o nitrogênio em doses,<br />

bem equilibradas.<br />

Uma vez estudada a reaçâo dos elementos nitrogênio, fósforo epotâssio,<br />

e as doses do primeiro dêstes, entraremos no relato de outras<br />

experiências, para observaçâo de algumas combinaçôes entre os elementos<br />

N, P e K para a bàtatinha, no Vale do Paraiba ou em terras,<br />

de vârzea que se assemelham as dessa regiâo.


468<br />

ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

2.3 — EXPERIÊNCIAS N. Os 105 E 106, REALIZADAS NA FAZENDA<br />

<strong>DO</strong> SR. ALVARO DE MOURA, NO BAIRRO DE QUIRIRIM,<br />

TAUBATÉ (1)<br />

O piano estabelecido foi elaborado de maneira que estudässemos<br />

tres doses de nitrogênio, fósforo e potässio, combinadas diferentemente.<br />

Assim, dividimos os tratamentos da seguinte maneira:<br />

1 —<br />

2<br />

3 —<br />

4 —<br />

5 —<br />

6<br />

7 8<br />

9<br />

10<br />

11<br />

—Testemunha<br />

Fósforo e potâssio constante e nitrogênio em vârios<br />

niveis.<br />

NiP2Ki^ — Nitrogênio e potâssio constantes e fósforo em vâ-<br />

N!P3KiJ rios niveis.<br />

— NjPiKo]<br />

— N1P1K2}- —<br />

J<br />

Nitrogênio e fósforo constantes e potâssio em vârios<br />

niveis.<br />

A instalaçâo desas experiências se deu em fins de junho de 1949,<br />

e a colheita em fins de outubro do mesmo ano. Ao fazermos os protocolos<br />

em setembro notamos que, de modo geral, o "stand" era bom,<br />

para as duas experiências. Com referenda ao estado vegetativo das<br />

plantas notavam-se pequenas diferenças nas plantas, conforme se vevifica<br />

pelos pontos no quadro 4.<br />

QUADRO 4 — "Stand" e Pontos referentes ao protocolo das experiências de numéros<br />

105 e 106 — Taubaté<br />

TRATAMENTO<br />

1 _ NrPoKo<br />

2 — NoPiKi<br />

3 — NiPiKi<br />

4 _ N2P1K1<br />

5 — N3P1K1<br />

6 _ N.PoKi<br />

7 — N,P2Ki<br />

8 _ N>P3Ki<br />

9 _ NiPiKo<br />

V) _ NiP,K2<br />

11 — N1P1K3 . .<br />

Experiência<br />

n. 105<br />

%<br />

89 3<br />

88.0<br />

79 7<br />

86,7<br />

82 0<br />

86.7<br />

88 7<br />

88,3<br />

87 0<br />

88.3<br />

86,7<br />

"STAND" RELATIVO<br />

Experiència<br />

n. 106<br />

%<br />

81.0<br />

89 0<br />

86,0<br />

82,0<br />

85,7<br />

85,7<br />

92,0<br />

84,3<br />

86.7<br />

86,3<br />

86,0<br />

Média<br />

%<br />

85,1<br />

88,5<br />

82,8<br />

84,3<br />

838<br />

86,2<br />

87.3<br />

86.3<br />

86 8<br />

87,3<br />

86,3<br />

PONTOS<br />

(média de 4 repetiçôes)<br />

Experiênda<br />

n. 105<br />

2.6<br />

3,1<br />

32<br />

3.7<br />

35<br />

3,4<br />

40<br />

4.1<br />

37<br />

4,0<br />

3,9<br />

Experiência<br />

n. 106<br />

2,6<br />

26<br />

3,5<br />

37<br />

4,0<br />

29<br />

3.9<br />

37<br />

3,5<br />

35<br />

3,4<br />

Média<br />

Nota-se aue o "stand" oscilou ao redor de 79.7 a 92,0 por cento,<br />

ou, em média, para as duas experiências, de 82,8 a 88.5 por cen^o.<br />

Por êsses dados, e por outros ue obtivemos com o emprêgo de festilizantes<br />

na cultura da ba + atinha. pudemos constatar que o adubo nitrosrenado<br />

auando aplicado em rulcos, na ocasiâo do plantio foi, em<br />

parte, responsâvel por um leve decréscimb no "stand". Para sanar<br />

esta fa^a, as adubaçôes laterais aos sulcos ou em cobertura sâo as<br />

(1) Projetos batatinha n.» 19.1-Part e 19.2-Part.<br />

26<br />

2,8<br />

33<br />

3.7<br />

37<br />

3,1<br />

39<br />

3,9<br />

36<br />

3,7<br />

36


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 469<br />

mais indicadas, desde que as condiçôes do terreno permitam o emprêgo<br />

de mâquinas apropriadas para êsse fim.<br />

Quanto aos "pontos" de vegetaçâo, verificamos que os mais baixos<br />

foram os dos tratamentos sem adiibo — NqP0Ko" e "corn fósforo e<br />

poiassio, sem nkrogënio — NoPiK.!", e os mais elevados aquêles onde,<br />

além do nitrogênio, incluimos o fósforo e o patâssio — NiP2K! e<br />

N1P3K1. A influência do potâssio pràticamente nâo se fêz notar, pois<br />

no tratamento numero 9 — NiPjKo êle nâo foi incluido, e o estado<br />

de vegetaçâo era idêntico ao do tratamento numero 11 — NxPiKa —,<br />

onde êsse elemento entrou em dose mâxima.<br />

Entre produçôes houve variaçôes sensiveis, mostrando que a ausência<br />

do nitrogênio se fêz sentir pela queda de produçâo, muito embora<br />

o fósforo e o potâssio estivessem présentes. Comparando-se os<br />

resultados dos tratamentos NoPKo, N0PiKi, NjP0Ki e NaPiKo, portanto<br />

daqueles sem adubo e dos demais onde faltou urn dos elementos,<br />

concluimos que o de maior reaçâo foi o nitrogênio, seguindo-se o fósforo<br />

e por ultimo o potâssio. O quadro numero 5, que resume os<br />

resultados de produçâo em toneladas por hectare e as respectivas<br />

diferenças em relaçâo ao tratamento N0P0K0, nos fornece esclarecimentos<br />

a respeito. "<br />

QUADRO 5 — Produçôes médias das experiências de adubaçâo n.'s 105 e 106, de batatinha,<br />

em toneladas por hectare, e diferenças em relaçâo ao tratamento<br />

sem adubo.<br />

TRATAMENTO<br />

10 — NiPiK:<br />

8 — NiPsK,<br />

9 — NiPiKo<br />

4 — N2P1K1<br />

5 — N3P,K,<br />

7 — N,P2K!<br />

11 — N.P.Ks<br />

3 — NiPjK,<br />

6 — N^oK,<br />

2 — NOPJKJ<br />

1 — N0P0K0<br />

Expe-<br />

riência<br />

n. 105<br />

t/ha<br />

14,7<br />

15,3<br />

13,9<br />

13,8<br />

12,1<br />

13,6<br />

12,8<br />

11,1 '<br />

11,9<br />

10,1<br />

9,2<br />

PRODUÇÔES<br />

Expe-<br />

riência<br />

n. 106<br />

t/ha<br />

10,2<br />

9,2<br />

10,1<br />

9,3<br />

10,8<br />

8,9<br />

8,2<br />

9,6<br />

8,4<br />

6,6<br />

6,2<br />

Média<br />

t/ha<br />

12,4<br />

12,2<br />

12,0<br />

11,5<br />

11,4<br />

11,2<br />

10,5<br />

10,3.<br />

10,1<br />

8,3<br />

7,7<br />

DIFERENÇAS COM RELAÇXO AO TESTEMUNHA<br />

— N0P0K0<br />

ABSOLDTA (1)<br />

Experiênda<br />

'n- 105<br />

t/ha<br />

+ 5,47<br />

+ 6,09<br />

+ 4,73<br />

+ 4,59<br />

+ 2,86<br />

+ 4,35<br />

+ 2,57<br />

+ 1,88<br />

+ 2,69<br />

+ 0,90<br />

Experiência<br />

n- 106<br />

t/ha<br />

+ 4,04<br />

+ 3,00<br />

+ 3,89<br />

+ 3,17<br />

+ 4,62<br />

+ 2,74<br />

+ 2,02<br />

+ 3,42<br />

+ 2,19<br />

+ 0,40<br />

Experiência<br />

n. 105<br />

PERCENTUAL<br />

%<br />

+ 59,3<br />

+ 56,0<br />

+ 51,3<br />

+ 49,8<br />

+ 21,0.<br />

+ 47,2<br />

+ 38,7<br />

+ 20,4<br />

+ 29,2<br />

+ 9,8<br />

Experiência<br />

». 106<br />

%<br />

+ 65,5<br />

+ 48,6<br />

+ 63,0<br />

+ 51,4<br />

+ 74,9<br />

+ 44,4<br />

+ 32,7<br />

+ 55,4<br />

+ 35,5<br />

+ 6,5<br />

(1). Para a experiência n. 105 as variaçôes de produçâo por parcela foram muito<br />

grandes, encobrindo o efeito da adubaçâo. Nâo houve diferenças significativas<br />

para nenhum dos elementos considerados. Na experiência n. 106 obtivemos diferenças<br />

altamente significativas para o nitrogênio, sendo que para P = 55% foi<br />

de 1,57 t/ha. O aumento obtido é explicado pelo componente linear, isto é,<br />

as produçôes aumentam proporcionalmente à quantidade de nitrogênio, porém<br />

quando em presença do P e K.<br />

As produçôes foram boas, no gérai, mostrando influência decisiva<br />

do nitrogênio seguido do fósforo. O potâssio pouco ou quase nada<br />

reagiu, como se depreende do exame do quadro n.° 5, na coluna média


470 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

gérai, onde os tratamentos n. os 8 e 10 — NiP3K! e NiPiKa — forneceram<br />

pràticamente os mesmos resultados do tratamento n.° 9 —<br />

NiPiKo —, portanto sem potâssio. Com este é o elemento em maiof<br />

percentagem nas cinzas da batata, é necesârio que se ja estudado â<br />

melhor época de aplicaçâo, o que jâ esta sendo feito, e também, para<br />

o N. Onde nâo incluimbs o nitrogênio e o fósforo — Noi\Ki e NiPoKj.<br />

—, as produçôes foram pouco superiores ao lote nâo adubado, conf jrmand<br />

assima importância do nitrogênio e do fósforo na composiçao<br />

das formulas para a cultura da batinha, nas terras marginais ao rio<br />

Paraiba.<br />

3 — DETERMINACÄO DA FÉCULA NOS TUBÉRCULOS COLHI<strong>DO</strong>S<br />

Batatinhas provenientes das experiências de n.° 105 e 106 foram<br />

analisadas na Secçâo de Tecnologia Agricola, do Instituto Agronômico,<br />

com o fim de constatarmos a umidade total, matéria sêca e a<br />

fécula. Os resultados obtidos, em percentagem, sao encontradas no<br />

quadro 6.<br />

QUADRO 6 — Médias dos resultados das anâlises dos tubérculos provenientes das<br />

experiências n.'s 105 e 10G — Taubaté.<br />

1 — NoPoKo<br />

2 — NoPiKi<br />

3 — N,PaKi<br />

4 — N-PiKj<br />

5 — NaPiK,<br />

6 — NiPoK,<br />

7 — N,P2K,<br />

8 _ NiP3K,<br />

9 — N.PiKo<br />

10 — NIPIKÏ<br />

TRATAMENTO<br />

UMIDADE<br />

TOTAL<br />

79,51<br />

78,96<br />

79,63<br />

80,12<br />

79,88<br />

81,03<br />

80,34<br />

79,15<br />

79,47<br />

79,59<br />

79,99<br />

MATÉRIA<br />

SECA<br />

20,48<br />

20,04<br />

20,37<br />

19,87<br />

20,11<br />

18,97<br />

19,66<br />

20,74<br />

20,53<br />

20,90 .<br />

20,00<br />

Ne.<br />

substâneia<br />

original<br />

(1) A fécula foi dosada pelo método de Ewers (a) 20 = 185,7.<br />

FÉCULA (1)<br />

16,17<br />

16,68<br />

16,15<br />

16,03<br />

16.36<br />

15,13<br />

16,15<br />

16,69<br />

16,78<br />

16,20<br />

15,78<br />

Na<br />

substâneia<br />

sêca<br />

As anâlises demonstraram que pràticamente nâo houve diferenças<br />

sensiveis entre tratamentos, pois em umidade total nâo notamos<br />

diferenças superiores a 2.07 por cento entre o tratamento N^nKj, e<br />

em fécula na substâneia original, a diferença mâxima foi de 1,65 por<br />

cento entre os tratamentos NiPiKo e NiP0Ki!<br />

4 —• RESUMO E CONCLUSÖES<br />

No presente trabalho säo apresentados os resultados de uma série<br />

de experiências de adubaçâo mineral da batatinha, levadas a efeito em<br />

terras de baixada, ricas em matéria orgânica e marginais ao Rio Paraiba<br />

do Sul. Nessa regiâo, a época de cultura vai de junho a outubro<br />

D<br />

78,99<br />

79,36<br />

79,25<br />

80,77<br />

79,61<br />

79,77<br />

82,17<br />

80,43<br />

81,74<br />

74,43<br />

78,91


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 471<br />

—^ diferindo completamente das épocas usuais do Estado — fevereiro<br />

a março e agôsto a setembro —, em conseqüência da elevaçâo do nivel<br />

das âguas do rio Paraiba, que atravessa essas terras e que chega a<br />

inundâ-las no periodo chuvoso. Devido a isso, sâo feitas ali culturas<br />

de arroz no perïodo qu eyai de outubro a abril.<br />

As terras dessa regiâo revelaram, pela anâlise em matéria orgâ<br />

nica e nitrogênio total, isto é, quase sete vêzes mais rica em N total<br />

e doze vêzes mais ricas em C total do que a amostra colhida em Capâo<br />

Bonito para têrmo de comparaçâo, zona esta onde também se cultiva<br />

intensamente a batatinha, e onde o âcido fosfórico é o elemento que<br />

mais influi sobre a produçâo.<br />

A parte experimental foi dividida em très fases, de maneira que<br />

verificâssemos, em primeiro lugar, a influência dos elementos N, P e<br />

K sobre o desenvolvimento das plantas e produçâo dos tubérculos;<br />

em segundo lugar quais as doses mais recomendadas de nitrogênio,<br />

mandendo-se fixos o âcido fosfórico e o óxido de potâssio, e, em tereèiro,<br />

utilizamos très dose sde N, P e K, a fim de verificarmos quai a<br />

influência desses elementos combinados diferentemente, sobre a cultura,<br />

no tipo de solo estudado.<br />

Os resultados vieram revelar falta de nitrogênio assimilâvel, apesar<br />

de apresentar alto teor de nitrogênio total, pois tôdas as vêzes<br />

que deixamos de incluir um adubo nitrogenado mesmo com a adiçao<br />

de adubos fosfatados e potâssicos, a produçâo decresceu acentuadamente,<br />

sendo que em alguns-casos foi inferior aos lotes sem adubos.<br />

Assim, na experiência de numéro 38, obtivemos com o emprêgo de<br />

P e K, 8,2 toneladas de tubérculos por hectare, enquanto que, com o<br />

emprêgo de N e K e N e P, obtivemos respectivamente 11,9 e 12,4 toneladas<br />

por hectare.<br />

Em outra experiência a de numero 40, o PK produziu 10,5 toneladas<br />

por hectare (inferior ao testemunha sem adübo), e o NPK 16,2<br />

toneladas. Resultados semelhantes conseguimos nas demais experiências.<br />

A razâo dessa. acentuada necessidade de adubos nitrogenados, de<br />

fâcil aproveitamento pelas plantas em terras do Vale do Paraiba, é<br />

dada como devido principalmente à açâo dos microorganismos que,<br />

para o seu próprio crescimento e multiplicaçâo, usam o carbono como<br />

elemento energético e o nitrogênio como material de construçâo para<br />

seus organismos e produçâo dos intrincados compostos orgânicos que<br />

resultam de sua atividade.<br />

Os tubérculos provenientes dos diversos tratamentos f or am analisados<br />

para determinaçaoa do teor em fécula e os resultados näo revelaram<br />

diferenças apreciâyeis.<br />

"No trabalho sobre influência do nitrogênio, fósforo e potâssio,<br />

na adubaçâo da batatinha, sâo fornecidos os resultados dos estudos<br />

feitos em terras marginais ao Rio Paraiba, ricas em matéria orgânica,<br />

e onde vem sendo cultivada a batatinha em rotacao com a cultura<br />

do arroz.<br />

Êsse estudo é urn complemento ao trabalho "Efeito do Nitrogênio,<br />

Fósforo e Potâssio Sobre a Cultura da Batatinha", apresentado à<br />

"II. a Reuniäo Brasileira de Ciência do Solo", realizada em Campinas,<br />

em 1949", e onde foram apresentadas as conclusôes a que se chegou<br />

sobre a influência da adubaçâo mineral em alguns tipos de solo do<br />

Estado, relativamente pobres em matéria orgânica, como, por exemplo,<br />

Monte Mor, Tietê, Sorocaba, Itapecerica, etc.<br />

Antecedendo os resultados expérimentais, é feito urn ligeiro apanhado<br />

sobre a solubilizaçâo do nitrogênio na matéria orgânica das<br />

baixadas e a comparaçâo dos resultados analiticos de dois tipos de<br />

solos do Estado, urn de Taubaté e outro de Capâo Bonito, onde se<br />

cultiva a batatinha. A terra do Vale do Paraiba se caracterizou por


472 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

uma grande quantidade de carbono em relaçâo ao nitrogênio, pois<br />

revelou ser quase sete vêzes mais rica em N total e quase doze vêzes<br />

mais rica em C total do que a terra de Capäo Bonito.<br />

As experiências foram divididas em tres fases: a primeira, em<br />

que se verificou a influência do N, P e K, quando combinados entre<br />

si, em confronta com lotes sem adubar; a segunda, em que além da<br />

influência revelada pelos elemcntos N, P e K, se visam quais as doses<br />

mais recomendadas de nitrogênio, mantendo-se fixos o âcido fosfórico<br />

e o óxido de potâssio, e, a terceira, em que se apuraram quais as combinaçôes<br />

de elementos mais indicadas.<br />

Os resultados obtidos vieram pôr em evidência a falta de nitrogênio<br />

assimilâvel, mesmo quando o solo apresenta alto teor. de nitrogênio<br />

total, e a necessidade de adiçâo de adubos nitrogenados fàcilmente<br />

assimilâveis, ao lado dos fosfatados e potâssicos.<br />

Sâo comentadas as percentagens de "stand", o desenvolvimento<br />

das plantas, a produçâo e a sua significância estatistica, a influência<br />

das adubaçôes sobre o teor em fécula, em matéria sêca e umidade<br />

total dos tubérculos.<br />

LITERATURA CITADA<br />

1 — CAMARGO, T. e C. A. KRUG. Experiências sobre adubaçâo da bâta. Bol. Tec.<br />

Inst. Agr. (Campinas) 16: 1-36, 1935.<br />

2 — BEATTIE, J. H. Zeitschr. f. Pflanz, u. Düng., u. Bodenhunde 38-1935,<br />

pg. 103 Verlag Chemie G.m.b.H. — Berlin.<br />

3 —. BOOK, O.J. e J. B. DE CASTRO. Efeito do nitrogênio, fósforo e potâssio,<br />

sobre a cultura da batata. Trabalho apresentado à Segunda Reuniâo de<br />

Ciência do Solo, realizada em Campinas de 11 a 22 de julho de 1949 (nâo<br />

publicada).<br />

4 — KULITANS, P. Zeitschr. f. Pflanz, u. Düng. u. Bodenhunde 18-1935 —<br />

pg. 121 Verlag Chemie G.m.b.H. — Berlin.<br />

5 — OGG, G.We ROBERTSON, I. M. Zeitschr. f. Pflanz, u. Düng. u. Bodenhunde<br />

38-1935 — pg. 137 — Verlag Chemie G.m.b.H. — Berlin.<br />

6 — OSVALD, H. Zeitschr. f. Pflanz, u. Düng. u. Bodenhunde 38-1935 — pg.<br />

141 — Verlag Chemie G;m.mb.H. — Berlin.<br />

7 — POPP, M. Zeitschr. f. (Pflanz, u. Düng. u. Bodenhunde 38-1935 — pg.<br />

112 — Verlag Chemie G.m.b.H. — Berlin.<br />

8 — SMITS. C. Zeitschr. f. Pflanz, u. Düng. u. Bodenhunde 38-1935 — pg.<br />

125 — Verlag Chemie G.m.b.H.<br />

9. — SCHEFFER, F. Zeitschr. f. Pflanz, u. Düng. u. Bondenhunde 38-1935 —<br />

pg. 116 — Verlag Chemie G.m.b.H. — Berlin.<br />

10 — TACHE, BR Zeitschr. 1. Pflanz, u. Düng. u. Bodenhunde 38-1935 — pg.<br />

106 — Verlag Chemie G.m.b.H. — Berlin.<br />

11 — TOMMASL G. Zeitschr. f. Pflanz, u. Düng. u. Dodenhunde 38-1935 —<br />

pg. 85 — Verlag Chemie G.m.mb. — Berlin.


EXPERIÊNCIAS DE ADUBACÄO DA MANDIOCA NO<br />

ESTA<strong>DO</strong> DE SÄO PAULO<br />

1 — INTRODUÇÂO<br />

EDGARD S. NORMANHA<br />

Engenheiro agrônomo, Secçâo de Raizes<br />

e Tubérculos, do Institute) Agronômico.<br />

em Campinas. (1)<br />

O problema da adubacäo da mandioca no Estado de Säo Paulo<br />

foi estudado em alguns tipos de solo representativos de zonas mandio-.<br />

queiras, com o fini de se verificar a reaçâo da planta à aplicaçâo dos<br />

adubos fornecedores dos elementos nobres: azoto, fósforo e potâssio.<br />

Com a intensificaçâo dessa cultura no Estado, após 1939, grande<br />

parte da lavoura se estabeleceu em solos jâ esgotados, onde se fazia<br />

necessaria a pràtica das adubaçôes para um ajuste da sua fertilidade<br />

as riecessidades da planta. Por outro lado, a falta de rotaçâo de culturas,<br />

agravando a situaçâo, contribuia para uma diminuiçâo gradativa<br />

das colheitas em culturas repetidas numa mesma época.<br />

Dessa forma, essas duas causas e mais a .incidência de moléstias e<br />

pragas, e até os maus tratos culturais, explicavam as baixas produçôes<br />

obtidas em diversas zonas.<br />

Como cohtribuiçâo ao melhoramento do solo, importa va a realizaçâo<br />

de experiências que viessem servir de base à prâtica das adubaçôes.<br />

Antes de se relatarem os resultados obtidos nas experiências realizadas<br />

pela Secçâo de Raizes e Tubérculos, do Instituto Agronômico,<br />

com adubacäo da mandioca, é de interesse a citacâo de alguns resultados<br />

conseguidos por outros autores sobre o assunto.<br />

NIYHOLT (1), em 1935, relata uma experiência realizada em Java,<br />

na quai se colhiam mensalmente, durante um perïodo de 14 meses, 10<br />

plantas de mandioca, cujas raizes, ramas e fc^has eram pesadas e analisadas<br />

quimicamente. e conclui dos resultados que a mandioca pertence<br />

ao grupo das culturas aue mais elevadas quantidades de elementos<br />

nutritivos retiram do solo.<br />

De acôrdo com os resultados dessas colheitas em parcelas expérimentais,<br />

a produçâo correspondeu a 60 toneladas de raizes oor hectare,<br />

e a retirada dos elementos por essa ârea, ria base dessa produçâo, foi<br />

de 209 quilós de N; 104 auilos de P2O5, 584 quTos de K2O, 217 quilos<br />

de CaO e 71 quilos de MgO. considerando a planta inteira. O autor<br />

acha bastante grande essa produçâo para as condiçôes de Java, onde a<br />

média vai de 25 a 30 toneladas por hectare. °<br />

Uma colheita de 17 toneladas de raizes por hectare, aos 14 meses,<br />

considerada como bôa para o Estado de Säo Paulo, retiraria do solo,<br />

(1) Emprestaram sua colaboraçâo na execuçâo das experiências. os seeruintes engenheiros<br />

agrônomos : Jorge Bierrenbach de Castro, Angelo Pais de Camàrco e Araicen Soares<br />

Pereira, a quem eonsienamos nossos agradecimentos. extensivos também ao Eng.» Agr.»<br />

A. Conagim, pelo ai'xilio prestado nos câlculos estatîsticos. E consignamos nossas homenagens<br />

ao extinto colega Jorge Kiehl, pela colaboraçâo prestada nêsse trabalho..


474<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

naquela mesma base, (raizes, ramas e fôlhas) 60 quüos de N, 29 quilos<br />

de P2Og, 165 quilos de K2O, 61,5 quilos de CaO e 20 quilos de MgO.<br />

Êsses numéros mostram, certamente, que a retirada de elementos<br />

nutritivos do solo, pela cultura da mandioca, é relativamente grande,<br />

principalmente a do potâssio, cujas quantidades absorvidas sâo 5,7 vêzes<br />

maiores do que as do âcido fosfórico.<br />

À base das anâlises daquele autor, 90 por cento da quantidade total<br />

de elementos absorvidos pela planta säo retirados, jâ no sexto mes, para<br />

o azqto, e so no décimo segundo mês para o fósforo e no; décimo primeiro<br />

para o potâssio e o câlcio.<br />

J. E. A. DEN <strong>DO</strong>OP (2), em 1938, apresenta os resultados que obteve<br />

com experiências de adubaçâo da mandioca nas regiöes de Pamanoekan<br />

e Tjiaasen, em Java, em terra vermelha, jâ esgotada, e que revelava<br />

pobreza em potâssio. A deficiência dêsse elemento foi constatada<br />

em plantas jâ com um ano de idade, bem supridas de azoto e fósforo.<br />

Mostra o autor que, em face da falta de potâssio, a planta o retira<br />

para o seu posterior desenvolvimento das partes mais velhas das ramas.<br />

Apôs a morte dessas partes, o vegetal se ramifica abundante-<br />

mente.<br />

N<br />

As adubaçôes foram fei tas com sulfato de amônio, superfosfato<br />

duplo e sulfato de potâssio, tendo sido aplicadas dois meses após o plantio.<br />

A colheita se.fez após dezesseis meses da plantaçâo. As bases da<br />

adubaçâo, por hectare foram de 37 a 111 quilos de azoto, de 18, a 72<br />

quilos de fósforo e 91 a 273 quilos de potâssio.<br />

Estudando a influência do aumento das doses de N, de P e de K,<br />

concluiu que, para mandioca, houve pouca ou minima necessidade de<br />

azoto naquele tipo de solo. Por outro lado, constatou uma grande necessidade<br />

de potâssio e também uma influência benéfica do fósforo,<br />

quando apoiado pela adubaçâo potâssica.<br />

O autor DEN <strong>DO</strong>OP poude também observar uma fixaçâo no solo<br />

maior para o potâssio do que para o fósforo, tendo também constatado<br />

que a variaçâo da humidade na terra influenciou a assimilaçâo do<br />

potâssio, no sentido de que perïodos de sêca auxiliàram a fixaçâo dêste<br />

elemento no solo.<br />

2 — MATERIAL E MÉTO<strong>DO</strong>S<br />

Para a realizaçâo das experiências foi feito um piano segundo o<br />

quai doze tratamentos foram estudados, e que sâo, abreviadamente, os<br />

seguintes:<br />

1 — T<br />

2 —• N<br />

3 — P<br />

4 — K<br />

5 — PK<br />

6 — NK<br />

7 NP<br />

8 — NPK/2<br />

9 — N/2 P K<br />

10 — N P/2 K<br />

11 — N P K/2<br />

12 — N P K<br />

Os simbolos representam: T, o tratamento sem adubo, testemunha;<br />

N, a adubaçâo azotada; P a fosfatada, e K a potâssica. As dses bâsicas<br />

dos elementos, por hectare, foram estabelecidas do seguinte modo:<br />

N — 80 kg de azoto<br />

P — 120 kg de âcido fosfórico<br />

K — 60 kg de óxido de potâssio<br />

Dessa forma, os doze tratamentos acima mencionados representam<br />

o emprêgo de fontes isoladas de cada elemento, bem como de formulas<br />

resultantes da combinaçâo dos adubos, dois a dois, e de misturas


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 475<br />

complétas em que se reduz à metade as doses de todos ou de cada<br />

um dos elementos. Essas doses bâsicas sâo um tanto elévadas. Basearam-se<br />

nos resultados anteriormente obtidos com a cultura da ba^<br />

tatinha (3). '<br />

Os adubos empregados foram os constantes da relaçâo seguinte:<br />

ADUBOS Percentagem kg por hectare<br />

de elemento do elemento do adubo<br />

Sulfato de amônio 20 % de N 80 400<br />

Superfosfato de câlcio ..... 20< % de P2On 120 600<br />

ou Farinha de ossos degelàtinados<br />

29 % de P2O5 120 414<br />

Cloreto de potâssio 50 % de K2O 60 120<br />

Como fonte de azoto foi empregado o suifato de amônio, por ser de<br />

açâo mais duradoura no solo do que o salitre, para as aplicaçôes no<br />

ato do plantio. .<br />

O cloreto de potâssio foi usado como fonte de potâssio. Como fertilizante<br />

fosfatado foi empregado o superfosfato, na maioria das experiências,<br />

ou seja em onze delas, e a farinha de ossos em apenas très.<br />

Os adubos ou suas misturas foram colocados no fundo e nos bordos<br />

dos sulcos, e a seguoir bem misturados com a terra. Êsse processo de<br />

aplicaçâo dos adubos no mesmo sulco que recebe as ramas, foi o utilisado<br />

por nâo se ter comprado antes, experimentalmente, outro sistema<br />

de aplicaçâo dos fertilisantes para a mandioca. Destarte, os resultados<br />

obtidos referem-se apenas ao processo de aplicaçâo dos adubos<br />

nos mesmos sulcos que recebem as manivas.<br />

As variedades de mandioca utilizadas foram as comumente cultivadas<br />

nas regiöes em que os ensaios foram conduzidos. Säo elas : a<br />

n .1 "Vassourinha", a mais difundida no Estado, usada para mesa,<br />

forragem e indüstrias; foi empregada em nove ensaios. A n. 371<br />

"atu", menos difundida, para os mesmos fins; foi usada em quatro ensais.<br />

E a variedade n. 118 "Cambaia", muit cultivada na regiâo do<br />

Vale do Paraiba, só para fins industrials, por ser tóxica, entrou numa<br />

só experiência. Êsses très tipos suscetiveis à Bacteriose e as brocas<br />

das ramas, comumente os dois principals fatores de insucesso da cultura.<br />

As localidades onde se realizaram as experiências foram escolhidas<br />

de acôrdo com a importância da cultura da mandioca para a regiào,<br />

e também segundo as facilidades que ofereciam ao andamento dos trabalhos.<br />

Assim, os ensaios se distribuiram da seguinte maneira: seis<br />

experiências na Estaçâo Experimental de Sorocaba, em solos da formaçâo<br />

Glacial (arenoso) e Arqueano (Salmourâo) ; quatro no municipio<br />

de Tietê, incluindo a area da Estaçâo Experimental e uma fazenda<br />

particular, em terras de formaçâo Glacial, e dessa fdrmaçâo em<br />

mistura com a Corumbatai; très na zona de Arâras, em tipo de solo<br />

terra rôxa jâ mui to explorada; e uma em Roseira, na zona do vale do<br />

Paraiba, em sodo do Terciârio. As areas expérimentais usadas representavam,<br />

tôdas elas glebas jâ exploradas durante muitos anos por culturas<br />

diversas.<br />

O delineamento das experiências obedeceu, inicialmente, a uma<br />

distribuiçâo sistemâtica dos canteiros dentro dos blocos, os quais, em<br />

alguns casos, tiveram formato desigual. Cinco sâo as experiências aqui<br />

relatadas, que se enquadram neste caso. Posteriormente, os ensaios


476 ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

passaram a ser instalados com distribuiçâo ao acaso. Sob êsse piano,<br />

foram instaladas nove experiências.<br />

Os canteiros em tôdas as experiências tiveram 100 plantas por tratamento<br />

,distribuidas em quatro linhas espaçadas de 1,20 m. Entre<br />

as 25 plantas dentro das linhas, havia urn espaço de 0,60 m. Dimensöes<br />

dos canteiros 4.80 x 15,00 m, com 72 métros quadrados. Numero<br />

de repetiçôse: quatro.<br />

Tôdas as experiências foram plantadas pelo sistema comum, isto<br />

é, manivas de 15 centimetros de comprimento, com aproximadamente<br />

a mesma grossura, colocadas horizontalmente no fundo de sulcos a 10<br />

centimetros de profundidade, e totalmente cobertas com a terra dos<br />

bordos dos sulcos.<br />

Dos catorze ensaios, nove foram colhidos com um ciclo vegegtativo<br />

e cinco com dois ciclos.<br />

As experiências foram plantadas nos meses de setembro a dezembro,<br />

em épocas mais ou menos chuvosas.<br />

Deixam de ser relatadas aqui as experiências que foram prejudicadas,<br />

principalmente pelo numero elevado de falhas.<br />

3 — RESULTA<strong>DO</strong>S OBTI<strong>DO</strong>S<br />

Durante o perïodo de vegetaçâo das plantas foram feitas obsercaçôes<br />

relativas à percentagem de brotaçâo, ao desenvolvimento vegetativo<br />

e à incidência de moléstias e pragas.<br />

O comportamento das experiências sob êsses aspectos sera relatado<br />

a seguir :<br />

3.1 — "Stand"<br />

A contagem de "stand" foi feita em doze das catorze experiências<br />

estudadas, pois em duas delas a brotaçâo foi considerada como muito<br />

boa para todos os tratamentos. Constatou-se uma influência mais ou<br />

menos prejudicial de alguns tratamentos sobre a brotaçâo das manivas,<br />

dado o sistema de aplicaçâo dos adubos.<br />

Analisando o "stand" daquelas doze experiências, verificou-se que,<br />

em oito dentre elas, os canteiros nâo adubados apresentaram no mâximo<br />

18 % de falhas, e algumas formulas de adubaçâo nestas experiências<br />

revelaram de 22 a 53 % de falhas. Nas outras quatro experiências,<br />

bem mais falhadas, os canteiros sem adubo tiveram apenas 57<br />

a 68 por cento de "stand", e sômente numa delas é que nâo se verificou<br />

aquela açâo prejudicial de certes tratamentos sobre a brotaçâo<br />

das manivas.<br />

Estudando a questäo das falhas ocorridas com maior intensidade<br />

em algumas formulas de adubaçâo, concluïmos o seguinte:<br />

a) Considerando a anälise estatistica da parte fatorial de apenas<br />

seis experiências que permitiram essa anâlise, notou-se uma influência<br />

prejudicial à broteçâo dévida aos tratamentos em que figuram os<br />

adubos fornecedores dos seguintes elementos: azoto (no 19.° Ensaio,<br />

Tietê; no 22.° Ensaio Sorocaba; no 25.° Ensaio, Tietê); fósforo (no<br />

17.° Ensaio, Arâras; no 19.° Ensaio Tietê) ; azoto e fósforo (no 16.° Ensaio,<br />

Sorocaba).<br />

b) Num aobservaçâo de conjunto de tôdas as experiências constata-se<br />

também que os tratamentos que com mais freqiiência reduziram<br />

o "stand" sâo NK, NP e as formulas complétas. Os tratamentos<br />

P, K e PK dimiuiram o "stand" numa unica exceçâo para cada um<br />

dêstes tratamentos.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 477<br />

c) O efeito prejudicial de algumas formulas de adubaçâo sobre o<br />

"Stand" dos canteiros deve explicar-se possivelmente por urn efeito da<br />

concentraçâo salina, em contato da qual se mantiveram as manivas.<br />

Êsses resultados sugerem pois, experiências relativas ao modo de aplicaçâo<br />

dos adubos também para a cultura da mandioca.<br />

3.2 — Desenvolvimento vegetativo<br />

À base das observaçôes feitas durante o periodo da vegetaçâo das<br />

experiências, pudemos constatar que, para a maioria delas, as adubacöes<br />

só azotadas ou só potâssicas, ou qualquer formula sem o adubo<br />

fosfatado, näo tornavam a vegetaçâo melhor que a dos canteiros sem<br />

adubo. A adubaçâo fosfatada sômente, jâ influia favoràvelmente no<br />

crescimènto das plantas. As formulas complétas foram quase sempre<br />

as que conferiram melhor aspecto as plantas.<br />

3.3 — Moléstias e pragas<br />

Muitaos dessas experiências foram atacadas por Bacteriose fmurcha<br />

bacteriana )ou por brocas de câule, em intensidade variâvel, segundo<br />

a experiência, porém, nunca a ponto de afetar os resultados.<br />

3.4 — Produgäo de raizes<br />

As produçoes de raizes foram sempre tomadas logo após o arrancamento.<br />

Conforme dissemos em Material e Métodos, as cinco primeiras<br />

experiências de adubaçâo aqui relatadas tiveram os seus canteiros<br />

com distribuiçâo sistemâtica no campo. Tais ensaios foram colhidos<br />

com um cicio vegetativo, sendo dois em Sorocaba (ns. 5 e 13) e os<br />

demais em :Tietê (n. 6), Roseira (n. 8) e Arâras (n. 10).<br />

O Quadro 1 traz o resumo dos resuHado sobtidos em tôdas as experiências,<br />

apresentados em toneladas de raizes pr hectare e percentagens<br />

de "stand" por tratamento.<br />

A experiência n. 5, em Sorocaba, que se apresentou falhada, teve<br />

baixas produçoes. (terra Glacial). O adubo azotado contribuiu para<br />

baixar o "stand", e o fosfatado para aumentar a producäo.<br />

Ainda em Sorocaba (mistura de Glacial e Salmourâo), a experiência<br />

n. 13 nâo revelou influência dos adubos sobre o "stand". Foi<br />

benéficà a acâo do azoto e do fósforo, isoladamente ou combinados.<br />

A experiência n. 6, em Tietê Cmistura de Glac'al e Corumbatai),<br />

com boas produçoes, mostrou influência do adubo azotado sobre a<br />

queda do "stand", e apesar disto uma influência favorâvel sobre a<br />

produçâo.<br />

Em Roseira (Terciârio), a experiência n. 8 indicou uma queda no<br />

"sfand" para o tratamento NK e rara as fórrnrlas comp'etas. A adubaçâo<br />

azotada sômente nâo diminniu o "stand", mas nrovocou uma<br />

penuena aueda na produçâo. A adubaçâo fosfatada determinou um<br />

peau p no aumento na colh^a. :<br />

Na znna de Arâras (Roxa. misturada, exnlorada"). a exDeriência<br />

n. 3 0 revelou uma aueda do "stand", onde fiprurou o adubo azotado. e<br />

vm aumento de oroduçâo onde fisnirou o adubo fosfatado. anesar da<br />

diminuiçâo do "stand" nas formulas onde entrou o fornecedor do<br />

element 1 "« ]sr<br />

A* demais experiências obedeceram a delinear" en tos casualisados.<br />

Dês^es ensaios. os colhidos c°m um ci^o vep po+ a. f ivo loca<br />

em Sorocaba (n. 16), em Tietê (ns. 14 e 19) e Arâras (n. 171.


478 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

A experiência n. 14, em Tietê (mistura de Glacial com Corumbatai),<br />

foi a que apresentou menores produçôes, possivelmente porque.<br />

foi plantada tardiamente e na mesma area em que se cultivara mandioca<br />

no ano anterior. As diferenças de produçao entre os tratamentos<br />

foram pequenas e nâo significativas. estatisticamente.<br />

A experiência n. 19, instalada na mesma regiâo, porém, em outra<br />

gleba .Glacial), deu produçôes muito boas. As diferenças havidas entre<br />

as produçôes nâo foram significativas. Entretanto, por uma decomposiçâo<br />

da parte fatorial, estatisticamente, concluiu-se que as formulât<br />

em que figurou o elemento N influiram prejudicando o "stand" e as<br />

produçôes de raizes. O adubo fosfatado também aqui atuou desfavoràvelmente<br />

no "stand' e na produçao.<br />

Em Sorocaba, a experiência n. 16 (mistura de Glacial com Salmouräo),<br />

foi a que apresentou melhores "stands", todos acima de 90 %.<br />

Nâo houve pois influência dos adubos sobre os "stands". As diferenças<br />

de produçao foram significativas estatisticamente, e a formula NK foi<br />

superior ao tratamento sem adubo, tendo sido a adubaçâo compléta —<br />

NPK. —, a melhor de tôdas.<br />

Na experiência n. 17, n aregiâo de Arâras (Roxa, misturada, explorada),<br />

os canteiros apresentaram bons "stands", mas houve uma influência<br />

do adubo fosfatado na queda do "stand". As diferenças de<br />

produçao näo foram significativas estatisticamente. Entretanto, a decomposiçâo<br />

estatistica da parte fatorial indicou que o tratamento NK,<br />

embora nâo prejudicial ao "stand", determinou queda de prodduçâo.<br />

As experiências com delineamento casualisado, colhidas com dois<br />

ciclos vegetativos, localizaram-se em Sorocaba (ns. 22, 26 e 27), Arâras<br />

(n. 20) e Tietê (n. 25).<br />

A experiência n. 22, instalada em Sorocaba (Glacial), revelou bem<br />

visivelmente que os tratamentos em que figurou o adubo azotado, prejudicaram<br />

a brotaçâo das manivas. Mas, apenas nos tratamentos N<br />

e NK é que a produçao também caiu, pois nos demais. onde figurou o<br />

adubo azotado, apesar de prejudicado o "stand", houve acréscimos na .<br />

produçao, deivdos as fertilizante fosfatado. As diferenças de produçao<br />

havidas foram significativas ,e a decomposiçâo da parte fatorial indicou<br />

influência favorâvel à produçao para todos os tratamentos em<br />

que entrou o elemento P. A adubaçâo fosfatada sômente, elevou a producâo<br />

de 35 por cento. Ä anälise auimica do so'o revelou um pH entre<br />

4,5 e 4,90, e um indice de saturaçâo V % de baixo valor (7 a 20 %).<br />

A experiência n. 26, também em Sorocaba (Salmourâo). foi a aue<br />

apersentou as maiores produçôes de raizes. De modo gérai, a experiência<br />

apresent.ou-sé falhada. As diferenças de produçao havidas entre<br />

tratamentos näo foram siçnificativas, tendo sido pequenas.<br />

Amda em Sorocaba (Salmourâo) ,a experiência n. 27, também um<br />

tanto falhada, deu otimas produçôes. As diferenças de produçao entre<br />

os tratamentos näo foram significativas. Entretanto, a decomposiçâo<br />

da parte fatorial do ensaio indica um efeito favorâvel à produçao de<br />

raizes para as formulas em aue figuraram os elementos N e NP."<br />

Na regiâo de Arâras (Roxa misturada), a experiência n. 20 foi<br />

instalada em terra pobre, com indice pH de 4,18 a 4 45. e acusando<br />

baixo indice de saturaçâo V %, (de 5 a 10 %). As produçôes dos canteiros<br />

testemunhas foram baixas. As adubacôes azotada sômente, potâssica<br />

sômente ou ambas reunidas, näo aumentaram a produçao de<br />

raizes. Tôdas as formulas em aue fieurou a adubaçâo fosfatada' apresentaram<br />

aumentos de produçao de 65 a 150 %, e foram estatisticamente<br />

superiores ao tratamento sem adubo.<br />

A experiência n. 25, realizada em Tie*ê (Glacial), arn-psentou-se<br />

um tanot falhada. As produçôes foram reguläres, tendo sido signifi-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 479<br />

cativas as diferenças havidas entre as médias dos tratamentos. A anâlise<br />

estatistica da parte fatorial do ensaio indicou uma influência favorâvel<br />

à produçâo, para as formulas em que figurou a adubaçâo fosfatada.<br />

A formula N P acusou um aumento de 33 por cento na colheita,<br />

sobre o testemunho.<br />

Fazendo uma observaçào no conjunto das experiências e grupando,<br />

para cada tratametno estudado, os aumentos e os decréscimos na<br />

produçâo de raizes em toneladas por hectare, em relaçâo ao testemunha,<br />

percebe-se que os aumentos e os decréscimos sâo menors em valors<br />

absolutos para o tratamento K, onde para 14 casos hâ 6 aumentos<br />

e 8 decréscimos, todos êles pequenos. Pode-se observar também que,<br />

onde entra o elemento P, hâ sempre predominância de aumentos sobre<br />

decréscimos, tanto em valor absoluto como as freqiiencia dos casos.<br />

Fazendo o mesmo tipo de agrupamento dos aumentos e decréscimos<br />

para os tratamentos, separando-os por localidade — Sorocaba,<br />

Tietê, Arâras e Roseira —, cada quai com numero diferente de experiências,<br />

verifica-se, para Sorocaba, uma freqiiencia maior de aumentos<br />

para as formulas em que figura o elemento P. Em Tietê, a<br />

formula NP mostrou-se mais frequente no aumento da produçâo. Em<br />

Arâras o e!emetno P.foi o mais importante. Em Roseira a açâo do N<br />

e do NK foi desfavorâvel.<br />

4 — DISCUSSÂO <strong>DO</strong>S RESULTA<strong>DO</strong>S<br />

4.1 — Quanto ao "stand"<br />

De acôrdo com as anâlises feitas sobre os "stands" das diferentes<br />

experiências, ficou patente que na maipria delas, certos tratamentos<br />

influiram prejudicialmente na brotaçâo das manivas.<br />

A absorvaçâo dos resultados révéla que aquele efeito é mais frequente<br />

para os tratamentos em que hâ maior quantidade de adubos<br />

nos sulcos. Por exemplo ,o cloreto de potâssio, que entrou em menores<br />

doses quantitativamente, quado empregado sozinho, nâo se revelou<br />

prejudicial, a nâo ser em uma ûnica exceçâo (5.° ensaio em Sorocaba).<br />

O superfosfato, a farinha de ossos e o sulfato de amônio foram usados<br />

em quantidades bem maiores. Mas sabe-se que, dêstes Ultimos, o sulfato<br />

de amônio é o mais higroscópico e o que détermina concentraçôes<br />

salinas mais prejudiciais em igualdade de doses. E tudo parece indicar<br />

aue o efeito prejudicial havido explica-se nâo sômente por uma<br />

questâo de concentraçâo salina no solo, dévida as quantidades de fertilizantes<br />

empregadas, como pela natureza dos adubos. Coadjuvpu, naturalmente,<br />

a açâo dos adubos nêsse sentido, o modo de sua aplicaçâo<br />

nos sulcos, juntamente com as manivas, pouco antes do plantio.<br />

4.2 — Quanto à produçâo<br />

No tocante as produçôes de raizes, constatou-se uma variaçào da<br />

influência dos adubos segundo o tipo do solo em que as experiências<br />

foram plantadas. Verificou-se que, em solo da formaçâo Glacial e da<br />

terra Roxa misturada e jâ explorada, hâ efeito favorâvel da adubaçâo<br />

fosfatada na produçâo de raizes. No Terciârio é apenas regular a acâo<br />

favorâvel do fôsforo. Onde hâ uma mistura da formaçâo Corumbataî<br />

com G'acial, hâ uma influência de adubaçâo azotada, ou n§o hâ influência<br />

das adubaçôes. Em solo Salmourâo nâo se constatou efeito


480 ANAIS DA TERCEIRA REÜNIÄO BBASILEIBA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Dentre as experiências colhidas com um ciclo vegetativo, as maiores<br />

produçôes foram obtidas na localidade de Tietê, na formaçâo Glacial<br />

e numa mistura de Glacial com Corumbatai.<br />

Das experiências co.hidas com dois ciclos, as mais produtivas foram<br />

as duas colhidas em solo da formaçâo Salmouräo, em Sorocaba.<br />

Os resultados dessas experiências também mostraram que, apezar de<br />

ser o potâssio o element o que, em experiências também mostraram<br />

que, apezar de ser o potâssio o elemento que, em maiores doses, a mandioca<br />

absorv do solo, até numa proporçâo de 5,7 para 1, de óxido de<br />

potâssio para âcido fosfórico (1), nâo foi a adubaçâo potâssica que<br />

decidiu a favor dos aumentos de produçâo nos casos estudados, mesmo<br />

em solos aparentemente carentes dêsse elemento.<br />

4.3 -— Quanto à economia da adubaçâo<br />

Um ligeiro estüdo sobre o custo da adubaçâo e sobre o f a to de<br />

ser ou nâo econômico o seu emprêgo, foi também objeto de consideraçâo<br />

nêste trabalho, podendo as conclusses tiradas nêste particular ser<br />

resumidas da maneira seguinte:<br />

Como se sabe, tôda exploraçâo agricola é feita com a finalidade de<br />

lucro. Dentre as diferentes técnicas que podem ser usadas para o aumento<br />

e a melhoria da produçâo, só serâo empregadas certamente<br />

aquelas que forem mais lucrativas, mesmo que nâo sejam as melhores<br />

sob ou tros aspectos. Assim, o emprêgo de adubos numa cultura só<br />

sera vantajoso se o aumento na colheita pagar, com margem para lucros,<br />

as despesas com as adubaçôes.<br />

Observando os acréscimos obtidos com as adubaçôes estudadas, e<br />

computando-se o valor~dos fortilizantes empregados na base de Cr| 12,00<br />

o quilo do azoto Cr$ 6,00 o quilo do âcido fosfórico e Cr$ 4,50 o quilo<br />

do óxido de potâssio contidos nos fertiiizantes, constata-se aue, numa<br />

base de valorizaçâo da mandioca a Cr$ 0,30 o quilo, para fins industriais<br />

e produto na usina, muitos sâo os casos de aumento de produçâo,<br />

mas poucos os que se mostram compensadores para o plantador que<br />

negoc : a as raizes com os industriais.<br />

Sömente para as experiências ns. 20 e 22, realizadas respectivamente<br />

em Arâras (terra Roxa. misturada, bem exnlorada), e Sorocaba<br />

(solo do Glacial), é que algumas formulas de adubaçâo se mostraram,<br />

de fato, vantajosas.<br />

Os Jucros se computariam pela diferença em dinheiro entre o custo<br />

da adubaçâo e o valor do aumento da produçâo, à base de Cr$ 0,30 por<br />

quilo. Convém lembrar também que o emprêgo de urn adubo que aumenta<br />

econômicamente a produçâo, poderâ ser menos aconselhâvel do<br />

que o emprêgo do capital no aumento da area cultivada. Isto aconteceria<br />

nas terras de aluguel barato.<br />

Quando o plantador é o próprio industrial, em cuja usina nâo só<br />

consome a sua produçâo como também a adquirida de outros lavradores,<br />

o emprêgo He uma adubaçâo que éleva o n*vel da colheita poderâ<br />

ser viâvel, mes mhoque o acréscimo no rendimento venha custar-lhe<br />

tanto auanto o produ + o adouirido. Isto se verificaria particularmenfe<br />

uuando a area de cultivo näo pode ser amp'iada ou auando a cotaçâo<br />

comercial do produto de indüstria é amplamente compensadora.<br />

Complexa como é esta questâo, pela dependência em nue se acha<br />

de numerosos fatôres, como: aluçuel da terra, preco dos trabalhos asricolas.<br />

custo das adubaçôes. Truite da area cultivâvel, preço de venda<br />

da produçâo, cotaçêo comercial do produfo. capacidade e regime de<br />

trabalho na indüstria, etc., nâo se pode estabelecer nenhuma base fixa


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 481<br />

para estudar a economia das adubaçôes. De posse das informaçôes téenicas,<br />

o lavrador é que resolverâ sobre quai o caminho a seguir, segundo<br />

as suas circunstâncias.<br />

5 — RESUMO<br />

No presente trabalho sâo apresentados os resultados obitdos em<br />

14 experiências de adubaçâo minerai com a cultura da mandioca, em<br />

alguns tipos de solo do Estado de Sâo Paulo.<br />

As experiências foram levadas a efeito em quatro regiôes do Estado:<br />

Sorocaba, em solo Glacial, Salmourâo e mistura dessas duas formaçôes;<br />

Tietê, em solo Glacial e mistura dêste com Corumbatai; Arâras,<br />

em terra rôxa misturada, jâ bem explorada, e em Roseira, no<br />

Terciârio.<br />

Os adubos empregados foram os constantes da relaçâo seguinte:<br />

ADUBOS Percentagens kg por hectare<br />

do elemento do elemento de adubo<br />

Sulfato de amônio 20 % de N 80 400<br />

Superfosfato de câlcio 20 % de P2O5 120 600<br />

ou Sarinha de ossos degelatinados<br />

29 % de P2O5 120 414<br />

Cloreto de potâssio 50 % de K2O 60 120<br />

Os tratamentos estudados foram os resultados do emprêgo dêsses<br />

adubos quer isoladamente quer combinados dois a dois, como em formulas<br />

complétas, nas quais se reduziu à metade a dose de todos ou de<br />

cada urn dos elementos. O adubo fosfatado, utilisado nas formulas de<br />

cada experiência, foi apenas um dos acima citados, conforme o caso.<br />

Os adubos foram aplicados nos sulcos antes do plantio, e bem misturados<br />

com a terra.<br />

Concluiu-se que o processo de aplicaçâo dos adubos nos sulcos foi<br />

prejudicial para a brotaçâo das manivas, principalmente nos casos em<br />

que as quantidades do sadubos foram grandes e em que figurou o sulfato<br />

de amônio. Estes resultados sugerem uma experimentaçâo relativa<br />

ao modo de aplicaçâo dos adubos também para a mandioca.<br />

Estudando-se o efeito das adubaçôes sobre a produçâo de raizes,<br />

constatou-se um efeito favorâvel do adubo fosfatado em solos pobres do<br />

Glacial e de terra Roxa misturada, jâ bem explorada. Em solo Salmourâo,<br />

onde as produçôes de mandioca foram muito boas, a adubaçâo azotada<br />

sömente e esta com a fosfatada foram as melhores.<br />

Os ensaios servem de base para um planejamento da experimentaçâo<br />

sobre o assunto também em outros tipos de solo e sob aspectos diferentes,<br />

com osejam o da forma de aplicaçâo dos fertilisantes, e da conjugaçâo<br />

de adubos minerais com orgânicos e a economia das adubaçôes.<br />

LITERATURA CITADA<br />

1 — NIYHOLT, J. A. — Opname van voedingstoffen uit den bodem bij cassave.<br />

Landbouw n. 9, 1935, L. X., Citado em "Die Ernährung der Pflanzen"<br />

32: 1936.<br />

2 — DEN <strong>DO</strong>OP. J. E. A. — Die Ernährung; der Pflanzen 34: 69-71, 1938.<br />

3 — CAMARGO, T. e C. A. KRUT — Experiências sobre adubaçâo da batata. Bol.<br />

Tec. Inst. Agr. (Campinas) 16: 1-36, 1933.


QUADRO 1 — Médias em toneladas de raizes por hectare, e respectivas percentagens de "stand", por tratamento, das experiências de adubaçâo de mandioca,<br />

no Estado de Sâo Paulo.<br />

ENSAIO<br />

NUMERO<br />

5<br />

6<br />

8<br />

10<br />

13<br />

14<br />

16<br />

Sorocaba<br />

Tietê<br />

LOCALIDADE<br />

Arâras .. ..<br />

Tietê"<br />

Sorocaba<br />

PERIO<strong>DO</strong> CULTURAL<br />

23- 9-37<br />

11- 7-38<br />

28- 9-37<br />

12- 8-38<br />

21-10-37<br />

12- 7-38<br />

26-10-37<br />

28- 7-38<br />

22-11-38<br />

26- 8 39<br />

2-12-38<br />

2S- 8-39<br />

8-11-39<br />

9- 7-40<br />

VARIEDADE USADA<br />

Vassourinha ..<br />

Tatû ~<br />

Tatü<br />

Vassourinha .<br />

T<br />

7,3<br />

(62,2)<br />

20,9<br />

(82,2)<br />

11,8<br />

(85,7)<br />

15,6<br />

(89,0)<br />

15,1<br />

(81,7)<br />

7,8.<br />

13,2<br />

(97,0)<br />

N<br />

6,0<br />

(53,2)<br />

24,5<br />

(72,2)<br />

9,2<br />

(85,2)<br />

15,0<br />

(76,5)<br />

17,8<br />

(84,0)<br />

6,5<br />

12,8<br />

(97,5)<br />

P<br />

9,8<br />

(55,2)<br />

19,1<br />

(85,7)<br />

13,1<br />

(84,7)<br />

21,3<br />

(84,7)<br />

18,3<br />

(86,2)<br />

7,5<br />

13,7<br />

(97,2)<br />

K<br />

5,3<br />

(46,5)<br />

22,7<br />

(84,2)<br />

11,4<br />

(83,7)<br />

14,8<br />

(80,2)<br />

16,6<br />

(85,7)<br />

6 6<br />

14,8<br />

(96,2)<br />

PK<br />

10,6<br />

(59,7)<br />

21,6<br />

(80,7)<br />

12,1<br />

(79,5)<br />

19,8<br />

(85,2)<br />

18,4<br />

(85,7)<br />

TRATAMENT O S<br />

6,5<br />

14,4<br />

(98,2)<br />

NK<br />

5,3<br />

(45,0)<br />

24,9<br />

(67,7)<br />

9,4<br />

(72,2)<br />

12,7<br />

(68,5)<br />

15,5<br />

(86,7)<br />

8,1<br />

16,9<br />

(98,0)<br />

NP<br />

11,6<br />

(51,0)<br />

26,0<br />

(70,7)<br />

11,6<br />

(72,7)<br />

18,7<br />

(78,2)<br />

17,8<br />

(83,2)<br />

8.6<br />

14,9<br />

(94,0)<br />

NPK<br />

2<br />

10,7<br />

(56,5)<br />

24,3<br />

(77,7)<br />

13,6 *><br />

(74,5)<br />

20,2<br />

(81,5)<br />

18,6<br />

(79,2)<br />

8,8<br />

15,6<br />

(96,2)<br />

NN:<br />

PK<br />

2<br />

11,6<br />

(57,2)<br />

24,1<br />

(72,8)<br />

14,2<br />

(79,5)<br />

19,3<br />

(72,0)<br />

19,6<br />

(80,7)<br />

6,6<br />

17,3<br />

(95,0)<br />

P<br />

N-K<br />

2<br />

10,1<br />

(53,2)<br />

24,9<br />

(67,0)<br />

13,8<br />

(73,5)<br />

20,2<br />

(68,7)<br />

18,8<br />

(76,7)<br />

6,4<br />

16,3<br />

(93,5)<br />

K<br />

NP— 2<br />

11,3<br />

(52,2)<br />

23,3<br />

(68,7)<br />

13,7<br />

(72,7)<br />

19,9<br />

(63,2)<br />

20,8<br />

(81,5)<br />

7,9<br />

17,8<br />

(96,2)<br />

(Continua)<br />

NPK<br />

11,5<br />

(48,8)<br />

24,0<br />

(68,5)<br />

12,2<br />

(69,0)<br />

20,4<br />

(64,7)<br />

19,8<br />

(81,2)<br />

8,4<br />

19,3<br />

'(96,0)


(Conclusäo)<br />

ENSAIO<br />

NUMERO<br />

17<br />

19<br />

20<br />

22<br />

25<br />

26<br />

27<br />

Arâras<br />

Tietê<br />

Arâras<br />

Tietê<br />

Sorocaba<br />

Sorocaba<br />

LOCALIDADE<br />

PERlO<strong>DO</strong> CULTURAL<br />

28-11-39<br />

12- 7-40<br />

26- 1-40<br />

7- 7-41<br />

15-11-40<br />

13- 5-42<br />

28-11-40<br />

3- 6-42<br />

20-12-41<br />

21- 7-43<br />

12-12-41<br />

15- 6-43<br />

25-11-42<br />

27- 7-44<br />

VARIEDADE USADA<br />

Vassourinha ..<br />

Tatû<br />

Vassourinha ..<br />

Vassourinha ..<br />

Tatû<br />

Vassourinha ..<br />

Vassourinha ..<br />

T<br />

13,8<br />

(94,7)<br />

22,7<br />

(82,6)<br />

9,5<br />

20,5<br />

. (84,7)<br />

NOTA: OB numéros entre parêntesis representam as percenta gens de "stand" por tratamento.<br />

12,9<br />

(68,5)<br />

32,0<br />

(57,0)<br />

31,2<br />

(63,0)<br />

N<br />

14,5<br />

(92,2)<br />

19,5<br />

(61,3)<br />

7,9<br />

17,1<br />

(51,7)<br />

14,2<br />

(66,2)<br />

32,0<br />

(53,2)<br />

32,7<br />

(80,0)<br />

P<br />

12,1<br />

(86,7)<br />

19,6<br />

(70,6)<br />

17,0<br />

27,7<br />

(85,0)<br />

16,3<br />

(71,0)<br />

30,4<br />

(49,2)<br />

28,4<br />

(66,5)<br />

K<br />

13,3<br />

(94,5)<br />

25,4<br />

86,6)<br />

0,4<br />

19,5<br />

(79,7)<br />

12,3<br />

(61,2)<br />

32,8<br />

(57,2)<br />

33,3<br />

(75,3)<br />

PK<br />

16,3<br />

TE<br />

(91,0)<br />

21,8<br />

(74,6)<br />

19,4<br />

29,7<br />

(81,2)<br />

16,0<br />

(72,7)<br />

30,7<br />

(25,0)<br />

29,0<br />

(67,0)<br />

ATAME N T OS<br />

NK<br />

12,3<br />

(95,2)<br />

18,7<br />

(72,3)<br />

10,9<br />

17,1<br />

(49,7)<br />

12,7<br />

(66,4)<br />

34,6<br />

(51,2)<br />

33,2<br />

(70,0)<br />

NP<br />

15,6<br />

(89,0)<br />

19,0<br />

(58,0)<br />

23,3<br />

27,1<br />

(67,0)<br />

17,2<br />

(59,0)<br />

31,6)<br />

(47,5)<br />

36,9<br />

(69,5)<br />

NPK<br />

2<br />

14,3<br />

(93,0)<br />

21,6<br />

(78,5)<br />

15,7<br />

27,8<br />

(68,0)<br />

16,9<br />

(57,0)<br />

26,1<br />

(39,0)<br />

34,1<br />

(77,5)<br />

NN<br />

2<br />

13,9<br />

(80,8)<br />

22,2<br />

(74,3)<br />

22,2<br />

28,5<br />

(71,0)<br />

17,1<br />

(69,0)<br />

25,6<br />

(48,5)<br />

32,9<br />

(65,5)<br />

P<br />

N-K<br />

2<br />

13,9<br />

(95,7)<br />

21,4<br />

(72,0)<br />

17,0<br />

23,2<br />

(53,7)<br />

15,4<br />

(72,2)<br />

34,5<br />

(55,2)<br />

35,3<br />

(77,0)<br />

K<br />

NP— 2<br />

14,7<br />

(83,2)<br />

19,6<br />

(67,3)<br />

24,5<br />

24,3<br />

(46,5)<br />

15,4<br />

(59,2)<br />

33,7<br />

(48,7)<br />

34,0<br />

(71,3)<br />

NPK<br />

14,7<br />

(88,0)<br />

20,9<br />

(66,4)<br />

22,6<br />

26,0<br />

(52,7)<br />

16,4<br />

(71,2)<br />

34,6<br />

(58,2)<br />

35,9<br />

(76,5)


AMOSTRA<br />

DE TERRA<br />

NUMERO<br />

T 463<br />

T 464<br />

T 465<br />

T 466<br />

T 473<br />

T 474<br />

T 475<br />

T 476<br />

pH<br />

INT.<br />

4.25<br />

4.18<br />

4.45<br />

4.30<br />

4.65<br />

4.50<br />

4.90<br />

4.75<br />

C<br />

TEOR TOTAL<br />

gramas %<br />

1.76<br />

1.86<br />

1.41<br />

1.74<br />

1.54<br />

1.36<br />

1.50<br />

1.30<br />

N<br />

0.123<br />

• 0.106<br />

0.123<br />

0.145<br />

0.095<br />

0.090<br />

O.095<br />

0.095<br />

PO4<br />

DIVISAO DE EXPERIMENTAÇAO E PESQUISAS<br />

INSTITUTO AGRONOMIC» DE CAMPINAS — ESTA<strong>DO</strong> DE SXO PAULO<br />

1.02<br />

0.82<br />

0.88<br />

1.26<br />

0.93<br />

0.93<br />

1.14<br />

1.08<br />

K<br />

0.15<br />

0.12<br />

0.23<br />

0.09<br />

0.09<br />

0.10<br />

0.24<br />

0.23<br />

8ECÇAO DE AGROGEOLOGIA<br />

Identificaçâo qulmica do solo<br />

Ca<br />

0.39<br />

0.29<br />

0.17<br />

0.52<br />

0.50<br />

0.50<br />

1.60<br />

1.10<br />

TEOR TROCÂVEL<br />

ME por 100 g de solo sêco ao ar<br />

NOTA: AS amostras T. 463 a T. 466 sâo do solo do 20.« Ensaio de adubaçâo de mandloca, realizado na fazenda Sto. Antonio, em Arâras.<br />

O solo acusou 26 a 38% de argila, e 10 a 12% de arela grossa. Tipo: roxa, misturada, muito explorada.<br />

As amostras T. 473 a T. 476. sâo dó solo do 22.« Ensaio de Adubaçâo de mandioca, realizado na Estaçao Experimental deSorocaba O solo acusou<br />

9,5 a 13,8% de argila. Tipo: glacial, arenoso.<br />

Mg<br />

0.17<br />

0.50<br />

0.68<br />

0.11<br />

0.08<br />

0.12<br />

0.16<br />

0.22<br />

Mn<br />

0.07<br />

0.07<br />

0.18<br />

0.07<br />

0.03<br />

0.03<br />

0.06<br />

0.07<br />

S<br />

0.78<br />

0.98<br />

1.26<br />

0.78<br />

0.70<br />

0.75<br />

2.16<br />

1.62<br />

T-S<br />

12.89<br />

12.50<br />

10.60<br />

12.10<br />

10.10<br />

9.43<br />

8.22<br />

8.22<br />

Al<br />

2.18<br />

2.55<br />

1.87<br />

2.04<br />

1.02<br />

0.88<br />

0.24<br />

0.56<br />

H<br />

10.71<br />

9.95<br />

8.73<br />

10.06<br />

9.08<br />

8.55<br />

7.98<br />

7.66<br />

V<br />

,<br />

5,7<br />

7,3<br />

10,6<br />

6,05<br />

6,5<br />

7,4<br />

20,8<br />

16,5


'ËXPERtÊNCIAS DE ADPBAÇÂO DE- MANOIOGA<br />

. AyMENTOS E OECRE'SCIMOS NA •PRODUÇAO DE RASZES EM<br />

* >ARA CADA TRATAMENTO, EM RELAÇÂO AO TESTE M UN HA<br />

t ;


EXPERIÊNCIAS DE ADUBAÇÂO DE MANDIOCA<br />

MEDIAS POR TRATAMENTQ, EM TONELADAS DE RAIZES POR HECTARE<br />

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So


A INFLUÊNCIA DA CAL NA ADUBACÄO FOSFATADA<br />

WALDEMAR MENDES<br />

e<br />

ABEILARD FERNAN<strong>DO</strong> DE CASTRO<br />

RE SU MO<br />

O trabalho tem como objetivo verificar o efito da cal, em solo<br />

fortemente âcido, na adubaçâo com fosfatos diversos.<br />

Com essa finalidade foi 'instalado urn expérimente em pótes de<br />

Mitscherlich, usando o arroz da variedade Amareläo como planta indice,<br />

por ser cultura sensivel à reaçâo do solo e a adubaçâo fosfatada.<br />

O ensaio teve a duraçâo de seis meses.<br />

As doses de cal foram calculadas potenciomètricamente, para<br />

obter-se aumentos sucessivos de meia unidade de pH, mas na prâtica<br />

nâo foram obtidos os valores previstos.<br />

Os fosfatos utilizados foram: 1 — Fosfato de Gurupï; 2 — Farinha<br />

de ossos (peneira n.° 130) ; 3 — Hiperfosfato de câlcio (peneira<br />

n.° 130)- argeliaho, e 4 — Superfosfato simples. Em todos os tratamentos<br />

foram aplicadas iguais quantidades de adubos nitrogenado e<br />

potâssico.<br />

A anâlise estatistica da produçao e os valores finais de pH permitiram<br />

concluir pela necessidade da calagem em solos fortemente âcidos,<br />

mesmo quando se destinam à cultura do arroz. A planta reagiu<br />

à adubaçâo com Farinha de ossos apenas onde foram usadas as menores<br />

de cal- de acôrdo com o que fora previsto.<br />

Foi verificado que as doses de cal agiram linearmente, com maior<br />

efeito nos adubos Fosfato de Gurupi e Hiperfosfato. Finalmente, ficou<br />

comprovado ser indispensâvel a calagem quando fôr usado o adubo<br />

Superfosfato de câlcio, pois este aumenta a acidez do solo.


AÇAO NEUTRALIZA<strong>DO</strong>RA <strong>DO</strong> POTÄSSIO SOBRE<br />

A ACIDEZ EM CÉLULAS VIVAS<br />

F. ALTEN e W. RATHJE<br />

Conforme foi comunicado em publicaçôes anteriores (1) evidenciou-se<br />

por meio de experiências em modêlos a probabilidade de que o<br />

metabolismo da âgua e dos ions alcalinos se processo, em cêlulas vivas,<br />

végétais e animais, de acôrdp com o seguinte esquema:<br />

1.° — Ions hidrogênio de carga positiva, originârios dos processos<br />

vitais nas células, passam através da membrana celui ar para a soluçâo<br />

envolvente nutritiva, ao passo que os anions correspondentes, de<br />

maior tamanho, nâo podem atravessar a membrana celular. Dai résulta<br />

um acréscimo de carga negativa da célula em comparaçâo com<br />

sua soluçâo nutritiva. (Potencial Donnan).<br />

2.° — Sob a açao deste potencial Donnan negativo verifica-se<br />

umamigraçâo de ions alcalinos postivos para o interior da célula viva.<br />

Dêstes ions, os de potâssio, hidratados, que sâo de menor tamanho,<br />

possuem, no campo elétrico, maior mobilidade do que os ions de sódio,<br />

hidratados, maiores; por conseguinte aquêles conseguem penetrar na<br />

célula viva com maior facilidade do que estes.<br />

3.° — Âgua da soluçâo nutritiva envolvente pénétra na célula<br />

viva, através dos pequenos porös da membrana, por osmose (de modo<br />

semelhante a células de Pfeffer) até alcançar a pressâo de turgor.<br />

4.° Ao ultrapassar esta pressâo de turgor, é preciso, para evitar<br />

o rompimento das células, que se verifique a expulsâo, através dos<br />

póros maiores da membrana, ( r ) de suco celular contendo ions alcalinos:<br />

(fig. 1).<br />

a) A atraçâo eletrostâtica dévida ao pjotencial Donnan. Esta é<br />

igual para ambos os ions monovalentes de sódio e de potââssio.<br />

b) A força resultante da fricçâo com o lïquido que atravessa a<br />

membrana de dentro para fora. Esta força é maior para os ions de<br />

sódio, hidratados, maiores, do que para os ions de potâssio, hidratados,<br />

menores, devido à maior resistência de atrito daquêles.<br />

O desenrolar simultâneo dos fenômenos, especialmente dos descritos<br />

em 2 (entrada preferencial de ions de potâssio sobre os de sódio,<br />

0) Segundo lei de Hagen-Poiseuille, a velocidade de escoamento de um Hquido através<br />

de um orificio é proporcional à diferença de pressâo hidrostatica e à 4.» potêncla do diâmetro<br />

do orificio. Portanto agem duas forças contrarias sobre os ions e potâssio eliminados<br />

através dos porös das membras.


490 ANAIS DA TEHCEIRA RETTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

\/ \ \/ \<br />

/\ / \<br />

\/<br />

Fig. 1<br />

através dos póros menores) e 4 (escoamento preferencial de ions de<br />

sódio sobre os de potâssio através dos poros maiores) détermina nas<br />

células vivas um acûmulo considerâvel de potâssio em comparaçâo<br />

com o sódio (*) fenômeno este que carecia de explicaçâo até hoje ( 2 ).<br />

Para esclarecer a questâo se o mecanismo metabolico desta forma<br />

deduzido de experiências em modêlos, realmente se passa em células<br />

vivas, poder-se-ia recorrer ao seguinte raciocinio:<br />

Um aumento, nas células vivas, de dissociaçâo de âcidos com<br />

anions incapazes de atravessar as membranas, determinaria em primeiro<br />

lugar a formaçâo de ions hidrogênio nas células. Como conseqiiência<br />

resultaria a saida aumentada de ions hidrogênio para a soluçao<br />

nutritiva, (processo 1), verificar-se-ia um aumento dopotencial<br />

Donnan negativo da célula em relaçao à soluçao nutritiva, com o que<br />

ions alcalinos, de preferência de potâssio, penetrariam no interior das<br />

células (Processo 2).<br />

A pressâo osmótica do suco célular destarte aumentada provocaria<br />

uma maior entrada de âgua através dos poros menores da membsana<br />

(Processo 3) ; esta âgua tem que ser eliminada pelos póros maiores,<br />

com o que ela arrasta os ions de sódio maiores, de preferência aos<br />

de potâssio, menores (Processo 4).<br />

Portante ùnicamente os ions de potâssio podem-se acumular no<br />

interior da célula em substituiçâo aos ions hidrogênio, podendo diminuir-lhe,<br />

respectivamente neutralizar-lhe parcialmente a acidez. Dai<br />

um aumento de dissociaçâo de âcidos com anions incapazes de atravessar<br />

as membranas acarretaria simultâneamente o aumento do teôr<br />

de potâssio da célula viva.<br />

(') Segundo Jacques e Osterhout (2) as células da alga marinha Valonia macro-physa<br />

acumulam potâssio até 40 vêzes sua concentraçâo, na âgua do mar, enquanto que a concentraçâo<br />

de sódio, câlcio e sulfato é consideràvelmente superior no meio exterior do que<br />

no sucro celular.<br />

( 2 ) Hoagland e Davies (3), baseados em seus trabalhos de longos anos sobre transporte<br />

de ions, chegam a seguinte conclusâo : "Mass action relations, Donnan effects protein<br />

isoelectric points, may all be, and probably are, of most importance of the functionating<br />

of the cell, and yet fall far short of explaining the final distribution of ions".


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 491<br />

Pode-se aumentar nas células vivas a dissociaçâo de âcidos com<br />

anions incapazes de atravessar as paredes, obrigando-os a formar,<br />

em reçâo enzimâtica, ésteres do âcido fosfórico fortemente dissociados<br />

a partir do ââcido fosfórico inorgânico, pouco dissociado, e de substância<br />

orgânica.<br />

Nas experiências que seguem pretende-se investigar se paralelamente<br />

a semelhante aumento da concntraçâô m ésteres fosforicos<br />

ocorre de fato um aumento de conteüdo em potâssio das células} i, e.,<br />

verificar se o mecanismo metabólico se desenrola de fato nas células<br />

vivas como acima exposto.<br />

Primeiro sera descrita ràpidamente a formaçâo enzimâtica dos<br />

ésteres fosforicos nas células vivas: o âcido fosfórico se encontra esterificado<br />

nas células vivas nâo sómente com hidróxilos alcoólicos (I),<br />

mas também com hidróxilos da forma hidratada de aldeidos (II) e cetonas<br />

(III), assim como dos ââcidos carboxilicos (IV). Estes Ultimos<br />

ésteres podem ser considerados anidridos mixtos dos âcidos carboxilicos<br />

com o âcido fosfórico. Se neles os âtomos de oxigênio carboxilico<br />

sâo substituidos por grupos-imino (=NH), hâ formaçâo de ésteres<br />

do tipo do âcido creatinino-fosfórico (V).<br />

Igualmente se dâ a formaçâo de anidrido quando o resto fosfórico<br />

de um ester se combina com uma molécula de âcido fosfórico, com<br />

eliminaçâo da âgua (VI), e o grupo pirofosfórico assim formado reage<br />

com mais uma molécula de âcido fosfórico com nova formaçâo de<br />

anidrido (VII).<br />

Os ésteres alcoilo-fosfóricos (I) nâo possuem ßubstituintes negativos<br />

no alcoilo que possam exercer açâo repelente sobre o resto fosfórico.<br />

Quando se formam ou desdobram entram em jôgo, por isso,<br />

apenas pequenas quantidades de energia. Os ésteres fosforicos de aldeidos,<br />

cetonas, âcidos carboxilicos e creatina, porém, assim como os<br />

âcidos di- e tri-fosfórico ,11 a VII) possuem no âtâomo carbono portador<br />

do resto fosfórico substituintes ( -OH=O, =NH).<br />

Estes exercem açâo repelente sobre o resto do âcido fosfórico, o<br />

que implica em maior consumo de energia para a formaçâo desses<br />

ésteres.Na célula viva essa energia provém da respiraçao ou (em plantas<br />

verdes) da fotossintese, e pode ser conduzida ao local da formaçâo<br />

dos "ésteres fosforicos ricos e menergia" por meio de mecanismos especiais<br />

de transporte energético, através das cadeias amidicas das proteinas,<br />

(4, 5).<br />

Por açâo enzimâtica podem esses ésteres fosforicos, ricos em energia,<br />

liberar energia e o resto fosfórico, o que permite coinsiderâ-los armazenadores<br />

de energia da célula viya.<br />

De acôrdo com trabalhos bioquimicos mais récentes (6-8) os ésteres<br />

fosforicos ricos em energia nâo funcionam apenas como armazenadores<br />

de energia, mass representam os produtos intermediârios<br />

através dos quais se realiza todo o conjunto de sinteses e dgradaçâo<br />

fermentativas nas células vivas; o que ainda nâo se sabe com plena<br />

certeza é se sâo os mesmos fermentos que entram em açâo em cada<br />

fase, tanto na sintese quanto na degradaçâo (9, 10).<br />

A velocidade da formaçâo dos ésteres fosforicos ricos em energia<br />

é por isso funçâo da intensidade de respiraçao, respectivamente fotossintética,<br />

ao passo que a velocidade de seu desdobramento dépende da<br />

rapidez da formaçâo fermentativa de produtós de degradaçâo ou<br />

sintese.<br />

No desenrolar simultâneo de ambas estas reaçôes com determinadas<br />

velöcidades estabelece-se na célula viva uma concentraçâo estacionâria<br />

de fosfatos ricos em energia, a quai dépende da intensidade<br />

da respiraçao ou de fotossintese, respectivamente desde que se ja cons-


GERAL<br />

Esquemo<br />

de<br />

formula<br />

Exemplo<br />

NOME<br />

R<br />

1<br />

Ester<br />

alcoil-<br />

• fosfórico<br />

CHiOHHO-P-OH<br />

\OH<br />

—CHOH<br />

1<br />

CHOH<br />

|<br />

< 3 CHOH<br />

1<br />

CHOH<br />

1 -<br />

—CH<br />

1<br />

CHJOPOÎH,<br />

Àcido glucose<br />

-6-fosfórico (Embden-Robinson,<br />

ester)<br />

II<br />

Compostos<br />

aldeido-<br />

-fosfóricos<br />

P.<br />

OH<br />

CH/ II O<br />

\OHHO-P-OH<br />

\OH<br />

—CHOPOSHÏ<br />

1<br />

CHOH<br />

1.<br />

C5<br />

CHOH<br />

CHOH<br />

1<br />

—CH<br />

•' 1 CHjOH<br />

Âcido glucose-<br />

-1 -fosfôrico<br />

(Cori-ester)<br />

R<br />

III<br />

Compostos<br />

celo-<br />

•fosfóricos<br />

| OH<br />

| \OH HO-P-OH<br />

R \OH<br />

C<br />

<<br />

H3<br />

OH<br />

COOH<br />

OPOIHÏ<br />

Âcido fosfo-<br />

-pirûvico<br />

p<br />

IV<br />

Compostos<br />

carboxil-<br />

• fosfóricos<br />

c//° so<br />

\ OHHO-P-OH<br />

\OH<br />

CHjOH<br />

1<br />

CHOH<br />

I//O<br />

C<br />

\ OPO,H,<br />

Âcido fosfo-<br />

-glicérico<br />

R<br />

V<br />

Compostos<br />

guanidin-<br />

-fosfäricos<br />

NH<br />

| NH<br />

\/H O<br />

N //<br />

\HHO-P-OH<br />

\OH<br />

COOH<br />

1<br />

N-CH3<br />

1<br />

C=NH<br />

1<br />

NHPO3Ha<br />

Âcido creatin-<br />

•fosfórico<br />

VI<br />

Âcido<br />

di-fosfórico<br />

orgânico<br />

^ OH<br />

R-O-P=O<br />

^OH<br />

HO-P=O<br />

~~-^OH<br />

(CoH.sOsN,)<br />

1 /OH<br />

-_O-P-C<br />

O<br />

/OH<br />

HO-P<br />

\ °<br />

Âcido odenosin-<br />

-difosfórico<br />

VII<br />

Acido<br />

tri-fosfôrico<br />

orgânico<br />

R-O-P=O<br />

\OH<br />

^-OH<br />

H0-P=O<br />

/OH<br />

HO-P=O<br />

~^OH<br />

i C,.HUQ,N.)<br />

/OH<br />

1 n<br />

O<br />

1<br />

HO-P=O.<br />

1<br />

Ó<br />

HO-P=O<br />

|<br />

HO<br />

Âcido adenosin»<br />

trifosfórico<br />

O<br />

o<br />

01<br />

§


ANAIS DA TERCEIRA EEUNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 493<br />

tante a velocidade de desdobramento. Na modificaçâo experimental da<br />

intensidade respiratória :<br />

1.° modificando a concentraçâo do substrato,<br />

2.° alterando a pressäo parcial do oxigênio,<br />

frizou-se em trabalhos bioquimicos récentes este paralelismo de intensidade<br />

respiratória e concentraçâo de ésteres fosfóricos ricos em<br />

energia, nas células vivas (11-13).<br />

Em plantas verdes observou-se da mesma forma, alteraçao equivalente<br />

da concentraçâo estacionâria de ésteres fosfóricos ricos em energia,<br />

pela modificaçâo da intensidade fotossintética por meio de diferentes<br />

intensidades de aclaramento.<br />

PARTE EXPERIMENTAL<br />

Repetiram-se as experiências descritas na literatura sobre a modificaçâo<br />

da intensidade respiratória de células de fermento, alterando<br />

a concentraçâo do substrato e a pressäo parcial de oxigênio, bem como<br />

as experiências sobre a modificaçâo da intensidade fotossinética por diferentes<br />

grâus de aclaramento. Em tôdas essas experiências mediramse<br />

também as concentraçôes de potâssio e sódio das soluçôes nutritivas<br />

que encerravam as células vivas.<br />

1.° — Modificaçâo da intensidade respiratória e do teôr de potâssio<br />

em células de fermento pela adiçâo de glucose.<br />

100 cc de uma suspensâo a 20 % de fermento fresco de päo foram<br />

colocados em frasco lavador. Passou-se uma corrente de ar isento de<br />

CO2, a 20°, através da suspensâo e de dois frascos lavadores com âgua<br />

de barita. As quantidades de gâs carbônico absorvidas pela âgua de<br />

barita foram determinadas por acidimetria, com âcido oxâlico, em intervalos,<br />

antes e depois da adiçâo de 300 mg de glucose. Simultâneamente<br />

foram retiradas com pipetas porçôes de 10,0 ce da suspensâo<br />

de fermento e imediatamente centrif ugadas. Na fase aquosa determùiaram-se<br />

as concentraçôes de potssio e sódio por fotometria de<br />

chama (empregando o filtro de intereferência), e a concentraçâo de<br />

glucose por iodometria (Tabela 1).<br />

TABELA 1<br />

Concentraçâo de potâssio, sódio e glucose e velocidade de desenvolvimento<br />

de gâs carbônico numa suspensâo de levêdo a 20 %, antes<br />

e depois da adiçâo de 0,3 % de glucose.<br />

0<br />

120<br />

240<br />

(*) 360<br />

370<br />

380<br />

390<br />

410<br />

430<br />

490<br />

550<br />

Min. mg % K mg % Na Glucose<br />

51<br />

57<br />

64<br />

70<br />

31<br />

23<br />

45<br />

61<br />

71<br />

86<br />

90<br />

1.7<br />

1,8<br />

1,8<br />

1,9<br />

1,6<br />

1,5<br />

1,7<br />

1,7<br />

1,9<br />

1,9<br />

h»<br />

(*) Adiçâo de 0,3 % glucose.<br />

0 000,27<br />

0,17<br />

0,10<br />

0,04<br />

0<br />

0 0<br />

0<br />

mg Coo formado, de dez<br />

em dez min., por 100 cc<br />

de suspensâo<br />

3,0<br />

3,0<br />

3,0<br />

2,9<br />

12,8<br />

13,8<br />

11,5<br />

4,0<br />

3,2<br />

3,0


494 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

A tabela demonstra:<br />

l.° — Enquanto existe glucose em soluçâo:<br />

a) a intensidade de respiraçâo das células de levêdo (mg CO2<br />

desenvolvidas cada 10 min.) é aumentada;<br />

b) a concentraçâo de potâssio da fase aquosa da suspensâo é<br />

diminuida (i.e., o conteüdo de potâssio das células de levêdo aumenta).<br />

2.° — Pelo acréscimo de glucose modifica-se a concentraçâo de sódio<br />

da fase aquosa da suspensâo, mas sômente de maneira insignificante,<br />

porém no mesmo sentido em que se modifica a concentraçâo<br />

de potâssio.<br />

2.° — Modificaçao da intensidade respiratória e do teôr de potâssio<br />

das células de levêdo por meio da alteraçâo da pressäo parcial do oxigênio.<br />

Passaram-se através de 100 ce de uma suspensâo aquosa de levêdo<br />

a 20 % primeiro uma corrente de ar isento de CO2, em seguida outra<br />

de nitrogênio isento de CO2 e de oxigênio, e finalmente mais outra de<br />

ar isento de CO2. Ao deixar a suspensâo de levêdo, atravessaram<br />

estes gazes dois frascos lavadores com âgua de barita.<br />

As quantidades de CO2 absorvidas pela âgua de barita foram dosadas<br />

acidimetricamente a dif eren tes intervalos, tendo-se re tir ado simultâneamente<br />

10 ce da suspensâo de levêdo, por meio de pipeta.<br />

Após imediata centrifugaçâo dosaram-se nas fases aquosas as concentraçôes<br />

de potâssio e sódio por meio de fotometria de chama (Tabela<br />

2).<br />

TABELA 2<br />

Concentraçâo de potââssio e sódio, e velocidade de desenvolvimento<br />

de gâs carbônico de uma suspensâo de levêdo a 20%, durante a<br />

passagem de ar, nitrogênio e novamente ar.<br />

Ar<br />

Nitrogênio<br />

Ar<br />

o<br />

i 10<br />

[ 60<br />

f 120<br />

1 130<br />

i 150<br />

| 180<br />

[ 240<br />

f 250<br />

1 260<br />


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> "<strong>SOLO</strong> 495<br />

b) aumentou a concentraçâo de potâssio na fase aquosa da suspensâo<br />

(i.e., diminuai o teôr em potâssio das células de levêdo).<br />

2.° — Pela passagem alternada de ar e nitrogênio a concentraçâo<br />

de sódio alterou-se sômente de modo insignificante, porém no mesmo<br />

sentido que a concentraçâo de potâssio.<br />

!<br />

3.° — Modificaçao da intensidade de fotossintesç e do teôr de potâssio<br />

de plantas verdes por meio de aclaramento e escurecimento.<br />

Cêrca de 12 g de lentilhas d'âgua (Lemna minor), foram conservadas<br />

durante algumas horas, antes da experiência, numa sala à luz<br />

do dia difusa. Fizeram-se dois ensaios espanhando-se na superficie<br />

(250 cm 2 ) de 100 ce de uma soluçâo de sais de potâssio e 'sódio com<br />

as concentraçôes da tabela 3.<br />

Um ensaio assim preparado foi<br />

a) exposto à luz solar, a 29°<br />

b) conservado no escuro, a 29°<br />

De hora em hora foi em ambos os ensaios reposta a âgua perdida<br />

por evaporaçâo (contrôle por pesagem). Depois das soluçôes agitadas<br />

tiram-se de cada uma, amostras de 10 ce, para determinar-lhes a concentraçâo<br />

de potâssio e de sódio por fotometria de chama (Tabela 3).<br />

TABELA 3<br />

Concentraçâo de potâssio e sódio em soluçâo nutritivas com lentilhas<br />

dâgua à luz do dia e no escuro.<br />

Lentilhas d'âgua iluminadas Lentilhas d'âgua no escuro<br />

Min.<br />

0<br />

60<br />

120<br />

180<br />

mg % K<br />

46<br />

30<br />

26<br />

23<br />

mg % Na<br />

4,5<br />

3,2<br />

3.2<br />

• 3,2<br />

A tabela demonstra que:<br />

Min.<br />

0<br />

60<br />

120<br />

180<br />

mg % K<br />

47<br />

59<br />

66<br />

69<br />

mg % Na<br />

4,5<br />

6,0<br />

6,1<br />

6,1<br />

1.° — À luz' diminue a concentraçâo de potâssio da fase aquosa<br />

(i.e., eleva-se o teôr de potâssio nas plantas verdes).<br />

2.° — No escuro aumenta a concentraçâo de potâssio da fase<br />

aquosa.<br />

3.° — As concentraçôes de sódio só se, modificam, no claro e no<br />

escuro, de maneira insignificante, porém no mesmo sentido que as<br />

concentraçôes de potâssio.<br />

DISCUSSÄO <strong>DO</strong>S RESULTA<strong>DO</strong>S<br />

De tôdas as experiências descritas ressalta portanto o fato de que<br />

existe nas células vivas um paralelismo entre o teôr de potâssio, a<br />

intensidade respiratória ou fotossintética ,respectivamente, e também<br />

a concentraçâo de ésteres fosfóricos ricos em energia de acôrdo com<br />

a exposiçâo dada na introduçâo. Deye admitir-se pois que o mesmo<br />

mecanismo metabólico dos ions alcalinos observados em experiências<br />

em modêlos como acima descrito se desenrola também em células<br />

vivas. Podem acumular-se por conseguinte, sômente maiores quantidades<br />

de ions de potâssio nas células vivas, em permuta contra ions


496 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

hidrogênio, e desta forma promover a neutralizaçâo de âcidos. Os<br />

ions ae sódio, por sua vez, só podem permanecer nas células vivas<br />

em pequenas quantidades em acôrdo com as experiências em modêlos,<br />

e portanto contribuir sômente de modo insignificante para a<br />

neutralizaçâo dos âcidos. Mais uma indicaçâo de que realmence o<br />

mecanismo metabólico descrito se passa nas células vivas pode-se<br />

tirar das exderiências com potâssio radio-ativo: HEVESY e NIELSEN (14)<br />

observaram continua permuta de potâssio intra e extra célular em<br />

células de levêdo que continham potâssio comum. e se encontravam<br />

em uma soluçâo de sal de potâssio radio-ativo. A mesma observaçâo<br />

foi feita com células de levêdo que continham potâssio râdio-ativo<br />

e se encontravam em uma soluçâo de sal de potâssio comum. E' verdade<br />

que o movimento molecular browniano e fenômenos fisicos gérais<br />

poderiam explicar semelhante permuta, mas o fato observado<br />

por HEVESY e NIELSEN de que a permuta de potâssio intra e extra<br />

célular se torna tanto mais intensa quanto mais viva é a respiraçâo<br />

e a fermentaçâo (provada pela adiçâo de açûcar), deye ser interpretado<br />

como indicio certo de que o mecanismo metabólico se realiza<br />

da forma supra-descrita, sendo sua força propulsora o aumento. da<br />

concentraçâo de ions hidrogênio nas células vivas, p. ex., pela respiraçâo.<br />

Os resultados de algumas experiências de fisiologia vegetal que<br />

até hoje nâo tiveram interpretaçâo satisfatória vêm em confirmaçâo<br />

da açâo neutralizadora do potâssio nas células vivas.<br />

Assim BROCK, DEUCKREY e HERKEN (15) verificaram a absorçâo simultânea<br />

de ions de potâssio com a formaçâo de âcidos orgânicos<br />

em tecido sobrevivente de glandulas salivares, (reconhecendo a formaçâo<br />

de âcidos pelo abaixamanto do coeficiente respiratório). A<br />

mesma simultaneidade de formaçâo de âcidos e absorçâo de potâssio<br />

constatou-se ainda, pelo mesmo método experimental (aparelho de<br />

Warburg), em Aspergillus niger e raizes destacadas de cevada (16).<br />

Também a queda de potencial Donnan em algas dos gêneros Nitella e<br />

Valonia em relaçâo à soluçâo nutritiva, após adiçâo de potâssio, mas<br />

nâo após adiçâo de sódio (17) confirma o descrito mecanismo metabólico<br />

em células vivas. A funçâo neutralizante de potâssio na<br />

célula viva evidencia-se também pelo fato de até hoje nâo terem<br />

sido encontrados compostos de potâssio com Valencias principals em<br />

células végétais e animais. Constatam-se sempre só ions de potâssio<br />

livres, passiveis de eluiçâo total simplesmente com âgua fria, após<br />

cessaçâo do processo vital, p. ex., da formaçâo de âcidos f 18). Èm<br />

acôrdo com este fenômeno esta também o fato de que realmente se<br />

encontram grandes quantidades de potâssio (19) em partes végétais<br />

suculentas, nas auais se nécessita de muito potâssio para a neutralizaçâo<br />

de suco célular.<br />

Hâ tempos existem indicios para o paralelismo ora verificado entre<br />

conteüdo em potâssio e intensidade respiratória, sem que se reconhecessem<br />

as causas do mesmo. Observou-se um enriquecimento em<br />

potâssio do tecido végétais sobrevivente proporcional à pressâo parcial<br />

do oxigênio, e com isto à intensidade respiratória (20).<br />

Além disso vem provàvelmente apoiar a existência deste paralelismo<br />

o conhecido fenômeno, de que o potâssio se acumula fortemente<br />

em partes de plantas com brande intensidade de crescimento<br />

(brotos) alto metabolismo interrnediârio, e portanto também com<br />

alta concentraçâo em ésteres fosfóricos ricos em energia, sendo<br />

retirado de partes mais velhas das plantas. Perturbaçôes deste paralelismo,<br />

por exemplo em conseaüência de falta de potâssio, devem<br />

manifestar-se, por conseguinte, principalmente em luçares com grande<br />

intensidade de crescimento. De fato alguns sintomas de carência de<br />

potâssio consistem no secar e enrolar das extremidades das folhas.


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 497<br />

Inversamente, deveria, com o abaixamento da concentraçâo de ésteres<br />

fosfóricos ricos em energia diminuir também o conteüdo em potâssio<br />

p. ex., em ocasiöes de atenuada intensidade de crescimento. Pode<br />

citar-se, neste sentido, a observaçâo, alias ainda discutida, de que<br />

plantas superiores eliminam potâssio para o solo após a floraçâo.<br />

As experiências acima descritas tornam provâvel esta possibilidade de<br />

transi erência de potâssio para o solo, pelo que a mesma deveria ser<br />

novamente investigada em plantas superiores. Esta observaçâo, talvez<br />

a primeira, deste paralelismo, entre a intensidade de fotossintese,<br />

a concentraçâo de ésteres fosfóricos ricos em energia, e o teôr<br />

de potâssio das plantas verdes, poderâ contribuir para esclarecer as<br />

relaçôes entre iluminaçâo e adubaçâo com potâssio, muitas vêzes asseveradas:<br />

Ela confirma as observaçôes (21), de que sômente uma<br />

adubaçâo com potâssio em culturas agricolas faculta o aproveitamento<br />

integral da luz na fotossintese. Por outro lado, ela nâo apoia<br />

a opiniâo de qu eo potâssio na planta possa compensar, até certo<br />

grau, a falta de luz solar na elaboraçâo de substância, uma hipótese,<br />

alias, jâ refutada.<br />

O fato conhecido em agricultura de que a adubaçâo corn potâssio<br />

aumenta a quantidade de açucar em beterraba, de amido em batatas<br />

e cereais, e de célulose nas plantas fibrosas, 'explica-se pelo<br />

paralelismo em estudo que existe entre teôr de potâssio e concentraçâo<br />

em ésteres fosfóricos ricos em energia, bem como pelo papel<br />

de produtos intermediaries que estes ésteres desempenham na sintese<br />

dos hidratos de carbono. As mesmas consideraçôes prevalecem para<br />

o incremento da rigidez dos colmos de cereais e da resistência e<br />

comprimento das fibras do algodâo que se verificam com adubaçâo<br />

potâssica suficiente, e que se devem à encrustaçâo mais intensa com<br />

célulose.<br />

PULVER e VERZAR (22) concluiram que o potâssio absorvido séria<br />

utilizado para a sintese do glicogênio nas células de levêdo e isto<br />

na razâo de urn ion de potâssio para quatro moléculas de glucose<br />

armazenada em forma de glicogênio. De modo semelhante, HELLRIEGEL<br />

jâ havia concluido das proporçôes de açucar e de potâssio na beterraba<br />

a necessidâde de um ion potâssio para a sintese de 3 moléculas<br />

de açucar.<br />

A observaçâo porém, que se tira da experiência acima descrita,<br />

que uma entrada de potâssio para as células de levêdo se dâ ùnicamente<br />

pelo aumento da pressâo parcial de oxigênio( por causa da<br />

elevaçâo da concentraçâo em ésteres fosfóricos ricos em energia)<br />

contradiz aquelas conclusôes e vem a favor de um paralelismo entre<br />

absorçâo de potâssio e intensidade respiratória.<br />

Os ésteres fosfóricos ricos em energia representam nâo sômente<br />

os produtos intermediaries de sintese de hidratos de carbono, mas<br />

também da formaçâo de fosfâtidos, nucleóticos e âcidos nuclicos, de<br />

maneira que o suprimento das plantas com potâssio poderâ ter também<br />

influência sobre a formaçâo destes componentes de protetnas.<br />

Havendo escassez de potâssio, é provâvel que naja também falta<br />

de fosfo-proteidos para a snuse das proteinas. vegecais Acumulamse<br />

desta maneira em estado livre e dissolvido os amino-âcidos isentos<br />

de fósforo eu ja sintese é provàvelmente menos influenciada pela<br />

falta de potâssio, dado como nâo podem ser ultizados na planta<br />

para a formaçâo de proteinas, fenômeno este conhecido e caractefistico<br />

de plantas que sofrem escassez de potâssio. A favor desta teoria<br />

sobre a importâneia dos ésteres fosfóricos ricos em energia para a<br />

sintese das proteinas vêm ainda os resultados de SCHEFFER (23).. Verificou<br />

este autor que se encontravam grandes quantidades de aminoââcidos<br />

dissolvidos no suco celular nâo sômente de plantas que sofrem<br />

escassez de potâssio, mas também de plantas que carecem de âcido


498 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIËNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

fosfórico, nas quais também nâo existem provàvelmente quantidades<br />

suficientes de ésteres fosfóricos ricos em energia. Além disso poderia<br />

explicar-se pelo paralelismo entre o teôr de potâssio e a concentraçâo<br />

de ésteres fosfóricos ricos em energia e o retardamento de maturaçâo<br />

das plantas que se observa em casos de carência de potâssio.<br />

Havendo insuficiência de potâssio, é a concentraçâo em ésteres fosfóricos<br />

ricos em energia sempre inferior à normal o que torna mais<br />

lenta a sintese, tan to de hiaratos de carbono quanto de proteinas.<br />

Em resumo, poder-se-ia formar a seguinte hipótese sobre o efeito<br />

de pocâssio (e, em menor escala, de âcido fosfórico) e do nitrogênio<br />

na formaçâo de hidratos de carbono e proteinas. Em virtude de um<br />

suprimento suficiente de potâssio, a concentraçâo estacionâria de ésteres<br />

fosfóricos ricos em energia é mantida elevada, sendo, por conseguinte,<br />

suficiente para a sintese em gérai, tanto de hidratos de carbono<br />

como de proteinas. Em câso de suprimento déficiente de potâssio,<br />

esta concentraçâo fica menor e havendo simultâneamente falta de<br />

nitrogênio, desviam-se os ésteres fosfóricos ricos em energia em maior<br />

escala para a sintese de hidrato de carbono; no caso de excesso de<br />

nitrogênio porém, para sintese de proteinas. O seguinte esquema<br />

poderâ ilustrar esta situaçâo.<br />

Ésteres fosfóricos em energia *<br />

(Concentraçâo dependente de suprimento em potâssio)<br />

Hidratos de carbono Proteinas.<br />

""' As observaçôes no campo confirmam o resultado das experiência?<br />

em modêlos e das experiências fisiológicas acima descritas, de que<br />

üma substituiçâo do potâssio pelo sódio como neutralizante nâo é<br />

possivel em escala considerâvel : mesmo plantas halófilas (beterrabas),<br />

quando submetidas a ensaios de adubaçâo visando o rendimento de<br />

colheita, revelaram quando muito um efeito de adiçâo, nunca porém,<br />

um efeito de substituiçâo duma adubaçâo sódica em relaçâo do suprimento<br />

de potâssio.<br />

E' interessante recordar neste particular os casos de forte lesâo de<br />

tecido animal (glandulas salivares, tübulos renais isolados), ünicos<br />

nos quais foi possivel substituir parcialmente o potâssio pelo sódio<br />

(15),o que pode atribuir-se talvêz à falta de eluiçâo de ions em<br />

conseqüência de pressâo de turgor reduzida ou anulada.<br />

O fenômeno de plantas diferentes, muitas vêzes bastante afins<br />

apresentarem em soluçôes nutritivas ou solos idênticos absorçâo dos<br />

ions de potâssio, sódio, câlcio e magnésio em proporçôes diferentes,<br />

talvês possa ser explicado pela diferente intensidade metabólica e<br />

portanto pela variaçâo da concentraçâo de ésteres fosfóricos ricos<br />

em energia bem como pela distribuiçâo desigual do tamanho dos<br />

góros em suas membranas celulares.<br />

COLLANDER (24) investigou cuidadosamente estas relaçôes. Confirmando<br />

a importância 0 jâ verificada do raio iônico no mecanismo<br />

metabólico descrito, demonstrou que os ions hidratados' de potâssio<br />

se portam de um modo. muito semehlante« aos dos ions hidratados de<br />

rubidio e césio, apenas pouco maiores, ao passq que os ions hidratados<br />

de sódio e de litio, consideràvelmente maiores, mostram comportamento<br />

inteiramente diverso na absorçâo pelas plantas.<br />

Pode-se imaginär que esta grande influência de raio dos ions sobre<br />

sua absorçâo pelas plantas possa até levar a uma separaçâo de isotopos<br />

no caso do potâssio, desde que tanto a entrada de ions, dévida<br />

a. forças eletrostâticas, quanto a simultânea eluiçâo, possam facultar


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 499<br />

separaçâo fortemente seletiva dos ions de acôrdo com o tamanho,<br />

e progressivas proporcionalmente ao tempo. Vârios estudos (25-28)<br />

do enriquecimento do isotopo leve, 39, do potâssio em relaçâo ao isotopo<br />

mais pesado 41, nas células vivas, apontam esta possibilidade.<br />

Uma verificaçâo da possibilidade de semelhante separaçâo de isotopos<br />

pelo mecanismo metabólico das células vivas acima descrito,<br />

deveria tentar-se em células de alta intensidade respiratória.<br />

A substituiçâo parcial de ions hidrogênio por ions de potâssio<br />

no suco célular nâo se restringe, porém, ao efeito de neutraiizaçâo.<br />

Explica também a turgescência em plantas supridas com quantidades<br />

suficientes de potâssio, em oposiçâo as plantas que carecem de potâssio<br />

e que tendem a murchar.<br />

Havendo ampla permutaçâo de ions hidrogênio pelos de potâssio<br />

e, por conseguinte, reaçâo suficientemente neutra, ocorre novamente<br />

formaçâo enzimâtica de âcidos (17), cujos ions hidrogênio, por sua<br />

vez, podem ser substituidos por ions de potâssio. O consequente aumento<br />

do teôr de potâssio nas células vivas provoca uma pressâo osmótica<br />

elevada do suco célular e por conseguinte forte poder de sucçâo<br />

em relaçâo a soluçâo nutritiva (solo) e pequena intensidade de transpiraçâo.<br />

Ambos os fatores agem no sentido de aumentar a pressâo<br />

de turgor.<br />

O paralelismo entre o teôr de potâssio e a concentraçâo de ésteres<br />

fosfóricos ricos em energia pode facilitar a compreensâo dos resultados<br />

de trabalhos sobre o metabolismo muscular (29-30) até hoje<br />

nâo bem interpretado.<br />

Na fase de descanso de müsculo — i.e., quando se formam os<br />

ésteres fosfóricos ricos em energia — é o potâssio absorvido do sôro<br />

e armazenado em grande escala, enquanto que o sódio é cedido<br />

ao sôro (talvês por eluiçâo, como acima descrito). Após a contraçâo<br />

do mûsculo, processo em que se desdobram os ésteres fosfóricos ricos<br />

em energia, transformando sua energia em trabalho mecânico, evadese<br />

o potâssio das fibras do müsculo, e sódio é absorvido do sôro devido<br />

à queda da pressâo osmótica. — Na falta de hormônios da cortex<br />

suprarrenal, indispensâveis para fosforilaçâo (31), fica diminuida<br />

tanto a formaçâo de ésteres fosfóricos ricos em energia (adinamia<br />

de mûsculo) quanto o acümulo de potâssio durante a contraçâo (32)<br />

Nas células dos nervös e do orgâo elétrico existe o mesmo paralelismo<br />

entre a formaçâo de ésteres fosfóricos ricos em energia e o acümulo<br />

de potâssio no estado de repouso, assim como do desdobramento dos<br />

ésteres e da eliminaçâo de potâssio durante a excitaçâo.<br />

RESUMO<br />

Conforme se relatou em comunicaçôes anteriores, encontrou-se em<br />

células artificais um mecanismo metabólico, de acôrdo com o quai<br />

entre todos os ions sômente os de potâssio se acumulam em quantidades<br />

maiores nas células, por conseguinte sômente a êles cabe uma<br />

significativa açâo neutralizadora de âcidos nas células vivas. Os estudos<br />

apresentados na presente comunicaçâo visam verificar se o<br />

mesmo mecanismo metabólico encontrado em experiências em modêlos<br />

também se realiza em células vivas.<br />

Serviu de base para estes estudos a observaçâo de que quando se<br />

altera a concentraçâo de ions de hidrogênio do suco célular, ocorre<br />

modificaçâo simultânea e correspondente do teôr de potâssio nas células<br />

vivas.<br />

Para tal fim as células vivas foram forçadas a modificar a concentraçâo<br />

dos ions hidrogênio de seu suco célular pela formaçâo e


500 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

degradaçâo de ésteres fosfóricos ricos em energia fortemente dissociados,<br />

alterando-se :<br />

a) a intensidade respiratória<br />

b) " " fotossintética.<br />

Verificou-se em tôdas as experiências realizadas que, aumentando-se<br />

a concentraçâo dos ions hidrogênio (formaçâo de ésteres fosfóricos<br />

ricos em energia) hâ absorçâo de ions de potâssio por parte<br />

das células vivas, ao passo que se y^rifica eliminaçâo daqueles ions<br />

por parte das células vivas quando se abaixa a consentraçâo de ions<br />

hidrogênio (degradaçâo de ésteres fosfóricos ricos em energia).<br />

Quanto aos ions de sódio, neste processo, sâo êles absorvidos e<br />

eliminados sômente em quantidades minüsculas. E' bem provâvel portanto,<br />

que o mecanismo metabólico encontrado em células artificiais<br />

também ocorra em células vivas. Por cönseguinte, sómente os ions<br />

de potâssio sâo capazes de desempenhar considerâvel açâo neutralizadora<br />

de âcidos nas células vivas.<br />

Discutiu-se o paralelismo dai resultante, entre o teôr de potâssio<br />

e a concentraçâo de ésteres fosfóricos ricos em energia visando especialmente<br />

a importância destes ésteres fosfóricos ricos em energia<br />

como produtos intermediârios de tôda a sintese material.<br />

ZUSAMMENFASSUNG<br />

In früheren Mitteilungen wurde an künstlichen Zellen ein Stoffwechsel-Mechanismus<br />

aufgefunden, nach welchem von allen Ionen<br />

nur die Kaliumionen in grösserer Menge in den Zellen angereichert<br />

werden, und daher allein ihnen eine w esen tliche Säure-neutralisierende<br />

Wirkung in den lebenden Zellen zukommt. In der vorliegenden<br />

Mittilung wurd geprüft, ob dieser in Modellversuchen gefundene<br />

Stoffwechsel-Mechanismus auch in lelenden Zellen vor sich geht.<br />

Als Kritikerium für diese Prüfung w ur( ie angesehen, dass bei einer<br />

Veränderung der Wasserstoffionenkonzentration des Zellsaftes der<br />

lebenden Zellen eine gleichzeitige und gleichsinnige Veränderung<br />

ihres Kaiimgehaltes auftritt. Hierzu wurden die lebenden Zellen.veranlasst,<br />

durch Bildung und Spaltung von stark dissoziierten energiereichen<br />

Phosphorsäureestern die Wasserstoffionenkonzentration ihres<br />

Zellsaftes zu verändern, indem a) die Atmungsintensität, b) die Protosyntheseintensität<br />

verändert wurde.<br />

Es wurde gefunden, dass in allen ausgeführten Versuchen bei einer<br />

Erhöhung der Wasserstoffionenkonzentration (Bildung von ener<br />

giereichen Phosphorsäureesterne) Kaliumionen von den lebenden Zellen<br />

aufgenommen und bei Erniedrigung der Wasserstoffionenkonzentration<br />

(Spaltung von energiereichen Phosphorsäureestern) Kaliumionen<br />

von den lebenden Zellen ausgeschieden werden. Die Natriumionen<br />

werden hierbei nur in sehr geringen Mengen abgenommen und ausgeschieden.<br />

Der an künstlichen Zellen aufgefundene Stoffwechsel-<br />

Mechanismus dürfte daher auch in lebenden Zellen vor sich gehen.<br />

Allein die Kaliumionen können infolgedessen eine wesentliche Säureneutralisierende<br />

Wirkung in den lebenden Zellen bewirken.<br />

Die hieraus sich ergebende Parallelität des Kaliumgehaltes und<br />

der Konzentration an energiereichen Phosphorsäureestern wurde<br />

besonders in Hinsicht auf die Bedeutung der energiereichen Phos-


ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> _ 501<br />

phorsäureester als Intermediärprodukte der gesamten Stoffsynthese<br />

diskutiert. ,<br />

SUMMARY<br />

As has been poited out in former communications, one observed,<br />

in artificial cells, a metabolic mechanism, according to which of all<br />

ions only the potassioum ions accumulate in tehe cells in major quantities,<br />

and therefore only these have a significant acid-neutraiizing<br />

action in living cells. The work presented in this paper was done<br />

in order to ascertain whether the same metabolic mechanism actually<br />

occurs in living cells.<br />

The studies were based upon the observation that, when the<br />

hidrogen ion concentration of the cell sap is modified, there occurs<br />

a simultaneous and corresponding modification of the potassium content,<br />

in the living cells. To this purpose were the living cells induced<br />

to modify hidrogen ion concentration of their sap through the<br />

formation and degradation of strangly dissociated enery-rich esteres<br />

of phosphoric acid, altering:<br />

a) the respiratory intensity<br />

b) the intensity of photosynthesis.<br />

It was found in all the experiments that, with an increase of<br />

the hidrogen ion concentration (formation of energy-rich prosphoric<br />

acid esters) there occurs absorption of potassium ions by the living<br />

cells, whereas the same ions are eliminatd by the celis with decreasing<br />

hidrogen ion concentration (degradation of energy-rich<br />

In this process, sodium ions ions are absorbed and eliminated only<br />

in very small quantities. It is therefore probable for the metabolic<br />

mechanism observed in artificial cells, to occur in living cells as well.<br />

Consequently, onlk the potassium ions are capable of exerting a<br />

considerable acid-neutralizing action in the living cells.<br />

The resulting paralelism, between potassium consent and concentration<br />

of nergy-rich phosphoric acid esters, was discussed, having<br />

in view especially the sisrni f i^sr^e of these esters as intermediary<br />

productes of all material synthesis.<br />

BIBLIOGjRAIFA<br />

1. W. RATHJE, Z. Pflanzenern.. Drier. Bdke. no prelo.<br />

2. A. G. JAQUES e W. J. V. OSTERHOUT, Journ. pen. Physiol. 15, 537 (1932).<br />

3. D. R. HOAGLAND e A. R. DAVIS, Journ. gen. Physiol, 6, 47 (1923) 10 121<br />

4. K. WIRTZ, Z. Naturforsch. 2b, 94 (1947)<br />

5. W. SCHMITT e R. PURRMANN, Z. Naturforch. 3b, 411, (1948) !<br />

6. S. RÜBEN, Journ. amer. ehem. Soc. 65, 279 (1943) .<br />

7. R. L. EMERSON, J. F. STAUFFER e W. W. UMBREIT, Am. Journ. Bot. 31, 107<br />

(1944).<br />

8. F. LIPMANN e L. C. TUTTLE, Jour. Biol. Chem. 158, 505, (1945).<br />

9. M. CALVIN e A. A. BENSON, Science, New York 107, 476, (1946) .<br />

10. W. STEPKA, A. A. BENSON e M. CALVIN, Science, New York 108, 304, (1947)<br />

11. A.H. BROWN, Plant Physiol, 32, 321 (1948)<br />

12. A. H. BROWN, E. W. FAGER e H. GRAFFRON, Arch. Biochem. 19, 407, (1948)<br />

13. E. J. RABINOWITSCH, Photosynthesis I, New York 1945.<br />

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20. F. C. STEWARD, Ann. Bot. 50, 345 (1936) .


502 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

21. K. SCHMALFUSS, Das Kalium, Freising München 1936, pâg. 58-62.<br />

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23. F. SCHEFFER, Dissertation Göttingen.<br />

24. R. C*LLANDER, Plant Physiol, 16, 691, (1941) .<br />

25. K. HELLER e C. L. WAGNER, Zschr. Anorg. Allg. Chem. 200, 105 (1931) .<br />

26. A. LASNITZKI e A. BREWER, Cantzer Res. 2, 494 (1942).<br />

27. A. G. JAQUES, Journ„ gen. Physiol. 23, 74 (1940).<br />

28. W.O. FENN, W. F. BALE e L. J. MULLIUS, Journ. gen. Physiol. 25, 345 (1942).<br />

29. A. FLECKENSTEEN e H. HERTEL, Pfluegers Arch. 250, 577 (1948).<br />

30. A. HARDT e A. FLECKENSTEIN, Naunyn—Schmiedebergs Arch.207, 39 (1949).<br />

31. F. VERZEAR, Lehrb. d. inn. Sekretion, Liestal 1948, pâg. 240-263.<br />

32. F. VERZEAR e V. WENNER, Biochem. Jour. 42, 35, (1948) .


NOVO MÉTO<strong>DO</strong> DE ANÄLISE BIOLÓGICA PELO<br />

ARPERGILLUS NIGER<br />

CLOVIS SILVA FERNADES<br />

ESTEVAM STRAUSS<br />

Estaçâo Experimental do Curado. Instituto<br />

Agronômico do Nordeste. Recife, Pernambuco,<br />

Brasil.<br />

INTRODUCÄO<br />

O emprego do Aspergillus niger Van Tieghem na anâlise biológica<br />

do solo foi sugerido em 1909 por BUTKEWITSCH na Russia. (12)<br />

Em 1928 BENECKE e SÖDING usaram-no para determinaçôes qualitativas<br />

de fósforo no solo. NIKLAS em 1930 aperfeiçoou o método,<br />

adaptando-o à anâlise quantitativa. (1)<br />

Em 1932 MELICH modificou a técnica de NIKLAS para a anâlise do<br />

potâssio no solo, e em 1933 divulgou o método da Cunninghamella.<br />

Este método foi ainda apresentada ao 3.° Congresso Internacional de<br />

Ciência do Solo em 1935, por MELICH, TROUG e GRED. (2)<br />

Em 1936, NIKLAS e POSCHENRIEDER apresentaram um novo trabâlho<br />

sobre à determinaçâo do fósforo, do potâssio e do magnésio pelo<br />

Aspergillus niger. (1)<br />

Em 1938, MULDER aplicou o método de NIKLAS à determinaçâo<br />

do cobre e melhorou a técnica para a determinaçâo do magnésio.<br />

No método do Aspergillus para fósforo e potâssio, o teor do elemento<br />

a determinar, é dado em fundo do peso da colônia ou da anâlise<br />

quimica do micelino. No método de MULDER para cobre e magnésio,<br />

a riqueza do solo nestes elementos é dada em funçâo do grau de<br />

esporulaçâo da colônia.<br />

No método da Cunninghamella o teor do fósforo e do potâssio säo<br />

dados em funçâo do diâmetro da colônia.<br />

Em 1948, duranet o inicio dos nossos trabalhos, quando procuravamos<br />

estabelecer umâ cursa padrâo para o método de NIKLAS adaptado<br />

à raça de Aspergillus de que dispunhamos, verificamos que, no meio<br />

71 de SRED, (3) acrescido de cobre, zinco e manganês, o grau de esporulaçâo<br />

do Aspergillus 72 horas após a inoculaçâo, era funçâo do teor<br />

em P205 da soluçâo nutritiva.<br />

Visando estabelecer um método de determinaçâo do fósforo baseado<br />

no indice de esporulaçâo do Aspergillus, admitimos que fazendo-o<br />

crescer sobre um substrato branco e homogêneo, séria possivel<br />

medir a densidade da esporulaçâo por meio de urn fotometro de reflexâo.<br />

Após varias tentativas, conseguimos realizar o nosso piano, fazendo<br />

crescer o Aspergillus sobre discos de tecido de algodâo impregnado<br />

do estearato de aluminio. Em tais condiçôes, o disco flutua sobre a<br />

soluçâo nutritiva, o micélio se desenvolve no lado inferior, e a esporulaçâo<br />

se processa na face superior.


504 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

OBJETIVO<br />

O objetivo do nosso trabalho é apresentar os resultados iniciais<br />

das nossas experiências no sentido de desenvolver urn método biológico<br />

d eanâlise do solo baseado na correlaçâo entre o teor do substrato<br />

em fósforo e a intensidade da esporulaçâo, a quai pode ser medida<br />

f otometricamente.<br />

O método se aproxima do de MULDER para cobre e magnésio, com<br />

a vantagem de oferecer um melhor contraste entre o campo de crescimento<br />

e os esporos, o qual no método de MULDER é o próprio solo,<br />

e o nosso, um campo branco e homogêneo que permite através da mediçâ<br />

fotométrica, estabelecer a demonstraçâo matemâtica da correllaçâo.<br />

MATERIAL E MÉTO<strong>DO</strong>S<br />

Plaças de Pétri de 10 cm. de diâmetro por 2 cm de altura.<br />

Pipetas estereis de 1 ml.<br />

Pissetas adaptadas para injetar 20 e 25 ml. de cada vez.<br />

Soluçâo nutritiva:<br />

MgSO4.7H2O<br />

KC1<br />

FeSO4.7H2O<br />

NaNO3<br />

Sacarose<br />

ZnSO4.7H2O<br />

CUSO4.5H2O<br />

MnC12<br />

H2O<br />

0,500<br />

0,500<br />

0,010<br />

2,000<br />

30 000<br />

0,010<br />

0,001<br />

0,001<br />

1000<br />

Estufa para incubaçâo a 28° C.<br />

Estufa para esterilisaçâo a sêco.<br />

Erlenmayers de 200 ml. com 50 ml. de soluçâo de agar a 0,1 %.<br />

Culturas de Aspergillus com 6 a 30 dias em tubo de 1,5 cm. de<br />

diâmetro, sobre meio gelosado inclinado a 20°.<br />

Alça de platina.<br />

Discos de tecidos de algodäo impregnados com estearato de aluminio.<br />

Caracteristicas:<br />

Trama — 22 fios de 0,45 mm. de diâmetro/cm.<br />

Urdûme — 25 fios de 0,35 mm. de diâmetro/cm.<br />

Diâmetro — 9,9 cm.<br />

Côr — branca.<br />

Impregnaçâo :<br />

Após varias lavagens em soluçôes de soda quente e âcido cloridrico.<br />

o tecido foi passado algumas vezes em âgua distilada e fervido<br />

durante meia hora em acetato de aluminio a 1/1000 em àgua. Depois<br />

de escorrida âgua o tecido foi imerso em soluçâo de estearato de sódio,<br />

novamente passado em âgua e passado a ferro ainda ûmido. Em seguida<br />

foram cortados os discos.<br />

gggggggg-<br />

ml


Fotometro.<br />

ANAIS DA TERCEIEA REUNIÂO BEASILEIRA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 505<br />

O piano do fotometro como podemos ver na fig. 1, consta das seguintes<br />

partes:<br />

a) uma fonte de luz homogeneisada através de um condensador<br />

de lentes biconvexas<br />

b) Uma objetiva A, que projeta um feixe cônico de luz sobre a<br />

colônia a medir;<br />

v) Uma objetiva B, que transporta a imagem da colônia para a<br />

plaça de uma fotoceluia;<br />

d) Aparelho registrador.<br />

A realisaçâo prâtica do piano esta ilustrada na fig. 2, onde vemos<br />

a câmara para mediçôes, tendo na parte superior o aparelho de iluminaçâo<br />

e o compartimento onde esta encerrada a fotocélula, ligada<br />

ao circuito para sódio de um fotômetro de chama da Perkin Elmer<br />

Corp..<br />

MÉTO<strong>DO</strong>S<br />

Determinaçâo da curva de esporulaçâo do Aspergillus niger em<br />

funçâo do teor em P2O5 do meio nutritivo.<br />

Colocar 28 discos impermeabilisados em 28 plaças de Pétri e esterilisar<br />

por 1/2 hora a 160 oo C.<br />

Introduzir 20 ml. da soluçâo nutritiva em cada plaça e juntar<br />

fosfato monocalcico de 0,1 a 2,8 mg. por plaça em duplicata, ou seja,<br />

1 a 14 mg. por 100 ml. de soluçâo. Deivar duas plaças sem P2O5.<br />

Tomar um Erlenmayer com 50 ml. de soluçâo d eagar e verter<br />

5 ml. em um tubo de cultura. Desprender os esporos com a alça de<br />

platina, agitar e colocar a suspensâo no agar restante do Erlenmayer.<br />

Agitar e introduzir 1 ml. em cada plaça.<br />

Incubar a 28°C.<br />

RESULTA<strong>DO</strong>S<br />

Aferido o zero do fotômetro para a plaça sem P2O5 e o cem para<br />

uma colônia de desenvqlvimento mâximo, passamos a medir a densidade<br />

dos esporos, cujos resultados damos a seguir:<br />

miDhetaoi 1234 12345 1234 1234 12345 ETAO 7890$ 12345 123456 78,7<br />

Mg. P2O5/100 ml.<br />

de soluçâo<br />

0 1<br />

2<br />

4<br />

6<br />

8<br />

10<br />

12<br />

14<br />

Registre de a<br />

Média de 2 ] leituras.<br />

0<br />

4,75<br />

25,00<br />

64.00<br />

81,00<br />

88,50<br />

94,50<br />

98,50<br />

100,00<br />

Aplicando a formula de Mitscherlich modificada por BRAY (4),<br />

temos: log (A — y) = logA — Cib3.<br />

"A" no nosso caso tem o valor de 100. (Leitura maxima do fotôlog<br />

100<br />

metro). Fazendo = Z =<br />

log (100 — y)<br />

ogtivemos o coeficiente de correlaçâo r = 0,989, o que représenta uma<br />

notâvel concordância da observaçao com a equaçâo teorica.


506 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

O valor calculado de Ci (coeficiente de regressäo), foi de 0,154, e<br />

fazendo Z = a+0,154 b}<br />

obtivemos para "a' urn valor de 0,183.<br />

Substituindo os valores, a equaçâo da curva é:<br />

log (100-y)<br />

r = 0,989<br />

bi<br />

1<br />

2<br />

4 6<br />

8<br />

10<br />

12<br />

14<br />

= 2,183-0,154^<br />

y calculado<br />

-7,0<br />

25,0<br />

63,1<br />

81,8<br />

91,1<br />

95,6<br />

97,8<br />

98,9<br />

y observado<br />

4,75<br />

25,00<br />

64 00<br />

81,00<br />

22,50<br />

94,50<br />

98,50<br />

100,00<br />

O grâfico I nos dâ a curva de esporulaçao do Aspergillus em funçao<br />

do teor em P2O5 do meio nutritivo.<br />

A curva obtida corresponde à esporulaçao desenvolvida no espaço<br />

de 72 horas. Dentro de 10 dias a esporulaçao atinge um mâximo que<br />

corresponde a utilisaçâo total do fosforo contido no substrato. O registro<br />

fotométrico observado é o seguinte:<br />

mg. P2O5/100ml.<br />

de soluçâo nutritiva<br />

Acima de<br />

Ver Fig. 4.<br />

0<br />

0,5<br />

1,0<br />

2,0<br />

2,0<br />

CONCLUSÖES<br />

Absorçâo de luz<br />

0<br />

26<br />

63<br />

80<br />

100<br />

Na ausência do fosforo, quando todos os outros elementos indispensâveis<br />

ao desenvolvimento do Aspergillus niger estâo présentes, a<br />

esporulaçao passa a ser funçao do teor em fósforb adicionado ao meio<br />

nutritivo. Figs. 3 e 4.<br />

Com 72 horas após a inoculaçâo, é possivel estabelecer por meios<br />

fotométricos a curva de esporulaçao em funçao do teor em fósforo do<br />

meio nutritivo.<br />

O método permite apreciar visualmente o grau de riqueza em fosforo<br />

do substrato, dispensando a secagem e a pesage mdo método de<br />

NIKLAS .<br />

No método de NIKLAS, um aumento de peso do micelio nâo corresponde<br />

a um aumento proporcional de P2O5 nas cinzas. À medida<br />

que aumenta o peso do micelio, aumenta logicamente o peso das cinzas,<br />

baixando, porém, a percentagem de P2O5. (SMITH (5) ).<br />

Por meio da técnica apresentada em nosso método, nos foi possïvel<br />

analisar separadamente o teor em P2O5 do micelio propriamente<br />

dito e dos esporos. O micelio é retirado por raspagem da face inferior<br />

do disco e os esporos por arraste pelo alcool. Deste modo logramos<br />

verificar que os esporos sâo 3,5 vezes mais ricos em P2O5 que o mi-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 507<br />

celio, de onde podemos concluir que a correlaçâo entre o fósforo do<br />

meio nutritivo e a esporulaçâo deve ser muito mais estreita que entre<br />

o fósforo e o peso total da colônia.<br />

Como podemos observar no grâfico da esporulaçâo do Aspergillus,<br />

a curva nâo passa pela origem, indicando a necessidade de um minimo<br />

diferente de zero no teor e mfósforo do meio, para que se inicie a<br />

frutificaçâo. A curva portante deve afastar-se da equaçâo para valores<br />

muito baixos de bi, apresentando uma inflevâo como se pode verificar.<br />

Grâfico I.<br />

Como observaçâo adicional, damos a seguir os resultados obtidos<br />

das mediçôesfotométricas das colônias com 5 e 6 dias após a inoculaçâo,<br />

ao lado da colheita relativa obtida nas parcelas sem fósforo, dos<br />

expérimentes de adubaçâo de cana de apucar da Secçâo de Quimica<br />

da Estaçâo Experimental do Curado.<br />

MÉTO<strong>DO</strong><br />

Colocar 5 centimetros cübicos de terra em uma plaça d CPETRI<br />

e cobrir com um disco impermeabilisado. Esterilisar a 160°C. por meia<br />

hora. Juntar 25 ml. d omeio nutritivo a cada plaça, inocular e inbucar<br />

a 28°.<br />

As leiturah de absorçâo de luz foram iniciadas no 4.° dia após a<br />

inoculaçao, e repetidas no 5.° e 6.° dias. Para fins de anâlise estatistica,<br />

foram aproveitadas as leituras referentes ao 5.° e 6.° dias. Ver QUA-<br />

DRO I.<br />

Nos grâficos II e III podemos observar a distribuiçâo dos resultados<br />

obtidos pelo teste de esporulaçâo do Aspergillus, de cuja anâlise<br />

estatistica foram obtidos os seguintes coeficientes de correlaçâo:<br />

Para o 5.° dia — r == 0,467<br />

Para o 6.° dia — r = 0,415<br />

Altamente significativo.<br />

Deve-se notar que a dispersâo dos resultados pod eser atribuida<br />

principalmente ao erro experimetntal com referência aos dados dos<br />

expérimentes e a tôda a série de condiçôes ecológicas e culturais variâveis,<br />

que, além do teor em fósforo do solo, podem afetar acentuadamente<br />

o efeito da adubaçâo.<br />

Os resultados revelam uma segurança relativamente alta no caso<br />

de solos ricos em fósforo. O teste baixo nem sempre corresponde a um<br />

solo pobre.<br />

É provâvel que, para uma perfeita aplicaçâo do método à anâlise<br />

do solo, se torne necessârio adicionar âcido humico e citrato de câlcio<br />

ao meio nutritivo, a fim de evitar possveis variaçôes decorrentes da<br />

interferência de camhbonato de câlcio e do humus do solo. (SMITH-<br />

GERETSKN (6)).<br />

Para melhor apreciaçâo do valor do método da esporulaçâo na<br />

anâlise do fósforo do solo, é do nosso piano confrontâ-lo cmo os de<br />

MITSCHEKLICH, NEXJBAUEE, e STEPHESON e SHUSTEE.<br />

Para fins prâticos torna-se dispensâvel ó fotômetro, e os resultados<br />

podem ser dados por comparaçâo com placas-padrâo ou fotografias<br />

de cultura sobre solos considerados muito ricos, ricos, médios, pobres<br />

e muito pobres.


508<br />

ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE <strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

SUMÄRIO<br />

No presente trabalho os autores estudam a correlaçâo entre a esporulaçâo<br />

do Aspergillus niger VAN TIEGHEM, e o teor em fósforo do<br />

meio nutritivo.<br />

O grau de esporulaçâo das colônias é medido por meio de um fotômetro<br />

de reflexâo idealisado pelo sautores, e se funda no contraste<br />

oferecido pela esporulaçâo sobre urn disco de tecido branco refratârio<br />

à âguga que flutua sobre a soluçâo nutritiva.<br />

Com a aplicaçâo dos dados obtidos à mórmula de MTTSCHEKIJCH<br />

modificada por BRAY, foi obtido um coeficiente de correlaçâo 2 == 0,989,<br />

o que représenta uma notâvel concordancia da observaçâo com a equaçâo<br />

teórica.<br />

O confronto do método da esporulaçâo com os resultados de 55<br />

experimentos de adubaçâo de cana de açucar revelou após a anâlise<br />

estatistica, um coeficiente de correlaçâo, m = 4,568.<br />

Q U A R D O I<br />

PERCENTAGEM DE COLHEITA DE 55 EXPERIMENTOS DE ADUBAÇÂO DA<br />

SECÇAO DE QUÎMICA DA ESTACÄO EXPERIMENTAL <strong>DO</strong> CURA<strong>DO</strong> E RE-<br />

GISTROS DA ABSORÇAO DE LUZ PELO ASPERGILLUS.<br />

Numéro do<br />

experiinento<br />

7<br />

9<br />

10<br />

12<br />

13<br />

20<br />

21<br />

23<br />

24<br />

25<br />

30<br />

31<br />

32<br />

33<br />

34<br />

35<br />

36<br />

39<br />

41<br />

44<br />

56<br />

57<br />

58<br />

59<br />

61<br />

62<br />

64<br />

65<br />

66<br />

67<br />

68<br />

69<br />

Colheita<br />

relativa<br />

80.5<br />

65.2<br />

84.2<br />

52.1<br />

80.0<br />

28.9<br />

65.0<br />

73.6<br />

90.1<br />

91.6<br />

72.9<br />

70.1<br />

80.8<br />

48.9<br />

69.9<br />

12.4<br />

37.8<br />

44.0<br />

61.0<br />

75.2<br />

45.7<br />

55.8<br />

84.7<br />

42.3<br />

63.1<br />

55.3<br />

28.2<br />

61.0<br />

58.2<br />

109.0<br />

84.3<br />

75.4<br />

Aspergillus.<br />

5° dia 6° dia<br />

15<br />

8<br />

40<br />

6<br />

10<br />

8<br />

6<br />

15<br />

50<br />

85<br />

0<br />

22<br />

10<br />

0<br />

8<br />

25<br />

10<br />

0<br />

8<br />

18<br />

0<br />

10<br />

60<br />

30<br />

0<br />

11<br />

40<br />

45<br />

13<br />

80<br />

84<br />

8<br />

-<br />

20<br />

10<br />

63<br />

10<br />

25<br />

30<br />

10<br />

20<br />

80<br />

95<br />

7<br />

40<br />

30<br />

28<br />

25<br />

50<br />

27<br />

5<br />

30<br />

60<br />

10<br />

15<br />

74<br />

45<br />

12<br />

20<br />

55<br />

60<br />

14<br />

89<br />

95<br />

25


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA ' <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 509<br />

Numero do<br />

expérimente<br />

70<br />

71<br />

72<br />

73<br />

77<br />

78<br />

79<br />

80<br />

81<br />

82<br />

83<br />

84<br />

85<br />

89<br />

91<br />

92<br />

103<br />

105<br />

106<br />

114<br />

116<br />

117<br />

118<br />

Colheita<br />

relativa<br />

29.6<br />

42.9<br />

89.9<br />

51.3<br />

,74.3<br />

69.9<br />

70.0<br />

75.1<br />

84.7<br />

69.9<br />

48.5<br />

99.3<br />

95.6<br />

61.5<br />

35.4<br />

75.9<br />

22.9<br />

35.7<br />

35.0<br />

70.7<br />

76.2<br />

76.0<br />

34.4<br />

Aspergillus.<br />

5.° dia 6.° dia<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

1 — Diagnostics techniques for soils and crops. American Potash Institute. 1948.<br />

2 — MELICH A., FRED E.B., TRUOG E. — 1935 — The Cunninghamella plaque<br />

method of measuring available phosphorus in soil. Transactions of the<br />

Third International Congress of Soil Science. Oxford-England.<br />

3 — FRED E.B. — 1916 — A laboratory manual of soil bacteriology. W.B. Saunders<br />

Company.<br />

4 — BRAY R.H. — 1944 — Soil Plant Relation: I. The quantitative relation of<br />

exangeable potassium to crop yelds and to crop response to potash addi-.<br />

tions. Soil Sei. 58:305-324.<br />

5 — SMITH A.M. — 1935 — Some observations on the Aspergillus niger method.<br />

Transactios of the Third International Congress of Soil Science. Oxford-<br />

England. Vol. I.<br />

6 — SMiTH-Geretsen — 1935 — Idem. Vol. III.<br />

0<br />

5<br />

94<br />

10<br />

22<br />

0<br />

5<br />

16<br />

0<br />

15<br />

5<br />

75<br />

42<br />

0<br />

10<br />

0<br />

9<br />

25<br />

20<br />

0<br />

20<br />

5<br />

5<br />

26<br />

40<br />

100<br />

26<br />

28<br />

12<br />

25<br />

30<br />

29<br />

24<br />

30<br />

90<br />

60<br />

5<br />

24<br />

30<br />

25<br />

47<br />

45<br />

10<br />

40<br />

25<br />

10


510 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

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APAR.ELH 0<br />

FOTO METRO<br />

de REFLEXAO<br />

Fig. 2


ANAIS DA TERCEIRA REUN1ÂO BRASZLEIRA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 511<br />

Figura 3<br />

Esporulaçâo do Aspergillus em funçâo do teor em fósforo do meio nutritivo.<br />

Culturas oom 72 horas. Mg P205/100 ml soluçâo nutritiva.


512 ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

05<br />

Figura 4<br />

Eeporulagâo do Aspergillus em funçâo do teor em fósforo do meio nutritive<br />

Culturas com 10 dias.<br />

Grâfico I


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 513<br />

Grâfico II<br />

Correlaçâo entre a percentagem de colheita e a esporulaçâo<br />

do Aspergxllus no 5.« dia após a inoculaçâo.<br />

Grâfico III<br />

Correlaçâo entre a percentagem de colheita e a<br />

esporulaçâo do Aspergil.vs no 6.» dia após<br />

a inoculaçâo.


DETERMINAÇAO <strong>DO</strong> FÓSFORO ASSIMILÂVEL EM <strong>SOLO</strong>S<br />

DE PERNAMBUCO<br />

ESTEVAM STRAUSS<br />

Estaçâo Experimental de Curado do Serviço<br />

Nacional de Pesquisas Agronômicas.<br />

Pernambuco.<br />

INTRODUÇAO<br />

A determinaçâo dos teôres ditos assimilâveis, com o f im de diagnosticar<br />

as deficiências do solo e, conseqüêntemente, indicar as präticas<br />

necessârias para corrigi-las afim de se obter o mâximo rendimento<br />

agricola, constitue a meta dos que se dedicam ao estudo dos<br />

problemas de fertilidade do solo.<br />

No presente trabalho, apresentamos os resultados alcançados<br />

até o momento no que se réfère à questao do fósforo nos solos da zona<br />

canavieira de Pernambuco.<br />

Dos experimentos de adubaçâo colhidos até a safra 1950-51 o<br />

fósforo tem se revelado o elemento limitante da produçâo em cêrca<br />

de 85 por cento dos casos.<br />

Partindo de solos, eu ja riqueza relativa em fósforo tornou-se evidente<br />

pelos resultados dos experimentos de adubaçâo, procuramos,<br />

no laboratório, o meio de chegarmos a resultados, quer por meios<br />

quimicos, quer biológicos, que fôssem concordantes com os obtidos no<br />

campo.<br />

Dos métodos biológicos, foi estudada a cultura de Aspergillus niger,<br />

o que é apresentado à parte, da Secçâo de Biologia.<br />

Dos métodos quimicos, foi estudada a influência de vârios solventes<br />

para extraçâo do fósforo assimilâvel.<br />

Os métodos a serem empregados na extraçâo e determinaçâo dos<br />

elementos assimilâveis, devem obedecer a certas exigêneias. Devem<br />

ser o tanto quanto possïvel râpidos, simples e econômicos, para que<br />

se ja possivel atender a um grande numero de anâlises por dia. baixando<br />

o custo das mesmas.<br />

MÉTO<strong>DO</strong>S DE EXTRAÇÂO<br />

Entre os solventes utilizados inicialmente, destacamos o Lacteto<br />

de câlcio e o âcido colridrico 0,05 normal, o primeiro constitue o método<br />

de EGNER e o segundo, o extrato utilizado na determinaçâo de<br />

bases permutâveis.<br />

Os teôres em P2O3 assimilâvel determinado por extraçâo com êsses<br />

solventes foram muito baixos e absolutamente discordantes dos resultados<br />

de campo, razâo porque foram abandonados.<br />

. Por ser um método expedito, tentamos a extraçâo pelo âcido<br />

cloridrico 0,5 normal, segçundo o método adotado pela Hawaiian Sugar<br />

Plantrs Association. Êsse método consiste em agitar o solo durah-r


516 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

te um minuto com o solvente (HC1 0.5 N), em seguida filtracäo, tomada<br />

de aliquota e determniaçâo colorimétrica do P2O5, após destruiçâo<br />

da matéria orgânica e insolubilizaçâo da silica.<br />

Os resultados obtidos com êsse método que denominamos<br />

H.S.P.A.: deram uma concodância razoâvel com os resultados de<br />

campo. Como haviam casos em que, apesar do solo apresentar um<br />

teôr baixo de P2O5, a reaçâo à adubaçâo fosfatada nâo foi o que era<br />

de se esperar, tentamos calcinar a amostra antes de procéder à extraçâo,<br />

seguindo uma sugestâo do Dr. WILHELM MOHR, com o fim de<br />

recuperar o fósforo orgânico.<br />

Fizemos a calcinaçâo em mufla elétrica a 500°C. Os resultados<br />

foram sensivelmente mais elevados que os obtidos pela extraçâo direta<br />

da amostra, entretanto, deixaram de apresentar qualquer correlaçâo<br />

com os ensaios de campo.<br />

Tendo em vista o trabalho de BUED e MUKFHY — The Use of Chemical<br />

Data in the Prognosis of Phosphate Deficiency in Soils (1939<br />

Hilgardia Vol. 12 n. 5), tentamos urn extraçâo em meio alcalino. Os<br />

autores citados determinaram o fósforo absorvido, extraindo-o com<br />

uma soluçâo de equilibrio de 1:5, durante 1 hora com soluçâo 0,IN de<br />

Na OH. Seguimos entretanto uma técnica diferente. Procuramos uma<br />

extraçâo mais enérgica, afim de recuperar também todo o fósforo orgânico.<br />

Substituimos o hidróxido de sódio pelo de potâssio e aumentamos<br />

a concentraçâo para 0,5 N, com o fi mde flocular a argua. A<br />

técnica foi a seguinte: Em balâo aferido de 50 ml, colocamos 5 g de<br />

amostra finamente pulverizada, tratando com cêrca de 30 ml de KOH<br />

00,5 N e conservando em banho-maria por 1 hora. Após resfriamento<br />

o volume foi completado com a mesma soluçâo, agitado e deixado<br />

em repouso âté o dia seguinte. O liquido sobrenadante foi centrifugado,<br />

pipetada uma aliquota de 1 ml em bêcher Pyrex de 50 ml, evaporado<br />

a sêco e em seguida tratado com âcido perclórico e nitrico para<br />

destruir a matéria orgânica, e H Cl para insolubilizar a silica, seguindo-se<br />

a determinaçâo colorimétrica do P2Or,.<br />

DISCUSSÄO <strong>DO</strong>S RESULTA<strong>DO</strong>S<br />

Na tabela I apresentamos os resultados das determinaçôes de<br />

P2O5 em amostras dos experimentos de adubaçâo de cana de açûcar,<br />

juntamente com os dados referentes ao aumento de produçâo em<br />

t/ha resultante de aplicaçâo de 120 kg/ha de P2O5 e as colheitas relativas<br />

das parcelas sem fósforo.<br />

Para mais detalhes sobre experimentos, ver o trabalho "Experimentos<br />

de Adubaçâo de Cana de Açûcar em Pernambuco", do autor.<br />

O fósforo total, o solûvel em KOHO. 5N e o extraido pelo<br />

H Cl 0.5N (H.S.P.A.) após calcinaçâo nâo deram correlaçôes significativas<br />

com o resultado dos experimentos de adubaçâo.<br />

Levando-se em conta que o fósforo extraido em meio fortemente<br />

alcalino abränge tanto o orgânico como o adsorvido, e também, que<br />

a liberaçâo do fósforo orgânico dépende, naturalmente, das condiçôes<br />

fisicas do solo, ou seja, em grande parte do teôr em argila, e que a liberaçâo<br />

do fósforo adsorvido dépende do grâu de saturaçâo do complexo<br />

adsorvente, que por sua vez é parte da fraçâo argila, lembramonos<br />

de tentar expressar os resultados nâo e mmiligramas de P2Or><br />

por 100 g de solo, mas em mg de P2O5 por grama de argila.<br />

Analisamos a correlaçâo dêsse valor, que denominamos de indice<br />

fósforo/argila ou P/A, com os da colheita relativa.<br />

Empregamos o método de BRAY — :Soil Plant Relations: The<br />

Quantitative Relation of Exchangeable Potassium to Crop Yields and<br />

to Crops Response to Potash Additions — Soil — Science, 1944<br />

58:305) para o câleulo de c, na equaçâo de MITSCHERLICH modificada.


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂC <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÉNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 517<br />

Paralelamente fizemos umà anâlise de correlaççâo, tendo chegado,<br />

para os resultados de 73 expérimentes, à expressâo:<br />

,Log,100-y) = Log 100 — 1.187 (indice P.A.)<br />

a anâlise de correlaçâo, fazendo<br />

Logo 100 = Z =• a + c (indice P. A)<br />

100-y<br />

obtivemos o coeficiente de correlaçâo r — 0,488 altamente significativo.<br />

Na figura. 1 acha-se representada a curva. Analizando isoladamente<br />

os resuJtados de 56 experimentos de encosta da zona sul, obtivemos<br />

uma correlaçâo altamente significativa (r = 0,548) entre os aumentos<br />

da prod.uçâo com fosfato e o inverso do indice, seja A/P. (vêr<br />

figura 2)<br />

Quanto ao f ósforo assimila vel pelo método H. S. P. A., a correlaçâo<br />

foi apenas significativa, com r = 0,332, inferior ao conseguido<br />

com o indice P/A.<br />

Na figura 3 représentant os resultados obtidos por êsse método,<br />

correlacionado com as colheitas relativas sem f ósforo. .<br />

Para os resultados abaixo de 2 mg de P2O5, que foram a maioria,<br />

tivemos uma média de colheita relativa de *<br />

64,38 ± 2,68 %<br />

Usando-se os valores Muito Baixo, Médio e Alto, com método<br />

original, parece dar indicaçôes boas e tem a vantagem de ser expedito.<br />

A grande variaçâo observada nos resultados pode ser em grande<br />

parte atribuida ao próprio experimento de adubaçâo, sujeito a inûmeras<br />

influências.<br />

CONCLUSÖES<br />

O fósforo extraido do solo com soluçao 0,5N de KOH, expresso<br />

em funçâo do teôr em argila do mesmo solo é estudado como indice<br />

de fósforo "assimilâvel para os solos da zona canavieira de Pernambucq.<br />

Os resultados obtidos por êsse método revelaram-se altamente<br />

significativos, quando correlacionados com a colheita relativa, sem<br />

fósforo, nos experimentos de adubaçâo, ou com os aumentos obtidos<br />

com a aplicaçâo de fosfato em solos de encstas da zona sul.<br />

O método H.S.P.A. para fósforo assimilâvel também apresentou<br />

resultados significativos com relaçâo aos dados dos experimentos de<br />

adubaçâo.<br />

Se bem que os resultados por êsse método dessem uma correlaçâo<br />

inferior à obtida corn o indice fósforo/argila, pela sua rapidez e<br />

economia, o método é indicado como primeiro teste, devendo ser aplicado<br />

o indice P/A nos casos de duvidà.<br />

Completados êsses indices com observaçâo de campo sobre a cultura,<br />

pode-se ter uma segurança relativamente bôa no diagnóstico de<br />

deficiência de fósforo no solo.<br />

SUMMARY<br />

In the present paper, two methods for the determination of available<br />

phosphorus in the sugar-cane growing soils of Pernambuco, are<br />

discussed.


518 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

The hawaiian Cane Planter's Association Rapid Chemical Method<br />

and the Phosphorus/clay index, developed by the author.<br />

This index represents the ratio between mg P2O5 extracted by hot<br />

0,5 N KOH solution, and the percentage of clay.<br />

The P/A index gave a better correlation with crop responses in<br />

sugar cane fertilizer experiments, than the H.S.P.A. — R.C.M.<br />

method, although the latter is easier and quicker. Both gave statist<br />

tically significant correlation with the experimental results.<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

BRAY, R.H. — Soil Plant Relation: I The Quantitative Relation of Exchangrable<br />

Potassium to Crops Yelds and to Crop Response to Potash Additions —<br />

Soil Science, 1944 — 58:3$5.<br />

HANCE, F.E. — Soil and Plant Material Analysis by Rapid Chemical Methods<br />

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BURD Y. S. and H.F. MTJNPHY — The Use of Chemical date en the of phosphat<br />

difficiency in soils Hilgardia, 1939 — 12:5<br />

STRAUSS, E. — Experimentes de Adubacâo na Zona Canavieira de Pernambuco<br />

— 1951.


ANAIS DA TERCEIRA REÜNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 519<br />

EXPTO.<br />

N.O<br />

7<br />

9<br />

10<br />

12<br />

13<br />

18<br />

20<br />

21<br />

23<br />

24<br />

25<br />

26<br />

28<br />

29<br />

30<br />

31<br />

32<br />

33<br />

34<br />

35<br />

36<br />

39<br />

41<br />

44<br />

46<br />

47<br />

48<br />

49<br />

50<br />

52<br />

53<br />

56 .<br />

57 k<br />

58<br />

59<br />

61<br />

62<br />

64<br />

65<br />

. 66<br />

67<br />

68<br />

69<br />

70<br />

71<br />

72<br />

73<br />

'77<br />

78<br />

79<br />

80<br />

81<br />

82<br />

83<br />

84<br />

85<br />

89<br />

91<br />

92<br />

94<br />

96<br />

99<br />

100<br />

102<br />

103<br />

105<br />

106<br />

107<br />

114<br />

115<br />

117<br />

118<br />

120<br />

121<br />

122<br />

123<br />

AUMENTOS<br />

C/<br />

P2<br />

t/ha<br />

14.6<br />

21.8<br />

14.4<br />

26.6<br />

21.0<br />

34.6<br />

38.6<br />

27.0<br />

16.2<br />

9.6<br />

8.1<br />

7.4<br />

— 4.5<br />

1.5<br />

14.0<br />

17.9<br />

11.2<br />

55.4<br />

20.1<br />

93.5<br />

33.5<br />

29.4<br />

27.8<br />

14.1<br />

14.4<br />

11.4 •<br />

0<br />

— 3.5<br />

8.2<br />

9.1<br />

6.4<br />

39.0<br />

25.4<br />

7.9<br />

37.5<br />

20.4<br />

19.4<br />

58.2<br />

17.9<br />

20.4<br />

— 1.7<br />

6.9<br />

14.3<br />

50.3<br />

33.6<br />

5.8<br />

29.9<br />

12.9<br />

24.3<br />

10.5<br />

14.9<br />

10.0<br />

17.3<br />

34.3<br />

0.6<br />

2.1<br />

18.8<br />

44.7<br />

9.5<br />

— 2.7<br />

0.7<br />

8.3<br />

2.9<br />

| 10.5<br />

| 51.2<br />

48.8<br />

56.7<br />

4.8<br />

18.1<br />

22.3<br />

16.7<br />

30.3<br />

16.7<br />

10.8<br />

8.6<br />

1 6.5<br />

COLHEITA<br />

RELATIVA<br />

SEM P<br />

%<br />

80.5<br />

65.2<br />

84.2<br />

52.1<br />

80.0<br />

40.2<br />

28.9<br />

65.0<br />

73.6<br />

90.1<br />

91.6<br />

83.3<br />

123.9<br />

97.8<br />

72.9<br />

70.1<br />

80.8<br />

48.9<br />

69.9<br />

12.4<br />

37.8<br />

44.0<br />

61.0 1<br />

75.2<br />

56.0<br />

54.4<br />

100.0<br />

108.5<br />

67.7<br />

76.6<br />

74.8<br />

45.7<br />

55.8<br />

84.1<br />

42.3<br />

63.1<br />

55.3<br />

28.2<br />

61.0<br />

58.2<br />

108.8<br />

84.3<br />

75.4<br />

29.6<br />

42.9<br />

89.9<br />

51.3<br />

74.3<br />

69.9<br />

70.0<br />

75.1<br />

84.7<br />

69.9<br />

48.5<br />

99.3<br />

95.6<br />

61.5<br />

35.4<br />

75.0<br />

102.4<br />

99.1<br />

86.6<br />

97.3<br />

83.9<br />

22.9<br />

" 35.7<br />

35.0<br />

88.4<br />

70.7<br />

81.4<br />

76.0<br />

34.4<br />

53.2<br />

77.7<br />

66.9<br />

92.9<br />

TABELA I<br />

P2O0<br />

TOTAL<br />

ng/100g<br />

74.11<br />

62.56<br />

91.43<br />

68.33<br />

107.80<br />

52.82<br />

91.43<br />

47.16<br />

25.98<br />

76.04<br />

60.63<br />

51.01<br />

51.01<br />

37.53<br />

66.41<br />

96.25<br />

46.20<br />

90.47<br />

28.87<br />

23.10<br />

75.07<br />

44.27<br />

58.71<br />

64.48<br />

53.90<br />

48.11<br />

76.03<br />

49.08<br />

231.00<br />

37.43 '<br />

156.88<br />

187.68<br />

124.16<br />

197.31<br />

135.71<br />

121.27<br />

79.88<br />

167.47<br />

205.97<br />

1<br />

87.58<br />

| 462.00<br />

P2O5<br />

KOH 0.5 N<br />

mg/100g<br />

18.48<br />

22.71<br />

26.56<br />

24.25<br />

18.86<br />

29.70<br />

19.25<br />

21.94<br />

42.30<br />

26.18<br />

46.20<br />

33.88<br />

11.43<br />

20.40<br />

34.65<br />

20.02<br />

19.80<br />

13.47<br />

16.55<br />

46.20<br />

33.88<br />

31.18<br />

29.45<br />

40.50<br />

16.42<br />

19.97<br />

22.13<br />

34.65<br />

16.74<br />

27.72<br />

23.87<br />

33.52<br />

19.25<br />

29.06<br />

31.95<br />

27.45<br />

27.33<br />

25.41<br />

87.75<br />

15.00<br />

50.82<br />

53.13<br />

34.65<br />

67.76<br />

39.27<br />

51.30<br />

30.80<br />

38.11<br />

42.75<br />

13.47<br />

15.78<br />

23.48<br />

43.50<br />

59.29<br />

64.68<br />

21.56<br />

25.65<br />

23.55<br />

25.49<br />

19.63<br />

38.50<br />

21.72<br />

10.78<br />

17.42<br />

25.41<br />

37.34<br />

21.56<br />

228.69<br />

P2O5<br />

HSPA<br />

mg/100g<br />

0.61<br />

1.02<br />

0.82<br />

0.32<br />

0.79<br />

0.79<br />

0.58<br />

0.58<br />

0.60<br />

1.65<br />

2.51<br />

0.67<br />

36.01<br />

4.87<br />

0.34<br />

0.93<br />

0.36<br />

0.76<br />

0.65<br />

0.74<br />

0.42<br />

0.32<br />

0.62<br />

0.50<br />

0.60<br />

1.10<br />

13.23<br />

2.50<br />

1.04<br />

0.92<br />

2.03<br />

0.55<br />

0.71<br />

0.59<br />

0.68<br />

0.60<br />

0.51<br />

0.66<br />

0.63<br />

0.54<br />

0.90<br />

6.63<br />

1.10<br />

1.16<br />

0.31<br />

5.40<br />

| 0.56<br />

i 0.36<br />

0.31<br />

0.31<br />

0.67<br />

0.69<br />

0.72<br />

0.38<br />

1.51<br />

0.57<br />

0.78<br />

0.98<br />

0.37<br />

0.86<br />

1.22<br />

0.93<br />

4.10<br />

1.52<br />

0.39<br />

0.66<br />

1.08<br />

0.77<br />

0.50<br />

0.76<br />

0.36<br />

0.39<br />

2.63<br />

. 0.67<br />

0.48<br />

50.71<br />

P2O5<br />

HSPA calc.<br />

mg/100g<br />

6.0<br />

3.2<br />

4.9<br />

1.9<br />

5.6<br />

9.0<br />

4.6<br />

5.4<br />

7.7<br />

9.5<br />

16.2<br />

24.5.<br />

4.7<br />

4.4<br />

2.9<br />

3.5<br />

6.2<br />

3.9<br />

3.4<br />

2.3<br />

4.5<br />

3.6<br />

!<br />

i 1 '<br />

INDICE<br />

P/A<br />

' 1.08<br />

0.68<br />

0.94<br />

0.76<br />

0.93<br />

0.92<br />

0.47<br />

0.76<br />

1.60<br />

1.61<br />

1.91<br />

0.96<br />

3.29<br />

3.06<br />

1.54<br />

0.59'<br />

1.00<br />

0.72<br />

1.52<br />

0.75<br />

0.81<br />

1.22<br />

0.82<br />

1.42<br />

0.80<br />

1.28<br />

1.42<br />

1.94<br />

1.56<br />

2.30<br />

1.77<br />

0.86<br />

0.67<br />

1.27<br />

0.56<br />

1.33<br />

0.94<br />

0.47<br />

1.19<br />

0.62<br />

1.19<br />

1.31<br />

1.28<br />

0.71<br />

0.69<br />

6.05<br />

0.71<br />

1.47<br />

1.49<br />

0.87<br />

2.55<br />

1.17<br />

1.94<br />

0.89<br />

2.63<br />

1.28<br />

0.63<br />

0.97<br />

0.-72<br />

1.37<br />

1.56<br />

1.76<br />

1.05<br />

0.79<br />

0.96<br />

0.97<br />

1.02<br />

1.47<br />

1.08<br />

0.93<br />

0.44<br />

0.79<br />

| 0.72<br />

1.57<br />

1 1.31<br />

1 3.57


520 ANAIS DA TEECEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

Is ® ®<br />

i<br />

- S


EM TORNO DA QUESTÄO <strong>DO</strong> "PERCLORATO<br />

NO TOMATEIRO"<br />

TUFI COURY<br />

Escola Superior de Agricultura "Luiz de<br />

Queiroz", da Universidade de Säo Paulo.<br />

Antes de mais nada, devo dizer que nâo pretendo estabelecer polêmica<br />

ao fazer a anâlise critica do presente trabalho, restringindo-me<br />

tâo sômente as falhas do ponto de vista cientifico, no dominio da<br />

quimica "agricola e da experimentaçâo e estatistica aplicadas à agricultura",<br />

matéria constante da 2. a Cadeira da Escola Superior de Agricultura<br />

"Luiz de Queiroz", da Universidade de Sâo Paulo, da quai me<br />

orgulho de ser Docente Livre e Assistente, sob a sâbia orientaçâo do<br />

meu preclaro mestre e amigo, Professor José de Mello Moraes, a quem<br />

devo o pouco que sou. Nestas condiçôes, este estudo crtico em sentido<br />

construtivo, feito sempre numa linguagem serena e imparcial<br />

e em elevado nivel, nâo visa defender interesses comerciais de firmas<br />

ou pessoas; sou de parecer que nâo deve haver melindres, ao se apontarem<br />

êrros ou falhas, mesmo porque, "o errar é humano", e, porisso,<br />

nâo se concebe, no campo da ciência, a persistência no êrro e a negativa<br />

da realidade das cousas; o verdadeiro pesquisador modificarâ<br />

os seus conceitos, se lhe apontarem as falhas. Em meu modo de<br />

pensar, a presente matéria deve ser discutiüa, criticada e dèfendida<br />

êm plenârio, num congresso cientifico como este, a bem da ciência<br />

agronômica e da agricultura nacional.<br />

Evidentemente, o trabalho em parte é aceitâvel, embora nâo esteja<br />

muito bem delineado, sendo as suas conclusôes algo precipitadas<br />

e confusas, nâo tanto quanto as afirmaçôes, porém, sim quanto aos<br />

numéros expressos, conforme se verificarâ a seguir. A bibliografia e<br />

citaçôes devem ser bem feitas e em ordern, embora pequenas. Boas<br />

as fotografias, grâficos, quadros, tabelas e explicaçôes. Vou discutir,<br />

por partes:<br />

1) Introduçâo, histórico e observaçôes nas plantaçôes comerciais.<br />

— Nada tenho que dizer sobre a matéria, parecendo tudo em<br />

ordern sintomatologia, causas, observaçôes, etc.<br />

2) Experiências efetuadas no Instituto Biológico:<br />

a) Jùlgo que o ensaio de vasos e campo feito no campo experimental<br />

e na estufa do Instituto Biológico, deveria também ser feito<br />

"in loco", em Pindamonhangaba, em terras e condiçôes climâticas,<br />

onde apareceram os referidos sintomas no tomateiro, afim de se verificarem,<br />

com as mesmas condiçôes primitivas, os efeitos tóxicos do per-<br />

Estudo critico do trabalho "Anomalias no desenvolvimento e na produçâo de tomateiros,<br />

causadas por nutriçâo inadequada". Vol. 19-1949 — art. 9 (pâgs. 117-148) — Arquivos<br />

da Agricultura Secretaria-da Agricultura do Estado-de Sâo-Paulo, de K. Silberschmidt<br />

e A. C. Andrade.<br />

Comunicaçâo feita à 3.» Reuniâo Bra3ileira de Ciência do Solo realizada em Recife<br />

de 17 a 29 de Julho de 1951.


524 ANAIS DA TERCEIRA REXJNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

clorato contido no a.c. (adubo comercial) empregado (pâg. 120), uma<br />

vez que o comportamento varia de solo para solo e com a regiâo. A<br />

repartiçâo dos fenômenos verificados era de se esperar melhor la que<br />

no Institute Biológico.<br />

ö) Hâ, à pâg. 120, a seguinte afirmativa: "Foi, naturalmente<br />

nossa maior preocupaçâo, ministrar os dois àdubos a serem comparados,<br />

nos mesmos moldes e nos mesmas quantidades". Os autores prepararam<br />

uma mistura de adubos a que denominaram a. r. (adubo<br />

reconstituido) teôriacemente semelhante ao a.c. que causou efeitos<br />

danosos ao tomateiro no Vale do Paraiba, na zona de Pindamonhangaba;<br />

porém, acreditando-se, embora, fosse essa a intençâo, a tabela<br />

6 publicada à pagina 136 prova extamente o contrario, isto é, o a. r.<br />

utilizado é muito mais rico (70 %) que o a.c. conforme demonstro a<br />

seguir:<br />

Adubo Reconstituido (a.r.) Adubo comercial (a.c.)<br />

N P205 % K20 N% P205 % K20<br />

Nitrico sol. Solûvel âgua Solûvel Nitrico Solüvel âgua Soluvel<br />

-J- citrate soluvel + citrato<br />

3,61 13,02 6,83 2,09 8,08 3,40<br />

Os numéros sâo assâz significativos, assim em relaçâoâ ao N (nitrogênio)<br />

o a.r. tem 3,61 % e o a.c. 2,09 % de N ou seja 1,52 % a mais;<br />

tomando o a.c. co mreferência, o a.r. é 74 % mais rico em N. Usando-se<br />

de igual critério, teremos, para o P205: 5,5 % (total) e 4,94<br />

(solüvel em âgua -f- citrato) % de P205- e mais ou seja 60 % mais rico<br />

nêsse elemento util; e quanto ao K20, mais que o dobro<br />

(6,83 — 3,40 = 3,43) ou seja 1003 % de superioridade do a.r. sobre<br />

o a.c. Em média, a riqueza do a.r. séria de 70 % mais. Ora, vê-se<br />

por aï, que o a.r. foi mal reconstituido, contrariando a assertiva<br />

retro-citada. Isto, infelizmente, é motivo quase suficiente para invalidar<br />

o trabalho e suas conclusôes, diminuindo de muito o seu mérite.<br />

Nâo é possivel, à luz da moderna experimentaçâo, tirar conclusôes,<br />

em matéria de produçâo, destas duas formulas tâo dispares.<br />

c) ótimo o piano de campo, em quadrado latino, com 6 repetiçôes;<br />

bom o numero de plantas por tratamento (pâgs. 120 e 121)<br />

d) Piano de trabalho — tratamentos empregados (pâg. 121)<br />

A — testemunha<br />

B — a.c. 60 grms. por cova<br />

C — a c 300 " " ' (5 vêzes mais)<br />

D — a.r. 60<br />

E — a.r. 300 » » » (5 vêzes mais)<br />

b — adubo padrâo (standard) — 30 grms. por cova<br />

Neste item hâ pontos dignos de serem apreciados, criticados em parte<br />

e louvados por outro lado:<br />

l. a A testemunha "A" deveria receber adubaçâo compléta, substituindo-se<br />

apenas o Salitre do Chile (que contem perclorato) por nitrato<br />

de sódio, adubo sintético, ou droga pura; assim, as diferenças<br />

entre A (testemunha) e os tratamentos B, C, D e E (a.c. e a.r.) seriam<br />

dévidas àquela impureza tóxica existente nos Ultimos. Por outro<br />

lado, é sabido que o tomateiro é planta exigente em princïpios nutritivos,<br />

sem os quais nâo hâ boa produçâo de frutos. Com uma testemunha<br />

assim adubada, séria dispensâvel o tratamento G, adubo pa-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

dräo ou "standard", empregado na dose de 30 grms, por cova (pâg.<br />

121) mistura comumente usada no Institute Biológico com resultados<br />

satisfatórios; no entanto, os atores alegam (pâg. 124) que, "segundo<br />

a nossa opiniâo, essa dose nâo era suficientemente elevada para poder<br />

agir na producäo das pencas mais apicais"; hâ uma incoerência nisso:<br />

se o adubo padrâo G deu resultados satisfatórios no Institute Biológico<br />

na dose referida, em ensaios anteriores, deveria, também, agir<br />

na producäo de tôdas as pencas. Pelas razôes expostas, tante A como<br />

G nâo devem e nâo podem ser comparado scom os demais tratamentos.<br />

Causa espécie, também, o fato de nâo ter sido feita uma adubaçâo<br />

orgânica, sabido que esta colanâcea agradece bastante tal aplicaçâo,<br />

que é prâtica corriqueira entre os plantadores de tomate de<br />

todo o Estado; é mister, em qualquer ensaio ou experiência de campo,<br />

evitar tôda a sorte de artificios geralmente usados em ensaios de vasos<br />

e outros, porém, é fora de dûvida, todavia, que se devem procurar<br />

igualar ao mâximo, nas experiências, tôdas as operaçôes praticadas na<br />

cultura comum, quer seja quanto à adubaçâo, quer quanto ao preparo<br />

de solo, sapinas, tratos culturais, colheita, pulverizaçôes, etc., de<br />

modo a se esperarem numa cultura futura, os resultados obtidos nos<br />

ensaios.<br />

2.°) as doses empregadas 60 a 300 grms. (pâg. 121) sâo duas, bem<br />

distintas de distanciadas, sendo a 2. a (C e E) 5 vêzes maior que a<br />

l. a (B e D). Julgo, outrossim, que a dose de 300 grms. por cova é um<br />

tanto exagerada (dose usada em plantas perenes, café e frutiferas),<br />

pois, normalmente, para o tomateiro, empregam-se, no mâximo,<br />

100-120 grms. de uma mistura de adubos minerais, além da adubaçâo<br />

orgânica constituida de estrume de curral, lixo, composto ou tortas<br />

oleaginosas. Em nossa Secçâo na Escola de Piracicaba temos utilizado,<br />

desde 1945, com bons resultados, a seguinte adubaçâo por cova:<br />

Minerai: (a) fundamental<br />

(b) em cobertura<br />

(25 dias após a<br />

transplan taçâo)<br />

525<br />

10 grms de serrana fosfato<br />

10 " " superfosfato a 20 %<br />

10 " " calcâreo<br />

15 " " cloreto de potâssio<br />

20 " " salitre do Chile<br />

2-0 bóraxcomercial<br />

A adubaçâo em cobertura é feita numa coroa, em volta do pé de<br />

tomate, num raio de 10 cms.<br />

Orgânica: — 100 grms. de torta de algodâo (leva 5-6 grms. de N)<br />

e 2 litros de estérco de curral bem curtido e peine-<br />

(30 dias rado<br />

antes do<br />

plantio)<br />

E' preciso considerar, ainda, que as 2 doses (60 e 300) se acham muito<br />

distanciadas entre si; o ideal séria fazer experimentaçâo com maior<br />

numero de doses (5) ou seja 3 a 4 doses em redor da dose usual aplicada<br />

pelos hosticultores (80-100 grms por cova) e nâo apenas duas tâo<br />

distanciadas entre si, sendo a 2. a cinco vêzes mais forte que a l. a . E'<br />

forçoso reconhecer, ademais, que a 2. a dose de 300 grms leva muito<br />

salitre, e, conseqüentemente, um excesso de perclorto, forçando uma<br />

açâo tóxica pronunciada, o qu nâo se evidenciaria tanto, em doses<br />

costumeiras empregadas pelos plantadores de tomate. E' de interesse,<br />

portanto, mesmo para se conhecer quai a dose realmente tóxica, nociva<br />

e prejudicial ä producäo de tomate em peso, qualidade, sabor e tamanho<br />

dos frutos, o emprêgo de maior n.° de doses (tratamentos) em


526 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÈNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

quantidades crescentes e pouco distanciadas. Qual o critério em que se<br />

baseiam os autores para usar 300 grms do a. c. por pé? E' esta a quantidade<br />

usada pelos hosticultores do Vale do Paraiba? Se o Instituto Biológico<br />

tem uma formula padrâo de 30 grms por cova e o emprega com<br />

sucesso nos seus ensaios com tomateiro, pergunto: "Por que usam os<br />

autores, nessa experiência, uma dose maciça de 300 grms; ou seja uma<br />

quantidade dez vezes maior que a preconizada pelo Instituto onde f azem<br />

as suas pesquisas"?<br />

3. a Muito interessante e louvâvel o processo de colheita dos frutos<br />

de penca por penca, observaçôes quanto à produçâo das primeiras<br />

pencas e das apicais posteriormente, abertura das flores, sintomatologia,<br />

etc. Quanto ao efeito na produçâo das pencas, as primeiras dos<br />

tratamentos a.c. (B e C) sofreram a açâo do perclorato, e menos perceptivel<br />

a partir da 3. a e o tratamento C sempre pior que o tratamento<br />

B, demonstrando o que jâ acima disse, isto é, que a dose é muito<br />

grande, (pâgs. 122-123 e 124) Por outro lado, as tabelas foram muito<br />

bem feitas, a capricho, com todos os dados essenciais. Também, o<br />

efeito da dose de 300 grms. (tratamento C) se fez notar no grande<br />

numero de frutos de tamanho reduzido (pitangas). Nâo obstante,<br />

discordo quanto as conclusôes da grande superioridade (bastante significativa)<br />

dos tratamentos D. e E. sobre B. e C. ou seja do a.r.<br />

sobre o a.c, porque, conforme ficou patenteado no item 2) letra b)<br />

o a.r. é consideràvelmente mais rico (70 a 80 %) que o a.c, donde o<br />

decrescimo de produçâo; se verdade é que pode ser devido ao maior<br />

teor em perclorato (7 vêzes mais, pâg. 141) nâo é menos certo que<br />

pode ser causado pelo menor teor em N-P-K do a.c. ou, ainda, pela<br />

associaçâo desses dois fatores (pâgs. 124 e 128 tabelas e grâficos).<br />

Vê-se ainda, que a dose fraca B do a.c. foi apenas ligeiramente inferior<br />

ao D do a.r. (também dose fraca) em relaçâo à produçâo total<br />

de tomates (grâfico 5 — pâg. 143) ; se desprezarmos, por inûteis no<br />

caso, conforme ficou demonstrado, d — l. a ,2. a e 3. a ) os tratamentos<br />

A (testemunha) C (adubo padrâo) e as doses fortes C (a.c. e E<br />

(a.r.) e compararmos apenas os tratamentos de doses fracas C (a.c.)<br />

e D (a.r.), este com 0,025 % de percloratos (em C104 e aquêle cpm<br />

0,17 % no total da mistura (pâg. 140-tabela 7), veremos que a diferença<br />

de produçâo é insignifiante. Também, se D (a.r. 60 srms) foi<br />

superior ao B (a.c.-60 grms) nas duas primeiras pencas, nâo menos<br />

certo é que este superou aquêle nas 3. a e 4. a de demais pencas, sendo<br />

insignif icante a diferença entre os to tais de produçâo B (156.540<br />

grms) e C (167,450 grms). Por outro lado jâ expuz que a dose de<br />

300 grms 2) d) é um tanto exagerada, levando, por outro lado, muito<br />

salitre. Nos empregamos 20 grms de salitre num total de 70 grms de<br />

adubo minerai, e o Instituto Agronômico do E. S. Paulo, na sua seçâo<br />

de Horticultura, emprega 25 grms de salitre numa mistura de 100-120<br />

grs. de adubo minerai.<br />

4. a O fato de o a.r. ser 70 % mais forte que o a.c. conforme demonstrei<br />

em 2) b) prejudica de forma a nâo admitir dû vidas nas<br />

conclusôes, donde nâo se saber ao certo se a superioridade manifestada<br />

em produçâo dos tratamentos D e E (a.r.) sobre B. e C (a.c.)<br />

é dévida ao menor teor em perclorato do a.r., se a maior riqueza em<br />

N-P-K do que o a.c, ou ainda, à influência de ambos associados (menos<br />

Cl04 e mais N-P-K). O que salta aos olhos é que os autores compararam<br />

tratamentos incomparâveis entre si.<br />

5. a ) E' indiscutïvel que o perclorato afetou a planta nas primeiras<br />

etapas, influindo na produçâo das 3 primeiras pencas (vêr grâ-


ANAIS DA TERCEIRA <strong>REUNIÄO</strong> ERASILEIRA DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 52T<br />

ficos), pôsto que no cômputo total pouca diferença houve, considerando-se,<br />

ainda, a jâ debatida questâo de o a.r. ser mais rico que o a.c.<br />

A sua influência também se fez sentir por favorecer o desenvolviniento<br />

vegetal em detrimento da produçâo. v.<br />

6. a Nâo foi dita quai a formula do a.c. (embora os autores tivessem<br />

conhecimento da mesma pela firma vendedora) ; porém, baseado<br />

no teor em N nitrico (tab. 6) e partindo-se do fato de que o Salitre do<br />

Chile contém 15,5 de N nessa forma, temos que:<br />

Ke no a.c. existem 2,09% de N nitrico (tab. 6)<br />

em 300 grms teremos 3 X 2,09 = 6,27 grms de N nitrico e, por<br />

tanto,<br />

se em 100 grms de Salitre existem 15,5 grms de N<br />

Salitre donde,<br />

x 6,27 (estarâo contidas em x grms de Salitre<br />

6,27 X 100<br />

x = = 40,4 grms de Salitre na mistura de<br />

15,5<br />

300 grms (trat. C) e em conseqüência no tratamentö B cinco vêzes<br />

menor ou seja 8,08 grms de Salitre. Na minha opiniâo, estas quantidades<br />

de Salitre do Chile nunca poderâo ter açâo tóxica (devido ao<br />

seu perclorato) visto que, desde 1944, a Secçâo faz énsaios com tomate,<br />

empregando a dose de 20 grms por pé, com teor de 0,5 a 1,2 %<br />

de percloratos, enquanto que o usado no Instiuto Biológico tem 0,57 %<br />

(pâg. 141) ;ora, 20 grms em 1,2 % säo tanto ou mais que 40 grms. a<br />

0,57. Agora, se se procéder ao câlculo do teor em Salitre partindo-se<br />

da % da impureza tóxica (percloratos) da mistura (tab. 7) ao invés<br />

de 40,4 e 0,08 acharemos 90 e 15 respectivamente; senâo, vejamos: —<br />

Na mistura, a, % de percloratos é de 0,17.<br />

No Salitre (segundo deduçâo dos autores) a % é de 0,57<br />

Seja A a quantidade de Salitre existente nas 300 grms de mistura<br />

e temos:<br />

1) 100:0,57: :A:x (x = 0,0057A = perclorato em grms no Salitre<br />

da mistura<br />

2) 100:0,17: :300:0,0057 A<br />

ou 0,0057 A x = 300 x ,17<br />

0,57 A = 51<br />

A ==.•<br />

51 90<br />

0,57<br />

De modo em que ficamos, existem 90 e 15 ou 40,4 e 8,008; alguém<br />

ou alguma cusa estâo errados: ou os autores, ou os resaltados analiticos<br />

das dosagens de N nitrico ou de perclorato. Isto é fora de qualquer<br />

düvida. Ainda mais, se admitirmos o 1.° câlculo como rigorosamente<br />

exato, (40,4 grms e 8,08 grmó de Salitre nas misturas a.c.)


528<br />

ANAIS DA TERCEIRA REXINIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

partindo da percentagem de N nitrico da tabela 6, vamos conscatar<br />

outra üiscrepäncia, assim: —<br />

Se 100 grms do a.c. tem 0,17% de percloratos<br />

300 x<br />

x = 0,51 grms de percloratos<br />

Agora, se 40,4 grms de Salitre têm 0,51 grms de perclorato<br />

100 teräo:<br />

y* = 1,26 % de percloratos no Salitre em desacôrdo<br />

com 0,57 achado pelos au tores.<br />

l. a ) Foram empregadas 25 grms (dose fraca) e 100 grms (dose<br />

forte dos a.c. e a.r. por vaso. — "Por que nâo usaram 60 e 300 grms,<br />

doses utilizadas no ensaio de campo? Por acaso nâo é, também, a despeito<br />

das condiçôes aritificais do meio cultural e mvasos que urn pé<br />

de tomate vai exaurir o ferdlizante ai colocado? Por outro lado, se a<br />

relaçâo 60/300 grms é 1/5 por que nos vasos usou 25/100 grms ou<br />

seja 1/4? Hâ flagrante incongruência em ambos pontos discutidos".<br />

2. a Comparaçâo (pag. 130 a a) entre a influência do adubo comercial<br />

(ace.) e de adubo reconstituido (a.r.): — a sintomatologia<br />

foi idêntica à constada no campo; subsistem os mesmos senôes verificados<br />

no ensaio de campo quanto à parte de produçâo nos casos,<br />

pois os adubos foram os mesmos, diferindo apenas nas doses.<br />

3. a ) Influência (pâg. 131 bb) do acréscimo de elementos essenciais<br />

ao a.c. no desenvolvimento dos tomateiros. — Mui to boa, esta<br />

parte, sem contestaçâo digna de nota.<br />

4. a ) Influência do acréscimo de perclorato de potâssio ao a.r.,<br />

no desenvolvimento dos tomateiros — Este ensaio veio demonstrar<br />

o que vârios pesquisadores no mundo inteiro comprovaram, islo é, que<br />

os percloratos de sódio e potâssio sâo substâncias tóxicas, como é o<br />

tiocianato de amônio do adubo sulfato de amônio, obtido como subproduto<br />

do gâs de iluminaçào, que contém aquela impureza e ainda<br />

alguns inseticidas e fungicidas arsenicais, etc.<br />

Foi observada uma produçâo nula de frutos nas 3 primeiras pencas<br />

e pequena nas demais, com uma produçâo total (tab. 5) 3,8 vêzes<br />

menor, com 1 % de KC104 adicionado à mistura (a.r.) quando comparado<br />

com a.r., sem adiçâo de droga; com 2 % de KC104 a produçâo<br />

foi 38 vêzes menor; quanto ao numero de frutos, o a.r., sem perclorato,<br />

deu 66, com 1 % de perclorato deu 24 (quase 3 vêzes menos), e<br />

com 2 % de perclorato de potâssio, apenas 5 frutos, ou 13 vêzes menos.<br />

Naturalmente, com3 % de percloratos, a produçâo total de tomates<br />

sera nula ou se desse umas 5 ou 10 gramas séria de umas "pitanguinhas".<br />

E' evidente, contudo, que os numéros 1 e 2 escolhidos, relativa<br />

as incorporaçôes de 1 e 2 % de KC104 sâo excessivos, dado que<br />

tais numéros, no salitre, fôssem tolerâveis; mas numa mistura onde<br />

o salitre é um dos componentes, suponhamos na 3. a parte, tais numéros<br />

se transformariam em 3 e 6 respectivamente, se contido, tal<br />

perclorato, no salitre em quantidades que, ao que parece, nâo existem<br />

nm no caliche donde se extrai o nitrato, nas minas do Chile, ou no<br />

próprio salitre concentrado antes de outros processus de purificaçâo.<br />

E' bem verdade que a intençâo dos autores foi verificar os sintomas<br />

fisiopatologicos devidos ao perclorato em grau mais intenso do aue o<br />

observado no ensaio de campo e na cultura em Pindamonhangaba;


ANAIS DA TERCEIRA REÜNIAO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 529<br />

porém, as quantidades escolhidas foram por demais elevadas, fugindo,<br />

as quan.idades normais de adubaçâo com salitre, visto que, para se<br />

obter o equivalente a 3 e 6 % (no salitre) de perciorato seria mister<br />

empregar 300 ou 600 grms de salitre por pé, tendo êste nitrato natural<br />

1 % de perciorato, doses essas naturalmente absurdas, exageradas<br />

e anti ecnnômicas, aconselhâveis só em pomares ou plantas arbôreas.<br />

EM CONCLUSÂO:<br />

1) sera possivel comparar o efeito de dois adubos a.c. e a.r. na<br />

produçâo total ou parcial de frutos do tomateiro, se as formulas e<br />

principalmente o teor em N-P-K- sâo radicalmente diferentes, com <<br />

evidente riqueza do a.r? Nâo, por certo.<br />

2) E' o 'perciorato tóxico ao tomateiro? Tudo evidencia que sim,<br />

que esta solanâcea é planta sensivel à açâo daquela substância; porém,<br />

em que percentagem ou quantidade? Dizem os autores que 0,57 % :<br />

de perciorato no salitre (pâg. 141) é realmente uma percentagem nociva<br />

a essa cultura. Sê-lo-â? Vamos discutir este ponto: 10 grms de<br />

salitre contêm 0,057 grms de KC104 e NaC104 (percloratos), 30 grms •<br />

de salitre contém 0,161 grms de percloratos e 100 grms contêm 0,57<br />

grms ou seja 10 vzêzes mais que a quantidade contida em 10 grms;<br />

ora, tcdas estas quantidades diferentes, em virtude de pesos diferentes<br />

representam, contudo, a mesma percentagem — 0,57 % — ea<br />

toxicidade nâo pode ser a mesma, tem que ser variâvel, visto os valores<br />

em grms de percloratos serem très distintos, donde temos 2 variâveis,<br />

(1 ) % de percloratos e (2) quantidades de adubo (variâvel<br />

com a planta) que nunca podem de per si constituir conclusâo o que<br />

pode ser conclusâo no caso é a quantidade em grms de perciorato tcxica<br />

ao motateiro e que sera entâo uma constante; vamos exemplificar:<br />

— suponhamos que 0,4 grms de percloratos sâo tóxicas: entâo,<br />

se tivermos um salitre contendo, digamos 0,8 % de percloratos, seriarn<br />

necessârias 50 grms do adubo para dar os 0,4 grms de açâo prejudir<br />

cial, ou, entâo, um de 0,4% — 100 grms ou 1,2 % — 25 grms, com<br />

variâveis de % e quantidade de adubo. Nestas condiçôes, o que se<br />

précisa saber é quai a quantidade em grms de percloratos tóxica por<br />

individuo, mortal ou tóxica nociva (influindo sobre o desenvolvimento<br />

vegetativo e_ produçâo ) e nâo a % tóxica que nunca pode ser determinada<br />

a nao ser em cada caso e dose particular, o que nâo intéressa.<br />

Ainda mais, se as partidas de salitre trazem percloratos em teor variâvel<br />

de 0.3 a 1,2 % e, per outro lado, se as doses de adubos empregadas<br />

pelos hosticultores é variâvel com o solo e o critério de cada plàntador,<br />

o que intéressa realmente é conhecer quai a quantidade em<br />

grms de percloratos prejudicial ao tomateiro. E' mister, portanto,<br />

calcular-se a quantidade em grms de percloratos nociva ao tomateiro,<br />

e, partindo-se do pressuposto, considerar que a dose maxima tolerada<br />

(suponho) por nossa legislaçâo é de 1 %; assim, é fâcil calcular<br />

a quantidade mâxima de salitre com que se pode adubar o tomateiro,<br />

pois se o N fôr insuficiente, ponha-se nitrato de câlcio ou de potâssio,<br />

ou a forma amoniacal também usada pelos americanos do Norte, ou,<br />

ainda, N orgânica, em forma de torta de algodâo, amendoim ou mamona;<br />

segundo nossas observçôes, de 1944 para câ a forma nitrica é a<br />

com que melhor se deu o tomateiro. De modo que, se, por exemplo, a<br />

dose de 0,5 grms de KC104 é tóxica e admitindo-se aue o adubo con-.:<br />

tenha 1 % de KC104 — 50 grms de salitre sâo a dose tóxica; assim.<br />

sendo, usem-se só 20 ou 25 grms por pé, sem perigo; e se mais N for \<br />

preciso, complete-se com outra forma minerai ou orgânica. Nâo se!<br />

devem recear efeitos futuros acumulativos, apesar de o KC104 ser


530 ANAIS DA TERCEIRA REÜNIÄO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

pouco solüvel, (a 20°C — l,80g e a 25°C — 2,08g, se dissolve em 150cc<br />

— soluçao saturada) se solubiliza e é arrastado pelas âguas das chuvas<br />

do ano, procedendo-se, dest'arte, ao arrastamento da parte näo<br />

absorvida (hipótese aceitävel).<br />

3) Dizem os au tores que é hipótese provâvel mas näo provada<br />

que o salitre (pâg. 141) é o ünico adubo que contém essa impureza<br />

tóxica. Acho que sim, também, porque, nos demais adubos importados<br />

e aqui fabricados, nao existe perclorato, nem traços, portanto,<br />

näo é só provâvel mas provada a hipótese. Dois outros adubos que<br />

näo hâ por aqui, que säo: (a) o Salitre de Bengala (KNO3) — nitrato<br />

de potâssio) de formaçâo geológica, segundo alguns autores, semelhante<br />

ao do Chile pode conter percloratos como impurezas; porém, no<br />

de Bengala hâ apenas ligeiros traços delas; (b) o Fosfato de Palmaes<br />

pode ser fabricado a partir do NaC103 (clorato de sódio) ou NaCE104<br />

(perclorato de sódio), ambos obitdos por processo electrolitico especial<br />

do NAC1 (cloreto de sódio) ; — pois bem, diante disso é de se esperar<br />

que o clarato ou perclorato de sódio. em peauena üronorcäo,<br />

acompanha o adubo fosfatado preparado. Os 2 adubos citados nâo<br />

säo yendidos no pais, mórmente o primeiro que é matéria prima na<br />

fabricaçâo de explosivos e pólvora.<br />

4) Perfeitamente de acôrdo em que a suscetibilidade de diferentes<br />

espécies végétais ao efeito dssa substância näo é a msma e que o<br />

tomate é sensivel à mesma.<br />

5) Idem, que o efeito deletério deve variar com o grau de acidez<br />

do solo (solos âcidos têm açâo dissolvente maior e assim solubilizam<br />

quase todo o KC104, que, uma vez absorvido, tem uma açâo tóxica<br />

pronta e elevada).<br />

6) os sintomas verificados nos ensaios säo idênticos aos observados<br />

no Vale do Paraiba, donde o KC104 é o causador, nâo na %<br />

refida, mas sim na quantidade do mesmo contido em grms, em virtude<br />

da elevada porçâo de salitre na mistura, provàvelmente.<br />

7) Os autores näo fizeram referenda à distância entre os pés e<br />

linhas do ensaio de campo, e isto é muito importante, porque, evidentemente,<br />

quanto maior fôr o espaçamento, tanto mais se dispersa<br />

a impureza no solo e consequente lavagem e menor efeito prejudicial.<br />

8) Na anâlise estatistica houve a preocupaçao dos autores de,<br />

nas comparaçôes, manterem C e B quase sempre juntos (ambos säo<br />

a.c.Q quando, na verdade, ambos se distanciam quanto aos resultados;<br />

ao que parece, B (dose maior näo foi prejudicial, enquanto C foi<br />

nocivo, embora seja uma dose muito grande (5 vêzes maior que B),<br />

conforme tive oportunidade de expôr antes.<br />

O autor vai apresentar em Roma, no II Congresso Mundial de<br />

Ädubos Quimicos, a ser realizado em Outubro p.f. uma tese sobre "Inflûência<br />

das impurezas tóxicas de adubos nitrogenados sobre o tomateiro<br />

(lycopersicon esculentum) — perclorato de potâssio do Salitre do<br />

Chile e tiocianato de amônio do sulfato de amônio oriundo do gâs de<br />

ilumiriaçâo, como subproduto. Trabalhou com b perclorato de potâssi<br />

em culturas de tomateiro no campo em terra tipo Catanduva, empregando<br />

uma adubaçâo minerai e orgânica jâ citada no texto dêste<br />

estudo critico, empregando NaN03 sintético, droga purissima, isenta<br />

de, çlpratos e percloratos de Na ou K; o KC104 empregado adicionalmentè<br />

ó foi em doses crescentes (7 tratamentos — 1 testemunha e<br />

6 : ' doses de perclorato de potâssio) de 50, 100, 200, 300, 400 e 800 miligràmos<br />

por pé. Se considerarmos a quantidade usual de Salitre em-


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂC <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 531<br />

pregada, ou seja 20 g por pé, teremos, respectivamente, 0,25 %, 0,5 %,<br />

1 %, I,5%,2%e4%de perclorato no Salitre empregado. Pois bem;<br />

nâo houve nenhum sintoma tóxico com decrescimo de produçâo nas<br />

cinco primeiras doses, isto é, até 2 %, enquanto que na ultima, e mais<br />

forte, de é % houve os sintomas tipicos jâ descritos por COARACY M.<br />

FRANCO, em 1949, na II Reuniâo Brasileira de Ciência de Solo, em<br />

Campinas, com um descrescimo na produçâo de 30 %, queda de flores<br />

e frutos pequenos. Também nessa mesma tese o autor cita trabalhos<br />

americanos que comprovam claramente que os nitratos, em grande<br />

parte, a açâo tóxica do clorato de scdio e, ipso fato, do perclorato, uma<br />

vez que este, no solo, pode sofrer reduçâo a clorato e mesmo a cloreto,<br />

em presença de redutores, mórmente em solos com bom teor m matéria<br />

orgânica, ou nâs baixadas d ambiente redutor (pouco àrejamento)<br />

como soe acontecer em algunmas culturas mal drenadas no Vale da<br />

Paraiba; ora se o nitrato inhibe ou atenua a açâo tóxica do clorato<br />

ou perclorato nos solos, nâo é crivel que na proporçâo baixa, citada<br />

por SILBERSCHMIDT e ANDRADA, haja tâo grande toxidez. Nâo nego que<br />

estas substâncias sejam tóxicas, porém, a partir de quanto é o que<br />

se deseja saber. Idêntico ensaio foi feito com outra impureza tóxica,<br />

o tiocianato _de amônio existente no sulfato de amônio oriundo do<br />

gâs de iluminaçao como subproduto, tanto em soluçâo nutritiva, como<br />

em canteiros e constatou-se um exagerado efeito tóxico em soluçâo<br />

nutritiva, matando o tomateiro, mesmo na dose de 0,5 % (83 miligramos<br />

por pé e 16,6 g de sulfato de amônio como adubaçâo nitrogenada<br />

em substituiçâo ao Salitre do Chile empregado noutro ensaio); no<br />

entanto, nas condiçôes de solos, nem mesmo a dose de 4 % teve efeitos<br />

tóxicos apreciâveis, determinando apenas um decréscimo na produçâo<br />

de 6,8 %. A explicaçâo mais plausivel para êsse fato é a de<br />

que o tiocianato de amônio é muito solûvel em âgua, e, em cultura<br />

irrigada, de tomate, é, na sua totalidade, lavada, mesmo porque, combinado<br />

com catiônios do solo nâo se précipita, o mesmo acontecendo<br />

com o ferro, visto que o tiocianato férrico também é bastante solûvel.<br />

E'-me grato participar aos congressistas desta III Reuniâo Brasileira<br />

de Ciência do Solo que o sulfato de amônio obtido em Volta Redonda<br />

contém apenas traços imperceptiveis de tiocianato de amônio, o que<br />

sobremodo honra a indüstria nacional.<br />

Alias, em carta que recebi do Dr. K Silberschmidt, o mesmo frisou<br />

que a finalidade principal do trabalho é "chamar a atençâo sobre os<br />

perigos que para o agricultor podem provir de emprêgo de adubos inadequados<br />

e principalmente de impurezas tóxicas e nocivas contidas<br />

nos adubos"; também, "cita o fato de nossa legislaçâo ser falha, nesse<br />

ponto, nâo estabelecendo valores limites para as impurezas".<br />

E' o que tinha a dizer, e ao dispôr dos senhores congressistas e<br />

dos autores do trabalho criticado para qualquer esclarecimento.


EM TORNO DA QUESTÄO "DEFICIÊNCIAS MINERAIS<br />

EM SISAL E A NECROSE DA BASE DAS FÔLHAS<br />

TUFI COURY<br />

Escola Superior de Agricultura "Luiz tie<br />

Queiroz" da Universidade dé Säo Paulo.<br />

I<br />

O autor da presente comunicaçâo vem procedendo a ensaios de<br />

adubaçâo mineral e orgânica, além de uma experiência de competiçâo<br />

de adubos potâssicos, na Secçâo Técnica "Quimica Agricola", da Escola<br />

Superior de Agricultura "Luiz de Queiro", da Universidade de<br />

Säo Paulo (em colaboraçâo com os demais assistentes da 2. a Cadeira,<br />

com o Dr. Frederico Pimentel Gomes, Livre Docente de Matemâtica<br />

e ainda com o Dr. V. L. Fagundes, da Secçâo de Fibras do Departamento<br />

do Fomento de Produçâo Vegetal da Secretaria da Agricultura<br />

do Estado de Säo Paulo), com sisal, desde 1944; os resultados parciais<br />

säo objeto de apreciaçâo em nota prévia a ser apresentada em Outubro<br />

vindouro no II Congresso Mundial de Adubos Quimicos, a ser<br />

realizado em Roma.<br />

Portanto, hâ 7 anos vem lidando em ensaios com fertilizantes nesta<br />

importante cultura da melhor fibra dura que jâ existiu e cuja produçâo<br />

mundial é de mais da metade do total das fibras desse tipo. O<br />

Brasil, que hâ 8 anos atrâs importava fibras para atender as suas necessidades,<br />

hoje exporta um excedente apreciâvel, canalizando divisas<br />

para o Tesouro Nacional. No longo contacto com o sisal, tem feito uma<br />

série de observaçôes interessantes, näo só no tocante à parte cultural,<br />

como na da adubaçâo, moléstias, córte, espaçamento, enviveiramento,<br />

desfibramento, etc. Nestas condiçôes, tendo lido o trabalho de PAULO<br />

DE T. ALVIM "DEFICIÊNCIAS MINERAIS EM SISAL E A NECROSE DE<br />

BASE DAS FÔLHAS". Separata da Revista "Ceres", Vol. VIII — Janeiro-Junho<br />

— 1950 — N. 46 — Viçosa — Minas, que afirma que "a<br />

doença conhecida como necrose da base das fôlhas" näo parece ser<br />

causada por fa 1 ta de potâssio no solo e sim por carência de magnésio,<br />

discorda inteiramente desse ponto de vista continuando a julgar ser<br />

a falta de potâssio o responsâvel pelo aparecimento do "colarinho<br />

preto" ou, como chamam os ingleses, "banding disease", leaf foot disease"<br />

ou, ainda, "leaf basal necrose", como, alias, pensam MEDINA,<br />

MORSTALT, <strong>DO</strong>OP, STANEE, VEEPLANCKE e outros.<br />

O referido trabalho foi apresentado à l. a Reuniäo da Sociedade<br />

Botânica do Brasil, em Janeiro de 1950; fazendo justiça ao autor do<br />

trabalho, o Dr. Alvim, devo dizer que o ensaio foi muito bem delineado,<br />

com tôda a moderna técnica de experimentaçâo em soluçâo nutritiva,<br />

corn tôdas as determinaçôes necessârias, lidando-.se, ademals, com ausêncîa<br />

de importantes e'ementos nutritivos P-K-N-Mg — Fe e ainda B<br />

(iniciou com câlcio, porém, abandonou posteriormente por motivos jus-<br />

Comunicaçâo feita à 3.» Reuniäo Brasileira de Ciência do Solo realizada em Recife<br />

de 17 a 29 de Julho de 1951.


534 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

><br />

tos) e com tudo mais. Entretanto, segundo a nossa opiniâo, na soluçâo<br />

£em magnésio houve necrose, porém, uma necrose "qualquer",<br />

que sucede nas fôlhas das plantas cloróticas por falta de um elemento<br />

util (N-Fe-S-Mg, etc.) e nâo a necrose basal tipica. É sabido que sem<br />

Mg nâo hâ clorofila e a réserva de Mg contida nos bulbilhos foi insuficiente<br />

para fornecer clorofila suficiente as fôlhas, determinando a necrose<br />

"qualquer" observada. Releva notar, aaui, que as necessidades<br />

de Mg variam com a espécie vegetal, assim CIFEREI, no seu magnifico<br />

trado de Fisologia Vegetal, à pâg. 442, diz "aparentemente, só uma<br />

pequena porçâo de Mg é suficiente para satisfazer as necessidades da<br />

planta, porque o elemento se transloca com facilidade, podendo ser<br />

usado mui tas vezes como "carrier". O feijâo, por exemplo, pode passar<br />

todo o seu ciclo graças ao Mg armazenado na semente".<br />

Por outro lado, os sintomas de necrose aparecem sempre, nas condiçôes<br />

de campo aos 20-24 meses e ALVTM OS constatou, após 12-14<br />

meses (o ensaio teve a duraçâo de 18 meses), admitindo, pois, que, nas<br />

condiçôes de cultura artifical em soluçâo nu'tritiva, a moléstia aparecsse<br />

mais cedo. Ainda assim discordamos pelo seguinte: MEDINA, à<br />

pâg. 76 do seu trabalho "A necrose da base da fôïha do sisal", diz que<br />

"ela (a moléstia) inicia seu aparecimento em uma plantaçao sômente<br />

nas fôlhas que atingiram urn eer to grau de maturidade; nunca a verificamos<br />

em fôlhas novas, que acabam de se destacar do broto central,<br />

nem, tampouco, nas completamente maduras. Atinge sômente aquelas<br />

situadas em um ângulo d e45 a 75 graus com a horizontal'; alias, A. VIM<br />

transcreveêste trecho à pâg. 230, de sua publicaçâo. As manchas aparecem,<br />

em resumo, nas fôlhas do meio, nunca nas fôlhas novas do<br />

brôto central e nas de saia jâ bem amadurecidas. O grâfico I dâ uma<br />

idéia melhor da oeorrêneia, assim como as fotos 2 e 3 anexas do ensaio<br />

de campo da Secçâo e ainda as expostas por MEDINA no seu jâ citado<br />

trablaho (pâgs. 83 e 94).<br />

Inicialmente, segundo nossas observaçôes. aparece uma pequena<br />

mancha escura na parte inferior da base da fôlha; essa mancha vai se<br />

desenvolvendo, rodeia a base da fôlha, formando um verdadeiro anel<br />

negro ao redor da mesma, com 8 a 10 cms. de largura; a necrose détermina<br />

a interrupçâo na circulaçâo da seiva e a fôlha perde a sua<br />

turgescência, descolora, dobra-se na parte necrosada, tocando o châo<br />

com a extremidade; uma adubaçâo potâssica pode impedir o desenvol<br />

vimento da moléstia.<br />

As fôlhas adultas, quando nela aparece o "colarinho preto". medem<br />

de 70 a 90 cms; em soluçào nutritiva, ALVIM a verificou em fôlhas de<br />

8 a 10 cms )4 vezes menor). É bem verdade, tambéb, que as manchas<br />

aparecidas no ensaio sem potâssio nâo se assemelham à necrose tipica,<br />

porém, achamos que, no curto prazo de ano e meio, nâo houve o amadurecimento<br />

desejâvel das fôlhas para o aparecimento da moléstia e as<br />

necroses verificadas nada representam senâo uma carencia dos elementos<br />

ensaiados. ALVIM, aliâs, cita, também, no ensaio em soluçâo nutritiva<br />

sem fósforo, oeorrêneia de necrose. No nosso campo, a oeorrêneia<br />

de colarinho preto nos tratamentos nâo potâssicos é emum após 20-24<br />

meses de cultura de mudas (rebentôes) enviveiradas de 8 a 10 meses;<br />

no viveiro nâo houve aparecimento de manchas, embora nâo adubado<br />

com fertilizantes minerais.<br />

Por outro lado, para este estudo reputamos de importâneia capital<br />

as manchas apresentadas, visiveis na fig. 6 (reproduçâo inclusa)<br />

do seu trabalho que se acham localizadas nâo apenas na metade ou<br />

terço inferior, ms na metade superior também, isto é, em quase tôda<br />

a extensäo da fôlha e nâo só na base; nâo descreve ALVIM e também


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 535<br />

nâo se nota na fohografia o estreitamentó basal caracteristico da necrose<br />

da base da fôlha como se ppde ver na foto 3 desta comunicaçâo<br />

e nas f o tos do trabalho de MEDINA. Além disso, as manchas escuras<br />

visiveis na fig. 6 sào lonçitudinais em çquase tôda a extensâo da fôlha,<br />

enquanto que o "colarinho preto" é transversal e localiza-se na base<br />

da fôlha no terço inferior, ocupando uma faixa de 8 a 10 cms; pois<br />

bem, 8 a 10 cmsiem uma fôlha de 70 a 90 cms représenta 1/10 da<br />

ârea, ao passo que ALVIM, ao que parece, no ensaio sem magnésio com<br />

fôlhas de 17 a 19 cms, exibe manchas compridas no meio da fôlha de<br />

extensâo igual a 1/2 ou 1/3 dar ârea total. Séria desejàvel que ALVIM<br />

exibisse fotos maiores, coloridas, com fôlhas isoladas ou mesmo desenho<br />

mostrando mélhor as manchas.<br />

Ao 1er o trabalho de ALVIM, a l. a idéia que nos ocorreu foi fazer<br />

um pequöeno ensaio de campo, para verificar a cura da moléstia ou,<br />

entâo, o nâ oaparecimento dâ mesma em cuitura de 24 meses, onde se<br />

ia procéder ao 1.° corte. Nestas condiçôes,. separâmos 200 pés de uma<br />

cuitura daquela idade e organizâmos o seguinte piano:<br />

Tratamento n.° 1 — 50 pés adubaçâo N-P— sem K com 50 g de MgSO4<br />

2 — 50<br />

3 — 50<br />

4 — 50<br />

N-P — sem K com 100 g de MgSO4<br />

N-P — sem K e sem Mg<br />

sendo o potâssio na forma de<br />

KSO4 drcga pur a isenta de<br />

N-P-K \ | magnésio para nâo levar esse<br />

[ corpo como impureza.<br />

Foram feitas 2 aplicaçôes : — uma, na sêca, e outra, após as primeiras<br />

chuvas e o resultado foi significativo : ocorrência da mancha nos<br />

tratamentos magnesianos sem K (1 e 2) e ainda o controle N-P sem<br />

K e Mg (3) ; a maior ocorrência foi na dose de 100 g, isto é, a dose forte<br />

de Mg determinou um maior aparecimento da moléstia. No tratamento<br />

4 — N-P-K nâo houve uma só fôlha de um ünico pé. Com o uso de<br />

K2SO4, droga pura, eliminou-se o inconveniente de ajuntar Mg como<br />

impuzera como cita ALVIM à pâg. 230 "MEDINA (1943), etc.". Quanto<br />

à hipôtese aventada, de que o potâsiso, por dupla trocâ, poria magnésio<br />

ao dispôr da planta, embora viâvel, julgamos que, se no ensaio<br />

feito em Piracicaba, 50 e 100 g de MgSO4 nada fizeram, sal solüvel<br />

como é, usado também por ALVIM na soluçao de Hoagland, nâo acreditamos<br />

que o Mg do solo resolvesse a questâo. A anâlise do so.o do campo<br />

da Secçâo Técnica de "Quimica Agricola" revelou regular teor nesse<br />

elemento. Pelos quadros I, II, III, IV e V do ensaio que a Secçâo leva<br />

a efeito desde Dezembro de 1944 pode-se notar (observar o V) que (a)<br />

a maior ocorrência se verificou no tratamento 8 (só câlcio) ; (b) que os<br />

tratamenots nâo potâssicos, sem distinçâo, tiveram apreciâvel ocorrência;<br />

(c) que apenas 9 fôlhas (4 pés — 1 fôlha num, 4 fôlhas noutro,<br />

2 f 1 fôlha noutros dois), quantidade desprezivel, considerando-se que<br />

nos 3 cortes do ensaio de 900 pés foram colhidas perto de 8.000 fôlhas;<br />

apareceram em tratamentos potâssicos ,o que pode ser explicado pela<br />

variaçâo individual a que esta sujeita a planta, como pelo arrastamento,<br />

erosâo ou outro fator qualquer que inibiu o aproveitamento do<br />

potâssio: (d) nos tratamentos 1 e 2, com K, porém, sem Mg, nao houve<br />

uma unica ocorrência, enquanto que a adubaçâo mais compléta, tratamento<br />

n.° 7, com Mg, houve pequena ocorrência de 8 fôlhas.


536<br />

TRAT.<br />

N.O<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

' 7<br />

8<br />

9<br />

TEAT.<br />

N.O<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

ANAIS DA TERCEIRA RETTNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE C1ÊNCIA <strong>DO</strong> SOtO<br />

ADUBAÇÂO<br />

N P K Ca<br />

N p K<br />

N p<br />

N K<br />

N — Ca<br />

p — Ca<br />

N — P — K — Ca — Mg..<br />

Ca<br />

Testemunha sem adubo<br />

TOTAL<br />

ADUBAQÄO<br />

N — P — K — Ca<br />

N — P — K<br />

N — P<br />

N — K<br />

N — Ca<br />

P — Ca<br />

N — P — K — Ca — Mg<br />

Ca<br />

Testemunha sem adubo...<br />

TOTAL<br />

ADUBACÄO<br />

N — P — K — Ca<br />

N — P — K<br />

N — P<br />

N — K<br />

N — Ca<br />

p _ Ca<br />

•NT — P — K — Ca — Mç..<br />

1 Ca<br />

Testemunha sem adubo<br />

TOTAL<br />

BLOCO A — ANOS 1947/8<br />

l.o<br />

COSTB<br />

11<br />

120<br />

159<br />

322<br />

25<br />

637<br />

QUADEO N.O I<br />

2.0<br />

COKTE<br />

BLOCO B — ANOS 1947/48<br />

l.o<br />

COBTE<br />

55<br />

148<br />

301<br />

4<br />

225<br />

22<br />

755<br />

QUADRO N.° n<br />

BLOCO C — ANOS 1947/48<br />

1.°<br />

COBTE<br />

p<br />

,<br />

101<br />

146<br />

1<br />

248<br />

QUADRO N.° ra<br />

I<br />

57<br />

20<br />

62<br />

96<br />

53<br />

288<br />

2.0<br />

CORTB<br />

11<br />

28<br />

37<br />

133<br />

63<br />

3.0<br />

CORTE<br />

10<br />

40<br />

324<br />

1<br />

115<br />

80<br />

.<br />

570<br />

3."<br />

COSTB<br />

Ü<br />

251<br />

267<br />

377<br />

272 1.013<br />

2.o<br />

CORTE<br />

42<br />

36<br />

99<br />

3.0<br />

COETE<br />

50<br />

63<br />

22<br />

113<br />

TOTAL<br />

78<br />

180<br />

545<br />

1<br />

533<br />

158<br />

1.495<br />

TOTAL<br />

149<br />

211<br />

589<br />

4<br />

625<br />

462<br />

2.040<br />

TOTAL<br />

_____<br />

193<br />

245<br />

22<br />

460


TRAT.<br />

N.o<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

789<br />

TRAT.<br />

ANAIS DA TERCEIRA RETJNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 537<br />

ADUBAÇÂO<br />

BLOCO<br />

N — p — K Ca<br />

N — p — K<br />

N — p<br />

N — K<br />

N — Ca<br />

p


538 ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

como até agora näo tornou püblicos os resultados (18 meses), é pouco<br />

provâvel que tenha obtido confirmaçâo do observado, em soluçâo nutritiva.<br />

Com as dévidas réservas, em forma de observaçâo preliminar,<br />

J. C. MEDINA comunicou ao autor desta critica que "a Secçâo de Fisiologia,<br />

com COARACY M. FRANCO, em colaboraçâo com J. C. MEDINA,<br />

esta procedendo a ensaios com soluçâo nutritiva nos mesmos moldes<br />

de ALVIM e as primeiras observaçôes nâo confirmam ser o Mg o responsâvel<br />

pela necrose. ALVIM, também, à pâg. 228, descrevendo os<br />

sintomas que constatou na soluçâo sem magnésio, diz "manchas escuras"<br />

(quase prêtas) ; pois bem, o "colarinho preto" é bem negro azeviche,<br />

segundo outros.<br />

O alcance da observaçâo de ALVIM séria de interesse capital para<br />

a nossa economia, uma vez que a adubaçâo potâssica indispensâvel ao<br />

sisal séria reduzida ao minimo e substituida por uma muitissimo mais<br />

barata e nacional ou se ja a adubaçâo mgnesiana com dolomite. Alias,<br />

a este respeito, infelizmente, jâ see preconizou, supomos que sem resultado,<br />

o emprêgo d edolomit enas culturas de sisal do Estado da Paraiba,<br />

conforme se pode verificar no artigo redatorial da revista Engenharia<br />

"Mineraçâo de Metàlurgia", vol. XV, n.° 90 — Marco-Abril —<br />

1951, ä pâg. 288 que transcrevemos com a dévia vênia na intégra "A<br />

CARÊNCIA DE MAGNÉSIO É RESPONSÄVEL PELE NECROSE DAS<br />

FÔLJïAS <strong>DO</strong> SISAL — o Dr. PAULO DE T. ALVIM, professor de Botânica<br />

da Escola Superior de Agricultura de Viçosa, publicou no numéro<br />

de Janeiro-Junho de 1950 da revista "Ceres", interessante trabalho sobre<br />

as deficiências minerais no sisal (Agave sisalana Perrine), planta<br />

que vem sendo cultivada no Brasil, especialmente em Säo Paulo, Baia,<br />

Minas Gérais e Paraiba, para a produçâo de fibra. Procurando estudar<br />

a causa da necrose na base das fôlhas do sisal — que J. C. MEDINA<br />

atribuiu à deficiência de potâssio no solo, e ADELMO A. MACHABO à<br />

falta de câlcio — procedeu o Dr. ALVIM à cultura da planta, em laboratório,<br />

em soluçôes complétas e em meios desfalcados, respectivamente,<br />

de potâssio, fósforo, câlcio, nitrogênio, magnésio, enxofre, ferro e<br />

borro. Chegou, assim, ao resultado de que a carêneia de cada um dos<br />

elementos boro nitrogênio, ferr oe magnésio provocavam a reduçâo do<br />

tamanho da planta até urn quinto do peso da planta pîenamente alimentada,<br />

enquanto a deficiência do magnésio acentuadamente provocava<br />

a necrose das bases das fôlhas.<br />

A carêneia de fósforo foi a menos nociva, seguida do potâssio. Como<br />

a doença mencionada é comum nas culturas de sisal da Paraiba, algumas<br />

localizadas no topo dos chapadoes da Borborema, como em derredor<br />

de Piçui, em solo renoso, residual do capeamento arenitico, séria<br />

aconselhâvel adubar o agave com dolomita moida, minerai que ocorre<br />

em muitas localidades da Paraiba (Piçui, Cajazeiras, Patos, etc.)".<br />

Se o trabalho tivesse sido publicado como nota prévia ou observaçâo<br />

preliminar e dado conclusses definitivas, só após o ensaio de<br />

campo que iniciou em Dezembro de 1949 (pâg. 231) e cujos resultados<br />

ignoramos se foi dado à publicidade ,uma vez que decorreram 18<br />

meses, ter-se-ia evitado uma propaganda que pode levar os cultivadores<br />

de sisal da Paraiba e de todo o pais a gàsto inütil e desilusâo nos<br />

resultados. A publicaçâo de dados parciais, näo definitivos, podem determinar<br />

casos como este, que, aplicados na prâtica, provocam prejuizos<br />

aos interessados. A Secçâo vai instalar, dentro em breve, alguns<br />

ensaios em soluçâo nutritiva e induira um de sisal, trabalhando com<br />

vasos grandes (de barro vidrado, esmaltado a fogo e substrato de areia<br />

pura Javada) durante 35 meses, se possivel, para dizer a ultima palavra<br />

sobre o palpitante tema aqui abordado, corroborando o nosso ponto<br />

de vista ou o de ALVIM, OU, ainda, uma associaçâo de ambos, talvez


ANAIS DA TERCEIRA REUNIÂO <strong>BRASILEIRA</strong> DE CIÊNCIA <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong> 539<br />

uma questâo de relaçâo K/Mg nos solos. Entretanto, julgamos que<br />

ALVTM, a despeito de bem executar o seu trabalhoe bem intencionado<br />

como é, cometeu u mequivoco confundindo uma necrose comum com<br />

a "necrose tipica da base da fôlha do sisal."<br />

Foto n.» 1<br />

Pés sadios (N-P-K) — sem ocorrência da necrose<br />

Foto n.« 2 — Só Ca (sem K)<br />

Tratamento Ca — ocorrência da necrose<br />

Folha.3 atacadas situadas num ângulo de 45 a 75" com a horizontal<br />

Nâo se vê na saia, nem no brôto central<br />

O calcâreo empregado tinha 8,7% de MgO


h.<br />

Foto n.« 3<br />

Fôlhas isoladas com "colarinho preto"<br />

(necrose). Atinge 8 a 10 cms. de area<br />

(1/10 da fôlha todaj<br />

Foto n.« s 4<br />

Duas fôlhas recem cortada3 atacadaa da necrose<br />

8 M<br />

O<br />

w<br />

o<br />

S<br />

t)<br />

o


ANAIS DA TERCEIRA RËUNIAO <strong>BRASILEIRA</strong> DE <strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

FOLHAS COM OCORRENCIA<br />

DE NECROSE NA BASE<br />

DA FOLHA<br />

\ FOLHAS<br />

\ BROTO<br />

\ \<br />

FOLHAS DA SAIA<br />

<strong>DO</strong> jf<br />

CENTRAL /<br />

l<br />

Grâfico I<br />

FOLHAS COM OCORRENCIA<br />

DE NECROSE NA BASE<br />

DA FOLHA<br />

FOLHAS DA SAIA<br />

Plantas da soluçâo sem magnésio. Reproduçâo da fig. 6 do trabalho<br />

original de Alvim<br />

541


542 ANAIS DA TERCEIRA REÜNIAO <strong>BRASILEIRA</strong> DE <strong>CIENCIA</strong> <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />

BIBLIOGRAGIA<br />

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— 1946 — A influência doe spaçamentosôbre o ciclo vegetativo do sisal —<br />

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NUTMAN, J. — 1931 — The field for sisal research in East Africa. Bull. Imp.<br />

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E. S. Paulo e as pos.sibilidad.es de produeäo das Fibras Téxteis no Brasil<br />

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TIRYRIÇA. ÏRVINO, W. — 1940 —Sizal. Publ. S. I. A. Agricultura D. N. Prod.<br />

Vegetal.

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